PET BOOK

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Diretores Claudio Schleder Claudio Schleder Filho

Editor e Diretor Claudio Schleder Diretor Executivo Claudio Schleder Filho Redatora Colaboradora Carine Ferreira Direção de Arte RL Markossa Tratamento de imagem Ricardo Batista Circulação Maria Adelina de Oliveira Diretora Administrativa e Financeira Tábata Schleder Gerente Financeira Dayane Rodrigues Impressão e Acabamento Brasilform Editora e Indústria Gráfica é uma publicação de INBOOK EDITORA Rua Jerônimo da Veiga, 428 – 8º Andar – CEP 04536-001 – Tel. (11) 3078-7716 – São Paulo – Brasil www.inbook.com.br © INBOOK 2016 Todos os direitos reservados. ISBN 978-85-64654-16-7

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Uma dupla quase perfeita “John Unger tirou um pequeno cachorro das ruas, de oito meses de vida. O cão de nome Schoep e seu dono criaram fortes laços de amizade, mas John entrou em forte depressão ao se separar de sua esposa. O homem fala que muitas vezes pensou em se matar, porém não tirou sua própria vida graças ao amor que sentia por Schoep. Mas como a vida dos cães é curta e Schoep já está com vinte anos, a dor da idade ataca o bichinho, que muitas noites não consegue dormir por causa dela. Por sorte John descobriu que quando o cão entrava nas águas mornas de um lago, ele voltava para casa sem dor e conseguia dormir normalmente. Sabendo disso, seu dono sempre o levava ao lago para que depois ele dormisse sem dores.” (esta história ficou viral na internet e comoveu o mundo todo) Tem gente que ama os bichos, estão sempre ligados, observando, espiando, estudando seu comportamento, seja num passeio ao zoo, num safári fotográfico no Pantanal ou numa caminhada pelo Parque do Ibirapuera, onde centenas de cães correm sob os olhares atentos de seus donos. Minha relação com cães e gatos vem da infância no sul: meu pai tinha o hobby da caça à perdiz, e criava seus perdigueiros. E minha mãe preparava as perdizes alla milanese sempre escoltada por seus angorás. Sempre tive interesse em descobrir a razão do humor dos cães: um dia estão radiantes, prontos para saltar em você, interagindo calorosamente; outro dia estão quietos, preguiçosos até para abanar a cauda. Há quase sempre um vínculo recíproco entre o homem e o cão, uma sintonia latente, talvez precisamente porque não exista nenhuma obrigação social, nem formalismo nem etiqueta. As brincadeiras e a comunicação entre o cão e seu dono são todas marcadas por altos e baixos, de bom humor ou apatia, de interesse ou indiferença, de abordagem impetuosa ou mínima resposta. Outra coisa marca minha relação com os cães: fico angustiado pela brevidade das suas vidas. Um filhote chega e você acompanha seu crescimento, vê ele se tornando forte para os impulsos da vida, mas você sabe que sua vida é curta, sofremos em pensar que ele vai morrer antes de nós. Mas a vida é cheia de surpresas e minha Labradora Björk entende isso à sua maneira, e volto à minha relação elementar com ela. Ela me olha, me examina e se prepara para responder; observa-me de longe, me espera, se antecipa a cada movimento meu, e conhecendo meus hábitos, sabe o que fazer para me agradar. Quando ela quer, me recebe com festa. Quando ela quer. Claudio Schleder Editor



Cães Afghan Hound..........................................................................................10 Akita.............................................................................................................12 American Staffordshire Terrier........................................................14 Australian Cattle Dog.............................................................................16 Australian Shepherd..............................................................................18 Basengi........................................................................................................20 Basset Hound............................................................................................22 Beagle...........................................................................................................24 Bichon Frisé...............................................................................................26 Bloodhound...............................................................................................28 Boiadeiro Bernês.....................................................................................30 Border Collie.............................................................................................32 Borzoi...........................................................................................................34 Boston Terrier..........................................................................................36 Boxer.............................................................................................................38 Braco Alemão............................................................................................40 Bull Terrier................................................................................................42 Bull Terrier Miniatura...........................................................................44 Buldog Francês........................................................................................46 Bulldog Inglês............................................................................................48 Bulldogue Campeiro..............................................................................50 Bullmastiff..................................................................................................52 Cane Corso.................................................................................................54 Cão d’Água Português...........................................................................56 Cavalier King Charles Spaniel............................................................58 Chihuahua..................................................................................................60 Chihuahua de Pelo Longo.....................................................................62 Chow Chow.................................................................................................64 Clumber Spaniel......................................................................................66 Cocker Americano..................................................................................68 Cocker Spaniel Inglês.............................................................................70 Collie.............................................................................................................72 Dachshunds...............................................................................................74 Dachshund Miniatura Pelo Duro.......................................................76 Dálmata.......................................................................................................78 Dobermann................................................................................................80 Dog Alemão................................................................................................82 Dogo Argentino........................................................................................84 Dogo Canário............................................................................................86 Dogue de Bordeaux................................................................................88 Fox Terrier de Pelo Liso........................................................................90 Golden Retriever......................................................................................92 Griffon de Bruxelas, Griffon Belga e Petit Brabançon...............94 Husky Siberiano.................................................................96 Italian Greyhound...............................................................98

Jack Russel Terrier........................................................... 100 Kuvasz............................................................................. 102 Labrador.......................................................................... 104 Lhasa Apso....................................................................... 106 Malamute do Alasca.......................................................... 108 Maltês.............................................................................. 110 Mastiff ............................................................................. 112 Mastino Napoletano.......................................................... 114 Norfolk Terrier................................................................. 116 Ovelheiro Gaúcho............................................................. 118 Papillon............................................................................ 120 Pastor Alemão.................................................................. 122 Pastor Branco Suíço......................................................... 124 Pastor de Shetland............................................................ 126 Pinscher Miniatura........................................................... 128 Pit Bull............................................................................. 130 Pointer Inglês................................................................... 132 Poodle.............................................................................. 134 Poodle Gigante................................................................. 136 Pug.................................................................................. 138 Rhodesian Ridgeback....................................................... 140 Rottweiler........................................................................ 142 Samoieda......................................................................... 144 São Bernardo................................................................... 146 Schnauzers....................................................................... 148 Schnauzer Gigante........................................................... 150 Setter Gordon.................................................................. 152 Setter Inglês..................................................................... 154 Setter Irlandês.................................................................. 156 Shar Pei............................................................................ 158 Sheepdog......................................................................... 160 Shiba................................................................................ 162 Shih Tzu........................................................................... 164 Spaniel Japonês................................................................ 166 Spitz Alemão Anão............................................................ 168 Spitz Alemão Pequeno...................................................... 170 Staffordshire Bull Terrier................................................. 172 Terra Nova....................................................................... 174 Vizsla............................................................................... 176 Welsh Corgi Pembroke...................................................... 178 Weimaraner..................................................................... 180 West Highland White Terrier............................................ 182 Whippet........................................................................... 184 Yorkshire Terrier............................................................. 186


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Afghan Hound

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m cão exótico que carrega uma longa história. Chama a atenção por onde passa por conta de suas características físicas. Normalmente é tranquilo, mas pode ser considerado o mais felino dos cães. É uma das raças mais antigas do mundo. Os primeiros sinais dela estão nas pirâmides do Vale de Gizé, no Egito. Como desaparece do Egito e depois volta a aparecer no distante Afeganistão, é conhecido como cão da “Arca de Noé”. Para efeitos de criação, sua origem é no Afeganistão, porém, foi reconhecido a partir do fim do século XIX, quando um oficial inglês leva um exemplar para Londres. Sua função original é de caça de felinos e lebres. Assim, sua pelagem tem dupla função: serve de isolante térmico – já que vivia em desertos, onde as temperaturas são muito altas durante o dia e muito baixas à noite, e também funciona como proteção contra a patada dos felinos durante a caçada. Apesar de hoje não ser mais usado na caça, é esguio e por isso, não pode ser obeso. Este animal precisa dar a impressão de força e dignidade, combinando velocidade e poder. Todas as cores são aceitáveis nesta raça. Estes cães são muito apegados ao dono, carinhosos, mas independentes, e quando próximos do proprietário não ficam pedindo carinho. Por serem independentes, não aceitam muito o adestramento. Entretanto, atualmente há muitos cães praticando agility. Desta maneira, demonstram que, com muito carinho, é possível adestrar o cachorro desta raça.

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De forma geral, se dão bem com crianças e outros animais domésticos. Quando não gostam de algo, costumam se afastar. Quando se sentem atacados, partem para a defesa e, devido ao seu longo focinho, sua mordida é altamente agressiva. O Afghan olha através das pessoas, digno e indiferente, com certa e penetrante ferocidade. É uma raça forte por natureza. Quando bem tratada, não apresenta muitos problemas de saúde. Na alimentação, sempre vale a máxima de uma boa ração, que respeite o peso e a utilidade do animal. Por ter pelos longos, exige banhos semanais e escovação quase que diária. Este cão adapta-se a pequenos espaços, mas por ser de grande porte, precisa de caminhadas diárias. É recomendado, quando possível, levá-lo para correr em um parque, de preferência em local fechado. Apesar da sua aparência, é ágil e adora correr. Os cães desta raça vivem em torno de 12 anos.


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Akita Inu

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onsiderado monumento natural japonês e patrimônio nacional tombado, o Akita Inu é uma das raças mais antigas, primitivas e interessantes da atualidade, preservando em sua essência a verdadeira característica de um legítimo Samurai. Por volta do século XVII, os ancestrais do Akita que conhecemos hoje se diferenciavam muito e eram denominados Matagins Inu. Viviam na província da Akita, em povoados de difícil acesso, fazendo com que se desenvolvessem e permanecessem puros. Entretanto, o trabalho de purificação da raça não está plenamente concluído e muitos países trabalham para continuar esse aprimoramento. Hachiko é o mais famoso Akita que já existiu. Tem até uma estátua própria esculpida em bronze na estação de trem Shibuya, em Tóquio, no Japão. Hachiko também teve sua história contada por Hollywood, em um filme estrelado pelo consagrado ator Richard Gere – “Sempre ao Seu Lado”. A função original da raça era acompanhar caçadores e, posteriormente, usada em rinhas (brigas de cães) e como cão de guarda. Atualmente, é um excelente cão de companhia e guardião. Com cada integrante da família tem uma relação diferente, respeitando a hierarquia da casa. No entanto, respeito, lealdade e proteção são fatores comuns a todos que ele ama. É sensível a emoções e consegue discernir e ter atitudes corretas com o dono,

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amigo do dono, estranho e intruso. Além de protetor sem igual, o Akita não perde suas características alegres e, muitas vezes, até engraçadas. Ele deve ser um cão robusto, forte e aparentar ser maior do que realmente é. Uma das características físicas mais marcantes da raça é a pelagem, que é densa e composta de pelo e subpelo. O pelo deve ter textura rústica e grossa. E a pelagem é o que demanda mais atenção no manejo geral deste animal. É muito comum os cães apresentarem Dermatite Alérgica por Picadas (DAP), porém, esta alergia também pode ser causada por piolhos, mosquitos, formigas ou qualquer outro inseto. A dedetização do ambiente e aplicação de antiparasitários é a primeira recomendação para combater o problema. É preciso também uma alimentação adequada, pois é a segunda maior causadora de problemas de pele nos cães. Alguns Akitas têm alergia à ração, ossinhos de couro e bifinhos. Outro inimigo da pele é a umidade. Por isso, recomenda-se apenas um banho a cada dois ou três meses, ou conforme a necessidade. Esses cães não necessitam de grandes espaços para viver bem, pois são silenciosos e muito higiênicos. Não são atletas. Uma ou duas voltas no quarteirão são suficientes para manter um físico balanceado, uma socialização com o ambiente externo e, principalmente, sua sanidade mental. Com pulso firme de liderança e amor, terá o cão mais educado, controlado e feliz do mundo. Palavra de criadores.


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American Staffordshire Terrier

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sta raça de origem americana teve seu reconhecimento na AKC (American Kennel Club) em 1936 pelo nome Staffordshire Terrier. Em 1972, a entidade maior da cinofilia FCI (Fédération Cynologique International) incluiu a raça em seu acervo adicionando

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“American” ao nome. Entretanto, há relatos do início do projeto da raça no fim do século XIX, com a chegada dos imigrantes ingleses nos Estados Unidos e seus cães de presa. Tradicionais na Europa, na época conhecidos como “Bull and Terrier”, esses cães deram origem a várias outras raças que contribuíram posteriormente para a criação do Amstaff. Esse por sua vez se distanciou do projeto inicial quando criadores decidiram mudar a função do cão de rinha original para um cão de companhia e de temperamento brando e sociável. O American Staffordshire Terrier é carinhoso com a família e com o seu círculo de convivência. Não costuma ser agressivo com visitas, no entanto, atitudes de repulsa moderada são aceitáveis e, muitas vezes, preferíveis com estranhos. Com crianças, é amoroso e cuidadoso. Companheiro, busca sempre estar próximo ao seu dono e é um ótimo parceiro nas atividades desportivas. Com outros animais, costuma interagir com muita facilidade inclusive com outras espécies. Cão de porte médio de pelagem curta dá a impressão de grande força para seu tamanho. É muito bem estruturado, musculoso, porém, ágil e gracioso e profundamente ligado ao que o cerca. É compacto, viril e sua coragem é típica da raça. Todas as cores são aceitas, mas normalmente todo Amstaff tem a característica de ter a mancha branca no peito, o que em variáveis lhe concede o termo bicolor como padrão. É uma raça forte, mas alguns fatores genéticos devem ser considerados na criação para garantir exemplares sadios. Entre as doenças mais comuns estão as lesões de pele. Vive com qualidade em ambientes pequenos, mas exige atividade física frequente, especialmente no período da formação estrutural do filhote. Geralmente aprecia o banho e sempre está em contato com água quando possível. A melhor alimentação é ração de alta proteína e rica em extrato etéreo e alimentos naturais, alternadamente. É um cão muito inteligente e de muita concentração, costuma aprender com muita rapidez os comandos, as regras e os limites do seu proprietário e de sua casa. A raça é considerada de fácil adestramento. A expectativa média de vida é entre os 12 e 14 anos.


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Australian Cattle Dog

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um cão ideal para a guarda do fazendeiro, do rebanho e da propriedade. A raça foi criada para tocar o gado arisco na Austrália, onde o ambiente é hostil e as distâncias a serem percorridas longas. Em pleno desenvolvimento da indústria de carne bovina do país no final do século 19, o principal requisito era ser um cão forte e mordedor, com grande energia para reunir e mover o gado. As raças de cães de trabalho inicialmente não tinham esses requisitos. Há uma divergência quanto às raças usadas para desenvolver este cão. Contudo, é geralmente reconhecido que resultou do cruzamento de Collies de Pelo Curto com o

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Dingo e uma posterior introdução de sangue de Dálmatas e Kelpies preto e castanho. Ficou conhecido como “heeler” por pastorear o gado mordendo o calcanhar (heel, em inglês) quando necessário. Ainda hoje a raça é bastante utilizada para sua função original, mas também se adaptou bem à vida nas cidades, destacando-se como cães de agility, obediência e até mesmo guarda e companhia. Extremamente inteligentes e leais, solucionam problemas com muita eficiência. Companheiros, topam qualquer atividade a qualquer hora, desde que estejam com seu dono. Aliás, também são conhecidos como “velcrodog”, apaixonados pelo proprietário e que ficam ao lado dele o tempo todo. Forte, compacto, simetricamente construído, o condicionamento muscular deste cão deve ser rígido para lhe conferir a impressão de grande agilidade, força e resistência. Pode ser azul ou vermelho, sempre grisalho, e ainda variar entre uniformemente grisalho, salpicado e mosqueado (variação na distribuição de branco ao longo do pelo). Por ser uma raça rústica, não necessita de cuidados muito específicos. Banhos mensais e escovação semanal vão manter o cachorro limpo e bonito. Com a saúde é importante prestar atenção em algumas doenças que acometem muito a raça – displasia coxo-femural e de cotovelos, atrofia progressiva de retina e luxação primária de lente. É uma raça de muita energia e força física. Como este cão foi criado para andar longas distâncias e lidar com animais muito maiores do que ele, precisa se exercitar física e mentalmente todos os dias. Entediado e ocioso, vai tornar-se briguento, latir muito e pode destruir em casa o jardim ou os móveis, por exemplo. Desconfiado com estranhos, se mal socializado, pode ter dificuldade de convívio com outros animais e situações adversas. Adapta-se bem ao ambiente em que vive, mas necessita ser muito bem socializado desde filhote. A média de vida desta raça é em torno de 16 anos, porém, é comum alguns exemplares alcançarem perto dos 20 anos ou até mesmo passar deste tempo.


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Australian Shepherd

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ocê já deve ter escutado a seguinte frase: “Quem tem um Australian vai querer dois, três...” Este é um ditado comum entre os criadores desta raça apaixonante pela extraordinária beleza de sua conformação e pela afetividade que dedica aos donos. Alguns desses cães chegam a sorrir para seus donos quando são chamados. Alguns são naturalmente terapeutas e têm alta sensibilidade para confortar pessoas doentes ou em dificuldades. Podem cuidar de cegos, avisar os epiléticos quando vão ter um ataque ou trabalhar com crianças terminais de câncer com ternura comovente.

Dóceis e extremamente inteligentes, os cães desta raça são altamente treináveis e aprendem com alegria. Aprendem a abrir portas, acender a luz, mergulhar em piscinas. Outros fazem jetski ou até pulam de paraquedas. Tudo em função do desejo de agradar ao seu dono. A sua função original era a de pastoreiro, para trabalhar com gado e ovelhas, como se fossem peões. Embora haja muitas teorias sobre a origem dos Australian Shepherds, a raça como a conhecemos hoje foi desenvolvida exclusivamente nos Estados Unidos. Provavelmente, originária da região Basca dos Pirineus, entre a Espanha e a França, mas foi chamada de Australian Shepherd por causa da sua associação com os pastores bascos que vieram aos EUA pela Austrália, com rebanhos e cães nos anos 1800, no Estado da Califórnia. Dada a sua inteligência e versatilidade, passaram a desempenhar também atividades de agility, obediência, busca e resgate, conformação, assistência hospitalar, entre outras. Por outro lado, são excelentes cães de companhia. Este é um cão equilibrado, ligeiramente mais comprido que alto, de tamanho e ossatura médios, com cores que oferecem muita variedade e individualidade, sem sair do padrão da raça. Podem ser vermelhos, pretos, azuis merle, vermelhos merle, com ou sem marcas brancas e ou tan (cor bronzeada). É um cão alerta e animado, flexível e ágil, sólido e musculoso. A pelagem tem comprimento moderado e é sedosa. Pode nascer anuro (sem cauda) ou com poucas vértebras. São cães rústicos, muito limpos, que precisam de cuidados simples e básicos, como a escovação dos pelos e limpeza das orelhas uma vez por semana. O banho é indicado uma vez por mês ou quando necessário, caso entrem no mar ou piscina, ou brinquem na lama. A ração deve ser super premium ou pode ser uma alimentação “Barf ” (comida crua biologicamente apropriada, na sigla em inglês) ou natural. A raça pode viver em ambientes pequenos, mas necessita de exercícios diários de, pelo menos, uma hora ao dia, por exemplo, jogar bolinha, correr, andar rápido, nadar, fazer trilhas etc. São muito sociáveis com outros cães e gatos. Bem humorados, gostam muito de brincar e adoram crianças. São cães que guardam a família e a sua propriedade.

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Basenji

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nome Basenji é uma palavra africana que significa “coisa do mato”. É uma das raças mais antigas de cães e foi descoberta na África Central, principalmente no Congo. As tribos nativas utilizavam esses cães como caçadores em bando. As primeiras tentativas de levar a raça para a Inglaterra no final dos anos 1800 e início de 1900 não deram certo porque os cachorros morriam de doenças como a cinomose. Nos anos 1930, alguns cães foram novamente levados à Inglaterra e representaram o início da raça fora do continente africano, juntamente com importações do Sudão e do Congo. Este cão mantém muitas características primitivas, especialmente a falta de capacidade para latir – única raça moderna que não late, mas não é mudo e emite um som chamado de yodel – e a ocorrência do cio apenas uma vez por ano. São encontrados nas cores vermelha e branca, tigrada e branca, preta e branca, além de tricolor (vermelho, preto e branco). Têm porte médio a pequeno, testa enrugada e rabo enrolado, características físicas mais fáceis de identificar a raça. Alguns consideram que o Basenji é um cão do tipo felino no seu estilo: inteligente, curioso, obstinado, independente e reservado. É ativo sem ser hiperativo, como os Terriers. Suas raízes caçadoras são bem evidentes.

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Ele adora caçar e rastrear. E precisa de estímulos físicos e mentais regularmente para que não fique frustrado e destrutivo. É dócil com os humanos, mas desconfiado com estranhos, porém nunca bravo. É um cão verdadeiramente notável – trota como um cavalo e mantém-se limpo por seu meticuloso hábito de se lamber. Estes cães são extremamente limpos e cuidam de sua aparência com tanto esmero quanto um gato. Não é raro vê-los lambendo as patas e depois passando no rosto. Dedicam-se por horas ao seu próprio “tratamento de beleza”. Por ser um cão de clima predominantemente quente e úmido, não requer cuidados específicos e possui pouca oleosidade na pele, o que provoca pouco cheiro e pouca queda de pelos. O treinamento de obediência básica normalmente deve ser estendido por várias sessões, e mesmo assim, eles podem parecer lentos e desinteressados na conclusão dos comandos. Uma vez que estes cães tenham absorvido totalmente o comando, será necessário manter o treinamento periodicamente, uma vez que eles parecem “desaprender” numa velocidade muito grande. Na verdade, se o treinamento não for mantido, eles darão a impressão de que nunca aprenderam nada. Paciência é uma palavra chave no adestramento desses cães. A longevidade média é entre 15 e 18 anos.


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Basset Hound

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sta é uma raça muito amorosa, que não gosta de ficar sozinha e sempre precisa de companhia – de uma pessoa ou de outro cão. Esses cães são muito afetuosos, principalmente com crianças. E relacionam-se bem com qualquer outro pet. Os criadores do Basset Hound costumam dizer que este animal é especial e, quem tem, apaixona-se. Este cão é muito apegado ao dono, muito companheiro e, às vezes, pode tornar-se bastante ciumento. Por outro lado, é bem equilibrado e cheio de qualidades. Nunca é agressivo ou tímido. Hound de pernas curtas, de considerável substância, tem a pelagem curta que pode ser tricolor (branco, marrom

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e preto) ou bicolor (branco e laranja ou preto e marrom). Entretanto, qualquer cor “Hound” é permitida. Espécies de pernas encurtadas apareceram em muitas raças desde os tempos remotos, mas é difícil saber em que momento esses cães foram produzidos de forma intencional e quais deles deram origem ao atual Basset Hound. A palavra Basset deriva do francês, que significa baixo ou anão. Cães de pernas curtas eram usados pelos franceses para caçar de forma mais lenta, porém, a maior parte deles se dispersou durante a Revolução Francesa e essa movimentação não foi documentada. Muito se fala que tem origem na Grã-Bretanha. Sua função era ser um cão de caça, principalmente de lebres. Os cães desta raça devem sempre ficar secos para evitar dermatites, principalmente nas dobras da pele. Os ouvidos também precisam estar sempre limpos para conter otites, pois devido às orelhas longas, a ventilação não ocorre com a mesma frequência de uma raça que possui orelhas para cima. Eles convivem bem em qualquer tipo de ambiente: casas, apartamentos. Não precisam de muito espaço. Todavia, a raça requer atividades físicas, caminhadas ou brincadeiras em jardins, mas sem excessos. A atividade física é importante para que não levem uma vida sedentária e venham a ficar obesos ou acima do peso. Isso também é muito importante para fortalecer a musculatura das costas por ser um cão longo, pois precisa de uma musculatura nesta parte bem “trabalhada”. Outro cuidado é não ceder aos pedidos deles quando ficam ao pé da mesa dos donos e não dar petiscos fora do horário das refeições para conter o aumento de peso. A raça é de fácil adestramento. Com dedicação, os cães aprendem com rapidez. Alguns exemplares são mais preguiçosos e necessitam de um pouco mais de tempo e paciência. Vivem de 12 a 15 anos, mas alguns exemplares chegam a ultrapassar esta média.


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Beagle

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Beagle, também conhecido como Snoopy, pois deu origem a este tão famoso personagem, é um cão de pequeno porte, muito alegre, espirituoso, extremamente brincalhão e sociável.

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De origem inglesa, é uma das raças mais antigas do mundo, considerados cães nobres, já que faziam companhia para Elizabeth I. Em matilha, eram usados para caçar coelhos e principalmente lebres, se infiltrando nas matas com seu olfato apurado, enquanto os caçadores esperavam em seus cavalos, observando de longe o movimento das pontas brancas das caudas dos Beagles, no meio dos campos de caça. Hoje, é considerada uma das raças mais populares e ideais para o convívio familiar, principalmente com crianças devido ao seu temperamento dócil e seu fácil manejo, adaptando-se até mesmo em apartamento. O Beagle tem orelhas relativamente longas e largas que pendem graciosamente sob as bochechas. Existem bicolores (branco e marrom) e também tricolores (branco, preto e marrom), mas a cor predominante é o branco, e deve estar essencialmente na ponta das caudas e das patas. No Brasil, o Beagle pode variar entre 33 a 40 cm, mas nos Estados Unidos, dividiram a raça em duas variedades: 13 polegadas e 15 polegadas. São cães enérgicos, inteligentes, brincalhões e felizes. Já que os latidos melodiosos de matilhas de Beagles dão a impressão de um coral, os ingleses os apelidaram de “Singing Beagles”. Esses cães aceitam bem ordens em geral por serem bem espertos e não mostram nenhum tipo de agressividade ou timidez. Por ser uma raça descendente de caçadores, gostam de se exercitar durante o dia com suas brincadeiras e são extremamente resistentes a doenças. Não precisam de nenhum cuidado específico, mas gostam de muito amor e carinho de seus donos. Possuem pelagem curta não necessitando manuseios em pet shops. Se você procura um cão alegre, companheiro, bonito, afetuoso com crianças e de fácil cuidado, o Beagle é uma ótima escolha.


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Bichon Frisé

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uito dócil, alegre, jovial, vivaz. Este cãozinho de movimentação “viva” é muito companheiro e presença constante junto ao seu dono, além de se adaptar facilmente a várias situações e ambientes. Demanda atenção, mas não é dependente. Convive muito bem com outros animais e crianças, sendo bastante interativos com eles. Pode ser confundido facilmente com o Poodle, mas seu temperamento é bem diferente. Gosta tanto de carinho quanto de brincadeiras.

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Este cachorro tem origem no Mediterrâneo. Surgiu a partir do cruzamento entre o Barbet (cão de água maior) e cães pequenos e de colo. Os cruzamentos geraram uma família conhecida como Barbichons, nome mais tarde reduzido para Bichons. Os Bichons foram divididos em quatro tipos: Bichon Maltês, Bolonhês, Havanês e o Teneriffe. O Teneriffe, que depois se tornou Bichon Frisé, desenvolveu-se na Ilha Canária de Teneriffe, provavelmente levado por marinheiros espanhóis em tempos antigos. No século XIV, navegadores italianos levaram alguns espécimes para a França. Nos séculos XVII e XVIII, foi retratado por muitos pintores renomados acompanhado de reis, nobres e outras pessoas notáveis. A raça voltou à moda sob Napoleão III e, naquela época, era ainda conhecido como Teneriffe e popularizou-se na França. O Bichon sobreviveu por sua habilidade em fazer truques, juntando-se a ambulantes e passando a entreter pedestres. Foi praticamente extinto após as duas Grandes Guerras, e sua reconstituição se deve à paixão de alguns poucos criadores franceses e belgas. O primeiro registro de um Bichon na Bélgica foi em 1934. E a raça foi reconhecida pela AKC (American Kennel Club) em 1971. Este cão pequeno de cor branco puro tem focinho de comprimento médio, porte da cabeça alto e orgulhoso. Os olhos são escuros, vivos e bem expressivos. A pelagem é longa, enrolada do tipo cacheada, mas muito solta. E tem uma característica que chama muito a atenção por ser hipoalergênica, excelente para o convívio com pessoas alérgicas. São indicados banhos semanais a quinzenais e escovação uma vez por semana. Deve haver um cuidado especial com a limpeza das orelhas. Também vive bem em ambientes fechados, desde que sejam feitos passeios diários com este animal. A raça exige atividade moderada de exercícios físicos. Ele se satisfaz com brincadeiras dentro de casa, no quintal ou passeando com coleira. É uma raça de fácil adestramento. A sua longevidade média é de 12 a 15 anos.


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Bloodhound

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ste cão é facilmente reconhecido nos personagens da Disney, Pluto e Pateta. Possui o melhor faro de cães do mundo, cerca de 300 vezes mais apurado do que o do Pastor, por isso é utilizado para busca e resgate. Também gosta de nadar. Extremamente companheiro e apaixonado por pessoas, é dócil, carinhoso, brincalhão e dorminhoco. É muito apaixonado pelos tutores. Adora companhia e carinho e está sempre por perto. A raça tem origem na região de Ardenas (parte da França e da Bélgica). François Hubert, conhecido como Santo Huberto – nome brasileiro dado ao Bloodhound – é considerado o patrono da raça. E o termo Bloodhound aparecia em poesia e na literatura antes mesmo de 1350 d.C.. A função original da raça era de caça de grandes animais, como javalis, ursos e veados. Atualmente, ainda se utiliza para caça, porém com menor intensidade. Estes cães são usados também para mantrailing (busca e resgate de pessoas perdidas ou sequestradas). Curiosamente, são utilizados no Congo para buscar caçadores de gorilas.

CANIL K9 BRASIL Ô bloundhoundk9brasil@gmail.com

O “Hound” não lhe parece gigantesco, mas tem grande caráter, qualidade e muita dignidade. Bem construído, abundância de ossos, simétrico, pernas retas, costas amplas, completo no corpo e nas costelas traseiras e quartos traseiros poderosos. Os beiços são longos e pendurados por cima dos lábios inferiores. A barbela é abundante, com muita pele solta e enrugada na cara. O pelo é liso e curto, com pouca variação de cor, podendo ser preto e canela (Black&Tan), fígado e fogo (Liver&Tan) e vermelho (Red). A maior variação dos Bloodhounds é dada pela cela. Pode ser full coat (com a cela longa e bem definida, avançando até a face e as patas) ou possuir a cela pouco definida, mais longa ou mais curta. Os cães podem não apresentar cela, como nos vermelhos. Esta variação é encontrada tanto no fígado e fogo quanto no preto e canela. Como todo cão de grande porte, deve existir um cuidado com a displasia coxo-femural e torção gástrica. Também é necessário dar atenção aos olhos e orelhas. Estes cães precisam ser alimentados duas ou três vezes ao dia para evitar torções gástricas. Esta é uma raça extremamente amigável. Costuma se dar bem com outros animais, principalmente se socializada desde cedo. Com crianças, esses cachorros são pacientes e carinhosos, mas não possuem noção do seu tamanho, por isso, podem não ser delicados nas brincadeiras. Ao mesmo tempo, são muito tímidos e medrosos, o que requer um cuidado especial para a sociabilização. Diante de seu porte, é necessária uma rotina diária de exercícios quando inseridos em espaços pequenos, porém, convivem bem em espaços fechados. Se houver um bom quintal, o exercício pode ser de menor intensidade.


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Boiadeiro Bernês

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Bernês é um cão de família, mas também, de trabalho. Atento, inteligente e muito apegado aos donos, costuma sofrer com longos períodos de solidão. Alguns comportamentos típicos desta raça conquistam e seduzem como o fato de ele sentar em cima dos pés de quem o está acariciando, dar a pata, cutucar com o nariz para pedir carinho e comida, além de um olhar muito intenso diretamente nos olhos das pessoas. É por natureza um cão desconfiado, caso não seja devidamente socializado desde filhote. Desta maneira, pode apresentar desvios comportamentais, como timidez e até mesmo agressividade. Gosta de interagir e de ser mimado, mas pode se tornar possessivo, ciumento e manipulador, por isso é preciso haver um equilíbrio de amor e firmeza na sua educação. O Boiadeiro Bernês é uma raça originária do Cantão de Berna na Suíça, mais precisamente da aldeia de Duurbach, daí o nome original da raça: Duurbachler. Desenvolvido como um “faz-tudo” na fazenda, o Bernês era usado para diversas atividades como alarme, guarda de rebanho, tração e companhia. Atualmente é essencialmente um cão de companhia, mas também é muito utilizado para terapia e, em alguns países, como cão de resgate e salvamento em alto mar e florestas. O Boiadeiro Bernês é tricolor. Sua pelagem é longa (único entre seus três primos suíços), dupla (pelo e subpelo)

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e predominantemente preta, com marcações em branco e canela. Dentre todas as raças, o Bernês é a única cuja marcação deve obedecer a rigorosos padrões, incluindo a marcação branca no peito formando a cruz suíça. É um cão de trabalho forte, robusto, vigoroso, ativo e alerta, com ossatura forte. Seu amadurecimento é tardio, normalmente crescem até os 12 meses e o desenvolvimento total pode ocorrer até os 24 meses, estendendo-se até os 36 meses nos machos. Este cão precisa de escovação semanal (de preferência de duas a três vezes por semana) e banho mensal. Como a raça é bastante propensa a dermatites, é importante garantir que o animal fique com o subpelo totalmente seco após o banho. Dentre as doenças que acometem a raça, uma delas é a displasia coxo-femural e de cotovelos, problema que deve ser considerado tanto na hora da compra quanto na manutenção do cão, com a seleção de filhotes cujos pais sejam aptos a reproduzir, além do cuidado com o animal. É importante evitar piso liso e sobrepeso. A alimentação adequada é com ração super premium para raças grandes. Esses cães convivem bem com outros animais domésticos e alguns já são naturalmente delicados com crianças e animais menores. Preferencialmente devem ser criados em espaços abertos e amplos, mas existem muitos casos de Berneses adaptados a apartamentos, desde que sejam estimulados e tenham exercício diário.


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Border Collie

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ste cão é considerado um dos mais inteligentes do mundo. Famoso, já participou de muitos comerciais e filmes. É também muito simpático e bonito, trabalhador e leal. Sua capacidade de aprendizado é muito alta, sendo muito submisso ao seu dono. Ele é resultado de mais de um século de criação com a função de pastor de ovelhas. Nos anos 1800, havia uma grande variedade de cães pastores na Grã-Bretanha, mas a maioria era muito barulhenta, costumando latir durante o trabalho. Em 1893, um fazendeiro de Northumbrian (região hoje onde seriam o norte da Inglaterra e sudeste da Escócia), Adam Telfer, teve sucesso encontrando a mistura certa dos dois tipos de cães que já buscava há tempos. O resultado deste acasalamento foi um cão chamado “Old Hemp”. Era calmo, hábil, forte, disposto, e a quem as ovelhas obedeciam. Sua capacidade em transferir, geneticamente, tais características, fez dele um dos cães mais usados em coberturas naquela época. Todo o instinto e temperamento que a raça possui hoje vêm de “Old Hemp”. É considerado o pai dos Border Collies. Este cão chegou à América e encantou os criadores de ovelhas com seu trabalho rápido e capacidade de obediência. Em 1995, foi reconhecido como cão de exposição pelo American Kennel Club (AKC). Entretanto,

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o primeiro padrão válido da raça, publicado pela FCI, ocorreu em 1987. Oficialmente, no Brasil, o primeiro casal de Border Collies foi importado em 1993. É desconfiado e protetor em relação a estranhos. Se puder fazer exercícios físicos regularmente, é um companheiro fiel. Muito focado, costuma utilizar a técnica de “encarar” para atingir seus objetivos, desde perseguir uma bolinha até realizar uma tarefa ou um comando proposto pelo seu treinador. Embora normalmente seja calmo e tranquilo no relacionamento com animais de outras espécies, conta com instintos de caça bastante aguçados e costuma ser líder quando convive com outros cães. Precisa de muita atividade física e mental todos os dias para gastar sua energia e satisfazer suas demandas de trabalho. Os filhotes também são muito ativos e precisam de muita atenção por parte do proprietário o tempo todo. É um cão bastante harmonioso. O corpo é longo, atlético, com membros fortes e musculosos. A cabeça é grande, e as orelhas, médias e eretas. A pelagem geralmente tem tamanho médio. As cores mais comuns são preto, branco e preto ou branco e castanho. O pelo necessita ser escovado de uma a duas vezes por semana. A longevidade média deste cão é em torno de 14 anos.


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Borzoi

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orzoi é uma palavra russa que significa “veloz e ligeiro”. Os czares e a aristocracia pré-revolucionária russa usavam estes cães no esporte de caça a lobos. Devido à posição geográfica da Rússia, este cão sofreu influência tanto de galgos do oriente como do ocidente em sua formação. Os primeiros marcaram seu caráter e os segundos, seu aspecto exterior. Os Borzois, portanto, já foram cães de caça em seu país de origem e de corrida nos Estados Unidos – foram exportados para lá pela primeira vez, em 1889 –, mas hoje são cães de companhia. Ao ser levada aos EUA, esta raça propagou-se para o mundo. Cão de temperamento calmo e elegância discreta. Raramente late, é dócil e amável com crianças e outros cães. Mesmo sendo originalmente um cão de caça, se adapta perfeitamente ao ambiente domestico e ao convívio familiar. É aconselhável que tenha a presença constante de pessoas ou outros cães, pois ao se sentir só, pode-se dar à apatia ou melancolia. Mesmo sendo cães de grande porte, podem ser criados em apartamentos, mas a necessidade de exercício diário exige que o dono disponha de tempo para longos passeios. Altura desejável na cernelha: nos machos, entre 75 a 85 cm e nas fêmeas entre 68 a 78 cm.

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Pelo sedoso, macio e flexível, ondulado ou formando cachos curtos. Permite uma variedade enorme de cores, menos a cor azul ou marrom (chocolate). Entre os principais cuidados com esta raça, está a atenção com a pelagem. Os pelos devem ser escovados em dias alternados. Cabeça seca, longa, estreita e aristocrática. Vistas de perfil, as linhas do crânio e focinho formam uma linha longa. A cabeça é tão elegante e seca que as principais veias se mostram através da pele. Orelhas em forma de Rosa. A alimentação adequada para o Borzoi é uma ração super premium que contenha a substância condroitina para os ossos. Essa substância previne e auxilia no tratamento de problemas de artrose, comuns em cães de grande porte como este. Outra característica da raça é a pele sensível. Com longevidade média de 11 anos, não apresentam cheiro característico de cão. Durante os passeios, deve-se manter sempre na guia, pois seu instinto caçador pode aflorar vendo uma possível presa o que fará que saia em disparada, tornando-se impossível alcançá-lo ou exigir que ele respeite qualquer comando de obediência. É desnecessário dizer que se desaconselha a convivência com gatos ou outros animais domésticos de pequeno porte, pois a presença destes, pode despertar seu instinto de caçador. Isto não ocorre se desde filhote, é acostumado a conviver com outras espécies animais.


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Boston Terrier

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ste é mais um daqueles cães extremamente companheiros, fiéis e muito próximos do dono. Também são inteligentes, amáveis e carinhosos. E estão sempre querendo agradar. Muitos criadores classificam seu temperamento como “fantástico”. É preciso muito esforço para irritar esses animais, porém, quando ficam irritados, a tendência é não reagirem e, simplesmente, saírem do ambiente.

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São fáceis de educar e adestrar, entendendo rapidamente o que o treinador está querendo dizer. Sensíveis ao tom de voz do dono, um modo mais agressivo irá deixá-los chateados. É uma raça de cães originária dos Estados Unidos. Todavia, existem algumas controvérsias sobre sua origem. Alguns acreditam que surgiu a partir do cruzamento de Buldogue Inglês, Buldogue Francês, Pit Bull Terrier, Bull Terrier, White English Terrier e o Boxer. Outros apostam ser o cruzamento de Bull Terriers com Buldogues. No Brasil, a raça ainda é pouco conhecida, apesar de estar presente no país há muitos anos, mas sem um número significativo de exemplares e criadores. Cães compactos, de porte pequeno a médio, com cabeça grande sem rugas, olhos escuros e grandes, orelhas empinadas. O focinho precisa ser branco diante do padrão e as narinas na cor preta. O pelo é fino, curto e macio. Este cão não tem cheiro e apresenta pouca queda de pelo, por isso é muito fácil lidar com ele. Os banhos devem ser semanais. Eles gostam muito de água e lama e muitos se tornam exímios nadadores. As cores mais comuns são preto e branco, tigrado e branco e, em poucos casos, foca e branco. O branco mínimo exigido é no focinho, na faixa entre os olhos, peito e patas, podendo ter no máximo o pescoço branco e pernas anteriores todas brancas. São reservados com outros cães. O fato de aproximar outros cães do Boston Terrier pode gerar algum atrito, pois esta raça foi criada para rinha e, somente depois, transformada em cão para companhia. Podem se adaptar a qualquer ambiente e situação seja na cidade, campo, apartamento ou casa. Entretanto, são cachorros para ficar dentro de casa, não para passarem o dia do lado de fora. Como são muito apegados ao dono, podem ficar deprimidos se forem mantidos para fora da residência. Eles normalmente não suportam temperaturas extremas, como muito frio ou muito calor. E topam fazer exercícios mais pesados para acompanhar o seu proprietário. A expectativa de vida desta raça é de 13 a 15 anos.


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Boxer

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pesar de parecer um cão feroz, o Boxer é extremamente brincalhão, curioso, paciente e extrovertido. Tem uma impressionante ligação e fidelidade com seu dono e sua família. Ao mesmo tempo, é desconfiado e impõe muito respeito com estranhos. Muito paciente com crianças, é alegre e afetuoso nas brincadeiras, contudo, destemido quando a situação é mais séria. É um cachorro que sempre arranca gargalhadas das famílias, com poses, brincadeiras e atitudes encantadoras. Vigilante e corajoso, seu caráter é franco, sem falsidade ou hipocrisia. O Boxer teve origem na Alemanha, com o cruzamento entre uma antiga raça chamada Brabant Bullenbeisser (mordedor de touros) e o antigo Bulldog Inglês. Sua tarefa era auxiliar os caçadores de médios e grandes animais, segurando com firmeza a presa perseguida pelos cães de caça até a chegada dos caçadores que a matavam. Para essa função, o cão tinha que ter a boca quanto maior possível, com uma dentadura ampla para prender e reter a caça fortemente. Isso exigia um cachorro grande, com mandíbulas poderosas e narinas recuadas para que ele pudesse respirar enquanto mantinha as mandíbulas presas a um animal.

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Hoje, por ter um temperamento seguro e equilibrado, a raça é indicada tanto como cão de guarda quanto de companhia. É de tamanho médio, pelo liso, compacto, robusto, de construção quadrada e ossos fortes. A musculatura é fortemente desenvolvida e definida. Sua movimentação é enérgica, poderosa e nobre. Não deve ser nem grosseiro, pesado, nem muito leve e sem substância. As suas cores variam de fulvo (dourado), tigrado e branco. Em termos de cuidados gerais, é pouco exigente e limpo no ambiente em que vive. No campo da nutrição, deve ser alimentado com ração de boa qualidade (super premium) que supra suas necessidades físicas. No aspecto de saúde, é uma raça propensa a tumores. A longevidade média desta raça é de 8 a 10 anos. Não é uma raça barulhenta, que late constantemente. Geralmente, os latidos são para demonstrar alguma anormalidade no ambiente, seja na guarda ou algo que mude a rotina do local. Adapta-se a viver em apartamentos e em cidades, mas como é muito ativo e desportista, precisa de exercícios e de caminhadas diárias para manter boas condições físicas e comportamentais, principalmente quando está na idade jovem. Enquanto filhotes, brincadeiras recreativas são sempre bem vindas e importantes. Por ser uma raça extremamente inteligente, é de fácil adestramento. Entretanto, é importante lembrar que a participação e o comprometimento da família no processo de educação são imprescindíveis.


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Braco Alemão

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Braco Alemão de Pelo Curto foi desenvolvido na Alemanha desde o século XVII por criadores que buscavam um cão que pudesse ser usado em diversos tipos de caçadas, tanto a animais de penas como de pelo, fosse hábil apontador e, principalmente, que fosse gentil com a caça e que não recuasse diante de rios ou lagos. Conhecido também como Kurzhaar, tem sua origem ligada aos pointers espanhóis que teriam sido acasalados com cães de faro (como os ancestrais do Bloodhound). De aparência elegante, tamanho menor, mais rústico e resistente do que o Pointer Inglês, este versátil caçador foi levado para os EUA apenas na década de 1920, e logo se tornou muito popular sendo apreciado pelos caçadores por sua versatilidade e energia. Além de suas habilidades como cão de caça, o Braco Alemão é extremamente amoroso, inteligente e obediente, o que fez com que ganhasse destaque também como um cão de companhia. Extremamente afetuoso com os seus proprietários, não suporta longos períodos de solidão. Caso se sinta confinado ou abandonado, sem contato com as pessoas da casa, pode tornar-se um cão indisciplinado e muito destruidor. Sendo um cão de porte médio (machos: de 62 a 66 cm e fêmeas: de 58 a 63 cm), pode até viver em apartamentos desde que seu proprietário consiga proporcionar rotineiras

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e intensas sessões de exercícios e caminhadas para que tenham um desenvolvimento físico e muscular adequado. Tem sido muito utilizado como parceiro em atividades como Canicross e outras corridas de aventura. De maneira geral, o Braco Alemão é um cão bastante sociável, não apenas com humanos, mas também com outros cães. Mas é fundamental que seja educado desde cedo a conviver com outros animais. É conveniente lembrar que estamos falando de um cão de caça cuja presa preferencial são as aves, mas que também atua com eficiência na caça de pelo. Sua pelagem curta exige poucos cuidados por parte dos donos, sendo necessária apenas escovação para manter seu brilho natural e evitar o acúmulo de pelos mortos. Segundo o padrão da raça, são aceitas as cores fígado (marrom) ou preto, podendo o cão ser sólido (uma cor só com pequenas manchas brancas) ou ruão. Por sua natureza sempre alerta, é um cão de alarme bastante eficiente, apesar disso, não se caracteriza como cão de guarda. O Braco Alemão é um cão rústico que tem poucos problemas de saúde. Os principais cuidados envolvem: displasia de quadris, problemas de tiróide, câncer e distúrbios neurológicos. Tem tendência à obesidade e, portanto, deve-se observar a alimentação dos cães, especialmente aqueles que não têm um alto nível de atividade.


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Bull Terrier

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sses cães são dóceis, mas alertas. Um pouco estabanados e brincalhões. Gostam de chamar a atenção. Corajosos, cheios de espírito e abertos à disciplina. Embora inflexíveis, convivem bem com as pessoas. Podem tornar-se um animal de estimação devotado se tratado com atenção. Muito fiéis ao dono, querem sempre estar junto dele. São realmente muito companheiros. Entretanto, precisam de um pulso firme pelo fato de serem extremamente fortes. São também um pouco teimosos. E o dono precisa de tempo para se dedicar ao animal. Esta raça surgiu na Inglaterra. No século XVII, Bulldogs foram cruzados com cães do tipo Terrier para que se criassem cães de luta, o “Bull e o Terrier”. O sangue de Terriers e Whippets foi incorporado à linhagem dos Bulldogs para proporcionar agilidade e rapidez. Em meados de 1860, James Hinks, um vendedor de cães na Inglaterra refinou a raça ao incluir características do Terrier Branco Inglês, possivelmente de Dálmatas e de Pointers espanhóis, produzindo um cão branco, musculoso, com cabeça de linhas suaves e pernas mais curtas que as de seus antepassados. Depois, outras cores foram adicionadas à raça. Na segunda metade do século XIX, o Bull Terrier Branco transformou-se em moda entre as classes de

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jogadores. Embora hoje seja reconhecido como um animal de estimação fiel, confiável e afetuoso, ainda aprecia a luta. Este cão tem aparência exótica. É forte e robusto, com peito grande e profundo. A pelagem é curta. Pode ser branco, branco com marcação na cabeça, tigrado e branco, preto e branco, marrom e branco, tricolor e sólido. Em meados dos anos 2000, havia muitos Bulls no Brasil da linhagem argentina. Eram cães mais baixos, agitados e agressivos com outros cães. Depois, mais criadores passaram a importar a raça da Europa. Assim, os animais tornaram-se mais tranquilos e menos agressivos com outros cães. A estrutura deles também melhorou. Ficaram maiores e a cabeça com mais curvatura, principal característica da raça, mais condizente com o formato almejado de ovo. A convivência desta raça com outros animais domésticos é possível, mas tudo depende da maneira que foi ensinado quando filhote. Muitos desses cães vivem em apartamentos, mas são necessárias caminhadas diárias. Uma boa ração e banhos semanais são importantes cuidados com este cão. Outro procedimento importante é lavar o ambiente com produtos específicos para cães. Para a alimentação, uma ração super premium é a indicada. A longevidade média desta raça é de 12 anos.


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Bull Terrier Miniatura

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s raças Bull Terrier Miniatura e Standard são distintas, porém suas origens são uma só: surgiram a partir do cruzamento de outras raças. Com isso, gerou tamanhos variados e a separação em duas raças foi feita a partir de seleção. No século XVII, Bulldogs foram cruzados com cães do tipo Terrier para que se tornassem cães de luta. Foi incorporado sangue de Terriers e Whippets à linhagem dos Bulldogs para dar-lhes agilidade e rapidez. Nos anos de 1860, James Hinks refinou a raça ao adicionar características do Terrier Branco Inglês, o que produziu um cão branco, musculoso, com linhas suaves e pernas mais curtas que as de seus antepassados. São excelentes caçadores de roedores e ótimos pets de companhia. No Bull Terrier padrão, o tamanho é livre. Já a altura no Miniatura não deve exceder 35,5 centímetros e é desejável que a altura máxima para as fêmeas seja ainda menor e que elas tenham um aspecto mais delicado. Cães franzinos e finos são indesejáveis. Entretanto, não há nenhum limite de peso. O cachorro deve ser proporcional e balanceado. É desejável que os cães usados em reprodução tenham exames de PLL (Primary Lens Luxation), para que por meio de cruza planejada evite-se que os descendentes desenvolvam um problema que pode causar cegueira. É um cão ativo, brincalhão e afetivo. No geral, os Terriers têm muita energia. É necessário apenas mostrar liderança e, desta forma, o seu dono será

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respeitado facilmente. Um pequeno passeio diário ou alguns brinquedos, como bolinha ou pequenos pneus de borracha, são suficientes para que possam extravasar a energia diária. São animais extremamente rústicos que não requerem muitos cuidados, além de afeto, uma ração premium e vacinas tradicionais. De constituição forte, musculoso, bem balanceado e ativo com uma expressão viva, determinada e inteligente. Uma característica única é sua cana nasal descendente e a cabeça em forma de ovo. O pelo é curto, plano, denso, áspero ao toque e brilhante. Nos cachorros brancos, a pelagem deve ser pura. A pigmentação da pele ou marcações na cabeça não devem ser penalizadas. Nos coloridos, a cor predomina sobre o branco. Se houver igualdade em todas as demais características, o tigrado é perfeito. Preto tigrado, vermelho, fulvo e tricolor são aceitáveis. Pequenas marcas na pelagem branca são indesejáveis. Azul e fígado são altamente indesejáveis. E a trufa do nariz deve ser totalmente pigmentada em todos os casos. Se criados desde muito jovens com outros animais e outros cães, os Bull Terriers Miniaturas costumam se dar bem com eles. Adoram crianças e, como são bem menores que o Standard e mais leves, são mais delicados. Podem ser criados em apartamento, precisando de passeios e atenção como qualquer outro cão criado em pequenos espaços.


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Buldogue Francês

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Buldogue Francês é produto de diferentes cruzamentos feitos por criadores apaixonados nos bairros populares de Paris, na França, em 1880. Nesta época, os cães de açougueiros cocheiros dos Halles souberam conquistar a alta sociedade e o mundo dos artistas pelo seu físico exclusivo e seu caráter. Daí difundiu-se rapidamente. A raça surgiu, provavelmente, como todos os Dogues, Molossos, parente do Buldogue da Grã-Bretanha, dos Alanos da Idade Média, dos Dogues e pequenos Dogues da França.O Buldogue Francês foi reconhecido em 1898, pela Sociedade Canina Central. Esses cães de companhia são muito atenciosos, apegados e carinhosos. São sociáveis, extremamente dóceis com as crianças e aguentam bem, inclusive, as brincadeiras mais “brutas”. Latem pouco, apesar de serem atentos e gostam muito de interagir com os donos. Também se relacionam bem com outros animais. Não precisam de grandes espaços, convivendo muito bem em apartamento. Entretanto, são necessários passeios diários. Seu aspecto é de um animal ativo, inteligente, muito musculoso, de estrutura compacta e sólida ossatura. Tipicamente um molossóide de pequeno porte, é “atarracado” em todas as suas proporções, com pelo raso, de focinho curto e trufa achatada, de orelhas empinadas e com uma cauda naturalmente curta. É uniformemente colorido fulvo, tigrado ou não, ou com manchas limitadas. Os exemplares inteiramente brancos são classificados dentro dos fulvos tigrados com manchas brancas predominantes. Desde que um exemplar apresente a trufa muito escura e olhos escuros contornados com pálpebras escuras, alguma despigmentação da face poderá ser excepcionalmente tolerada nos cães considerados muito bons. A raça pode ter problemas como qualquer outra, mas está mais propensa a problemas dermatológicos e respiratórios. A tolerância deste tipo de cão para exercícios físicos é baixa porque são braquicefálicos (cabeça curta, focinhos achatados e olhos proeminentes), não respiram bem e podem sofrer hiperaquecimento.

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O cuidado mais importante com este cão está relacionado ao calor. É preciso manter o animal em ambiente ventilado e, nos dias muito quentes, evitar passeios nos horários de maior temperatura. É recomendável manter sempre um ventilador ligado no ambiente em que o cão estiver. Cuidados básicos, como uma alimentação balanceada e escovação semanal dos pelos, também são importantes para o Buldogue Francês. Uma ração super premium é suficiente, mas nada impede que ele receba “agrados” algumas vezes. Esses agrados incluem bifes e biscoitos próprios para cães, mas pode-se também oferecer pedaço de pão, frutas, carnes, porém tudo com parcimônia.


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Bulldog Inglês

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pesar da aparência de quem impõe medo, o Bulldog Inglês é gentil, afetuoso e leal. Estas qualidades, aliadas à sua coragem e obstinação, levaram os ingleses a adotá-lo como o cão nacional, bem como a preservar a raça mesmo após a proibição das rinhas de cães. A origem do nome vem da palavra “bull”, que significa touro, em inglês. Desde que era um cão de combate até os dias de hoje, o Bulldog Inglês já percorreu um longo caminho. Provavelmente, não há cão que tenha mudado tanto de temperamento e comportamento, uma vez que foi transformado em animal de estimação maravilhoso e muito companheiro. É daqueles cães que vão eleger um dono na família, que vai virar sua verdadeira sombra, idolatrando-o e seguindo para todos os lugares. Eles gostam da companhia de toda a família, se dão bem com estranhos, mas vão nutrir um amor especial pelo eleito da casa. Também amam crianças e adoram brincar com elas por horas. De estatura baixa, mas bastante largo (chega a pesar 25 quilos), este cão é forte e muito dócil, porém reconhecido também como um excelente cão de guarda. Ele quer agradar, apesar de ser muito teimoso. E tem dificuldade de aprender comandos. É um dos cães mais difíceis de ensinar, educar e adestrar.

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O pelo é sólido, curto, grosso, bem tigrado e geralmente mascarado. Esta raça também pode apresentar cores sólidas, mas brilhantes e puras, como o vermelho, tigrado e branco. Os cuidados com o pelo são mínimos, mas as dobras do rosto (e ao redor da cauda) devem ser limpas com certa frequência. Devido à sua estrutura e coluna comprimida, esta raça é propensa a problemas de coluna, displasia, hérnia etc. Por isso, não deve subir e descer escadas com muita frequência, subir e descer do sofá e da cama, por exemplo. É um cão braquicefálico, ou seja, tem problemas para respirar. Esses animais não costumam ladrar muito, mas quase todos chiam e roncam e alguns babam. Eles têm muita propensão à obesidade e são preguiçosos, o que aumenta as chances de ficarem gordos. Vivem bem em apartamentos, porém, precisam de passeio diário e sempre em horários com temperaturas mais amenas, no fim da tarde ou à noite. É comum sofrerem com hipertermia após muito exercício ou se forem expostos ao calor muito forte. Como o pelo é muito curto e sem subpelo, não suportam baixas temperaturas. Estes cães são mordedores incorrigíveis e este comportamento não é limitado aos cães jovens. Será importante fornecer brinquedos de mastigação para mantê-los ocupados, principalmente nos períodos quando o dono não estiver em casa.


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Buldogue Campeiro

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ste cão tem origem nos Buldogues que vieram da Europa a partir do século XVIII. Era usado nas fazendas como cão de trabalho, especialmente nas funções de guarda e de pastoreio. Os primeiros animais foram resultado do cruzamento de Bulldogue Inglês antigo com outros cães já estabelecidos no Brasil. A intenção era criar um cachorro que pudesse ser útil na lida com o gado. Também foi muito utilizado em abatedouros, pois tem capacidade de arrastar suínos pelas orelhas até o local do abate ou dominar sozinho um boi arisco de até 400 quilos. Muito comum no Sul do Brasil até o fim dos anos de 1960, uma década depois esteve ameaçado de extinção devido à introdução de novas raças no país e de novas leis e medidas sanitárias, mas sua criação foi retomada após um trabalho de resgate. Em 2001, a Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) passou a reconhecer a raça. É de fácil adaptação e tem ótimo convívio com crianças. Muito fiel e submisso, amam as pessoas que fazem parte do seu dia a dia. Também é extremamente corajoso, tranquilo e dócil. De porte médio e constituição larga, o formato de seu corpo é quase quadrado. Trata-se de um cachorro musculoso, de ossos fortes e cabeça larga. O focinho é curto, as orelhas são pendentes e o olhar expressivo.

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A pelagem deste cão é curta e lisa, de textura média, nem macia e nem áspera ao toque. Todas as cores são aceitas. Predominam os cães de pelagem dourada, tigrada, preta e chocolate, todas estas geralmente com marcações brancas. Os cães machos da raça costumam pesar entre 35 e 45 quilos. Já as fêmeas devem pesar entre 30 e 40 quilos. A altura fica entre 48 e 58 centímetros. Extremamente versátil, o Buldogue Campeiro não late com facilidade. Tem um instinto protetor muito forte. É um atento cão de guarda, sem ser agressivo, a não ser que a situação exija. O filhote deve ser exposto ao máximo de situações possíveis para impor limites. E deve ter contato com as pessoas que vão fazer parte da sua vida. Quando adulto, é preciso ter uma rotina diária de convivência com a família proprietária. No entanto, este cão tende a não suportar cães adultos estranhos, principalmente machos. Também pode haver alguma dificuldade de ser adestrado diante de sua determinação. A opinião predominante é de que o Buldogue Campeiro é uma raça de fácil adestramento, com exceção de alguns casos de teimosia, quando o cão tenta impor a sua vontade. É um cão muito rústico, que normalmente não apresenta problemas de saúde comuns do Bulldogue Inglês. Entretanto, precisa de exercícios diariamente. O dono deve sempre levá-lo a lugares em que ele possa correr, brincar e se divertir.


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Bullmastiff

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principal característica do Bullmastiff é seu temperamento equilibrado e dócil. Alguns registros até o descrevem como um “cão de colo aprisionado num corpo enorme”, mas isso não desmerece sua aptidão natural para a função para o qual foi desenvolvido – um guarda noturno eficiente e silencioso, que não costuma latir à toa e o silêncio de sua aproximação é a principal arma para conter um invasor. São cães grandes e fortes, porém amorosos, protetores, leais e muito dependentes do tutor, principalmente no que se refere ao convívio. Companheiros, não conseguem ficar o dia todo sem contato humano. Morar com um Bullmastiff pode ser o início de uma relação maravilhosa, que vai durar muitos anos. A raça surgiu na Inglaterra, a partir da segunda metade do século XIX pelos fazendeiros e moradores de áreas rurais para conter investidas de caçadores e ladrões que entravam nas propriedades. Os cães que existiam na época não eram considerados eficientes neste tipo de tarefa. Então, foram iniciados testes para desenvolver uma raça que fosse valente e silenciosa, forte e resistente. Diversos acasalamentos foram testados, mas apenas os filhotes originários do cruzamento entre o Mastiff Inglês e

o antigo Bulldogue tinham as qualidades almejadas. Esta combinação gerou um cão forte e bastante destemido, menor que o Mastiff Inglês, mas igualmente robusto. E graças ao sangue do Bulldogue, mais ágil do que o Mastiff. No Brasil, esta criação é bastante recente. Há registros de cães da raça, esterilizados, em 1940. No entanto, foi a partir da década de 1980 que houve impulso da criação de forma organizada. Atualmente, existe um grande número de registros no país. São classificados como cães de guarda, mas um tipo de guarda mais “ostensiva”, pois não é característica da raça morder e ser agressivo. Esses cães podem ser excelentes companhias para crianças. Já a convivência com outros animais deve ser iniciada desde muito cedo e com extremo cuidado entre cães do mesmo sexo, especialmente machos. A pelagem é curta e dura, resistente a intempéries e bem assentada em todo o corpo. As cores podem ser em qualquer tonalidade de tigrado, fulvo ou vermelho. Mas a cor tem de ser pura e saturada. Apenas uma pequena marca branca no antepeito é permitida. Máscara preta é essencial e os olhos rodeados por uma mancha escura contribuem para a expressão. Os banhos são indicados a cada 15 a 20 dias, com shampoo neutro. É necessária uma escovação semanal para a retirada dos pelos mortos. A escovação dos dentes deve ser de, pelo menos, uma vez por semana, para evitar o tártaro. A alimentação precisa ser feita por dieta comercial balanceada (ração). Entretanto, há também a alimentação natural balanceada feita por um nutricionista veterinário.

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Cane Corso

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roveniente da Itália, descendente do antigo Molosso Romano, Cane Corso significa “cão de guarda de propriedade”. Cane significa cão em italiano, enquanto a palavra Corso vem do Latim “Cohors”, que indica protetor. Os primeiros registros da raça datam do século XVI, quando os italianos usavam estes cães para caçar javalis e manter a segurança das fazendas e currais. A sua função primordial é a guarda, porém, é um cão destinado à família por conta de seu equilíbrio e sensacional percepção para interpretar todas as situações a que é submetido. É considerado um dos cães mais equilibrados. O primeiro encontro com um Cane Corso é inesquecível, na avaliação de muitos criadores. Ele tem um temperamento dócil e, ao mesmo tempo, assertivo quando desempenha sua função de guarda. A relação com o dono é de carinho, atenção, entrega e dedicação absolutas. Ele gosta de estar e acompanhar o dono por todos os lados. É um companheiro sensível e especial, que pede muito pouco em troca. Este cão também adora a convivência com as crianças, principalmente quando se trata de participar de brincadeiras. Normalmente, aceita outras raças, desde que não tenham as mesmas características suas de territorialidade.

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De pelagem curta e brilhante, o Cane Corso tem porte de médio para grande. É robusto, forte, mas muito elegante. Sua musculatura é acentuada. O peso varia de 50 a 62 quilos para os machos, e de 45 a 50 quilos para as fêmeas. As cores da pelagem variam de preto, cinza chumbo, cinza claro, cinza ardósia, fulvo claro e escuro, vermelho cervo, tigrado (com listras em diferentes tons de fulvo ou cinza). Os cães fulvos e tigrados têm no focinho uma máscara preta ou cinza que não deve ultrapassar a linha dos olhos. Admite-se uma pequena mancha branca no peito, na ponta dos dedos e sobre a cana nasal. A raça, por ser bem robusta, precisa de espaço para se movimentar. É rústica e não precisa de cuidados especiais, além dos cuidados básicos. Em relação aos banhos, uma vez por mês é a medida apropriada. A alimentação pode ser à base de ração premium. O fígado de boi e pescoço de galinha são boas opções adicionais, mas devem ser misturadas à ração. É recomendável que seu dono o leve para longas caminhadas diárias para que o cão possa se manter saudável, tanto fisicamente quanto mentalmente. É um cão inteligente e confiante, com grande capacidade de aprendizado, o que torna o seu adestramento bastante fácil e rápido. A longevidade média é de 10 a 15 anos.


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Cão d´Água Português

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uma das raças mais antigas que se tem notícia. Sua existência ao longo do Algarve, na costa de Portugal, pode ser rastreada de tempos muito remotos. Há evidências que, em tempos pré-cristãos, este cão foi considerado quase sagrado diante de suas habilidades. A primeira descrição dele data de 1297, por um monge que descreve o salvamento de um pescador por um Cão d´Água. Esta raça capturou a atenção dos pescadores por sua natureza alegre, mas obediente, e uma construção robusta, que permitia um dia inteiro de trabalho dentro e fora da água. É um nadador e mergulhador de excepcional capacidade e resistência, que ajudava a recuperar redes presas, pastoreava cardumes de peixes, levando mensagens entre barcos e para a costa, entre outras tarefas.

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A partir do século XX, com as novas tecnologias de pesca, o trabalho destes cães ficou obsoleto. O número de animais da raça diminuiu muito. Na década de 1950, quase chegou à extinção, tanto que em 1970 foi considerada pelo “Guiness Book of Records” a raça mais rara do mundo. Os primeiros exemplares foram levados aos Estados Unidos em 1958, mas apenas em 1972 é que foi formado o “Portuguese Water Dog Club of America”, e em 1984, teve o seu reconhecimento como raça pelo American Kennel Club. Sua popularidade recebeu um impulso com Bo, o Cão d´Água Português da família do presidente dos EUA, Barack Obama. Além de companheiro inseparável do seu dono e família, é um cão extremamente inteligente e multitalentoso. Com sua capacidade física e inteligência, participa de várias atividades, desde prova na água, agility, provas de faro até busca e salvamento. A pelagem pode ser enrolada ou ondulada, totalmente preta, branca ou marrom, preta ou marrom com partes brancas. A tosa típica é feita no focinho e na parte posterior do corpo, deixando uma bola de pelo na ponta da cauda, o que lhe dá uma aparência de leão. Este cachorro precisa ser penteado semanalmente, tomar banho de uma a duas vezes por mês e tosados a cada 30 dias, caso contrário seu pelo pode embaraçar e encher de nós. Além dos cuidados habituais, como boa alimentação, higiene e exercícios físicos regulares, é necessário verificar os ouvidos toda semana, pois as orelhas são dobradas e caídas, o que facilita infecções. É um cão impetuoso, corajoso, sóbrio e resistente à fadiga. Possui uma excelente visão e olfato. Também é espirituoso, divertido e se dá muito bem com crianças e outros animais. Conhecido como “cão velcro”, que fica grudado com o proprietário e sua família, não se adapta a um ambiente de canil e vai se sentir infeliz se for abandonado em casa, mesmo que num grande espaço, pois precisa de contato humano para se alegrar.


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Cavalier King Charles Spaniel

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Cavalier King Charles Spaniel, também conhecido como Cavalier, é considerado uma das mais majestosas raças por sua aparência de extrema elegância e ótimo temperamento. A história desta raça parte dos séculos XV e XVII, em que reis e rainhas apreciavam este cão pelo seu companheirismo e aptidões específicas como cães de caça, mas extremamente dóceis para companhia. Esses cães eram usados para atrair as pulgas e carrapatos das pessoas e como presentes ofertados a famílias nobres pela realeza. Nesta época, a atual raça era o King Charles, que tinha uma aparência muito diferente dos Spaniels anteriores, representado em telas artísticas. Depois, criadores ingleses recriaram esta raça, partindo do cruzamento de três raças distintas, mas com características a serem desenvolvidas após os cruzamentos, como o próprio King Charles, juntamente com o Carlin e o pequinês, dando origem aos primeiros exemplares da raça. Os seus descendentes apresentavam uma característica em comum que era o focinho curto, mas os primeiros exemplares tinham em sua característica o focinho mais alongado. A raça foi a predileta da rainha Mary, da Escócia, e de Charles II, da Inglaterra. O rei Charles gostava tanto deste cão que, segundo relatos, brincava com os mesmos sem se importar com os assuntos pertinentes a seu reinado. E permitia a seus vários exemplares o acesso a todas as dependências do Palácio de Whitehall. Deriva, então, o primeiro apelido desta raça que foi Spaniels do Rei Charles.

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O Cavalier ainda hoje é um caçador destemido e aventureiro. Adora caçar aves, borboletas, moscas e ama bincadeiras de caçar bolinhas e brinquedos. E também cabe bem em apartamento. É um cão robusto, ativo. Ao mesmo tempo, sensível, muito carinhoso, amoroso, meigo, educado, calmo, extremamente dócil com crianças, adultos, estranhos e outros animais. Seu temperamento é até comparado ao de um gato, pois brinca somente quando solicitado. Os Cavaliers gostam de ficar no colo e junto ao dono. É uma raça muito companheira, em contrapartida, muito independente. Assim, o cão pode ficar sozinho por um bom período do dia, pois late somente quando necessário, em momentos de descontração e brincadeiras. Para este cão são indicados passeios curtos em, pelo menos, duas vezes por semana. É um animal extremamente inteligente, o que torna fácil o seu adestramento. Normalmente, sua longevidade média é de 10 anos, mas existem exemplares com 16 a 18 anos de vida. A pelagem da raça é longa, sedosa, de um brilho sem igual. Um banho por semana e a escovação diária para manter os pelos com brilho e sedosos são suficientes nos cuidados com o animal. Na sua dieta, uma ração super premium é sempre a mais indicada. O padrão oficial da raça cita que há quatro cores, tais como “Blenheim” (branco com castanho), tricolor (branco, preto e castanho), rubi (castanho intenso), “Black and Tan” (preto com castanho).


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Chihuahua

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sse cãozinho conhecido como “cachorro de bolso” tem sua origem no México, conforme algumas evidências arqueológicas e no próprio folclore mexicano. Figuras de um cão miniatura com a aparência do Chihuahua foram encontradas no país e existe a teoria de que um ancestral dele teria vivido de forma selvagem na época da civilização Tolteca, entre os séculos X e XII, quando foi domesticado por seus habitantes. Muitos registros foram encontrados ao longo da história, principalmente na região da província de Chihuahua. A raça continuou popular no século XX, especialmente em seu país de origem e nos Estados Unidos, onde foi reconhecida oficialmente pelo Kennel Clube Americano, em 1904. Atualmente, também é criado em países de clima mais rigoroso, como por exemplo, o Canadá. Entretanto, recomenda-se o uso de roupinhas para protegê-lo do frio. Chamado de “bonsai” de todas as raças caninas, sua estrutura óssea é compacta e sólida nos exemplares típicos da raça. Sua pelagem pode ser longa e ondulada ou curta. Todas as cores são aceitas, em todas as suas tonalidades e combinações, com exceção do merle. De pequeno porte, estes cães devem ter entre 1,5 kg e 3 kg. Apesar de não serem raros exemplares com menos de 1 kg, somente aqueles com mais de 500 gramas são aceitos

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nas exposições de beleza. Todavia, seu tamanho pequeno não limita as atividades inerentes a qualquer raça de cão. Realizam grandes caminhadas por campos, viajam... São excelentes companheiros de aventuras e diversão. É cheio de valentia e lealdade ao dono e à família que o cerca. É expressivo, comunicativo e divertido... Seu temperamento nunca “envelhece”. Pode interagir com muita facilidade, chegando a tornar-se o centro das atenções. Um representante fiel da raça tem boa relação com outras espécies de animais. E pode ser o melhor amigo de uma criança, desde que a mesma demonstre carinho e respeito por este cão. Não gosta de ficar longos períodos sozinhos, pois sua natureza brincalhona pede interação com frequência com seus donos. De qualquer forma, é uma raça independente que gosta muito de colo e de atenção. Anos atrás, alguns criadores quiseram impor a “moda” do Chihuahua e isso fez com que criassem de forma desacelerada, sem cuidar de problemas de saúde e de temperamento que passaram geneticamente por uma criação sem controle, motivada pelo comércio. Lamentavelmente, começaram a aparecer cães da raça agressivos, tímidos e com doenças graves do tipo genético. Condições que prejudicaram as verdadeiras características fundamentais da raça.


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Chihuahua de Pelo Longo

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m cão rápido, alerta, dotado de grande agilidade, cheio de vida e de muita coragem. Este é o Chihuahua, este popular cachorrinho que pode ser carregado dentro da bolsa de suas donas e donos. Valente, é capaz também de enfrentar cães maiores. É muito afetuoso com o dono e fiel. Um verdadeiro cão de companhia. Entretanto, apresenta uma tendência forte de proteção em relação a um único proprietário, o que pode se traduzir em agressividade com pessoas estranhas. Desta maneira, a socialização precoce é essencial para que não abuse desta característica protetora. É também sensível. Assim, a personalidade do seu proprietário e o ambiente onde é criado podem influenciar fortemente em seu temperamento depois de adulto. Pode ser agitado e pouco paciente. Tudo indica que a raça teve origem no México. Figuras de um cão miniatura, com a aparência do Chihuahua, foram encontradas no país e a teoria mais provável é que seu ancestral direto, o Techichi, teria vivido de forma selvagem na época da civilização Tolteca, quando foi capturado e domesticado por seus habitantes. Há evidências de que a raça já estava presente no México por, pelo menos, 1.400 anos antes da chegada dos colonizadores. O corpo deste cão é enxuto e apresenta a forma de um cão compacto. Deve apresentar entre 1,5 e 3 quilos.

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A pelagem pode ser longa e ondulada (em exemplares mais raros), ou curta, aderente e brilhante na maioria dos exemplares. Todas as cores são aceitas, em todas tonalidades e combinações, com exceção do merle. A pelagem de pelo longo é fina, sedosa, lisa ou levemente ondulada. O subpelo não é muito denso. Mais longa, esta pelagem pode formar franjas nas orelhas, no pescoço, na parte traseira dos membros, nas patas e na cauda. O cão de pelo longo precisa de escovações mais frequentes, sendo uma vez por dia o ideal, mas não há problema em escovar duas vezes por semana. Com a escovação regular, não é preciso dar banhos com muita frequência. É recomendado o banho uma vez por mês. Por ter estômago pequeno, o Chihuahua não pode comer muito de uma vez só. As porções devem ser servidas diversas vezes ao dia. Cães muito pequenos (com menos de 1,5 kg) podem precisar de alimentação a cada quatro horas. Não pode ser alimentado em demasia, pois a obesidade é um problema comum na raça. Esses cães são muito inteligentes e aprendem rapidamente. Às vezes teimosos, precisam de firmeza no treinamento. Devido a seu tamanho, este cãozinho não precisa de muito espaço, mas precisa de exercícios físicos regulares para gastar energia. A vantagem é que pode se divertir dentro de casa. É uma raça muito resistente a doenças, podendo viver até 18 anos, em alguns casos.


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Chow Chow

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almos, bons guardiões, independentes, leais e reservados. Estes cães têm uma personalidade quase felina. Mas quando o dono chega à casa, eles pulam, brincam e querem chamar a atenção, mas tudo isso dura no máximo cinco minutos. Depois, acalmam-se e colocam-se ao lado do proprietário, como se quisessem dizer: “estou aqui com você”. Um pouco teimosos, mas muito inteligentes, esses cães surgiram na China, reconhecidos no país asiático por mais de 2.000 anos e estão relacionados aos cães nórdicos do tipo Spitz. Os Chows começaram a aparecer em outros países por volta de 1800. Durante séculos, os chineses criaram esses cães para comer a sua carne. E, geralmente, serviam a língua do animal ao convidado principal da refeição. Esta parte do cão estava envolta em um conto de fadas no país, que “explicava” o motivo de sua cor azul, característica típica da raça. Exemplares da raça foram para a Inglaterra no fim do século XVIII e não foram notados lá até 1920. Somente após serem mostrados em uma exposição naquele país em 1925, é que a raça começou a se destacar na cinofilia mundial. Originalmente, eram usados como cães de guarda, mas atualmente são de companhia. São cães compactos, de lombo curto e bem equilibrados. A aparência é leonina, a cauda é claramente

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portada sobre o dorso. Nos exemplares de cor preta, a pigmentação é bem definida, já nas cores vermelha, creme, azul e fulva, são mais para o preto-azulado. A sua pelagem deve ser áspera e lisa, nunca crespa, e muito abundante, porém, não de comprimento excessivo. Ela é particularmente densa em torno do pescoço, onde forma uma juba e, na face posterior das coxas, forma fartos culotes. As duas variedades da raça (Chow Pelo Longo e o de Pelo Curto) mantêm as mesmas características, apenas diferenciadas pelo comprimento do pelo. Por serem muito limpos, são indicados banhos a cada 30 dias. A limpeza dos olhos deve ser diária para evitar acúmulo de sujeiras externas, visto que os olhos deste cão são pequenos e amendoados e, normalmente, lacrimejam um pouco. Uma boa escovação semanal garante um cão lindo e saudável. Uma alimentação balanceada de boa proteína e baixa caloria é recomendada. Não é um cão ativo, portanto, não precisa gastar energia em espaços enormes. Mas, como toda raça, precisa de momentos de lazer e de brincadeiras, sem movimentações pesadas ou com exercícios constantes. Pesado e peludo é propenso à exaustão devido a temperaturas inadequadas. São indicadas caminhadas curtas e lentas, sempre após as 18 horas ou até as 10 horas da manhã.


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Clumber Spaniel

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aro no Brasil, o Clumber Spaniel é uma das raças mais antigas de Spaniels reconhecidas e que leva o nome do Duque de Newcastle, Clumber Park, em Nottinghamshire, um condado da Inglaterra, onde suas origens podem ser rastreadas há mais de 200 anos. Provavelmente, surgiu do cruzamento de cães que atendessem as necessidades de caça do Duque, como Basset Hound e Alpine Spaniel. Ele é creditado pelo desenvolvimento da raça e seus Spaniels eram famosos por sua capacidade de trabalho. Esses cães espalharam-se pela aristocracia da Grã-Bretanha. Os Clumbers chegaram à América do Norte em 1848, primeiramente no Canadá e depois nos Estados Unidos, mas só foram encontrados em número suficiente em 1883. A raça foi uma das nove primeiras reconhecidas pelo Kennel Club americano. E apenas em 1954, foi reconhecida pela Federação Internacional de Cinofilia. Esta foi sempre uma raça pequena numericamente e os registros geralmente caem entre 160 e 220 a cada ano na Inglaterra. Com poucos filhotes ao ano, a disponibilidade é limitada. Em 2003, o Kennel Club identificou esta raça britânica como vulnerável. Este cão destaca-se por ser muito sociável com humanos. Ama sua família e está sempre pronto para um pouco de diversão e brincadeiras. Leal ao dono é carinhoso sem ser carente. Gosta de se acomodar deitado

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ao lado do proprietário e de tirar longos cochilos. Gosta também de buscar objetos para se manter entretido e de carregar coisas na boca, e vai pegar algo do chão para cumprimentar as pessoas. Uma característica que chama a atenção é a sua expressão pensativa e bondosa, grande cabeça quadrada e olhos caídos com a pálpebra inferior um pouco solta. A cor deste cachorro é sempre branco com marcas limão ou laranja, principalmente na cabeça, às vezes com pintas espalhadas no corpo e nas pernas. A pelagem é abundante, fechada, sedosa e reta, com pernas e peito bem franjados. Uma escovação semanal evita a formação de nós. Banhos quinzenais também são úteis para evitar nós e retirar resíduos de urina que se acumulam principalmente nas fêmeas. As orelhas e olhos necessitam ser limpos todos os dias para evitar o acúmulo de secreções. Apesar de exercícios serem bons para este cão, ele não precisa de grandes quantidades de atividade física. Meia hora de caminhada diária costuma ser suficiente. Estes cães adoram crianças, mas por serem pesados podem derrubar os pequenos. Também costumam conviver bem com outros cães e animais da casa. É um cão decidido, mas que gosta de agradar, o que permite sua educação.


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Cocker Americano

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Lili (Lady), famosa personagem do desenho “A Dama e o Vagabundo”, foi inspirada na raça Cocker Spaniel Americana. Embora uma obra de ficção, a história da doce e delicada Cocker não mente sobre o temperamento deste cão. É alegre, brincalhão, companheiro, obediente, educado e fiel. Possui olhos “espertos”, vivos e que transmitem docilidade e alegria. É também muito divertido. Esta raça teve origem nos Estados Unidos e sua história se confundiu com a do Cocker Inglês até o fim do século XX. Após este período, a raça teve sua própria evolução. Foi desenvolvida para ser um Cocker Spaniel perfeito, ou seja, um caçador completo e eficiente. Esta exigência influenciou, inclusive, o tamanho deste cão, afinal, o Spaniel Americano precisava ser menor para facilitar a caça em pântanos, além de ser mais prático para o transporte em barcos. Foram tantas as mudanças que, em 1936, o American Kennel Club (AKC) reconheceu o Cocker Americano e o Inglês como raças diferentes. Nos Estados Unidos e na Europa ainda são encontrados muitos cães da raça em sua função original de caça, mas no Brasil acabaram tornando-se de companhia. O Cocker Americano é compacto, robusto, com cabeça refinada e bem cinzelada, com o conjunto

harmonioso e de tamanho ideal. É capaz de desenvolver considerável velocidade combinada à grande resistência. Esta raça possui duas variedades de cores. Os sólidos (preto, preto e tan, fígado, fígado e tan e todos os tons de dourado). Neste caso, é permitida apenas uma pequena mancha branca no peito. Também há os particolors, com duas ou três cores definidas, sendo uma delas obrigatoriamente o branco. Nesta variedade, uma cor não deve ultrapassar mais de 90% da cor total do cão. Os cuidados necessários para este animal incluem escovação e banho semanais e um trimming por mês. O trimming consiste em tirar o subpelo e o pelo morto do dorso do cão, garantindo um aspecto saudável e mais natural. Para isso, é usada uma faca especial e a técnica só deve ser feita por profissionais qualificados para que não haja risco de machucar o cachorro. Estes cães são extremamente fiéis ao dono. Com estranhos, podem ser bem desconfiados e um pouco arredios. A raça se dá bem com outros animais, crianças e idosos. Sabe dosar a energia para as horas que são necessárias. É o tipo do cão que pode passar horas dormindo aos pés do dono enquanto este trabalha, mas no momento em que é demandado pode correr maratonas ou fazer trilhas, por exemplo. Tudo para acompanhar seu proprietário.

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Cocker Spaniel Inglês

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Cocker Spaniel Inglês é reconhecido por sua incessante energia e temperamento doce e devotado. A cauda está em constante movimento, e ele está sempre pronto para acompanhar seus humanos em uma trilha ou a assistir um filme aninhado no sofá. O Cocker Inglês foi uma das primeiras raças a serem reconhecidas pelos Kennel Clubes na Europa logo que foram fundados, no final do século XIX. Já bem antes disso os Spaniels eram usados no continente europeu para a caça de aves, tanto para espantá-las, permitindo ao caçador alvejá-las em vôo, quanto para buscar a ave abatida, seja em solo ou em lagos. Atualmente, no Brasil, são apenas animais de companhia, mas quando encontram com aves em parques ou jardins, deixam clara sua origem caçadora. As orelhas longas e pendentes, cobertas por pelos sedosos, aliadas ao olhar doce e vivaz, são as características físicas mais marcantes. Seu corpo é compacto, com largas costelas, musculoso e coberto de franjas no peito, barriga e membros. O focinho é longo e forte, para ser capaz de abocanhar e carregar a presa até seu dono.

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Como a maioria dos cães de caça e trabalho, necessita de exercícios diários para não se tornar entediado, o que o levaria a gastar sua energia destruindo objetos ou latindo excessivamente. O exercício ajuda também a manter a forma, pois tem alguma tendência a engordar, e com o olhar pidão, acabam conseguindo convencer os membros da família a ganhar petiscos fora de hora. É uma das raças mais populares do mundo, e com isso faz-se importante o controle de doenças genéticas que se propagaram com sua popularização. Uma delas é a Nefropatia Familiar, uma doença fatal, para a qual já existe teste de DNA, e, portanto, facilmente evitada com o exame genético dos pais previamente ao acasalamento. Além dessa, também há testes para outras doenças da raça, e o criador responsável se preocupa em fazê-los, para que cada filhote trazido ao mundo seja o mais saudável possível. A raça é multicolorida, sendo oficialmente reconhecidas desde o preto puro até os tricolores, podendo ser ruão (salpicado) ou com fundo branco, com variações de preto, chocolate e dourado, em geral, com máscaras que se estendem dos olhos até as orelhas e manchas variáveis pelo corpo.


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Collie

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m grande companheiro, simpático, alegre e ativo, amistoso. Estas são algumas das características do Collie, raça que parece ter evoluído a partir de cães trazidos originalmente para a Escócia pelos romanos que, então, acasalaram com tipos nativos. Os Collie Pelo Longo e Pelo Curto são os mesmos, o que os diferencia é o comprimento das pelagens. A versão Pelo Longo é a mais refinada do Collie original de trabalho do Pastor Escocês, a partir do qual esta raça foi selecionada por mais de 100 anos, pelo menos.

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Muitos desses cães podem ainda desempenhar de forma satisfatória seu trabalho, caso tenham oportunidade. Mesmo com toda sua beleza, este é um cão de pastoreio. Tem excelente convívio com crianças, idosos e outros cães. A sociabilidade é uma de suas características. Possui também um nível de docilidade muito grande. É um protetor da família, mas sem ser agressivo. Faz de tudo para “tomar conta” das pessoas e juntar a família. A movimentação é uma característica particular da raça. Tem um trote leve e de passos longos. As cores deste cão variam de “sable” (zibelina), tricolor e azul merle. No “sable”, qualquer nuance do dourado claro ao mogno escuro ou “sable” sombreado é permitido. O tricolor precisa ser predominantemente preto com marcas castanhas bem saturadas nos membros e na cabeça. O azul merle necessita ser predominantemente claro, azul prateado, salpicado e marmorizado com preto. Marcações em castanho intenso são preferidas, mas sua ausência não deve ser penalizada. Todas as cores podem apresentar marcações brancas típicas do Collie em maior ou menor grau. A pelagem, muito densa, revela o contorno do cão. Os pelos são retos, de textura áspera, com subpelo muito suave, densos e bem fechados a ponto de esconder a pele. É muito abundante na juba e no ventre. Os membros inferiores são bem franjados. O pelo da cauda é profuso. A escovação deve ser semanal e o banho, uma vez por mês. O ideal é que a pelagem fique áspera ao toque, por isso não se pode dar banhos muito frequentes, que deixam os pelos muito sedosos, dificultando a instalação de umidade. Uma boa caminhada ou corrida e algumas atividades divertidas são recomendadas para estes cães gentis e devotados.


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Dachshunds

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nternacionalmente famosos, estes cães de pata curta e longos são de caça de tocas. Também são chamados de Teckel ou Dackel e, popularmente, de salsichas ou até “Cofap” no Brasil, pois fizeram uma propaganda televisiva em que eram os astros desta marca. Eles têm tamanhos diferentes, que são medidos pela circunferência torácica e o peso – standard (em torno de 9 kg), miniatura (cerca de 4,5 kg) e kaninchen (em torno de 3 kg), sendo que nos padrões inglês e americano não há esta divisão entre os menores. Também apresentam diferentes tipos de pelagem que alteram um pouco o temperamento face às raças que influenciaram nestas variações. Além do pelo curto, existe o duro com barbichas e sobrancelhas, e o pelo longo, com suas franjas nas orelhas, peito, patas e rabo, sendo que estes dois tipos precisam de mais cuidados de escovação. Os cães de pelos curtos são mais bravos, os de pelo duro prestam mais atenção aos donos e os de pelo longo são mais dóceis. De modo geral, os Dachshunds são orgulhosos, atentos, vivos e ágeis. De natureza amigável e muito corajosos, às vezes, bravos, não devem ser nervosos ou agressivos. Também devem ser logo dominados para que não fiquem muito independentes. Os cães desta raça de pelo duro foram obtidos pelo cruzamento com Schnauzers e com o Dandie Dinmont, reforçando o temperamento impetuoso, necessário para a caça e um pelo mais resistente. Os de pelo longo surgiram

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a partir do cruzamento com Spaniels, o que auxiliou no desenvolvimento de um melhor faro e todos vivem bem em matilhas, já que estas pelagens os protegem melhor nas atividades nos campos, florestas e tocas. As cores básicas são o marrom ou vermelho e preto com marcação castanha (tan) e podem variar para cada tipo de pelagem. Existem também os arlequins, em que a cor básica deve ser escura – preto ou vermelho – e as manchas devem ser irregulares ou em listras escuras, nos tigrados. Para os de pelo duro, predominam as cores trigo e javali. Importante é não terem manchas brancas, só pequenas são admitidas, pois são ligadas ao gene da cegueira. A cor dos olhos não deve ser azul ou com o aspecto de porcelana. Há notícias dos Dachshunds desde os tempos egípcios, há mais de 4.000 anos. Todavia, o primeiro livro de registro da raça data de 1840, na Alemanha. O primeiro padrão foi feito em 1879 e não difere muito do atual. Esta raça tem uma longa coluna vertebral, um ponto frágil. Por isso, é importante que os cães venham de boas linhagens e que não fiquem obesos. E eles são bastante gulosos. As castrações, por alterarem a produção hormonal e reforçarem o excesso de peso, não são recomendadas. Também é importante que se tenha cuidados higiênicos com as orelhas e as unhas devem ser cortadas com frequência. Necessitam de certa dose de exercícios e passeios para ter uma boa musculatura, inclusive para evitar problemas na coluna.


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Dachshund Miniatura de Pelo Duro

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istoriadores dizem que os primeiros registros desta raça datam de cerca de 4 mil, 5 mil anos atrás. Em 1988, foi feito o primeiro registro oficial de um exemplar na Alemanha. Caçadores alemães queriam um cão ágil, resistente, com olfato apurado e que fosse pequeno o bastante para entrar em tocas de animais como lebres, coelhos e texugos, com o objetivo de levá-los para fora, facilitando o trabalho dos caçadores. No século XIX, esta raça foi levada para a Inglaterra, onde passou a integrar a corte inglesa, o que contribuiu para a popularização deste cão. Na década de 1870, houve a importação desses cães para os Estados Unidos. No Brasil, eles vieram com os colonizadores europeus. A raça foi desenvolvida com base em nove variedades, que incluem três tamanhos (standard, médio e miniatura) e pelagens diferentes (curta, dura e longa). A pelagem dura apresenta barbichas e sobrancelhas, e a longa, franjas nas orelhas, peito, patas e rabo. Os cachorros de pelo duro (ou arame) foram obtidos com a introdução de linhas de sangue de Terriers.

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Este é um cão muito famoso, conhecido popularmente como “salsicha”, “linguiça”, pois é baixo, comprido e com o peito em forma de barril e pernas curtas. Os cães adultos pesam entre 7 e 11 quilos e o comprimento do miniatura vai até 30 centímetros, enquanto o standard tem mais de 35 cm. A coloração da pelagem pode variar conforme o seu tipo. No caso dos Dachshund de Pelo Duro, predominam as cores trigo e javali. Importante é não terem manchas brancas, só pequenas são admitidas, pois são ligadas ao gen da cegueira. Com o tempo, este cão de caça foi adaptado para ser de companhia. Assim, ele é corajoso, independente e protetor. São ótimos para quem deseja uma companhia em lugares pequenos, pois além de amigáveis, aprendem a ter hábitos de higiene sem muitas dificuldades. O relacionamento com adultos e crianças é positivo. Ao mesmo tempo, esses animais podem ser possessivos no ambiente familiar. As diferentes pelagens também influenciam no temperamento desses cães, segundo os criadores. Os de pelo duro são considerados mais agitados em relação aos de pelo curto, vistos como mais sociáveis.


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Dálmata

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ste cão pode ser reconhecido em pinturas e crônicas de igrejas entre os séculos XVI e XVII. Sugere-se que o Dálmata apareceu na região leste do Mediterrâneo, na província histórica da Dalmácia. As suas primeiras descrições foram encontradas na diocese Djakovo, na Croácia. Este cachorro foi nomeado em latim como “Dalmaticus Canis”. No passado, este animal seguia carruagens, servindo de alerta a possíveis invasores. Devido à sua pelagem e inteligência, também era usado em circos. A caça também foi uma das funções dele. E hoje, é uma excelente companhia, além de muito afetuoso e carinhoso. É muito companheiro do dono e da família. É o melhor amigo que alguém pode ter e estará presente em qualquer situação. Tem atitude, personalidade e consegue convencer o dono do que quer. A atitude inteligente impressiona. Ao mesmo tempo, é teimoso e ciumento, precisa de um proprietário que não tenha medo de dizer não. É um cão de porte médio a grande, atlético e musculoso, porém, sem exagero. E deve demonstrar facilidade de percorrer longas distâncias. Deve ter expressão alerta e inteligente. A característica única e especial da raça – as pintas por todo o corpo – são maiores no corpo e menores nas extremidades, como cabeça, membros e cauda. Estas pintas devem ser bem pigmentadas com nenhum pelo branco entremeado e com as cores únicas preto ou fígado (marrom) sobre o branco puro. O pelo é curto, macio e sedoso. Diferentemente do que muita gente pensa, o pelo deste cão cai muito, por isso a escovação três vezes na semana pode propiciar a diminuição da queda. Banhos não devem ser frequentes,

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pois favorecem o aparecimento de dermatites alérgicas. É importante utilizar shampoo neutro ou hipoalergênico próprio para cães. Além disso, é preciso cuidar da dentição com escovação ou ossos para higiene dental. E os ouvidos devem ser limpos com produtos específicos para evitar o surgimento de otites. Os filhotes devem ser socializados para desenvolverem bom temperamento, principalmente com ambientes e pessoas diferentes. É necessário gastar energia deste cão com passeios longos diários e brincadeiras. Ele exige pulso firme desde filhote. Adora atividades ao ar livre, nadar ou percorrer uma trilha. A raça necessita de grandes espaços, mas é possível tê-lo em apartamento. Para isso, é necessário um grande comprometimento do dono em fazer passeios longos e todo dia. A longevidade média do Dálmata é de 10 a 15 anos. Com todos os cuidados, vive bastante e, geralmente, morre de velhice.


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Dobermann

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história da raça Dobermann inicia-se na Alemanha em fins do século XIX. Louis Dobermann, um cobrador de impostos da cidade de Thuringen, necessitava de um cão ágil, alerta, de fácil manutenção, com temperamento equilibrado que permitisse manter estranhos a uma distância segura do seu dono. Entre as diversas raças caninas de guarda e companhia existentes à época, Louis Dobermann não encontrou nenhuma que pudesse acompanhá-lo em seu trabalho. Então, através de cruzamentos inter-raciais e uma criteriosa seleção, surgiram os primeiros exemplares. Nos primórdios, os Dobermanns possuíam ossos largos e a cabeça arredondada. Sua estrutura ainda não era tão harmoniosa e bela. Em 1899, o primeiro clube especializado da raça é fundado, e já no início de 1900, este cão chega às Américas. Com o passar do tempo, popularizou-se e sua silhueta bem desenhada, físico atlético, imponência e nobreza o colocaram entre as mais desejadas raças caninas.

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No Brasil, os primeiros registros de importação ocorreram por volta de 1920. O estabelecimento de uma criação organizada inicia-se somente em 1950. Trinta anos depois, o Dobermann torna-se uma grande sensação. Multiplicam-se o número de criadores e proprietários, na mesma proporção o número de acasalamentos mal planejados. O manuseio incorreto e o excesso de consanguinidade ocasionam um aumento de doenças e alguns exemplares chegam a apresentar alterações comportamentais. A sua popularidade cai de forma vertiginosa. Atualmente, a criação vive um novo ciclo. A globalização permitiu uma maior troca de informações entre criadores de vários países. Conscientes, alguns estabeleceram parâmetros mais rígidos, observando não só a conformação e o temperamento, mas também o mapeamento de doenças genéticas através do sequenciamento do DNA. Seu temperamento é extremamente equilibrado. Apresenta-se gentil e carinhoso com os de casa. Com seus donos-mirins, torna-se um leal companheiro e protetor, a ponto de dar a vida para salvá-los em situação de ameaça extrema. Este cão não é agressivo naturalmente, mas é desconfiado com estranhos. Os norte-americanos utilizam uma expressão que define bem a relação entre este e o seu dono – “cão velcro”, aquele que gruda e não mais desgruda. Companhia sempre presente, necessita participar do convívio familiar. É possível mantê-lo em espaços menores, mas demanda diariamente exercícios físicos, que vão desde passeios na coleira de média duração até mesmo uma corrida mais intensa. Chama a atenção a sua inteligência e a capacidade de aprender coisas novas. Sua adestrabilidade é notória. A pelagem é de fácil manutenção. Não é preciso dar banho com frequência, pois é muito limpo e praticamente não apresenta cheiro.


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Dogue Alemão

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ão é difícil reconhecer este cão. Estrelas de cinema, como o Scooby-Doo, o Marmaduke e o Astro (de “Os Jetsons”) eram cães desta raça. É atribuído a ela o recorde de cachorro mais alto do mundo. Em algumas edições do Guinness Book, alguns exemplares alcançaram 115 centímetros de altura na cernelha. A origem da raça é atribuída à Alemanha, com o primeiro padrão no fim do século XIX, embora haja registros históricos que datam de cerca de 3.000 a.C.. Acredita-se que este cão surgiu da combinação do antigo Mastim com cachorros do tipo Galgo. Originalmente criado para caça de animais de grande porte, como javalis, que exigiam força e agilidade, foi utilizado também como guarda de propriedades, escolta de carruagens e cão de família. Estas características são notáveis até os dias de hoje, visto que o Dogue apresenta forte instinto protetor e grande apego à família. Considerado o “Apolo” das raças caninas, reúne de forma harmoniosa força e elegância. Apresenta uma estrutura física que se destaca por seu gigantismo e aparência nobre. O corpo é bem proporcionado e robusto, que não raramente atinge quase um metro de altura e mais de 80 quilos de peso. A cabeça possui uma marcante expressão e linhas paralelas bem definidas entre crânio e focinho, como dois retângulos justapostos e um stop bem definido.

A pelagem é sempre curta. As variedades da raça são definidas em três categorias de cores que as formam. Elas são julgadas separadamente em exposições e não devem ser combinadas entre si na reprodução: arlequins, pretos (inclui mantados e plaqueados) e merles; dourados e tigrados; e azuis. Seu temperamento é extremamente equilibrado, nunca se mostra agressivo com a família e é muito paciente com as crianças. Tem ótimo instinto protetor, impondo-se por seu tamanho, além de ter comportamento reservado com estranhos. É obediente e adapta-se facilmente à rotina doméstica. Quando filhote, já apresenta peso e altura relevantes e acidentes podem ocorrer diante de demonstrações de alegria. Esta raça costuma eleger um dono dentre os familiares e torna-se mais apegada e fiel a ele. É um cão extremamente devotado e que adora a companhia do eleito. É muito dócil com todos da casa. Após a maturidade, que ocorre com cerca de dois anos, este animal tende a ser calmo e cochilar por períodos longos durante o dia. Entretanto, se convidado a passear ou fazer exercícios ao ar livre, está sempre disposto. Esta raça tende a ser rústica, sem necessidade de cuidados excessivos. A alimentação adequada, com cama macia – que previne calos e higromas – e conforto térmico vão trazer uma boa vida a este cão. A escovação de pelos e a limpeza de ouvidos uma vez por semana e banhos mensais são suficientes para manter o cachorro em bom estado geral.

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Dogo Argentino

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ste cão de pelagem branca e curta é totalmente devotado aos donos. Os criadores costumam dizer que se o dono não sair de casa ou não reprimi-lo, o Dogo não para de dar beijos (diga-se lamber). Ele é incansável na demonstração de afeto e também cuidadoso com as crianças. Apesar de uma aparência um tanto intimidadora, este cão não é agressivo. Quando o dono recebe uma visita em casa, por exemplo, não é necessário prendê-lo, pois sua inteligência permite diferenciar situações corriqueiras de invasões ou rendição do dono por algum criminoso. Sempre equilibrado, não costuma desafiar a família. É também uma raça ideal para acompanhar as pessoas em atividades físicas devido à resistência e capacidade cardiopulmonar. É possível criar este cão em pequenos espaços, desde que se tenha a rotina diária de passeios de, pelo menos, 30 minutos, duas vezes ao dia. A raça é originária da província argentina de Córdoba. Seu “inventor” foi Antonio Nores Martinez, que fez cruzamentos de algumas raças, tendo por base o “Viejo Perro de Pelea Cordobez” para se chegar a um cão de porte médio, adequado à captura de javalis e pumas. Além disso, esta nova raça precisava também ter a pelagem branca para ser facilmente localizada nos Pampas da Argentina.

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Atualmente, é utilizado ainda como caçador, além de guarda e companhia para a família. O Dogo Argentino é um cão atlético, com musculatura forte e aparente. É uma raça de fácil adestramento, sendo usada por polícias de todo o mundo. No Brasil, há Dogos também fazendo guarda patrimonial, inclusive com atuação em presídios. Para a guarda, este cão tem a vantagem de ser branco e silencioso. Se não afastar o perigo pela sua imagem, irá resolver o problema antes de latir. A longevidade média é de 10 a 12 anos. Por ser totalmente branco, pode ter maior sensibilidade à radiação solar. Banhos quinzenais e escovação duas vezes por semana são suficientes para manter a saúde da pele do cão. Recomenda-se na sua dieta o uso de alimentos super premium que contenham as substâncias condroitina e glucosamina na composição. Até os seis meses de idade, são necessárias três refeições diárias. Após esta faixa etária, duas refeições por dia são satisfatórias. Dogos machos, em geral, não convivem bem com outros cães machos. Já as fêmeas, convivem bem entre si. Possuem instinto caçador, mas é possível também a convivência com animais de outras espécies, inclusive gatos, desde que sejam apresentados na infância do cão. Entretanto, ele não vive bem sem contato humano.


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Dogo Canário

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sta é uma raça ainda rara no Brasil e também no resto do mundo, inclusive em seu país de origem, a Espanha. Oriunda mais especificamente do arquipélago das Ilhas Canárias, sua introdução em terras brasileiras ocorreu em meados de 2002, pelo Cane Club de Curitiba (PR), confirmando assim o seu pioneirismo e o início de uma criação sistemática em nosso país. Este cão é especialmente voltado para a função de guarda e tradicionalmente para o manejo e condução do gado. De temperamento equilibrado, é manso e nobre com a família, muito apegado ao dono e desconfiado de estranhos. Sua expressão é de muita segurança e nobreza. Quando está alerta, a atitude é firme e seu olhar, vigilante. É extremamente dominante, exigindo que seus proprietários tenham pulso firme e que imprimam essa liderança neles para que não queiram dominar o ambiente como o líder da matilha. Portanto, é recomendado que cães dominantes sejam tratados como “cães” e que tenham seus próprios espaços externos para crescerem com limites pré-estabelecidos. É comum o Dogo Canário (antigo Perro de Presa Canário) testar a liderança dos donos. Assim, é

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indicado para pessoas que já conviveram com cachorros de temperamento forte e que já possuam experiência no manejo de cães deste tipo. Por essas razões, este cão não é o mais recomendado para o convívio com outros cães. A convivência com outros animais pode ser viável, dependendo do grau de dominância do exemplar. E se criados desde filhotes com crianças, podem conviver de forma pacífica com os pequenos. De constituição robusta e musculosa, o Dogo Canário possui uma pelagem curta, assentada, de aspecto rústico e levemente áspera ao tato. As cores permitidas são o tigrado e o aleonado/dourado. O branco na pelagem pode aparecer no peito, base do pescoço ou garganta e nos dedos. Todavia, quanto menor a incidência, melhor. A frequência dos banhos depende da necessidade do cão. Em cães da raça com pelagem curta, recomenda-se o banho quinzenal ou até mensal. A escovação precisa ser feita uma vez por semana, pelo menos, para remover pelos soltos e células mortas. Na dieta alimentar, uma ração balanceada e de boa qualidade vai garantir os nutrientes necessários ao cão, garantindo assim ótima qualidade de vida. O ambiente onde o cão vai viver necessita ser estimulante, com livre acesso a um box coberto que possa representar um abrigo contra as intempéries climáticas. A atividade física é essencial para o desenvolvimento dele, mas deve ser realizada em local e de forma adequada para não sobrecarregar o animal. Na fase de crescimento, são indicadas caminhadas leves. Devem-se evitar corridas longas e pulos desnecessários.


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Dogue de Bordeaux

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m antigo cão de combate, o Dogue de Bordeaux é premiado com o dom nato da guarda, função que desempenha com extrema vigilância e grande coragem, mas sem agressividade. Excelente companhia e muito afetuoso. Calmo, equilibrado e com um alto limiar de excitabilidade, devoção ao dono é uma de suas maiores qualidades. Também é gentil com todas as pessoas da casa, especialmente com as crianças. Permite a presença de estranhos acompanhados pelo dono, pois sua sensibilidade diz que deve acolher e respeitar a quem seu dono quer bem. Não é fácil aborrecer este cão, não se torna agressivo facilmente ou sem um bom motivo. Esta atitude de extrema paciência, sem deixar de lado sua função de defesa, é uma característica intrínseca da raça. No entanto, sua serenidade natural dá lugar a uma reação forte se sentir que ele ou seus entes queridos estão em perigo ou sendo ameaçados. Sua guarda é silenciosa e só usará força quando realmente necessário. É um dos mais antigos cães franceses, provável descendente dos Alanos e, em particular, do Dogue de caça ao javali. Por conta das duas guerras mundiais, a raça foi quase extinta, mas retomou seu desenvolvimento a partir

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dos anos 1960, tendo como “mentor” o francês Raymond Triquet, carinhosamente chamado de o “pai da raça”. Na década de 1980, o sucesso do filme “Uma Dupla Quase Perfeita”, cujo protagonista é um dogue de Bordeaux, tornou a raça mundialmente conhecida. No quesito das cores, são permitidas todas as gamas de fulvos, que vão desde os tons mais claros, como o leonado ou isabela, até os mais escuros, como o vermelho, mogno e acaju. As tonalidades escuras são bastante valorizadas. É uma raça tardia, com seu desenvolvimento considerado completo apenas aos três anos de idade. Não exige cuidado especial com a pelagem. É necessário evitar banhos frequentes com shampoo, pois o produto prejudica a imunidade e a hidratação da pele. É exigente quanto à qualidade da dieta, que pode ser composta de ração super premium ou premium. As dietas BARF (bone and raw food) e as caseiras (balanceadas e com ingredientes naturais e de qualidade) são muito eficientes e apreciadas também. Frutas, legumes e raízes cruas são bem vindos como distração e “brinquedos”. Como todo cão braquiocefálico, deve-se evitar exercitá-lo nas horas mais quentes do dia. Água limpa e fresca sempre deve estar à disposição. Apesar da natureza calma, estes cães gostam de se exercitar com brincadeiras e passeios e apreciam muito a água. Um local amplo para correr e brincar algumas vezes durante a semana ou passeios são suficientes para manter a forma.


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Fox Terrier de Pelo Liso

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legres, inteligentes, companheiros, fiéis, educados, carinhosos e esportistas natos, se sentindo verdadeiros membros das famílias, protegendo com todas as forças seus amigos e vivendo tranquilamente em apartamentos.

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Esses cães de origem inglesa, de pequeno porte, têm como ancestrais Dachshund, English Hound, Fox Hound e Beagle. Eram usados como caçadores de raposas, coelhos, ratos, texugos, javalis e cervos, beneficiados por serem velozes e espertos, conseguindo puxar as presas de dentro das tocas. O estilo da raça é caracterizado por um porte físico atlético e esbelto, com uma pelagem lisa e curta, onde o branco predomina nas manchas pretas ou marrons. O temperamento originado por seus primórdios caçadores é marcado por serem alertas e inteligentes. São ótimos companheiros de seus donos e brincalhões com crianças. Em geral, um Fox Terrier de Pelo Liso não tem problemas clínicos e genéticos, além do manejo ser facilitado por terem uma pelagem lisa, fácil de escovar e não requerer um cuidado específico. Gostam de estar na rotina da família e também do ambiente doméstico e por isso é recomendado uma exercitação moderada, que pode ser dividida em brincadeiras de bolinhas e bonequinhos ou até mesmo um pequeno passeio na rua. A longevidade da raça varia de 12 a 14 anos. Se espera um cão bonito, inteligente, alegre e companheiro, o Fox Terrier é seu cão ideal.


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Golden Retriever

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xtremamente inteligente e de bom temperamento, o Golden Retriever torna-se cada vez mais popular, inclusive em países como Estados Unidos, Japão e na Europa. Com tantos predicados, esta raça vem mudando também o conceito de cachorro, que passa a ser considerado um membro da família, de acordo com criadores. “É o cão que só falta falar”. Robusto, meigo, vigoroso, com porte atlético, pelo longo e exuberante. É também uma das raças mais obedientes e dispostas a servir o homem. Hoje, é um cão de companhia, mas também utilizado como pet terapeuta, adestramento, pois funciona como cão farejador de drogas, além de cão guia de cegos e “rescue”, principalmente nos Estados Unidos. No ataque terrorista ao World Trade Center, em Nova York, em 2001, foi muito usado para encontrar vítimas. Ele desempenha todas as funções, menos a de guarda. Sua origem remonta à Escócia. Todo o trabalho de desenvolvimento da raça foi feito por um lorde escocês – Lord Tweedmouth. Embora hoje seja um cachorro de companhia, apareceu como cão de caça em busca de patos. Esses animais antigamente eram de pequeno porte, mas depois foram extintos. Assim, o Golden foi desenhado

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para ter uma cobertura maior de solo diante do avanço tecnológico das armas. A pelagem tem nuances de dourado, e não pode ser branca pura ou na cor mogno (praticamente um vermelho). É um cão rústico em sua essência, limpo e sem cheiro. Por isso, recomendam-se banhos quinzenais e escovação semanal. É preciso atenção ao banho, que precisa ser “seco”, pois o animal é sensível e pode ser alérgico a esta prática feita de forma incorreta. Este cão acostuma-se muito bem a pequenos espaços, desde que seja bem exercitado. Os passeios precisam ser diários. E no período do crescimento (de 4 a 12 meses), os cachorros necessitam de até três passeios diários, de meia hora a 40 minutos cada um, além de banhos de sol. A raça precisa dessa atividade para não ter displasia coxo-femural. Também é importante evitar pisos lisos e tábuas corridas. Na alimentação, a ração recomendada é a super premium. A convivência dele com outros animais normalmente é pacífica. Esses cães costumam dar-se bem com gatos e outras raças. Não é raro ver um Golden morando na mesma casa que um gato e tornar-se ainda um amigo inseparável... Também convive bem com as crianças. No ranking de inteligência de todas as raças de cães, o Golden Retriever está na quinta colocação. Desta forma, qualquer amador consegue adestrá-lo. De acordo com o Golden Retriever Club of America, a média de vida da raça é de 9 a 12 anos.


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Griffon de Bruxelas, Griffon Belga e Petit Brabançon

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ão do filme “Melhor é Impossível”, o Griffon de Bruxelas continua fazendo sucesso hoje, agora nas redes sociais, por ser muito expressivo e ter um olhar “quase” humano. É uma raça perfeita para quem nunca teve cães ou para quem já teve problemas com outras raças caninas, dizem criadores. Muito inteligente, engraçado, gosta de agradar ao dono, com quem também pode ser ciumento.

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É extremamente carinhoso e companheiro. Mesmo solto em áreas com bastante espaço, não sai dos pés do proprietário. Adapta-se muito bem à vida em apartamento e não necessita de muita atividade física. Com origem na Bélgica, estes cães descendem de cachorros caçadores de ratos de estábulo. Todavia, a raça como é hoje foi criada exclusivamente para companhia. Provavelmente, teve como seus antepassados o Affenpinscher e um cão de rua belga, o “Griffon d´Escurie”. No fim de 1800, estes pequenos caçadores foram cruzados com o Pug, que naquela época era extremamente popular, dando origem à variedade de pelagem curta, e também com o King Charles e com o Yorkshire, contribuindo para a coloração black and tan de hoje. Em alguns países, os cães com a pelagem dura e vermelha são classificados como Griffon de Bruxelas. O Griffon Belga tem as cores preto e castanho ou todo preto. Ambos têm o pelo duro. Já o Petit Brabançon tem o pelo curto e as mesmas três cores dos anteriores. Todos esses três cães têm porte pequeno – de 3,5 Kg a 6 Kg –, nem parrudos, nem atléticos. Possuem o focinho curto e a cabeça grande, em proporção com o corpo. Estes cães só latem em casos extremos e não costumam destruir objetos. A convivência com crianças é boa, desde que cresçam juntos. Já com outros cães e mesmo gatos, aves e outros animais, a convivência é pacífica, mesmo que não tenham contato desde filhotes. São bem rústicos e, quando bem tratados, raramente ficam doentes. Apesar de ter focinho curto, respiram muito bem por não serem gordinhos. Os cuidados com a raça são muito simples: banhos o mínimo possível – uma vez por mês é suficiente, pois eles não têm cheiro. A escovação, principalmente da barba, deve ser semanal. O focinho e os olhos devem ser limpos diariamente. E é indicado um trimming específico para a raça, realizado com faquinha duas a três vezes por ano. Não é recomendado tosar na máquina. Muitos desses cães vivem 14 anos, mas há relatos de alguns que viveram 16 anos.


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Husky Siberiano

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Husky Siberiano é um cão ativo, curioso e brincalhão. E consegue fazer coisas que ninguém nunca o ensinou, como abrir portas, geladeiras, encontrar um único buraco em uma tela ou cerca, ou até mesmo escalar. Ao mesmo tempo, é considerado um animal rústico. E esta rusticidade está ligada a sua história. O Husky teve origem em criações com povos nômades na Sibéria e em outras partes da Rússia. Foi desenvolvido para puxar trenós que serviam de locomoção para estes povos. Logo descobriu-se que era perfeito para condições climáticas inóspitas da Sibéria: forte, capaz de se integrar em pequenas matilhas e resistir a muitas horas de trabalho. Esses cães ficaram isolados na Sibéria por centenas de anos e depois foram levados por comerciantes de peles para a América do Norte no início do século XX, sendo reconhecidos como raça nos Estados Unidos. São incansáveis, mas não possuem característica de cão de guarda, pois não têm espírito de território e não gostam de permanecer por muito tempo sozinhos. Ao mesmo tempo, são carinhosos com seus donos e, por vezes, até ciumentos, apesar do jeito de independência. O porte de um cão desta raça é de médio a grande, com aspecto atlético, muita leveza e agilidade nos movimentos. A pelagem, cuja cor pode ser variada, desde o branco puro, creme, cobre, cinza, marrom, preto inteiro ou parcial, protege o animal contra os extremos climáticos, tanto o frio quanto o calor. As marcações/máscaras, não comuns em outras raças, são frequentes. A cor dos olhos varia de castanho, mel, azul ou bicolor (um de cada cor). Entre os principais cuidados com esta raça, estão os passeios e atividades com o animal. Ele pode viver em qualquer espaço, desde que tenha ocupação e passeios frequentes, de duas vezes ao dia ou mais, com cerca de uma hora de duração cada passeio. Esses cães não têm cheiro próprio e os banhos devem ser dados uma vez por mês, no máximo. E não devem ser tosados. Já a escovação deve ser frequente, principalmente no período de troca de pelagem.

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A alimentação adequada inclui ração super premium, mas também é aceita a alimentação natural, desde que seja bem balanceada. Esses cães geralmente adoram frutas. A raça é propensa a doenças, como a catarata juvenil. Algumas linhagens ainda podem apresentar problemas de pele, mas a longevidade média é de 12 a 14 anos. O Husky convive bem com outros animais domésticos, como os gatos, desde que acostumado desde filhote. Outros animais, por exemplo, coelhos, galinhas e passarinhos, acabam virando presa do cão. É autossuficiente e de aprendizado rápido. O adestramento é possível, porém, requer muita paciência. Como é um cão rústico, gosta ainda de cavar buracos, brincar na água e descobrir a vizinhança.


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Italian Greyhound

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equeno, dócil, elegante e muito ágil! Este cãozinho vem conquistando o coração de várias gerações de criadores e proprietários. É uma das raças mais sensíveis, segundo os criadores. Também conhecido como Galguinho Italiano (Piccolo Levriero Italiano – Pequeno Lebrel Italiano), este cão é um verdadeiro bebê ou anjo. Muito apegado ao seu dono, carinhoso e companheiro. Seu mundo ideal é estar deitado próximo ou no colo de seu dono. Afetuoso, quer sempre estar em companhia dele. Ao mesmo tempo, é vivaz. Adora receber carinhos e dormir na cama junto com o seu dono. E acomoda-se muito bem por entre as almofadas confortáveis do sofá. Têm um olhar inteligente e penetrante, escutam o que o dono diz. Quando bem estimulados, podem aprender muitas coisas e passam a interagir muito bem.

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Esses cãezinhos são felizes e também adoram brincar com bonequinhos e bolinhas, de correr pela casa, gastando bastante energia. Passeios diários são suficientes para mantê-los saudáveis. A raça Italian Greyhound teve origem no Egito, embora oficializada na Itália. Detalhes em tumbas mostram prováveis exemplares da raça datando de 2.900 a.C.. Acredita-se que esses cães eram os preferidos da realeza egípcia, criados em meio ao luxo. A raça pertence à família dos Galgos, são cães caçadores e velozes, de vários tamanhos e estilos: o menor deles é o Galguinho Italiano, e há outros tipos grandes e até peludos, como os Borzóis, Afgans Hounds etc. Fisicamente, o Galgo Italiano pode chegar a pesar 5 quilos e a medir 38 centímetros. Os galgos são cães velocistas que podem alcançar até uns 75 quilômetros por hora. Tem a personalidade classificada como pacífica, tímida (com estranhos) e gentil. Geralmente não latem e praticamente não soltam pelos e não cheiram. Os pelos são curtos, sedosos e finos. Podem ser unicolor, como a cor isabella (amarelo pálido/bege), areia, tons de marrom, café, desde que cores sólidas. Os malhados não são aceitos no Brasil. Partes brancas pelo corpo são toleradas apenas nas patinhas e no peito. Pela pouca pelagem, este cão sente frio, portanto, os donos devem se preocupar nos dias mais frios de vesti-los com roupinhas, e eles adoram! Já os filhotes, precisam de muita atenção nos primeiros meses, pois a estrutura óssea ainda está bem delicada. Por serem cães de corrida, podem colidir com algum móvel da casa ou algum obstáculo, e sofrer algum tipo de machucado ou até mesmo fraturas. O ideal é oferecer brinquedos para se distraírem e manter vigilância para não pegarem objetos da casa. São mais ativos quando filhotes, mas depois com o amadurecimento, passam a ter comportamento muito delicado e quieto. São muito amorosos. “Galgos não se explica, se vivencia.” (Tania Improta)


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Jack Russell Terrier

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orajoso, destemido, muito amigável, companheiro e carinhoso. Um Terrier cheio de vida, alerta e ativo. Estas são algumas das qualidades desta raça, que teve origem na Inglaterra nos anos de 1800. A raça surgiu graças aos esforços do Reverendo John Russell, que desenvolveu uma linhagem de Fox Terriers para satisfazer sua demanda: um cão que pudesse correr com seus Foxhounds e fosse ao chão para expulsar raposas e outros pequenos animais das tocas.

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Duas variedades foram envolvidas, basicamente com padrões similares, com exceção de algumas diferenças, principalmente referentes à altura e proporções. O mais alto de construção quadrada é conhecido como Parson Russell Terrier, e o outro cão, menor e ligeiramente mais comprido, é o Jack Russell Terrier. Este é um animal forte, ágil, um Terrier de trabalho com grande caráter e corpo flexível, de comprimento médio. Seus movimentos inteligentes combinam com sua expressão aguda. A cauda cortada é proibida e a pelagem pode ser lisa, broken ou dura. A cor branca deve ser predominante, com manchas pretas, castanhas ou marrons. A marcação castanha pode ser clara até escura. O tamanho fixo para a raça é de 25 a 30 centímetros. O peso equivalente é de 1 quilo para cada 5 cm de altura. Com 25 cm, o cão deve pesar cerca de 5 quilos, e um animal de 30 cm deve ter o peso de 6 quilos. A raça é considerada muito saudável, rústica e atlética, pouco propensa a problemas físicos e doenças. Pela sua rusticidade, não necessita de cuidados especiais. Os de pelo duro ou “rough” precisam ter um trimming (tosa) regularmente para garantir conforto e aparência melhores. O pelo duro dos Jack Russell de exposição necessita ser cuidado por pessoas especializadas. A dieta indicada para este cão é ração seca, de boa qualidade e especial para cada idade canina. A alimentação natural balanceada (alimentos naturais cozidos sem conservantes e temperos) também é recomendada para Jacks. Os cães desta raça têm um temperamento mais agitado por terem como função principal a caça. Entretanto, serve também perfeitamente para companhia. Muito carinhosos com humanos de todas as idades, eles também convivem bem com outros animais. Por sua função de caça, é mais recomendável ter esses cães em ambientes maiores. Todavia, adaptam-se a ambientes menores, desde que sejam exercitados. Precisam de passeios e atividade física moderada, principalmente no primeiro ano de vida. Também são muito inteligentes e de fácil adestramento. A longevidade média da raça é de 13 a 15 anos, mas podem viver mais.


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Kuvasz

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edicado, determinado, protetor e fiel. Assim pode-se definir um Kuvasz. Viver ao lado dele é criar uma relação de cumplicidade e amor entre dono e cão, que sempre o recebe com festa, mas também logo se posiciona novamente para guardar o seu maior tesouro: sua família humana, pela qual é capaz de dar a própria vida. Belo, amável, este é um cão versátil que se adapta ao ambiente em que vive, exercendo com louvor a sua função que é proteger. Apesar de teimosos, por suas características de proteção nata, adoram agradar, o que os tornam bons alunos. De origem húngara, acredita-se que existam entre 6.000 a 9.000 anos. Há relatos que estes cães chegavam à Bacia de Cárpatos, juntamente com antepassados húngaros peregrinos, durante o processo de migração. Outras teorias apontam origens também na Ásia e Suméria (atual região de Irã e Iraque). O Kuvasz faz parte do Patrimônio do Tesouro Nacional da Hungria. Seu nome deriva do turco kawasz, que significa “guarda armada dos nobres”. Foi uma raça praticamente extinta no Pós-Guerra. Uma de suas características que mais chamam a atenção é sua pelagem autolimpante. Conta-se que na antiguidade os reis levavam os seus Kuvaszs à mesa, para limparem as mãos em sua pelagem.

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Pode-se encontrar na pelagem uma sujidade pela manhã e, ao secar à tarde, estará limpa de novo. E por não apresentar cheiro também, são recomendados poucos banhos. Nunca devem ser tosados, pois sua pelagem atua como protetor natural, tanto no calor quanto no frio, mantendo sua temperatura corporal em equilíbrio. Embora pareça o contrário, esses cães sofrem muito mais no verão se forem tosados. São cães bem rústicos, apesar de sua bela aparência mostrar o oposto. É um cão musculoso, forte, sem ser grosseiro. A cabeça forte, em forma de cunha, é uma característica marcante e apreciada da raça. A pelagem é dupla, ondulada e branca ao aceitável marfim. Uma escovação semanal o mantém livre de “nós”. A principal função da raça atualmente é a guarda de grandes propriedades e seus animais, destacando-se na ovinocultura e, cada vez mais fazendo a segurança de residências em todo o mundo. São ressabiados com estranhos, mas recebem bem visitas se forem apresentadas por seus donos e socializados para tal. A princípio, querem inibir o invasor, avisando a sua presença. Havendo insistência, eles vão se impor. Para viver em ambientes pequenos, este cão precisa de passeios. Filhotes necessitam de mais atividade. Os adultos gostam de se posicionar em um local onde possam observar tudo ao seu redor e ali estarão por grande parte do dia. Sua longevidade média é de 10 a 12 anos.


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Labrador

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Labrador Retriever ou apenas “Lab” é muito popular como animal de estimação. É um cão com personalidade amigável e feliz, amoroso e sempre à procura de companhia humana. Bem adaptado à vida em família, é conhecido por ser confiável e bom de caça, sendo usado pela Polícia e pela Alfândega como rastreador, ou como cão terapêutico em comunidades, cachorro guia para os cegos e também para ajudar surdos e pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. Está sempre interessado em chamar a atenção do dono e agradá-lo. Entretanto, é função do proprietário colocar os limites. Ele também detesta ser deixado sozinho por longos períodos de tempo. Este cão teve origem nos cães trazidos pelos pescadores e caçadores de Devon, na Inglaterra. Estes cachorros pequenos com pelo curto e oleoso usualmente pretos, com marcações brancas no peito e nas patas, são os ancestrais do Labrador e também dos cães Terra Nova. Este ancestral, conhecido como Cão de São João, era usado na atividade pesqueira, mas está extinto. Muitos desses cães foram levados de volta para a Inglaterra no início do século XIX, criando interesse de vários criadores pela raça.

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No princípio do século XX, os Labs retornaram aos Estados Unidos, vindos da Inglaterra. A criação americana é inovadora na comparação com a inglesa, que é mais conservadora e com base em conceitos e gostos clássicos. Na Inglaterra, o Lab sempre esteve ligado à família real. O rei Jorge VI foi um grande aficionado da raça, com a qual caçava frequentemente. É um cão forte, com boa substância de ossos, musculoso. Seu peso varia de 35 a 55 Kg e a altura fica entre 55 a 58 cm na cernelha. Sua expectativa de vida é de 10 a 13 anos. Os olhos têm expressão doce, amigável, mostrando caráter, inteligência e bom temperamento. O pelo é curto e denso e deve ter um subpelo macio e resistente ao clima. A raça normalmente tem pelagem preta, amarela (desde creme claro a vermelho) ou chocolate. Gosta de esportes aquáticos e sua pelagem seca rapidamente, sendo fácil de escovar e de secar com uma toalha. Perdem pelo principalmente no verão. Atenção especial deve ser dada aos dentes, e o animal deve mastigar itens apropriados para evitar o acúmulo de tártaro e a descoloração. Desde cedo, filhotes devem permitir que seus donos escovem seus dentes com uma escova apropriada, que olhem suas orelhas e que mantenham as unhas apropriadamente cortadas. Ter um Lab exige a disposição de fazer longos passeios fora de casa para que o animal gaste energia, não engorde e se comporte melhor em casa. Este cão costuma se dar bem com crianças, adultos e outros animais.


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Lhasa Apso

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Lhasa surgiu há cerca de 800 anos, em Lhasa, capital do Tibete. Ele deriva de duas raças ainda hoje existentes: o Tibetan Terrier e o Tibetan Spaniel. No seu país de origem, muitos desses cães vivem em altitudes elevadas e o clima é rigoroso, então precisam ser pequenos e resistentes para suportar essas condições. Este cachorro vivia nos palácios e mosteiros do Tibete, atuando como cão de alarme, despertando os Mastiffs que realizavam a guarda. Era considerado sagrado e não podia ser vendido, apenas presenteado, sinal de apreço extremo e boa condição social. Os budistas acreditavam que ele era uma encarnação de antigos lamas. Acompanhava os monges e tinha como função zelar pelas propriedades dando o alerta ao menor sinal, uma vez que a raça era reconhecida por sua audição extremamente sensível. Acreditava-se ainda que o Lhasa seria capaz de prever avalanches nas montanhas. Hoje, é um cão de companhia. Alegre e seguro de si, é estável, mas indiferente com estranhos. É de pequeno porte, calmo, fica bem sozinho, não é grudento, resistente, carinhoso e independente. É conhecido como cão de um dono só. Vai escolher alguém na casa e essa pessoa torna-se a paixão dele. Vai sempre querer estar por perto e dar mais atenção. E normalmente, tem um momento em que corre,

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pula, chama para a brincadeira, mas logo em seguida vai para o seu canto e fica tranquilo. Bem balanceado, robusto com pelagem abundante, porém sem excessos. A pelagem externa é longa, reta, pesada e áspera, nem lanosa nem sedosa. O subpelo é moderado. As cores variam de dourado, areia, mel, cinza escuro, ardósia, fumaça, particolor, preto, branco ou amarronzado. São cães bem saudáveis. Não possui troca de pelagem e não costuma soltar pelo. A escovação é aconselhada em dias alternados para aqueles que têm pelagem longa e uma vez por semana para os de pelagem tosada. Não costuma ter muitos nós por ter a pelagem mais grossa. Deve ser banhado pelo menos uma vez por semana, já um cão que esteja tosado pode tomar banho a cada 15 dias. A falta de banho, assim como o excesso, pode prejudicar não só a pelagem como a pele, trazendo problemas como a dermatite. Os olhos devem ser limpos todos os dias ou em dias alternados. A orelha precisa ser limpa semanalmente, a tosa higiênica (aparar a pelagem ao redor do ânus, dedos e debaixo dos pés) e o corte das unhas necessitam ser feitos mensalmente. É um cão de ambiente interno. Para os que vivem em apartamento, alguns passeios são recomendados para a socialização e convivência com outros cães, mas normalmente não querem andar muito. Não precisam de muita atividade física.


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Malamute do Alasca

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mor. Nenhuma outra palavra define melhor a relação de um Malamute do Alasca com seu dono. Este cão é apaixonado por tudo o que faz. Ele adora ficar no colo e jogar-se no sofá, ou permanecer sobre duas patas abraçando o proprietário. Uiva de alegria quando ele chega a casa. Gosta de “conversar”, diga-se uivar. É também um mimado inveterado. O dono precisa impor limites e jamais ceder aos seus gestos “fofos” porque é um companheiro muito persistente. Dê um pouco de espaço e será difícil tomá-lo de volta. É um cão extremamente dócil com as pessoas. É adorável com crianças, porém, um tanto “estabanado”. Apesar de rústico, gosta de ser paparicado, acariciado... A sua origem remonta à tribo Inuit dos “Mahlemuts”, no Alasca, Estados Unidos. Daí a denominação da raça. Os Malamutes eram os cães de companhia desses esquimós, que ajudavam a caçar ursos e outros animais para alimentação e também serviam para transportar mantimentos e lenha. Todos os cães atuais são originários de apenas 30 exemplares sobreviventes do período pós Segunda Guerra Mundial, quando a raça foi novamente quase extinta por ter sido usada maciçamente como cão de transporte militar. Até hoje, o Malamute é usado como cão de trabalho para transporte nas regiões remotas do Alasca e de regiões com clima muito frio. Entretanto, também é visto como cão de companhia para quem tem bastante espaço, pois

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precisa de exercício diário. Ele adora correr, embora não seja um cão de corrida, e sim de tração, porque não é rápido, mas forte. Fisicamente, estes cães assemelham-se a lobos, exceto pela touca ou máscara que recobre a face. Precisam ter boa ossatura, mas devem ser leves. Seu poder de movimentação permite que atravessem neve alta com facilidade, afinal eles têm corpo feito para tarefas de endurance. Também têm muita habilidade para saltar, correr ou puxar a guia, carregando o dono junto. A pelagem não pode ser lisa nem comprida. A cor tradicional é o cinza, mas são comuns ainda os Malamutes pretos e os vermelhos, embora existam os inteiramente brancos, sempre com o pelo exterior em três cores –começa branco e termina escuro, em degradê. Esses cães não podem ter o pelo raspado ou cortado. Fazer isso para tentar amenizar o calor pode piorar a situação, já que o subpelo fornece alguma proteção térmica e funciona como isolante, tanto do frio quanto do calor. Malamutes são muito saudáveis. Não há na raça problemas sérios, salvo afecções de pele, comuns em cães nórdicos que vivem em lugares quentes e úmidos. Eles exalam um odor característico da raça, mas não é um mau cheiro. Assim, no Brasil, são necessários banhos quinzenais. A troca de pelo ocorre duas vezes ao ano devido ao calor. Neste período, é necessário escovar bastante o animal. A ração deve ser leve e pouco gordurosa, duas vezes ao dia.


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Maltês

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maltês é a menor raça canina exclusivamente branca do mundo e a mais antiga entre as que surgiram com a finalidade exclusiva de companhia. Documentos datam sua existência desde 4 mil a.C., e durante todo esse tempo foi tratado como cão de companhia, o que explica sua capacidade de adaptação ao ritmo de vida dos donos. Há séculos na Grécia e no Império Romano, o maltês já era conhecido como “cão de colo”. Quanto à sua origem, há relatos de que foi na Ilha de Malta, próxima à Itália, na Europa. O Maltês é esperto, afetuoso, muito dócil e inteligente.

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É um cão pequeno, de tronco alongado com uma pelagem branca e bem longa. Também é conhecido como um cachorro hipoalergênico e sem cheiro, muito elegante, de cabeça erguida, com confiança e imponência. Possui uma cara linda de focinho curto e delicado, com olhos mais para redondos e stop marcado, fazendo um ângulo de 90 graus. Os olhos são de tamanho maior do que seria o normal, mais abertos, de contorno tendendo ao redondo. As pálpebras são bem ajustadas, de inserção frontal. Seu pelo é simples, sem subpelo, denso, de textura sedosa, brilhante, caindo pesadamente e bem longo em todo o corpo. Ele permanece liso ao longo da linha superior, sem indício de ondulação ou encaracolamento. No tronco, o comprimento do pelo ultrapassa o da altura na cernelha e cai, pesadamente, no solo como um manto bem assentado. Sua cor é um branco puro, admitindo-se o marfim pálido. Traços de laranja pálido, sob a condição de que pareçam pelos sedosos, desaparecem na fase adulta. Sua altura pode variar de 20 a 25 centímetros de altura na cernelha. Para as fêmeas, de 20 cm a 23cm. E pesa de 3 a 4 quilos. Seus banhos são semanais. Devem ser usados produtos específicos para pelagem branca e um bom condicionador hidratante para os pelos. A escova ideal é de pinos sem bolas com a ponta arredondada. O Maltês é aquele que segue o dono pela casa. É muito apaixonado e ligado ao proprietário. Quantas vezes ele se levantar, subir as escadas e descer, este cão vai acompanhá-lo.


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Mastiff

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m cão desta raça está no livro dos recordes como o mais pesado do mundo. Foi um cachorro inglês chamado Aicama Zorba que atingiu o peso de 143 quilos e mais de 93 centímetros de altura nas costas e passava, no total, dos 2,5 metros. O Mastiff tem origem na Mesopotâmia. Descende do antigo Mastim, também conhecido como Tibetano, e data de mais de 50 anos a.C.. Portanto, é uma raça pura que deu origem a várias outras no mundo. Tem a função básica de guarda familiar, pois cuida da casa e ama todos da família com a mesma intensidade. Fiéis ao dono ao extremo, estes cães adoram crianças. Têm temperamento calmo e equilibrado, latem muito pouco, mas detêm uma coragem e força descomunal. São considerados os “gentleman” dos cães, pois conseguem ser fortes e potentes e proteger a sua casa com a vida. Ao mesmo tempo, são carinhosos. Ele tem na fidelidade e na paixão pelos donos seu ponto mais forte. É um cão molosso de ossatura pesada e cabeça gigante. Pesado, o macho atinge até mais de 100 quilos de peso. Por ser gigante, tem propensão a lesões articulares, por isso exercícios bruscos devem ser evitados antes dos 15 meses de vida.

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A pelagem é curta e bem resistente. São três cores básicas: fulvo prateado, abricot e tigrado. O tigrado pode ser de fundo abricot ou fulvo. Bem rústico, o Mastiff precisa de um banho semanal nas regiões mais quentes do Brasil, como o Norte e Nordeste, e banhos quinzenais nos locais mais frios. Entretanto, as escovações semanais são sempre bem-vindas. Este cão ingere de 1 Kg a 1,5 Kg de ração diariamente. Na fase adulta, são indicadas rações com não mais que 24% a 26% de proteína. A necessidade de atividade física da raça é de baixa a moderada, porém, há cachorros que, uma vez condicionados, chegam a percorrer mais de 5 quilômetros diários em fazendas quando o proprietário sai a cavalo. O ideal para este cão é mantê-lo em espaços maiores que 100 metros quadrados, mas se o piso for bom, pode ser criado em espaços entre 80 a 100 m². É muito inteligente e de fácil adestramento. Entretanto, precisa de um bom adestrador, pois é grande e precisa de um pulso firme quando iniciado o treinamento. A longevidade média das fêmeas é de 9 a 12 anos. Já os machos vivem de 8 a 10 anos, em média. Há registros de cães da raça que viveram 15 anos, mas esta marca é um recorde.


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Mastino Napoletano

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irme e leal, não é agressivo, nem morde sem razão. Guardião de propriedade e de seus moradores é sempre vigilante, inteligente, nobre e majestoso. Este cão tem o maior tamanho de cabeça em proporção ao volume de corpo dentre todas as raças caninas. Também possui a maior ossatura em proporção. O Mastino Napoletano é descendente de cães do tipo molosso de origem assíria e mesopotâmica. Foi difundido em toda a Europa pelas legiões romanas, com as quais combateu. É o ancestral de numerosas raças de Mastiffs em outros países europeus. Tendo sobrevivido por muitos séculos na zona rural ao pé do Vesúvio e, em geral, na região de Nápoles, ele foi selecionado novamente desde 1947, graças à devoção de um grupo de amantes de cães. São cachorros de guarda e proteção desde seus primórdios. Grande, massudo e volumoso, o comprimento do tronco é maior do que a altura na cernelha. Tem aparência pré-histórica. O pelo é curto, áspero, duro e denso, do mesmo comprimento sobre o corpo todo, uniformemente liso, fino e medindo, no máximo, 1,5 centímetros. Não deve mostrar nenhum traço de franjas.

Possui quatro cores pelo padrão: preto, cinza, mogno e fulvo. Todas podem ser sólidas ou tigradas, com ou sem manchas brancas nas pontas das patas e no peito. Em nenhuma outra parte do corpo são aceitas manchas brancas. É um cão de baixa manutenção. Pode receber banhos mensais ou com intervalo superior, desde que bem secos quando banhados. Escovações semanais mantêm a pele e o pelo mais saudáveis e vistosos. São bem rústicos nesse sentido. O maior cuidado, na avaliação de alguns criadores, é manter os olhos sempre limpos, verificando com frequência os mesmos para qualquer sinal de problema. É um animal silencioso que deixa bem claro quando a pessoa não é bem vinda, sempre avisando antes de qualquer ataque, o que o ajuda a ser um ótimo cão de guarda, pois evita acidentes. É muito confiável. Desde que socializado e acostumado, não é agressivo com animais menores e de outras espécies nos passeios. São cães extremamente fiéis e confiáveis com as pessoas da casa. Elegem um dono, ao qual respeitam e interagem mais. Todavia, não são do tipo carente. São de baixa intensidade física. Muito tranquilos, preferem permanecer em um local onde possam vigiar todo o terreno e verificar em caso de algum movimento ou barulho estranho. Não são cachorros de ronda. Não é aconselhável adestrar o Mastino para guarda, somente para obediência, pois são cães muito inteligentes e de fácil aprendizado, mas podem ser teimosos se não tiverem um dono de pulso firme.

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Norfolk Terrier

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xtremamente agitado e brincalhão, é um cão amável e carinhoso, sempre alerta e destemido. Também é brincalhão, charmoso e excelente caçador. É considerado um dos menores e mais inteligentes Terriers. Companheiro para toda hora, adora crianças e é boa companhia para os idosos. Com origem na Grã-Bretanha no século XX, nos distritos de Cambridge e de Norwich, no condado de Norfolk, a busca era por um cão que pudesse afugentar animais escondidos no solo. Este cachorro deveria ter uma pelagem protetora, patas curtas e espírito aguçado para a caça, além de uma forte constituição. Por causa de seu tamanho pequeno, estes cães também passaram a ser utilizados como companhia. Do cruzamento de vários Terriers, chegou-se ao cão almejado. Desta maneira, por muitas décadas, esta raça foi bastante diversificada, com grande gama de cores e de pelagens, além de orelhas caídas e de outras variedades elas apontadas para cima. Em 1964, o English Kennel Club categorizou a variedade da raça que possuía as orelhas caídas como uma nova raça, que se tornou Norfolk Terrier, e a de orelhas em pé continuou como Norwich Terrier. Nos Estados Unidos, as duas raças são conhecidas como Norwich Terrier.

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Este cão é compacto, de pernas curtas. Pesam de 5 a 7 quilos e sua altura fica entre 25 e 25 centímetros na cernelha. As cores permitidas vão de todos os tons de vermelho, trigo, preto e castanho ou grisalho. Sua pelagem é dupla com subpelo. O pelo duro de arame da raça facilita os cuidados, dificilmente embaraça e não passa por muda na troca de estação. Precisa de poucos cuidados, a não ser uma escovação diária. Só pode tomar banho quando for extremamente necessário porque o sabonete ou shampoo pode remover a proteção contra a umidade da pelagem deste cão. A tosa higiênica pode ser feita para evitar infecções nas regiões dos olhos, orelhas e genitais. Apesar de seu temperamento tranquilo, este cão exige um treinamento firme. Ele aceita bem as cicatrizes obtidas durante seu serviço como prova de sua valentia. Se forem deixados sozinhos por muito tempo, dentro ou fora de casa, podem tornar-se entediados, inquietos e destrutivos. E para viver tranquilamente nas cidades, é recomendado que façam passeios frequentes para gastarem energia. Podem viver, em média, até os 14 anos com quase nenhum problema de saúde.


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Ovelheiro Gaúcho

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ste cão teve origem no cruzamento natural de uma antiga raça de pastoreio escocesa, o Collie Escocês (que originou o Collie moderno), introduzido juntamente com importações de ovelhas da Grã-Bretanha, com antigos cães portugueses de guarda de rebanhos, sendo hoje a raça mais conhecida que surgiu deles, o Cão da Serra da Estrela. No último decênio do século XIX, o Ovelheiro Gaúcho já se encontrava estabelecido como raça dentro das características atuais. Como seu próprio nome diz, a função original era e ainda é o pastoreio de ovelhas e gado bovino. Entretanto, vem crescendo o seu uso como cão de companhia, principalmente de crianças. O alarme é uma função complementar deste cachorro, muito apreciada nos ambientes rural e urbano, pois avisa quando algo estranho ocorre, sem ser agressivo. São cães confiáveis, dóceis com o dono e sua família, principalmente com crianças. Cuidadosos, calmos, alegres, independentes e com iniciativa. Podem ser agressivos com estranhos que não derem importância aos sinais de alarme e advertência dele para não invadirem a propriedade, bem como com animais silvestres que cheguem perto da residência ou criação. Extremamente fiel, acaba convivendo mais com o dono, embora seja companheiro também dos outros integrantes da família. Todavia, sempre é mais dedicado a uma única pessoa, geralmente escolhida por ele.

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Esses animais gostam de grandes caminhadas exploratórias e de visitar outros cães, porém eles voltarão para suas casas e seus donos sozinhos quando terminarem o passeio. É um cão de aparência rústica, mais longo que alto, com os ossos fortes, porém, leve e ágil. A pelagem tem comprimento médio, macia ao toque e levemente ondulada. O porte é grande, pesa de 23 quilos (fêmeas pequenas) a 30 quilos (machos grandes). A variação de cores é grande, mas não existem cães de uma única cor, nem chocolate ou fígado. Para cães criados em ambiente aberto é necessária somente uma escovação semanal apenas na época de mudança de pelos de inverno. Se o cão for entrar frequentemente dentro da casa, uma escovação por mês é suficiente para a retirada de pelos soltos. Os banhos devem ser o mínimo necessário, pois não apresentam odor desagradável. São ativos e necessitam de alimentação farta, principalmente quando filhotes. Quando adultos, deve-se evitar o sobrepeso, pois engordam com facilidade se não fizerem exercícios intensos. Comem tanto ração quanto comida caseira feita para cães. Precisam de grandes espaços. Se forem criados em ambientes fechados, devem ser levados para exercício intenso uma vez por semana, de preferência soltos para que possam correr à vontade.


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Papillon

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ão muito popular na Europa, Estados Unidos e Japão, além de belo, realiza um importante trabalho em hospitais e asilos. De temperamento alegre, vivo e altivo, é extremamente inteligente (oitavo mais inteligente na escala de Stanley Coren) e muito receptivo às pessoas. Gosta da presença do dono, mas não é de pedir colo o tempo todo. É um dos mais obedientes e ágeis das raças de pequeno porte. Papillon é, na verdade, o nome de uma das duas variedades da raça Pequeno Spaniel Continental. A outra se chama Phalene e a diferença entre elas é o modo como portam as orelhas: eretas no Papillon e caídas no Phalene. A palavra papillon é francesa e significa borboleta. Este cão recebeu este nome porque suas grandes orelhas se assemelham a asas das borboletas. Contudo, suas raízes remontam ao cão Spaniel, especialmente os pequenos

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cães que se desenvolveram e se popularizaram por toda a Europa a partir do século XVI. No princípio, esses cães eram muito populares entre a nobreza, usados como “passatempo” e companhia para reis e rainhas. Espanha e Itália tornaram-se centros de reprodução e de comércio de Spaniels. A corte de Luís XIV, da França, gostava de Papillons e importava muitos deles. Ao mesmo tempo, a raça ficou conhecida como “Esquilo Spaniel” porque carregava sua cauda emplumada sobre suas costas, da mesma forma que um esquilo faz. A função da raça é ser de companhia. De pequeno porte, considerado como verdadeiro cão de luxo. De porte altivo, possui uma construção física harmoniosa, focinho moderadamente comprido e mais curto que o crânio, gracioso, porém robusto. O porte proporciona uma movimentação fácil e elegante. Seu corpo é ligeiramente mais longo do que alto. Os pelos são moderadamente longos. Todas as cores são aceitas em uma pelagem sobre fundo branco. No tronco e membros, o branco deve ser predominante em relação à cor. O branco na cabeça deve ser preferencialmente estendido por uma faixa mais ou menos larga, conhecida como “blaze”. Uma mancha branca é admitida na parte inferior da cabeça, mas o branco dominante nesta parte do corpo é uma falta. Em todos os casos, os lábios, as pálpebras e, principalmente, a trufa devem ser pigmentados. Para animais de exposição, são recomendados banhos semanais e escovação diária. Na alimentação, é indicada uma ração super premium. Este cão costuma dar-se bem com outros animais, mas não são recomendados para interação com crianças muito pequenas porque é relativamente leve e delicado. Assim, determinadas brincadeiras podem machucá-lo. Embora seja um animal muito ativo, necessita de pouco espaço físico, por isso convive bem em ambientes fechados.


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Pastor Alemão

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ste é um dos cães de trabalho mais versáteis, usado em todo o mundo por forças policiais como cão de guarda e farejador. Para os produtores rurais, serve como pastor, como seu próprio nome diz. Para pessoas portadoras de deficiência visual, é usado como cão guia. Todavia, este cachorro não traz apenas proteção pessoal, é um grande companheiro. É também uma das raças mais conhecidas da população, tendo participado de filmes em que se tornaram famosos protagonistas. Há quem se lembre do “RinTinTin”, um Pastor Alemão que estrelou várias séries e filmes a partir da década de 1920. Também foi o famoso companheiro de Roy Rogers, o seu cachorro Bullet, nos anos de 1950. Ainda hoje, é estrela em shows e demonstrações caninas. A origem deste animal é bastante controversa. Há quem diga que seus antepassados viveram em diferentes regiões da Alemanha há vários séculos e depois tenha sido desenvolvido por um oficial de cavalaria prussiano. Outros estudiosos defendem que a raça tenha surgido no continente asiático e depois se popularizado por toda a Europa. Na Alemanha, inicialmente, foi um cachorro de fazenda. Depois, ao mostrar sua versatilidade no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial, foi introduzido nos Estados Unidos e no Reino Unido. A partir daí, ganhou popularidade. Este cão é extremamente inteligente e geralmente confiável. Ocupa o terceiro lugar no ranking das raças de cães mais inteligentes do mundo. Se o treinamento for correto e começar desde muito jovem, poderá se transformar em um companheiro leal e obediente. É grande, forte, robusto e musculoso. Embora a maior parte dos Pastores Alemães nasça com o pelo curto, cerca de 10% desses animais possuem uma pelagem mais longa e elegante. A pelagem externa tem pelos duros, ásperos e lisos, com uma subpelagem espessa.

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Esta raça apresenta muitas cores, incluindo o preto com o castanho ou com marcações cinza, cinza uniforme, preto uniforme, cinza com marrom ou com marcações claras. Esses cães são muito ativos mentalmente e fisicamente, por isso precisam constantemente de uma atenção considerável por parte de seus proprietários. Não costumam ser medrosos ou sensíveis, mas gostam de receber elogios e carinhos do dono. Também necessitam de exercício físico diário para descarregar a energia. Não é adequado para viver dentro de casa, ao mesmo tempo é adaptável e pode se acostumar a viver do lado de dentro da residência. Além de passeios diários, são recomendadas brincadeiras.


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Pastor Branco Suíço

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rief, um pastor completamente branco, era o avô materno do primeiro Pastor Alemão registrado no mundo. Todo Pastor Alemão vivo hoje, cujas raízes remontam a Horand (primeiro cão oficial desta criação), tem ao menos um ancestral branco na sua árvore genealógica. O Dr. Peter Lorenz Neufeld escreveu o primeiro livro com a história do Pastor Branco em 1970 (“The Invencible White Shepherd”) e atribuiu à casa dos Habsburgs, da Alsácia Lorena, a tentativa de criar esta raça para as rainhas que a queria para acompanhar as carruagens puxadas por cavalos brancos. Em ambos os casos, todo cão branco é originário, quer da linhagem de Horand, quer da linhagem de Habsburg. Os Pastores Brancos foram praticamente dizimados na Europa, por ordem de Adolf Hitler, que os considerava impuros ou albinos. Alguns exemplares foram salvos e levados aos Estados Unidos e Canadá, onde se tornaram gradualmente uma raça distinta. Os primeiros cães desta raça foram importados para a Suíça no começo dos anos 1970. Existe atualmente um grande número de cães desta raça pura, depois de várias gerações, distribuídas por toda Europa. Por isso, desde junho de 1991, estão registrados como uma raça nova no apêndice do Livro de Origem Suíço (LOS). Fisicamente, o Pastor Alemão sofreu alterações significativas na linha de dorso, com forte descendência proposital, enquanto os brancos e os de trabalho se

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mantiveram retos. É um cão de companhia, mas também é um cão de guarda atento e de rápido aprendizado, o que torna muito fácil o seu adestramento. Esses cães são fiéis ao dono, companheiros e extremamente inteligentes. Receptivos a outros animais domésticos, é um dos mais recomendados para a convivência com crianças devido a sua distinta natureza amigável. Este cão tem o aspecto de poderoso, bem musculoso, de tamanho médio, com orelhas eretas, pelagem dupla de comprimento médio ou longo, sempre densa, com cobertura bem assentada e abundante subpelo com pelo de cobertura duro e reto. A raça é bem adaptada ao Brasil, porém, diante de seu porte, deve-se tomar cuidado de acasalar sempre animais isentos de displasia coxo-femural e cotovelos, por meio de teste radiológico específico. Pequenos problemas alérgicos podem surgir em cães com dieta pobre ou com corantes. Quanto mais natural for a alimentação, melhor será a pele e a pelagem. A face, orelhas e parte anterior dos membros apresentam pelagem mais curta. São indicados banhos quinzenais e escovação periódica, intensificada no período das mudanças do subpelo, que ocorrem duas vezes ao ano. Como todo cão de médio a grande porte, merece espaço para se exercitar. Não é recomendado que ele viva em apartamentos. Nos machos, a altura pode chegar a 69 cm na cernelha.


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Pastor de Shetland

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riginário das isoladas ilhas Shetland, na Escócia (Reino Unido), este cão teve seu desenvolvimento influenciado pela geografia árida e pelos poucos recursos naturais do local. Diante do isolamento da região, a raça só foi reconhecida nas exposições inglesas no início do século passado. O reconhecimento oficial do “The Kennel Club” ocorreu em 1909. Anos mais tarde, em 1914, teve seu nome alterado de Shetland Collie para Shetland Sheepdog ou Pastor de Shetland. A função original da raça era conduzir ovelhas, guardar e proteger propriedades e afastar aves das pequenas plantações da ilha. Hoje, é um cão de companhia, sendo um excelente cachorro para a família em função de sua natureza obediente, além de indicado para a prática de esportes como o agility. Pode ser também um eficiente guarda de alarme. Sheltie, como é carinhosamente conhecido, é um cachorro de trabalho, de pelo longo, de grande beleza, graciosidade e agilidade. É alerta, gentil, inteligente, forte e vigoroso. Carinhoso e dedicado ao dono, mas reservado com estranhos. Ele adora ficar junto com os integrantes da família e, se permitido, vai seguir as pessoas por toda a casa. Como é um cão pastor, é inclinado a latir e andar em volta das pessoas. Não fica bem por muitas horas sozinho. Se ensinado desde pequeno, torna-se silencioso.

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Estes cães adoram a convivência com crianças e outros animais domésticos, principalmente se forem acostumados desde cedo. Não gostam de atividades aquáticas, mas, em compensação, ficam muito felizes com brincadeiras em parques, gramados, com bolas... A aparência geral deste cão deve ser simétrica, sem que nenhuma parte seja desproporcional. As cores são basicamente cinco: marta (sable) – em todos os tons, desde o dourado pálido até o mogno; tricolor (preto, castanho e branco); azul merle (azul, castanho e branco); biblack (preto e branco) e biblue (azul e branco). As marcações brancas costumam aparecer na cabeça, peito, pescoço, patas e ponta da cauda. No dorso, essas marcações não são permitidas. A higiene é muito simples. São cães quase “autolimpantes” e não possuem cheiro forte. São necessários banhos quinzenais e uma escovação semanal com escova de pinos é suficiente. É recomendada somente a tosa higiênica, pois a pelagem mantém a temperatura corporal do animal. A limpeza de tártaro dos dentes deve ser feita uma vez por ano. É uma raça que se adapta bem em pequenos espaços, mas esses cães precisam de, pelo menos, meia hora de exercícios por dia. Muito inteligentes (6º lugar no ranking de inteligência elaborado por Stanley Coren), aprendem com muita rapidez. A longevidade média da raça é de 12 a 15 anos, mas tem aumentado com a boa alimentação, exercícios e avanço da medicina veterinária.


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Pinscher Miniatura (Zwergpinscher)

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estemidos, muito observadores, enérgicos, protetores, seguros e equilibrados. Desconfiados com estranhos, mas não agressivos. Essas qualidades fazem dele um agradável cão de família. Os Pinschers eram originalmente usados para caçar ratos. Atualmente, são considerados cães de guarda e companhia. Mas não é uma versão miniatura do Dobermann. Eles já existiam em grande número na virada do século, pois foram encontradas várias pinturas no século XIX mostrando cães do tipo dele. Na verdade, é a imagem reduzida do antigo Pinscher Alemão. Eles vieram provavelmente de cruzamentos entre um pequeno Terrier de Pelo Curto com Dachshund e Greyhound Italiano. A Alemanha é considerada seu país de origem. Esta raça deve ter entre 25 e 30 centímetros de altura e pesar de 4 a 6 quilos. A aparência é compacta, com elegante construção quadrada, boa ossatura e musculatura. O crânio é forte, alongado, com a testa plana e o focinho termina em forma de cunha. O pelo é curto, liso, assentado e brilhante. Apresentam-se somente em duas cores: preto com marcações marrom escuro na face, nas pernas, abaixo da cauda e duas manchas bem separadas em forma de triângulo no peito; ou marrom avermelhado de cor uniforme, sem marcas mais claras. A manutenção do pelo é simples, com escova ou pano. Os banhos podem ser mensais. E o corte de unhas é muito importante. A alimentação depende principalmente do ambiente onde o animal vive. Os que moram em espaços pequenos e fazem menos exercício, podem comer ração de acordo com o tamanho e a idade. Os que gastam mais energia podem receber algum reforço de carne e de frutas. Vivem muito bem em apartamentos, mas como todos os cães, precisam de atividades diárias para evitar a obesidade. Muito apegados aos donos e objetos dele, sua característica de cão de guarda faz com que tenham cuidado com todas as coisas da casa. Sua capacidade de atenção, agilidade e inteligência proporcionam boas condições para a prática de agility, jogos e brincadeiras com crianças. A longevidade média desta raça é de 14 anos.

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Pit Bull

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orte e ágil, este famoso cão tem sua origem relacionada ao combate entre cães e touros e atualmente é ligado aos esportes de “gameness”, que significa nunca desistir de alguma tarefa, mantendo o controle mesmo sob forte pressão e risco de morte. Este cachorro apresenta alto nível de vitalidade e de atividade física, assim como adora brincadeiras desafiadoras, por exemplo, escaladas, saltos, cabo de guerra e “weightpull”, entre outras. Desenvolvido a partir dos antigos tipos Bull e Terrier, nos Estados Unidos, o Pit Bull foi criado como um cão faz de tudo em fazendas, trabalhando como guardador de gado e suínos. Destaca-se em praticamente todas as tarefas caninas, incluindo pastoreio, caça, guarda, policiamento e tração. Um animal chamado “Bandog Dread” detém mais títulos caninos de trabalho do que qualquer outra raça. De pelo curto, porte médio e aparência atlética, este cão pode ter a coloração livre, exceto o merle. É bem resistente, mas uma raça propensa a problemas de pele. Convive muito bem em qualquer ambiente, mas necessita de espaço para exercícios físicos e dieta balanceada com elevado nível proteico. São animais muito

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ativos dentro de casa e podem viver bem sem um quintal, desde que possam se exercitar. Precisam fazer muitos exercícios regularmente e de serem levados para longas caminhadas diárias. Estes cães são bem adaptáveis. Se socializados, convivem bem com outros animais, porém, a maioria apresenta certo nível de agressividade contra outros cachorros. Já com humanos, eram antigamente chamados de cães “babá”, pois cuidam e são muito amáveis e fiéis à família, sendo muito dedicados ao dono. Sempre querem agradar, altamente protetores de seus donos e da propriedade deles. Vão lutar contra um inimigo incansavelmente. Podem ser voluntariosos com donos mais mansos e precisam de “disciplina”. É necessário ensiná-los o respeito pelos humanos, não permitindo que pulem em cima das pessoas ou que passem pela porta antes do proprietário. Também são excelentes com as crianças da família, têm alta tolerância à dor e vão participar de brincadeiras infantis mais agressivas. É uma raça completa que combina aspecto atlético, resistência e rusticidade, além de muito fácil de adestrar. A longevidade média desta raça é de 12 anos.


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Pointer Inglês

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Pointer Inglês surgiu na Inglaterra por volta de 1650. Esses cães eram frequentemente utilizados para localizar e apontar aves e lebres em parceria de caça com antigos Greyhounds. A origem dos Pointers é ampla e antiga, porém não existem dúvidas de que inclui antigos Foxhound, Greyhound, Bloodhound e cruzamentos com algum tipo de “Spaniel de Aponte”, que desempenharam um papel importante na criação de todos os cães de caça. Atualmente, este cão é usado para caça esportiva e também como animal de companhia. É um cachorro de porte atlético, aparência forte e ágil. A pelagem é fina, curta, lisa e brilhante, de fácil manejo. Este animal deve ser encontrado nas cores limão e branco (nestes exemplares, a trufa pode ser mais clara, nas demais cores, a trufa deve ser preta), laranja e branco, fígado e branco e preto e branco. Unicolor e tricolor também são cores corretas. A raça não está sujeita a doenças hereditárias típicas, apesar de ocorrerem alguns problemas eventualmente, como a displasia coxo-femural e complicações na tireoide. A alimentação deve ser balanceada, de qualidade, e água fresca deve ser dada à vontade.

Este cão é um ótimo companheiro tanto para a caça quanto em casa. De temperamento equilibrado e alerta, é travesso por natureza, adora se divertir e brincar, por isso é indicado o controle de maus hábitos desde filhotes. Desde este período, ele precisa ter noção do que é certo e errado. A supervisão necessita ser adequada e de formação contínua. É uma raça de fácil aprendizado. Toda raça, entretanto, deve ter um trabalho básico de obediência. Esta formação vai ajudar a desenvolver formas de o cão ter anos agradáveis como um verdadeiro “membro da família”. E por falar em família, eles gostam de ser parte dela, bem como gostam de desfrutar de todos os confortos que a vida em casa pode oferecer. São bons com crianças e adoram brincar com elas durante todo o dia. Pointers também são excelentes cães de guarda, muito protetores de seu domínio e, no mínimo, soam um alarme em qualquer situação fora do comum. São extremamente ágeis e necessitam de atividade física regular para a sua saúde física e mental. Adaptam-se bem a todo tipo de espaço. Tudo vai depender da rotina de exercícios oferecida ao animal. A longevidade média do Pointer Inglês é de 15 anos.

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Poodle

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e origem francesa, o Poodle é descendente da raça Barbet, da qual conservou muitas características. Em 1743, era chamado de “La Caniche” (fêmea do Barbet). Depois, o Barbet e o Caniche foram progressivamente separados e os criadores obtiveram exemplares originais e de cor uniforme. No passado, estes cães eram destinados a apanhar pássaros aquáticos abatidos e levá-los aos caçadores. Em algumas regiões da Europa, eram usados para encontrar trufas. E foi a partir do fim do século XVIII que deixaram de ser cão de caça para ser de companhia. Hoje, ocupam com maestria esta função e também abrilhantam as exposições de beleza e estrutura dos órgãos cinófilos espalhados pelo mundo. Por muito tempo, a raça ficou esquecida, mas ela ressurgiu e cresce o interesse na criação de Poodles com qualidade. Muito desconfiados para desconhecidos, os Poodles são extremamente afáveis e fiéis, muito devotados ao dono. Também são alegres, sociáveis, brincalhões e têm personalidade marcante. É difícil encontrar um Poodle “amuado”. De aspecto físico robusto, porém esbelto, o Poodle é muito ágil. A pelagem é dupla, caracterizada como “Fluffy”. O pelo é abundante de texturas fina e lanosa, bem ondulado, elástico e resistente à pressão da mão.

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O padrão de cor foi alterado na atualização do padrão da raça, em janeiro de 2015. O pelo deve ser unicolor nas cores preto, branco, marrom, cinza e fulvo. Existem inúmeras formas de se tosar cada parte do corpo deste cão. Há uma enorme variedade em tosas para exposições e outros modelos de tosas de pets para Poodles de companhia. É necessária escovação da pelagem todos os dias para evitar a formação de nós. Os banhos recomendados são semanais ou a cada 10 dias. A escovação dental também deve ser feita, ao menos, três vezes por semana. É importante manter a tosa das almofadas palmares e plantares sempre bem feita para que o animal não escorregue e se machuque e desenvolva fungos e bactérias nesta região. As orelhas e ouvido também precisam ser cuidados para impedir problemas de saúde, pois este cão tem as orelhas pendentes, o que facilita o aparecimento de patologias. A raça apresenta quatro tamanhos oficiais: toy, anão, médio e gigante. A depender de seu porte, adapta-se facilmente a ambientes pequenos. Entretanto, por ter muita energia, seu proprietário deve elaborar passeios diários, proporcionando ao pet melhor qualidade de vida. E os que vivem em espaços maiores, ventilação e entrada de sol, além de piso apropriado, são importantes para a saúde deles.


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Poodle Gigante

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oucas raças apresentam tão forte conexão com seu dono quanto um Poodle. Ele quer a companhia do dono pelo máximo de tempo possível. É extremamente inteligente e tem forte desejo de agradar, por isso treiná-lo é muito fácil. Além disso, é muito adaptável: adora passear, mas também pode passar horas dormindo ao pé de seu proprietário. Estes cães vivem bem em apartamentos, até porque não soltam pelos e nem exalam cheiro. São divertidos e combinam de forma interessante rusticidade e delicadeza, características que o credenciam para uma boa convivência com as crianças. Quando são das variedades maiores da raça, resistem a brincadeiras mais fortes que os pequenos podem fazer. Também é um cão reconhecido pela sua fidelidade, apto a aprender e a ser treinado, o que faz dele um cão de companhia particularmente agradável. Não é tímido, mas brincalhão e presta atenção a tudo o que percebe no ambiente. O Poodle Standard, também chamado de Poodle Gigante, é a variação mais antiga de todos os Poodles. De origem bastante controversa, consideram-se como antecessores destes os Barbets franceses e os Cães d’Água Portugueses. Originalmente um cão de caça, a partir do século XVI, o Poodle se transformou em um dos animais de estimação preferidos de reis e príncipes.

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(Standard)

O Poodle tornou-se muito popular como cão de companhia graças ao seu caráter amável, alegre e fiel, sua inteligência digna de destaque e também devido aos seus quatro tamanhos e suas diferentes cores – preto, branco, marrom, cinza e fulvo. Em relação aos tamanhos, são divididos em grandes (acima de 45 cm a 60 cm), médios (acima de 35 cm até 45 cm), anões (acima de 28 cm até 35 cm) e toys (acima de 24 cm até 28 cm). Este cão é do tipo mediolíneo, de pelagem encaracolada característica, podendo ser encordoada. Tem aspecto de um animal constantemente em alerta, ativo, harmoniosamente construído, garantindo uma impressão de elegância e altivez. Esta raça é resistente, porém, a saúde dos ouvidos inspira cuidados, pois são cães muito peludos e podem ocorrer otites que podem ser evitadas com a atenção do proprietário à sua boa higiene. Os cães maiores devem viver em um espaço cujo piso não seja escorregadio para evitar desenvolvimento de displasia ou mesmo uma contusão durante brincadeira. Os Poodles são longevos, geralmente vivem de 12 a 15 anos. Um banho semanal em um petshop e tosa mensal são indispensáveis para manter o animal bonito, cheiroso e com a pele saudável. Uma dieta balanceada com ração de primeira linha é a mais indicada.


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Pug

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legre, brincalhão, carinhoso e muito apegado ao dono. O Pug costuma ser descrito também como “multum in parvo”, “grande em pequeno espaço”. Ele é curto no corpo, quadrado e compacto com musculatura firme. A pelagem é curta, densa e macia e com presença do subpelo. As cores variam de prata, abricó, fulvo ou preto, cada uma claramente definida para fazer um completo contraste entre as cores, o traço (uma linha preta que se estende do occipital até a cauda) e a máscara. O focinho ou máscara, orelhas, sinais nas bochechas, marca do polegar ou diamante na testa e o traço devem ser o mais preto possível. A origem do termo Pug é incerta. Entre as teorias mais aceitas está a de que esta denominação provém do latim “pugnos”, que significa punho, originando o nome da raça em função do fato de o focinho deste cachorro remeter à imagem de um punho humano. Outra teoria é a de que Pug era a forma coloquial que se utilizava na Inglaterra do século XVIII para se referir a todos os cães. Originário da China, já no século II a.C. havia documentos que se referiam a este cão como membro da realeza, assim com o animal já tendo garantido seu

próprio espaço no palácio e seus próprios servos, que lhe fornecia todo tipo de cuidado e atenção. Também existem documentos do século V d.C. que associam estes cães aos antigos imperadores. Esta raça é propensa à obesidade, a problemas de pele, oculares e respiratórios. Também é preciso tomar cuidado com a insolação. Este animal é sensível a altas temperaturas. Precisa ter as dobras limpas, especialmente a do focinho. Depois dos banhos, o cão deve ser totalmente seco para evitar dermatites. É preciso também atenção aos olhos para evitar lesões por trauma. O proprietário também necessita cuidar da manutenção do peso. O Pug relaciona-se bem com outros animais e com crianças. Seu tamanho reduzido é uma característica que o credencia como excelente opção para pequenos espaços e para pessoas que não tenham muita atividade, uma vez que devido ao porte físico deste cão, não pode ser considerado um esportista. Pequenos passeios nas horas mais frescas do dia costumam preencher a necessidade de exercício e evitar que engordem. Esta raça é de fácil adestramento. Sua longevidade média é de 12 a 15 anos.

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Rhodesian Ridgeback

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oces, fiéis e, se necessário, valentes. Além de serem caçadores afiados e versáteis, são guardiões. Os cães da raça Rhodesian Ridgeback trazem conforto espiritual, segurança, alegria e, alguns, muita diversão. Esta raça foi estabelecida em 1922, graças à paixão, constância e luta do Sr. Francis Richard Barnes. Naquele ano, Barnes definiu um padrão e um clube foi formado. Esse padrão teve alguns aperfeiçoamentos, mas ainda é o utilizado nos dias atuais. O Rhodesian Ridgeback é o resultado de esforço de caçadores, criadores e pessoas dedicadas que cruzaram os cães e conseguiram os melhores dentre as raças europeias como Irish Terrier, Grand Danes, Pointer, Greyhound e o Bulldog. Sua origem remonta à região sul do Zimbábue, na África, conhecida como Rhodesia até 1980. Também é conhecido como “Lion Dog”, em particular pela população da África do Sul. De 1930 a 1939, o Rhodesian espalhou-se por todo o sul africano. Naquele período, os canis de primeira qualidade estabeleceram-se. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a raça é quase desconhecida em outras partes do mundo, exceto na Grã-Bretanha. No entanto, a partir daí, começou a se popularizar fora da África. O corpo deste cão é balanceado, musculoso, com movimentos poderosos e ágeis. A pelagem é curta e brilhante. Uma linha simétrica e bem definida de pelos nasce no sentido contrário, bem no meio das costas, desde os ombros até os quadris. As cores permitidas são do trigo escuro até o trigo bem claro e vermelho. Pequenas manchas brancas no peito e nos dedos são permitidas. Os machos medem entre 63,5 centímetros e 68,5 cm. Já o tamanho das fêmeas varia de 61 cm a 66 cm (na cernelha). Os machos pesam em torno de 34 quilos. Já as fêmeas têm peso de aproximadamente 29,5 quilos.

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Esses animais devem tomar banho uma vez por semana e é preciso seguir todas as rotinas de vacina rigorosamente, além da assepsia da orelha e dos olhos praticamente a cada três dias. As atividades físicas variam de exercícios em pista de areia, rampa e piscina. Para um cão de grande porte, espaço e atividade são sinônimos de qualidade de vida. Na alimentação, é indicado alimento animal saudável três vezes ao dia. Para cada refeição, a quantidade adequada é de 700 gramas. Normalmente, convivem bem com as crianças, especialmente no quesito proteção dos membros da família. A convivência com animais de outras raças é pacífica, mas requer atenção. A expectativa de vida desta raça é de 12 a 15 anos.


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Rottweiler

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m cão amigável, pacífico, carinhoso, companheiro e muito apegado ao dono. É fácil de conduzir e ávido por trabalho. Sua estampa revela primitivismo, por isso, é autoconfiante, com coragem e nervos firmes. Está sempre atento a tudo que o cerca, reagindo com grande presteza. Figura entre as raças mais antigas. Sua origem remonta à época dos romanos, onde foi criado como um cão de guarda e boiadeiro. Esses cães imigraram com as legiões romanas pelos Alpes, guardando homens e tocando o rebanho. Nos arredores de Rottweil, eles se encontraram com os cachorros da região. Houve, então, uma miscigenação. A tarefa principal desta raça voltava a ser condução e a guarda de grandes rebanhos, de grandes animais e a defesa de seu dono e seu patrimônio. Ele recebeu este nome por causa da antiga cidade de Rottweil: Rottweiler Metz-gerhund (Cão de açougueiro de Rottweil). Os açougueiros criaram esta raça por pura exibição, sem qualquer utilidade para ela. Assim, no decorrer do tempo, este cão de passeio passou a ser mais usado como cachorro de tração. Quando se pesquisaram

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diversas raças para a função policial, o Rottweiler também foi avaliado e, em pouco tempo, demonstrou ser extraordinariamente adequado às tarefas do serviço policial. Por esta razão, em 1910, foi oficialmente reconhecido como um cão policial. Atualmente, é usado para as funções de tração, guarda e boiadeiro. É um animal robusto, de porte médio para grande, sem ser leve, grosseiro, pernalta ou esguio. Sua estrutura, em proporções corretas, forma uma figura compacta, forte e bem proporcionada, revelando potência, agilidade e resistência. A pelagem é formada por pelo e subpelo. O pelo é rígido, de comprimento médio, tosco, denso e assentado. Nos posteriores, o pelo é um pouco mais longo. O subpelo não deve ultrapassar o comprimento da pelagem externa. A cor é preta, com marcações bem delimitadas numa rica coloração de castanho nas faces, focinho, garganta, peito e pernas, bem como acima dos olhos e sob a raiz da cauda. Por se tratar de uma raça de trabalho, estes cães precisam de atividades diárias, exercícios e passeios. Necessita de espaço para se exercitar, porém, adora um chamego no sofá da sala. Também adora nadar. É de fácil relacionamento com outros animais domésticos e adora crianças. São cães bastante inteligentes, aprendem rápido. A longevidade média é de 10 anos.


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Samoieda

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nome desta raça vem dos Samoyedos, povo seminômade de descendência asiática que habitava as margens do oceano Ártico. O cão Samoieda é primitivo e tem origem préhistórica, há mais de 5.000 anos sem intervenção do homem. Assim, é puro e não foi miscigenado com outro lobo, raposa ou outras raças de cães primitivos. E hoje é uma das únicas quatro raças que são diretamente descendentes de lobos cinzas, juntamente com o Husky Siberiano, Malamute do Alaska e Chow Chow. Também é uma das 14 raças caninas antigas que mostram o menor número de diferenças genéticas dos lobos. A sua relação com o povo que deu origem a seu nome é intensa. O povo Samoyedo era muito afetivo com os cães e os tratavam como membros da família. Também dependia desses cachorros para caça, pastoreio, guarda e para puxar trenós. Esses animais eram incluídos nas refeições, trazidos para dentro dos “chooms” (alojamentos), onde eram usados também como “aquecedores” nas noites frias, especialmente para as crianças. Atualmente, é um cão de companhia.

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A maneira com que eram tratados pelos Samoyedos durante mais de 1.000 anos fez com que estes cães desenvolvessem um sentimento de compreensão da humanidade, além do senso de observação e inteligência aguçados, fidelidade, admiração, gratidão e confiança nos homens. E essas características permanecem até hoje. Com elegância no porte físico, tamanho médio, atlético, saudável, pelagem dupla branca cintilante, pode ser confundido com um simples cão bonito. Entretanto, ele é muito mais do que isso. Tem alegria contagiante e ansiedade de agradar as pessoas, além de um poderoso “sexto sentido”. Possui um cativante sorriso “Samoieda”, por vezes é engraçado ao virar a cabeça e deixar um olhar travesso. Ao mesmo tempo, é pensativo e sensível. Constantemente, vai se comunicar com os humanos por meio de patadas, focinhadas ou pela fala. É uma raça única. Se não tem atividade física (exercícios físicos moderados diários) e mental adequadas, fica entendiado e pode tornar-se destrutivo. Por conta de sua natureza sociável, não suporta longos períodos de isolamento, precisando da companhia do dono durante algum tempo do dia. A sociabilização inicial deste cão é fundamental para o desenvolvimento adequado do bom temperamento do cão e acontece até a 16ª semana. As cores do Samoieda são branco e biscoito (90%), branco puro e creme. Os pelos saudáveis desta raça têm a ponta prateada e são repelentes de água e resistentes à sujeira. O subpelo é lanoso e pode ficar muito denso nos meses de inverno. Esta camada dupla age como um isolante eficaz em climas quentes e frios. O grooming periódico é importante. Escovações semanais e banhos a cada dois, três meses são suficientes para manter o Samoieda limpo e cheiroso.


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São Bernardo

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m dos mais populares dentre as raças gigantes, o São Bernardo é considerado por muitos criadores como um “cão com alma”. Majestoso, bonachão, amoroso e muito dedicado a toda a família. Sua função original é responsável pelo seu temperamento dócil, sociável e, principalmente, por seu desejo constante em ajudar e proteger a família. Este cão surgiu na Suíça, mas hoje podem ser encontrados excelentes exemplares em todo o mundo, principalmente na Noruega e nos Países Escandinavos. Sua função original é o salvamento na neve. Até hoje é usado nos países de origem e em outros que têm geleiras. Em outras nações, cumpre o papel de companhia e de proteção, mas não a guarda. Para obter sucesso em localizar as vítimas perdidas ou soterradas na neve, a raça desenvolveu um verdadeiro “sexto sentido” nos dias atuais, o que faz com que um São Bernardo saiba quando alguém de sua família está triste ou feliz. É um cachorro que enxerga muito além... Precisa ser forte, imponente e harmonioso. O corpo, robusto e musculoso. Uma fêmea deve ter obrigatoriamente a expressão de uma menina, com traços delicados e meigos. Já o macho necessita ter a cabeça maior, com expressão masculinizada, porém sempre mantendo a docilidade.

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Este animal deve ser tricolor, com peito e patas e um terço do rabo branco. Máscaras e orelhas são pretas e o manto das costas, marrom. Como qualquer animal de estimação, necessita de cuidados básicos de saúde. Desde cedo, precisa ser escovado de uma a duas vezes por semana, e na troca de pelos, diariamente na altura do pescoço e orelhas. Os banhos devem ser dados sempre que necessário, mas preferencialmente poucas vezes. Os dentes precisam ser limpos todos os meses. Os olhos e orelhas devem ser verificados semanalmente. Esses cães também nunca podem exceder o peso, especialmente na fase de crescimento. Não é um cão propenso a doenças e também não comem muito. Ele é amigável por natureza, de temperamento calmo e dócil e sempre em alerta. Por isso, convive pacificamente com outras raças de cães, gatos, roedores, aves, equinos, caprinos e outros animais de grande porte. A dica é introduzir outros animais ao convívio logo quando filhotes para ser ainda mais simples a adaptação. É bastante comum ver histórias de fêmeas da raça São Bernardo produzirem leite para amamentarem filhotes de gatos. Com crianças, estes cães são verdadeiros babás. Com estranhos, até latem quando chegam, mas depois se jogam no chão pedindo carinho da visita. É fácil o dono mesmo adestrá-los. Para isso, é preciso ter pulso forte e paciência para ensinar.


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Schnauzers

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tentos e corajosos. Estes cães são muito companheiros, leais, sempre muito ligados aos donos. Por onde o proprietário estiver, os cachorros desta raça estarão por perto. Não são nervosos, nem agressivos. São divididos por tamanho e cor. O gigante deve ter entre 60 e 70 centímetros e com peso aproximado de 35 a 47 quilos, na cor preto ou sal e pimenta. O standard tem entre 45 e 50 cm, 16 a 22 kg, na cor preto ou sal e pimenta. Já o miniatura possui o tamanho de 30 a 35 cm, peso de 5 a 8 kg e cores preto, preto e prata, branco ou sal e pimenta. O standard é o mais antigo das três raças, tendo notícias dele desde o século XV. A partir dele se desenvolveram o gigante e o miniatura. Apesar de tamanhos diferentes, guardam características semelhantes, como o pelo duro (mais grosso) e o subpelo, sobrancelhas e barba longas. Entretanto, são raças distintas definidas. O standard continua sendo o menos popular, mas também ótimo cão de guarda e companhia. Originário do sul da Alemanha, o Schnauzer tem seu nome derivado da palavra “schnauze”, que significa focinho. Foi reconhecido oficialmente em 1879 com o nome de Pinscher de Pelo Duro, pois tem a mesma conformação óssea desta família.

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Por sua postura de defensor, este cachorro nos seus tamanhos standard e gigante foi usado como guarda durante a Primeira Guerra Mundial e até hoje faz parte das polícias de diversos países, como a alemã e a americana, pois é muito adestrável, inclusive com bom faro. Esses animais fazem a caça de pequenos roedores, mas não precisam da atividade necessária aos cães de caça. Ao mesmo tempo, são muito obedientes e podem também fazer pastoreio. Rústicos, não necessitam de tantos cuidados. A pelagem deve ser escovada a cada cinco dias. Patas e bigodes devem ser lavados a cada dez dias. O pelo liso facilita a escovação. Convivem bem em espaços pequenos, apesar de serem ativos. Só precisam de exercícios moderados. Aprendem com facilidade e são muito inteligentes. É preciso cuidar para que não tomem conta de tudo na casa por anteciparem o que será feito e, consequentemente, dominarem a situação, querendo impor a deles. Um exemplo: percebem quando o proprietário vai sair e vão querer sair junto. Se o dono não levar, vão reclamar. Desta maneira, métodos mais sólidos nos ensinamentos são essenciais para este cão. Alguns Schnauzers são mais agitados. Neste caso, devem ser acalmados e dominados para perder este desvio. Assim, o dono deve impor um comportamento mais tranquilo. A convivência com outros animais é boa e dificilmente brigam entre si. Também adoram crianças e brincadeiras. Têm energia para elas e gostam de passeios, inclusive fazem “agility”.


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Schnauzer Gigante

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udo indica que o Schnauzer Gigante (Riesenschnauzer) surgiu na Alemanha no início do século XX, em regiões com grande potencial agrícola, como a Bavária. O objetivo era obter um cão boiadeiro rústico, forte e resistente. Estudos sobre a formação da raça mostram que seu grande porte teve origem no cruzamento de outros cães ao Schnauzer Standard, como o Bouvier de Flandres e o Alano Negro. Segundo alguns autores, há menções de outras raças, como Dobermann, Dogue Alemão e Rottweiler. No passado, ficou conhecido e foi empregado como cão de guarda de açougueiros e cervejarias da região da Bavária. Mais tarde passou a ser usado pela polícia e Exército, inclusive durante a Primeira Guerra Mundial. Após a guerra, a raça chegou aos Estados Unidos. É um excelente cão para defesa em qualquer aspecto. Aluno inteligente e atencioso, este cão representa uma combinação extraordinária de coragem e calma, tenacidade e ternura e, acima de tudo, devoção dedicada à família do seu tutor e adestrador. É o menos ativo e o melhor guardião entre as três raças de Schnauzers. Devido ao seu tamanho e força, consegue impressionar.

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O Schnauzer possui duas variedades de cores – preta e sal e pimenta, as quais são julgadas e consideradas como diferentes raças, não sendo permitido o acasalamento entre elas. A pelagem dos cães que participam de exposições necessita de uma técnica de tosa por especialistas em trimming, técnica que arranca os pelos mortos com a mão e o uso de instrumentos especiais para este tipo de tosa. Já os cães de companhia e guarda devem ser tosados em pet shop, por profissionais que fazem a tosa tradicional da raça, a cada quatro meses, em média. A alimentação deve ser com ração comercial balanceada ou dieta natural, sempre prescrita por zootecnista ou veterinário da área nutricional de cães. Por ser de grande porte e ter força atlética acima da média, é fundamental que o filhote realmente perceba desde cedo que ele não é quem manda ou determina as rotinas da casa. O treinamento de obediência é essencial para a raça, inclusive por reforçar os laços entre cão e o tutor. Apesar de seu instinto guardião, é ótimo companheiro para crianças, desde que tenha tido o adestramento básico. Já com outros animais domésticos, devem ser apresentados desde cedo ao filhote para que haja socialização entre eles.


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Setter Gordon

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arrega sangue de Sabujos e Collies, esse Spaniel gigante e antigo fixado por Alexandre IV de Gordon, na Escócia dos anos 1800. O mais lento e sóbrio dos setters é também o maior e mais resistente deles. De forte talhe e temperamento obstinado, o Setter Gordon é um cão que encanta pela beleza rústica e fidelidade ao dono. Será um bom cão de alarme, apesar de sua docilidade, e protegerá sua família se for necessário. Como seus primos da Inglaterra e Irlanda, será brincalhão e afetuoso, mas as duas marcas vermelhas sobre os olhos amendoados e castanhos que contrastam com o negro brilhante de seu manto não mentem: esse Setter é mais concentrado e seguro que os outros. É calmo nos momentos de intimidade, e atlético quando livre na natureza. Um cão para acompanhar pessoas que fazem longas caminhadas e que gostam de paz. Será um amigo obstinado, mas nunca eufórico, e quando maduro, saberá combinar a serenidade e a estamina de um bom cão de caça. A pelagem reluzente, longa e levemente ondulada, deverá ser regularmente cuidada para que atinja sua plena

beleza, e ele se entregará paciente e prazerosamente às necessárias sessões semanais de escovação e limpeza de ouvidos e olhos. Para um Gordon equilibrado, o ‘grooming’ é um momento de afeto e relaxamento. Não apresenta doenças específicas, e se viver num ambiente tranquilo e com espaço para correr e explorar, será um parceiro inesquecível. É um cão para quem gosta de animais de médio a grande porte, e não conviverá bem num ambiente pequeno, doentio, barulhento ou repleto de mimos. O Gordon é um cão firme e doce, e espera ser tratado assim por seu dono. Podem conviver com outros cães e animais, mas não são cães de matilha, pois tendem a ser dominantes e podem disputar entre si alguma regalia. Um casal de Gordons, ele forte e brincalhão, ela mais leve e grave, é perfeito para quem quer mais de um cão dessa raça. Se você gosta de cachorros elegantes, se gosta de esportes, mas também de ambientes calmos, se espera ter a seu lado um animal forte, discreta e surpreendentemente bonito, e muito afetuoso sem ser inconveniente, se gosta de ver um setter brilhando nos campos à luz do sol, o Gordon é seu cão ideal.

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Setter Inglês

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ste é considerado um cão confiável e o mais “sossegado” entre os Setters. Seu temperamento é estável. Doce, fiel, obediente e com grande apego familiar, não gosta de ficar sozinho e isolado dos integrantes da família. Também adora receber carinho. Não é tão extrovertido como o Setter Irlandês, mas menos desconfiado que o Setter Gordon. O Setter Inglês é um dos cães de caça mais antigos. Acredita-se que a origem da raça está relacionada com o cruzamento das raças Spaniel Espanhol e Pointer Francês. Entretanto, o equilibrado Setter Inglês foi desenvolvido no século XIX por Sir Edward Lawerack. O Setter Inglês começou a se diferenciar de outras raças pela sua peculiar forma de caça em que se aproxima da presa de modo furtivo, agachado ou deitado, paralisando o corpo quando avista a presa, e ainda podendo levantar a pata para apontar a caça. Dentro da raça existem duas variedades: uma mais alta, forte e elegante voltada para exposições e outra menor e mais leve, mais voltada à caça. No Brasil, esta raça não é tão popular quanto o Setter Irlandês, mas nos países onde a caça é legalizada, faz bastante sucesso, como nos Estados Unidos e França, por exemplo. O tamanho dos machos é de 65 a 68 centímetros, com peso médio de 30 kg e, fêmeas, de 61 cm a 65 cm, com peso médio de 25 kg, de contornos bem definidos e

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movimentação elegante. A cor da pelagem é denominada Belton, que está relacionada ao salpicamento da pelagem. Diferente dos Cockers, eles não têm as manchas pelo corpo, apenas a presença de salpicamento de cores azul e laranja por toda a extensão do corpo por cima da cor branca. As cores da pelagem do Setter Inglês são laranja e branco, azul e branco, tricolor (azul, laranja e branco), que são as mais conhecidas, mas tem ainda o fígado e branco, e o limão e branco (mais raras). Uma curiosidade é que os filhotes nascem totalmente brancos, e com o passar do tempo, vão pigmentando. A pelagem necessita de escovação constante, para que os pelos não fiquem embaraçados ou com galhos, carrapichos e gravetos grudados, caso o cachorro passeie por jardins e matas. O animal também precisa de banhos rotineiros para manter a pelagem sempre bonita e saudável. Convive em harmonia com outros animais e com qualquer pessoa, inclusive crianças. Aliás, com elas, tem grande disposição e paciência. A atividade física é extremamente importante para que os animais desta raça tenham um desenvolvimento adequado, principalmente quando não há espaço suficiente nos ambientes em que vivem. Eles gastam bastante energia correndo e caçando sozinhos quando soltos no jardim e ou área que possam correr livres. A recomendação é que façam exercícios físicos diariamente. Esses cães também fazem bastante sucesso porque latem pouco. Podem latir mais com a presença de desconhecidos. Dotado de um olfato excelente, esta raça costuma ser muito saudável, forte e resistente. Pode ter tendência a sobrepeso quando adultos, caso não realize exercícios suficientes para gastar energia.


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Setter Irlandês

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onhecido há muito tempo em sua terra natal, a Irlanda, como o Spaniel vermelho, o Setter Irlandês teve seu nome finalmente registrado pelo Ulster Irish Setter Club em 1876. Harry S. Truman, então ex-presidente dos Estados Unidos, era fã e tinha um cão desta raça que se chamava Mike. É uma raça muito alegre, com uma atitude bem humorada que encanta pela felicidade e beleza. Este cão costuma pular para abraçar tanto os donos como visitas. É dócil com qualquer pessoa, inclusive com crianças e com outros cães (até as fêmeas paridas aceitam outros cachorros por perto). Convive perfeitamente com outros animais, quando acostumado desde jovem. São bem apegados, dedicados, amorosos e muito fiéis, e os donos também se tornam muito fiéis a esta raça. Quem já teve um Setter Irlandês sempre procura ter outro quando perde um ou quando está buscando uma companhia para um outro Setter já existente na família. São cães de porte grande. As fêmeas pesam de 25 a 30 quilos, já os machos variam de 28 a 35 Kg. Apesar da altura e peso, são cães esbeltos com a pelagem longa, lisa e bem brilhosa de coloração vermelho intenso. A pelagem deve ser escovada a cada dois ou três dias com uso de pentes e escovas apropriadas para não quebrar os fios. Os banhos devem ser realizados rotineiramente entre 7 e 10 dias. Produtos para hidratação da pelagem são importantes. A tosa padrão da raça deverá ser realizada a cada dois a três meses. Na dificuldade de manter a tosa padrão ou no caso de serem criados em áreas rurais, a tosa completa é indicada para evitar uma pelagem cheia de bolos. A função original da raça era de caça a aves, embora ainda sejam usados para este fim em determinadas partes do mundo. Entretanto, no Brasil não é permitida a caça. Hoje em dia, são excelentes cães de companhia. Podem ser criados em apartamentos, porém é preciso que o dono tenha responsabilidade e depende muito de sua rotina. Filhotes são sempre mais difíceis de manejar e para

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eles maior atenção e dedicação devem ser empregadas. Com a maturidade, tendem a ficar mais calmos e educados, especialmente após os 24 meses de vida. Levar este cão sempre para correr ao ar livre (sem coleira), nadar, brincar com outros cães, sociabilizar e gastar energia é essencial. Pelo menos de uma a duas horas de intensa atividade física diária pela manhã e no fim do dia é o ideal. Quando são criados em casa com quintal se torna mais fácil, pois eles costumam se exercitar muitas vezes sozinhos, correndo atrás de pássaros ou borboletas. Quando se tem outro cão, melhor ainda, pois a raça adora companhia canina. Sem exercício diário, esta raça facilmente tornar-se-á ansiosa, e fatalmente pode começar a destruir móveis, objetos etc. Geralmente, é um cão saudável com poucas doenças. Os principais problemas que atingem esta raça são a displasia coxo-femural e a torção gástrica. A longevidade média da raça é de 13 a 15 anos.


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Shar Pei

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e origem anterior à Era Cristã, o Shar Pei habitava as regiões oceânicas do sul da China, possivelmente na província de KwunTung. Segundo estudos, é a primeira raça separada geneticamente do lobo, há oito mil anos. Os chineses antigos diziam que a evolução do Shar Pei é tanta, que sua última encarnação antes de vir humano, é como um cão desta raça. A função original da raça é de caça e pastoreio. Embora o Shar Pei moderno traga estas características, acentou-se sua qualidade de cão de guarda e de companhia. É afetuoso, devotado, inteligente, teimoso, tranquilo, muito higiênico e extremamente protetor. É um cão com olhar único, literalmente “humano”. Silencioso, quase não late, a não ser que os donos ou a casa estejam ameaçados. É indicado para famílias que queiram um cão leal e companheiro. Mas esta raça não é recomendada para famílias que se ausentem o dia todo, pois fica infeliz longe dos donos. Por este motivo, tanto faz se ele estiver num grande ou pequeno espaço, pois estará sempre perto das pessoas da casa. Além deste perfil, por ser muito higiênico e silencioso é muito indicado para apartamentos, embora neste caso, devem sair para se exercitar ao ar livre, respeitando os horários sem sol forte e nem longas caminhadas. É hipertérmico, portanto não pode fazer exercícios nem ficar exposto a sol quente. Esta raça tem um excelente temperamento e a agressividade é um desvio genético, tal qual qualquer

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doença hereditária. O exemplar que tiver este padrão deve ser castrado para não passar isso adiante. O padrão moderno ou americano é o que existe hoje na maioria dos canis do mundo, depois que os Estados Unidos ajudaram a salvar a raça em extinção na China. O padrão “original” ou “chinês” difere em vários itens, desde função, aparência e pelagem. De acordo com o padrão americano, este é um cachorro de tamanho médio (de 44 a 52 cm de altura), ativo, compacto, curto e quadrado. Rugas sobre o crânio e a cernelha, as pequenas orelhas e seu focinho de hipopótamo dão ao Shar Pei uma aparência única. A coloração da língua deve ser roxa nas cores sólidas e lavanda nas cores diluídas, sendo aceito poucas manchas rosas. A pelagem, uma característica da raça, é curta, dura e eriçada. No corpo, a pelagem é reta e separada, mas geralmente mais assentada nos membros. Não tem subpelo. O comprimento do pelo, que nunca deve ser tosado, pode variar de 1 cm a 2,5 cm. Todas as cores sólidas são aceitas, exceto o branco. É um cão rústico que requer, no máximo, um banho por mês. As orelhas, fechadas e dobradinhas, podem causar otites, portanto devem ser limpas semanalmente com cuidado para não cutucar o conduto auditivo. Os olhos se tiverem secreção, devem ser limpos com algodão e soro fisiológico gelado. Diferentemente do que se pensa, as dobras não requerem qualquer cuidado.


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Sheepdog (Old English Sheepdog)

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ambém conhecido como Pastor Inglês ou Bobtail, este é um cão que tem como uma das principais características estar sempre ao lado do dono. Na ausência do seu proprietário, fica “eternamente” à sua espera. Extremamente inteligente e brincalhão, aprende com um primeiro ensinamento e atende ao primeiro comando. Bem ativo, gosta de passeios e corre muito. Adora brincadeiras com bola. Desta maneira, proporcionar longos passeios é um exercício salutar para esta raça. Estes cachorros convivem bem com outros animais e também em matilha, com um relacionamento harmonioso entre eles. São apegados a crianças e estão sempre prontos a protegê-las. Originalmente, era um cão de guarda e pastoreio de ovelhas. Atualmente é de companhia. Teve origem no oeste da Inglaterra, possivelmente de Colleys Barbudos ou Owtcharka Russo. O desenvolvimento da raça foi uma resposta para a necessidade de um cachorro forte, capaz de defender os rebanhos dos lobos que existiam na Inglaterra. Cão forte, robusto e de muita agilidade. De pelagem abundante, densa, áspera e com subpelo. Tem aparência que se assemelha a um urso, quadrado e com a garupa mais alta que a cernelha, o que proporciona um andar de camelo.

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A pelagem nasce preto e branco e as partes pretas ficam cinza com o crescimento. Os matizes de cinza podem variar, do claro ao escuro, até o azulado. Os tons de marrom são indesejáveis. Da pelagem de um Sheepdog é possível fiar lãs e delas produzir novelos e peças como mantas, meias, coletes, chapéus, casacos, luvas, entre outros produtos. A cor dos olhos desses animais deve ser preferencialmente castanho escuro. Olhos azuis são aceitos, mesmo sendo um azul e outro castanho escuro. Esses cães precisam ser mantidos limpos, escovados, livre de nós em sua pelagem e evitar que se molhem ou apanhem chuva. As escovações sistemáticas são importantes para conter os nós nos pelos. E as partes brancas devem ser limpas com maior frequência. A alimentação adequada é com ração de boa qualidade. Também podem receber carnes. A administração de um osso semanal é aconselhável. Não necessitam de muito espaço, por isso convivem muito bem em apartamentos. Não latem sem motivo, não têm mau cheiro e nem períodos de perda de pelo. O convívio com esta raça é cativante. Recebem muito bem as visitas, interagindo alegremente com elas. De personalidade marcante, logo deixam claro o que mais lhe agradam. A longevidade média de um Old English Sheepdog é de 10 a 12 anos.


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Shiba

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ímbolo econômico do Japão, país de origem desta raça, o Shiba Inu reflete o temperamento típico do Oriente: fidelidade ao dono, reservado com desconhecidos e valentia. Faz bastante sucesso em terras japonesas porque é muito independente e não fica o tempo todo tentando agradar a seu proprietário. Desta maneira, as imagens de seus exemplares são comuns na decoração de vitrines, capas de revistas de moda e pet shops na nação asiática. Foi uma raça primitiva no Japão. A palavra Shiba originalmente referia-se a alguma coisa pequena, um “cão pequeno”. Seu habitat natural eram as montanhas em frente ao mar e era usado como um cachorro de caça de pequenos animais e pássaros. Entre as décadas de 1890 e 1910, os acasalamentos do Shiba com cães importados da Inglaterra, como Setters e Pointers, prevaleceram. Assim, um animal puro tornou-se raro. Entretanto, começou a ser feito um trabalho de preservação criteriosa de um número limitado de linhagens desses cães e o padrão da raça foi unificado em 1934. Em 1937, este cão foi declarado “Monumento Natural”. É de tamanho pequeno, bem balanceado, de boa ossatura e com músculos bem desenvolvidos. As cores aceitas são vermelho, preto e castanho (black e tan), sésamo,

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preto sésamo e vermelho sésamo. E todas essas cores precisam ter “Urajiro”, que são os pelos esbranquiçados nas laterais do focinho e nas bochechas, abaixo da mandíbula e do queixo, no peito e no estômago, na parte inferior da cauda e na parte interna das pernas. O pelo é áspero e reto. O subpelo, macio e denso, e os pelos da cauda são ligeiramente mais longos e levantados. Sua pelagem dupla necessita ser escovada uma ou duas vezes por semana, principalmente quando o animal estiver trocando os pelos. Este cão precisa da prática diária de exercícios, seja na forma de brincadeira desgastante no quintal, uma longa caminhada ou uma boa corrida em uma área segura. Geralmente, sente-se melhor quando autorizado a dividir seu tempo dentro e fora da casa. A convivência é conflitante com outros cachorros, porém a convivência é possível, sendo necessária uma socialização. É muito inteligente, por isso, aprende fácil. É uma raça considerada saudável, podendo apresentar poucos problemas de saúde, como luxação de patela. A alimentação deve ser balanceada, com ração super premium. A expectativa de vida gira em torno de 12 a 15 anos. A estatura pequena e comportamento silencioso, além da limpeza, fazem deste cão um ótimo exemplar para ambientes pouco espaçosos, como apartamentos.


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Shih Tzu

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eu nome significa “cão leão” em chinês. A origem do Shih Tzu envolve uma lenda de amor de um mongol e uma princesa chinesa, que por questões políticas entre os dois países não poderiam se casar. Para declarar o amor do casal, eles decidiram cruzar duas raças que representavam cada um dos países: o Pequinês, representando a China, e o Lhasa Apso, representando o Tibete. Há relatos de que os cães da raça Shih Tzu viviam nos palácios, como cães dos imperadores e mais tarde foram presenteados às famílias de nobres da China. Quase extinta durante a invasão japonesa em 1937, foi salva graças a criadores ingleses. Atualmente é um cão de companhia. O Shih Tzu é robusto, de pelagem abundante, mas não excessiva, com um distinto porte arrogante e com uma cabeça com aspecto de crisântemo. A variação de cores desta raça é grande e está dentro do padrão nas versões sólido ou particolor (malhada com branco). É um cão inteligente, ativo e alerta. Também é normalmente carinhoso e independente. É uma raça doce e meiga que fácil e rapidamente encanta todos os integrantes da família. São cães alegres, brincalhões e arteiros, sempre dispostos a brincar com sua família, mas também teimosos e bastante independentes em relação à disciplina.

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Requerem muito amor, paciência e carinho para serem treinados na rotina de casa. Entretanto, eles são sensíveis e ficam tristes facilmente com repreensão excessiva por serem muito apegados à família. Porém, os machos tendem a ser mais grudados e apegados que as fêmeas. Normalmente, os machos são mais dependentes dos donos. Em geral, o Shih Tzu é um cachorro saudável com poucos problemas clínicos. Mas como é um cão de pelagem longa, demanda certos cuidados na parte da higiene, especialmente na secagem do pelo após o banho, para evitar umidade e fungos. A limpeza periódica dos ouvidos é importante para não causar otites. Além disso, é preciso o controle de ectoparasitas. Na alimentação, rações super premium, de acordo com a idade, são as mais recomendadas. A raça é normalmente amigável tanto com crianças quanto com outros animais domésticos. Não faz parte da raça agressividade em nenhum grau. É excelente cão para crianças, idosos ou para toda a família. São também ótimos cães para quem vive em apartamento ou em casa com pouco espaço. A necessidade de atividade física é alta enquanto filhotes e jovens, mas na fase adulta, principalmente após os dois anos, a intensidade diminui. A longevidade média é de 10 a 16 anos.


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Spaniel Japonês

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raça foi introduzida no Japão há cerca de 2.700 anos, vinda da China. Na corte imperial japonesa, os Spaniels Japoneses eram mantidos em gaiolas douradas suspensas, como se fossem pássaros exóticos. Foram criados para companhia no país asiático e até hoje é utilizado para este fim. A famosa rainha Vitória, do Reino Unido, por exemplo, possuía alguns exemplares da raça para companhia. O status deste cão ficou particularmente elevado quando um devotado imperador japonês decretou que os cães desta raça deveriam ser adorados. Embora a raça quase tenha sido dizimada por um vírus, logo após sua entrada nos Estados Unidos, ela cresce a cada dia. Apesar de ser um cão “toy”, de pequeno porte, é forte, encantador, com apego enorme ao seu dono. É extremamente companheiro e afetuoso. Adora esquentar as mãos dos donos no frio. Também muito carinhoso, ativo, meigo, educado, este cão adora a companhia de humanos. Entretanto, é bem reservado com estranhos, mas extremamente brincalhão. Adora brincar com bolinhas. Também gosta de ser o centro das atenções e pode transformar-se em um bom

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artista e até apresentar-se em shows. Uma curiosidade a respeito deste cãozinho é que ele adora buracos e armários para se esconder. O Spaniel Japonês convive bem com outros animais domésticos e com crianças. Também é indicado para viver em apartamentos. Atividades, como passeios curtos pelo menos duas vezes por semana, são indicadas para o animal. A alimentação adequada para a raça leva ração super premium. Este é um cão muito higiênico. Um banho semanal e a escovação diária para manter os pelos com brilho e sedosos são importantes para garantir a saúde e o bem-estar dos cães. A pelagem da raça é longa, abundante, sedosa, lisa, sem ondas ou cachos, com juba em volta do pescoço e farta plumagem. A variedade de cor mais popular é o original preto e branco, mas é possível verificar outras cores, como o limão. Os olhos do Spaniel Japonês são grandes, bastante proeminentes e escuros, inseridos bem distantes um do outro. O corpo é curto, quadrado e compacto na altura, com peito largo e profundo. O tamanho médio é de 25 centímetros e o peso varia de 1,8 quilo até 3,2 quilos. A raça é extremamente inteligente, o que facilita o adestramento. A sua longevidade média é de 15 anos.


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Spitz Alemão Anão

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ste cão tem uma natureza curiosa, dócil, corajosa e ousada. É seguro de si mesmo. Mostra-se distante com estranhos, porém tranquilo com seus donos. Gosta de estar o tempo todo perto, acompanhando-o não só em passeios, mas também nas tarefas diárias. É muito brincalhão e adora correr. Com grande inteligência, precisa ser estimulado intelectualmente. É uma raça com origem na Alemanha que possui três variedades de tamanho: o anão, conhecido como Lulu da Pomerânia, que deve medir entre 18 e 22 cm de cernelha; o pequeno varia de 22 a 26 cm e, o médio, de 26 a 32 cm. Esses animais chegaram à Europa levados pelos Vikings e foram mencionados, pela primeira vez, na literatura alemã em 1450. A variedade anã, uma das mais procuradas, foi desenvolvida exclusivamente para companhia. Possui entre seus antepassados, resistentes puxadores de trenó. O Spitz Alemão Anão cativa pela beleza de sua pelagem, feita para ficar externamente ao abundante subpelo. Impressiona o forte tipo de juba ao redor do pescoço (rufo) e a espessa cauda portada sobre o dorso. Os olhos alertas e as pequenas orelhas inseridas próximas umas das outras dão a este cão sua característica única, uma aparência atrevida e, muitas vezes, semelhante a um

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ursinho. Sua aparência deve ser “quadrada”, tendo uma razão entre comprimento e altura de 1 para 1. De acordo com o padrão estabelecido pela Federação Internacional de Cinofilia (FCI), este cão é aceito em praticamente todas as cores. Pode ser preto, preto e canela (black and tan), branco, laranja que vai do creme até o laranja vivo, chocolate, creme, particolor (branco com outras cores) e ainda as variedades laranja e creme e vermelho sable. Os cuidados são basicamente banhos quinzenais e escovação semanal. Esses cães não devem ser tosados com máquina, apenas com tesoura quando for necessário. Não têm mau cheiro. Se forem escovados regularmente, podem passar até 20 a 30 dias sem tomar banho que não apresentam odor ruim. Tem um instinto protetor muito forte, tenta sempre proteger os seus donos de outros cães e de estranhos, mesmo que não apresentem nenhuma ameaça. Por isso, é importante socializá-lo desde muito cedo com outros cachorros e pessoas diferentes. Quando filhote, durante os passeios, é fundamental levá-lo sempre a parques e locais públicos para que ele possa interagir com outros cães, crianças e adultos. Convivem bem em pequenos espaços e apartamentos, mas são necessários passeios diários para que o animal não se sinta estressado. A estimativa média de vida de um Spitz Alemão Anão é de 15 anos. Há relatos de cães que viveram até os 22 anos. De modo geral, este cachorro tem a saúde bastante resistente, não adoece fácil, apesar de ser pequenino, é rústico e saudável.


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Spitz Alemão Pequeno

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uma raça de origem alemã com três variedades de tamanho: o anão, que deve medir entre 18 e 22 centímetros de cernelha; o pequeno varia de 22 a 26 centímetros e, o médio, de 26 a 32 centímetros. Esses animais chegaram à Europa levados pelos Vikings e foram mencionados, pela primeira vez, na literatura da Alemanha em 1450. As variedade anão e pequena são as mais procuradas, desenvolvidas exclusivamente para companhia, enquanto que o médio foi criado para pastoreio.

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Estes cães são curiosos, dóceis, corajosos e ousados. Um pouco distante com estranhos, são tranquilos com seus donos e gostam de estar o tempo todo junto dele. Inteligentes e brincalhões, alertas e ativos, adoram passeios ao lado do proprietário, mas um pequeno passeio diário já os deixam satisfeitos. Este cão apresenta um instinto protetor muito forte, tentando sempre proteger os seus donos de outros cães e de estranhos. Por isso, é importante socializá-lo desde muito cedo com outros cachorros e pessoas diferentes. Quando filhote, durante os passeios, é fundamental levá-lo sempre a parques e locais públicos para que ele possa interagir. As variedades muito pequenas devem ser acompanhadas por adultos quando entregues a crianças, pois podem se machucar em brincadeiras mais violentas. Sua pelagem é bela. E o forte tipo de juba ao redor do pescoço (rufo) chama a atenção, além da espessa cauda sobre o dorso. Os olhos são alertas e as pequenas orelhas inseridas próximas umas das outras garantem a este cão uma característica única: a aparência muitas vezes semelhante a um urso. Praticamente todas as cores são aceitas, segundo o padrão estabelecido pela Federação Internacional de Cinofilia (FCI). Este cão pode ser encontrado nas cores preto, preto e canela (Black and Tan), branco, laranja (do creme até o laranja vivo), chocolate, creme, particolor (branco com outras cores) e as variedades laranja e creme e vermelho sable. Entre os cuidados com esta raça, são recomendados banhos quinzenais e escovação semanal. Esses cães não devem ser tosados com máquina, apenas com tesoura. Não apresentam mau cheiro. Se forem escovados regularmente, podem passar até 20 a 30 dias sem tomar banho que não apresentam odor ruim. Rústico e saudável, sua estimativa média de vida é de 15 anos, podendo variar de acordo com as condições de vida e tratamento veterinário que o animal venha ter. Há relatos de cães que viveram até os 22 anos. Geralmente, este cão tem a saúde bem resistente.


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Staffordshire Bull Terrier

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timo cão para companhia e rústico, sua aparência impõe respeito. Esta raça ficou famosa com a participação em filmes como “Snatch – Porcos e Diamantes” e os “Batutinhas”, em que foi companheiro de aventuras das crianças. Aliás, é bem tolerante com os pequenos, mas deve-se ter atenção no convívio dele com outros cães e outros animais. Ativos, corajosos, muito amigos, extremamente cúmplices com o dono. De modo geral, esses cães são receptivos com estranhos, tornando a raça inadequada para guarda e proteção. Desenvolvidos para caça e rinha de cães, atualmente são utilizados como cães de companhia. A sua origem é relativamente consensual entre historiadores e criadores. Eles teriam surgido no século XVIII, no Condado de Staffordshire, na região central da Inglaterra, a partir do cruzamento de Old English Bulldog, Old English Terrier e outros tipos de Terriers Ingleses. Os criadores queriam desenvolver um cão que fosse forte e muito resistente, já que era destinado a participar das rinhas de cães, populares na Inglaterra daquela época. O Staffordshire Bull Terrier aparenta ter muita força para o tamanho. É musculoso e ágil. A pelagem é curta, o pelo é liso, bem balanceado. Vermelho, fulvo, branco, preto ou azul, qualquer uma dessas cores com branco, qualquer sombreado de

tigrado ou qualquer sombreado de tigrado com branco são aceitos. Cores como o Black e Tan ou cor de fígado são altamente indesejáveis. Entre os cuidados com este animal, estão a alimentação adequada, passeios diários ou áreas com espaço adequado para que ele possa se exercitar. Além, é claro, dos cuidados veterinários básicos, como a vacinação em dia, vermifugação, uso de produtos contra ectoparasitas, entre outros. Os banhos são recomendados a cada 15 ou 20 dias, de acordo com a necessidade, principalmente relacionada ao clima em que vive o cão. A dieta pode ser natural ou industrializada, desde que obedeça ao padrão necessário para a manutenção diária do cão. Acasalamentos mal planejados podem acarretar problemas físicos, como alteração de mordedura, luxação de patela, displasia coxo-femural, entre outros. O criador deve conhecer linhagens e também sobre possíveis patologias relacionadas à raça. Convivem bem em ambientes fechados, porém necessitam de exercícios diários. A intensidade da atividade física deve ser moderada, e é preciso ter atenção com a hipertermia em dias de muito calor. Na avaliação dos criadores, esta é uma raça que alia custo e benefício. Embora teimosos, aprendem com certa facilidade. Vivem, em média, de 12 a 13 anos.

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Terra Nova

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raça é conhecida também como Newfoundland, nome de uma ilha no Canadá onde surgiu este cão. São animais de grande porte, com aparência que pode lembrar “ursos” e de pelo longo. Cães de salvamento em água e de companhia, têm um excelente temperamento e adaptam-se facilmente aos mais variados ambientes. Uma lenda conta que um cão Terra Nova socorreu, sozinho, 63 marinheiros de um naufrágio, passando a ser conhecido por muitos como a raça dos verdadeiros gigantes gentis. Há hipóteses de que ele é uma combinação dos músculos do Great Pyrenees com a doçura e personalidade tranquila de um Labrador Retriever. Especula-se que nos séculos XVI e XVII os colonos europeus introduziram os ancestrais desta raça na ilha de Terra Nova. Sobre seu desenvolvimento, as hipóteses mais verossímeis afirmam que o cão de águas poderia ter contribuído para a criação deste cachorro. Ao longo dos anos, os cães desta raça foram para os Estados Unidos e Europa, tornando-se populares e também participantes de exposições. O relacionamento da raça com o dono é de extrema amizade e carinho. Adoram ficar ao lado de seu proprietário todo o tempo, bem como segui-lo.

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Apesar de seu grande porte, são cães muito dóceis, carinhosos e recomendados para famílias que desejam ter um pequeno “urso” em sua casa, sítio ou fazenda. Também têm bom relacionamento com cães de outras raças e adoram crianças de todas as idades. São muito inteligentes. Aprendem fácil, até mesmo pela sua característica de salvamento em água. Por essa característica, a atividade física ideal é a natação. Já a intensidade da atividade varia conforme cada cão. As cores reconhecidas desta raça pela Federação Internacional de Cinofilia (FCI) são preto, preto e branco e marrom. Os cuidados com a higiene incluem banhos a cada 15 dias, em média, sendo requerida uma boa secagem do pelo. O escovamento e o devido desembaraço do pelo fazem com que os cães estejam sempre com um aspecto bonito e diferenciado. A alimentação inclui basicamente a ração adequada a seu porte de raça grande, além de qualidade. A maior preocupação relacionada à saúde deste animal é com a displasia coxo-femural ou de cotovelo. Grande parte delas é adquirida por não observância de cuidados em relação ao piso onde os cães vão habitar. Existem também as displasias de origem genética. Como todos os cães de raças grandes ou gigantes vivem, em média, dez anos. Entretanto, há casos de cachorros que viveram até 13 anos.


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Vizsla

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rrebatador em sua aparência e sempre atrai a atenção. Esta é uma das melhores frases que definem o Vizsla. Um cão bonito e elegante, de porte médio, dócil, extremamente inteligente e amoroso. Esses cães sempre vivem com a família, adoram o contato físico e têm excepcional boa disposição, além de amar instintivamente as crianças. São obcecados por seus donos e os seguem o dia todo, a ponto de serem apelidados de “velcro dog” nos Estados Unidos. Quando desejam algo, demonstram expressões de pobres coitados, sabendo ou parecendo saber que o sentimento de pena conduz à recompensa. Sua postura imponente dá a percepção de um cão de estrutura bem balanceada. É uma raça com grande agilidade em sua movimentação. A grande necessidade de agradar ao seu dono, juntamente com seu instinto de aponte e “retrieve” (busca), tornam este animal obediente, de fácil treinamento e extremamente adaptável a novas situações. Também cabe em apartamentos. Características que o credenciam como um bom cão de companhia. Aliás, hoje esta função está tornando-se a principal ocupação da raça. O Vizsla de pelo curto pode parecer uma raça nova para o mundo ocidental, mas talvez seja uma das mais antigas da Europa e, provavelmente, o ancestral da maioria dos cães de caça/aponte continentais. Registros históricos indicam que os nômades húngaros do século X, pastores e caçadores treinavam e desenvolviam seus Vizslas para servir de companheiros de caça. Posteriormente, sua criação ficou, em grande parte, restrita à nobreza do Grande Reino Húngaro, que englobava a Hungria e a Tchecoslováquia antes da Primeira Guerra Mundial. O Vizsla é veloz, com a vantagem de ser mais persistente na trilha da caça, comparado com algumas raças. Quando levado a campo para caçar, suas características afloram: extremamente rápido, faro excepcional, instinto de aponte acima de outros Pointers (Pointer Inglês) e uma mordida suave que não danifica a caça ou objeto recuperado. A pelagem é macia e curta, de cor dourada com tonalidades variando da cor trigo até ferrugem. Por ser rústico, é bastante resistente e apresenta poucos problemas de saúde. É uma raça de olfato muito sensível, por isso costuma apresentar alergias a cheiros fortes de produtos

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químicos. Assim, requer poucos cuidados, sendo dispensada a escovação dos pelos. Também não tem cheiro forte característico de cães, o que dispensa banhos frequentes – um a dois banhos mensais são suficientes. A alimentação adequada é a orgânica natural balanceada, composta de legumes, cereais, verduras e proteínas animais. Na impossibilidade de alimentação natural, a ração super premium é a indicada. É importante também que o dono faça exercícios com o seu cão. O mínimo recomendado é de uma hora de caminhada ou corrida por dia. Ele adora brincar e, praticamente, não há limites de atividade. Os Vizslas também são temperamentais e ficam deprimidos com facilidade quando seu dono briga com eles.


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Welsh Corgi Pembroke

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sta raça é originária do Condado de Pembroke, em Gales. Estima-se que tenha surgido em 1107. Conta a lenda que seria um cão encantado, usado pelas fadas e elfos da região para puxar carroças, trabalhar com gado e ajudar seus guerreiros. Acredita-se que a palavra Corgi tenha vindo do galês “Cor” (anão) e “Gi” (cachorro). Ganhou notoriedade por ser o cão preferido da rainha da Inglaterra. O pai de Elizabeth II trouxe a raça à família em 1933, mas há evidências de que já fazia parte da família real muito antes. Originalmente era um cão pastor, de guarda (alarme) e também rateiro. Hoje, apesar de ainda ser muito usado nessas funções, tornou-se um excelente cachorro de companhia. Apesar de pequeno, o Welsh Corgi Pembroke é um cão forte, muito inteligente e obediente, protetor e dedicado. Também é atlético, espirituoso, firme e confiável. Criadores costumam dizer que é “um grande cão em pernas curtas”. Estes cães são extremamente devotados, ativos, corajosos, habilidosos e até passionais, vivendo praticamente em função do dono. Apresentam a característica de serem bem sociáveis, tranquilos e gentis. Normalmente, são muito amigáveis com crianças e com outros animais. Entretanto, trata-se de um cão naturalmente arredio com estranhos, por isso precisa ser

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corretamente socializado e treinado desde jovem para evitar um comportamento muito protetor na idade adulta. Apesar do pequeno volume, este cão é robusto, com membros fortes e curtos, com larga e pesada ossatura. Sua pelagem é formada por pelos de comprimento médio, retos, com denso subpelo, mas jamais macio, ondulado ou duro. A raça apresenta duas variações de cores: bicolores e tricolores. Os bicolores podem ser uniforme vermelho, conhecido como dourado, mais ou menos avermelhado, com marcações em branco; ou sable (zibelina), com marcações em branco. Os tricolores são fulvo, preto e castanho, com ou sem marcações em branco. Essas marcações em branco podem aparecer nos membros, no peito, no pescoço, em parte da cabeça e sobre o focinho. Os exercícios físicos na caça, obediência, agility ou em simples brincadeiras de correr atrás de bolinhas, sempre com muita velocidade, funcionam como uma divertida válvula de escape tanto física quanto mental para manter seu entusiasmo e desejo de trabalhar. Além disso, ajudam a combater a obesidade, que pode ocorrer neste animal muito robusto e resistente a doenças. Se no seu dia estiver incluída dose moderada de exercícios na companhia de sua família, este cão torna-se facilmente adaptável e de fácil convivência. É uma raça longeva, não sendo raros cães com mais de 15 anos.


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Weimaraner

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Weimaraner é reconhecido por todas as suas habilidades como um cão de aponte ou caçador. Não obstante, apesar dessa função inicial, atualmente é utilizado como cão farejador de drogas, resgate e mesmo cão de companhia. Devido ao seu faro privilegiado, vem colaborando com corporações policiais, entre elas, o FBI e a Real Polícia Montada do Canadá. É uma raça de temperamento extremamente dócil. É ativo, alegre, equilibrado, de personalidade marcante, destemido e extremamente apaixonado pelo dono. Por essas razões é muito requisitado para companhia. E apesar de não ser agressivo, é um excelente cão de guarda.Também gosta de crianças, principalmente para brincar e correr. É dotado de uma inteligência superior, aprende rápido, mas é teimoso. O adestramento de disciplina é recomendado para que aprenda comandos de obediência. É até comum ver esses cães aprenderem a abrir portas e gavetas, principalmente aquelas com puxador e com maçanetas. Convive bem com outras raças por ser um cão de matilha. Quanto a outras espécies, recomenda-se cuidado e ensinamentos para que não veja, por exemplo, um gato como uma caça. Deve-se evitar manter dois machos com uma fêmea e vice-versa para evitar disputas pelo sexo oposto. Emergiu como raça distinta no início do século XIX, desenvolvido pela nobreza do Grão-Duque Karl August de Weimar, uma província alemã. Os Weimaraners eram estritamente controlados e não era permitido tê-los fora da Alemanha até 1930. A partir de então, a raça tem conquistado significante crescimento tanto na GrãBretanha quanto nos Estados Unidos, onde chegou nos anos 1940 e aportou ao Brasil em 1952. Admite-se hoje que o Weimaraner seja, provavelmente, a raça mais antiga entre os cães de aponte alemães. A cor do padrão da raça é somente cinza, variando apenas em sua tonalidade. A maioria tem pelo curto, mas há uma variedade de pelo longo também. É um cão de corpo muscular, possante, orelhas longas, largas e arredondadas, olhos afastados azulados ou âmbar e gracioso, com movimentos rápidos e leves.

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É um cão de muita energia, por isso precisa de exercícios constantes, não necessariamente intensos, com passeios diários ou corridas ao ar livre. Vive melhor em liberdade, senão fica estressado. O Weimaraner é normalmente saudável, com poucos problemas clínicos. Tem a pele sensível, devendo seu dono estar atento a picadas de mosquitos e uso de produtos químicos que podem causar alergia. A expectativa de vida é de 12 a 13 anos. A alimentação indicada é com ração super premium, adequada para a idade, o que atende à necessidade diária de nutrientes do animal.


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West Highland White Terrier

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m dos mais atraentes Terriers Escoceses, este cão também é audacioso e tenaz. Mais conhecido como “Westie”, ficou famoso no Brasil por protagonizar uma propaganda de um provedor de Internet no início dos anos 2000. Criado para caçar lontras e animais predadores, tem os mesmos ancestrais dos Terriers, como por exemplo, o Escocês, o Cairn e o Dandie Dinmont. No século XIX, o cruzamento seletivo de todos os cães brancos estabeleceu os padrões característicos conhecidos hoje. O “Westie” já foi chamado de Poltalloch Terrier e de Roseneath Terrier – uma alusão à propriedade rural de um duque famoso aficionado da raça.

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Este cão conhecido hoje, foi desenvolvido no fim do século XIX. O primeiro registro da raça feito pelo American Kennel Club (AKC) foi Terrier Roseneath, em 1908, porém, o nome mudou para West Highland White Terrier, em 1909. A partir desta data, esta denominação ficou famosa e este cachorro mostrou-se como um dos mais competitivos Terriers em exposições e um dos mais populares cães de estimação. Uma das razões que foram elencadas para a criação seletiva do Westie foi sua pelagem de cor branco puro, que o distingue entre folhas escuras e, consequentemente, facilita localizá-lo durante a caçada. Ele tem uma personalidade afetuosa, confiante e atrevida. Gosta de uma corrida diária em área segura ou de seguir o dono em um passeio, assim como brincar em casa. Independente e um pouco teimoso, pode latir e cavar. Passeios moderados ou uma boa caçada no quintal todos os dias são indicados para manter a saúde do animal. Embora de pequeno porte, é corajoso e está sempre em alerta, o que o torna um bom cachorro de guarda. Ao mesmo tempo, necessita de um manejo firme e de bastante atenção por parte dos donos. O corpo deste cão é compacto e forte, com peito profundo e dorso retilíneo. As pernas são curtas e musculosas. A pelagem externa é áspera e lisa, cobrindo uma subpelagem curta e macia. Este animal requer escovação regular por soltar pelos quase que continuamente. É preciso também apará-los um pouco para fins de exposições e concursos. A tosa é recomendada a cada três meses. Por outro lado, a pele é seca e não apresenta o característico cheiro de cachorro.


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Whippet

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Whippet é um galgo de porte médio e teve sua origem na Grã-Bretanha. Esportista nato pode atingir 60 km/h em corridas de curta distância. Na sua história, a prática de corridas tem íntima ligação aos momentos de lazer e diversão com seus donos. Por isso, é impossível escrever sobre a raça sem mencionar sua excelente aptidão para ser um cão de companhia em todos os momentos. Sua agilidade para corridas ao ar livre é proporcional à tranquilidade dentro de casa. Seu porte elegante, atitude discreta, disposição para atividades e principalmente seu temperamento estável e amável faz dele um excelente animal de estimação para diferentes estilos de vida. São tolerantes e gentis com crianças e convivem bem com outros cães e diferentes espécies animais. O convívio com gatos desde a infância tem destaque entre os proprietários. Silenciosos, educados e higiênicos, são ótimos cães para apartamento. Exercícios diários são indicados para manutenção e fortalecimento de sua massa muscular e equilíbrio emocional. A recomendação é que possam desfrutar de duas caminhadas diárias de 20 a 40 minutos. Atividades como agility, obediência, trilhas, correr em parques ou acompanhando seus donos e participar de projetos de terapia assistida por animais combinam com a raça. Whippets são extremamente apegados aos donos. A sociabilização do filhote é fundamental para tornar-se um adulto equilibrado. É delicado e emocionalmente sensível e por isso técnicas de adestramento sem castigo e com reforço positivo são as únicas recomendadas para a raça. O dono ideal deve ser gentil, seguro, paciente e dedicado ao filhote. A pelagem é curta e densa. Todas as cores são permitidas, tigradas ou não. Pode ser inteiro de uma única cor ou ter combinação com marcações em branco. O cuidado com a pelagem é simples. Recomenda-se escovação semanal e banhos quinzenais ou mensais. As necessidades nutricionais devem ser adequadas à rotina do cão. A orientação de um médico veterinário é importante para desenvolver a dieta ideal para cada indivíduo combinada ao estilo de vida do seu proprietário. A companhia de seu dono, uma dieta balanceada, cuidados veterinários preventivos e rotina de passeios promovem qualidade de vida e minimizam desequilíbrios emocionais e imunológicos.

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De acordo com a classificação da FCI (Fédération Cynologique Internationale) e CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia), Whippets são integrantes do Grupo 10. Sua aparência é elegante, mas não frágil, causando impressão de força e potência muscular. Fêmeas da raça medem de 44 a 47 centímetros na cernelha e pesam, em média, 11 quilos. Os machos medem de 47 a 51 cm e pesam, em média, 15 quilos. Sua expectativa de vida é de 12 a 15 anos.


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Yorkshire Terrier

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ma raça dócil, carinhosa e extremamente companheira. São muito apegados ao dono e sempre estão brincando para chamar a atenção e pedindo um carinho. É um cão alerta, inteligente e vivaz. Devido ao seu bom temperamento, é considerada uma verdadeira companhia para filhos únicos. Uma criança que tenha um Yorkshire em casa nunca estará sozinha, pois ele sempre vai fazer um chamego para chamar a atenção. Vive bem com outros animais, inclusive com gatos (normalmente não sentem ciúmes). Sua função original era o trabalho, mais precisamente nas minas de carvão para exterminar roedores por ser um cão rápido, forte e de pequeno porte. Com o tempo, com os cruzamentos e aprimoramentos, a raça tornou-se de companhia. Seu nome deriva da região de Yorkshire, na Inglaterra, conhecida por produzir bons animais. Tem o tamanho pequeno em torno de 23 centímetros e 3 quilos de peso. A pelagem destaca-se, podendo chegar a 37 cm de comprimento com fios finos e lisos. A cor é de azul-aço, com pelos alourados na fronte, nas pernas e em pontos específicos. A raça não é propensa a doenças, mas o grande problema é a procura pelo chamado “toy” ou “mini”, que na realidade são filhotes que podem ser prematuros

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ou com erros em sua genética e, assim, terem maior predisposição a doenças. Quando filhotes, devem tomar banho a cada 15 dias. Já adultos, os banhos são recomendados uma vez por semana, com escovação dos pelos, por pelo menos, duas vezes por semana. É importante ressaltar que os pelos devem ser manipulados com produtos específicos para cães, pois o PH do animal é diferente do humano. Também é fundamental que o dono se certifique que o pelo esteja completamente seco. A alimentação deve suprir energia ao animal para construir e manter as células corporais, o que previne problemas digestivos. O alimento deve conter sempre proteínas, minerais, oligoelementos, vitaminas, gorduras e glicídios. Por isso, é importante oferecer uma ração de qualidade. Por ser uma raça pequena, não precisa de exercício extra. E também por não fazer muita sujeira e soltar pouco pelo, vive bem em apartamentos. É uma raça que geralmente adora água. Os cães começam a nadar naturalmente, mas o dono não deve se assustar se seu cãozinho tiver medo na primeira vez. Normalmente, o filhote segue o adulto. A longevidade média da raça é de 13 a 16 anos. O Yorkshire ocupa a posição de número 27 no ranking mundial das raças mais inteligentes, provando assim ser de fácil treinamento.


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Gatos

American Curl.................................................................. 190 Bengal.............................................................................. 192 British Shorthair.............................................................. 194 Burmês............................................................................ 196 Cornish Rex...................................................................... 198 Exótico............................................................................. 200 Maine Coon...................................................................... 202 Norueguês da Floresta...................................................... 204 Persa................................................................................ 206 Ragdoll............................................................................. 208 Sagrado da Birmânia........................................................ 210 Savannah......................................................................... 212 Selkirk Rex....................................................................... 214 Siamês e Oriental.............................................................. 216 Siberiano.......................................................................... 218 Somali.............................................................................. 220 Sphynx............................................................................. 222


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American Curl

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onhecido como o Peter Pan dos gatos, o American Curl é tão brincalhão que nem parece que os gatinhos dessa raça envelhecem, pois se comportam como filhotes mesmo quando adultos. Curiosos, inteligentes e bastante sociáveis, eles aprendem rápido a obedecer a comandos, bem como a estabelecer conexões entre horários e hábitos. Os Curls, como são carinhosamente chamados, têm porte médio, aparentando uma estrutura leve. Porém, quando são acariciados, percebemos que são musculosos e pesados, e a pelagem pode ser semi-longa ou curta. As diversas cores e padrões são aceitos na raça, e os olhos são de tamanho médio, em formato de noz e um pouco inclinados.

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Mas o que se destaca mesmo são as orelhas! Elas devem ser grandes e largas, além de rígidas na base e com tufos de pelo. A propósito: existem regras para o grau de curvatura e o posicionamento das orelhas, que harmonizam com o padrão do gato. Essa raça surgiu em 1981, na Califórnia, nos Estados Unidos. Uma gata preta, chamada Sulamith, de pelagem semi-longa, com orelhas curvadas para traz, que havia sido adotada pela família de Grace Ruga (considerada a fundadora do American Curl), deu à luz quatro filhotes, dois deles com a característica da orelha curva. Com o apoio da criadora e geneticista Nancy Kiester, foram feitos planos de criação e iniciou-se o estudo da mutação e, posteriormente, o registro da raça nas federações felinas. No Brasil, os primeiros Curls foram trazidos dos EUA para a Bahia por dois criadores apaixonados pela raça: Fábio Lobo e Rodrigo Araújo, que são referência na América do Sul. Apesar de serem gatos bastante encantadores, fora dos Estados Unidos os Curls são uma raridade. Além disso, embora a grande maioria das federações mundiais aceitem a raça, eles ainda são considerados calouros no mundo da criação. Esses obstáculos, no entanto, não ofuscam o brilho dos Curls, que, entre outras qualidades, são indicados para o convívio com crianças e com outros pets. Devido à alta variabilidade genética, também são muito saudáveis, chegando a viver entre 15 e 20 anos. Outra característica do American Curl é que esse gatinho só precisa de um banho mensal e de, quinzenalmente, limpeza das orelhas e corte das unhas. O mais bacana é acompanhar sua diversão, já que adora aventurar-se pelos cômodos da casa, acompanhando as pessoas da família para brincar ou, então, descobrindo cantinhos que sirvam de abrigo para tirar uma boa soneca. Pelo visto, qualquer semelhança com Peter Pan não é mera coincidência.


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Bengal

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ociáveis, brincalhões e curiosos. Características que fazem deste gato um excelente mascote. Adoram receber carinho e são extremamente companheiros, costumam estar sempre perto do dono. Também têm o hábito de “falar” bastante com o seu proprietário e apresentam uma gama maior de sons. Seu miado é um pouco diferente de outros gatos domésticos. Um pet de belíssima pelagem agrada dois tipos principais de público: amantes de gatos e de animais selvagens. “Ter um Bengal é como ter um pedacinho da floresta na residência”, diz quem conhece este felino. Esta raça surgiu a partir do cruzamento do Gato Leopardo Asiático (Felis bengalensis) ou Asian Leopard Cat (ALC) com raças de gato doméstico, entre as principais Egypitian Mau, Absínio e o Ocicat. O crédito da raça se deve à criadora Jean Sudgen Mill, que, em 1963, obteve um híbrido do cruzamento de um ALC com um felino doméstico. Após muito trabalho com as primeiras gerações, Jean registrou a raça na TICA (The International Cat Association) em 1983. As orelhas deste animal são pequenas e arredondadas. A sua pelagem é bastante exótica. As marcas são grandes e bem espaçadas. A formação de rosetas é muito desejável, e

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quanto maiores, mais valorizadas. A pelagem é curta e de textura extremamente macia ao toque. Praticamente não solta pêlos, o que faz dele um excelente pet para quem não tem muito tempo para cuidar desta parte do animal. Outra característica é a presença de um reflexo na pelagem, chamado de “glitter”. Nos animais de fundo Brown, este reflexo é dourado e, nos animais de fundo Silver, prateado. O padrão Spotted ou Marble apresenta as seguintes cores: Brown, Silver, Seal Lynx, Seal Mink e Seal Sépia. Nos animais Brown Spotted ou Marble Tabby, a coloração de fundo pode ser do amarelo palha ao alaranjado. Assim, podem apresentar uma coloração mais quente ou mais fria, de acordo com a tonalidade do fundo. Estes felinos adaptam-se a crianças e a outros animais. Todavia, devido à proximidade com o selvagem, o instinto de caça pode estar mais aguçado. Portanto, deve-se tomar cuidado com peixes ornamentais, passarinhos e pequenos roedores. São muito interativos, inclusive utilizados para agility no exterior. Adoram brincar com água. Na casa, gostam muito de descansar em lugares altos. Vive muito bem em apartamentos. Neste caso, somente é preciso ter o cuidado de colocar telas nas janelas para evitar quedas. Alguns exemplares da raça vivem até 20 anos.


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British Shorthair

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eu pelo com aparência de pelúcia lhe rendeu o apelido de “Cat-Bear” (gato-urso em inglês). É uma das raças preferidas dos entusiastas dos felinos, seja por sua beleza singular, pelo temperamento ou por não exigirem demasiado cuidado com sua pelagem. Um famoso personagem do livro “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll, o gato de Cheshire – aquele que tinha a capacidade de aparecer e desaparecer a qualquer momento – foi inspirado em um British Shorthair. Este é o tradicional gato doméstico britânico, uma das raças mais antigas, desenvolvida a partir de gatos europeus que foram levados ao Reino Unido por invasores romanos para controlar infestação de roedores, por volta do Primeiro Século depois de Cristo. Apesar de ser quase extinta na Primeira Guerra Mundial, atualmente o British Shorthair continua como a mais popular raça de gatos do Reino Unido. O peito deste felino é largo e o corpo compacto, que deve dar uma aparência de robustez e equilíbrio. Possui pernas fortes, grossas e de comprimento médio. A cauda é arredondada na ponta. A cabeça é grande e redonda, as bochechas são largas e os olhos são grandes e redondos. O pelo é uma das principais características da raça: muito denso, grosso, com duas camadas, com uma textura

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firme chamada pelos juízes de “crispy”. De tão denso, faz brechas sobre o corpo do animal enquanto ele se move. Foi desenvolvido para proteger os gatos do frio e da chuva, clima típico do Reino Unido. Esses felinos são encontrados em várias cores: preto, azul, vermelho, creme, chocolate, lilás, silver, golden e, mais recentemente, canela e castanho amarelado são aceitos pelo padrão oficial, em sólido colorpoint, tabby, shaded e bicolor. Todos esses padrões estabelecidos pela Federação Internacional Felina (FIFE), uma das mais respeitáveis associações, também têm a variação tortie. Há também a versão em branco. Esses gatos precisam de escovação para a retirada de pelos mortos, uma ou duas vezes por semana, com pentes de dentes espaçados devido à densidade da pelagem. Banhos não são necessários com frequência, mas de preferência a cada um ou dois meses. De maneira geral, a raça é bastante resistente e saudável. Vive tranquilamente em apartamentos, não necessitando de grandes espaços. Apenas precisam de água fresca, ração de qualidade, de um arranhador, alguns brinquedos e de um lugar confortável para dormir. São de natureza doce, algumas vezes tímidos, extremamente inteligentes e facilmente treináveis. Tranquilos e apegados ao dono, não gostam muito de serem pegos no colo, mas costumam ficar perto do proprietário. Alguns aceitam abraço e colo. Convivem bem com outros animais de estimação e crianças.


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Burmês

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Burmês primitivo é um gato originário do Sudeste Asiático, da antiga Burma, país atualmente conhecido como Mianmar. A raça foi posteriormente desenvolvida na Inglaterra e nos Estados Unidos, onde é chamado de Burmês Americano, com particularidades físicas diferentes deste Burmês Europeu. De tamanho médio, elegante e com um fundo oriental. Gosta muito de pessoas e seu segundo nome é o “gato humano”. Características importantes da raça são o pelo sedoso e os impressionantes e expressivos olhos que podem dar a ele uma “cara de mau”, mas é extremamente carinhoso, o que torna esta expressão “ meu malvado favorito” um toque a mais na raça. A genética da cor é muito significativa, o que faz dele uma raça distinta. Na Inglaterra e nos EUA, é uma das raças mais conhecidas e populares. A aparência elegante e o carácter convincente do Burmês o torna irresistível. Com um charme especial e seu senso de espírito de equipe para com os seus proprietários faz com que ele pareça um “gato humano”. Seu amor e compromisso não têm fronteiras. Seu lugar de dormir favorito é ao lado do “ seu dono”. Todo mundo adora o seu carácter inteligente e curioso. Os Burmeses também mostram-se muito temperamentais, precisando de mais atenção do que outros gatos. Possuem uma “voz” peculiar. Provido de um

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miado baixo e rouco, utiliza-se muito deste meio para se comunicar com “seu humano”. Os gatos jovens desta raça são grandes companheiros dos felinos que já estão vivendo em uma casa. Eles se acostumam com seu novo ambiente muito rapidamente e vivem bem em apartamentos. Cuidar de um Burmês é muito fácil. O pelo é curto e não há nenhuma mudança sazonal da pelagem. Então, não precisa ser escovado diariamente, nem precisa de banho. É preciso escová-lo de vez em quando com uma escova de borracha para manter seu pelo sempre brilhante. Também é conhecido como um gato saudável e forte. Sua força de vontade dá-lhe a energia de nunca desistir. Portanto, estes felinos, muitas vezes, vivem 19 anos ou mais, mantendo um comportamento lúdico na velhice. Existem dez variações de cores internacionalmente aceitas: Brown, Chocolate, Blue, Lilac, Red, Cream, Brown Tortie, Blue Tortie, Chocolate Tortie e Lilac Tortie. Uma alimentação super premium balanceada e água abundante são necessárias, mas “snacks” são sempre bem vindos na hora do carinho especial. Viver com um Burmês é dividir o lar com um amigo fiel e leal.


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Cornish Rex

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nérgico, ativo, carinhoso e gentil. Enigmático e exótico também são características que definem muito bem esta raça. O Cornish Rex é extremamente apegado ao dono e voltado às pessoas e à família. Charmoso e inteligente, assume o centro das atenções, principalmente quando executa truques ou surpreende com a sua capacidade de saltar para o ponto mais alto no ambiente. Seus dedos longos permitem que ele manipule objetos com destreza e até abra portas e armários com facilidade. É confiante, adora interagir, ama as pessoas e vai segui-las, esperando qualquer oportunidade de sentar-se no colo ou dar um beijo. Seu temperamento muitas vezes lembra o de um cachorro. Quando está feliz, costuma abanar a ponta da cauda, distribui “lambeijos” e mordisca para demonstrar carinho e chamar para brincadeiras. Seus bebês já nascem com a pelagem encaracolada, característica física mais marcante desta raça. Por sua vez, o pelo é muito curto e colado ao corpo e suave ao toque, podendo ser comparado ao toque de veludo ou da seda. Até os seus bigodes são encaracolados. Além do manto único, este gato tem a cabeça em forma de ovo, com maçãs do rosto altas e orelhas grandes inseridas no alto da cabeça. Apesar de sua aparência delicada, estes felinos são extremamente musculosos e

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usam seus quadris bem desenvolvidos e pernas longas para arranques rápidos e saltos altos. São aceitas todas as cores neste gato. Uma escovação semanal com escova de cerdas macias vai manter seu pelo em ordem. O pelo dele é tão fino que não é muito visível nas roupas e móveis. Podem ser banhados a cada 30 dias. Os dentes também precisam ser escovados para prevenir doença periodontal. Os ouvidos devem ser limpos semanalmente. Este animal teve sua origem em Cornwall, Inglaterra, em um filhote de pelos curtos e encaracolados de cor creme, em 1950, chamado de Kallibunker. Ele era diferente dos “irmãos” e foi uma mutação espontânea. Os gatos com pelagem enrolada foram cruzados com outras raças domésticas, como o Birmanês, Siamês e British Shorthair, o que resultou uma ampla base genética para a raça Cornish Rex. Após o surgimento, a raça foi criada nos Estados Unidos e Europa, porém, com padrões e misturas diferentes. Demorou em ser consolidada, mas em 1967, foi reconhecida pela maioria dos clubes ingleses e ganhou espaço em outras regiões do mundo. O nome se deve ao local de origem e a seu tipo de pelagem, similar à de coelhos Rex. Estes animais não devem ser expostos a intempéries, pois podem sofrer queimaduras do sol e não têm proteção adequada ao frio, já que seu pelo é muito curto e fino.


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Exótico

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sta raça nasceu do cruzamento entre Persas e outros gatos de pelo longo como o American Shorthair. Entretanto, ao contrário do que se esperava, em vez de se produzir um American Shorthair de pelo longo, produziuse um Persa de pelo curto. Há histórias também de que o Exótico veio da tentativa direta de produzir um Persa de pelo curto. A ideia seria manter as características do Persa, porém, sem todo o trabalho para manter a sua pelagem. Desta forma, esses felinos são ótimos animais de estimação para quem gosta da aparência do Persa e não quer ter o trabalho diário de escovar os pelos. Deve ser compacto e pesado, de ossatura forte – em média entre 3 e 5 quilos. Cabeça grande e redonda, olhos redondos, bem espaçados e grandes. As orelhas devem ser pequenas, arredondadas e bem separadas. As patas, curtas e fortes, a cauda curta, arredondada na ponta. A pelagem é densa e de textura suave. Não permanece junto ao corpo, mas fica ligeiramente levantada, como pelúcia, além de ser volumosa. A pelagem é fácil de cuidar. Uma boa escovada e banhos devem ser regulares (a frequência varia de cada exemplar). O pelo do Exótico não gruda nas superfícies como dos demais gatos e pode ser facilmente removido. As unhas precisam ser aparadas, e os olhos e ouvidos devem ser limpos. Na alimentação, rações secas

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super premium e água sempre fresca são recomendadas. Alimentos úmidos podem ser oferecidos eventualmente. O seu temperamento é muito semelhante ao do Persa. Assim, é gentil e afetuoso. Calmo, seu miado é raramente ouvido pelo dono. Gosta de atenção e também de ser afagado no colo. Um dos traços que herdou do American Shorthair é o gosto pela brincadeira. Adoram brincar com bolinhas e brinquedos. Além de brincalhão, este gato é descontraído, mais esperto que o Persa, embora muitos criadores acreditem que as duas raças sejam muito semelhantes no temperamento. Tranquilo, leal, doce e carinhoso, pode ser considerada uma das raças mais adequadas para apartamento. Adapta-se muito bem a espaços pequenos. Todavia, é importante preocupar-se com a segurança nas janelas, colocando telas. Espaços maiores são permitidos, desde que não seja possível o acesso às ruas. Ele gosta de estar envolvido na vida de seus donos e silenciosamente segui-los de lá para cá para ver o que estão fazendo. Também aprecia abraços e afagos e é generoso com seus proprietários, retribuindo os carinhos com ronronos e lambidas. Convive muito bem com outras raças e também com crianças. Esses gatos vivem, em média, 15 anos.


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Maine Coon

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pesar de o tamanho gigante ser o “chamariz” da raça, este gato impressiona por ter um comportamento semelhante à de um cão. Alguns aprendem a buscar o brinquedo arremessado pelo dono e o traz para ser jogado novamente. Esses felinos, inteligentes e espertos, adoram a companhia dos humanos. Estão sempre por perto, participando de atividades. É comum seguirem seus donos pela casa, dormirem em cima deles, “conversarem”, emitindo grunhidos característicos. O comprimento deste animal, da ponta do nariz até a extremidade da cauda, pode passar de um metro. Várias lendas dizem respeito à origem desta raça, porém, o mais provável é que o Maine Coon desenvolveu-se naturalmente, a partir do cruzamento entre gatos de pelos longos e curtos do norte dos Estados Unidos e gatos trazidos da Europa pelas embarcações, no fim do século XIX. No Brasil, a raça ganhou maior visibilidade no início dos anos 2000. Além do tamanho avantajado, as características mais marcantes da raça são os tufos longos nas pontas das orelhas (conhecidos como “lynxtips”), a cauda longa que se assemelha a uma cauda de guaxinim e a pelagem exuberante. As cores aceitas pelo padrão da raça são branca, preta e vermelha (alaranjada) e suas variações. As marcações de rajados e as misturas formando variedades com o branco e tortie também são bem populares. Entre os cuidados com esses animais, estão a escovação semanal e banhos a cada um ou dois meses. Isso é suficiente para manter a pelagem saudável, além de uma alimentação

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de qualidade super premium, que garante sedosidade nos pelos e proporciona uma facilidade na manutenção deles. Os filhotes devem ser alimentados com rações específicas até um ano de idade. Esses felinos costumam pegar o grão de ração com a pata para levar até a boca. Além disso, a água a ser fornecida deve ser filtrada e fresca, de preferência oferecida em fontes de água corrente. Aliás, eles adoram brincar com água corrente e sempre pedem ao dono para abrir a torneira da pia. A escovação dos dentes semanalmente ajuda na prevenção de gengivite. Por serem muito curiosos, relacionam-se bem com outros animais. São muito sociáveis e a adaptação com crianças também é fácil, desde que o primeiro contato seja agradável ao gato. Os apartamentos são considerados mais seguros para estes gatos, mas todas as janelas devem ser devidamente teladas para evitar quedas. Apesar de serem de grande porte, adaptam-se bem em apartamentos pequenos. Casas com quintal também precisam de telas, mesmo se possuírem muros altos. O Maine Coon consegue saltar dois metros com facilidade.


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Norueguês da Floresta

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ssa antiga raça é parte da lenda viking, em que uma magnífica dupla de Noruegueses da Floresta puxava a carruagem dourada da deusa Freya, símbolo do amor e da fertilidade. Agricultores colocavam um potinho de leite do lado de fora de suas casas para atrair os gatos da deusa, trazendo abundância à safra. Lendas à parte acredita-se que os vikings tenham trazido gatos de pelo longo, como o Angorá Turco, de outros países para a Noruega, por volta de 1.000 d.C.. Apesar de sua história, a Federação Felina Internacional reconheceu a raça apenas em 1977. A raça desenvolveu-se por séculos no clima extremo da Noruega. Sua pelagem possui subpelo lanoso para aquecimento e “guardhairs” longos e à prova de água para mantê-los secos. A pelagem é única entre todas as raças. Para proteger as partes mais sensíveis do corpo, ganharam pelos nas orelhas e entre os dedos dos pés e uma longa cauda peluda, para proteger o nariz quando encolhidos para dormir. A pelagem deve ser brilhante, ligeiramente áspera e com estrutura, o que reduz a formação de nós no pelo. Por isso, não precisam de banhos ou escovações frequentes. Porém, no período de “troca” de pelagem, é recomendado intensificar escovações e banhos. A queda intensa de pelo pode gerar nós de pelos mortos no animal. De ossatura robusta, corpo musculoso e aspecto selvagem, possuem cabeça triangular, olhos grandes, ovais, abertos e levemente oblíquos no rosto. A cauda deve ser longa e peluda. Todas as cores são permitidas, exceto a “pointed” (tipo siamês). Se bem alimentados e mantidos em ambiente adequado, são robustos e resistentes a doenças. Há duas doenças típicas da raça (GSD-IV e PK-Def), que podem ser evitadas realizando testes genéticos (DNA) nos pais.

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É uma raça calma e amorosa. São inteligentes, gregários e muito silenciosos. Adoram a companhia de outras pessoas e animais, mas geralmente são eles quem decidem quanto tempo a brincadeira irá durar. São excelentes escaladores e caçadores. Sempre procuram estar no alto, observando o movimento da casa. Afetuosos, costumam selecionar uma ou duas pessoas da casa para serem seus donos. Sempre estão por perto dos seus “escolhidos”, seja dormindo, pedindo algo, dando carinho ou assistindo à televisão. Aliás, gostam de dormir a noite inteira junto ao seu dono e não incomodam. Noruegueses eram utilizados como animal de trabalho pelos Vikings, sendo “caçadores de ratos” em barcos, durante suas travessias. Além disso, durante os longos períodos de inverno da Escandinávia, sobreviviam em porões de casas e celeiros. Foram “selecionados” para pequenos espaços, por isso vivem bem em apartamentos.


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Persa

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s Persas são fofos, adoráveis, parecem bichinhos de pelúcia... É a raça mais calma, dócil e de temperamento fácil que existe entre os felinos. São ótimos companheiros para todas as idades. Populares desde o fim do século 19, sua criação continua em alta ainda nos dias de hoje. Esses pets de luxo continuam sendo o sonho de consumo de muitos amantes de felinos e conquistam até mesmo quem não gosta de gatos. A raça é uma das mais antigas. Os Persas já estavam presentes na 1ª Exposição de Gatos do Mundo, em 1871, em Londres. A história deles começa com os gatos de pelos longos que foram levados por viajantes diplomatas do Oriente Médio para a Europa em meados dos anos 1800. E fizeram sucesso especialmente na Inglaterra, França e Itália. Os europeus e americanos começaram, então, a reproduzir esses animais selecionando as características mais desejáveis. Os primeiros criadores e clubes felinos definiram o padrão do gato Persa moderno. A descrição desse padrão é muito semelhante com a atual: cabeça redonda, focinho curto, nariz arrebitado com stop definido, bochechas cheias e redondas, corpo cobby com peito largo e profundo. Este gato possui uma aparência exótica e inconfundível. A luxuosa pelagem é a mais longa, farta e exuberante de todas as raças de felinos. Deve ser macia, agradável ao toque e abundante em todo o corpo,

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especialmente ao redor do pescoço, formando uma densa juba. Também tem o maior número de cores de pelagem reconhecidas: branco, vermelho, creme, preto, azul, chocolate, lilás etc., distribuídas nas sete divisões da raça – Sólidos, Silver & Golden, Shaded & Smokes, Tabby, Particolor, Bicolor e Himalayan. Os olhos devem ser grandes, redondos e expressivos. Azul, verde e cobre são cores permitidas e é sempre desejável que sejam intensas. Sensíveis, esses gatos são considerados saudáveis, mas precisam de cuidados especiais. Gatos são animais limpos por natureza, mas por ser um animal braquicefálico e de pelagem longa, necessita de ajuda para manter a boa higiene. A raça lacrimeja bastante, portanto o rosto, especialmente a região dos olhos, deve ser limpo diariamente, evitando infecções oculares. A pelagem também deve ser escovada sempre que necessário para evitar a formação de nós. Banhos são recomendados para manter a pelagem limpa e a pele saudável. Após o banho, a pelagem deve ficar totalmente seca. A raça necessita de uma boa alimentação super premium. Pacatos, não necessitam de muita atividade física. Vocalizam pouco, mas são bem comunicativos. Gostam da companhia humana, são apegados à família, mas precisam receber atenção e mimos todos os dias. Ficam deprimidos quando não se sentem queridos.


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Ragdoll

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rande, calmo e muito, muito dócil. Assim é o Ragdoll, raça de gatos que no Brasil também é chamada de “boneca de trapo”, pois uma de suas principais características é a de se “desmanchar” no colo do dono. Afável, o Ragdoll permite ser manipulado de um lado para outro até mesmo por crianças menores de cinco anos de idade − brincadeira para a qual a maioria dos gatos domésticos torce o focinho! O Ragdoll elege um dono e é fiel a ele, seguindo-o, rotineiramente, pelos cômodos da casa e acompanhando a rotina diária da família. Eles gostam de atenção, e é comum voltarem a barriga para cima, solicitando carinho. São gatos caseiros, ideais para apartamentos e ambientes urbanos, e que, apesar de serem de grande porte, possuem atividade moderada, uma vez que, não raro, são mais sedentários que outras raças de menor porte. Essa raça surgiu na década de 1960, na Califórnia (Estados Unidos), no quintal da senhora Ann Baker, que percebeu que a mistura de gatos de diversas raças

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e de extrema docilidade gerava ninhadas que, ao serem carregadas, se sentiam totalmente confortáveis e relaxadas. Este foi o início de tudo: o “temperamento”. Logo à medida que Ann reproduzia esses gatos, outras características agregavam-se à raça, que hoje é também conhecida pelo carinhoso apelido Rag. De olhos azuis, marcantes, e de pelagem semi-longa, com extremidades coloridas e, na sua maioria, com luvas brancas (que se tornam um charme a mais), esses gatos são extremamente dóceis e fofos, perfeitos para apertar e exibir. Quanto às marcações brancas, os Ragdolls dividem-se em três grupos: os Colourpoints, que não possuem marcas brancas; os Mitteds, de carinha colorida e apenas luvas brancas; e os Bicolores, que tem as patas inteiramente brancas e um “V” invertido branco na face, formando uma máscara. Integrante das raças consideradas gigantes, o Ragdoll chega a pesar cerca de 10 kg, embora o seu crescimento seja tardio, levando até quatro anos para concluir o seu desenvolvimento. Com boa estrutura corporal, maciça, pesada, peito largo, patas fortes, rabo longo e emplumado, eles têm pelagem macia, longa e densa. O Ragdoll também deve apresentar uma juba no pescoço, e os olhos devem ser ovais e grandes. E mais: com a idade, as cores do pelo se tornam ainda mais intensas por conta do padrão ponteado da raça. Não bastassem todas essas qualidades, Ragdolls são práticos, exigindo poucos cuidados com manutenção, e sociáveis, convivendo bem com cachorros e gatos de outras raças. Além disso, devido ao baixo nível de atividade, gostam de estar no chão e vocalizam pouco, apenas nos momentos em que querem interagir com as pessoas. Ou seja, “miau” só para atrair a nossa atenção para o quão dóceis e encantadores são esses gatinhos!


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Sagrado da Birmânia

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Sagrado da Birmânia é um gato cercado de muitas lendas e mistérios. Acreditase que a raça se originou na Birmânia como a “Sacred Temple Cat of the Khmer” (Gato Sagrado do Templo de Khmer). A primeira aparição deste gato no Ocidente foi na França, em 1919, porém sua transferência do Oriente para o Ocidente ainda é pouco conhecida, pois quase não existe documentação da história real do felino até os tempos atuais. Uma das histórias sobre sua origem diz que, durante a invasão do templo Lao-Tsun, os monges tiveram a ajuda de dois militares franceses contra o ataque. Mais tarde, por um gesto de gratidão, os monges enviaram a estes homens, que já viviam na França, um casal de gatos sagrados. O macho não sobreviveu à viagem de navio, mas a fêmea, que estava grávida, viveu. Também conhecido como Birmanês, é um gato único, majestoso em sua atitude e, ao mesmo tempo, por natureza, muito simpático e inteligente. É um gato de porte médio com estrutura óssea robusta e o corpo é ligeiramente alongado em relação às pernas. Os machos são geralmente maiores, possuem a cabeça mais maciça e um colar mais majestoso do que as fêmeas. Seu pelo é sedoso, macio, semilongo e com subpelo, o que facilita a sua manutenção. O pelo é curto no focinho e fica mais denso na bochecha e ao redor do pescoço, como se fosse uma juba de leão. É um gato “colourpoint”

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(ponteado), possui a coloração mais forte nas extremidades, como o focinho, as orelhas, patas, cauda e órgãos genitais. O resto do corpo é do mesmo tom do ponteado, porém, bem mais claro, da cor casca de ovo. Existe uma grande gama de cores, algumas mais conhecidas e outras raras, divididas entre Sólidos, Torties e Tabbys. Suas características não são semelhantes a qualquer outra raça. O focinho é em forma de coração, com maçãs no rosto proeminentes e nariz adunco (perfil romano). Os olhos são azuis profundo, ligeiramente redondos e estão entre os elementos que dão a aparência mais fascinante e magnética desta raça. O principal diferencial deste gato é a presença de luvas dianteiras e traseiras (botas) na cor branca, sendo a única parte realmente branca do corpo. Para tratar da pelagem dele adequadamente, recomendase escová-lo pelo menos duas vezes por semana e banhos duas vezes ao mês no verão e uma por mês no inverno. Por ser muito interativo e participativo, adora a companhia dos membros da casa. Entretanto, ele não ficará deprimido, doente ou nem terá desvio comportamental. Muito simpático e inteligente, é extremamente apegado a seus donos e ama sua casa. Possui comportamento semelhante ao dos cães, o que o torna conhecido mundialmente como “gato-cachorro”, pois atende pelo nome, é sociável e espera junto à porta a chegada de seu dono. Carinhoso, faz muito sucesso com as crianças e com outros animais.


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Savannah

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raça surgiu a partir do cruzamento de um Serval Africano (felino selvagem) com um gato doméstico. Este cruzamento não planejado ocorreu em 1986. A fêmea híbrida resultante desse evento chamava “Savannah” e, apesar de não ter sido um animal destinado à reprodução, foi o pet cujo nome inspirou a raça que surgiu anos mais tarde. O crédito à formação da raça é dado à criadora Joyce Sroufe, que cruzou diversas gerações de híbridos do Serval Africano até obter machos férteis a partir da quarta ou quinta geração de distância do selvagem. Foi ela que introduziu também este gato ao público pela primeira vez, em 1997. A TICA (The International Cat Association) aceitou a raça para registro em 2001. Esta é a raça de gatos mais cara do mundo para as primeiras gerações, mais próximas do felino selvagem. O valor de um exemplar F1 (primeira geração) pode atingir até US$ 20.000. O preço alto deve-se às dificuldades em cruzar o Serval Africano com o gato doméstico. Os Savannahs F1 são pets extremamente raros e exclusivos. O Savannah é um gato ativo e brincalhão. Costuma dar-se bem com crianças e com outros pets. Mas é preciso tomar cuidado se outros pets forem aves, peixes e pequenos roedores, pois é um exímio caçador diante de sua proximidade com o felino selvagem.

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Tem a mania de dar “cabeçadas” no dono. Por conta desta prática, é considerado muito carinhoso. Ele realmente aprecia o contato humano. É também extremamente interativo. Pode brincar por um longo período sem se cansar. Pode ser ensinado a andar na coleira e como é excelente caçador, tem a tendência de perseguir objetos em movimento, o que facilita o adestramento para pegar objetos atirados e trazê-los de volta. Também pode pular muito alto, pois tem membros posteriores longos. Desta maneira, deve-se tomar cuidado com fugas. É um animal de uma pelagem bastante exótica. A marcação é composta de spots de cor sólida. As marcas são pequenas e em maior quantidade que na raça Bengal. É um gato de aparência fina e elegante, de ossatura leve e movimentos delicados. A cabeça pequena e emoldurada por orelhas grandes e arredondadas conferem um aspecto sempre alerta. Apresenta excelente audição. Na natureza, seu predecessor, o Serval Africano, utiliza as orelhas grandes como uma forma de detectar de forma seletiva o som de pequenos roedores escondidos entre a vegetação. A variação de cores deste gato vai do Brown Spotted Tabby, o Silver Spotted Tabby, Black até o Black Smoke. Como a pelagem é curta, dispensa maiores cuidados. Um banho mensal associado à escovação semanal é suficiente para não encontrar nenhum pelo na casa.


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Selkirk Rex

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sta raça teve origem em Montana, nos Estados Unidos, em 1987, quando o abrigo Bozeman resgatou uma ninhada de seis gatinhos, em que um filhote possuía mutação natural que lhe dava uma pelagem crespa. A gatinha foi adotada pelo criador de persas Jeri Newman. Após acasalar o animal com um persa, ele notou que se tratava de um gene com característica dominante, a que proporcionava a pelagem encaracolada. Para a formação da raça foram usados gatos das raças Persa, Exótico e British. Este é um gato forte e rústico, com porte médio a grande. Pode ser encontrado com pelagem longa ou curta. Tem cachos por todo o corpo, sendo mais evidentes no pescoço e na barriga. Suas vibrissas (bigode) também são encaracoladas. Nos animais de pelagem curta, podem ser encontrados em dois tipos de textura: uma mais macia com cachos mais definidos e outra mais crespa, semelhante à textura de carpete. Os Selkirks Straight possuem todas as características da raça, exceto o pelo crespo. São chamados de Selkirks de Pelo Liso. O Selkirk Rex leva um pouco de cada raça irmã. É muito inteligente e brincalhão, com atividade moderada. Pode vocalizar para atrair a atenção do dono, porém o mais marcante é como ama um carinho, um cafuné. Pode seguir e acompanhar o proprietário por toda a casa. Alguns deles não gostam de ficar muito no colo, uma característica herdada dos Britishs. Ao primeiro encontro,

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podem mostrar um pouco de medo e se esconderem quando apresentados a estranhos, mas após adquirirem um pouco mais de confiança, se mostram muito à vontade com os convidados da casa. Podem viver muito bem em apartamentos. Entretanto, como todos os gatos, é importante um pouco de enriquecimento no ambiente em que vivem para que se sintam menos entediados. Os Selkirks gostam muito de brincadeiras. Nada que um arranhador, brinquedos e uma prateleira não resolvam... Não exigem muitos cuidados. Os gatos com pelagem curta, podem ser escovados uma vez na semana com uso de raqueadeiras. Já os de pelagem longa, devem ser escovados duas vezes por semana. Para reorganizar os cachinhos, basta utilizar um borrifador com água, pulverizando levemente sobre a pelagem e com as mãos amassar suavemente o pelo. Desta forma, rapidamente a pelagem estará seca e os cachos são reativados. Os banhos podem ser dados uma vez ou a cada 15 a 20 dias. Produtos utilizados para o banho são os mesmos para qualquer raça felina (shampoos e condicionadores próprios para gatos). É importante manter sempre a pelagem hidratada, mas sem deixá-la oleosa. É indicada também a higienização de orelhas de duas a três vezes na semana. Todas as cores e marcações são permitidas para a raça.


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Siamês e Oriental

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nvolta em mistérios, a raça mais conhecida no mundo, Siamês e Oriental, é também bastante antiga, remontando ao tempo do Sião, atual Tailândia, e ao do Antigo Egito, quando guardava templos e falava com os espíritos. E essa popularidade entre reis e faraós é fácil de entender: o siamês é muito fiel, inteligente e comunicativo. Sim, esses gatos estão sempre em busca de interação com os seus donos, seus “eleitos”, dialogando por meio de miados, seja para pedir comida, seja para brincar, ou, simplesmente, para atrair um pouco de atenção e carinho. Galanteadores natos, esses gatos sabem como conquistar o seu dono e extrair dele tudo o que querem. É bastante comum também aprenderem o horário da chegada das pessoas em casa e esperá-las na porta para “conversar”. Além disso, possuem habilidade em abrir portas e armários para pegar brinquedos, gostam de brincar de levar e trazer objetos e muitos se acostumam a passeios com coleiras fora de casa, coisa rara no mundo dos gatos domésticos. No início, a raça só podia ser criada pela família real da Tailândia. Era chamadade Royal Cats of Siam e, por conta disso, extremamente desejada pela alta sociedade da época. Já na Europa, o primeiro siamês chegou como um presente do rei do Sião à irmã de um cônsul britânico, em 1884. Em seguida, a raça tornou-se tão popular, que passou a ser exibida em exposições por toda a Inglaterra. Nos Estados Unidos, o primeiro lar do siamês foi a Casa Branca, também por ter sido presente do rei do Sião para o cônsul daquele país. A raça só iria chegar ao Brasil em 1970, mas, rapidamente, se popularizou. A característica mais marcante do siamês é a sua cor ponteada, ou seja, são mais escuros nas extremidades do corpo, patas, focinho, rabo e orelhas. Quanto a isso, é importante ressaltar que os gatos com características de cores sólidas foram denominados orientais. O padrão do Siamês e Oriental é o de um gato esbelto, de aparência magra, porém, musculoso, com

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rabo extremamente fino e longo. A cabeça tem formato triangular, com uma curvatura acentuada; as orelhas são extremamente grandes e largas na base; e os olhos, amendoados, são de cor azul intensa, para os siameses, e verde esmeralda, para os orientais. Fácil de criar, exigindo pouca manutenção com banhos, o Siamês e Oriental é tão saudável que raramente adoece. E, se bem cuidado, vive muito acima da média em comparação com as outras raças. Em resumo, em matéria de Siamês e Oriental, não há mistério para entender por que esses gatos são tão admirados. De reis a faraós, no passado e no presente, essa raça é não só a mais popular no mundo: ela é também unanimidade!


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Siberiano

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ste gato tem uma natureza viva, alerta e forte. Cria uma relação de companheirismo e um laço afetuoso com as pessoas, gostando muito de interagir com seus donos. Gosta de brincar com bolinhas de papel amassado e varinhas com fitinhas. Às vezes, comporta-se como um cão. Além disso, tem se mostrado na prática uma raça hipoalergênica, pois provoca menos reações em pessoas alérgicas a gatos. Isso se deve pelo fato de que produz naturalmente uma menor quantidade de proteína FelD1, responsável pela alergia na maior parte das pessoas. O gato Siberiano é nativo do norte da Rússia, onde sua existência tem sido conhecida por mais de mil anos. A primeira prova escrita desta raça remonta a 1925 e pode ser encontrada no livro “Brehms Tierleben”, em que um gato atarracado, vermelho e de pelos compridos, chamado Tobolsker, vindo do Cáucaso, é mencionado. Seu tamanho é médio a grande. Forte, musculoso, o corpo é moderadamente alongado, com grandes e fortes pernas, grandes patas redondas com tufos de pelos entre os dedos. A cabeça tem contornos arredondados, orelhas de tamanho médio a grande e bem espaçadas e com muitos pelos no interior. Os olhos são bem espaçados, ligeiramente ovais e oblíquos, com a cor variando de verde para amarelo.

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A pelagem deste felino é impermeável, espessa na parte de trás e rústica ao toque, mais fina e suave nos flancos. O pelo é curto sobre os ombros, mas muito longo no pescoço, no peito e na parte superior das pernas. A cauda é média e larga na base e sempre muito fofa. A pelagem do Siberiano não necessita de cuidados especiais. Ela precisa ser escovada para eliminar pelos mortos, evitando os nós que, além de comprometerem a estética do animal, podem prejudicar a saúde da pele. Acostumado a um clima implacável, a pelagem deste felino é muito grossa, com estrutura adequada para permitir que seja ágil na neve, além de ter uma circulação acelerada do sangue que garante uma termorregulação perfeita. Todas as cores são permitidas, incluindo o “Colour Point”, com exceção do chocolate, lilac, cinnamon e fawn. De acordo com a alimentação utilizada, é bom o proprietário ficar atento com a higiene bucal deste gato. Entretanto, ele é saudável e vai se manter assim desde que os cuidados básicos sejam seguidos, como uma boa dieta, visitas de rotina ao veterinário e atenção à vacinação e vermifugação periódica. Este gato herdou muitas de suas qualidades positivas do selvagem. É um nadador muito bom, além de exímio caçador e escalador. Apesar de ainda manter uma natureza forte e independente, tornou-se um animal perfeito para companhia: amável, sociável e dócil.


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Somali

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ão espere um gatinho que fique deitado o dia todo no sofá da sala. Os gatos da raça Somali são muito ativos. Andam de um lado para outro, brincam o tempo todo, saem em busca de diversão, em especial os exemplares machos. Já as fêmeas gostam de dormir entre uma atividade e outra. Curiosos, esses felinos observam tudo ao seu redor, além de estarem sempre atentos a qualquer mudança de ambiente ou movimento. Adaptam-se bem ao comando de várias pessoas, inclusive crianças. Aliás, por sua característica ativa, gosta de interagir com crianças e outros animais. Extremamente sociável, é bastante afetuoso e não tem um dono preferido. Demonstra carinho para todos os que lhe dão afeto. Os primeiros exemplares de Somali surgiram nos Estados Unidos, por volta da década de 1950. Sua origem foi a partir de exemplares Abissínios, pois muitas pessoas abandonavam os pequenos filhotes que não atendiam ao exato padrão da suposta raça. Desta maneira, o Abissínio foi separado do Somali. Os primeiros exemplares tinham destaque para a pelagem, que era longa ou semilonga, o que não era característico entre os Abissínios. E não ficou apenas na pelagem. Os Somalis ainda tinham características de personalidade bem diferentes de seus supostos irmãos. São brincalhões, dóceis. Já os Abissínios são bem mais retraídos.

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Com olhos amendoados, brilhantes e cheios de expressividade, esses gatos têm uma grande harmonia em relação à coloração da pelagem, que apresenta listras escuras sobre tons claros. As orelhas são grandes, pontudas e o corpo é considerado flexível em comparação a outras raças. As patas são semicurvadas e a cauda, extensa, com pelagem abundante. Na região facial, existem listras escuras ao redor dos olhos, focinho e boca, o que garante mais expressão e notoriedade ao olhar, penetrante e misterioso. As principais cores aceitas para a raça são Blue, Fawn, Red e Ruddy. Outras cores, como o Silver, chocolate e lilás já são aceitas em algumas federações. De modo geral, os gatos desta raça não demandam grandes cuidados se comparados a outros felinos. O único cuidado especial é em relação à pelagem, que precisa ser escovada uma vez por semana. O grau de vocalização da raça é baixo, com poucos e suaves miados, utilizados principalmente para fazer pedidos e dar boas vindas. Independentemente de casa ou apartamento, o ambiente deve ser muito enriquecido para manter viva a sua natureza ativa e curiosa. Os apartamentos precisam ser telados 100% e quintais necessitam ser extremamente seguros, sem acesso à rua.


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Sphynx

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ma das mais dóceis e afetuosas raças de gato, o Sphynx é totalmente amigável e gosta de ser acariciado. De modo geral, adora ficar constantemente colado ao dono, exigindo carinho e atenção. É carente, mas não ciumento. De pequeno para médio porte, uma de suas características que chamam a atenção é a ausência de pelos. Originário do Canadá, conhecido também como “Canadian Sphynx”, não é uma raça híbrida ou “fabricada”. É fruto de uma mutação genética natural espontânea advinda de um gene recessivo, que por sua vez se originou de cruzamento de gatos domésticos. O relato mais antigo a respeito deste felino é de um casal de gatos pelados do Novo México em 1902, que pertencia a uma comunidade

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indígena. Nos anos 1970, uma família canadense recolheu uma ninhada da rua de gatos sem pelos para protegê-los do inverno. Depois, alguns anos mais tarde, Hugo Hernandez começou a purificação da raça, a partir de filhotes diretos dos gatos canadenses, introduzindo este animal na Europa. O corpo deste gato tem comprimento médio, é musculoso e com certa protuberância na barriga em formato de pera, mas não é obeso. A pele dele varia, dependendo da linhagem e da constituição de oleosidade e secreção de gordura. Pode ser encontrado em quase todas as cores. Nas sólidas, há colorações branca, creme, azul e preto. Nas cores ponteadas, pode-se encontrar o black-point (ponta das orelhas e nariz pretos no corpo azul-acinzentado), o blue-point (ponta do nariz azul-acinzentado mais forte do que o corpo), o crema-point (ponta do nariz e das orelhas com toque creme-alaranjado no corpo creme). Nas cores mescladas, existem o arlequino (corpo branco ou creme mesclado com preto ou azul) e o tortie (aspecto tricolor com efeito de casco de tartaruga). A raça não requer muitos cuidados, mas é pouco tolerante ao sol em virtude da falta de pelos. Por isso, é preciso evitar exposição ao sol, que causa queimaduras e provoca manchas de pele, sardas e envelhecimento precoce. E não há no mercado nenhum protetor adequado a esses gatos. É bem tolerável a pessoas alérgicas. Todavia, o que causa a alergia a gatos não é o pelo, mas sim uma proteína encontrada na saliva, urina e glândulas sebáceas, dissipada pela lambedura. O Sphynx não possui esta proteína e, por isso, pode ser considerado hipoalergênico. Este gato gosta de passear pela casa, dormir na cama, subir no colo e pedir carícias. Seu afeto está ligado à inteligência, de modo que identifica rapidamente pelas reações e comportamento quem está perto e com quem pode contar. É uma raça que desperta afetuosidade até de pessoas que não sabem manifestar esse sentimento. Por isso, é ideal para pessoas com limitações e portadoras de deficiências. Os gatos das fotos: Gênnetos Argos of Joser Hollywood (menino adulto), Gênnetos Ádeia (menina branca), e os filhotes: Gênnetos Eanos, Gênnetos Earon, Gênnetos Zaés e Gênnetos Zalmós.


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À Luna com carinho... Quando começamos a produzir este livro, não víamos a hora de fazer o ensaio fotográfico com a Luna. Ela seria um dos representantes dos Pastores de Shetland no Pet Book. Queríamos muito ter a honra da presença dela nestas páginas, assim como os mais de 100 participantes. Porém, como muitas coisas na vida não tem explicação, a Luninha se foi de repente, deixando muita dor e saudade que vão ficar para sempre, mas aos poucos tentamos entender e deixar apenas as boas lembranças e a alegria dela na memória. Acredito que todos que estão lendo este texto, neste livro de pets, sabem muito bem o que eu estou falando. O que deu para entender desta lição foi que enquanto eles estiverem ao nosso lado, temos que retribuir o amor e admiração que eles nos dão, é isso que os fará felizes. Uma coisa é certa, da menor à maior raça, seja de cão ou gato, todos têm um coração gigante. Esta página é uma homenagem a nossa companheira que ficou um ano e meio nos fazendo muito felizes. Claudio e Bianca


Créditos dos Fotógrafos

CÃES

GATOS

Johnny Duarte Pgs 10/12/14/16/18/22/26/30/32/38/40/48/50/52/56/ 58/62/64/70/80/84/86/88/92/94/96/98/100/106/108/ 110/112/114/120/124/126/130/134/136/138/140/150/154/ 156/158/164/166/168/170/172/178/184

Silvia Pratta Pgs 194/196/198/200/216/218/220/222

Ronaldo Rufino Pgs 20/34/42/46/54/78/104/116/142/152/174/176/180/186

Fábio Lobo Pgs 190/208/216

Cao Ferreira Pgs 44/66/68/82/162

Marcelo Palmeira Pgs 210/212

Edmilson Reis Pgs 40/60/82/132/144

Juliana Frug Pg 202

Juliana Grossi Pgs 102/128

Brian Byriel Pg 190

Patricia Ikeda Pgs 28/72 Emerson Oliveira Pgs 148/160 M Flavio Pgs 24/90 Rocio Nadal Pg 36 Jim Poor Pg 36 Luisa Planella Pg 118 Cindia M Pg 146 Alessandra Comin Martins Pg 144 Nilton Novaes Pg 78

Johnny Duarte Pgs 192/206/214





Lassie, Benji, Beethoven, Marley, Garfield...

O

que eles podem fazer por nós? Um pet pode reduzir consideravelmente o estresse do seu dia-a-dia. Eles são bons

ouvintes, fazem as brincadeiras mais engraçadas e acima de tudo dão amor incondicional e lealdade aos seus donos, portanto nada mais justo que dedicar um livro só para eles. apresenta o maravilhoso mundo dos nossos amigos peludos, com as principais raças de cães e gatos do planeta.


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