BEST of LIFESTYLE
| NOTEBOOK DE CLAUDIO SCHLEDER |
Diretor Geral Claudio Schleder Diretor Comercial Fabio Curi Editor Claudio Schleder Direção de Arte RL MarkoQQa colaboradores Redação Bronie Lozneanu Camila Rodrigues Cosette Jolie Izabel Mandl Kike Martins da Costa Melina Schleder Tatiana Sasaki Fotografia Marcelo Spatafora Tábata Schleder Consultor Colaborador de Alimentos e Bebidas Renato Frascino Revisão Patricia Mendes
HARD COVER
Pesquisa de Mercado Daniel Curi (estagiário) Contato de Publicidade Rafael Curi Impressão e Acabamento Nywgraf
nº29 é uma publicação de Om.Com Comunicação e Mídia Manager Publicidade Redação e Administração Rua Jerônimo da Veiga, 428 – 8º Andar – CEP: 04536-001 Tels.: 55(11) 3078-7716 (editorial) | 55(11) 3876-8614 (comercial) São Paulo – SP – Brasil não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não têm autorização para falar em nome da revista ou a retirar qualquer tipo de material se não tiverem em seu poder uma carta em papel timbrado assinada pelo diretor.
CAPA Yana Trufanova (Way Model) com vestido listra “Azteca” Lenny Niemeyer foto: Eduardo Rezende stylist: Luis Fiod beleza: Silvio Giorgio produção executiva: Flávia Leal
A revista TALK vai completar em 2018, seus dez anos de idade. Em 2008, TALK viu pela primeira vez a luz do dia, e foi também muito bem vista pelos convidados formadores de opinião num animado coquetel de lançamento no Hotel Emiliano. Anos se seguiram, numa estrada pavimentada por milhares de páginas bem desenhadas, com abordagem de lifestyle que se propõe a um olhar sempre atento sobre assuntos sempre tão necessários. Ao longo desta jornada o mundo já passou por cataclismas, quedas meteóricas da bolsa, escândalos tropicais escabrosos sem fim. Mas, com uma luz no fim do túnel preferimos olhar para as coisas belas
da vida, fazendo isso sempre com conteúdo e boas doses de flair. Já em preparação à chegada ao primeiro decênio da revista, lançamos em nossa edição anterior, a nova roupagem em capa dura que vai para as mesas e bibliotecas dos nossos raros leitores (que adoraram o upgrade!) e segundo pesquisas, o acabamento luxuoso “de livro” vai permitir à revista uma longevidade média de oito anos, levando-nos enfim a atingirmos a maioridade. Nesta edição, a revista enviou nosso stylereporter Claudio Parreiras na captura do fotógrafo Dudu Rezende para uma entrevista e bisbilhotagem nos seus arquivos para editarmos um portfólio.
Diz Parreiras: “Dois encontros por ano são certos em nossas agendas. Sob sol ou chuva, em studios ou diferentes praias fotografamos campanhas de moda, e um dos mais emocionantes e extremos encontros foi no deserto do Atacama. Começar de madrugada com a temperatura abaixo de zero, à tarde quase escaldante e um por do sol entre aplausos e lágrimas.” Dudu também clicou nossa capa, com a boneca russa YanaTrufanova nas areias de Angra. E Parreiras também assinou dois reviews, mostrando a arte de Rei Kawakubo e o brilho de Azzedine Alaia. Tudo isso como um “esquenta” para nossa Bday party next year. CS.
Acima, a vitrine-cenário é Angra dos Reis e, como uma gazela, Yanna Trufanova posa para Eduardo Rezende
Orfeu por Sergio Coimbra
*Marca de um terceiro, sem vínculo a Orfeu Cafés Especiais.
É UM SIMPLES CAFÉ. O QUE NÃO SIGNIFICA QUE ELE SEJA TÃO SIMPLES ASSIM.
Orfeu é cultivado nas Fazendas Sertãozinho, em uma região conhecida mundialmente pela tradição na produção de Cafés Especiais, à sombra de um Jequitibá de 1.500 anos. Para provar essa história, é só experimentar uma xícara. Grãos | Torrado e Moído | Cápsulas para Nespresso®* O R F E U . U M C A F É PA R A V O C Ê D E S C O B R I R .
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DUDU R E Z E N D E
FOTÓGRAFO DO NATURAL E DO VERDADEIRO DOIS ENCONTROS POR ANO SÃO CERTOS EM NOSSAS AGENDAS. SOB SOL OU CHUVA (...E SÓ DEUS SABE O QUANTO OLHAMOS A PREVISÃO METEOROLÓGICA) EM STUDIOS OU DIFERENTES PRAIAS FOTOGRAFAMOS AS CAMPANHAS INVERNO E VERÃO DAS COLEÇÕES LENNY NIEMEYER. DIAS CORRIDOS, INTENSOS EM QUE O FOTÓGRAFO EDUARDO REZENDE MANTÉM SEU RITMO INABALÁVEL por Cláudio Parreiras
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m dos mais emocionantes e extremos foi no deserto do Atacama. Começar de madrugada com a temperatura abaixo de zero, à tarde quase escaldante e um por do sol entre aplausos e lágrimas. Sua estética é marcada de muita personalidade, sem dúvidas influenciado pela mãe, marchand. “Ela sempre me ensinou a olhar para tudo... perceber os detalhes”. Dudu cresceu entre quadros, esculturas e sempre gostou de arte e fotografia. Estudou biologia porque queria ser fotógrafo da National Geographic. “Acho que por isso gosto tanto de locações”. Pedra, areia, céu, mar, vegetação ou cimento, o mestre se sente familiar com a magia da luz natural. Aos 19 anos foi estudar na Inglaterra e teve sua primeira Pentax profissional que também filmava. “Fiquei totalmente viciado em fazer imagens. Sinto falta de filmar e hoje uso mais para projetos pessoais voltados para o mercado de Fine Art”. A moda não fazia mesmo parte dos planos e seu primeiro grande trabalho foi um catálogo internacional de cerâmicas, em Florianópolis. “Era super complexo, usei luz de 12
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cinema e estava super nervoso. Quando terminei me senti confiante e apareceram os convites das agências para books de modelos”. E, portanto é nítido que o contato inicial com suas musas é quase silencioso. Também falar “o que?” frente ao top photographer, alto, porte atlético, olhos azuis e sorriso cativante. “Sou considerado quietão e dirigi-las é sempre um desafio. Como num script conto a ideia das fotos. Às vezes clico mesmo sem gostar como elas estão desenvolvendo... o importante é deixá-las em liberdade. Fica mais natural e verdadeiro”. Neste versátil e criativo fashion world ele não pensa duas vezes confirmando que viajar é sua maior inspiração. Mudar de cidade é a engrenagem. “Estou casado há 14 anos, dois filhos e já mudei 12 vezes”. Fixado em Miami, o globetrotter sente sempre a necessidade de ver o novo. “Se não for a viagens que seja em museus, exposições, filmes”. Quanto a heróis ou personagens que possam influenciá-lo: “Atualmente me decepciono mais que admiro... Admiro pessoas que estão de bem com a vida apesar das dificuldades. Aquelas que não precisam de muito para sorrir!”.
Isabeli Fontana A eletrizante top, recordista de covers, tem seus melhores momentos de relax na natureza ou fazendo os
eduardorezende.com
deveres de casa com os filhos
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Karolina Kurkova Descoberta por Miuccia Prada ela revive o passado nos campos da RepĂşblica Tcheca
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Marlon Teixeira Considerado internacionalmente como a “Gisele Bündchen de calças”, ele intercala sua carreira com surf e yoga
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tops A angolana Sharam Diniz e as angels Laís Ribeiro e Alessandra Ambrosio também passaram pelos clicks de Dudu
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Em mais de quarenta anos de carreira, foi com a exposição do Met que Rei muda de opinião, reconhecendo que a moda é uma forma de arte
Rei Kawakubo, a arte do In-Between IMPOSSÍVEL NÃO FICAR PERTURBADO DIANTE DE UMA CRIAÇÃO COMME DES GARÇONS... EMOCIONANTE! CONSIDERADA UMA DAS MAIS ARROJADAS DESIGNERS DOS SÉCULOS XX E XXI, ELA FOI UM DIVISOR DAS MAIS TURBULENTAS ÁGUAS INFLUENCIANDO TODOS OS CRIADORES QUE SÃO TAMBÉM SEUS MAIORES ADMIRADORES
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ovos horizontes na Paris dos anos oitenta, a alta costura ousava com shows mais espetaculares e coloridos. O futurismo glamouroso de Mugler e Montana fascinava o prêt-à-porter. Discretamente a corajosa Rei chegava a Paris com a coleção Hiroshima Chic, (1981). A energia pós-punk misturada a uma estética japonesa. Em fila única, as modelos desfilavam como soldados. A luz se apaga e a música é interrompida! Corte de energia?! Não... Le grand finale e a enigmática estilista não aparece. Um golpe de samurai até a plateia explodir em aplausos. Rei pintava Paris de preto e é acusada de destruir o conceito da moda. Ela não se preocupa em valorizar o corpo feminino: “Quando crio não tenho um tipo físico em mente e minha ideia sobre a beleza muda todo tempo”. Suas motivações maiores são liberdade e expressão da personalidade.
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Motivada pela dualidade e contrastes, ela mixa diferentes épocas de história e materiais, os rebuscados e os altamente tecnológicos
Quando seus vestidos são rotulados de “obras de arte móveis” sua reação é violenta – “um designer de moda não é um artista! Sou uma negociante”. Sempre de braços cruzados e com ar mal-humorado ela não gosta de falar e muito menos dar entrevistas. Durante dias seu vocabulário pode se resumir a: “Sim! Não! Bom! Basta!” É fácil imaginar sua resistência a ideia de uma exposição retrospectiva, mesmo sendo no Metropolitan de New York. Seu maior compromisso é fazer o novo – “a única maneira de avançar é não olhar para trás” e seu contato com o curador Andrew Bolton “foi uma tortura” dispara a créatrice. Seu marido e diretor da empresa, o sul africano Adrian Joffe revela: “sua fórmula é conjugar a dualidade... como aproximar tudo que nos entristece e alegra na vida”. São expostas 150 peças divididas em núcleos, num trajeto – labirinto: ‘Ausência – presença’, ‘Batismo – Morte’, ‘Body meets dress – dress meets body’. A japonesinha que nunca pensou em fazer moda estudou literatura, belas artes e foi estagiária no departamento publicitário de uma empresa têxtil. Não encontrando o que gostasse de vestir começa a desenhar e costurar seu guarda-roupa. “Não sei o que seria de mim se tivesse feito uma escola de costura...” Em 1969 lança sua marca Comme des Garçons, um nome escolhido a partir de uma música... simplesmente porque gostava da sonoridade. Ela nunca deixou de remar contra a corrente. Austera e caótica sempre ironizou equilibrando sofisticação e surrealismo. Um de seus looks preferidos: jaqueta Harley Davidson, um volumoso tutu de bailarina e boots flats de boxeur. “Como se a grande Margot Fonteyn se vestisse de motociclista”... um choque de ideias controversas que definem sua proposta. A ícone rebelde é a segunda criadora viva – como foi Yves Saint Laurent em 1983 – a ser aclamada e devorada pela Big Apple. Sua exposição “Art of the In–Between” é um triunfo e Rei se dobra declarando: “Sim... a moda é uma forma viva de arte”. Isolada em sua torre a visionária sente ainda mais forte seus batimentos cardíacos preparando-se para o próximo desafio frente à excentricidade. por CLAUDIO PARREIRAS
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| WONDER WOMAN |
Um retrato sem retoque
YANA TRUFANOVA fotos
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Dudu Rezende | beachwear by Lenny Niemeyer
Noite absoluta. Dourada, maquiada e sabiamente despenteada Yana chega para o café da manhã. Cinco e meia da matina. Lenny Niemeyer a recebe com um sorriso “já ganhou!”, um forte abraço e a exclamação: “quero você para mim!”... exatamente como uma menina que quer a boneca da vitrine.
A vitrine-cenário é Angra dos Reis e, como uma gazela, a boneca russa caminha até o cabideiro examinando os quase quarenta looks a serem fotografados. Cai o roupão e a pele de porcelana arrepiada. O primeiro bikini sob o primeiro raio de sol e toda equipe eletrizada. Olhos faiscantes, braços que flutuam e pernas intermináveis sustentando um bumbum arrebitado. Ah! “barriga de tanquinho” remarca a top fazendo movimentos de lutadora. Começa a batalha de clicks, ou melhor, um “pas de deux”, nada ensaiado, com o fotógrafo Dudu Rezende. Ela não posa... baila. Natural (?!) para quem começou suas aulas de ballet aos quatro anos. Foi sua própria mãe, ex-modelo, a primeira a acompanhá-la até uma agência. Aos 17 anos, na São Paulo Fashion Week n° 41 é recordista fazendo 24 desfiles. Tudo aconteceu em ritmo nada programado... E muito obrigado ao namorado, o modelo paranaense Danilo Gallo. Se conheceram na Tailândia, se cruzavam em castings em Milão mas foi numa escala que ele pergunta: “Você não quer conhecer melhor a cidade?”. Ela só tinha algumas horas, perde o vôo e São Paulo passa a ser seu “pied à terre”. Um grande amor, um novo lar, uma nova língua. “Nunca fiz aulas, mas tinha muita vontade de saber o que os brasileiros tanto falavam naqueles animados bate papos. Só sabia falar “um, dois, três” e aprendi que tinham três verbos que terminavam em “ar, er, ir”. Em dois meses a aplicadíssima Yana dominava “a parada” – a palavra mais usada. “Gosto da energia das pessoas aqui. Na Rússia é diferente, eles são muito sérios e fechados”. Também logo se adaptou aos sabores: graviola, fruta do conde, abacaxi assado. “Água de coco posso tomar dez por dia.” Até carne seca ela gostou, mas hoje é mais “vegana”. Entre duas séances-photos corre para o celular e envia mil fotos para a mamãe que acompanha tudo super entusiasmada. Quando falamos em sonhos e projetos a resposta é imediata: “trouxe meus pais e irmã para visitarem a família de Danilo. Foi a primeira vez que saíam da Rússia e viajavam de avião”. Sua motivação maior é saber que sua mãe está orgulhosa pela carreira que ela está traçando. Por dentro ou por fora, Mlle. Trufanova “um portrait sans retouche”. por Cláudio Parreiras
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TRUFANOVA: Olhos faiscantes, braços que flutuam e pernas intermináveis sustentando um bumbum arrebitado. Ah! “barriga de tanquinho” remarca a top fazendo movimentos de lutadora. Começa a batalha de clicks, ou melhor, um “pas de deux”, nada ensaiado, com o fotógrafo Dudu Rezende. Ela não posa... baila.
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Azzedine realiza seu sonho de criança: vestir stars de Hollywood. O red carpet é uma de suas passarelas. Top models e celebridades se batem por seus vestidos
Azzedine Alaia, que brilhe enquanto dure SUA PRECISÃO COM A TESOURA E A AUDÁCIA DE CORTES TRANSFORMARAM O PRÓPRIO CHIC PARISIENSE. POUCAS VEZES AS FORMAS FORAM TÃO VALORIZADAS E VESTIR UM “AZZEDINE ALAIA” É ESTABELECER UMA RELAÇÃO CARNAL COM A ROUPA
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omo segundas peles, as roupas abraçam o corpo revelando a própria personalidade de cada uma. É normal Azzedine segui-las pelas ruas examinando milimetricamente, seus gestos e movimentos... Assim, há quatro décadas “L’Allure Alaïa” reina absoluta! Top models são suas maiores embaixatrizes, Kate (Moss) e Gisele (Bündchen) se batem em leilões por seus vestidos vintage. Grace Jones, Madonna e Tina Turner não passam por Paris sem dar petits bisous no estilista. It girls e Michelle Obama deslizam em seus longos sereias. Suas criações circulam pelos museus. No Guggenheim do Soho entre Warhol e Basquiat, na legendária galeria Borghese esculturas vivas cercadas por Caravaggio, Ticiano e da Vinci. Todos abrem as portas para o “couturier-sculpteur” que tem o “red carpet hollywoodiano” como uma de suas mais concorridas passarelas.
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O “little big créateur” molda e esculpe sobre o próprio corpo feminino. Gestos, movimentos e l’allure ao caminhar são suas maiores inspirações
A success-story deste little big créateur sempre foi marcada por encontros e vinte anos de luta até entrar na arena dos talentosos. O garotinho tunisiano que brincava escondido com a caixa de costura da avó chegou na capital da moda nos anos 60. Trazia um diploma de escultor e o sonho de vestir estrelas de Hollywood. Morava num quartinho perto do telhado da Condessa de Blégier, cozinhava, passava e levava as crianças para brincar no Bois de Boulogne. Aos poucos foi ganhando confiança e fazia seus vestidos... Começava sua tímida carreira. A primeira cliente foi sua musa maior, Arletty, a velha dama do cinema francês. Andavam num conversível forrado de pantera e iam assistir as apresentações de Mlle. Chanel. Com ela aprendeu “Fazer o simples é mais difícil que o complicado. Adicionar é fácil, eliminar é complicadíssimo”. Mudou-se para a rue de Bellechasse onde, impulsionado por Thierry Mugler, fez seu primeiro desfile. As tops circulavam entre cozinha, sala e quarto. “Eu não tinha um tostão! Olhava pela janela e uma fila de Rolls Royces com toda alta aristocracia”. Foi em 1981, depois de uma coleção para Bergdorf Goodman, que ele explodiu! Inesquecíveis momentos se sucedem... As pernas de Marlène Dietrich saindo de um carro para encontrá-lo, Greta Garbo vem vê-lo para encomendar um trenchcoat. “Os cabelos presos por um elástico, a franja, o maxilar, seu olhar profundo...” instantes marcantes que o acompanham nas madrugadas enquanto corta, costura, ouvindo música egípcia cercado por seus gatos e yorkshires. Com seu inseparável uniforme pijama vietnamita atravessa o Sena e se instala no coração do Marais. Seus 1,58m no comando de um “Q.G.” de 5.500 m². Casa/ atelier/boutique sob o mesmo teto, o ponto de encontro de todas as celebridades e “intoxiqués de la mode”. A mesa de trabalho se transforma em mesa de cinematográficos almoços, Bruce Weber, Jean Paul Goude, Stephanie Seymour, Naomi Campbell, (que começou com ele aos 14 anos e o chama de “Papa”) tudo regado a risadas ou furiosos ataques... Brigou com Kaiser Lagerfeld e proibiu Anna Wintour de assistir a seus desfiles. Azzedine é fiel a seu feeling e não se importa com a fama ou bens materiais. “Se precisar dobro meu colchão e vou dormir num canto como sempre fiz”. E cita a mãe de Napoleão: “O mais importante é que brilhe enquanto dure”. por CLAUDIO PARREIRAS
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A GT “family” da AMG
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AMG Os 50 anos da
O MÊS DE JUNHO DESTE ANO REPRESENTOU DOIS GRANDES MOMENTOS PARA OS CLIENTES E FÃS DA MERCEDES-BENZ NO BRASIL. A PARTIR DESTA DATA, A MARCA EXPANDIU SEU PORTFÓLIO DE SUPERESPORTIVOS POR MEIO DAS VENDAS DO MERCEDES-AMG GT C ROADSTER E DO RECÉM-LANÇADO MERCEDES-AMG GT R COUPÉ
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U | PERFORMANCE |
nindo características puras de veículos de competição à sensação de liberdade dos “dream cars”, o AMG GT é o segundo veículo da história 100% desenvolvido em casa pela Mercedes-AMG. Ambas as versões desse automóvel icônico chegam ao mercado brasileiro na data que representa um grande marco na história da empresa comemorado no mundo todo: o aniversário de 50 anos da AMG, divisão criada em 1967 e que, desde então, se especializou em desenvolver projetos que aplicam tecnologias de automóveis de corrida nos modelos de rua.
CINCO DÉCADAS DE ALTA PERFORMANCE
A história da AMG começa com dois engenheiros da DaimlerBenz. Hans Werner Aufrecht e Erhard Melcher trabalhavam na companhia nos anos 60 e foram responsáveis por preparar o motor de competição para o emblemático 300 SE – até a companhia suspender as atividades de automobilismo. Com isso, os jovens decidiram tornar-se independentes, fundando seu próprio Centro de Engenharia. Enquanto Aufrecht era um apaixonado por automobilismo, Melcher era conhecido pela sua genialidade na área do desenvolvimento de motores. No dia 1 de junho de 1967 a AMG iniciou suas atividades em uma garagem em Burgstall, permanecendo até 1976, quando se mudou para Affalterbach. A sigla que dá nome à marca é composta pelas iniciais dos fundadores, sendo o “G” para Großaspach – local de nascimento de Aufrecht. Durante seus 50 anos de atuação, a AMG foi responsável por uma série de momentos marcantes na história da indústria automotiva mundial. Entre eles está o desenvolvimento do Mercedes 300 SEL 6.8, veículo mais potente dos anos 70, com motor V8 de 428 cv, algo incomparável para a época. Na década seguinte, o AMG 450 SLC Racing Coupé venceu o Grande Prêmio de Nürburgring. Essa vitória impulssionou os negócios da AMG, uma vez que diversos proprietários de coupés de rua passaram a buscar mais potência por meio dos projetos oferecidos pela preparadora alemã. Desde então, a AMG cresceu de forma impressionante, equipando cada vez mais modelos Mercedes-Benz, tornando a personalização um novo campo de negócios. Assim, em 1990, a Mercedes-Benz AG se interessou pela preparadora, assinando um contrato de cooperação nos projetos superesportivos. Mais tarde, em 1999, a Daimler Chrysler AG se tornou a proprietária majoritária e, em 2005, a acionista única da AMG. Nos anos seguintes, a fusão da Mercedes-Benz e da AMG proporcionou conquistas ainda maiores. O AMG C 36, por exemplo, foi o primeiro best-seller da marca, com 5 mil unidades vendidas. Entre vários outros veículos produzidos em larga escala, destacou-se também o Mercedes-Benz SLS AMG, primeiro automóvel inteiramente fabricado pela Mercedes-AMG. Sua performance, aliada ao design inovador, que inclui as portas “asas de gaivota”, são lembrados pelos fãs da marca até os dias atuais. Em 2016, já com o nome Mercedes-AMG, a divisão de supersportivos celebrou a marca de 100 mil automóveis vendidos no mundo desde sua criação. Esse resultado deve-se ao amplo portfólio oferecido atualmente, incluindo hatchbacks, sedãs, coupés, SUVs e conversíveis. Certamente a fórmula para mais 50 anos de sucesso. 34
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A AMG protagonizou uma série de momentos marcantes na história da indústria automotiva mundial: quando Hans Werner Aufrecht e Erhard Melcher trabalhavam na Mercedes nos anos 60, foram responsáveis pelo motor de competição para o emblemático 300 SE. Outro momento aconteceu com o Mercedes 300 SEL 6.8, veículo mais potente dos anos 70, com motor V8 de 428 cv. Destacou-se também o Mercedes-Benz SLS AMG por sua performance, aliada ao design inovador, que inclui as portas “asas de gaivota
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A FAMÍLIA MAIS POTENTE DO PORTFÓLIO
O AMG GT foi lançado em 2014 segundo o princípio ‘Handcrafted By Racers’ (feito à mão por corredores), reforçando o compromisso da companhia em investir em tecnologia e inovação. O modelo é o segundo inteiramente desenvolvido pelos engenheiros da AMG e entre suas principais características estão comportamento dinâmico aliado a desempenho de primeira classe nas pistas de corrida com praticidade para o uso diário. Dois anos mais tarde, a família GT ganhou novos integrantes, com variações no visual e ainda mais potência em seu V8 biturbo de 4,0 litros. Assim, o topo da linha que contava com o GT S e seus 510 cv, agora oferece o Mercedes-AMG GT R de 585 cv e 700 Nm de torque. Desenvolvido a partir de testes realizados no autódromo de Nürburgring, o modelo apresenta uma série de melhorias para um superesportivo que desde sua criação é reconhecido por excelente desempenho e design. Considerado um dos circuitos mais desafiadores do mundo, o traçado alemão também serviu como referência para a exclusiva cor “AMG green hell magno”. Novos desenhos de asas dianteiras e traseiras permitem maior aderência e a realização de curvas em velocidades ainda mais elevadas. Para-choques dianteiro e traseiro renovados, assim como novo aerofólio melhoram a eficiência aerodinâmica e ajudam a garantir 36
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Desenvolvido em testes em Nürburgring, o Mercedes-AMG GT R, um V8 biturbo de 4,0 litros de 585 cv e 700 Nm de torque, apresenta uma série de melhorias para um superesportivo
O Mercedes-AMG GT C Roadster foi lançado com o objetivo de ampliar o público da família de superesportivos, com desempenho de um veículo de competição em uma carroceria que preza pela liberdade e pela diversão de um cliente que possui estilo de vida arrojado
uma excelente estabilidade. A grade frontal Panamericana com aletas verticais remete ao modelo utilizado na categoria GT3 e enfatiza ainda mais o DNA de competição. Pela primeira vez, características puras de um automóvel de corrida passam a fazer parte da produção de um AMG de rua. Seu conjunto mecânico conta ainda com transmissão AMG SPEEDSHIFT DCT de sete velocidades, proporcionando respostas rápidas e precisas, e controle de tração com 9 estágios, tecnologia cuja origem também provém da GT3. Além da versão mais potente da família AMG GT, os consumidores brasileiros terão à disposição também o Mercedes-AMG GT C Roadster. Com o objetivo de ampliar o público da família de superesportivos, a proposta do roadster consiste em oferecer o desempenho de um veículo de competição em uma carroceria que preza também pela liberdade e pela diversão de um cliente que possui estilo de vida arrojado e aposta em exclusividade e propostas inovadoras. Equipado com o motor V8 de 4.0 litros e transmissão AMG SPEEDSHIFT DCT de sete velocidades, tradicional na família mais potente de todo o portfólio, o Mercedes-AMG GT C Roadster oferece 557 cv e 680 Nm de torque. www2.mercedes-benz.com.br
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Há 50 anos com o vigor e o fôlego esportivo da primeira largada. O começo da história da Mercedes-Benz e da AMG no Brasil marcou também o início do percurso da De Nigris no país. Celebre os 50 anos de AMG ao lado da concessionária que une o entusiasmo e o brilhantismo de um verdadeiro carro de alta performance.
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BOOK of the BEST Talk mergulha no melhor do lifestyle e seleciona destaques na arte, diversão, moda, viagem, gastronomia, vinhos, espíritos e tutti quanti...
DAYS OF WINE AND ROSES No roof top do hotel Emiliano Rio, a piscina tem deck molhado e uma borda infinita que cria a sensação de se fundir com o mar. Na Garzon, vinícola ao lado de Punta del Este, o restaurante do chef argentino Francis Mallmann serve as delícias da carne e de Baco. E o caracol das escadarias com tapetes cereja floridos dão no lobby do... London Ritz
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BOOK of the BEST
polo player
ADOLFO CAMBIASO
Adolfito Superstar Acumulando títulos nos torneios mais importantes do mundo, o argentino Adolfo Cambiaso é para o polo o que Messi é para o futebol
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reze vitórias no Aberto de Palermo na Argentina, quatro vezes campeão da Queen’s Cup inglesa, várias conquistas na temporada americana. Colecionando títulos nos mais importantes torneios do mundo, Adolfo Cambiaso não tem mais nada a provar. Com feitos comparáveis aos de atletas como Usain Bolt no atletismo, Lionel Messi no futebol ou Rafael Nadal no tênis, o esportista segue quebrando recordes. Ele é, há mais de duas décadas, o grande mito do polo mundial.
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Aos 42 anos, o argentino Adolfito, como é chamado pelos amigos, continua imbatível. Em junho, usou sua expertise, sangue frio e habilidade de taqueador para conquistar mais um título no gramado de Windsor. Contando com o brasileiro Rodrigo Andrade na equipe, ele teve a honra de receber, pela quarta vez, o troféu das mãos da rainha Elizabeth II pela vitória na competição, uma das mais concorridas da Europa. Antes disso, o craque havia levado a melhor nos torneios de Palm Beach, nos Estados Unidos; agora, já se prepara para encarar a Tríplice Coroa em seu país natal. Ainda que a temporada inglesa tenha seu prestígio e a
COLECIONANDO TÍTULOS NOS MAIS IMPORTANTES TORNEIOS DO MUNDO, ADOLFO CAMBIASO SEGUE QUEBRANDO RECORDES E JÁ TEVE A HONRA DE RECEBER EM QUATRO OCASIÕES, O TROFÉU DAS MÃOS DA RAINHA ELIZABETH II PELA VITÓRIA NA COMPETIÇÃO MAIS CONCORRIDA DA EUROPA NO CAMPO DE WINDSOR, COM SUA EXPERTISE, SANGUE FRIO E HABILIDADE DE TAQUEADOR
americana seja marcada pelo alto grau de profissionalismo, é na Argentina que acontecem as disputas mais acirradas do polo mundial. De setembro a novembro, os Abertos de Tortugas, Hurlingham e Palermo reúnem os maiores nomes do esporte, numa espécie de NBA do polo. Nesta liga especial da qual participam times como Ellerstina, La Aguada e Chapaleufú, Adolfo Cambiaso também é rei. Em Palermo, o jogador soma 13 títulos, sendo dez com seu La Dolfina – que, claro, se tornou uma grife esportiva, oferecendo de camisetas a botas e bonés. No ano passado, o La Dolfina foi protagonista de uma final eletrizante contra o rival Ellerstina, de Facundo Pieres.
No sexto chukker, o empate em 11 a 11 tornava a disputa imprevisível. Mas o time de Adolfito, sempre com fome de bola e de glória, disparou no marcador para fechar o placar em 16 a 12 ao fim do oitavo tempo. Uma vitória e tanto, que fez tremer “La Catedral”, estádio para 15 mil pessoas em Buenos Aires. Para manter a performance, os cavalos devem ser um diferencial. Do mesmo jeito que uma Mercedes rende nas mãos de um super piloto de Fórmula 1, os animais devem necessariamente acompanhar o potencial do jogador de polo. E o que nunca faltou na tropa de Cambiaso são montarias de alto desempenho, capazes de parar, virar ou correr segundo os comandos precisos do cavaleiro. Éguas premiadas como Cuartetera e Aiken Cura são lembradas pelo rendimento exemplar, e é interessante notar que quem faz história nas canchas hoje são os clones delas. Além da trajetória multicampeã, Cambiaso se notabilizou por inaugurar uma nova era na criação de cavalos de polo. Em sua estância em Cañuelas, nos arredores de Buenos Aires, ele e sua equipe fazem uso de técnicas como clonagem e transferência de embriões para manter a tropa em ponto de bala. Com uma seleção de máquinas de quatro patas e livre da lesão que o incomodou em temporadas passadas, o 10 de handicap não pensa em se aposentar. Mais uma vez, tem tudo para manter seu reinado.
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BOOK of the BEST
time de polo
MARAGATA POLO TEAM
Tudo em família Com estrutura de primeiro nível, a Maragata dos irmãos Martins Bastos escreve sua história como uma das mais competitivas equipes de polo do Brasil da atualidade
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les são quatro irmãos e, para alegria do pai, Cabeto Bastos, jogam em posições que se complementam. Angelo Antonio, o mais velho, e Luiz Paulo jogando no meio do campo. Joao Gaspar e o caçula Cachico, se alternam entre a defesa e o ataque. Juntos, eles formam a Maragata, uma das equipes de polo mais competitivas do Brasil, na atualidade. Tal como os Heguy e os Novillo Astrada na Argentina, e os Souza Aranha no Brasil, que se destacaram com seus notáveis times de irmãos, os Martins Bastos treinam, se divertem e disputam torneios juntos, mas de um modo tão competitivo que nem parece que o fazem por hobby. Cada qual com sua profissão, fazem questão de dedicar tempo e investimentos ao esporte que é uma paixão compartilhada em família, mas sem nunca perder o espírito amadorístico. Como resultado dessa dedicação, há muitos anos acumulam troféus dos torneios de alto handicap do Helvetia, clube em Indaiatuba que é o principal centro de prática do esporte no país. As últimas temporadas foram de grandes conquistas. Este ano, em maio, esbanjando o entrosamento de quem treina junto desde a infância, a Maragata abocanhou o
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título de campeão do Aberto do Helvetia. Nesta competição, a esquadra contou com Renato Diniz Junqueira no lugar de Angelo Antonio (que ultimamente tem feito suas temporadas somente na Argentina), e venceu Hípica Polo por 12 a 10. Em junho, veio o vice-campeonato no Aberto do Estado de São Paulo. Com Rafael Villela Rosa como quarto elemento, o time de João Gaspar, Luiz Paulo e Cachico disputou a final contra o Tigres. Os bons resultados se explicam não só pela performance dos jogadores, mas pela combinação de desempenho com tropa de qualidade e altíssimo nível de profissionalização da estrutura. Desde meados da década de 70, a família cria cavalos de polo em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, sendo o primeiro criatório nacional a fazer parte da Asociacion Argentina de Criadores de Caballos de Polo. A partir do cruzamento de éguas jogadoras com garanhões trazidos da Argentina, a criação da Maragata ganhou consistência e produziu exemplares que fizeram história, como Itapitocai Koca e Itapitocai La Tijo Cicatriz, que jogaram a Tríplice Coroa argentina montadas pelo craque Adolfo Cambiaso. Hoje, a criação, que também está na Argentina, é grande o suficiente para abastecer as tropas dos quatro irmãos, com estrelas como Itapitocai Surya, Sortuda, Quirela e Soy de Allá, como também
para fornecer exemplares para outros jogadores. Para outubro, aliás, está agendado o remate, em Uruguaiana, de cavalos das raças Crioula e Polo Argentino. Antes disso, em setembro, os irmãos Martins Bastos realizam a terceira edição da Marataga Polo Experience. Fazendo do polo uma plataforma de relacionamento, eles recebem amigos e patrocinadores como Julius Baer Banking na propriedade da família em Indaiatuba. Outra destacada iniciativa desse time tão vitorioso ligado à filantropia é o Instituto Maragata,
que periodicamente realiza leilões beneficentes e ações de cunho social. Em tempo: o nome do time é uma homenagem do pai dos “guris”, o polista gaúcho Cabeto Bastos, à sua esposa Mireya, já que Maragata são as mulheres nascidas em San José, no Uruguai. O polo, desde sempre, está no DNA da família. www.maragatapolo.com.br
ACIMA, A FORMAÇÃO DA EQUIPE MARAGATA, CAMPEÃ DO TORNEIO ABERTO DO HELVETIA EM 2017: OS IRMÃOS JOÃO GASPAR, LUIZ PAULO E CACHICO MARTINS BASTOS, E RENATO DINIZ JUNQUEIRA. NAS FOTOS AO LADO, O SWING E O TAQUEIO DOS IRMÃOS, QUE HÁ ANOS ACUMULAM TROFÉUS DOS TORNEIOS DE ALTO HANDICAP DO POLO
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grife de moda HUGO BOSS
Da Alemanha para o mundo Grife surgida a quase cem anos numa cidadezinha próxima de Stuttgart hoje tem suas sofisticadas peças à venda em mais de 120 países
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onhecida mundialmente pelo bom gosto e pela qualidade de suas peças, a Hugo Boss surgiu em 1924 na cidadezinha de Metzingen, nos arredores de Stuttgart, no sul da Alemanha. Lá funcionava a pequena oficina de alfaiataria de Hugo Ferdinand Boss, onde ele produzia uniformes, camisas, jaquetas e capas de chuva. O fundador da
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pequena empresa morreu em 1948, mas seus netos reinventaram a marca nos anos 1960, confeccionando elegantes ternos. Os produtos da marca logo se tornaram muito cobiçados na Europa e, posteriormente, ficaram famosos no mundo todo. A marca hoje se divide em duas linhas: Boss e Hugo. Cada uma é voltada para um público-alvo com diferentes estilos de vida, gostos e preferências. A Boss, que chegou ao mercado em 1970, é a principal
linha da holding Hugo Boss. É mais clássica, mas tem um lado moderno e clean. As coleções dessa linha oferecem peças versáteis e elegantes, para executivos e executivas, mas não só para os ambientes profissionais, como também para momentos de lazer e para eventos noturnos. Com cortes suaves e acabamento apurado, rico em detalhes, as coleções masculina e feminina da Boss oferecem looks perfeitos, sofisticados e de qualidade excepcional. Já a Hugo aposta em uma moda mais vanguardista e urbana. Ela se destina a formadores de opinião e apresenta looks inovadores com um toque individual e moderno. Ao oferecer um design de tendências e de qualidade superior, as peças da linha Hugo satisfazem as altas expectativas de seus clientes preocupados com moda, estilo e atitude. Inicialmente introduzida como uma linha de moda masculina, foi lançada em 1993 e complementada pela primeira coleção feminina a partir de 1998. E o universo da Hugo Boss ainda é reforçado por uma grande variedade de produtos licenciados, incluindo perfumes, relógios, óculos, calçados, bolsas, roupas infantis e artigos de cama, mesa e banho.
DA COLEÇÃO BOSS OUTONOINVERNO 2017, QUATRO LOOKS OFERECENDO VARIAÇÕES VERSÁTEIS DE MODA COM UMA RICA GAMA QUE É AO MESMO TEMPO ELEGANTE E MODERNA. A LINHA PREMIUM É COMPLEMENTADA COM SAPATOS, ACESSÓRIOS E ARTIGOS LICENCIADOS, COMO ÓCULOS, RELÓGIOS E PERFUMES
Os itens dessa requintada grife podem ser encontrados em mais de 6.300 pontos de venda e 622 lojas próprias em mais de 120 países. No Brasil, está presente desde o ano de 1988. A comunicação da marca é calcada em campanhas publicitárias com imagens criadas por renomados fotógrafos e protagonizadas por modelos internacionais ou estrelas de Hollywood – como Gwyneth Paltrow, Ryan Reynolds, Chris Hemsworth e Gerard Butler –, apoio às artes e patrocínios a grandes eventos, como espetáculos glamurosos e torneios esportivos. Um bom exemplo disso é Lewis Hamilton, que é bicampeão de Fórmula 1 e atua também como um dos principais rostos da marca. www.hugoboss.com
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beachwear
LENNY NIEMEYER
O Diabo não veste Lenny Niemeyer Quando pisou nas areias do Arpoador, Lenny ainda encontrou espelhinhos bordados e franjas hippies. Chegam os anos 80 e a aeróbica define novas curvas. Recém-casada, acabava de se mudar e as amigas pediam biquínis do Rio Cláudio Parreiras
foto © CLAUDIA GARCIA
por
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foto © MARCIA FASOLI
foto © EDUARDO REZENDE
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ua missão: “repaginar a garota de Ipanema” equilibrando o charme carioca com a modelagem paulista. Improvisa atelier na garagem e serrando tutanos de boi cria laterais – seu primeiro detalhe fashion! Estudou arquitetura, paisagismo e desenho industrial. Adorava pintar, se vestir diferente e dançar no “Studio 54”, com tanta vitalidade não passaria o dia em casa. Desenha coleções para “Company”, “Krishna”, “Fiorucci” e em dez anos a santista Maria Helena Ortiz transforma-se em Lenny Niemeyer. Sua primeira boutique (1993) é um caso de amor totalmente correspondido com o Rio de Janeiro. Sua griffe torna-se referência de bom gosto. A cliente é o retrato de seu dinâmico e glamouroso lifestyle. Os tão esperados desfiles são movidos a “será que vai dar certo?” e orações para Santa Terezinha. Lenny precisa
PARA CRIAR AS COLEÇÕES, LENNY SOBREVOA ETNIAS E CULTURAS MERGULHANDO EM MARES DISTANTES, E JÁ SE DECIDIU: EM 2018 SEUS MODELOS VÃO VIAJAR ENTRE O MISTICISMO E ABSTRACIONISMO. ACIMA, A TOP AMANDA WELLSH NUM BIQUÍNI BICOLOR DO INVERNO GEOMÉTRICO DA COLEÇÃO DE 2017 E À DIREITA, YANA TRUFANOVA NUMA PEÇA DA COLEÇÃO INSPIRADA NA ARTE SHIBARI
escrever uma história em sua cabeça e coloridas ideias começam a fluir. “Quando a inspiração chegar, que me encontre trabalhando”. Sobrevoa etnias, culturas, mergulha em mares distantes, atravessa savanas ou os Jardins de Burle Marx. Máscaras grafitadas ou azulejos de Adriana Varejão são filtrados por sua refinada ótica. Na próxima coleção, em 2018, uma viagem entre o misticismo e abstracionismo. Sem medo da tesoura ou desafios ela sempre prova que “manda e desmanda na moda praia”. A fotogênica primeira fila ovaciona e a imprensa: “an icon of the brazilian fashion scene”. Consagrada como anfitriã, sua townhouse é uma espécie de embaixada para celebridades. Os dotes culinários e sua arte de receber originaram livros e programas na TV. O risoto de limão siciliano e o já famoso bolo de chocolate derrubam qualquer top model. A empresária de folego invejável precisaria de um dia com 48 horas. Perfeccionista observa do pesponto de um zíper aos milímetros de um drapeado. Dos tapetes para o showroom de New York aos arranjos de flores tudo passa sob seu olhar. Não sai do escritório sem perguntar: “Posso ajudar alguém em alguma coisa?”. No silêncio mora o perigo! Desocupada a loura pode chegar “aos bordos de uma crise de nervos”. Acrescentar “deveres de casa”: projetos paralelos e sempre a pesquisa no closet da filha Bel, uma de suas maiores musas. Democrática aos extremos nunca toma uma decisão sem perguntar a opinião de muitos... Decididamente “O Diabo não veste Lenny Niemeyer” e nenhuma onda apagará seu “sophisticated and stylish beachwear”. www.lennyniemeyer.com
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raça canina de companhia CHIHUAHUA
Um pequeno gigante Além de alegres, afetuosos e comunicativos, cachorrinhos originários do México têm como diferencial sua alta “portabilidade” – podem estar sempre ao seu lado, onde você for
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s Chihuahuas podem ser definidos como verdadeiros “bonsais caninos”: além de compactos, são lindos, preciosos e admirados. Por onde passam, atraem as atenções. Apesar de pequeninos, pesando algo entre 1,5 kg e 3 kg, eles possuem uma estrutura corporal muito sólida e robusta. Mesmo com perninhas curtas, são velozes e, a propósito, adoram fazer exercício, brincar, caminhar ao lado de seus donos e até mesmo nadar. Outra coisa que eles amam é tomar um bom banho de sol – quem não gosta, não é mesmo? Pelos registros históricos, os Chihuahuas são originários da região noroeste do México, onde, acreditase, viviam de forma selvagem até os séculos X ou XII, quando teriam sido domesticados pelos habitantes da civilização tolteca. Nos Estados Unidos, a raça foi oficialmente reconhecida pelo Kennel Club NorteAmericano em 1904. De lá para cá, tornou-se muito popular não só nos EUA e no Canadá, como também na Europa e na América do Sul. Aqui no Brasil, um dos canis mais conceituados dessa linhagem é o AMB Secrets, que a criadora Ana Maria Barcellos comanda em São Paulo. Lá vivem exemplares que ganharam os mais importantes prêmios do país e no exterior.
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Algumas de suas matrizes e reprodutores são de linhagem inglesa, italiana e americana, e os filhotes possuem pedigree com a melhor carga genética possível. Lá, eles crescem livres até o momento de encontrarem seus donos. Por conta disso, são familiarizados com os humanos e também acostumados a socializar com outros cães. Dessa forma, ao se tornarem adultos, não costumam ser medrosos, tímidos ou agressivos e barulhentos. Os cachorros dessa raça são dotados de forte personalidade, mas em geral são extremamente afetuosos e de comportamento muito dócil. Com todos esses predicados, são considerados excelentes cães de companhia. Mesmo tendo a fama de “cachorros de bolsa” – o que eles adoram –, é sempre bom o dono ter em mente que os Chihuahuas precisam extravasar a energia acumulada em seus corpinhos. No canil de Ana Maria, por exemplo, existe uma rica brinquedoteca, com vários passatempos e apetrechos para eles se divertirem sem a chance de se entediar e, assim, manterem-se sempre saudáveis, calmos e dispostos. Pelo padrão da raça, podem ter pelo curto ou longo. Não existe uma cor certa para a pelagem, mas as mais comuns
O CANIL AMB SECRETS QUE A CRIADORA ANA MARIA BARCELLOS COMANDA EM SÃO PAULO, É UM DOS MAIS CONCEITUADOS DA LINHAGEM DOS CHIHUAHUAS NO BRASIL. SEUS EXEMPLARES GANHARAM OS MAIS IMPORTANTES PRÊMIOS DO PAÍS E NO EXTERIOR
são o dourado, o branco e o preto. A única que não é permitida é o merle (tigrado).Ideais para quem vive em apartamentos, os Chihuahuas não têm odor e aprendem rapidamente a fazer suas necessidades fisiológicas em tapetinhos higiênicos. Uma peculiaridade interessante da raça é que seus indivíduos costumam ser inteligentes e assimilam e entendem logo os comandos que lhes são passados. Excelentes guardiões, alertam os donos sempre que detectam algum barulho ou movimento estranho. Deixe-se seduzir pelo olhar cativante e expressivo desses pequenos gigantes. Um Chihuahua em casa é garantia de alegria e de um amor fiel e incondicional! ambsecrets@gmail .com
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new architects NATALIE BERGAMO E PRISCILA COX
Projetando São Paulo e Miami Formadas pela Belas Artes de São Paulo, as arquitetas e urbanistas Natalie Bergamo e Priscila Cox encontraram em suas diversidades a fórmula para o equilíbrio arquitetônico
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om a experiência adquirida ao longo dos anos em grandes construtoras e incorporadoras, assim como em renomados escritórios de arquitetura, as arquitetas e urbanistas Natalie Bergamo e Priscila Cox fundaram a Beco Arquitetura, que tem como objetivo principal manter a sofisticação e a elegância em seus projetos. As arquitetas buscam entender o desejo do cliente e, de maneira personalizada, elaborar um projeto único. “Acreditamos que na combinação das nossas experiências e habilidades conseguimos agradar ao mais amplo leque de clientes. Temos por princípio não fazer distinção entre os projetos – seja ele de um móvel ou de um edifício, dedicamos nossos esforços e carinho aos nossos clientes por igual.” @beco_arquitetura
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APARTAMENTO PROJETADO PELAS ARQUITETAS NATALIE E PRISCILLA EM MIAMI, ONDE O USO PREDOMINANTE DAS CORES E REVESTIMENTOS FORAM O BRANCO E O FENDI, GERANDO AMPLITUDE E ACONCHEGO COM VISTA PARA UM DOS PRINCIPAIS CANAIS DE AVENTURA
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arte
CRISTINA SCHLEDER
Recipiente da vida Como a Cabala e a Natureza invadem o trabalho da artista
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s novas peças feitas por Cristina Schleder vêm sendo consequência de seus já explorados trabalhos com pedra bruta. Entrando no segmento do design, a artista está usando o mármore para criar suas novas obras. Tendo como tema, o Vaso, ela criou peças em que o recipiente recebe a Agua. Vaso=Planeta e Água=Vida. Para Cristina Schleder, o vaso que a remete à água, fez com que nascesse o Vaso Cachoeira, o Vaso Lago, o Vaso Rio, o Vaso Mar e o Vaso Fonte sendo que cada uma são peças únicas. Ela constrói uma escultura/peça. O resultado é fascinante, pois além do design, cada peça faz um trabalho de resiliência porque transporta os pedaços dos mármores/pedras para um novo micro habitat, similar ao seu de origem. Podemos classificar este conceito e a utilidade do objeto como uma arte/ design com foco na sustentabilidade. www.cristinaschleder.com.br
A NOVA SÉRIE DE CRISTINA SCHLEDER, DE CIMA PARA BAIXO: VASO LAGO EM MÁRMORE DE CARRARA, VASO MAR EM GRANITO PRETO E VASO CACHOEIRA EM MÁRMORE DE CARRARA COM PINTURA DE TINTA METALIZADA
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artes plásticas OSNI BRANCO
Mestre das formas O escultor, pintor e ceramista Osni Branco viveu durante duas décadas no Japão e passou também algumas temporadas morando nos Estados Unidos e na Itália, mas se orgulha em dizer que sua arte é genuinamente brasileira
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om 45 anos de vivência no mundo das artes, o artista plástico Osni Branco se dedica à criação de projetos visuais, esculturas fundidas pelo processo de cera perdida, pinturas, cerâmicas e cenários. Ele já expôs suas obras no Brasil, no Japão, na Itália, em Mônaco, na Suíça e nos EUA. Segundo Pietro Maria Bardi, criador do MASP – Museu de Arte de São Paulo, ele “representa um caso único, pois assimilou os modos orientais conseguindo uma expressão convincente de mensagem espiritual. Uma arte rica de símbolos ajeitados num tecido cromático original que denuncia o encontro do Oriente com o Ocidente”. Osni nasceu em Araçatuba em 1947 e cresceu numa fazenda, de onde trouxe a forte influência da natureza presente em suas criações. Viveu por 20 anos no Japão e também já morou na Itália e nos EUA. Em 1975, construiu seu ateliê e fundição em Itapecerica
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da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, onde concebe suas obras e ministra oficinas. Forjou sua carreira com base na pesquisa e no conhecimento aliado à sensibilidade. Começou fazendo um curso de fotografia. Em seguida, aprofundou-se nas áreas de pintura, escultura e cerâmica. Em 1973, no Japão, fez um curso de sumiê (pintura de nanquim sobre papel de arroz) e estamparia em tecido, incorporando técnicas claramente visualizadas em suas pinturas. Depois, por meio da American Foundrymen’s Society, aprendeu a dominar o processo de cera perdida (fundição de precisão) – que possibilitou a produção de esculturas fundidas em bronze, alumínio e aço inox. De 1984 a 1988, cursou cerâmica avançada em alumina translúcida na Universidade de São Carlos (SP). De volta ao Japão, estudou cerâmica com o professor Steve Tootell em Tóquio e em Mashiko. Em Nagoya, criou o Movimento Cultural Encontro de Arte em 1995, que durante dez anos ofereceu a jovens trabalhadores brasileiros
SEGUNDO PIETRO MARIA BARDI, CRIADOR DO MASP, A ARTE DE OSNI BRANCO “É RICA DE SÍMBOLOS AJEITADOS NUM TECIDO CROMÁTICO ORIGINAL QUE DENUNCIA O ENCONTRO DO ORIENTE COM O OCIDENTE”. NAS FOTOS, OBRAS DE OSNI EM ALUMÍNIO ANODIZADO E O ARTISTA NO ATELIER
residentes no Japão uma oportunidade de investir em si mesmos por meio de oficinas de arte realizadas em português, porém abertas a todos. Na Copa do Mundo de 2002, sediada no Japão e na Coreia, participou do projeto Kids Art Fever. O evento levou oficinas itinerantes de arte para estudantes a Tóquio, Nagoya, Kobe e Yokohama. Aqui no Brasil, Osni Branco criou troféus usados em torneios de futebol, tênis, golfe e tênis, além de inúmeras premiações do Governo do Estado de São Paulo, do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) e da Abal (Associação Brasileira do Alumínio), entre outras tantas. Ainda que exiba em suas obras muitas influências internacionais, Osni valoriza suas raízes. “Minha arte é brasileira”, afirma. Até hoje, sua chácara em Itapecerica se abre para grupos de designers, joalheiros, artistas e pessoas interessadas em arte e cultura. www.osnibranco.com.br
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hotel em paris LA RÉSERVE
Sempre teremos Paris Pertencente à nova leva de hotéis de luxo da capital francesa, o La Réserve se torna o endereço dos visitantes que, por todos os motivos, sempre voltam a Paris
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preciso ser ousado, ter suítes divinas e oferecer serviços impecáveis para conseguir encantar os hóspedes em uma cidade com tanta tradição em hotelaria de luxo como Paris. O La Réserve tem feito isso com verdadeiro primor desde que abriu suas portas na Avenue Gabriel, no sofisticado 8º arrondissement,
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em 2015. Intimista como um hotel boutique e com atendimento de gente grande, ele é o novo endereço de quem já visitou a capital francesa muitas vezes e, por todos os motivos do mundo, adora voltar. A poucos passos da Avenue Montaigne e da Rue Du Faubourg Saint-Honoré, está instalado em um edifício de 1854, originalmente construído para o Duque de Morny, meio-irmão de Napoleão III. Sua arquitetura, incluindo
O LIFESTYLE DA ALTA SOCIEDADE PARISIENSE DO SÉCULO XIX INSPIROU O DESIGNER FRANCÊS JACQUES GARCIA PARA DECORAR O HOTEL, COMO O GRAND SALON DO RESTAURANTE, A SUÍTE PARIS COM MÓVEIS E ESPELHOS ANTIGOS E SEDA ADAMASCADA NAS PAREDES, E OS BANHEIROS COM MÁRMORE DE CARRARA
a belíssima fachada, segue o estilo haussmaniano que é característico da região da Champs-Élysées. Durante algum tempo, foi propriedade de Pierre Cardin, até ser comprado por Michel Reybier, hoteleiro cuja rede inclui os La Réserve de Genebra e da Riviera Francesa. A decoração do hotel é obra do designer francês Jacques Garcia, que se inspirou no lifestyle da alta sociedade parisiense do século XIX para adornar os requintados cômodos com móveis e espelhos antigos, seda adamascada e boiserie nas paredes. De fato, circular pelos ambientes é quase ser transportado para a Belle Époque. São apenas 40 quartos, a maioria suítes com vista para a Torre Eiffel e para o Grand Palais. As camas são cobertas por lençóis Quagliotti, os banheiros têm mármore de Carrara e, como tudo foi recém-projetado, as instalações automatizadas detém alta tecnologia, com temperatura e iluminação controladas por tablets. Em todas as acomodações, há um mordomo designado para atender qualquer pedido, seja desfazer as malas, preparar a banheira ou criar um drinque exclusivo. Por falar em bebida, há que se dizer que cada quarto tem uma cave própria,
repleta de rótulos fantásticos, entre eles os Cos d’Estournel produzidos pelo dono do pedaço, Reybier, que é também vinicultor em Bordeaux. Como é de se esperar, a gastronomia é um diferencial nesse petit palais. O café da manhã, que você pode tomar na sua suíte, no jardim interno ou mesmo na biblioteca, tem inigualáveis croissants, geleias, pães. É difícil se controlar, mas lembre-se que o jantar lhe espera com um chef disposto a surpreender. Sob o comando de Jérôme Banctel, o restaurante Le Gabriel recebeu duas estrelas Michelin em fevereiro apresentando uma cozinha criativa, porém não delirante, que faz a lula assada ou o foie gras de pato surgirem à mesa com o encantamento de uma primeira vez. Para variar o cardápio, o restaurante La Pagode des Cos propõe uma viagem pelos sabores orientais, com delícias exóticas e levemente apimentadas dignas de um banquete de marajá. Exagerou no jantar ou não quer perder a forma? O Spa do La Réserve conta com sala de ginástica equipada e uma piscina aquecida de 16 metros. Os tratamentos, feitos com cosméticos anti-idade da marca suíça Nescens, são ideais para quem quer se recuperar do jet lag e prontamente sair a flanar por Paris. www.lareserve-paris.com
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hotel em paris LE MEURICE
Tradição renovada Com o toque do designer Philippe Starck, o Le Meurice se renova para continuar sendo o hotel preferido de hóspedes ilustres em Paris
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izem que as paredes têm ouvidos – e, no caso do Le Meurice, elas têm muita história para contar. Há quase dois séculos queridinho de viajantes ilustres, esse hotel de luxo na Rue de Rivoli já presenciou muita coisa e, mesmo pregando a discrição, guarda memórias de tempos passados em seus requintados ambientes. Conta-se que Salvador Dalí certa vez pediu para que
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lhe capturassem borboletas no Jardin des Tuilleries e as pusessem em seu quarto, para que lhe servissem de inspiração. Fato ou boato, a realidade é que o excêntrico artista era um hóspede frequente, escolhendo o hotel para suas estadas de um mês em Paris ao longo de 30 anos. Sua presença é sentida nos detalhes incorporados à decoração e, claro, no restaurante que leva seu nome. O Le Dalí, assim como as demais áreas sociais do hotel, passou por um recente facelift. No ano passado, o top designer Philippe Starck finalizou uma renovação
A SUÍTE BELLE ETOILE LOCALIZADA NO DÉCIMO SÉTIMO ANDAR DISPÕE DE UM TERRAÇO 360 GRAUS COM VISTA PARA A TORRE EIFFEL, NOTRE DAME E SACRÉ COEUR. TODAS SUÍTES TÊM MOBILIÁRIO ESTILO LUIZ XVI, CORTINAS FINAS, BANHEIROS DE MÁRMORE E OBRAS DE ARTE, COMBINANDO COM A VISTA DO HOTEL PARA O JARDIM DA TULHERIAS
de 1.8 milhão de euros. Dizem que nesta sua segunda colaboração com o Le Meurice, teve carta branca – mas, diante de tanta história e tradição, o que fez agora foi imprimir seu toque aqui e ali, modernizando os espaços sem descaracterizar o estilo aristocrático que é marca do hotel. O restaurante que homenageia o surrealista, por exemplo, ganhou um novo tapete desenhado pela filha de Starck, Ara. Peças como a cadeira cisne foram mantidas, enquanto novos elementos como um espelho inclinado e lustres com gotas de cristal foram introduzidos. Principal restaurante do hotel, o Le Meurice também foi repaginado. Grandes candelabros barrocos, uma escultura de Murano do artista Aristide Najean e acabamentos em cobre rosado complementam visualmente o belíssimo teto com afrescos pintados. Destaque para as icônicas Eero Saarinen Tulip brancas, que substituíram as cadeiras antigas levando frescor contemporâneo ao ambiente inspirado no palácio de Versailles. Tudo isso, claro, potencializa a experiência dos jantares preparados pelo chef Alain Ducasse. Duas estrelas Michelin, ele assina o menu dominado por incríveis reinterpretações da alta gastronomia francesa. Se a escolha entre o caviar e a lagosta for muito difícil, opte pelo menu degustação e delicie-se com uma seleção de criações. É de surpreender até o mais exigente dos gourmets. Os quartos do Le Meurice não foram mexidos – e nem precisavam. A última reforma de 2007 faz com que permaneçam confortáveis, bem equipados e conectados. Um deles, inclusive, serviu de locação para o filme “Meia Noite em Paris”, de Woody Allen. Cada suíte tem decoração única – algumas com camas com dossel, mas
todas com mobiliário estilo Luiz XVI, cortinas finas, banheiros de mármore e obras de arte. A suíte Belle Etoile, localizada no décimo sétimo andar, dispõe de um terraço 360 graus com vista para a Torre Eiffel, Notre Dame e Sacré Coeur. A suíte Presidencial, por sua vez, tem entrada privativa e vista para o jardim. Tudo acompanhado de um serviço de primeira, com direito a flores frescas e champanhe Krug na chegada. Como se vê, não faltam motivos para o Le Meurice ter sido o hotel preferido de Salvador Dalí, Elizabeth Taylor, Pablo Picasso e outros tantos hóspedes ilustres. www.dorchestercollection.com/paris/le-meurice
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hotel em paris MANDARIN ORIENTAL
Suntuosidade chinesa com charme francês Com apenas 138 exclusivas acomodações, hotel fica num dos quartiers mais elegantes da Cidade Luz e possui excelentes opções gastronômicas, além de um espetacular spa
COM PRECIOSA LOCALIZAÇÃO NA RUE SAINT HONORÉ, O MANDARIN DE PARIS É AGRACIADO COM A “DISTINÇÃO DE PALÁCIO”. AS SUÍTES COUTURE FORAM INSPIRADAS NAS MUSAS DOS FASHION DESIGNERS E O LUXUOSO BAR “8” É O POINT IDEAL PARA UM RELAX
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ocalizado num dos endereços mais fashion de Paris – rodeado de lojas de marcas como Chanel, Chloé, Marc Jacobs, Hermés, Tom Ford e Chopard – o Mandarin Oriental tem também outras atrações a menos de cinco minutos de caminhada, como o Museu du Louvre, a Place Vendôme, o Grand Palais e igreja da Madeleine. Inaugurado em 2011, possui 39 suítes e 99 quartos que estão entre os mais espaçosos da capital francesa. A decoração mistura o design contemporâneo francês com toques orientais. As suítes, em especial aquelas que são duplex, dão aos hóspedes a sensação de estarem em seu próprio apartamento – muitas delas têm agradáveis e convidativas varandas. A Royal Mandarin Suite é uma das mais luxuosas da Cidade Luz, com uma sala de jantar privativa, terraços e uma vista fabulosa do Jardim das Tulherias e do Rio Sena.
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ANTES OU APÓS O JANTAR
Para que seus hóspedes possam relaxar com muito estilo, o The Spa at Mandarin Oriental oferece um ambiente de calma oriental e vista para o jardim interno que ocupa o coração do hotel. Lá, terapeutas experientes conduzem os tratamentos holísticos de renome mundial do grupo hoteleiro chinês, com cosméticos, cremes e loções da grife Guerlain. Cada uma das sete spa suítes tem um banheiro com sauna e, nas três suítes de casal, os hóspedes ainda desfrutam de uma “vitality tub” – uma banheira especial que acomoda confortavelmente duas pessoas. Para completar, o spa conta ainda com um hammam e uma piscina coberta de 14 metros de extensão que fica aberta até altas horas. O fitness centre é equipado com os mais modernos aparelhos e tem personal trainers à disposição para séries customizadas. Na área gastronômica, o Mandarin Oriental tem o renomado chef Thierry Marx como diretor culinário. Ele coordena os trabalhos nos quatro diferentes ambientes – cada um com uma proposta diferente que atende a uma
determinada ideal ocasião. O restaurante gourmet do hotel é o Sur Mesure par Thierry Marx, onde o chef exibe seu talento e oferece suas provocativas e instigantes criações. Cada prato é um espetáculo que aguça a visão, o olfato e o paladar. No Camelia, o destaque é a cozinha francesa contemporânea, com uma vitrine de live cooking onde é possível observar os chefs preparando os pratos. Com algumas mesas no jardim do hotel, é o lugar perfeito para um almoço ao ar livre. Para quem busca um drinque para encerrar com chave de ouro uma noite memorável, a dica é o balcão do Bar 8, onde os bartenders se esmeram no preparo de clássicos da coquetelaria internacional. Por fim, o hotel tem ainda uma graciosa cake shop, onde são servidos chocolates e maravilhas da pâtisserie francesa, como os macarons – que podem ser consumidos ali mesmo na companhia de um café ou de um perfumado chá ou levados como uma inspirada opção de presente. www.mandarinoriental .com/paris
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hotel de londres THE RITZ
Uma das joias da Rainha Quando você ficar no Ritz, reserve uma das suítes com suas janelas voltadas para o Royal Green Park. Além de majestosas, numa mistura da tradicional decoração inglesa com forte interferência do clássico francês, elas têm vistas que fazem você se sentir num palacete da realeza no campo
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A ENTRADA DO SALÃO DE CHÁ PALM COURT DO RITZ, QUE SE ERGUE MAJESTOSO TENDO A SEUS PÉS O GREEN PARK E DETALHE DO QUARTO DE UMA
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decoração abusa das sedas, veludos, adamascados e dourados que em alguns momentos nos faz voltar no tempo apesar de todos os confortos tecnológicos. São apenas três em cada andar e recentemente o espaçoso apartamento do sétimo andar, a Green Park Suite, foi totalmente remodelada. A sala com uma fantástica lareira de mármore, sala de jantar e a cozinha funcional, ganharam a leveza da decoração contemporânea, sem perder as tradicionais características do The Ritz. E para todos que se hospedam nela, o hotel oferece uma variedade de complementary como, o serviço personalizado de um mordomo 24 horas por dia, assim como um motorista para fazer os transfers, entre hotel e aeroporto, em seu icônico Ritz Rolls-Royce Phanton. O delicioso toque “old fashion style” fica por conta das grandes, pesadas e douradas chaves, que você deixa na recepção quando sai e lhe são entregues quando volta. O The Ritz de Londres, que faz parte da Leading Hotels Of The World, tem uma magia especial que atrai pessoas de todo o mundo para seus salões, principalmente para o famoso chá das cinco, com música ao vivo. Sempre lotado, é imprescindível reservar, normalmente com antecedência de três meses. Dress code: tenue de ville e cuidado, nada de tênis. Você não entra. Afinal, o Palm Court, com sua louça turquesa e suas pratas exclusivas, tem uma requintada decoração composta por móveis franceses do sec. XVIII. Até alguns anos atrás, as pessoas ainda dançavam durante seu chá da tarde. Mesmo com toda a formalidade, você sempre se sentirá à vontade como se estivesse no aconchego de sua própria casa, pois o staff está sempre trabalhando para atender todos os seus desejos e necessidades, mantendo uma relação de respeito e intimidade. Entre todos os prazeres que o The Ritz proporciona, temos o breakfast, servido no The Ritz Restaurant que além do fantástico buffet oferecido, nos acolhe em seu salão com colunas de mármores, paredes e tetos cobertos por afrescos e uma das paredes totalmente espelhada
DAS SUÍTES DE PRINCESA
onde todos os dourados da decoração são refletidos. Sem contar, os tapetes cor cereja com grandes flores, as poltronas em veludo e todos os impressionantes chandeliers dourados. O The Ritz Restaurant, que funciona diariamente no almoço e no jantar, é detentor de uma estrela Michelin, comandada pelo chef John Williams. E é no movimentadíssimo Rivoli Bar que você pode tomar seu drink mesmo pela manhã, pois funciona o dia todo. Sua decoração tem toques art deco que contrasta com a influência africana do ambiente. E outra surpresa surge quando você desce as escadas para o The Ritz Club, com suas mesas de roletas, blackjack, pôquer... entra-se num mundo a parte. Você não encontra apenas um incrível cassino mas também um local onde acontecem sofisticadas e exóticas festas. Desde que foi inaugurado, em 1906, o centenário The Ritz, é reconhecido como uma referência que simboliza Londres e ostenta o cobiçado Royal Warrant of Appointment to The Queen. por Cristina Schleder theritzlondon.com
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hotel de londres THE GORING HOTEL
Deliciosamente Britânico Ele funciona como a realeza e vem mantendo a hierarquia de pai para filho desde que foi inaugurado em 1910 no coração de Belgravia
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ocalizado bem atrás do palácio de Buckingham, o aparentemente discreto e impecável pequeno hotel, me surpreendeu. Ainda pisando no primeiro degrau da entrada, fui recebida por um team que, um me ajudou a tirar o manteaux, outro se encarregou
da minha valise de mão e o outro abriu passagem me conduzindo até a recepção. Fui escoltada, pois por incrível que pareça às 9h30am o lobby, o lounge e o bar estavam borbulhando, lotados por pessoas que gargalhavam dando a sensação de que eu estava entrando numa festa divertida e elegantérrima. Durante o período em que estive hospedada lá, vi ser este, o mood constante do The Goring.
O HALL COM SEU STAFF PRIMOROSO, A ROYAL SUITE, QUE É UM APARTAMENTO COMPOSTO POR TRÊS SUÍTES E O DELICIOSO JARDIM ONDE É SERVIDO DO BREAKFAST À CEIA
Para chegar à minha suíte fui levada por um caminho encantado passando por ambientes e corredores totalmente forrados por exclusivíssimos papéis de parede que me remetiam aos bosques ingleses, com suas árvores, flores, animais e pássaros. Alguns deles eram bordados com fios de seda. Indescritível! Você tem que se hospedar lá para saber o que é isso! Em 2010 o hotel contratou vários designers de interiores ingleses para uma remodelagem contemporânea, com todos os confortos e necessidades tecnológicas. E nas palavras do proprietário Jeremy Goring: “Nós quisemos que ele, ao completar seus 100 anos, mantivesse suas características, sua personalidade, sua história e seu englishness.” Cada uma das 69 suítes é única em sua decoração carregada de tradição. Os corredores de cada andar tem sua cor exclusiva em seu decor florido, que chega a ser uma poesia. Aliás, todos os ambientes do hotel, têm um toque mágico. Em 2011, o The Goring teve a honra de ser o escolhido para hospedar, no seu Royal Apartment, Kate Middleton e família, em sua última noite antes de seu casamento com o Príncipe William. Ano após ano, o The Goring vem recebendo os mais variados prêmios,
mantendo inclusive o cobiçado Royal Warrant of Appointment to HM The Queen for Hospitality Services. Seu restaurante, o The Dining Room, comandado pelo chef Shay Cooper, tem três AA Rosettes e ganhou sua primeira estrela Michelin em 2015. Soberbo! E caso queira jantar com seu grupo de amigos ou a trabalho, você pode reservar uma das encantadoras salas privés. O maior jardim dos hotéis de Londres é o do The Goring e nele podemos tomar café da manhã, almoçar, jantar ou apenas tomar um chá, sempre entre abril e setembro, como se estivéssemos numa autêntica British Country House. A paixão da família Goring pela qualidade e perfeição em todos os detalhes, tornará sua estadia memorável! por
Cristina Schleder www.thegoring.com
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hotel em new york LOTTE NEW YORK PALACE
Clássico nova-iorquino Com vista para a St. Patrick’s Cathedral, o Lotte New York Palace é, em si próprio, um cartão-postal de Manhattan
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om muito de tudo, inclusive hotéis cinco estrelas, Nova York é daquelas cidades em que, diante de tantas opções disponíveis, o visitante teme fazer a escolha errada. Localização, conforto e serviço estão entre os critérios decisivos na hora de reservar a hospedagem, e o Lotte New York Palace atende a todos esses critérios quando o assunto é curtir Manhattan e seus adoráveis clichês. Situado em Midtown, na Madison Avenue com a 50th
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St., ele é daqueles hotéis à moda antiga, com decoração clássica e serviço impecável. Sua escadaria imponente e seus muitos detalhes dourados no lobby fazem lembrar seus áureos tempos de palacete – e que ele é, em si próprio, um cartão-postal da cidade. A história do edifício remonta ao fim do século XIX, quando o magnata Henry Villard encomendou a construção de sua residência, a Villard Mansion, com o estilo neorrenascentista em voga da época. A área de acesso a carruagens é hoje o charmoso pátio de entrada na Madison. A transformação em hotel aconteceu em
AS SUÍTES CONTAM COM ESCRITÓRIO E SALA DE ESTAR, E SEUS AMBIENTES SÃO DECORADOS COM TECIDOS FINOS E LUSTRES DE CRISTAL. DO SEU TERRAÇO, O SKYLINE DE MANHATTAN É SIMPLESMENTE ARREBATADOR. A EXUBERÂNCIA DO BAR GOLDEN ROOM E O CENTENÁRIO PÁTIO DE ENTRADA DO PALACE NA MADISON AVENUE
1980, quando foi autorizada a construção da enorme torre espelhada ao fundo. Um dos pontos altos do Lotte é, sem dúvida, sua localização central. A poucas quadras de pontos turísticos como o Rockefeller Center e o MoMA, ele fica na região do Theater District, onde estão a Times Square e os teatros da Broadway. Fica bem em frente à St. Patrick’s Cathedral, de onde dá para bater perna e visitar as lojas que tornam a 5ª Avenida um dos destinos de compras mais famosos do mundo. Sobre o critério conforto, não há com o que se preocupar. Depois de uma renovação de US$ 140 milhões em 2013, o hotel teve suas acomodações modernizadas e suas áreas comuns restauradas. Hoje, conta com 909 quartos, todos aconchegantes a ponto de fazer você se sentir em casa. O destaque fica para o chamado The Towers. Ocupando os 14 últimos andares da torre de 55, essa espécie de hotel dentro do hotel tem elevador e recepção privativos, concierge próprio e 176 espaçosas suítes. Nessa área, tudo é feito para ser impecável: você é recebido
com frutas frescas, seu jornal preferido está à disposição e, ao voltar à noite de um show ou jantar, sua cama estará devidamente aberta, com algum mimo na cabeceira. Melhor do que isso, só uma das três suítes especiais. A Jewel Suite, por exemplo, é um tríplex de mais de 400 metros quadrados criado em colaboração com o designer de joias Martin Katz. Além de contar com escritório e sala de estar com piano, seus ambientes luxuosos são decorados com tecidos finos e lustres de cristal. Do seu terraço, o skyline de Manhattan é simplesmente arrebatador. No quesito serviço, o Lotte não poderia ser melhor servido. No restaurante Villard é oferecido um café da manhã inesquecível, assim como brunch nos finais de semana. A experiência gastronômica se completa com a confeitaria Pomme Palais e com os bares de coquetéis Trouble’s Trust e Tavern on 51. Isso sem falar do Rarities, ambiente de apenas 25 lugares, só para convidados, com uma coleção de vinhos e destilados raros. Hospedar-se no Lotte é vivenciar o que Nova York tem de melhor, é estar a dois passos dos cenários dos filmes de Woody Allen, é se dar ao prazer de curtir todas as mordomias de um cinco estrelas. No Lotte, não tem como errar. www.lottenypalace .com
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hotel no brooklin, nyc THE WILLIAM VALE
O lado mais cool de NY Inaugurado no ano passado, o The William Vale se junta à efervescente cena hoteleira do Brooklyn com design futurista e um rooftop arrasador
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Brooklyn deixou, há tempos, de ser aquele bairro marginalizado e perigoso que víamos nos filmes. Ao contrário, desde que artistas de toda espécie migraram para a área ocupando seus galpões abandonados, tudo por ali se desenvolveu e virou cult. Hoje, morar, visitar ou hospedar-se no lado de lá da ponte significa estar antenado ao que acontece em uma das regiões mais criativas de Nova York. E, se de um lado a especulação imobiliária encareceu os serviços, de outro acrescentou uma série de comodidades. Atualmente, o que não falta no Brooklyn é hotel descolado, e o The William Vale é o mais novo deles. Em funcionamento desde setembro de 2016, esse hotel boutique ainda tem cheiro de novo e está localizado
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em Williamsburg, vizinho à famosa cervejaria Brooklyn Brewery. A poucas quadras do McCarren Park e da Bedford Avenue, está próximo à estação de metrô que liga o bairro a Manhattan e tem ao seu redor as mais diversas opções de restaurantes, bares e lojas de design que fazem dessa localidade um ponto de encontro de modernos e jovens criativos. Com uma arquitetura muito atual, o The William Vale se destaca entre os icônicos armazéns de tijolinhos e, ao mesmo tempo, integra-se à paisagem urbana. O edifício tem design futurista, com formas geométricas, madeira clara e muito, muito vidro. A entrada privilegia o contato e a integração com a rua, enquanto o lobby, mais gelado em função do mármore branco no piso, exibe uma enorme e multicolorida instalação da artista plástica Marela Zacharias. Na verdade, essa obra é só a primeira que você verá neste hotel de vocação artística. Como numa galeria,
A MAIS LUXUOSA DAS SUÍTES, A VALE GARDEN RESIDENCE, É UM DUPLEX ESPAÇOSO COM JACUZZI A CÉU ABERTO; A CINEMATOGRÁFICA VISTA DA GOTHAM CORNER SUÍTE E O DESIGN FUTURISTA DO HOTEL, COM FORMAS GEOMÉTRICAS, MADEIRA CLARA E MUITO, MUITO VIDRO
há quadros espalhados por corredores, áreas públicas e quartos, todos de criadores contemporâneos locais, como Brett Flanigan, Sierra Siemer e Peter Warren. Todos os 183 quartos, cujo design é assinado pelo Studio Munge, seguem a mesma estética hipster chic, com mobiliário moderno, detalhes geométricos, janelas do chão ao teto e varandas com vistas deslumbrantes. Tudo é clean, bonito e aconchegante, principalmente os lençóis da grife Frette e as amenities de banho da L’Occitane. A mais luxuosa das suítes, Vale Garden Residence, é um duplex espaçoso com jacuzzi a céu aberto. Se os ambientes privativos impressionam, as áreas de convivência são, sem dúvida, o ponto alto do hotel. O deck onde está a piscina de quase 20 metros, mais comprida de Nova York, e o passeio elevado repleto de verde chamado Vale Park, são lugares para encontrar gente interessante de todo tipo. À tarde, uma turma se junta nesse parque para
comer o hambúrguer do Mister Dips, servido em um trailer da década de 70 reformado. Cool, não? Como gastronomia é artigo de primeira necessidade em qualquer hotel de luxo que se preze, o The William Vale tem um chef com estrela Michelin assinando o cardápio de seus restaurantes. No Leuca, situado no piso térreo, Andrew Carmellini propõe massas, pizzas e pratos inspirados no sul da Itália, com diferentes menus para almoço, jantar e brunch. Já no Westlight, bar no 22º andar, há porções inspiradas na comida de rua internacional e uma arrasadora vista panorâmica de Manhattan. Começa a encher no final da tarde, quando o sol se põe no East River e as pessoas se encontram para um drinque. Dica: faça reserva, pois esse é o rooftop mais disputado e trendy de Nova York. www.thewilliamvale .com
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hotel no rio de janeiro EMILIANO
Alma carioca Novo hotel de luxo da orla carioca, o Emiliano Rio presta um tributo à arquitetura brasileira com suítes irretocáveis que se abrem para Copacabana
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m cantinho e um violão, este amor, uma canção”... é inevitável não cantarolar Tom Jobim quando se avista, das areias de Copacabana, o Emiliano Rio de Janeiro. Inaugurado no ano passado, o novo hotel de luxo celebra o estilo de vida carioca e se destaca entre os edifícios da orla graças à leveza da sua fachada, feita de grandes painéis vazados que se abrem para o mar. Idealizada por Arthur Casas e Chad Oppenheim, que assinam o projeto arquitetônico do hotel, a fachada articulada não apenas permite a entrada de luz e ventilação no interior das suítes como também resguarda a privacidade dos hóspedes. Orgânica e funcional, ela faz uso do cobogó, elemento
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vazado adotado por nomes como Lucio Costa e Oscar Niemeyer na década de 1950, quando tanto a arquitetura modernista quanto a Bossa Nova despontavam como autênticas expressões da nossa identidade cultural. O Emiliano Rio, de fato, presta um tributo à arquitetura modernista brasileira. No lobby, por exemplo, o grande painel de Burle Marx serve de referência para o design do interior, com suas curvas sensuais e linhas elegantes norteando cores e mobiliário de época. A atmosfera é sóbria, funcional e livre de excessos, mas carregada de uma ginga puramente nacional. Estamos, afinal, em Copacabana, cartão-postal do Brasil. Sem perder o encantador acento carioca, os quartos são cosmopolitas e têm de 42 a 120 metros quadrados, medidas maiores que o padrão. São apenas 90, o que permite um atendimento personalizado e um serviço de extrema qualidade, aos moldes do que se tornou referência
EMILIANO IN RIO: UM TRIBUTO À ARQUITETURA MODERNISTA BRASILEIRA. OS QUARTOS E SUÍTES SÃO COSMOPOLITAS, COM MEDIDAS MAIOR QUE O PADRÃO, ENXOVAL DE ALGODÃO EGÍPCIO E ÁREA DE BANHO INTEGRADA. ALÉM, CLARO, DE UMA VARANDA COM VISTA DO LEME AO FORTE DE COPACABANA
no Emiliano da capital paulista. A Ocean Master Suite, mais espaçosa das acomodações, tem cama super king size, enxoval de algodão egípcio e área de banho integrada ao quarto. Além, claro, de uma varanda com vista do Leme ao Forte de Copacabana. Quando no Rio, faça como os cariocas e cuide-se. No 11º andar, a área de bem-estar abriga uma academia privativa e o Spa Santapele, que tem um menu completo de massagens e tratamentos faciais e corporais. Do shiatsu à massagem aromática esfoliante, os programas são focados em experiências relaxantes, desintoxicantes e revigorantes. A cozinha do hotel também valoriza o light, o natural e o sensorial. No restaurante Emile, o cardápio contém receitas feitas com produtos orgânicos e ingredientes frescos da estação. Peça as vieiras com palmito pupunha e, de sobremesa, a torta de limão com hibisco. Executados
à perfeição pelo chef Damien Montecer, são pratos que aguçam os sentidos tanto quanto o ambiente verde e fresco do restaurante, cercado por um exuberante jardim vertical. De fato, parece que você está almoçando em meio à Mata Atlântica, num cantinho especial de uma floresta tropical. Para quem está hospedado em frente ao mar, uma piscina pode não fazer muito sentido. Mas, convenhamos, essa é “a” piscina. No rooftop do edifício, ela tem deck molhado e uma borda infinita que cria a sensação de se fundir com o mar. Acomode-se numa espreguiçadeira, peça uma água de coco e aproveite a vista, que é extraordinária e perfeita para fazer aquelas fotos de Instagram que causam inveja nos amigos, sejam brasileiros ou gringos. E o melhor: nem precisa de filtro. www.emiliano.com.br
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paraty
POUSADA DO SANDI
Sofisticação e história no Paraíso Unindo o conforto e a qualidade de um hotel de luxo à simplicidade do estilo colonial, a Pousada do Sandi é um dos destinos favoritos de quem visita a paradisíaca cidade de Paraty
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ocalizada no centro histórico e a pouco tempo das belezas naturais do local, é possível vivenciar ao máximo cada aspecto dessa fantástica viagem, desde um delicioso café na cama a diversos passeios, a pé ou de barco, entre praias, suas mais de 300 ilhas, cachoeiras, águas cristalinas, prédios tombados, museus, igrejas, fortes militares e uma vasta área intacta da Mata Atlântica. Instalada em uma das construções mais importantes de Paraty, a Pousada do Sandi é referência na cidade, assim como a cachaça ou a natureza. O casarão de 300 anos,
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que conserva a arquitetura e os elementos decorativos da época de sua fundação no Brasil colonial, já funcionou como o Grupo Escolar Raul Pompéia (de 1945 a 1955) e a Associação Cultural e Recreativa Paratiense (de 1955 a 1960) – um dos mais belos cartões portais de Paraty. A infraestrutura da pousada oferece, ao mesmo tempo, mordomia e um ambiente acolhedor, tendo em suas dependências dois restaurante de alta gastronomia, com chef siciliano, única pousada do Centro Histórico com academia, captain’s bar, sauna seca e a vapor, piscina, sala de reunião com internet, lavanderia, mini spa. Seu impecável serviço atende com prontidão e cordialidade
LOCALIZADA NO CENTRO HISTÓRICO E A POUCO TEMPO DAS BELEZAS NATURAIS DE PARATY, A POUSADA DO SANDI INSTALADA NUM CASARÃO DE 300 ANOS, QUE CONSERVA A ARQUITETURA E OS ELEMENTOS DECORATIVOS DA ÉPOCA DE SUA FUNDAÇÃO NO BRASIL COLONIAL, OFERECE DOIS RESTAURANTES DE ALTA GASTRONOMIA COM CHEF SICILIANO E É A ÚNICA POUSADA NO CENTRO COM ACADEMIA, CAPTAIN’S BAR, SAUNA SECA E A VAPOR E PISCINA
aos vinte e nove quartos. Todos os quartos dispõem de ar-condicionado, frigobar, telefone, cofre digital, TV a cabo, circuito interno de vídeo com mais de 350 títulos, banheiro privativo, cama king size (quarto casal), lençóis Trousseau 100% algodão – 300 fios, secador de cabelo, travesseiros plumas de ganso – menu de travesseiros nas suítes. Recentemente foi incorporada à Pousada do Sandi uma área vizinha de 450 metros quadrados, agregando mais quatro novas suítes, área social e piscina. Entre a serra e o mar, com uma baía de águas calmas e cristalinas, Paraty se divide em duas partes, uma dentro do Parque Nacional Serra da Bocaina e a outra na Baía de
Paraty. São cachoeiras, lagos e mata nativa convivendo em perfeita harmonia com a baía, um aquário natural. Cerca de 400 anos atrás, a cidade era a principal saída do ouro de Minas para os portos europeus, além dos engenhos de cana-de-açúcar que ali ainda estão. Sua importância histórica contribuiu para a criação do conjunto arquitetônico mais charmoso do Brasil, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, com uma belíssima riqueza de cores, texturas, costumes e pessoas, tudo no mesmo lugar. pousadadosandi.com.br
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hotel boutique na praia NAU ROYAL
Refúgio à beira-mar No melhor estilo “hippie chic”, o Nau Royal combina luxo, privacidade e pé na areia. Próximo a São Paulo, é perfeito para curtir o litoral norte a dois
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cordar, olhar pela janela e sentir a brisa do mar é apenas o começo de um dia perfeito no Nau Royal. Localizado em Cambury, no litoral norte paulista, esse hotel boutique foi inteiramente pensado para tornar memorável a experiência à beira-mar. Autêntico pé na areia, ele tem saída direta para a praia e proporciona contato com a natureza sem abrir mão da comodidade que os hóspedes exigentes tanto apreciam. A pouco mais de duas horas de São Paulo, é o escolhido dos casais para finais de semana românticos, lua de mel e celebração de votos. Começando pelas acomodações, que são apenas 13 em um terreno de 1.500 metros quadrados, todos os ambientes foram projetados para quem deseja aproveitar
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a atmosfera praiana com conforto e privacidade. A arquitetura e o design de interiores são um diferencial: usam madeira de reflorestamento e pregam a eficiência energética e hídrica, o que rendeu ao Nau Royal o título de Hotel Sustentável pelo Guia 4 Rodas 2013. A suíte Royal Saccaro dispõe de solarium com espreguiçadeiras e vista para o Atlântico. Com decoração moderna, seus 64 metros quadrados são banhados de luz natural e oferecem conforto na medida exata, com cama king size, banheira de imersão e enxovais Trussardi. A suíte Al Mare foi reformulada e possui o dobro do tamanho anterior. Agora em piso único e mais charmosa e aconchegante com 52m2 de frente para o mar. A suíte possui sala estilo lounge integrada ao quarto e aos banhos, tudo com o melhor visual para o oceano Atlântico, vista para Ilha dos Gatos e nos melhores dias, o arquipélago
O NAU ROYAL TEM APENAS TREZE ACOMODAÇÕES EM UM TERRENO DE 1.500 METROS QUADRADOS, ONDE TODOS OS AMBIENTES FORAM PROJETADOS PARA QUEM DESEJA APROVEITAR A ATMOSFERA
de Alcatrazes. Os banhos possuem dois chuveiros e cubas individuais e as amenidades da parceria com o Spa L’Occitane trazem as fragrâncias da região de Provence na França. O Spa by L’Occitane, diga-se, é um capítulo à parte dentro deste hotel de charme. As salas individuais e os gazebos ao ar livre são um convite para relaxar, meditar e cuidar do corpo e da alma. Depois do café da manhã ou após uma caminhada na praia, a pedida é curtir uma massagem relaxante e os tratamentos corporais de irresistível perfume provençal. E como alimentar-se bem é um dos fundamentos deste hotel à la “Comer, rezar e amar”, entregue-se às delícias gastronômicas preparadas com esmero no Nau Royal. Neste ano, a novidade é a inauguração do restaurante YYE, que chega para reforçar a vocação de Cambury como polo gastronômico do litoral norte. Com menu assinado pela
PRAIANA COM CONFORTO E PRIVACIDADE. O RESTAURANTE YYE TEM MENU ASSINADO PELA CHEF MORENA LEITE, DO CAPIM SANTO OFERECENDO OS SABORES TÍPICOS DA CULINÁRIA BRASILEIRA
chef Morena Leite, do Capim Santo, o restaurante abre exclusivamente para o jantar, das 19h às 23h30, oferecendo os sabores típicos da culinária brasileira. Comece a refeição com entradinhas leves e refrescantes, como a patinha de caranguejo com vinagrete de tomate ou o ceviche de peixe com coco. De prato principal, vá de camarão com rendas de mandioquinha servido com pirão de mexilhão, e finalize com o timbale de chocolate, cupuaçu e sorvete de açaí de sobremesa. É de comer rezando. O restaurante Azul Marinho, inaugurado em 2013 sob o comando da chef Marleide Ribeiro, continua funcionando no almoço. A cada ano, chefs convidados dão uma renovada no menu, e nessa temporada essa tarefa está a cargo de Arthur Dornelles. Depois de um bom banho de mar, é o lugar ideal para saborear delícias da cozinha contemporânea com ingredientes caiçaras. Escolha a Moqueca Royal ou o tradicional peixe azul marinho. Você não vai se arrepender. www.nauroyal .com.br
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categoria premium AUDI A4
Um sedã ambicioso Equipado com motor 2.0 de 252 cv de potência, modelo acelera de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos. Estrutura e carroceria totalmente renovadas: maior resistência e rigidez com menor peso.Tração integral Quattro é equipamento de série
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O NOVO A4 IMPRESSIONA EM TUDO. ELE É UM SEDÃ QUE COMBINA ESPORTIVIDADE, TECNOLOGIA E LUXO. ISSO FICA EVIDENTE QUANDO OBSERVAMOS SUAS RODAS DE ARROJADO, O VOLANTE DE TRÊS RAIOS MULTIFUNCIONAL E O VIRTUAL COCKPIT, DEIXANDO-O COM UMA PRIMEIRA IMPRESSÃO IMPOSSÍVEL DE ESQUECER
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om 4,73 m de comprimento e distância entre-eixos de 2,82 m, o A4 tem um estilo imponente. Traços dominantes na frente e na traseira salientam a largura do carro. O desenho fluido com linhas concisas transmite a elegância esportiva da Audi. A grade singleframe é larga e baixa; os faróis full-LED transformam a tecnologia em uma marca visual registrada. Elegantes, lógicas e harmoniosas, as linhas fluidas ao longo das laterais resultam em uma aparência esportiva e alongada. O capô envolve as bordas superiores dos para-lamas. A linha de ombro começa nos cantos dos faróis e se curva de forma envolvente na direção da traseira. O design dinâmico flui suavemente para cima e as molduras das rodas apresentam uma forte saliência. Sob a linha inferior das janelas, a carroceria
tem aproximadamente o dobro da altura da distância entre a base das janelas e o teto – uma característica típica da Audi. O A4 também se destaca em sua classe em relação aos níveis de ruído. Todos os ocupantes desfrutam de um generoso espaço e as linhas suaves ampliam a sensação de espaço interno. A frente do painel apresenta diversas saídas de ar e uma grande superfície feita de materiais nobres e de alta qualidade. As cores e o acabamento seguem um novo conceito, permitindo aos clientes maior liberdade de configuração. São dez opções de pintura externa – Azul Luar, Azul Scuba, Branco Geleira, Branco Íbis, Cinza Manhattan, Cinza Monsão, Marrom Argus, Prata Curveé, Prata Florete, Preto Brilhante, Preto Mito, Verde Gotland, Vermelho Matador e Vermelho Tango – e três cores internas: preto, marrom e cinza. O Audi Cockpit Virtual, tela de instrumentos de TFT (Transistor Film Technology) totalmente digital com 12,3 polegadas que mostra as informações mais importantes por meio de brilhantes gráficos de alta resolução, com grande detalhamento e efeitos sofisticados. O motor 2.0 TFSI desenvolve 252 cv de potência e 370 Nm de torque, disponíveis entre 1.600 e 4.500 rpm. A unidade de dois litros, de baixo peso, com 1.984 cm3, acelera o novo A4 Ambition de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos e o leva a uma velocidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente. Entre os itens exclusivos desse motor se destaca o sistema de dupla injeção – direta no interior das câmaras de combustão e multiponto no coletor de admissão. Dependendo da solicitação, os dois sistemas podem trabalhar juntos ou separadamente, proporcionando o máximo desempenho com reduzidos índices de consumo e emissões. O trem de força e o chassi do novo A4 foram totalmente redesenvolvidos. A transmissão S tronic de sete velocidades, com dupla embreagem e trocas de marchas quase instantâneas, foi reprojetada. Para maior economia de combustível, o câmbio agora oferece uma função roda-livre. A versão Ambition vem equipada ainda com o sistema de tração integral permanente quattro, que distribui a força para as quatro rodas conforme a necessidade. Isso resulta em mais aderência, controle, estabilidade e, consequentemente, em maior segurança. www.audi.com.br
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picape
ALL NEW L200 TRITON SPORT
Estrela da nova geração Nenhuma outra picape acumula tantos méritos, conquistas e títulos que comprovam sua força como a L200 Triton Sport. Só no Rally dos Sertões, a maior prova off-road do Brasil, são seis vitórias, superando os maiores obstáculos e condições extremas
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volução de um projeto de muito sucesso e ousadia, a nova L200 Triton Sport carrega toda a experiência de quase 40 anos que a Mitsubishi Motors tem no desenvolvimento de picapes. Em sua quinta geração, o projeto foi concebido sob o conceito Ultimate Sport Utility Truck, com estilo dinâmico e atlético, esportividade e prazer ao dirigir; sofisticação, conforto e silêncio similares a um veículo de passeio; além do máximo em praticidade e durabilidade para usos comerciais. A picape está disponível em três versões: L200 Triton Sport HPE Top, L200 Triton Sport HPE e L200 Triton Sport GLS, todas com um novo e moderno visual. O conceito “All New” não é por acaso. Na quinta geração, tudo na L200 Triton Sport foi pensado e projetado para oferecer o máximo em conforto e a melhor dirigibilidade. É a picape mais equilibrada do mercado.
EFICIÊNCIA, SOFISTICAÇÃO, ROBUSTEZ E CONFIABILIDADE. O DNA 4X4 DA MITSUBISHI PRESENTE EM CADA DETALHE
O modelo vem equipado com o novo e moderno motor 2.4L turbo diesel, em alumínio, com 190cv e 43,8 kgf.m de torque. Aliado a tudo isso, conta com o exclusivo sistema MIVEC, que é capaz de entregar alto torque em baixas rotações e muita potência em regimes elevados. A L200 Triton Sport tem boas dimensões externas e interior espaçoso. O design lateral foi desenvolvido para expressar a personalidade da picape, que resulta em melhor performance dinâmica, agilidade e facilidade de condução. Projetada com a mais alta tecnologia e aerodinâmica, a L200 tem muito conforto, baixos índices de ruído e oferece prazer ao dirigir. Por dentro, os bancos com couro têm melhor ergonomia oferecendo mais conforto – e menos fadiga – em viagens longas. O do motorista vem com regulagem elétrica. É equipada com o mais moderno sistema de proteção com Full Airbags, e nove bolsas: frontais, laterais, de cortina e para o joelho do motorista. Primeira picape a utilizar um motor de alumínio, permitiu a redução de peso desse componente em 30 quilos. Outra novidade do modelo é o dissipador de água para trechos alagados. Com essa característica, a água não é projetada para o para-brisa, que atrapalha a visão do motorista, mas é lançada para as laterais. A Triton Sport vem equipada com controle de tração e estabilidade ATSC, que garante mais segurança, precisão e controle. O Controle de Estabilidade (ASC) atua em momentos de instabilidade, quando os pneus estão escorregando em pisos com baixa aderência ou quando o veiculo está fazendo movimentos súbitos que indiquem perda de direção. Diversos materiais isoladores foram estrategicamente posicionados para minimizar os ruídos provenientes do motor, rolamento do pneu e até o vento, atingindo níveis excelentes de conforto acústico. É oferecida em nove cores: Branco Alpino, Branco Fuji, Prata Rodhium, Prata Cool, Cinza Londrino, Preto Ônix, Vermelho Rubi, Marrom Cacau e Azul Petróleo. www.mitsubishimotors.com.br
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motocicleta big trail HONDA CRF 1000L AFRICA TWIN
Visual moderno e performance em todos os terrenos Escolhida como a motocicleta do ano pela imprensa especializada, CRF 1000L Africa Twin, se consolida como uma das principais referências do segmento no mercado brasileiro
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eguindo a tradição Honda em oferecer produtos com tecnologia e qualidade, a CRF 1000L Africa Twin chega para ampliar ainda mais o lineup nacional. Desde o início de seu desenvolvimento, o projeto buscava um modelo não só com a verdadeira alma off-road, mas que também oferecesse o conforto e a versatilidade da categoria “Touring”, além da agilidade dos modelos mais
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esportivos. O conceito “Go Anywhere” define toda sua essência e estilo. Prática, ágil, moderna e confortável, sua alta tecnologia, aliada às avançadas características ciclísticas e mecânicas, possibilitam ao piloto encarar qualquer desafio, seja qual for o tipo de terreno ou situação. Suas linhas altas e elegantes refletem um design imponente, transmitindo força e arrojo, características típicas dos modelos de competição e alta performance. A dianteira se destaca por uma carenagem frontal esguia,
A NOVA TWIN CRF 1000L AFRICA TWIN POSSIBILITA TOTAL INTEGRAÇÃO ENTRE AS NECESSIDADES DO ON-ROAD E OFF-ROAD COM ESPAÇO PARA BAGAGENS E CONFORTO PARA O GARUPA. AS LINHAS ALTAS E ELEGANTES REFLETEM UM DESIGN IMPONENTE, TRANSMITINDO FORÇA E ARROJO
integrada a um pára-brisa, com regulagem de altura e prático para viagens. Por seus atributos exclusivos, a Africa Twin possibilita total integração entre as necessidades do on-road e off-road. Com uma altura livre do solo de 250mm (característica fundamental em uma motocicleta on-off-road), terrenos em desnível não são obstáculos para o modelo. Para os mais aventureiros, há espaço de sobra para as bagagens, além de total conforto para o garupa. Com forte inspiração no conceito off-road, a posição do escapamento é elevado, graças ao sistema de exaustão com acabamento especial. Totalmente novo e exclusivo, o motor da CRF 1000L Africa Twin é um bicilíndrico, com pistões em paralelo e movido a gasolina, com deslocamento de 999,1 cm, comando Unicam, quatro válvulas por cilindro nos cabeçotes e virabrequim a 270º. Possui curva de potência linear e direta, oferecendo uma condução de excelente performance e acessível tanto em baixas quanto em média rotações. Compacto e potente oferece força para a pilotagem no fora-de-estrada, conforto para viagens mais longas em grandes rodovias e agilidade para o uso diário dentro dos grandes centros urbanos. São 90,2 cv a 7.500 rpm de força com torque de 9,3 kgf.m a 6.000 rpm. No desenvolvimento da ciclística da nova Honda CRF 1000L Africa Twin foram pré-definidas premissas fundamentais do projeto, como grande capacidade de percorrer distâncias consideráveis em condução fora-deestrada e apresentar estabilidade em qualquer terreno, inclusive com carga completa de bagagem e garupa.
Na frente, a suspensão possui garfo invertido com curso de 230 mm e possibilidade de ajustes de acordo com o tipo de uso e perfil de pilotagem. A suspensão traseira é do tipo monoamortecida da Pró-Link da Showa, com curso de 220 mm e opções de ajustes na pré-carga da mola. A bengala em alumínio propicia baixo peso com ótima absorção de impactos. O freio dianteiro possui disco duplo de 310 mm e pinças radiais de quatro pistões (dianteira). Na traseira o disco é simples de 256 mm, derivado da CRF 450 Rally, com nova furação e formato para oferecer uma frenagem mais segura. Conciliar as virtudes como competência em uso off-road com o necessário conforto em longas viagens rodoviárias era uma miragem no cenário das maxitrail atuais. Agora estes mundos que pareciam tão opostos estão ao alcance de quem dirigir uma Honda CRF 1000L Africa Twin. www.honda.com.br
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seguro residencial CHUBB
Proteção para seu patrimônio Com operações em 54 países, a Chubb é uma das maiores seguradoras de propriedade e responsabilidade civil do mundo, e oferece seguros corporativos e individuais, acidentes pessoais e seguros de vida a diversos grupos de clientes
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omo empresa de subscrição, a companhia avalia, assume e gerencia riscos com percepção e disciplina, além de atender e pagar sinistros de forma justa e rápida. A Chubb também é reconhecida por sua ampla gama de produtos e serviços, extensa capacidade de distribuição, excepcional solidez financeira e operações locais no mundo todo.
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NÓS DA CHUBB, UMA DAS MAIORES SEGURADORAS DE PROPRIEDADE E DE INCUMBÊNCIA CIVIL DE CAPITAL ABERTO DO MUNDO, TEMOS ORGULHO EM OFERECER A MELHOR E MAIS COMPLETA PROTEÇÃO PARA O SEU PATRIMÔNIO, O SEGURO RESIDENCIAL CHUBB. ALÉM DAS GARANTIAS TRADICIONAIS, DISPONIBILIZAMOS COBERTURAS ESPECIAIS E DIFERENCIAIS CAPAZES DE GARANTIR A TRANQUILIDADE DOS SEGURADOS MAIS EXIGENTES, TUDO PARA QUE VOCÊ POSSA REALMENTE DESFRUTAR INTEGRALMENTE O QUE CONQUISTOU
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BOOK of the BEST
vinícola uruguaia BODEGA GARZÓN
A sustentável elegância do ser Produzidos em uma linda vinícola totalmente sustentável no interior do Uruguai, a aproximadamente 45 minutos do sofisticado balneário de Punta del Este, os excelentes vinhos da Garzón são trazidos para o Brasil pela importadora World Wine
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m 1999, Alejandro Bulgheroni e sua esposa Bettina descobriram uma “pequena Toscana” na província de Maldonado, no Uruguai, e resolveram transformar naquele local um velho sonho em realidade. Assim nasceu a Bodega Garzón, com lindos olivais e vinhedos cultivados num terroir privilegiado, de onde saem excelentes azeites e vinhos.
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Com arquitetura de vanguarda e processos totalmente sustentáveis, a vinícola de 19 mil m2 tem uma linda adega, salas de degustação, um restaurante comandado pelo renomado chef argentino Francis Mallmann, campo de golf e estrutura para passeios de balão, bike tours, piqueniques e eventos. O portfólio da marca se divide em três linhas: Garzón Estate, Garzón Reserva e Garzón Single Vineyard. Os vinhos são elaborados sob a consultoria de Alberto Antonini, referência mundial na produção de vinhos premium. A linha Single Vineyard apresenta produtos que expressam a singularidade de cada terroir de Garzón em seu máximo esplendor, com uvas Tannat, Petit Verdot, Pinot Noir e Albariño.
UMA “PEQUENA TOSCANA” NA PROVÍNCIA DE MALDONADO, NO URUGUAI. LINDOS OLIVAIS E VINHEDOS CULTIVADOS NUM TERROIR PRIVILEGIADO, DE ONDE SAEM EXCELENTES AZEITES E VINHOS
Os vinhos da linha Reserva são feitos a partir de uvas selecionadas manualmente. Ao lado da emblemática Tannat, aparecem o Cabernet Franc, o Marselan e o Albariño, que expressam fielmente o caráter do terroir Garzón. Os brancos são frescos e minerais, e os tintos são suculentos, elegantes e com taninos aveludados. Já os elegantes, vibrantes e agradáveis vinhos da linha Estate são feitos 100% com uvas próprias, como Tannat, Pinot Noir, Sauvignon Blanc, Pinot Grigio e Cabernet Franc. Os vinhos e azeites da Garzón são importados para o Brasil com exclusividade pela World Wine, do empresário Celso La Pastina. www.worldwine .com.br
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septimum, blend de 7 uvas SALTON
Salton completa 107 anos de tradição e inovação Para brindar a data, a safra 2012 do aclamado tinto Septimum, elaborado com sete variedades de uvas, chega ao mercado no mês de aniversário da vinícola
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Vinícola Salton, reconhecida como uma das principais do Brasil, completa 107 anos de tradição no mercado. A empresa consolidou sua inovadora ampliação de portfólio com o sucesso dos lançamentos Grape Tea – uma infusão de chás, frutas e suco de uva – e a vodka Vorus. O novo ciclo marca também a continuidade da liderança no mercado nacional de espumantes, no qual a vinícola é líder do segmento pelo sétimo ano consecutivo, segundo a Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura).
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Uma posição de destaque, já que, de acordo com pesquisa do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), 68% do espumante consumido do Oiapoque ao Chuí é de origem nacional, desbancando os importados. O aniversário, comemorado em agosto, será brindado com o lançamento da safra 2012 do aclamado tinto Septimum, elaborado com sete variedades de uvas. A segunda safra do exclusivo Septimum, uma homenagem aos sete irmãos da primeira geração, filhos de Antonio Domenico Salton, chega em edição limitada – são apenas 6.798 garrafas, todas numeradas. O emblemático produto traz um novo assemblage composto pelas
O ANIVERSÁRIO DE 107 ANOS DA SALTON FOI BRINDADO COM O LANÇAMENTO DA SAFRA 2012 DO ACLAMADO TINTO SEPTIMUM, FEITO COM SETE VARIEDADES DE UVAS. AS CARACTERÍSTICAS DESTAS UVAS SÃO INTEGRADAS E EQUILIBRADAS COM AS DO CARVALHO FRANCÊS ONDE O SEPTIMUM É FERMENTADO E ARMAZENADO
variedades Teroldego, Cabernet Sauvignon, Merlot, Marselan, Tannat, Petite Syrah e Cabernet Franc. Um vinho elaborado com uvas provenientes de seletos vinhedos de parceiros da Vinícola Salton, localizados na Campanha e na Serra Gaúcha. De singular expressão, o Septimum surge da harmonia de um conjunto de processos precisos e cuidados, respeitando os tempos próprios de sua evolução. Isto se traduz em elevados padrões enológicos, através de um profundo respeito à matéria-prima, da fermentação em barricas de carvalho francês, do amadurecimento por doze meses em barricas novas de iguais características e, finalmente, do descanso em garrafa nas caves da vinícola. Conforme o enólogo Gregório Salton, a tarefa mais desafiadora foi encontrar o melhor equilíbrio entre as castas. “Além de termos uma atenção minunciosa em cada etapa da vinificação, a qual traz a singularidade da fermentação em barricas, nos desafiamos a permitir que cada casta aportasse sua característica única ao conjunto do Septimum, sem que nenhuma se sobressaísse”, conta Gregório. O Teroldego outorga vigor e complexidade aromática com suas notas balsâmicas; o Cabernet Sauvignon, com sua estrutura, confere aptidão para o estágio em barricas; o Merlot revela uma delicada estrutura em boca e suaves aromas de frutos vermelhos; o Marselan entrega jovialidade e frescor com aromas frutados; o Tannat, com peculiar rusticidade, aporta estrutura para a evolução; a Petite Syrah proporciona vivacidade graças à sua estrutura polifenólica; o Cabernet Franc desponta com sutis notas de especiarias e uma agradável estrutura de acidez. Todas essas características são integradas e equilibradas com as mais legítimas características do carvalho francês. A empresa possui uma unidade no distrito de Tuiuty, em Bento Gonçalves (RS), referência na elaboração de espumantes e frisantes no mercado nacional e de alguns dos vinhos mais premiados do País. As outras duas estão localizadas em Jarinu (SP), uma planta-piloto desenhada
para aplicação de tecnologia de ponta e responsável pelo desenvolvimento dos produtos destilados, e em Santana do Livramento (RS), onde investe em vinhedos próprios, assim como na primeira etapa da vinificação, em uma área de 450 hectares. www.salton.com.br
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espumante do vale dos vinhedos CAVE GEISSE
Tricampeonato conquistado na França Espumantes elaborados com uvas cultivadas em terroirs privilegiados do distrito de Pinto Bandeira, em Bento Gonçalves, são os únicos do continente a faturar medalhas de ouro em 3 edições consecutivas do principal concurso mundial de vinhos, realizado em Paris
O ENÓLOGO VISIONÁRIO MARIO GEISSE IDENTIFICOU O POTENCIAL DO TERROIR NA REGIÃO DE PINTO BANDEIRA PARA O ESPUMANTE TERROIR NATURE E SURPREENDE OS APRECIADORES PELA SUA COMPLEXIDADE, ELEGÂNCIA E SOFISTICAÇÃO. PALADAR ENCORPADO,
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á algum tempo, os espumantes brasileiros brilham entre os melhores do mundo. Mas os produzidos pela Cave Geisse em privilegiados terroirs na Serra Gaúcha, são os únicos das Américas que até hoje faturaram medalhas de ouro em três edições consecutivas do Vinalies Internationales, o mais prestigioso concurso de vinhos do planeta. Realizado em Paris, anualmente reúne mais de 150 degustadores para avaliar milhares de amostras de bebidas de dezenas de países. A vinícola foi fundada em 1979 pelo engenheiro agrônomo e enólogo Mario Geisse, chileno que veio para a América do Sul em 1976 dirigir a unidade brasileira da Chandon. Ele foi um dos pioneiros a descobrir a vocação e o potencial da Serra Gaúcha para a elaboração de espumantes de alta qualidade.
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COM EXCELENTE PERSISTÊNCIA
Como resultado dessa união de conhecimento, tradição e técnica, nascem excepcionais bebidas, como os premiados Cave Geisse Brut e Cave Geisse Blanc de Blanc – hoje encontrados nos melhores restaurantes e lojas especializadas do país e também no exterior. O Cave Geisse Brut possui belos reflexos esverdeados em sua cor amarela palha – resultante dos dois anos de amadurecimento antes de ser lançado no mercado. Feito com uvas Chardonnay e Pinot Noir, possui aromas complexos e paladar persistente. Já o Cave Geisse Blanc de Blanc é 100% feito com uvas Chardonnay. O melhor vinho-base da safra é escolhido às cegas para a elaboração desse espumante, que permanece trinta meses em contato com as leveduras antes de ser posto à venda. Além de elegante e equilibrado, tem uma boa cremosidade e apresenta aromas cítricos e de flores brancas. www.cavegeisse .com.br
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destaque em enoturismo GRUPO MIOLO
Direto na fonte Complexo Enoturístico da Miolo é um dos melhores lugares para degustar bons vinhos e espumantes brasileiros – e com uma vista privilegiada para a Serra Gaúcha!
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om mais de um século de tradição, o Grupo Miolo é o maior produtor de vinhos do Brasil. A história da família Miolo no Brasil começa em 1897, quando Giuseppe Miolo chegou ao país, vindo da Itália. Após comprar um pequeno lote de terra em Bento Gonçalves, começou a plantar uvas. No século seguinte, na década de 70, seus netos iniciaram o cultivo de uvas finas na região. Nos anos 80 e 90, os vinhos com a marca da família se consolidam entre os melhores e mais consumidos no Brasil. Hoje, o portfólio do Grupo Miolo engloba mais de 100 produtos, elaborados em 3 regiões gaúchas – Vale dos Vinhedos (Vinícola Miolo), Campanha Meridional (Vinícola Seival) e Campanha Central (Vinícola Almadén) e em uma na Bahia, o Vale do Rio São Francisco (a Vinícola Terranova), além de 4 joint ventures internacionais: no Chile (Costa Pacífico), na Argentina (Los Nevados) e na Itália (Podere San Cristoforo e Giovanni Rosso). No Vale dos Vinhedos, funciona também um complexo enoturístico, que recebe turistas do mundo todo. Além de degustarem excelentes vinhos e espumantes, eles podem participar de cursos ministrados por grandes enólogos e sommeliers. Outra atração é o Wine Garden, um bar sem paredes, onde é possível apreciar vinhos e espumantes em taças, em meio à beleza do Vale dos Vinhedos, beliscando comidinhas típicas da estação.
A MIOLO POSSUI EXCELENTE INFRAESTRUTURA PARA ACOLHER O TURISTA: O WINE GARDEN, LINDO LOCAL PARA UM DELICIOSO PIC-NIC ONDE SE APRECIAM VINHOS, ESPUMANTES E IGUARIAS; E O PROJETO WINEMAKER, COM SUPERVISÃO DO
Do outro lado da estrada, em frente à sede da vinícola, fica o Spa do Vinho, que hoje é parte da Autograph Collection, da rede Marriott. Lá, uvas e vinhos são usados nos tratamentos de relax e beleza executados por profissionais treinados pela sofisticada marca francesa Caudalie, especializada em cosmética e bem-estar.
ENÓLOGO-CHEFE ADRIANO MIOLO, QUE ORIENTA OS PARTICIPANTES PARA QUE ELABOREM O PRÓPRIO VINHO
www.miolo.com.br
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merlot PIZZATO
DNA brasileiro admirado mundo afora Com inúmeros reconhecimentos e avaliações positivas no Brasil e no exterior, o vinho DNA99 da Pizzato é elaborado com uvas Merlot que se adaptaram maravilhosamente bem ao terroir gaúcho
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ntes de migrar para o Brasil, a família Pizzato cultivava vinhas e produzia vinhos em pequenas quantidades na Itália. No final do século 19, ao chegar em Monte Belo do Sul, na Serra Gaúcha, Giovanni Pizzato manteve essa tradição, mas parte da safra de seus vinhedos era vendida às vinícolas da região. Na década de 1960, a família se transferiu para Bento Gonçalves e, em 1998, passou a elaborar seus próprios vinhos finos. O sucesso foi praticamente imediato: já no ano 2000, o Pizzato Merlot 1999, o primeiro lançamento da vinícola, foi considerado o melhor vinho entre todas as classes, na avaliação do 1º Guia Brasileiro de Vinhos. Em 2004, a ABS (Associação Brasileira de Sommeliers) classificou o Pizzato 2002 como o melhor Cabernet Sauvignon daquele ano. Do exterior, vieram outros formidáveis reconhecimentos e elogios de respeitados críticos ao DNA99 Merlot. Em 2010, Tim Atkins, do Times londrino, o incluiu em uma seleção de vinhos de sete países que disputaram a Copa do Mundo da África do Sul. No americano The Wall Street Journal, Will Lyons sentenciou, após provar o Merlot gaúcho:
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A FAMÍLIA PIZZATO ELABORA VINHOS COM A QUALIDADE DE SEU MERLOT DNA. NA ALEMANHA RECEBEU 93 PONTOS (A NOTA MÁXIMA É 100)
“Enquanto todo mundo parece apenas querer imitar o estilo dos vinhos europeus, o Brasil imprime sua marca com bebidas mais leves, refrescantes e sem envelhecimento em barris de carvalho, diferenciais que podem criar um novo nicho no mercado”. E, num painel de degustação montado pela revista alemã Weinwirtschaft, o DNA99 Single Wineyard Merlot 2005 recebeu 93 pontos, em uma avaliação em que a pontuação máxima é 100. Assim a Pizzato segue agradando seus consumidores em São Paulo, Rio e em todo o país e elevando o conceito dos tintos brasileiros no pelo mundo afora. www.pizzato.net
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espumantes destaque nas américas CASA VALDUGA
O lar dos reis das Américas Dois dos excepcionais espumantes da tradicional vinícola gaúcha acabam de ser eleitos os melhores do continente americano, em concurso realizado no Chile
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m 1875 os primeiros imigrantes da Famiglia Valduga desembarcaram no Brasil. Vindos da cidade italiana de Rovereto, cultivaram os primeiros parreirais do Vale dos Vinhedos. Passados 140 anos, a Casa Valduga é uma das maiores e melhores vinícolas do Brasil, com unidades de produção não em Bento Gonçalves, em Garibaldi, em Encruzilhada do Sul e na Campanha Gaúcha. Referência em espumantes, a vinícola foi uma das primeiras do Brasil a dominar o método tradicional (champenoise) para elaborar espumantes ícones, consumidos em mais de 20 países e vencedores de centenas de premiações. No Cata d’Or Wine Awards, realizado agora em julho no Chile para eleger os melhores espumantes das Américas, a Casa Valduga conquistou o prêmio máximo com dois rótulos: o 130 Brut e o Gran Extra Brut. Eles superaram
bebidas de Chile, Argentina, Uruguai, Peru, Bolívia, Brasil, México, Canadá e Estados Unidos. Criado para homenagear os 130 anos da chegada da família Valduga ao Brasil, o 130 Brut é elaborado com uvas Chardonnay e Pinot Noir de safras especiais e passa 36 meses em maturação na cave subterrânea da vinícola, considerada a maior da América Latina, com capacidade para mais de seis milhões de garrafas. Possui perlage fascinante, coloração dourada, acidez equilibrada, notável cremosidade, aromas de frutas brancas, amêndoas e um leve tostado. Já o Casa Valduga Gran Extra Brut é um espumante rico, marcante e expressivo. Após 60 meses de maturação na cave, a bebida adquire ótima acidez, fantástica cremosidade, sabor amplo e intenso. Possui um bouquet complexo que remete a especiarias finas, amêndoas e flores secas. www.casavalduga.com.br
PRÊMIO MÁXIMO PARA O 130 BRUT NO CATA D’OR WINE AWARDS NO CHILE, ELEITO ENTRE OS MELHORES ESPUMANTES DAS AMÉRICAS: PERLAGE FASCINANTE, ACIDEZ EQUILIBRADA, CREMOSIDADE E AROMAS DE FRUTAS
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restaurante japonês em paris MATSUHISA PARIS
Sabores nipo-franceses Instalado dentro do elegante hotel-palácio Le Royal Monceau, o Nobu Matsuhisa é um templo da mais alta gastronomia japonesa comandado pelo chef Nobu, sócio do ator Robert DeNiro em uma rede com mais de 30 restaurantes pelo mundo
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as últimas três décadas, o chef nipo-americano Nobu Matsuhisa desenvolveu um estilo único e original que mistura seu background japonês com referências e experiências que acumulou ao viver por alguns anos no Peru, no Havaí e no Alasca. Após finalmente se estabelecer em Los Angeles, inaugurou em 1987 o Matsuhisa em Beverly Hills. O restaurante instantaneamente conquistou a crítica especializada e virou ponto de encontro de celebridades do cinema e do esporte. A partir de 1994, com a inauguração de uma versão mais informal, batizada simplesmente como Nobu, no bairro nova-iorquino de TriBeCa, começou a se tornar uma rede internacional de restaurantes. Hoje ela está presente em 32 cidades dos 5 continentes, de Moscou a Honolulu, de Tóquio a Dubai. O grande incentivador dessa expansão foi o admirador mais famoso de Nobu, o ator Robert DeNiro. Hoje o dois são sócios no negócio, que inclui também hotéis e empreendimentos imobiliários em Londres, Miami e Ibiza. Mas as joias da coroa são mesmo os restaurantes Matsuhisa, de alta gastronomia. São apenas seis no mundo: em Los Angeles, Aspen, Atenas, Mykonos, Munique e Paris. O endereço francês não poderia mais sofisticado: fica dentro do hotel-palácio Le Royal Monceau, numa das vizinhanças mais elegantes da Cidade Luz, próxima ao imponente Arco do Triunfo. Lá, o cardápio promove uma fusão de sabores nipônicos e latino-americanos com toques franceses. Exemplos disso são os tacos de alga com atum e trufas negras, as ostras crocantes com caviar, o badejo em crosta de missô cozido no vapor de saquê ou ainda os raviólis de wagyu e foie gras com molho ponzu. Não dá para não se deliciar! www.leroyalmonceau.com
O DECOR DO NOBU MATSUHISA É DE PHILIPPE STARCK E O CARDÁPIO ASSINADO PELO CHEF NOBU ESTABELECE UM DIÁLOGO ENTRE A CULINÁRIA JAPONESA E A PERUANA, INCLUINDO DISHES COMO O SASHIMI DE SALMÃO COM INGREDIENTES DO TERROIR FRANCÊS
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restaurante em paris LE RELAIS PLAZA
Brasserie art déco com jazz e história Inaugurado há mais de 80 anos e localizada a poucos metros da elegante Avenue des Champs Elysées, o Le Relais segue como uma parada obrigatória quem vai a Paris, com excelente gastronomia e atmosfera deliciosamente festiva
O LE RELAIS SEMPRE FOI O TEMPLO DE CELEBRIDADES INTERNACIONAIS E HABITUÉS DO JET SET. O ESTILISTA CHRISTIAN DIOR NÃO SAÍA DE LÁ, ALIÁS SUA MAISON FICAVA DO OUTRO LADO DA RUA. E NÃO ERA DIFÍCIL CRUZAR COM FIGURAS COMO
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pós meses fechado para uma grande reforma, o icônico Hotel Plaza Athénée de Paris reabriu suas portas em 2014. Mas os centenários traços da fachada projetada pelo arquiteto Haussmann – o urbanista que desenhou os contornos atuais da monumental Cidade Luz – foram mantidos, assim como o lobby, as paredes de madeira do Le Bar, a Galerie, o restaurante Alain Ducasse at Plaza Athénée, o La Cour Jardin e o Le Relais Plaza. Todas essas construções figuram na lista de lugares históricos de Paris. O salão do Le Relais Plaza foi decorado pela designer de interiores Constant Lefranc, que o transformou em um templo Art Déco. Durante décadas, foi um dos principais pontos de encontro de artistas e intelectuais na França. Em 1999, o chef Philippe Marc assumiu o comando da cozinha e elevou a gastronomia do Le Relais Plaza a um novo patamar. As fabulosas especialidades da casa são as receitas típicas das brasseries parisienses – como o steak tartare, o escalope de foie gras com chutney de figo e a barriga de porco glaceada com repolho roxo fermentado. Mas muita gente vai até lá apenas para tomar uma taça de
AUDREY HEPBURN E FRED ASTAIRE
champanhe acompanhada de uma porção de caviar com blinis morninhos. Outra grande atração é a programação musical, com bandas de jazz que mensalmente se revezam e ajudam a criar uma atmosfera deliciosamente festiva no bonito espaço. Eventualmente, Werner Küchler, o diretor do Le Relais Plaza, não hesita em pegar o microfone e cantar um de seus clássicos prediletos do jazz ou do swing. www.dorchestercollection.com
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restaurante japonês KINOSHITA
Oriental com grife Sob o olhar atencioso do restaurateur Marcelo Fernandes, a casa coleciona as maiores premiações gastronômicas da América Latina
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recursor da Kappo Cuisine no Brasil – junção da gastronomia tradicional com técnicas refinadas –, o premiado restaurante japonês Kinoshita, de reputação internacional, possui um compromisso sério com a qualidade da matéria-prima e com a excelência no atendimento.
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Aberto em 2008, a casa tem arquitetura assinada por Naoki Otake e o paisagismo de Gilberto Elkis. Elegante e intimista, o Kinoshita mantém sua fidelidade à sua origem até nas louças e hashis que são 100% importados do Japão. O disputado balcão é um convite e tanto para apreciar os pratos e, de quebra, assistir de perto todas as preparações que saem para os dois salões situados no primeiro e segundo andar.
ELEGANTE E INTIMISTA, O KINOSHITA TEM ARQUITETURA ASSINADA POR NAOKI OTAKE E PAISAGISMO POR GILBERTO ELKIS, MANTENDO SUA FIDELIDADE À ORIGEM ATÉ NAS LOUÇAS E HASHIS. ENTRE OS DESTAQUES GASTRONÔMICOS, O OYSTERSHOT, O MAGURO FOIES GRAS NO TERIYAKI E O EBITEN (CAMARÃO EMPANADO)
Alguns pratos já viraram marca registrada da casa, como Oystershot – Ostra com ovas, gema de codorna, quiabo e ponzu – R$ 35; Maguro Foies Gras no teriyaki – shashimi de atum com foiesgras ao molho teriyaki – R$ 76; e a indescritível sobremesa Choco Moti – moti com ganache de chocolate belga – R$ 30. O restaurante também possui o serviço exclusivo “Em Casa”, que oferece experiências únicas do Kinoshita em local de preferência do cliente, degustando a autêntica Kappo Cuisine. Outro diferencial da casa é o Krug Room, sala exclusiva para apreciar champagne Krug, com capacidade para até doze pessoas. Ao longo de seus nove anos, a casa já angariou diversos prêmios de melhor restaurante japonês, além de ser presença constante no Guia Michelin, o que explica clientes como Mick Jagger, dentre outros. restaurantekinoshita.com.br
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restaurante árabe ALMANARA
Delicioso oásis Fundado em 1950 numa discreta ruela no Centro de São Paulo, o restaurante Almanara serve sensacionais kibes, esfihas, kaftas e tabules
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á 67 anos, o restaurante Almanara abria seu salão numa ruazinha próxima à Praça da República e ajudava a tornar mais conhecidos ingredientes e especiarias como o tahine, o zatar, o snoubar, o miski e o summac, utilizados nas receitas elaboradas pela família do descendente de libaneses Zuhair Coury, o fundador da marca. Aos poucos, especialidades árabes como kibes, esfihas, beirutes e tabules foram sendo incorporadas à dieta
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e às referências gustativas dos paulistanos. O salão, em estilo art-déco, até hoje mantém seu charme, com espelhos jateados e painéis que trazem imagens de tamareiras e dromedários no deserto. Elegantes garçons trajados à moda antiga ainda circulam pelas mesas, fazendo uma ida ao local funcionar como uma verdadeira viagem no tempo. Algumas casas ocupam espaços estratégicos na cidade, como o da Oscar Freire e o do Shopping Iguatemi. Em pesquisa feita pelo Instituto Datafolha em junho deste ano, foi mais uma vez eleito pelos paulistanos o melhor árabe da cidade.
OS RESTAURANTES ALMANARA OCUPAM ESPAÇOS ESTRATÉGICOS NA CIDADE. ENTRE OS BEST-SELLERS DO CARDÁPIO ESTÃO OS KAFTAS, MICHUÍS E SALADAS
Entre os best-sellers do cardápio estão os kaftas e os michuís. Os kaftas são feitos com carne moída temperada à moda libanesa, grelhada no espeto. À mesa, são acompanhados por molho à base de tomates, cebolinha e salsinha. Já os michuís podem ser de filet mignon, de frango ou de peixe, e são espetinhos com tenros cubos de carne intercalados por suculentos nacos de cebola e de tomate ou de pimentões. Os de peixe são servidos com uma porção de molho taratur, à base de gergelim. Outros hits são as saladas. A Fatouche combina alface romana com cubinhos de tomates, pepinos e pimentões, rodelas de rabanete,
torradinhas de pão sírio, finas fatias de cebola, hortelã, summac, sementes de romã e salsinha. Já o tradicional Tabule é feito com grãos de trigo integral misturados a alface, tomate, pepino, hortelã e salsinha finamente picadinhos. Na hora da sobremesa, o cliente tem como opções vários docinhos típicos da culinária árabe, como os ataifs (delicados crepes recheados com nozes e castanhas), o malabie (manjar branco árabe, preparado com miski e coberto com calda de ameixas ou de damascos) e a bekleua (pastelzinho de massa folhada salpicada com pistache e recheado com nozes e castanhas), ou ainda o tentador brownie de pistache – uma versão que ganha um toque oriental graças à presença do pistache e que fica ainda mais delicioso quando servido na companhia de uma bola sorvete de creme e uma generosa dose de calda de chocolate. www.almanara.com.br
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italiano nos jardins ETTO
Vale muito mais do que pesa Restaurante italiano aposta em frios típicos da charcutaria italiana e em deliciosas massas feitas artesanalmente e servidas em ambiente descolado
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Etto é o mais novo restaurante italiano do charmoso quadrilátero dos Jardins, em São Paulo. Com serviço atencioso e preços acessíveis, tem como destaques as massas e algumas iguarias típicas da charcutaria italiana, como a mortadella, o prosciutto di Parma, o salame Diavoletti, a spianata romana e o speck defumado, além de deliciosos queijos, como o Tallegio, a Burrata, o Provolone Dolce, o Pecorino e o Gorgonzola – todos
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vendidos por peso ou servidos em bonitas tábuas de frios. É daí que vem o nome da casa: “etto” é uma unidade de medida italiana que equivale a 100 g. O chef Rodrigo Queiroz define a gastronomia do restaurante como “cozinha de produto”. O cardápio oferece caprichadas entradas como o vitelo tonnato, o Carpaccio de Atum com Pinoli e Lardo di Colonnata e os Ovos no Purgatório (panelinha de ferro que traz dois fumegantes ovos caipiras cozidos em um rico ragu de linguiça com tomates e funghi). Entre as massas e pratos principais, brilham a Pancetta Croccante di Maialino,
fotos © TADEU BRUNELLI
o Stinco di vitelo com polenta cremosa, o pici al nero di seppia com polvo, o tonarelli caccio & pepe, os gnocchi di patate al ragù de salsiccia e o spaghetti carbonara. Na seção de sobremesas, vale guardar um espaço para a banana spaccata (a velha e boa banana split) e o meringhe – suspiro ao perfume de café com mascarpone e cacau. A carta de vinhos foca em tintos produzidos na Itália, com ênfase nos rótulos de boa relação custobeneficio. Para quem quiser abrir o apetite com um bom drinque, as melhores sugestões são os clássicos Negroni e Aperol Spritz. O ambiente despojado – fruto do projeto do arquiteto João Vicente Cunha – tem um agradável terraço voltado para a rua e, mais ao fundo, um aconchegante salão com dois espaços interligados por um bar com uma vitrine de queijos, embutidos especiais e antepastos, como as lascas de bacalhau no azeite, as alcachofras marinadas e os pimentões assados e recheados. Ao lado do balcão, pode-se ver uma bonita e reluzente máquina fatiadora de frios da tradicional marca italiana Berkel.
O AMBIENTE DESPOJADO DO ETTO TEM UM ACONCHEGANTE SALÃO COM DOIS ESPAÇOS INTERLIGADOS POR UM BAR COM UMA VITRINE DE QUEIJOS, EMBUTIDOS
A cozinha é aberta para o salão, que tem estrutura em metal e madeiras de demolição e paredes de tijolo aparente decoradas com pôsteres das inusitadas pinturas do milanês Giuseppe Arcimboldo. O Etto é um empreendimento de Cid Simão e Rodrigo Queiroz, dois dos sócios do Tre Bicchieri e Tre JK, juntamente com os empresários Luiz Matta e Paulo Pomelli. A ideia nasceu de um antigo conceito que vinha sendo desenvolvido ao longo dos últimos três anos. (11) 2649- 4448 | (11) 2649- 4442
ESPECIAIS E ANTEPASTO. A COZINHA É ABERTA PARA O SALÃO DECORADA COM PÔSTERES DAS PINTURAS DE GIUSEPPE ARCIMBOLDO. UMA DAS ENTRADAS: OS OVOS NO PURGATÓRIO, DOIS FUMEGANTES OVOS CAIPIRAS COZIDOS EM UM RICO RAGU DE LINGUIÇA COM TOMATES E FUNGHI
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restaurante de frutos do mar RUFINO’S
Al mare no Itaim Casa é um dos raros restaurantes especializados no preparo de peixes inteiros e, além disso, tem em seu cardápio uma variedade enorme de deliciosos pratos elaborados com crustáceos e moluscos fresquíssimos
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história do tradicional restaurante Rufino’s começa no Guarujá, nos anos 70, quando a matriz foi fundada pelo espanhol Rufino Casal Treinta, nascido em uma cidade tradicional de marinheiros e pescadores. Desde então, é uma das maiores referências em peixes e frutos do mar do litoral paulista. No início dos anos 90, ele subiu a Serra do Mar e abriu duas unidades em São Paulo – na badalada Rua Mário Ferraz e na área gourmet do Shopping Morumbi. Na unidade do Itaim, as mesas são cobertas por impecáveis toalhas brancas e o atendimento é feito por bem treinados garçons, mas o clima litorâneo segue presente no cardápio, que oferece dezenas de opções de pratos elaborados com pescados frescos e outras delícias vindas do oceano, como lagostas, t amarutacas, lulas, camarões, polvos e mexilhões, entre outras tantas. Para começar uma inesquecível refeição no restaurante, peça uma casquinha de siri ou, se quiser entrar logo no
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espírito praiano, opte pela porção de ostras, que, ao terem suas conchas abertas, já aguçam os nossos sentidos e instantaneamente nos transportam para a beira do mar. Na sequência, usufrua de um dos principais diferenciais que fazem o Rufino’s se destacar em meio à concorrência: ele é um dos raros restaurantes no mundo que ainda assam peixes inteiros no forno, especialmente entre os que operam no sistema à la carte. Para conseguir oferecer isso, seus proprietários desenvolveram um forno específico de alta temperatura, confeccionado sob medida. O preparo utiliza temperos leves – tais como azeite extra-virgem de oliva, vinho branco seco, cebolas e ramos de alecrim –, apenas para
AS MESAS E A DECORAÇÃO NO RUFINO’S SÃO IMPECÁVEIS. O CLIMA LITORÂNEO SEGUE PRESENTE NO CARDÁPIO, QUE OFERECE DEZENAS DE OPÇÕES DE PRATOS ELABORADOS COM PESCADOS FRESCOS COMO A CENTOLLA. É UM DOS RAROS RESTAURANTES NO MUNDO QUE AINDA ASSAM PEIXES INTEIROS NO FORNO
ressaltar o verdadeiro sabor dos peixes, que pesam de 800 g a 2 kg e podem ser pescadas brancas, robalos, anchovas, pargos, ciovas, vermelhos e garoupas. Após chegarem ainda inteiros às mesas, os peixes são partidos pelo maître e servidos com todo cuidado para que todas as eventuais espinhas sejam retiradas. Outros clássicos da casa são a pescada-cambucu assada com azeite, batatas, cebolas, pimentões vermelhos e tomates, o camarão à húngara (servido em uma cumbuca de barro e feito com creme de leite fresco e páprica picante), a feijoada de frutos do mar, o spaghetti ao vôngole, lagosta grelhada com aspargos e o polvo arrabiata, que vem envolto em um molho de tomate levemente apimentado. A adega climatizada do restaurante guarda cerca de três mil garrafas, de 300 rótulos de brancos, rosés, tintos e espumantes especialmente selecionados para uma perfeita harmonização com os perfumados e saborosos pratos preparados na cozinha. www.rufinositaim.com.br
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BOOK of the BEST
restaurante ibérico ARANDA
Sabores e aromas da Espanha na rua Amauri Casa aposta em deliciosos arrozes, apetitosas tapas e saborosos assados ideais para serem apreciados na companhia de excelentes vinhos ou com uma das caprichadas variações do clássico gim tônica em agradáveis almoços, jantares intimistas e animadas happy hours
O ARANDA SUGERE ASSADOS E AS TAPAS, MAS OS DESTAQUES SÃO OS COBIÇADOS PRESUNTOS PATA NEGRA E SERRANO – VERDADEIROS PATRIMÔNIOS NACIONAIS DA ESPANHA, E OS PRATOS COM FRUTOS DO MAR COMO O POLVO À LA GALEGA, ALÉM DE PEIXES, LULAS,
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randa de Duero é uma cidade na região de Burgos, no norte da Espanha. E é também a inspiração para o nome do mais novo restaurante ibérico de São Paulo. O empreendimento é comandado pelo restaurateur Antonio Mendes, que durante anos trabalhou no grupo Rubaiyat e no North Grill, e está instalado na Rua Amauri, no mesmo imóvel que durante anos abrigou o lusitano Trindade, agora totalmente repaginado pela arquiteta Teresa Younes. O cardápio do Aranda oferece excelentes tapas, arrozes e pratos à base de peixes e frutos do mar, mas são os assados são os destaques. Além de cortes já conhecidos
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CAMARÕES E MEXILHÕES
dos brasileiros – como a picanha, o ojo de bife, o asado de tira e o bife de chorizo –, eles surgem em quatro opções tipicamente ibéricas: o rabo de toro com polenta, o chuletón, a paleta de cordeiro de leite e a costela de cordeiro com batatas ao murro. Para quem prefere algo que traga à mente a linda visão dos mar Cantábrico, a casa oferece outros grelhados, como o bacalhau com pimentões, cebolas, batatas e azeitonas ou a plancha de frutos do mar, com polvo, lulas, camarões, peixe e mexilhões. Entre os arrozes, o cliente tem várias alternativas: pode ser de pato, de polvo, de bacalhau e – como não poderia faltar – a tradicional paella, que é servida todos os dias tanto no almoço quanto no jantar.
Para beber, além de ótimos vinhos, selecionados pela sommelière Gabriele Frizon, há uma seção dedicada aos drinques à base de de gim e em especial ao gim tônica – coquetel que foi criado pelos ingleses, mas é o mais consumido nos bares de Madri. Uma carta com dez marcas de gim foi desenvolvida especialmente para o bar do Aranda pelo especialista José Osvaldo Amarante, autor do livro “Os Segredos do Gim”. Para acompanhar essas bebidas tão caprichadas, Antonio Mendes incluiu mais de dez variedades de tapas no cardápio do Aranda. As mais pedidas são as elaboradas com os cobiçados presuntos Pata Negra e Serrano – verdadeiros patrimônios nacionais da gastronomia da terra de Cervantes. Elas podem ser de jamón com queijo brie e geleia de frutas vermelhas ou de damasco e de jamón com ovos de codorna, entre outras opções. Outros petiscos que fazem sucesso são as croquetas de cogumelo ou de jamón – bem cremosas por dentro e deliciosamente crocantes por fora. E, claro, a lista de comidinhas para serem compartilhadas inclui ainda as clássicas batatas bravas, as tortillas, os chipirones com aiolï, os bolinhos de bacalhau e as frigideirinhas Sartén de lulas ou de camarões ao alho. www.arandarestaurante .com.br
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bar de alta coquetelaria ISOLA
Mixologia com grife Em meio a lojas de sofisticadas marcas internacionais instaladas no JK Iguatemi, o Isola tem um ambiente ultra-elegante, deliciosos petiscos e uma carta de bebidas com drinques clássicos e interessantes criações de pegada mais contemporânea
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nstalado em um ponto estratégico do Shopping JK Iguatemi, o Isola é um bar de alta coquetelaria que funciona em anexo ao restaurante Tre, dos sócios Cid Simão, Marcos Freitas e Rodrigo Queiroz. Inaugurado em 2012, ele foi criado para reviver a atmosfera dos bares de grandes hotéis. O arrojado projeto arquitetônico é assinado pelo escritório Carbondale, do norte-americano Eric Carlson, responsável por construções marcantes como a loja da grife Louis Vuitton na avenida Champs Élysées, em Paris. Uma grande bancada de mármore se destaca na
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decoração, que inclui capas de discos enquadradas, coleções de garrafas de uísque e desenhos de personagens de filmes. Na entrada, uma parede é revestida com 800 taças de vinho produzidas na cidade de Murano, na Itália. A carta de drinques foi inspirada nas mais atuais tendências da mixologia internacional, mas também oferece clássicos da coquetelaria dos séculos XIX e
COM PROJETO ARQUITETÔNICO ASSINADO ERIC CARLSON, O ISOLA SE INSPIRADA NA MIXOLOGIA INTERNACIONAL E OFERECE CLÁSSICOS DA COQUETELARIA COMO O AGED NEGRONI
fotos © TADEU BRUNELLI
XX, como o Old Fashioned e o Sazerac. Entre as bebidas exclusivas da casa, os destaques são o Aged Negroni – coquetel feito com Martini Rosso, gim e Campari que, antes de ser servido, é envelhecido por seis semanas em um barril de madeira bálsamo –, o 12 Mile Limit (rum, conhaque, whisky, xarope de romã e suco de limão siciliano), o Pisco Punch (que mistura pisco, suco de limão siciliano, xarope de açúcar e chuncho bitters, com uma fina fatia de abacaxi grelhado na decoração) e o premiado Gentleman’s Soul, eleito em 2012 o melhor drinque de São Paulo com whiskey e feito com Gentleman Jack, suco de limão siciliano e gotas de bitter de pêssego – tudo aromatizado com fumaça de carvalho. Para beliscar, o chef Rodrigo Queiroz montou um menu repleto de petiscos desenvolvidos especialmente para uma perfeita harmonização com os drinques. Algumas das comidinhas servidas no bar são releituras de petiscos da deliciosa baixa gastronomia típica dos botequins brasileiros. O carro-chefe da casa é o Crocchette di Bacalá alla “Donna Lila” – bolinhos de bacalhau preparados seguindo exatamente a receita que a avó do chef usava antigamente. Outras boas pedidas são as lulinhas empanadas e servidas com molho tártaro, os bolinhos de arroz, o tartar de salmão com blinis, a porção de Diavoletti Fritti (fatias de linguiça picante fritas e acompanhadas de molho de mostarda) e os Paninis – sanduíches italianos que podem ser recheados de filé de frango orgânico à milanesa bem crocante com agrião e parmesão no pão ciabatta ou de almôndegas de vitela empanadas com queijo Taleggio e pancetta no pão de hambúrguer. www.isolabar.com.br
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bar germânico de sp ZUR ALTEN MÜHLE
Consulado da Bavária Com ambiente que remete às cervejarias típicas da Alemanha, o “Velho Moinho” é a mais autêntica taberna teutônica da cidade e o lugar certo para quem aprecia um chope bem tirado e petiscos como salsichões e canapés de rosbife ou carne crua
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bairro paulistano do Brooklin é onde se concentra o maior contingente da numerosa comunidade alemã da cidade, e é lá também que funciona o Zur Alten Mühle, a mais autêntica taberna germânica de São Paulo. Inaugurado em 1980 pelos imigrante alemão Wilhelm Heying e tocado por seus filhos Carlos e Werner, o “velho moinho” tem uma fachada com cara de chalé e, internamente, um ambiente que busca reproduzir a atmosfera das tradicionais choperias da Bavária, com paredes revestidas de madeira escura, cadeiras revestidas de couro e mesas de mogno. Na decoração, incontáveis bolachas de chope, latinhas de cerveja das mais variadas procedências e artigos que remetem ao futebol, como flâmulas, camisas de times e da seleção tedesca. A maior atração da casa é o bem-tirado chope, cujos tonéis descansam por pelo menos 24 horas numa câmara fria, calibrada a exatos 6ºC, antes de serem engatados na chopeira a gelo em formato de barril. De uma de suas duas
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torneiras sai um líquido dourado e cristalino; da outra, com mais pressão, sai uma cremosa espuma que confere leveza à bebida, levada às mesas em taças tipo Hannover – aquela com um pezinho. Além do chope, a oferta de bebidas inclui cervejas especiais, com ênfase nos rótulos procedentes da Alemanha, como Erdinger, Paulaner, Franziskaner, Weihenstephaner. Mas há também opções da Bélgica, da Holanda, da República Tcheca e, claro, daqui mesmo do Brasil. No cardápio de comidinhas, brilham as delícias com sotaque alemão, como as porções de salsichão, de eisbein (joelho de porco) e de canapés de pão preto tipo Tartarhäppchen (com carne crua
DESDE 1980, NO CORAÇÃO DO BROOKLIN PAULISTANO, A MAIS AUTÊNTICA TABERNA GERMÂNICA DE SÃO PAULO OFERECE EM SEU AMBIENTE, DELÍCIAS COM SOTAQUE ALEMÃO ALÉM DOS BEMTIRADOS CHOPE, AS CERVEJAS ALEMÃS ESPECIAIS E AS CACHAÇAS ARTESANAIS
temperada), Rinderschnittchen (com rosbife caseiro) ou Käsehäppchen (com queijo gorgonzola). Outra ótima pedida é o Bouletten – bolinhos de carne com tempero típico, casquinha crocante e recheio úmido, servidos com mostarda escura à parte. Quer quiser pratos mais substanciosos pode pedir o Paprika Schnitzel (filé à milanesa com molho de páprica e knudeln, uma espécie de nhoque) ou o Kassler (bisteca suína defumada acompanhada de batatas e chucrute). Outra especialidade que nem sempre figura no cardápio é o apetitoso marreco assado, recheado com repolho roxo. Na hora da sobremesa, o destaque é o clássico Apfelstrudel – torta que intercala camadas de massa crocante, maçãs assadas e passas cozidas e pode vir escoltada por uma bola de sorvete de baunilha ou de chantilly. No mês de maio, a rua recebe a MaiFest, um evento que reúne milhares de pessoas transformando a vizinhança em uma filial da tradicional Oktoberfest, com muita música, dança e – claro – comidas e bebidas típicas! www.barzur.com.br
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bar jovem do itaim SEU BIBI
Da Barra do Una ao Itaim Com deliciosos pratos à base de frutos do mar e cozinha chefiada por Giselle Machado, o novo point da cidade para badaladas happy hours tem excelentes e criativos drinques
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Itaim agora tem uma prainha. É lá que fica o Seu Bibi, bar e restaurante de ambiente descolado e com cardápio que capricha nos pratos e petiscos à base de frutos do mar e em bons drinques. O nome do local, que logo após abrir já se consolidou como point da jeunesse dorée paulistana, é uma homenagem a Leopoldo Couto Magalhães Jr., dono da Chácara Itaí, que cresceu na região e ficou conhecido como “Seu Bibi”. Quando a chácara foi loteada, deu origem ao bairro do Itaim, também conhecido como Itaim Bibi. Quem pilota a cozinha é a chef Giselle Machado, que há mais de 20 anos comanda também o Giselle Restaurante, em Barra do Una, no litoral norte de São Paulo. Tem casquinha de siri, camarão com vatapá, bolinho de bacalhau, marisco à vinagrete, badejo a Ilha Bela (com arroz, aspargos e legumes na manteiga), estrogonofe de camarão e Pirão de Sereia (filé de St. Peter com arroz, pirão, batatinhas fritas e farofa de banana). De sobremesa, tem mousse de queijo cottage com calda de goiabada e churros com Nutella e leite Ninho. A carta de drinques foi desenvolvida por Daniel Barbosa, que já passou por casas como Brown Sugar e The Sailor. O best seller é o divertido Banho de Moscow – uma banheirinha de acrílico que vem com um patinho boiando num Moscow Mule, coquetel que mistura vodca, suco de limão, ginger beer e espuma. Outras boas pedidas são o Jack Açaí (feito com açaí e Tennessee whiskey e servido numa garrafinha) e o Seu Bibi, à base de gim, maracujá, hortelã, xarope de gengibre e água tônica. www.seubibi.bar
SEU BIBI, LUGAR DESCOLADO COM CARDÁPIO À BASE DE FRUTOS DO MAR E DRINQUES COMO A BANHEIRA DE ACRÍLICO QUE VEM COM UM PATINHO BOIANDO NUM MOSCOW MULE, COQUETEL QUE MISTURA VODCA, SUCO DE LIMÃO, GINGER BEER E ESPUMA
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boulangerie MR. BAKER
Boutique de pães & casual dining Privilegiando os ingredientes orgânicos e servindo uma grande de variedade de pães artesanais de fermentação natural e farinha de trigo orgânica, a Mr. Baker é uma boulangerie cuja reputação extrapola os limites do Itaim, o bairro onde está localizada há 6 anos
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naugurada em 2012 a Mr. Baker é uma padaria que prioriza produtos orgânicos e oferece uma variedade incrível de comidinhas deliciosas. Em 2014, ela foi eleita pela edição especial “Comer & Beber” da revista Veja a melhor padaria de São Paulo segundo o júri e, em 2015, sagrou-se a melhor pelo votação feita entre os leitores da publicação. No amplo portfólio de pães, tem integral, de nozes e passas, de 12 grãos, de castanha do Pará e de sementes de abóbora, além de baguettes, ciabattas, brioches, croissants e pães de fôrma sem glúten. Feitos artesanalmente, utilizam Levain (espécie de levedura viva) como base de fermentação natural. Outras delícias que fazem a fama da Mr. Baker são as pizzas, as focaccias, as quiches, as tartines, os bolos, os cookies e os caprichados sandubas – como o Happy Day (presunto parma, mozzarella de búfala, tomatinhos cereja e rúcula na focaccia) ou o Beija Eu (salmão defumado, aspargos, cream cheese e pimenta rosa no pão português). De segunda a sexta na hora do almoço, a Mr. Baker oferece ainda um delicioso buffet de saladas frescas. Tudo isso em um ambiente agradável e descontraído, com sofás, mesas comunitárias e mesas externas onde os animais de estimação são muito bem-vindos. www.mrbaker.com.br
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A MR. BAKER OFERECE O MELHOR DO PÃES E AFINS. TUDO ISSO EM UM AMBIENTE AGRADÁVEL E DESCONTRAÍDO
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máquina de café DE’LONGHI
Café com design No Brasil desde 2009, a italiana De’Longhi é reconhecida pela elegância das formas de seus produtos, pela inovação, pela durabilidade e pela alta performance
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italiana De’Longhi é a empresa número 1 do mundo quando o assunto é fabricação de máquinas de café. Fundada em 1902 e sediada na cidade de Treviso, começou produzindo aquecedores e, a partir do ano de 1950, lançou também outros tipos de eletrodomésticos e eletroportáteis, como aspiradores de pó, ferros de passar roupa, ventiladores, chaleiras elétricas, fritadeiras, torradeiras e sorveteiras. Hoje a empresa é famosa pelo design elegante de suas peças. Sua linha Esclusivo, de utensílios para cozinha, ganhou em 2007 o prestigioso prêmio Red Dot. Em 2006, a revista Home Furnishing News reconheceu Giacomo Borin, diretor de design da De’Longhi, como um dos 50 mais influentes designers do mundo todo. Além do design, a marca também tem sua imagem associada a outros valores, como a inovação, a praticidade, a durabilidade e a alta performance. No segmento das máquinas de café, possui uma ampla gama de produtos capaz de oferecer soluções perfeitas para residências, restaurantes e ambientes corporativos. Além das tradicionais cafeteiras elétricas (aquelas que fazem café de coador e têm uma espécie de jarra de vidro em sua base), a De’Longhi tem também vários modelos de coffee makers superautomáticos – aqueles em que o usuário apenas aperta um botão e retira seu café pronto
PARA TIRAR UN PERFETTO ESPRESSO ITALIANO, NADA COMO A MÁQUINA DE CAFÉ ESPRESSO DELONGHI MAGNÍFICA OFFICE BLACK. GRAÇAS AO SEU SIMPLES E EFICIENTE PAINEL DE CONTROLE, A ECAM PERMITE PREPARAR QUALQUER TIPO DE CAFÉ, SIMPLESMENTE PRESSIONANDO APENAS UM BOTÃO
em instantes – e de máquinas espresso manual, em que baristas profissionais podem fazer várias regulagens específicas para elaborar diferentes tipos de bebidas. No Brasil, a De’Longhi está presente desde 2009. www.delonghi.com/pt-br
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café especial ORFEU
Excelência em cada grão Com qualidade reconhecida e premiada internacionalmente, Orfeu Cafés Especiais apresenta diversos cafés com aromas e sabores excepcionais produzidos em alguns dos melhores terroirs dos estados de MG e SP
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Café Orfeu é mais que uma bebida especial. E isso não é pouca coisa: o mercado de cafés é dividido em Tradicional, Superior, Gourmet e Especial. A Especial é a categoria de mais alta qualidade. Os cafezais das Fazendas Sertãozinho, localizadas em Botelhos/MG, São Sebastião da Grama/SP e Poços de Caldas/MG, possuem terroirs simplesmente fantásticos, com altitudes sempre acima dos 1.000 metros, climas frios, solos com alta mineralidade e chuvas bem distribuídas. Com isso, os cafés que se desenvolvem ali são muito aromáticos, doces e com
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O ORFEU É
acidez e corpo equilibrados. Os grãos são separados manualmente um a um, a torrefação é feita nas próprias fazendas e os equipamentos utilizados na embalagem e na expedição são de última geração – fatores que garantem a excelência do produto final. Certificado na Categoria de Cafés Especiais pela Brazilian Specialty Coffee Association (BSCA), o Orfeu é premiado nacional e internacionalmente. Já conquistou quatro Cup of Excellence e dois Coffee
DISPONÍVEL EM GRÃOS TORRADOS, EM PÓ (TORRADO E MOÍDO) OU EM CINCO OPÇÕES DE CÁPSULAS COMPATÍVEIS COM MÁQUINAS NESPRESSO, SEMPRE APRESENTANDO AROMAS E SABORES DIFERENCIADOS
of the Year na Feira Internacional de Café, além de dois campeonatos no Late Harvest Competition, da Suíça. Seus blends – elaborados com grãos de diversas variedades do tipo Arábica – são isentos de impurezas e defeitos. E, além de apresentarem aromas e sabores diferenciados, têm rastreabilidade comprovada e respeitam critérios de sustentabilidade ambiental, econômica e social em todas as etapas de produção. Disponíveis em grãos torrados, em pó (torrado e moído) ou em cinco opções de cápsulas compatíveis com máquinas Nespresso, os cafés da Orfeu sempre têm uma opção perfeita para os paladares mais exigentes e as mais variadas ocasiões. www.cafeorfeu.com.br
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azeite brasileiro BATALHA
Yes, nós temos azeites! Elaborados com os frutos de oliveiras cultivadas no extremo sul do país, os azeites Batalha impressionam consumidores, chefs e degustadores profissionais por sua versatilidade, sua excepcional qualidade, seu equilíbrio e sua complexidade de aromas e sabores
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empresário Luiz Eduardo Batalha encontrou no município gaúcho de Pinheiro Machado, na fronteira com o Uruguai, o terroir perfeito para o cultivo de oliveiras para a produção de azeites premium. Situada no paralelo 31ºS, a mesma latitude dos melhores olivais da Argentina, do Chile, da África do Sul e da Austrália, a plantação irrigada tem 90.000 pés, distribuídos por uma área de 300 hectares. Tudo a 400 metros de altitude em relação ao nível do mar, com
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temperaturas altas durante o dia e reduzidas à noite e ventos constantes que ajudam na polinização e mantêm o olival com níveis de umidade adequados, evitando a proliferação de fungos – condições perfeitas para o desenvolvimento de azeitonas saudáveis e suculentas. Com controles rígidos na colheita, na extração e no envasamento – graças a um lagar moderno, com equipamentos italianos de última geração – a Batalha consegue a façanha de produzir no Brasil azeites de excepcional qualidade, com elevado frescor e baixa acidez. A estimativa é que, nos próximos anos, a produção seja de 400 mil litros de azeite por safra.
A BATALHA PRODUZ AZEITES DE EXCEPCIONAL QUALIDADE. SITUADA NO MUNICÍPIO GAÚCHO DE PINHEIRO MACHADO NA FRONTEIRA COM O URUGUAI, ENCONTROU O TERROIR PERFEITO PARA O CULTIVO DE OLIVEIRAS PARA A PRODUÇÃO DE AZEITES PREMIUM
O produto impressionou a degustadora Patrícia Galasini, formada na Associação Mille Sensi, na Itália, e uma das principais especialistas desse tipo de produto no Brasil. “Dos azeites nacionais que já provei, nenhum é balanceado como esse da fazenda da Guarda Velha”, afirma Patrícia. “Ele é comparável a grandes azeites espanhóis e portugueses”, completa. O azeite Extra Virgem Batalha Frutado é elaborado com azeitonas Arbequinas e uma pequena proporção de frutos das variedades Arbosana, Picual e Frantoio. Tem sabor frutado suave e aromas herbáceos de grama cortada e de tomate. Na boca, apresenta um toque amendoado, um sutil amargor e uma discreta picância. Harmoniza muito bem com saladas, pizzas de mozzarella, risottos, peixes grelhados, carnes brancas e queijos suaves. Já o azeite Extra Virgem Batalha Intenso é feito com um blend de azeitonas Picual, Frantoio, Arbosana e Coratina, aromáticas e pungentes. Possui sabor frutado intenso, aromas de tomate maduro, de maçã verde, de manjericão e de salsinha. Na boca, é complexo, com toques de pimenta preta e alcachofra. O amargo e o picante têm presença forte, equilibrada e persistente. É i deal para acompanhar e condimentar receitas como pizzas de linguiça calabresa, paellas, pratos de cordeiro ou de bacalhau e queijos fortes como o parmesão e o gorgonzola. Os azeites Batalha estão à venda no próprio site da marca, em lojas gourmet como a Casa Santa Luzia ou ainda nos supermercados da rede Zaffari. www.azeitebatalha.com.br
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chocolate brasileiro CHOR
Fantástica fábrica de chocolates Nascida no coração da zona cacaueira no sul da Bahia, a ChOr produz sensacionais tabletes, bombons e trufas de chocolate a partir de amêndoas selecionadas de cacaus especiais e comercializa seus deliciosos produtos para todo o país pela internet
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epois de trabalharem em vários eventos da área e participarem de festivais de chocolate no país inteiro, Marco Lessa e sua mulher, Luana, realizaram o sonho de inaugurar sua própria fábrica de chocolate. Localizada em Ilhéus,
OS HITS DA CHOR SÃO O TERRA DE SANTA CRUZ, INTENSO COM 70% DE CACAU, E O “AO LEITE” SÃO JORGE DOS ILHÉUS
no sul da Bahia, no coração da principal região produtora de cacau do país, a ChOr Chocolate de Origem produz tabletes, trufas e bombons elaborados com alto teor das mais selecionadas amêndoas de cacau especial. “Produzimos e comercializamos chocolates com 44% a 70% de cacau. A legislação prevê que, para ser definido como chocolate, o produto deve ter ter, no mínimo, 25% de sólidos de cacau (liquor e manteiga). Acabamos aliando a alquimia do chocolate fino, rico em cacau, com produtos da nossa região, como a pimenta, por exemplo”, explica Marco. O carro-chefe da marca é a Trilogia ChOr, que homenageia a origem do Brasil com três embalagens emblemáticas. O Terra de Santa Cruz, intenso, com 70% de cacau, representa o Descobrimento e a terra fértil da Bahia. O ao leite São Jorge dos Ilhéus retrata a procedência da marca e também a exalta a fama do cacau como “fruto de ouro”, como era chamado no ápice do ciclo da cacauicultura na região. Já o chocolate Bahia de Todos os Santos traduz a intensidade da cultura baiana em sabor, com 88% de cacau. Outros sucessos da ChOr são as trufas de maracujá, de caipirinha ou de especiarias e os tabletes de café, de frutas secas ou de cocoa nibs (naquinhos de amêndoas de cacau secas e trituradas). O e-commerce da marca aceita encomendas de todos os estados do país. www.chorchocolate .com.br
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água mineral PLATINA
Elegância cristalina Equilibrada, sofisticada, com boa acidez e leve salinidade, a Água Platina volta ao mercado e se consagra como produto gourmet ideal para ser consumido na companhia de grandes vinhos e de pratos da alta gastronomia
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eve, nobre e sofisticada, a Água Platina é uma água mineral extraída desde 1918 de uma fonte em Águas da Prata, no interior de São Paulo. Tratase de uma água superior, com aromas neutros, paladar equilibrado, boa acidez, alta efervescência e agradável salinidade. Naturalmente fluoretada e radioativa, possui um ótimo teor de bicarbonatos e quantidades adequadas de cálcio, magnésio, potássio, sódio e estrôncio. Seu pH é de 6,01. Por essas e outras características, ela é perfeita para acompanhar bons vinhos e pratos da alta gastronomia. A nascente da Água Platina está localizada em meio a uma exuberante reserva de 850 mil m2 em que mais da metade da área total é de Mata Atlântica nativa. Sua rica história teve início em 1918, mas sua produção comercial só começou oficialmente em 1935, quando foi protocolado o manifesto da mina. No final dos anos 60 e início dos 70, a extração de água na fonte foi desativada, mas em 2007 ela mudou de mãos e voltou ao mercado em 2015, agora engarrafada em uma unidade de produção com alta tecnologia e os mais rigorosos padrões de qualidade.
A ÁGUA PERFEITA PARA ACOMPANHAR BONS VINHOS E PRATOS DA ALTA GASTRONOMIA. LEVE, NOBRE E SOFISTICADA, A PLATINA É EXTRAÍDA DESDE 1918 DE UMA FONTE EM ÁGUAS DA PRATA, NO INTERIOR DE SÃO PAULO
Como resultado, ela conquistou a primeira colocação em uma degustação às cegas com especialistas promovida em 2016 pela revista Go Where. Ela ficou à frente de concorrentes como a São Lourenço, a Crystal Vip, a Água Prata, a Minalba, a Pura Fonte e a Schin. Quem assina o design das embalagens é o designer Lincoln Seragini, um dos mais consagrados e premiados profissionais do segmento no país. A elegante garrafa de 310 ml foi a vencedora da 9ª edição do Prêmio Grandes Cases de Embalagem, realizado no final de 2015. www.fonteplatina.com.br
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queijo artesanal SERRA DAS ANTAS
Cobiçados laticínios
Presentes nas mesas dos melhores restaurantes e nas prateleiras de sofisticados empórios gourmet do Rio e de São Paulo, os queijos produzidos no interior de Minas por Airton Gianesi têm sua qualidade reconhecida também em importantes premiações
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m 1983, o jovem Airton Gianesi iniciou na propriedade de seus pais, no município mineiro de Bueno Brandão, uma pequena criação com sete cabras e um bode de raça pura, importado da França. O leite era ordenhado, congelado e vendido
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na região para crianças alérgicas ao leite de vaca. Os anos foram passando e o rebanho cresceu e melhorou sua produtividade, permitindo expansão do negócio. Começava assim a produção de queijos, sob a marca Chèvre d’Or. Em 1991, Airton foi à França fazer um estágio e, ao retornar, aplicou vários dos conhecimentos lá adquiridos
e obteve o SIF (Serviço de Inspeção Federal) garantindo livre acesso de seus queijos a todo o território nacional. Em 1997, para atender a uma crescente demanda por queijos finos semelhantes aos europeus, lançouse na produção de queijos de vaca, começando pelos famosos Brie e Camembert, agora sob a marca Serra das Antas. Na sequência, surgiram os tipos Reblochon, Saint Paulin, Comté, Raclette, Fontina, Stracchino, Taleggio, Gorgonzola, Parmesão e Cheddar. Entre os caprinos, vieram também o Boursin, o Chevrotin, o Chabichou, o Poivre d’Ane e o Feta. Hoje, mesmo se mantendo como uma empresa familiar e artesanal, com um time de aproximadamente 40 colaboradores envolvidos na criação de cabras e na produção, a Serra das Antas possui 28 tipos de queijos em seu portfólio, todos elaborados com leite pasteurizado. Para recompor a flora microbiana benéfica eliminada na pasteurização, é feita uma minuciosa seleção dos fermentos lácteos, mofos e leveduras necessários para a produção de cada tipo de queijo, segundo suas características. A qualidade dos queijos do Serra das Antas já foi atestada na 2ª edição do Prêmio Queijo Brasil, que teve a participação de 244 queijos nacionais, oriundos de oito estados da federação. Lá, os tipos Comté, Gorgonzola Dolce, Camembert de Cabra e Reblochon conquistaram medalhas de ouro, e os tipos Pont L’Eveque, Brie e Raclette ganharam medalhas de prata. Cobiçados, os laticínios da Serra das Antas podem ser encontrados em lojas gourmet como a carioca Casa Carandaí e os paulistanos Eataly, Casa Santa Luzia e as redes St. Marché, Emporium São Paulo e Supermercados Mambo. Inúmeros restaurantes famosos também utilizam os queijos produzidos por Airton Gianesi. O Piselli,
por exemplo, usa o Taleggio em seu cremoso risotto de aspargos e taleggio; o Italy não abre mão do Brie mineiro no preparo de seus raviólis de brie com compota de figo e o chef Alain Poletto só faz sua tentadora e fumegante tartiflette se for com o Reblochon artesanal desse laticínio de Minas. www.serradasantas.com.br
A SERRA DAS ANTAS POSSUI 28 TIPOS DE QUEIJOS EM SEU PORTFÓLIO E AINDA ASSIM SE MANTÉM COMO UMA EMPRESA FAMILIAR, COM UM TIME DE 40 COLABORADORES
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azeite extra virgem e vinagre balsâmico VOM FASS
Barris que armazenam tesouros Com mais de 300 lojas pelo mundo e três unidades em São Paulo, a Vom Fass guarda em seus tonéis maravilhosos azeites, deliciosos vinagres balsâmicos, vinhos selecionados, licores especiais e destilados exclusivos envasados na frente do cliente, na hora da compra
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os anos 1980, a família Kiderlen adquiriu uma pequena vinícola no interior da Alemanha e o jovem Johannes Kiderlen acabou se especializando na construção de tonéis. Com o tempo, ele passou a armazenar também em seus barris azeites, vinagres balsâmicos, licores e destilados, para vendê-los em pequenos frascos, envazando os produtos na hora, diante dos clientes. Nascia assim o conceito da Vom Fass (“Direto do Barril”, em alemão). A primeira loja foi aberta em 1994 em Ravensburg e, rapidamente, a rede cresceu. Hoje são mais de 300, da Austrália ao Canadá e da Croácia à Colômbia. Em 2013, a marca chegou ao Brasil, com a abertura da 1ª lojinha paulistana, em Moema. Depois vieram mais duas – nos Jardins e no Shopping Morumbi. Os premiados vinagres balsâmicos de frutas da Vom Fass estão posicionados entre os melhores do mundo. São produzidos na Alemanha a partir da adição do suco de frutas a vinagres feitos com maçãs, morangos, ameixas, framboesas, peras, uvas, romãs ou cerejas. Após o envelhecimento em barris de carvalho, geram acetos harmoniosos e de acidez balanceada.
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DON ELADIO, O AZEITE URUGUAIO SUCESSO DE VENDAS. OUTRO HIT SÃO OS VINAGRES BALSÂMICOS, FEITOS NA ALEMANHA
Já na linha de azeites extra virgens, o destaque é o uruguaio Don Eladio. Situada na região das Serras de Carapé, nos arredores da cidade de Rocha, esta pequena fazenda produz artesanalmente azeites extra virgens da mais alta qualidade. O Don Eladio é feito com um mix de azeitonas das variedades Frantoio, Arbequina, Coratina e Picual e é um condimento premium de cor amarelo dourado e aroma frutado. Combina perfeitamente com saladas, peixes grelhados e massas. A Vom Fass comercializa ainda deliciosos azeites aromatizados com trufas, tangerina, tomate, limão e ervas como alecrim e manjericão. www.vomfass.com.br
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cachaça branca pura BATISTA
Virtude sacramentada Produzida no município mineiro de Sacramento, a cristalina Cachaça Batista Prata conquistou a medalha de ouro na ExpoCachaça graças a seu agradável aroma de cana, seu extraordinário equilíbrio e sua formidável qualidade
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a mais recente edição da ExpoCachaça, em Belo Horizonte, a categoria das branquinhas puras teve como medalhista de ouro a Cachaça Batista Prata, uma bebida especial, que possui um agradável aroma de cana, além de notas frutadas e de chocolate branco. Com álcool e acidez equilibrados, é excelente para ser consumida pura ou no preparo de drinques, em especial aqueles com uma característica mais cítrica, como as caipirinhas. Fundada em 1943 por José Batista de Oliveira, a Cachaça Batista é produzida na cidade de Sacramento (MG), pertinho do Parque Nacional da Serra da Canastra e da nascente do rio São Francisco. Durante a Segunda Guerra, com a escassez de açúcar, José Batista cultivava cana para fabricar rapaduras. Um dia, ele decidiu fermentar e destilar o caldo que dava origem à rapadura e assim nasceu a Caninha Batista, que fez muito sucesso até 1974, quando deixou de ser produzida. Em 2008, Marco Antônio Afonso Mota e Marco Elísio Mota – respectivamente genro e neto do velho José Batista – reativaram a marca, construindo uma nova e moderna destilaria, que adota os mais rigorosos controles de qualidade em todas as etapas do processo.
A CACHAÇA BATISTA PRATA POSSUI UM AGRADÁVEL AROMA DE CANA, ALÉM DE NOTAS FRUTADAS E DE CHOCOLATE BRANCO. É EXCELENTE PARA SER CONSUMIDA PURA OU NO PREPARO DE DRINQUES MAIS CÍTRICOS, COMO AS CAIPIRINHAS. MEDALHISTA DE OURO ENTRE AS BRANCAS PURAS NA EXPOCACHAÇA
Em 2014, foi exportado o primeiro lote, para a China. Assim, a Cachaça Batista passou a levar o nobre e autêntico destilado brasileiro – a cachaça de alambique – a outras partes do mundo. A fábrica da Cachaça Batista recebe diariamente a visita de chefs, bartenders e apreciadores de cachaça a fim de conhecer as instalações e degustar seus produtos de formidável qualidade. www.cachacabatista.com.br
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cachaça envelhecida em carvalho francês CARAÇUIPE
Ouro das Alagoas Com sua coloração amarelo brilhante destacada pelas elegantes garrafas desenvolvidas nos Estados Unidos, a Caraçuípe Ouro consagrou-se mais uma vez na ExpoCachaça como uma bebida diferenciada e de fantásticos predicados
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partir dos anos 30 do século passado, Antônio e Benedito Coutinho passaram a comandar o Engenho Caraçuípe, importante produtor de açúcar no município alagoano de Campo Alegre, e também a Usina de Sinimbu, uma das mais antigas e tradicionais do estado, em Jequiá da Praia. Setenta anos depois, já no século 21, Renato Coutinho, neto do comendador Antônio Coutinho, assumiu a administração do Engenho e, juntamente com sua esposa, Cristiane, decidiu produzir ali cachaças de alto padrão. Construiu então um alambique que combina modernas tecnologias com a tradição artesanal que seu avô tanto valorizava. Utilizando exclusivamente cana orgânica cultivada nos férteis solos dos tabuleiros costeiros alagoanos, leveduras naturais para a fermentação e alambiques de cobre na destilação, lançou finalmente seus produtos no mercado na virada de 2013 para 2014. No caso da Caraçuípe Ouro, o produto top de linha da empresa, o destilado é posteriormente envelhecido por 18
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meses em tonéis de carvalho francês, até ficar mais equilibrado, macio e perfeito para o consumo. O resultado é uma bebida premium cuja linda coloração tem brilhantes tons de amarelo – qualidade destacada pelas elegantes garrafas da linha Covet, desenvolvida pela Owens-Illinois, empresa norte-americana que é a maior fabricante de embalagens de vidro do mundo. Ideal para ser bebida pura, como um bom conhaque francês ou um single malt escocês, a Caraçuípe Ouro também se mostra excelente quando apreciada “on the rocks”, com cubos de gelo. No nariz, não é agressiva e apresenta delicadas notas amadeiradas e amendoadas. Na boca, é macia e traz toques de caramelo, de cacau e de especiarias.
A CARAÇUÍPE OURO CONQUISTOU NA EXPOCACHAÇA UMA MEDALHA DE OURO NA CATEGORIA DAS BEBIDAS ARMAZENADAS EM CARVALHO EUROPEU. EM 2016, FOI OURO NA EDIÇÃO BRASIL DO CONCURSO MUNDIAL DE BRUXELAS, EM DEGUSTAÇÃO ÀS CEGAS PROMOVIDA COM ESPECIALISTAS COMO BAUDOIN HAVRAUX
Não por acaso, a Caraçuípe Ouro conquistou na ExpoCachaça 2017 uma medalha de ouro na categoria das bebidas armazenadas em carvalho europeu. Em 2016, esse mesmo rótulo já havia conquistado uma medalha de ouro na edição Brasil do Concurso Mundial de Bruxelas, em degustação às cegas promovida com especialistas como o belga Baudoin Havraux, grande conhecedor de destilados do mundo todo. Hoje, a capacidade de produção do Engenho é de 210 mil litros por safra, e todo o processo obedece rigorosamente os princípios da sustentabilidade, ajudando na preservação do meio ambiente e contribuindo para o desenvolvimento social da comunidade que vive na região. Diariamente, o engenho se abre para visitas, que invariavelmente terminam com uma gostosa degustação dos produtos da marca, como a cristalina cachaça Caraçuípe Prata e a aguardente Escorrega Gold, maturada em tonéis de jequitibá vermelho. www.engenhocaracuipe .com.br
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cachaça extra premium ALAMBIQUE BEL VEDERE
Qualidade à toda prova Com sabores e aromas excepcionais, a cachaça Pergaminho conquistou por dois anos seguidos a medalha de ouro na degustação às cegas mais importante do país
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roduzidas há três gerações pela família Scarton no município gaúcho de Augusto Pestana, as cachaças do Alambique Bel Vedere são elaboradas a partir de cana cultivada sem a utilização de agrotóxicos e colhida manualmente no auge de seu dulçor. O caldo é fermentado com leveduras selecionadas, e a destilação é feita lentamente. Antes de ser engarrafada, a bebida descansa e matura em barricas de cabreúva, grápia e carvalho norte-americano, onde desenvolve seus excepcionais sabores e aromas. Todo o processo é acompanhado de perto pelo olhar do proprietário do alambique, Luiz Antônio Scarton, que é também vice-presidente da Aprodecana – Associação dos Produtores de Canade-Açúcar e Derivados do Estado do Rio Grande do Sul. Esses cuidados todos visam manter as tradições artesanais, mas sem deixar de acompanhar a evolução e a modernização do segmento de produção de cachaças especiais. E, ao que parece, esse objetivo vem sendo alcançado. Pelo menos é isso o que mostram os diversos prêmios acumulados nesses últimos anos. Em 2015, a extra premium Pergaminho entrou no ranking das 15 melhores cachaças do Brasil, eleito por um júri repleto de feras para a revista VIP. Em 2016 e 2017, a Pergaminho conquistou medalhas de ouro nas degustações às cegas promovidas na ExpoCachaça de Belo Horizonte.
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MEDALHAS DE OURO E PRATA FORAM CONQUISTADAS PELAS CACHAÇAS BEL VEDERE PERGAMINHO E BEL VEDERE PREMIUM NAS DEGUSTAÇÕES NA EXPOCACHAÇA NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS NA CAPITAL MINEIRA
E a Bel Vedere Premium ganhou uma medalha de prata na categoria de bebidas armazenadas por mais de três anos – ela é envelhecida por 6 anos em tonéis de carvalho norte-americano. www.facebook.com/alambiquebelvedere
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revelação das cachaças catarinenses BYLAARDT
Brasileira, mas com charme europeu Produzidas artesanalmente por uma família de ascendência holandesa, as cachaças Bylaardt Ouro e Extra Premium são envelhecidas em tonéis de carvalho francês e fizeram bonito na mais recente edição da ExpoCachaça
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m 1943, a família de origem holandesa Van Den Bylaardt começou a elaborar cachaças envelhecidas em barris de carvalho francês no interior de Santa Catarina. O tempo passou e hoje, três gerações depois, a Cachaças Bylaardt se consolida como uma empresa que produz com primor essa bebida 100% brasileira, em várias versões. O mais recente reconhecimento desse trabalho veio na edição 2017 da ExpoCachaça, em Belo Horizonte, onde a Bylaardt Ouro conquistou uma medalha de ouro na categoria de cachaças armazenadas em carvalho francês. No mesmo evento, a Bylaardt Prata voltou para casa com uma medalha de prata na categoria de cachaças brancas puras, e a Bylaardt Extra Premium também foi premiada com uma medalha de prata entre as bebidas armazenadas por mais de três anos. A cana de açúcar utilizada no preparo das cachaças é cultivada sem o uso de pesticidas e, durante todo o processo, não há o acréscimo de aditivos químicos. A moagem, a fermentação e a destilação ocorrem dentro de uma charmosa construção em estilo colonial, com maquinário vintage, alambiques de cobre e uma bonita roda d’água que movimenta o engenho. O portfólio de produtos da empresa inclui ainda aguardentes e licores preparados seguindo receitas que passam de pai para filho, mas as cachaças artesanais são os itens mais famosos e também os que recebem mais
NA EDIÇÃO 2017 DA EXPOCACHAÇA, A BYLAARDT OURO CONQUISTOU UMA MEDALHA DE OURO, A BYLAARDT PRATA LEVOU UMA MEDALHA DE PRATA E A BYLAARDT EXTRA PREMIUM FOI PREMIADA ENTRE AS BEBIDAS ARMAZENADAS POR MAIS DE TRÊS ANOS
atenção dos Bylaardt – a Extra Premium, por exemplo, envelhece por longos 18 anos em tonéis de carvalho importados da França até atingir a perfeição e ficar pronta para o consumo. www.cachacasbylaardt.com.br
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cachaça envelhecida em carvalho francês DOM TÁPPARO
Cabaré dourado Produzida no interior de São Paulo, em uma parceria da Dom Tápparo com os cantores sertanejos Leonardo e Eduardo Costa, a deliciosa cachaça Cabaré Extra Premium faturou medalhas de ouro em sua categoria nas últimas duas edições da ExpoCachaça
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osé Tápparo (mais conhecido como “Zé”) começou a produzir cachaças como hobby em 1978, apenas para o consumo próprio. Mas sua bebida foi ficando tão famosa nas cidades de São José do Rio Preto, Bady Bassit, Olímpia e Mirassol que a “brincadeira” acabou virando negócio. Foi aí que seus filhos assumiram a empresa e ampliaram o engenho, que hoje conta também com a colaboração dos netos do patriarca. A cachaça com a marca Dom Tápparo é uma homenagem ao legado do saudoso Zé, falecido em 2016. Toda a produção é concentrada numa propriedade em Mirassol, desde o plantio da cana-de-açúcar ao envelhecimento, passando pela moagem, a fermentação e a destilação. A marca tem um portfólio que inclui mais de 40 produtos, entre cachaças, coquetéis alcoólicos e licores elaborados tendo como base a aguardente feita no engenho. Mas o xodó da empresa é a consagrada Cachaça Cabaré Extra Premium 15 anos, produzida em parceria com os cantores sertanejos Leonardo e Eduardo Costa.
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A PREMIADA CACHAÇA CABARÉ EXTRA PREMIUM 15 ANOS, ELABORADA EM PARCERIA COM OS CANTORES SERTANEJOS LEONARDO E EDUARDO COSTA É ENVELHECIDA POR 15 ANOS EM TONÉIS DE CARVALHO EUROPEU E ENVASADA EM UMA ELEGANTE GARRAFA FRANCESA
Envelhecida por 15 anos em barris de carvalho francês, ela é envasada em uma elegante garrafa francesa. Nas últimas duas edições da ExpoCachaça, esse precioso destilado ganhou medalhas de ouro na categoria de bebidas armazenadas em carvalho europeu. Também faturou duas medalhas de prata consecutivas no Concurso Mundial de Bruxelas em 2016 e 2017. Recentemente, lançou no mercado a cachaça Cabaré Prata, armazenada por seis meses em tonéis de amendoim. É mais uma parceria da Dom Tápparo com Leonardo e Eduardo Costa que, certamente, será um sucesso! www.domtapparo.com.br
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caçhaça armazenada em madeiras brasileiras GOGÓ DA EMA
De Maceió para o mundo Vencedora de importantes concursos de destilados no Brasil e no exterior, a Gogó da Ema acaba de faturar mais um prêmio na edição 2017 da ExpoCachaça, com sua bebida envelhecida por dez anos em tonéis de bálsamo e jequitibá
A CACHAÇA GOGÓ DA EMA SUBLIME FOI PREMIADA NA EXPOCACHAÇA 2017 COM UMA MEDALHA DE PRATA NA CATEGORIA DE BEBIDAS ARMAZENADAS EM MADEIRAS BRASILEIRAS. É PRODUZIDA ARTESANALMENTE E ENVASADA NA FAZENDA RECANTO, NO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO,
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imagem daquele coqueiro com caule sinuoso que virou atração turística na Ponta Verde, em Maceió, está cada vez mais famosa no exterior. Conhecido como “Gogó da Ema”, ele estampa os rótulos das cachaças Gogó da Ema, produzidas artesanalmente e envasadas na Fazenda Recanto, no município de São Sebastião, no agreste de Alagoas. O canavial da família Tenório Ferreira verdeja há mais de cinco décadas, mas o alambique só foi inaugurado em 2004 e, apenas a partir de 2009, após muitos testes, as bebidas foram lançadas no mercado brasileiro e internacional. A marca Gogó da Ema está disponível em seis versões: Nox, Beach, Tradicional, Mix, Reserva Especial e Sublime. Outro hit da marca é a edição limitada Rock’n’Roll, com uma garrafa em forma de caveira. Com excelente performance em concursos internacionais,
NO AGRESTE DE ALAGOAS
essas cachaças alagoanas possuem uma extensa lista de prêmios conquistados. Em 2015, por exemplo, a Gogó da Ema Tradicional faturou uma medalha de prata no The San Francisco World Spirits Competition. Em 2016, na edição Brasil do Concurso Mundial de Bruxelas, a Gogó da Ema Mix conquistou a medalha de ouro duplo e a Gogó da Ema Nox ganhou uma medalha de ouro. Nesse mesmo ano, a Gogó da Ema Tradicional conquistou o Double Gold e o troféu de Best in Show na New York World Wine & Spirits Competition, além de uma medalha de ouro no CWSA (China Wine & Spirits Awards). Agora em junho, a Gogó da Ema Sublime – maturada por 10 anos em barris de bálsamo e jequitibá e rica em aromas cítricos e florais – voltou da ExpoCachaça 2017 com uma medalha de prata na categoria de bebidas armazenadas em madeiras brasileiras. www.cachacagogodaema.com.br
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destaque entre as cachaças capixabas SANTA TEREZINHA
Obra de arte por dentro e por fora Elegantes e versáteis gastronomicamente, as cachaças produzidas artesanalmente no Espírito Santo pela Santa Terezinha conquistam prêmios com suas receitas tradicionais e seus bonitos rótulos desenvolvidos por designers e artistas locais
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a ExpoCachaça 2017, um produtor capixaba se destacou, com duas de suas excepcionais bebidas sendo premiadas. Ao final do evento, a Santa Terezinha voltou para casa com uma medalha de ouro na categoria de cachaças armazenadas em carvalho norte-americano e outra medalha de ouro na categoria de cachaças armazenadas em madeiras brasileiras. Armazenada por 36 meses em tonéis de carvalho de primeiro uso importados dos Estados Unidos, a elegante Santa Terezinha Carvalho Americano é uma cachaça macia, com cor dourada e aromas de baunilha e de ameixas secas. No paladar, apresenta notas de café e baunilha. É perfeita para harmonizar com carnes grelhadas, hambúrguer e bacon. Já a Santa Terezinha Gourmet, maturada por 5 anos em barricas de canela sassafraz, tem aroma adocicado e delicadamente amadeirado. Na boca, percebe-se o dulçor trazido pela canela e notas de frutas secas e grãos. Ótima para flambar linguiças, combina muito bem com chocolates ou queijos azuis. Deliciosa também para ser consumida on the rocks, com cubos de gelos de água de coco. As Cachaças Santa Terezinha exaltam também a cultura regional, com embalagens e rótulos desenvolvidos por designer e artistas locais, como Haroldo Bussotti, Hélio Coelho e Tatiana Menegatti. Produzidas desde 1943 no Vale de Canaã e, atualmente no município de Marechal Floriano, região de montanhas do Espírito Santo, são elaboradas artesanalmente seguindo receitas tradicionais, com leveduras nativas, em alambique de cobre aquecido a lenha. www.cachacasantaterezinha.com.br
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A CACHAÇA CAPIXABA LEVOU MEDALHA DE OURO EM DUAS CATEGORIAS NA EXPOCACHAÇA 2017. NO PALADAR, APRESENTA NOTAS DE CAFÉ E BAUNILHA E HARMONIZA COM CARNES GRELHADAS, HAMBÚRGUER E BACON
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revelação entre as cachaças brancas puras SPÉZIA
O doce sabor de vencer Inicialmente conhecida como Aguardente Vencedora, a cachaça catarinense Spézia segue conquistando alguns dos mais importantes prêmios do segmento e o paladar dos apreciadores de destilados de qualidade – no Brasil e no exterior
A SPEZIA É PRODUZIDA DESDE 1949 EM SANTA CATARINA. NA EDIÇÃO 2017 DA EXPOCACHAÇA, EM BELO HORIZONTE, TANTO A SPÉZIA PRATA COMO A SPÉZIA OURO CONQUISTARAM
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s cachaças Spézia são produzidas desde 1949 no município de Luiz Alves, no nordeste de Santa Catarina. Inicialmente, eram engarrafadas como Aguardente Vencedora, mas esse nome – apesar de não aparecer mais nos rótulos das bebidas – ainda tem tudo a ver com a trajetória de sucesso da marca e o reconhecimento que as cachaças vêm conquistando. Agora mesmo em junho, na edição 2017 da ExpoCachaça, em Belo Horizonte, a Spézia Prata conquistou uma medalha de ouro na degustação às cegas, na categoria de cachaças brancas puras. Já a Spézia Ouro também fez bonito – faturou uma medalha de prata na categoria das bebidas armazenadas em barris de carvalho norte-americano.
MEDALHAS EM DUAS CATEGORIAS
Na propriedade da família de Almir Spézia (filho de Frederico Spézia, o fundador da marca) as tradições e as fórmulas originais são preservadas para a obtenção de produtos da mais alta qualidade. A destilação, por exemplo, é feita em alambiques de cobre, e alguns rótulos são envasados em garrafas especiais de porcelana e vidro, antes de serem despachadas para todo Brasil e para o exterior. Agora em julho, a Spézia foi homenageada na Assembleia Legislativa do estado de Santa Catarina pelo apoio e o empenho no desenvolvimento do setor de produção de cachaças especiais em território catarinense. A destilaria se abre diariamente à visitação. Lá, os interessados têm a oportunidade de degustar todos os produtos da Spézia – além de cachaças, a empresa produz vodcas, licores, batidas e coquetéis. (47) 3377-1175 | (47) 99982-1645
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cachaça armazenada em madeira brasileira WEBER HAUS
De Ivoti para o mundo Elaboradas com cana-de-açúcar cultivadas em Ivoti, as excelentes cachaças da Weber Haus ajudam a fazer a boa fama do nobre destilado brasileiro em 16 países
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om uma experiência de cinco gerações de descendentes alemães, a cachaçaria gaúcha Weber Haus produz uma das cachaças brasileiras mais premiadas no Brasil e no exterior. A história do alambique artesanal tem início em 1848, com a fabricação de cachaça para consumo próprio. Em 2001, Evandro Weber, da quinta geração da família e diretor da empresa, lançou bebidas com perfil diferenciado para competir nos mercados nacional e internacional. A linha de produtos inclui cinco tipos de cachaças brancas e dez de envelhecidas. Entre os mais de 80 prêmios que a cachaçaria Weber Haus já recebeu, um dos mais importantes foi o Best in Show no San Francisco World Spirits Competition de 2008, quando o rótulo Prata Orgânica obteve nota 10 de todos os 27 jurados.
A mais recente conquista foi na Expocachaça 2017, onde os lançamentos Bálsamo e 7 Madeiras receberam as medalhas de Ouro e Prata, respectivamente. O grande destaque da premiação foi a cachaça envelhecida em barris de bálsamo, que arrematou a medalha de Ouro. A bebida orgânica possui um aroma típico, suave e bastante característico, lembrando erva-doce, especiarias, cravo e anis. Para atingir esse sabor, o líquido permaneceu durante um ano descansando em barris de bálsamo. Já a 7 Madeiras, que levou a medalha de Prata na competição, foi elaborada a partir de um blend composto pelas madeiras nobres de Carvalho Americano, Carvalho Francês, Bálsamo, Canela Sassafrás, Amburana, Grápia e Cabriúva. Seu produto ícone é a cachaça Lote 48 – 12 anos, lançada em 2013, em comemoração aos 65 anos do alambique. Disputadas e numeradas, as garrafas da Weber Haus Extra Premium 12 anos – Lote 48 são preciosidades que chegam a ser vendidas por R$ 2.700. Atualmente, as vendas internacionais representam 30% do faturamento da empresa, que exporta seus produtos para 16 países, como França, Itália, Irlanda, Noruega, Holanda, Dinamarca, Japão, China, Canadá, Estados Unidos e Alemanha. www.weberhaus.com.br
A WEBER HAUS CONQUISTOU OURO E PRATA NA EXPOCACHAÇA 2017. O OURO FICOU COM A CACHAÇA ENVELHECIDA EM BARRIS DE BÁLSAMO, E A PRATA, COM A 7 MADEIRAS. foto © JEFFERSON BERNARDES
EVANDRO WEBER, DIRETOR DA CACHAÇARIA, COMEMORA AS MAIS DE 80 PREMIAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS
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revelação entre as cachaças extra-premium WRUCK
Cachaça com sotaque escocês Envelhecida por mais de sete anos em tonéis de carvalho importados da Escócia – os mesmos que são utilizados na elaboração de whiskies – a cachaça Wruck é uma bebida refinada que se destaca por sua complexidade de sabores e aromas
A WRUCK CONQUISTOU A MEDALHA DE OURO NA EXPOCACHAÇA DENTRO DA CATEGORIA EXTRA PREMIUM, PARA BEBIDAS ARMAZENADAS POR MAIS DE TRÊS ANOS, COM A
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Wruck é uma empresa familiar que nasceu em 1938, em Luiz Alves, Santa Catarina (conhecida como a Capital Nacional da Cachaça, localizada no litoral Catarinense). Primeiramente, só produzia açúcar mascavo, mas com passar dos tempos e utilizando a sobra do melado do açúcar que era centrifugado, Otto Wruck deu início em 1942 à elaboração de cachaças. Em pouco tempo, a bebida passou a ser o carro-chefe da marca. Hoje administrado pela terceira geração da família, o engenho produz destilados de alta qualidade. A mais recente comprovação disso foi a medalha de ouro
CACHAÇA WRUCK ENVELHECIDA
conquistada na ExpoCachaça na categoria Extra Premium, para bebidas armazenadas por mais de três anos, a mais alta pontuação da feira. A dourada Wruck Envelhecida, que descansa por pelo menos sete anos em barricas de carvalho escocês, faturou o prêmio por conta de sua complexidade de aromas e sabores. Suave e aveludada, ela possui refinados toques amendoados e de baunilha. Essas características são passadas ao destilado pela madeira nobre, a mesma que é utilizada na elaboração de whiskies nas Highlands, no norte da Grã-Bretanha. Toda a cana utilizada na produção das cachaças é cultivada na própria fazenda, o que funciona como uma garantia de pureza e rastreabilidade. Após a moagem e a fermentação, o “vinho” é destilado em alambiques de cobre martelado. O cuidadoso processo de envelhecimento das cachaças acontece em tonéis de carvalho até que chegue o momento delas serem finalmente filtradas e envasadas em garrafas especiais de vidro, de cerâmica e de madeira. Aí elas estão prontas para o consumo e são despachadas para todo Brasil, para a Alemanha e para vários outros países. www.cachacawruck.com.br
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unidades móveis especiais TRUCKVAN
Há 25 anos dando rodas à sua imaginação Levar saúde, qualificação profissional e diversos serviços por meio de carretas e veículos customizados para lugares com acesso restrito a essas necessidades. Foi assim que a Truckvan, empresa paulista especializada na fabricação de unidades móveis, conseguiu se destacar no mercado de implementos rodoviários e crescer mais de 600% nos últimos 10 anos
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undada em 20 de janeiro de 1992 por Alcides Braga e Flavio Santilli, que se conheceram quando trabalhavam na Randon em 1980, a empresa começou como uma oficina de reformas de baús na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, e atualmente possui três fábricas, sendo duas na capital e uma em Guarulhos, conta com mais de 300 funcionários, e faturou cerca de R$ 300 milhões nos últimos 3 anos.
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Em 25 anos, a Truckvan produziu, aproximadamente, 45 mil baús de alumínio e entregou cerca de 650 unidades móveis para as áreas de saúde, capacitação e treinamento profissional, eventos, serviços e defesa e segurança, além de ter desenvolvido mais de 80 food trucks. “Nos sentimos muito orgulhosos em desenvolver produtos que fazem a diferença na vida das pessoas. Nossas unidades móveis de saúde, por exemplo, já realizaram mais de 700 mil atendimentos médicos, como exames de mamografia, ultrassonografia, procedimentos odontológicos, pequenas cirurgias, entre outros” destaca Braga.
Com a meta de crescer 20% em 2017, a Truckvan tem adotado estratégias cada vez mais ousadas. Uma delas foi ter se tornado a distribuidora plena da Randon Implementos na Grande São Paulo, responsável por atender 29 municípios da região metropolitana em toda a linha de produtos, pesados, leves, peças, serviços, consórcios, pneus, entre outros. A outra novidade foi o lançamento da Carreta Alambique-Escola Brasil na 27ª edição da Expocachaça, evento que aconteceu entre os dias 8 e 11 de junho no Expominas, em Belo Horizonte (MG). O projeto foi idealizado em parceria com os empresários José Lúcio Mendes Ferreira, Renato Frascino e Marcos de Abreu Pereira, integrantes do Centro Brasileiro de Referência da Cachaça (CBRC), e tem o objetivo de percorrer o Brasil, estimulando o empreendedorismo e gerando novos negócios. “A unidade móvel levará até os produtores e seus colaboradores o conhecimento necessário para produzirem cachaça com qualidade dentro dos padrões legais e exigidos pelo mercado de bebidas
OS SÓCIOS DA TRUCKVAN, FLAVIO SANTILLI E ALCIDES BRAGA LANÇARAM A CARRETA ALAMBIQUEESCOLA BRASIL NA EXPOCACHAÇA, PROJETO QUE TEM COMO OBJETIVO PERCORRER O PAÍS, ESTIMULANDO O CONHECIMENTO DE
destiladas no mundo. Além dos produtores, os cursos também serão voltados para os PDVs – Pontos de Vendas, consumidor final e bartenders”, destaca Ferreira, presidente do CBRC. Com 13 metros de comprimento e 52 m2 de área útil, a escola móvel possui alambique montado para demonstração da operação, coluna de álcool, laboratório, sala de aula para 15 alunos, biblioteca e acervo de vídeos. Além da Truckvan e do CRBC, o projeto também conta com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e da Fábrica de Alambiques Santa Efigênia. truckvan.com.br
EMPREENDEDORES E PRODUTORES À NOVOS NEGÓCIOS, RELACIONADOS A CACHAÇA
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equipamento de destilação ALAMBIQUES SANTA EFIGÊNIA
Tradição e tecnologia forjadas em cobre e inox Empresa mineira fornece os equipamentos utilizados em 90% das destilarias premiadas na mais recente Edição Brasil do Concurso Mundial de Bruxelas
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om quase 70 anos de tradição, a Santa Efigênia é a maior fabricante de equipamentos para destilação do Brasil, responsável pelos alambiques usados na maioria das empresas que produzem as melhores e mais consumidas bebidas alcoólicas do país. Na mais recente Edição Brasil do Concurso Mundial de Bruxelas, por exemplo, mais de 90% das cachaças premiadas foram elaboradas em destiladores fornecidos pela Santa Efigênia. A fábrica, no município mineiro de Itaverava, iniciou suas operações em 1948 e, nos últimos anos, passou a ser comandada e administrada pela segunda geração da família de seu fundador – Geraldo Pereira dos Santos. Os equipamentos são testados e aprimorados em parceria com os principais centros técnicos de estudos da área, como o Laboratório de Tecnologia e Qualidade de Cachaça da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), a faculdade de engenharia agronômica da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Qualidade da Cachaça da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Araraquara.
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NA EDIÇÃO BRASIL DO CONCURSO MUNDIAL DE BRUXELAS, MAIS DE 90% DAS CACHAÇAS PREMIADAS FORAM ELABORADAS EM DESTILADORES FORNECIDOS PELA SANTA EFIGÊNIA. É A MAIOR FÁBRICA DA AMÉRICA, PRODUZINDO EQUIPAMENTOS PARA DESTILAÇÃO DE CACHAÇA, ÁLCOOL, PISCO, VODKA, WHISKY, GIN E CERVEJA
Sua expressiva presença nos mercados nacional e internacional se deve às vantagens competitivas de seus produtos, feitos sob medida aliando as mais modernas tecnologias às tradições peculiares dos engenhos artesanais e à beleza das peças em cobre e aço inox. A empresa tem também um departamento de criação de objetos decorativos e utilitários em cobre, como lustres, cubas para pias, tachos e torneiras, entre outros. www.alambiquessantaefigenia.com.br
DECOLANDO PARA O FUTURO
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