TALK 34 issuu

Page 1

BEST of LIFESTYLE

Maria Oliveira foto de Paulo Mancini












{ Notebook de Claudio Schleder } Saint Laurent e Marisa Berenson

Diretor Geral Claudio Schleder Diretor Comercial Fabio Curi Editor Claudio Schleder Direção de Arte RL 76

Q

colaboradores Redação Camila Rodrigues Claudio Parreiras Cosette Jolie Izabel Mandl Kike Martins da Costa Melina Schleder Silvia Lakatos Tatiana Sasaki Fotografia Marcelo Spatafora Tábata Schleder Consultor Colaborador de Alimentos e Bebidas Renato Frascino Revisão Patricia Mendes Impressão e Acabamento Coan

www.inbook.com.br

nº34 é uma publicação de Om.Com Comunicação e Mídia Manager Publicidade Redação e Administração Rua Dr. Renato Paes de Barros, 618 – CEP: 04530-000 Tels.: 55(11) 3078-0199 (editorial) | 55(11) 3876-8614 (comercial) São Paulo – SP – Brasil não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não têm autorização para falar em nome da revista ou a retirar qualquer tipo de material se não tiverem em seu poder uma carta em papel timbrado assinada pelo diretor.

YSL, o brilho O príncipe rebelde Yves Saint Laurent, que transcendeu a própria noção de l’allure e revolucionou muitos códigos do chic, teve uma trajetória bastante perturbada. Dos medos e dúvidas tirava força para criações pespontadas de transgressões e pioneirismos. Como dizia sua embaixatriz, amiga e musa Catherine Deneuve: “Yves era um prodígio que nunca conheceu uma vida normal”. Ele mudou para sempre o jeito de vestir mulher, “abrindo o olho” da moda! Nesta edição, nosso “editor at large” Claudio Parreiras, que preparou um dossier chic sobre Saint Laurent, relata: “Em 1957, com a morte súbita de Monsieur Dior, o herdeiro natural era Yves, que aos 21 anos assume o comando da mais célebre Maison. Sua primeira coleção “trapèze” é um triunfo internacional! Mas o ponto decisivo foi certamente o encontro com Pierre Bergé, que estava entre os convidados. Sem ele, o “fenômeno YSL” não teria alcançado tamanha dimensão”. “Quando apertamos as mãos, sentimos que uma história começava”. Uma grande história “de amor” e “de moda”. A aliança do sonhador com o pragmático. Longe de ser um conto de fadas, um pacto fulminante que durou 50 anos. Há décadas, o fotógrafo Paulo Mancini produz imagens cheias de beleza, estilo e impacto. Seus trabalhos já ocuparam páginas das principais revistas de moda, os outdoors mais estratégicos da cidade e as paredes de prestigiados centros culturais. Paulo é o fotógrafo convidado desta edição, produzindo a capa e abrilhantando nossas páginas com seus clics dos anos 90. Bonne Année! Claudio Schleder, editor.

CRÉDITO DA CAPA: Especialmente para Talk, Paulo Mancini clicou a imagem que ilustra a capa desta edição. A modelo Maria Oliveira veste peça da coleção Atemporal do estilista paraense Lino Villaventura, com styling de Drica Cruz e beauty de Renato Mardonis.



{ Portfólio }

OLHAR AFIADO Paulo Mancini já clicou editoriais de moda para grandes publicações e ganhou importantes prêmios na Publicidade. Ele assina este portfólio e o retrato que ilustra a capa desta edição da Talk.

Atriz Maria Fernanda Cândido em editorial para Sportswear, anos 1990s; Júlia Lemmertz num ensaio com produção de Carlos Pazetto; Julia Petit clicada nas margens da Represa Billings

10

|


| 11


{ Portfólio / Paulo Mancini }

A beleza da atriz Patrícia de Jesus; grupo de top models dos anos 90 num ensaio para Icarius; Virginia Punko com vestido de Alexandre Herchcovitch; a top Alessandra Ambrósio

12

|


| 13


{ Portfรณlio / Paulo Mancini }

14

|


Fotos de ensaio pessoal

| 15


{ Portfólio / Paulo Mancini }

Texto por Kike Martins da Costa

Paulo Mancini

há décadas produz imagens cheias de beleza, estilo e impacto. Seus trabalhos já ocuparam páginas das principais revistas de moda, os outdoors mais estratégicos da cidade e as paredes de prestigiados centros culturais. Sua imersão no universo da Fotografia começou em meados dos anos 80, quando ele foi trabalhar como assistente de Heitor Serapião – à época um dos maiores especialistas em fotos de moda no Brasil. Em seus primeiros trabalhos, produzia books para modelos. Em 1989 foi morar em Milão, capital italiana do design e da moda, prestou serviços para agências de modelos e assinou vários catálogos e editoriais para revistas de estilo. De volta ao Brasil, montou seu próprio estúdio e passou a trabalhar com publicidade. Clicou campanhas para grandes marcas, como Natura, Mercedes, Mitsubishi, Itaú, Bradesco, Asics, TV Globo, Ambev e Sadia, entre outras. Em 2013, dois de seus trabalhos foram premiados com Leões de Prata no Festival de Cannes – o mais importante do setor de propaganda e marketing.

Em paralelo a seus trabalhos como freelancer produziu trabalhos autorais. Três deles ganharam exposições na Pinacoteca do Estado. Em 2002, a mostra “Milagre” reuniu fotos de 12 Nossas Senhoras produzidas pelo diretor artístico Pazetto. Em 2007, ele expôs os registros que fez durante uma viagem à Rússia na mostra “Cosmos”. E em 2011, exibiu “Trilogia Vermelha”, com imagens que ele e mais dois amigos fotógrafos “Barcellos e Nahas” produziram em Cuba, na China e na Rússia. Desde então passou também a dirigir filmes publicitários de moda e beleza. Recentemente, Mancini assinou a Direção de Fotografia do longa-metragem “A Paixão Segundo G. H.”, filmado inteiramente em película 35mm, do premiado Luiz Fernando Carvalho com a belíssima Maria Fernanda Cândido. Inspirada no romance da escritora Clarice Lispector, a produção deve estrear nos cinemas em 2021. Com agenda cheia e o portfólio repleto de grandes trabalhos, a partir de 2021, o fotógrafo pretende ampliar sua produção de trabalhos pessoais. Q @pgmancini // K www.paulomancini.com

16

|


Campanha publicitรกria para a Bienal de Sรฃo Paulo; ensaio pessoal em Tรณquio

| 17


{ Icon }

ALLURE! YVES SAINT LAURENT Por Cláudio Parreiras

Não existem três letras que lidas entrelaçadas ou separadamente simbolizem tanto o luxo parisiense. Junto à Chanel e Dior, YSL forma a elite que elevou Paris ao status de “Capital da Moda”. Lendo sua definição de elegância, tudo poderia parecer mais simples: “uma mulher vestida com um pull preto, uma saia preta, nos braços da pessoa amada”. Portanto, o príncipe rebelde que transcendeu a própria noção de l’allure e revolucionou muitos códigos do chic, teve uma trajetória bastante perturbada. Dos medos e dúvidas tirava força para criações pespontadas de transgressões e pioneirismos. Como dizia sua embaixatriz, amiga e musa Catherine Deneuve: “Yves era um prodígio que nunca conheceu uma vida normal”. Ele mudou para sempre o jeito de vestir mulher, “abrindo o olho” da moda! Derrubou a tirania cromática e, como um Picasso, surpreendeu com as mais inesperadas combinações. Quem ousaria o pink com laranja, o verde com turquesa ou preto com marinho? Os centímetros que dançam na silhueta não podem ser dogmas... a roupa não

18

|

devia seguir tendências. Sempre a serviço de “Sua Majestade, a Mulher”, deu-lhe “poder”. “Ter personalidade e saber sonhar são a melhor forma para encontrar um estilo próprio.” “A Moda passa e o Estilo fica.” Yves Henri Donat Mathieu Saint Laurent nasceu em Oran (Argélia) em 1º de agosto, 1936. Os pais tinham fugido da França com a chegada dos alemãe. Na escola, sentia-se um prisioneiro martirizado e à noite, em casa, ganhava as asas da liberdade. Desenhava roupas para as bonecas das irmãs, em cartolina recortava costumes e cenários para peças de teatro que inventava. Aos 13 anos diz à Lucienne, mãe e primeira musa: “Um dia verei meu nome brilhar na Avenue des Champs Elysées”. Em 1953 envia croquis para o concurso do Wool Secretariat, vence e vai buscar seu prêmio em Paris, onde se instala. Logo é convidado para

trabalhar com Christian Dior. A timidez o impedia de conversar, mas a semelhança do traço fazia tudo acontecer numa espécie de telepatia. Em 1957, com a morte súbita de Monsieur Dior, o herdeiro natural era Yves, que aos 21 anos assume o comando da mais célebre Maison. Sua primeira coleção “trapèze” é um triunfo internacional! Mas o ponto decisivo foi certamente o encontro com Pierre Bergé, que estava entre os convidados. Sem ele, o “fenômeno YSL” não teria alcançado tamanha dimensão. “Quando apertamos as mãos, sentimos que uma história começava”. Uma grande história “de amor” e “de moda”. A aliança do sonhador com o pragmático. Longe de ser um conto de fadas, um pacto fulminante que durou 50 anos. Yves é convocado pelo serviço militar na Argélia. Em sua terceira semana na caserna tem um colapso nervoso, >>


A maison YSL representa o requinte e o poder feminino. Com a despedida do mestre em 2002, pela "dança das cadeiras" passaram quatro estilistas. Hoje, no comando, o belga Anthony Vaccarello, que repaginou totalmente a marca sem alterar o espírito do "príncipe rebelde"... Walking on the wild side!

| 19


{ Icon / Yves Saint Laurent } >> voltando para Paris, onde é internado. Recebe a notícia de que tinha sido substituído pelo estilista Marc Bohan. O astucioso Mr. Bergé move um processo contra Maison Dior, encontra um investidor americano e decidem lançar a “grife YSL”. Do “deux-pièces” (rua de la Boètie), mudam-se para um hotel particular (Rue Spontini), onde acontecerá o primeiro desfile, em janeiro de 1962. Por trás da cortina observava tudo e todos, le grand monde frente a cem modelos que conjugavam requinte e audácia num clássico exótico e technicolor. Já estavam presentes muitos básicos que foram reeditados ao longo de toda sua carreira. Como um meteoro atravessa o firmamento do fashion world. Em 1966, quebra os clichês da burguesia inventando o prêt-à-porter em sua loja na Rue de Tournon (Saint Germain), “YSL Rive Gauche”. Um guarda-roupa jovem reduzido a formas essenciais. Emprestou peças do universo masculino e dos uniformes utilitários – o caban dos marinheiros, o macacão dos aviadores, a saharienne, o trenchcoat... Ele foi um sociólogo, cada modelo um manifesto político cultural, “um espelho da rua”. Seu nome é internacionalizado em 1968 com a inauguração de “Rive Gauche” na Madison Avenue. Uma multidão frente à boutique, o super-herói da costura era esperado como um rock-star. Se o vestido Mondrian celebrou seu casamento com a arte batendo recorde nas capas de revistas, o smoking será sua marca registrada e uma peça ícone do século vinte. A fusão dos gêneros o fascinava... a ambiguidade era ELE! “Nada é mais sensual que um terno aberto sobre uma blusa transparente e saltos altíssimos”. Androginia erotizada ou feminilidade virilizada, Yves nunca parou de quebrar tabus. O aventureiro fashionable foi dos safaris aos souks, do cinema às óperas, da Rússia a China, passando pela Espanha e África. Na alma de cada vestido cruzavam-se mitos e fantasmas saídos dos ballets, pintura e literatura. Neste caleidoscópio, Marlene Dietrich cavalga com Louis II da Baviera, James Dean lê versos de Cocteau para La Callas. Lichtenstein com Betty Lago vão dançar com Dalma Callado num vestido marquesa tirado de uma tela de Velasquez.

20

|


Seu ritual de trabalho era num silêncio profundo, “quando desenhava, ouvia-se o rabisco do lápis sobre o papel”. Os compromissos profissionais só aumentavam junto às angústias que o paralisavam. “Trancei uma corda e estou me enforcando.” Durante duas décadas, ele mergulha numa espiral de álcool, drogas e clínicas de desintoxicação. Entre “Le Sept” e “Privilége”, intermináveis noitadas com seu high caliber groupe — Andy Warhol, Bianca e Mick Jagger, Lauren Hutton, Paloma Picasso, Nureyev... orquestrados por Loulou de La Falaise e Betty Cartroux, musas colaboradoras de toda vida. Como dizia Mr. Bergé, “adoráveis, indispensáveis e charmosas marginais”. Yves Saint Laurent não se separava de suas fadas-sininhos. “Loulou me estimulava a fantasia e Betty o rigor do corpo. Ambas me inspiram a reinventar la modernité.” Só duas vezes por ano se sentia feliz, nos finais dos desfiles-couture primavera e outono, quando atravessava a passarela sob aplausos e flores. No dia seguinte, esquecia tudo e voava para Marrakech. >>

Ele trouxe a arte para a moda... Mondrian, Matisse, Andy Warhol e inesperadas combinações cromáticas dignas de Picasso. Suas "viagens" dos souks marroquinos aos palácios (castelos) do Baviera, da pintura à literatura, do cinema às óperas, conquistando de Lauren Bacall à Maria Callas

| 21


{ Icon / Yves Saint Laurent } Seu sócio e companheiro de toda vida, Pierre Bergé, responsável pelo "fenômeno YSL", só não controlava as criações de Yves... Mesmo amigas e musas deviam passar por sua aprovação. Betty Catroux e Loulou de La Falaise, inseparáveis colaboradoras dia e noite; Catherine Deneuve, a mais bela embaixatriz; Jacqueline de Ribes, o próprio símbolo de l'Allure

>> Sua “Villa Oasis” no “Jardin Majorelle”, seu segundo lar, seu refúgio-paraíso onde se reciclava cuidando das flores e conversando com os jardineiros. Em 1993, com mais de 50 lojas, a marca é vendida para o grupo Safoni e, em 1999, François Pinault, presidente do grupo Gucci, paga um bilhão de dólares pela grife. YSL continua assinando a haute couture e Tom Ford (estilista Gucci) fica com o prêt-à-porter. O primeiro show do texano, mesmo que inspirado em Betty Catroux, deixa Yves chocado com uma sensualidade que não era “sua”.

22

|

No mítico 5, Avenue Marceau, seu atelier-maison, reúne toda a imprensa (7 de janeiro, 2002) para oficializar seu “adeus”: “Pertenço à magnifica e lamentável família dos deprimidos, conheci uma solidão imensa e os falsos amigos que são os tranquilizantes... vivi dores e glórias nesta profissão que tanto amei... Je vous quitte et je vous aime”. Em 2007, descobre um câncer na cabeça e em 2008 o cenário da moda fica órfão deste gênio. Suas cinzas são jogadas no Jardin Majorelle. Sua vida e obra estão atualmente divididas entre

os dois museus (Paris e Marrakech) que pertencem à “Fondation Pierre Bergé – Yves Saint Laurent”, são 1500 modelos, mais de 10.000 acessórios e bijoux e quase 35.000 desenhos e fotos. No ano seguinte, Bergé decide leiloar as peças de arte que por 30 anos foram reunidas pelo casal em seus dois apartamentos, Rue de Babylone e Rue Bonaparte. Tratava-se de uma das maiores coleções do século vinte. Um acervo de 800 peças que foram expostas no Grand Palais. O acontecimento da década. Em três dias, cinco sessões... uma caça voraz >>


| 23


{ Icon / Yves Saint Laurent }

De uma forma sensual ele trouxe o "universo masculino" para as mulheres mais elegantes e sofisticadas. De Christy Turlington à Claudia Schiffer, de Cara Delevingne à Charlotte Casiraghi, todas sentiam-se com mais estilo e poder num paletó com ombreiras de YSL... Sem dúvidas o smoking foi sua marca registrada, a peça mais representativa de toda carreira

24

|


>> a “preciosos pássaros sem alma” que se espalham pelos quatro cantos do mundo. A Christie’s arrecada mais de meio bilhão de dólares. Em 2003, Tom Ford decide lançar sua griffe própria e não renova o contrato com a Gucci. A Maison YSL contrata o milanês Stefano Pilati (ex “Armani” e “Prada”) para assumir a direção artística. Desde sua primeira coleção, verão 2005, ele busca referência nos arquivos. Sua leitura era feminina e detalhada, sua preocupação em homenagear Saint Laurent que sempre foi seu “Deus na Moda”. Uma rebranding radical em 2014 com Hedi Slimane, estilista e fotógrafo que vinha da Dior Homme. Começa eliminando “Yves” e a marca passa a ser “Saint Laurent”, clean e direta em preto sobre branco. Seu universo era a música e seu figurino-fetiche “Ziggy-Stardust”, o alter ego de David Bowie, uma de suas musas Courtney Love. Vivia entre Berlim e Los Angeles e sua proposta um grunge socialite refrescado por ares californianos. Justin Bieber, Lady Gaga, Elle e Dakota Fanning, fieis clientes. Chez YSL, Hedi provocou muita polêmica. O jovem Anthony Vaccarello (colaborador de Donatella Versace) em 2016 aceita o desafio e toma a frente da Maison. Seu ritmo também é “Walk on the Wild Side”, mas seu “glam-rock” é muito mais parisiente e sofisticado. Fendas e decotes vertiginosos, assimetrias arquitetônicas em materiais metalizados e couro bordado. Sua heroína tem uma “sujeirinha” coberta de brilhos e champagne das noites no “Regine’s” e “Le Palace”, night-clubs dos anos 80 onde Yves se sentia confortável e protegido. Em seu primeiro mês, Vaccarello fez as vendas aumentarem em 30%. Ele tinha captado lições “dans l’air du temps”... “A sedução causa um choc mais importante que a beleza. Cada roupa deve ser uma peça impecável, simples e grandiosa”. E como YSL, Anthony é um criador instintivo e descontraído que não leva a moda como “arte” ou algo extremamente sério... “ela deve ser um exercício espontâneo, um jogo divertido, ao contrário será uma armadilha de decepções e de um grande vazio”. Exatamente como o mestre que nunca se considerou um artista, mas “um artesão que encontrou na moda uma forma de existir”.

| 25


{ Traveler Chic }

ÁFRICA AUTÊNTICA Por Pimpa Brauen

Os Camps da Wilderness Safaris no Zimbábue oferecem muito mais do que safáris para observar os “big five”. Apresentar os povos e tradições locais e contribuir para a preservação da natureza são algumas das premissas da organização.

26

|


No Chikwenya Camp, elefantes fazem uma visita às tendas dos hóspedes. No Ruckomechi Camp, a família real cruza as planícies e à noite dormese sob as estrelas

Há mais de 35 anos, dois jovens guias, apaixonados pelas paisagens deslumbrantes e pela rica vida selvagem da África, perceberam que a natureza estava ameaçada no continente. O turismo era predatório e, se continuasse naquele ritmo, as futuras gerações não teriam a chance de admirar toda a grandiosidade africana. Dispostos a mudar essa realidade, em 1983, começaram a oferecer safáris em Botswana que combinavam autenticidade com preservação – o objetivo era não afetar a natureza e o ritmo de vida dos animais. Dois anos depois, abriram um primeiro camp para hospedar visitantes, no Delta do Okavango. Essa foi a semente do Wilderness Safaris, organização que atualmente tem mais de 40 lodges em sete países e tornou-se referência em viagens com propósito, o luxo dos nossos tempos. Diferentemente de uma empresa tradicional de safáris, a Wilderness tem como missão a preservação da fauna e da flora africanas, bem como das tradições e da cultura de cada região. Como fazer isso? Incluindo as comunidades locais no processo e trabalhando dia a dia para construir um turismo sustentável e não predatório: parte dos recursos arrecadados é destinada à manutenção de reservas ambientais e muitos dos funcionários dos camps são nativos que vivem em comunidades próximas.

Em novembro desembarquei no Zimbábue para conferir tudo isso. Estive em quatro camps, onde pude fazer safáris e vivenciar as experiências oferecidas por eles. A primeira parada foi no Linkwasha, que fica no Hawange National Park, fronteira com Botswana. O parque foi criado em 1929, num trecho de 14 mil quilômetros quadrados povoado por girafas, gnus, búfalos e uma das maiores populações de elefantes da África. A Wilderness Safaris tem sua própria concessão privada dentro do Hwange e somente os carros 4x4 da Wilderness Safaris estão autorizados a circular por essa área, o que garante a preservação dos animais, e uma experiência única e exclusiva.

| 27


{ Traveler Chic }

Os dias são longos na África. Para ver os “big five” – os cinco mamíferos selvagens que todo explorador procura ao desembarcar na África: o leão, o elefante, o búfalo, o leopardo e o rinoceronte –, é preciso acordar cedo, muitas vezes antes das 5h. No Little Ruckomechi Camp, que fica às margens do rio Zambezi ao norte do Zimbábue na região de Mana Pools National Park, o esforço foi recompensado diversas vezes, mas o destaque ficou com um elegante leopardo que fez questão de desfilar muito perto do nosso grupo. Por volta das 10h30, retorna-se para o lodge, para um café reforçado. Antes da última saída que acontece por volta das 15h, após o almoço, podemos relaxar na piscina, ler ou simplesmente sentar e assistir o espetáculo da natureza. Além dos safáris tradicionais, em carros 4x4, no Chikwenya é possível fazer caminhadas guiadas, canoagem e passeios de barco pelo rio Zambezi, formas diferentes de explorar as paisagens da fronteira leste do Mana Pools National Park. Mas verdade seja dita: nem é preciso sair do camp para ter esse privilégio. Elefantes circulam tranquilamente pelos Camps, embaixo das árvores ao lado de nossas tendas. E, numa das noites em que estivemos lá, fui acordada por quatro hipopótamos pastando praticamente na porta da minha tenda.

28

|

A hora do almoço; a atmosfera relaxante do Chikwenya; e a canoagem, aventura emocionante no rio Zambezi


Já o Toka Leya fica na Zâmbia, na fronteira com o Zimbábue, e é perfeito para começar ou terminar a jornada pela África. A apenas 41 quilômetros do aeroporto Victoria Falls, oferece explorações matinais pelo rio e “walking safaris”. Foi lá que vi um imenso rinoceronte branco a poucos metros de distância. Assim como as outras propriedades da Wilderness, o camp tem estrutura de primeira, com um spa e um deck panorâmico, espaços que podem ser curtidos entre um safári e outro. >>

| 29


{ Traveler Chic }

Artesanato produzido pela Comunidade Ngamo e suas crianças em frente à escola. A canoagem e a pesca são opções de atividades para o final da tarde

30

|


>>

Para coroar uma experiência inesquecível no coração da África, a Wilderness oferece aos visitantes a possibilidade de conhecer as comunidades locais. Perto do Linkwasha, fomos agraciados com um bate-papo com o chefe do vilarejo sobre cultura, religião, educação e a importância de manter vivas as tradições de seu povo. Lições que vamos levar para a vida. Também tivemos a oportunidade de fazer a diferença na comunidade de Ngamo, entregando 200 quilos de doações para a Children in the Wilderness, ONG apoiada pela Wilderness Safaris. Lá vimos um povo que, apesar de viver em condições extremas, não perde a esperança, o brilho no olhar e a vontade de aprender. O ponto central da aldeia é a escola, onde as crianças aprendem a fazer contas, ler e plantar. Um trabalho admirável. Após completar cinco visitas à África, posso dizer que a vida no continente acontece em outro ritmo. O sol é mais vermelho, a natureza é mais exuberante, as pessoas são mais autênticas. Estar lá, ver de perto essa fauna abundante, sentir-se verdadeiramente parte do todo e ainda conhecer as tradições locais é uma dessas oportunidades que nos transformam para sempre, não apenas como viajantes, mas principalmente como seres humanos.

| 31


{ Performance }

Mitsubishi Pajero Sport 2021

A NEW LEGEND A Mitsubishi Motors lanรงa o Pajero Sport 2021, SUV mais luxuoso e tecnolรณgico da marca. Perfeito para pegar a estrada (ou se aventurar fora dela), o modelo chega com visual atualizado, mais tecnologia embarcada e muito mais espaรงo interno.

32

|


Um carro perfeito para viagens em família, com capacidade para até sete passageiros, que reúne o que existe de melhor em tecnologia e segurança, com uma impressionante capacidade 4x4 que permite te levar até onde a maioria dos outros veículos não te leva, com todo o conforto e sofisticação. Essa é a proposta da linha 2021 do Pajero Sport, mais luxuoso modelo já produzido em toda a história da Mitsubishi Motors, que chega ao Brasil a partir de agora em duas versões: HPE e HPE-S, com preços de R$ 291.990 e R$ 318.990, respectivamente. A versão HPE pode ser adquirida com um pacote de opcionais que inclui teto solar e sistema Adaptive Cruise Control (ACC) pelo valor de R$ 8.000. O modelo é o mesmo comercializado nos principais mercados da Mitsubishi Motors em todo o mundo e traz design exterior atualizado, mais tecnologia e níveis ainda maiores de conforto e conectividade a bordo. O exclusivo sistema Remote Control, desenvolvido pela Mitsubishi Motors, permite que o cliente conecte o seu smartphone ao veículo e, remotamente, execute diversas funções à distância, tal como acionar a abertura da tampa elétrica do porta-malas, verificar a abertura dos vidros, trancar as portas ou mesmo acender os faróis de LED.

A tecnologia ainda permite o envio de avisos importantes ao cliente diretamente para o seu smartphone ou smartwatch. Por fora, as mudanças em relação à linha anterior começam na parte traseira do modelo, cujas lanternas em LED foram redesenhadas e estão localizadas acima do também redesenhado para-choque traseiro. Na parte superior, o Pajero Sport passou a ser equipado com um aerofólio traseiro totalmente renovado, além de antena tipo tubarão. Na versão topo de linha HPE-S, a tampa do porta-malas tem abertura e fechamento elétricos, que podem ser acionados de diversas formas: pelo simples toque em um botão no painel, na tampa ou na chave do veículo; por meio de sensores de movimento instalados na parte inferior do para-choque traseiro em que basta o cliente passar o pé para a tampa se abrir; e via aplicativo Remote Control instalado em seu smartphone. A dianteira traz uma nova grade de entrada de ar que é envolvida por um para-choque totalmente reformulado. Os faróis dianteiros e os de neblina – ambos em LED – também foram redesenhados e equipados de série com o sistema Adaptive Front Lighting System (AFS) que direciona o feixe de luz de acordo com o esterço do volante, para melhor visibilidade em trechos de curva.

| 33


{ Performance / Mitsubishi Pajero Sport 2021 } O Mitsubishi Pajero Sport 2021 é o carro perfeito para viagens em família, com capacidade para até sete passageiros, que reúne o que existe de melhor em tecnologia e segurança, com uma impressionante capaci­dade 4x4 que permite te levar até onde a maioria dos outros veículos não te leva, com todo o conforto e sofisticação

Por dentro, o Pajero Sport 2021 recebeu uma série de novas tecnologias e comodidades para motorista e passageiros. Começando pelo novo sistema de entretenimento com tela de até oito polegadas sensível ao toque e compatível com os smartphones pelos sistemas Google Android Auto e Apple CarPlay. Uma vez com o telefone conectado, uma série de aplicativos como Waze, Google Maps e Spotify podem ser acessados pela tela do painel central do veículo de forma muito prática e sem distrações para o motorista. A versão HPE-S possui ainda painel de instrumentos 100% digital, com uma série de opções de configurações e fácil acesso às informações vitais de funcionamento do veículo por parte do motorista. O painel também é totalmente integrado ao sistema de entretenimento do SUV. “A linha 2021 do Pajero Sport oferece aos clientes o legítimo DNA da Mitsubishi, ao unir toda a capacidade e conforto para todos os tipos de terreno a um nível ainda maior de luxo e tecnologia. O veículo é perfeito para as viagens em família e tem a capacidade de levar confortavelmente até sete passageiros a lugares que outros veículos não conseguem acessar”, afirma Robert Rittscher, CEO da Mitsubishi Motors no Brasil. MOTOR E CÂMBIO As versões HPE-S e HPE são equipadas com moderno motor MIVEC 2.4L turbo diesel, em alumínio, com 190cv e 43,9 kgf.m de torque. São 16 válvulas, DOHC, DI-D com turbocompressor e injeção direta, que se traduz em uma excelente eficiência energética com aceleração vigorosa e todo torque disponível a baixas rotações do motor. O sistema de transmissão automático de oito velocidades proporciona extremo conforto em velocidade de cruzeiro, com baixa rotação do motor e boa economia de combustível, ao mesmo tempo que a opção de trocas sequenciais por meio dos Paddle Shifters atrás do volante oferecem agilidade, com respostas imediatas aos comandos do motorista. O MELHOR DO 4X4 O Pajero Sport tem comportamento impecável em qualquer tipo de terreno. O DNA off-road da Mitsubishi está presente em cada detalhe do modelo. O sistema Super Select 4WD-II (SS4-II) oferece ao motorista quatro modos distintos de operação incluindo a reduzida, ideais para o tráfego em diferentes tipos de terreno. Por meio do seletor no console central, ele pode facilmente escolher o melhor ajuste, dependendo do local e das características do piso:

34

|

2H – Usado para estradas e vias públicas, privilegia a economia de combustível com desempenho suave; 4H – Ideal para estradas e pisos irregulares, inclusive asfalto, serras e chuva. O sistema distribui automaticamente a tração entre os eixos dianteiro e traseiro; 4HLc - Ideal para terreno acidentado com superfícies de baixa aderência; 4LLc - Ideal para subidas ou descidas íngremes, rochas, areia e lama. O Pajero Sport 2021 conta com o exclusivo Off-Road Mode, um moderno e tecnológico recurso que deixa o SUV ainda mais preparado para encarar os mais variados terrenos. São quatro opções que garantem um excelente desempenho em diversos tipos de piso: Gravel, Mud/Snow, Sand e Rock. Cada modo tem uma configuração específica e todos são capazes de otimizar a tração para cada tipo de piso, alterando automaticamente a potência do motor e ajustando transmissão, sistema de freios e os controles de estabilidade e de tração. As informações são projetadas no painel de instrumentos e mostram como cada roda está atuando individualmente. Esses ajustes deixam ainda mais fácil transpor obstáculos e se aventurar em todas as condições, tornando viagens e expedições mais prazerosas e seguras. Além disso, o SUV conta com bloqueio do diferencial do eixo traseiro, o RD Lock. Em situações extremas, quando as rodas ficam suspensas em valetas transversais ou terrenos erodidos, o modelo é capaz de superar facilmente o obstáculo com um simples toque de botão. Prático e moderno para rodar em qualquer situação, o Pajero Sport 2021 é equipado com o Hill Start Assist System (HSA), assistente de partida em rampa, que evita que o veículo recue ou avance em locais inclinados. E para situações ainda mais desafiadoras, o sistema Adaptive Hill Decent Control (HDC) dá conta do recado. O moderno controle de descida de rampa mantém a velocidade do veículo constante em descidas íngremes, dispensando o acionamento do pedal de freio. Os 45⁰ de inclinação lateral; os 30⁰ de ângulo de entrada; os 24,2⁰ de ângulo de saída; e os 23,1⁰ de ângulo de subida facilitam a vida dos motoristas mesmo diante dos mais desafiadores cenários. PRÁTICO E CONFORTÁVEL A linha Pajero Sport 2021 é baseada no conceito de design confortável, esportivo e funcional. O console central alto com acabamento em Black Piano e detalhes cromados envolve >>


| 35


{ Performance / Mitsubishi Pajero Sport 2021 }

36

|


O Mitsubishi Pajero Sport 2021 conta com o exclusivo Off-Road Mode, um moderno e tecnológico recurso que deixa o SUV ainda mais preparado para encarar os mais variados terrenos. São quatro opções que garantem um excelente desempenho em diversos tipos de piso: Gravel, Mud/Snow, Sand e Rock

>> toda a parte dianteira, reunindo os principais recursos ao alcance das mãos (seletor de tração, botões para escolha do piso e o freio de estacionamento eletrônico). O ar-condicionado Dual Zone tem regulagem digital e independente para motorista e passageiro do banco da frente. Saídas de ar foram estrategicamente posicionadas também na segunda e terceira fileiras de bancos, dando mais conforto aos passageiros. A área interna é um dos destaques, não só para os ocupantes, mas graças ao amplo espaço para bagagens. O porta-malas tem capacidade para 971 litros. Com os bancos da segunda fileira rebaixados, sobe para impressionantes 1.731 litros, e com o assoalho totalmente plano, o que facilita a acomodação das bagagens. Os bancos em couro foram cuidadosamente projetados para proporcionar amplo conforto em todos os tipos de situação, seja viajando por grandes rodovias ou enfrentando trilhas fora-de-estrada. O motorista conta com ajuste elétrico e os assentos traseiros podem ser rebatidos, deixando o piso totalmente plano e ampliando o espaço. O volante oferece ótima empunhadura e é multifuncional, com todos os comandos como controle de som e ligações telefônicas às mãos do motorista, assim como o sistema de piloto automático e o comando de voz. Além da tecnologia Remote Control, o Pajero Sport foi produzido para se conectar com uma infinidade de gadgets. Há uma entrada USB na parte dianteira, e os passageiros que viajam no bando de trás contam outras duas entradas para carregar o celular. O console central traz ainda uma tomada de 120V (AC) para ligar diversos aparelhos. A entrada do motorista e dos passageiros pode ser feita por aproximação. Com as chaves no bolso ou bolsa, basta se aproximar do veículo e apertar um botão localizado na maçaneta da porta do motorista para as portas destravarem. Com a chave presencial, a ignição é feita também ao toque em um botão. SEGURANÇA E COMODIDADE O Pajero Sport 2021 é equipado com os mais modernos sistemas de segurança disponíveis pela Mitsubishi. São inúmeras tecnologias que auxiliam o motorista no controle do veículo e ajudam na comodidade e na integridade de todos os seus ocupantes. A começar pelos freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), que garantem amplo controle e rápida resposta em situações de frenagens bruscas, uma vez que atuam em conjunto com os controles de estabilidade (ASC) e de tração (ATC).

O Adaptive Cruise Control (ACC) é um piloto automático inteligente. Basta programar a velocidade que, por meio de sistemas semiautônomos, o veículo freia e acelera sem a intervenção do motorista, fazendo automaticamente a leitura da velocidade do outro veículo que vai à frente. O Sistema de Monitoramento de Pontos Cegos (BSW) detecta veículos no ponto cego do motorista e emite alerta sonoro e visual no espelho retrovisor externo. O modelo conta também com o sistema Brake Override System (BOS), que monitora constantemente os sinais do freio e acelerador. Caso o freio seja acionado junto com o acelerador e configure uma situação de emergência, o sistema reduz as rotações do motor gradativamente até a parada total e controlada do veículo. O Forward Collision Mitigation (FCM) é outro sistema de frenagem autônoma, que atua automaticamente para evitar ou minimizar os efeitos de uma possível colisão. Já o Sistema de Prevenção de Aceleração Involuntária (UMS), por meio de sensores dianteiros e traseiros, atua caso estes detectem um obstáculo próximo. Em caso de aceleração brusca, caso o motorista erre os pedais ou a posição do câmbio, reduz a potência do motor para evitar colisões. Por fim, o sistema Trailer Stability Assist (TSA) estabiliza o conjunto trailer/veículo quando o fenômeno de serpenteamento for detectado. A segurança de todos os até sete ocupantes do Pajero Sport 2021 ainda é reforçada pelos sete airbags: são duas bolsas dianteiras, duas bolsas laterais dianteiras, duas de cortina (inclusive para a terceira fileira de bancos) e uma para os joelhos do motorista. A carroceria do Pajero Sport 2021 foi projetada sob o conceito RISE. Rígida e leve, ela é feita com chapas de aço de alta resistência, inclusive em situações de torções. Por conta disso, recebeu cinco estrelas nos mais importantes institutos de segurança do mundo. O SUV está disponível no mercado brasileiro em seis diferentes cores de carroceria, incluindo as inéditas Branco Diamond e Cinza Graphite, todas acompanhadas das exclusivas rodas de aro 18 em estilo diamantado. O Pajero Sport é dotado do sistema MiTEC – Mitsubishi Motors Intuitive Technology, que reúne um conjunto de recursos de última geração que operam por meio de sensores espalhados pelo veículo. Esse sistema trabalha em conjunto para guiar e proteger, alertar e conectar, até mesmo entreter. Ele pensa e age sem mesmo que o motorista saiba.

K www.mitsubishimotors.com.br

| 37


{ Traveler Chic }

MARAVILHA BRITÂNICA Ícone londrino desde 1931, The Dorchester encanta os hóspedes mais exigentes com seu glamour atemporal, sua tradição, seu atendimento primoroso e sua gastronomia de primeira linha. Um dos mais icônicos hotéis do Reino Unido, The Dorchester funciona desde 1931 no coração de Mayfair, em Londres, com vista para o Hyde Park. Possui 250 suítes e três roof penthouses recém-renovadas pela renomada designer de interiores Alexandra Champalimaud, que manteve o décor fiel ao clássico estilo residencial britânico, fundindo o conforto contemporâneo com o glamour atemporal e a tradição da propriedade. O hotel abriga excelentes opções gastronômicas. No The Promenade, diariamente é servido um fantástico chá inglês. No cantonês China Tang, é possível embarcar em uma viagem pelos sabores e aromas do Oriente. No The Grill são servidos pratos típicos da culinária inglesa, mas com surpreendentes toques contemporâneos. E o hotel abriga ainda o três estrelas Michelin Alain Ducasse no The Dorchester, com o melhor da alta cozinha francesa. Em tempos de pandemia, os que preferirem um ambiente ao ar livre têm a opção de fazer suas refeições no Terrace & Garden, recém-inaugurado no pátio interno do hotel.

38

|

Para quem aprecia as maravilhas da coquetelaria clássica e também se diverte degustando as mirabolantes criações da mixologia moderna, o hotel tem o The Bar, com sua premiada equipe de alquimistas liderada pelo lendário Giuliano Morandin, mago dos drinques. Outra atração do hotel é seu magnífico spa, que possui uma atmosfera Art Déco dos anos 1930 e um atendimento primoroso. Seu menu de terapias e tratamentos inclui quatro novas experiências de bem-estar especialmente projetadas pela Aromatherapy Associates e disponíveis para os hóspedes em suas suítes: uma para garantir um sono repousante à noite; uma para aliviar o stress e as tensões, uma para recarregar as energias e, por fim, uma para revigorar e restaurar a vitalidade e a beleza da pele. Tem também um atelier do florista Philip Hammond, onde são oferecidas aulas para que você entenda e conheça os segredos da arte da criação de buquês e arranjos florais. Outras atividades que os hóspedes podem vivenciar no The Dorchester são as aulas particulares de yoga na hora


O Dorchester e seu SPA com atmosfera Art Déco, o atelier do florista que dá aulas na criação de arranjos florais e os drinks no bar do mago Giuliano Morandin

do pôr do sol e as visitas à fabulosa adega do hotel, na companhia de um sommelier e com direito à degustação. Quer mais? Então agende com a concierge um passeio de Rolls Royce, uma ida àquele musical de Leicester Square que está todo mundo comentando ou ainda um tour de compras pelas melhores boutique de Bond Street ou de Saville Row. Solte a sua imaginação, pois em Londres tudo é possível. E quem se hospeda no The Dorchester tem as chaves da cidade em suas mãos!

THE DORCHESTER Park Lane, 53 Londres, Inglaterra 44 20 7629-8888 www.dorchestercollection.com

| 39


{ Instituto Rosenberg }

EDUCAR COM PRECISÃO SUÍÇA Recebendo alunos de 6 a 18 anos do mundo todo desde 1889, o Instituto Rosenberg tem uma inovadora proposta educacional. A novidade deste ano é a abertura de seu “Parque do Futuro”. Com quase 140 anos de experiência, o Institut auf dem Rosenberg é o mais antigo colégio interno e semi-interno da Suíça. Com apenas 290 alunos, o campus do Instituto, na cidade de St. Gallen, a 80 km de Zurique, fica dentro de uma reserva particular de 100 mil metros quadrados. Com o lema “Aprender a viver é o objetivo final de toda a educação”, a escola valoriza a aprendizagem e também as habilidades que não podem ser ensinadas por meio dos livros didáticos, como o pensamento independente, a autodisciplina e a inteligência emocional. Em setembro de 2020, o Instituto inaugurou o Parque do Futuro. Esta iniciativa é mais um passo da escola em

sua revolução educacional. “É vital avançarmos com a nossa oferta educacional e preparar nossos alunos para um mundo onde a tecnologia está cada vez mais inserida em todas as atividades do nosso dia a dia. O Parque do Futuro é um exemplo de como a educação deve se adaptar para essa nova era da evolução humana. É um espaço dedicado à pesquisa e ao aprendizado experimental para fomentar a inovação e a criatividade em um nível totalmente novo. Esta nova instalação no coração do nosso campus nos permitirá cumprir nossa promessa de promover o aprendizado colaborativo e baseado em soluções”, afirma o diretor da escola, Bernhard Gademann.

O Instituto Rosenberg, em St. Gallen, e seu Jardim Climatizado que é composto por duas cúpulas com plantas que permitirão ao aluno ver como as mudanças climáticas têm impacto na vegetação; e o diretor da escola, Bernhard Gademan

40

|


Entre os destaques deste novo espaço acadêmico, vale destacar o Laboratório ao Ar Livre, o Jardim Climatizado, a Horta Vertical, o Robô Agrícola e as Árvores Eólicas. O Laboratório ao Ar Livre é uma área onde arte, tecnologia e design formam extensões experimentais da criatividade humana. Já o Jardim Climatizado é composto por duas cúpulas com plantas que permitirão ao aluno ver como as mudanças climáticas têm impacto na vegetação. As condições meteorológicas previstas para 2085 são simuladas para criar ambientes impactados pelo Aquecimento Global. Na Horta Vertical, os alunos conhecem novas formas de produzir alimentos, e um Robô Agrícola é programado

pelos alunos e seus mestres para acompanhar o crescimento das plantas e efetuar colheitas automatizadas. Todos os projetos dentro do Parque do Futuro estão conectados a uma rede de energia limpa e autossustentável, oriunda de painéis solares e de “árvores” que funcionam como usinas de produção de energia eólica. O Instituto Rosenberg se orgulha de oferecer uma experiência de aprendizado contemporânea, que vai além da educação convencional. Os mestres que compõem seu extraordinário corpo docente são mais do que professores: são verdadeiros “Artesãos da Educação”.

INSTITUT AUF DEM ROSENBERG Höhenweg, 60, St. Gallen, Suíça 41 71277-7777 www.instrosenberg.ch

| 41


{ Traveler Chic }

CARIOQUE-SE VOCÊ TAMBÉM! Com um movimentado rooftop e uma localização estratégica, o hotel Yoo2 Rio de Janeiro une a originalidade e o estilo do designer francês Philippe Starck à expertise em hotelaria do grupo gaúcho Intercity. O Yoo2 Rio de Janeiro é um hotel-design que combina arte, estilo e luxo descontraído, com uma pegada urbana e, ao mesmo tempo, neotropicalista. Com projeto do renomado escritório londrino de design Yoo – dos sócios John Hitchcox e Philippe Starck –, a unidade brasileira faz parte da rede gaúcha Intercity, que conta com mais 39 hotéis no Brasil. Os outros hotéis Yoo2 ficam na Inglaterra (Cotswolds), na Tailândia (Pukhet) e no Canadá (Vancouver). Nas áreas comuns e nos 143 quartos e suítes do hotel de Botafogo, o design é a palavra de ordem. Paredes de concreto, ladrilhos hidráulicos e grafittis de artistas locais dialogam harmoniosamente com móveis e peças assinadas e exclusivamente desenhadas para o Yoo2 Rio.

De suas janelas, os hóspedes têm vistas magníficas da Cidade Maravilhosa, com o Pão de Açúcar na frente e o Cristo Redentor na lateral. A Baía de Guanabara e seus barquinhos completam o cenário. Não à toa, o empreendimento foi o vencedor na categoria “Melhor Visual”, em premiação da revista Veja Rio. No topo do hotel, o bar The Rooftop tem um panorama ainda mais espetacular, com vista de 360⁰. O mirante com mesinhas e bancos debruçados para a praia de Botafogo é um lugar especial para apreciar o pôr do sol. Quem quiser um pouco mais de privacidade pode se acomodar nos exclusivos bangalôs posicionados próximos à piscina. Para tornar os momentos ali ainda mais memoráveis,

O bar The Rooftop tem um panorama espetacular com vista de 360⁰, onde pode-se escolher entre o mirante, com mesinhas e bancos debruçados para a Baia de Guanabara e os exclusivos bangalôs próximos à piscina

42

|


prove as comidinhas do chef marroquino Mbark Guerfi e os coquetéis assinados pelo mixologista Roger Bastos. Aposte nos dadinhos de tapioca com geleia de pimenta, no sanduíche de salmão defumado, nas coxinhas crocantes ou nos pasteizinhos de linguiça caipira com abacaxi caramelado. Para bebericar, experimente drinques como o Água de Beber (uísque Johnnie Walker com carmamomo, cumaru, redução de maracujá, limão Tahiti e espuma de gengibre) ou o Beija Eu (que mistura gim, espumante rosé, Martini Rosso, xarope de especiarias e suco de limão siciliano). Aberto ao público mediante reserva, o The Rooftop também recebe eventos corporativos, celebrações e festas para até 150 pessoas.

No piso térreo do hotel, o restaurante Cariocally tem um cardápio que viaja pela riqueza dos sabores brasileiros. Destaque para a costela laqueada assada por 12 horas e para o risoto de frutos do mar flambados na cachaça de banana da terra. O hotel oferece ainda a possibilidade de Day Use, que inclui seis horas no quarto, duas caipirinhas e 20% de desconto nos menus do restaurante e do bar. Os animais de estimação também são bem-vindos e ganham mimos como cama e potes customizados durante o tempo que permanecerem no hotel.

YOO2 HOTEL Rua Praia de Botafogo, 242 Botafogo, Rio de Janeiro 21 3445-2000

| 43


{ Chez Claude }

A CASA PAULISTANA DO MESTRE DO SABOR Família Troisgros, pioneira na fusão da técnica francesa com os ingredientes brasileiros, abre no Itaim o Chez Claude, com ambiente casual, serviço sem frescura e comida de alta qualidade. Após 26 anos de sua primeira aventura paulistana – com o restaurante Roanne –, o francês Claude Troisgros retorna a São Paulo com o Chez Claude. “Comer é um ato afetivo, caloroso, com troca de ideias. É algo humano”, filosofa o chef que comanda vários restaurantes no Rio e, na TV, apresenta o reality-show “Mestre do Sabor”. A proposta do re staurante é servir uma comida descomplicada, confortável e de qualidade, mas com preço acessível. A casa paulistana do Claude tem um ambiente moderno e casual. A cozinha é totalmente aberta para o salão, para que os clientes de fato se sintam em uma casa e possam acompanhar o balé dos cozinheiros, orquestrado pela chef Carol Albuquerque, que passou pelas cozinhas do Clos de Tapas e do Maní.

44

|


Sabores da Família Troisgros: Carbonara de Paleta de Cordeiro; Atum, Melancia, Wassabi e Missô; e Pato Laqueado com Laranja

“Se em casa costumamos preparar comidas para dividir com os familiares, não seria diferente no Chez Claude”, afirma Thomas Troigros, que lidera a equipe junto de seu pai, quando esse está no Rio. Pensando nisso, o cardápio tem várias opções para compartilhar, como a bruschetta com steak tartare, o lagostim com fetuccine de palmito e molho imperial e o pudim de agrião, com gorgonzola e crocantes de mortadela. Outra receita que é perfeita para abrir uma refeição é o Ovo Clarisse (homenagem a sua esposa, Clarisse Sette), servido com caviar e farofa panko. Na seção de pratos principais, os destaques são o clássico franco-carioca peixe com banana, o espetacular pato laqueado com laranja e risoni, o risotto de camarões trufados, a quenelle de cavaquinha com molho bisque e cogumelos shimeji, a picanha com lâminas de batata e molho bordalês e o Saumon à L’Oseille – filé de salmão com azedinha –, receita que virou sinônimo da nouvelle cuisine e que rendeu a 3ª estrela Michelin ao restaurante de Pierre Troisgros (pai de Claude) no interior da França, em 1968.

Na carta de vinhos, além de 100 democráticos rótulos para orçamentos de todos os tamanhos, ainda é possível encontrar o tinto (Merlot) e branco (Chardonnay) com a marca CT, produzidos na Serra Gaúcha. No bar, com carta assinada por Esteban Ovalle, vale a pena provar as criações exclusivas, como a Moscow Mule, feita com saquê, suco de limão, espuma de lichia com wasabi e Angostura, ou o Mirabelle, preparado com gim, água tônica, licor de cereja japonesa e sucos de acerola e limão. O Chez Claude São Paulo está localizado em um “complexo” que abriga também o delivery DoBatista (comandado pelo braço-direito do chef Claude, o cozinheiro paraibano João Batista) e, em breve, também receberá uma filial da steakhouse CT Boucherie.

CHEZ CLAUDE Rua Prof. Tamandaré Toledo, 25 Itaim Bibi 11 3071-4228

| 45


{ Traveler Chic }

SAVOIR-FAIRE À GAÚCHA Apostando em uma gastronomia impecável e em um ambiente refinado e exclusivo, o restaurante Vatel, em Gramado, transforma cada almoço ou jantar em um momento inesquecível.

46

|


Inspirado no confeiteiro francês Vatel, o refinado e suntuoso restaurante de Gramado (RS) apresenta o majestoso Bar Fouquet e faz releitura da culinária francesa com toques regionais, como o Tournedo Rossini e a Cauda de Lagosta com "effiloche" de pupunha ao toque de alho negro e molho de laranja

No século 17, o confeiteiro François Vatel (1631-1671) encantava o rei Luís XIV e toda a aristocracia francesa com suas deliciosas criações. Por conta de seu talento, ganhou o título de Mestre dos Prazeres e das Festividades. Inspirado neste pioneiro da alta gastronomia, em 2018 foi inaugurado em Gramado (RS) o restaurante Vatel, com releituras da culinária francesa e toques regionais. Num espaço requintado e suntuoso, com apenas 50 lugares, o Vatel Gramado tem sua cozinha comandada pelo chef Gabriel Simões. É ele o responsável por maravilhas como a bouillabaisse marselhesa (sopa de frutos do mar típica da Riviera francesa), a cauda de lagosta com velouté de champanhe, o cassoulet de frutos do mar, os tournedos Rossini, o stinco de cordeiro com pesto de hortelã, as rãs à provençal, os raviolis de foie gras na manteiga de sálvia ou ainda as codornas recheadas de vitela com bacon e servidas sobre mousseline de cenoura. Na hora da sobremesa, vai ser difícil escolher entre a pera ao vinho, o mil-folhas com crème pâtissier e coulis quente de frutas vermelhas ou a mousse de chocolate 70% com emulsão de cachaça e pão de pistache. A carta de vinhos, criteriosamente montada pelo wine director da casa, Umberto Beltramea e pelo sommelier Dario Rizzuto, inclui rótulos de todas as grandes regiões produtoras do planeta, com excelentes opções de brancos, rosés, tintos e espumantes de países como Itália, Portugal, Chile, Austrália e, claro, França. A carreira de Vatel na corte começou quando ele tinha 22 anos e foi admitido como auxiliar do cozinheiro de Nicolas Fouquet, que era o superintendente do Tesouro da França e considerado o homem mais rico da Europa naquela época. Apreciador de grandes vinhos, Fouquet serviu de inspiração para a criação do majestoso bar que funciona em anexo ao restaurante Vatel. O bar Fouquet propõe um estilo diferente para curtir um bom drinque. Seu elegante ambiente, assinado pelo arquiteto ítalo-brasileiro Cláudio Carlucci, é todo decorado em tons de dourado e preto, com bancadas de quartzo branco, estofados em couro envelhecido e paredes revestidas com painéis de madeira escura (jequitibá) emulando as tradicionais boiseries francesas.

É, sem dúvida, o melhor lugar da Serra Gaúcha para degustar coquetéis clássicos como o Negroni, o Aperol Spritz e o Manhattan ou doses do seu destilado predileto – quem sabe um Calvados da Normandia, uma Grappa do Vêneto, um Cognac da Aquitânia ou Single Malt escocês. O clima de refinamento e sofisticação do restaurante Vatel Gramado e do bar Fouquet transforma cada visita em uma memorável celebração. VATEL GRAMADO RESTAURANTE & BAR Rua Piratini, 815, Gramado (RS) 54 99674-6815 e 54 99688-6947 www.vatelgramado.com

| 47


{ Gastronomia }

MR. BAKER, A MAIS PREMIADA E ADORADA BOULANGERIE DO ITAIM Inaugurada em 2012 no coração do Itaim, a Mr. Baker é uma padaria que prioriza ingredientes orgânicos e oferece uma variedade incrível de comidinhas deliciosas para serem devoradas a qualquer hora do dia.

48

|


Movimentada desde o café da manhã até final da noite, a Mr. Baker é uma padaria para todos os momentos do dia

Hoje conta com outra loja na esquina da Al. Tietê com Rua Augusta (nos Jardins), duas lojas no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos e uma loja no Aeroporto Internacional Tom Jobim no Rio de Janeiro. Pela manhã, a clientela ocupa as mesas comunitárias e o balcão da loja para fazer aquele desjejum com pães de fermentação natural, ovos em várias versões, sucos naturais, smoothies, vitaminas, tigelas de açaí e ampla variedade de cafés, incluindo o bullet proof e opções de cafés gelados para o verão, todos elaborados com grãos especiais com classificação acima de 85 pontos. Um dos hits da casa neste horário é o Gotozo, um delicioso pão da sua escolha com requeijão tostado na chapa e o Sunny Green Day feito na ciabatta com queijo cottage, abacate e gema de ovo. No amplo portfólio de pães, destacam-se o integral, nozes, multigrãos, figo, castanha do Pará e sementes de abóbora, além das incríveis baguettes, ciabattas, brioches, croissants e pain au chocolat. Feitos artesanalmente, utilizam Levain (espécie de levedura viva) como base de fermentação. Na hora do almoço, é oferecido um elaborado buffet de saladas, quiches e focaccias (seg. à sex.) além dos caprichados sandubas, como o Yummy (ciabatta com pernil desfiado, queijo gruyère e abacaxi grelhado) e o Modern Tuna Melt (croissant com atum, folhas de rúcula e guacamole). À tarde, brilham os bolos, cookies e brownies. No Happy Hour é oferecida uma opção variada de cervejas puro malte e vinhos (em taça ou garrafa) para acompanhar os deliciosos toasts, pizzas e focaccias. Não por acaso, nos anos de 2014 e 2015, a Mr. Baker foi eleita pela edição especial “Comer & Beber”, da revista Veja, a melhor padaria de São Paulo segundo o júri e pela votação feita entre os leitores.

MR. BAKER Rua Pedroso Alvarenga, 655, tel: 11 3078- 0045 Rua Augusta, 2440, tel: 11 3081-1874 Q mrbakersuperfoods www.mrbaker.com.br

| 49


{ Água Platina } Cristalina, pura e sofisticada como uma pedra preciosa, a Platina é uma água mineral de qualidade superior e grande versatilidade gastronômica

JOIA EM FORMA LÍQUIDA Extraída desde 1918 de uma fonte em Águas da Prata, no interior de São Paulo, a Platina é uma água mineral superior, com aromas neutros, paladar equilibrado, boa acidez, alta efervescência e agradável salinidade. Naturalmente fluoretada e radioativa, possui um excelente teor de bicarbonatos e quantidades adequadas de cálcio, magnésio, potássio, sódio e estrôncio. Seu pH é de 6,01. Por essas e outras características, ela é perfeita para acompanhar bons vinhos e pratos da alta gastronomia. Sua nascente fica em meio a uma reserva de Mata Atlântica com 850 mil m². Sua rica história teve início em 1918, mas sua produção comercial só começou oficialmente em 1935. No final dos anos 60 e início dos 70, a extração de água na fonte foi desativada, mas em 2007 ela mudou de mãos e voltou ao mercado em 2014, agora engarrafada em uma unidade de produção com alta tecnologia e os mais rigorosos padrões de qualidade. Em 2016, a Platina conquistou a primeira colocação em uma degustação às cegas com especialistas promovida pela revista Go Where. Desde 2018, é a água servida com a marca Four Seasons no luxuoso hotel da rede em São Paulo. K www.fonteplatina.com.br

50

|



| SABORES |

{ Sabores }

Tradição que se mantém Fundado em 1950, o Almanara comemora o seu aniversário.

52

|

|


Imagine adentrar um espaço que te transporta 70 anos no passado...

Ao atravessar as suas portas, você reconhece o cenário intocado da época de nossos avós, de uma São Paulo ainda em crescimento, um ambiente fervilhante e repleto de boas expectativas.

Com uma clientela cada vez mais qualificada, as deliciosas refeições foram, assim, ganhando o status de um almoço especial para ser apreciado em família, aos finais de semana ou em datas especiais.

Aromas de especiarias vindas de um país distante te conduzem a um restaurante espaçoso, em estilo art déco. Pé direito alto, paredes com lâminas amadeiradas, balcão de mármore, piso de taco e belos painéis de artistas renomados são como molduras para a experiência gastronômica que vai começar no tradicional Almanara da Rua Basílio da Gama, 70.

As inesquecíveis Sfihas, de massa leve e recheio temperado, abriam o apetite para os quitutes que viriam a seguir: as texturas do Couscous marroquino, a suavidade dos Michuis, a salada Agadir, os Kibes, o Tabule, foram ampliando o vocabulário do paladar paulistano, com sua conhecida vocação cosmopolita.

A Sfiha e o Kibe do Almanara preservam a receita da família há mais de um século.

|

| 53


| SABORES |

{ Sabores }

As receitas artesanais árabes rapidamente caíram no gosto do exigente paladar paulistano: o casamento perfeito entre tradição familiar e vocação cosmopolita. Com 70 anos de história, o Almanara já tem seu lugar reservado no coração da cidade.

A Casa do Almanara no Shopping JK conta com tapeçarias nas paredes, estofados de couro e muxarabis, as tradicionais treliças árabes.

54

|

|

Este ano o Almanara completou 70 anos de história graças a essa atenção aos detalhes, que vai desde a dedicação artesanal a cada uma das receitas assinadas pela família Coury até o caloroso atendimento, com funcionários longevos que cuidam de seus clientes como verdadeiros hóspedes.

A convite dos principais shoppings da cidade, o Almanara cresceu no coração de São Paulo, abrindo as suas portas em bairros como os Jardins, a Bela Vista, o Alto de Pinheiros, a Vila Olímpia, o Morumbi, o Anália Franco e o Higienópolis – assim como nos arredores da cidade, em Campinas e em Alphaville. Curiosamente, este ano comemorativo foi também o ano dos novos desafios trazidos pela pandemia da Covid-19. Com as novas medidas de segurança em seus restaurantes e a expansão de seu aplicativo próprio de Delivery, o Almanara sabe como ninguém cuidar de cada um dos apaixonados pela culinária árabe. Se hoje em dia é difícil encontrar um brasileiro que nunca tenha experimentado um Kibe ou uma Sfiha, é porque restaurantes longevos como o Almanara os trouxeram guardados em baús muitas décadas atrás. Não por acaso, ele ganhou um belo apelido: “O árabe gentil que a cidade adotou”.


as as

OOMalabie Malabieééum ummanjar manjarbranco brancocom com saborosa saborosacalda caldade deDamasco Damasco (também (tambémna naopção opçãoAmeixa). Ameixa).

www.almanara.com.br www.almanara.com.br App AppAlmanara Almanaradisponível disponível para paraiOS iOSeeAndroid Android Delivery Deliveryem emSP: SP:(11) (11)3352-2000 3352-2000

||

| 55


56

|


O GRANDE ESPETÁCULO DO

VINHO A história do século passado é permeada por fabulosas conquistas e retumbantes fracassos. O mesmo se dá com os vinhos que acompanham com grandes ou pequenas safras as peripécias da humanidade. Aqui só vamos falar dos vinhos majestosos.

| 57


{ O Grande Espetรกculo do Vinho }

58

|


Os vinhedos do monastério beneditino Saint-Vivant de Vergy, na parte alta da Borgonha, possuem área equivalente a 4.285 acres e suas uvas Pinot Noir, que compõe o Romanée Conti, foram plantadas por Claude Cousin em 1584

1921 Romanée Conti

| 59


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

1921 A década de 20 é de transformação e no Brasil, em seu início, ocorre a “Semana de 22”, com o apoio do governador do estado de São Paulo da época, Washington Luís. Cada dia da semana trabalhava um aspecto cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música. O evento marcou o início do modernismo no Brasil e tornou-se referência cultural do século XX, representando uma verdadeira revolução de linguagem, que buscava na liberdade criadora ruptura com o passado, pois a arte tornou-se vanguarda para o modernismo. Foram apresentadas novas ideias e conceitos artísticos, a poesia passou a ser declamada, a música ganhou concertos e as artes plásticas se ampliaram com exibição de esculturas, maquetes de arquitetura e desenhos abstratos não convencionais e de concepções inovadoras. No mundo, as corridas de automóveis conquistaram um grande grupo de aficionados pelo esporte. Um dos pilotos mais famosos da época, o milanês Ascari, morreu enquanto liderava o Grande Prêmio da França. No campo da política, a década de 20 presencia a subida de ditadores fascistas ao poder. Na Itália, Mussolini toma para si o título de ‘Duce’, na Alemanha, Hitler se torna o presidente do Partido Nacional socialista e começa a propagar suas ideias nazistas.

60

|

Na China, Mao Tse Tung participa da criação do Partido Comunista Chinês. No campo das ciências, grandes avanços ocorrem com a descoberta no Canadá da insulina. É o ano em que decola também o primeiro helicóptero fazendo uma fotografia aérea de Paris. Surge a autoestrada, construída a partir de Berlim. Nos Estados Unidos, Walt Disney realiza seu primeiro desenho animado, obtendo um enorme sucesso. A ópera perde o grande tenor Caruso, que é enterrado em Nápoles. Na França, o escritor Anatole France recebe o prêmio Nobel de Literatura. E o mundo começa a se comunicar com a invenção do telégrafo: mensagens podem ser transmitidas simultaneamente para os quatro continentes.

A turma da arte moderna celebrando a Semana de 1922, o piloto milanês Ascari bate seus recordes, a importante invenção do telégrafo interligando o mundo, a genialidade de Disney começa a se manisfestar e Mao Tse Tung funda o Partido Comunista Chinês


Romanée Conti 1921 • Borgonha

As uvas Pinot Noir que compõe o Romanée Conti foram plantadas por Claude Cousin em 1584, 337 anos antes desta fabulosa safra de 1921. Isso é um caso único, pois todos os outros vinhos franceses foram replantados depois da epidemia de philoxera entre os anos de 1880 e 1910. O Romanée Conti foi tratado regularmente com carbonato de enxofre e escapou da praga. Esta prática continuou até 1945 quando, as vinhas foram desenraizadas e, portanto, o vinho não foi produzido entre 1946 e 1951. Quando Claude Cousin comprou os vinhedos do monastério beneditino Saint-Vivant de Vergy na parte alta da Borgonha, a área equivalia a 4.285 acres. A famosa propriedade, também conhecida como “Cros des Cloux”, passou como sucessão para a família Croonembourg e misteriosamente seu nome mudou para Romanée, que era a denominação utilizada por várias vinícolas da área. Em 1790, Louis-François de Bourbon, príncipe de Conti, adquiriu a propriedade por uma polpuda soma, mais de dez vezes o valor das vinícolas no entorno. Até a Revolução Francesa, o Romanée era servido exclusivamente na mesa do príncipe, sem nunca ter sido negociado, mas, quando os tesouros nacionais foram vendidos, o nome do príncipe foi estampado no rótulo como um atrativo para a comercialização do vinho, apesar

das ideias revolucionárias da ocasião. Depois de muitas compras e vendas, em 1942, Henri Leroy, um importante comerciante de vinhos, comprou uma parte dos vinhedos e passou a dirigir a companhia em conjunto com outros grand crus como La Tâche, Grands Echezeaux, Richebourg e alguns Montrachets. Até 1989, as uvas colhidas eram amassadas à maneira antiga, pisadas, seus ramos não eram descartados, aumentando o potencial de envelhecimento do vinho. Ele era fermentado em cubas abertas e envelhecido nas próprias garrafas. Era manuseado somente uma vez, descansando sua borra por um longo período, sendo depois clarificado. Quando degustado há alguns anos, não mostrou sinais de fraqueza. Os Segredos do Romanée Conti 1921 De roupagem opaca, fortemente colorida com notas de negro e marrom em seu corpo que confirmam sua extrema concentração. Longo na boca, demonstrando todo o frutado do Pinot. Seu teor de álcool, acidez e taninos têm perfeito equilíbrio e magnífica harmonia, flexível, poderosa e quase aveludada. O seu final é tão elegante quanto longo. É praticamente impossível se conseguir uma única garrafa, façanha só para felizardos colecionadores.

Até a Revolução Francesa, o Romanée era servido exclusivamente na mesa do príncipe Conti. A famosa propriedade, também conhecida como “Cros des Cloux”, misteriosamente mudou seu nome para Romanée

| 61


{ O Grande Espetรกculo do Vinho }

62

|


Muita lenda cerca esta propriedade e seu vinho, que não possuem nenhuma distinção particular. Pétrus não é um Grand Cru ou Premier Cru. Não é nem mesmo um Château, o nome é apenas Pétrus. Embora os vinhos de Pomerol nunca sejam classificados, o Pétrus é considerado um dos grandes vinhos de Bordeaux, assim como outros Grands Crus de Médoc como Château Latour, Château LafiteRothschild, Château Mouton Rothschild e Château Margaux

1982 Pétrus

| 63


{ O Grande Espetáculo do Vinho } O escritor Gabriel

1982

Garcia Marquez, o “Gabo”, realista mágico colombiano recebe o Prêmio Nobel de Literatura

O ano de 1982 começa conturbado com a guerra Irã-Iraque no Oriente Médio. Israel é obrigado a devolver a Península do Sinai para o Egito sob violentos protestos dos colonos judeus, e abre outra frente de guerra invadindo o sul do Líbano com ajuda dos cristãos falangistas. Este episódio culmina com o trágico massacre de Sabra e Shatila nos campos de refugiados palestinos perto de Beirute, perpretado pelas milícias cristãs. E na América do Sul, eclode a Guerra das Malvinas, que a Argentina perde para a Inglaterra. Na França, é abolida a lei que tornava a homossexualidade um crime. O escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, com seu realismo mágico, recebe o Prêmio Nobel de Literatura. É também um ano em que o mundo perde grandes personalidades em todas as áreas. Na política, morre o líder soviético Leonid Brezhnev e o líder socialista francês Pierre Mendès France. Na música, desaparecem Glenn Gould, Arthur Rubinstein e Thelonius Monk.

No Brasil, a Barão Vermelho com Cazuza é considerada uma das quatro bandas mais influentes fundadas na década

No ano de 1982 experimentam o ostracismo a belíssima atriz Romy Schneider e o jazzy Thelonius Monk

64

|

A literatura perde Louis Aragon e Georges Pérec e a realeza sofre a perda da Princesa Grace de Mônaco. O cinema também fica de luto por Romy Schneider, Henry Fonda, Ingrid Bergman, Jacques Tati e o diretor Rainer Werner Fassbinder. No Brasil, 1982 marcou a primeira eleição pluripartidária da história depois de 17 anos, e a oposição fez governadores em Minas, com Tancredo Neves, em São Paulo, com Franco Montoro e, no Rio de Janeiro, com Leonel Brizola. O Brasil vive grande expectativa com a inauguração da Usina Hidrelétrica de Itaipu, pelos presidentes militares João Figueiredo do Brasil e Alfredo Stroessner do Paraguai. O país entra numa fase mais pop com o surgimento do Rock Brasil lançando várias bandas que invadem as rádios FM com letras que são símbolo da geração 80. Surgem Legião Urbana e Capital Inicial em Brasília, Barão Vermelho com Cazuza e a Blitz de Evandro Mesquita no Rio, que lança seu maior hit: “Você Não Soube me Amar”.


Pétrus 1982 • Bordeaux • Pomerol

Os vinhedos de Pétrus estão entre os mais famosos do mundo, abrangendo de 16 hectares com solo bem particular, que nada tem a ver com os outros Pomerol

A reputação deste vintage é bem conhecida e um exemplo de como um grande vinho pode ser abundante, mesmo que esse ano de 1982 não seja comparável a 1961. As uvas estavam sublimes e completamente maduras e havia um equilíbrio perfeito entre a maturidade alcoólica, açucares, e maturidade fenólica, taninos, e com baixa acidez, tudo culminou com a criação de um vinho flexível e excelente. Alguns críticos pessimistas assumiram que esse resultado seria muito bom na juventude, mas duvidavam do que ocorreria na maturidade. Ledo engano, o Pétrus se mostrou um vinho de longo alcance. Seus vinhedos estão entre os mais famosos do mundo, abrangendo de 16 hectares com solo bem particular, que nada tem a ver com os outros Pomerol, pois se parece mais como uma ilha de argila, bem compacta, mas com excelente drenagem e clima ameno. As uvas são colhidas apenas à tarde para evitar o orvalho da manhã e a colheita é feita de uma forma muito rápida, pois é executada por um exército de colhedores de uva. O vinho repousa por 22 meses em barris novos, sendo depois clarificado sem filtragem.

Os segredos do Pétrus 1982 Apesar das muitas histórias que se contam sobre ele, é um vinho poderoso, encorpado, tânico com maturidade lenta, ao contrário de muitos vintage deste tipo. Seu sabor é explosivo e frutado, com notas duras. Os aromas sucessivos remetem à ameixas e amoras e o bouquet é de especiarias com força, e permanece longo na boca. As vinhas são anciãs, o solo é típico e o perfeccionismo é preponderante. É o vinho mais procurado após a safra de 1961. Seu apogeu se deu entre os anos de 1995 até 2000 e deve ser degustado até o final deste ano de 2015. Não percam!

| 65


{ O Grande Espetรกculo do Vinho }

66

|


A Abadia de Hautvillers em Champagne-Ardenne

1985 Dom PĂŠrignon

| 67


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

1985 Novos ares sopram no Kremlin em 1985 e um homem moderno assume o poder, Mikhail Gorbatchev, futuro pai da Perestroika e da Glasnost. Nos Estados Unidos, Ronald Reagan é eleito para um segundo mandato. No Oriente Médio se desenrola uma sangrenta guerra entre dois vizinhos beligerantes, Irã e Iraque, enquanto que na França o navio Raimbow Warrior do Greenpeace, fretado para protestar contra os testes nucleares da França na ilha de Mururoa, e sabotado por agentes secretos franceses e no porto de Oakland na Nova Zelândia. Os agentes foram condenados a dez anos de prisão e o Ministro da Defesa francês, Charles Hemu, pede demissão. Começa-se a cogitar um túnel sob o Canal da Mancha, e a pirâmide de vidro no Louvre vai ser construída. O Primeiro Ministro Laurent Fabius implanta o teste contra a Aids. No dia 19 de setembro, o México foi palco de um dos piores terremotos da história. O tremor atingiu 8.1 na Escala Richter, abalando as estruturas da Cidade do México. O sismo aconteceu um ano antes da Copa do Mundo que seria disputada no ano seguinte. Ao todo 9.500 pessoas morreram. Na Inglaterra, a Dama de Ferro Margaret Thatcher faz os mineiros capitularem após um ano de greve. Neste ano, o Brasil passava por grandes transformações. Após longo período sob uma ditadura militar, o país começava a dar os primeiros passos rumo à democracia. Nesse cenário, pela primeira vez, idealizado pelo empresário Roberto Medina, o primeiro Rock in Rio aconteceu no bairro de Jacarepaguá. Junto com o sonho nasce a Cidade do Rock, uma área de 250 mil metros quadrados construída especialmente para o festival.

68

|

O primeiro Rock in Rio aconteceu no bairro de Jacarepaguá, na Cidade do Rock. A novela Roque Santeiro é liberada e se torna grande sucesso. Os protagonistas Lima Duarte, com seu Sinhozinho Malta, e Regina Duarte, com a viúva Porcina com modelito exagerado. Casal improvável em 1985: a Dama de Ferro e Gorbatchev, o pai da Glasnost

Nela se apresentaram artistas que levaram multidões ao delírio, como AC/DC, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Queen e os brasileiros Gilberto Gil, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho. Depois de uma extenuante campanha, Tancredo Neves é eleito presidente em 15 de janeiro pelo Colégio Eleitoral, derrotando Paulo Maluf. Estava encerrado o regime militar. Só que a saúde do presidente não permitiu que ele assumisse, pois faleceu 38 dias depois, assumindo o vice José Sarney. Dez anos depois de ser censurada, a novela Roque Santeiro é liberada e se torna grande sucesso. Escrita por Dias Gomes, a novela bateu recordes de audiência com um elenco onde se destacavam Lima Duarte, com seu inesquecível Sinhozinho Malta e seu bordão “Tô certo ou tô errado”, e Regina Duarte, no papel da Viúva Porcina com suas roupas exageradas.


Dom Pérignon 1985 • Bordeaux • Épernay - Champagne

Pierre Pérignon não era um monge beneditino qualquer. Pobreza, castidade e obediência até podiam guiar a sua alma, mas sua missão era mais glamourosa: criar o “melhor vinho do mundo”, como ele próprio proclamava. Experimentações atrás de experimentações, e muita observação, preenchiam a sua rotina nos vinhedos que emolduravam o mosteiro e nas caves da propriedade. Em uma de suas empreitadas como “cientista” amarrou as rolhas com arame para conseguir domar a segunda fermentação do vinho na garrafa. E assim começou a delinear a fórmula do chamado método champenoise. “Venham ver, venham ver! Estou bebendo estrelas!” Teria dito, admirado. O vinho feito na abadia ganhou personalidade própria e ficou conhecido em todo o reino como “vinho de Pérignon” ou “vinho de Père Pérignon”. Os fornecedores do Palácio de Versailles incluíram a bebida na sua lista de compras e o borbulhante de Dom Pérignon passou a ser artigo indispensável nas cerimônias festivas do rei Louis XIV. Em 1694, o vinho do mosteiro já batia todos os recordes de preço – valia 950 pounds (400 litros). Era o mais caro do reino. Pierre Pérignon tinha conseguido realizar o seu propósito. Morreu em 1715, mas seu nome continua ligado a uma das bebidas mais luxuosas do planeta. Em 1981, o champagne Dom Pérignon 1961 brindou o casamento da princesa Diana e o príncipe Charles. E há cinco anos, em Hong Kong, três magnums de Dom Pérignon Oenothèque (1966, 1973 e 1976) foram arramatados por US$ 93.260. O rótulo Dom Pérignon Rosé Vintage 1959 também está na mira dos colecionadores – apenas 306 garrafas foram produzidas e raras vezes apareceram no mercado. Em uma dessas ocasiões, há dois anos, em Nova York, pagou-se um valor de US$ 84.700 por duas delas. Mas o melhor Dom Pérignon do século passado nasceu em 1985, graças ao perfeito estado sanitário das uvas e sua maturidade ideal. Excepcionalmente o outono bem ameno permitiu uma segunda colheita no final do mês e o mosto atingiu uma média de 10°C, que é considerada excelente, com uma taxa de acidez entre 8 a 9,5 gr por litro, o que garante

As caves centenárias da Dom Pérignon

uma bebida equilibrada e longeva. Na época os vinicultores disseram que as potencialidades da safra de 1985 eram bem semelhantes às de 1975. O Dom Pérignon nasce da mistura de duas uvas nobres, a pinot noir e chardonnay. Tanto nas safras de 1985, 1982 e 1976, as uvas brancas foram privilegiadas para 60% de chardonnay e para 40% de pinot noir. Segredos do Don Pérignon 1985 O Dom Pérignon 1985 se veste de uma roupagem cor de ouro palha bem clara. Os aromas que se destacam são florais com tendência para a acácia, e uma pitada de hera. Na boca é vivaz e longo, com equilíbrio perfeito e, sobretudo, fineza admirável. As uvas selecionadas são de grand cru, seu apogeu se deu em 1995 e sua evolução foi até 2005.

| 69


{ O Grande Espetรกculo do Vinho }

70

|


A Abadia de Hautvillers em Champagne-Ardenne

1937 La Tâche

| 71


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

1937 Enquanto o luxuoso navio Normandie bate o recorde de tempo na travessia Europa-Estados Unidos, a França obtém o maior sucesso com a Exposição Universal em Paris. Esta foi marcada pela “guerra” entre os pavilhões da Alemanha de Hitler, que apelavam ao anticomunismo extremo, e o da União Soviética, que difundia o comunismo. O famoso quadro “Guernica” de Pablo Picasso foi exibido nesta feira pela primeira vez, no pavilhão da Espanha, em protesto à sangrenta guerra civil, ao bombardeio desta cidade e a aniquilação de sua população ordenada pelo ditador Franco. Uma revolução também está ocorrendo na moda, um território mais ameno, pois o francês Dupont de Nemours patenteia uma nova fibra, o nylon, que vai mudar todo o conceito da elegância feminina no mundo. Neste mesmo ano, o dirigível gigante Hindenburg, uma das maravilhas da era, se aproxima de Nova York depois de uma jornada de 60 horas vindo de Frankfurt. Seus passageiros têm a oportunidade de admirar uma vista da cidade de tirar o fôlego. Mas a viagem vai ter um fim trágico, pois o colosso dos ares se choca com um prédio, se incendeia e deixa mais de cem vítimas fatais num espetáculo de horror. Enquanto isso, a indústria dos sonhos, o cinema, e Hollywood em particular, estão numa fase dourada. Branca de Neve e os Sete Anões de Walt Disney deslumbram plateias infantis e adultas. A Dama das Camélias interpretada pela über star Greta Garbo faz suspirar milhões de fãs. Os astros da época são Robert

72

|

A über star Greta Garbo fez suspirar milhões de fãs. Entre um recorde e outro, o Normandie posa de cartão postal na Baía da Guanabara

Taylor, Cary Grant, Tyrone Power, Alice Faye, Clark Gable e Olivia de Havilland... Já aqui, no Brasil, se inicia o Estado Novo com o golpe do Presidente Vargas que implanta a ditadura. Na imprensa, como uma forma de resistência, eram publicadas caricaturas do ditador Vargas como um ‘führer’, e se acerba cada vez mais a luta entre a esquerda e a direita no país. Em 1937 o morro também está de luto, pois desaparece Noel Rosa, o sambista maior de Vila Isabel, que sucumbe à tuberculose aos 26 anos de idade após uma vida de boêmia.


La Tâche 1937 • Vosne-Romanée

Parece estranho que o ano de 1937 seja representado por um vinho tinto. É notório que este é um ano dos brancos, tanto pelos Bordeaux secos e licorosos, como o Yquem 1937, sempre pleno e majestoso, como pelos vinhos do Vale do Loire. Impossível não pensar nas safras de 1928, 37 e 47 para os mais antigos millésimes. É preciso ter degustado o Vouvray Mousseux 1937 de Huet ou o Château Moncontour deste mesmo ano para saber que jamais um champagne oferecerá aromas tão finos e complexos de chá e de tília, que somente as cepas mais antigas de chenin podem produzir. 1937 é também um ano excepcional na região de Champagne, na Alsácia e na Alemanha, onde os riesling renanos não tinham produzido nada tão suntuoso desde 1921... Então por que La Tâche? Porque neste ano os tintos da Borgonha são excepcionais e constituem os melhores vinhos do millésime. A acidez um pouco marcada que caracteriza o ano amplificou os vinhos brancos e se incorporou aos tintos da Borgonha. Certo, eles conservaram uma pequena nota nervosa, um toque que normalmente desequilibraria um Bordeaux, mas que neste caso destaca o frutado da uva Pinot. La Tâche 1937? Um vinho raro em todos os sentidos do termo. Precioso, pois excelente, foi totalmente consumido, pois a Segunda Guerra Mundial perturbou a sua expansão normal.

Os tintos da Borgonha conservaram uma pequena nota nervosa, um toque que normalmente desequilibraria um Bordeaux, mas que neste caso destaca o frutado da uva Pinot encontrada no domaine La Tâche

Segredos do La Tâche 1937 Sua roupagem é escura, típica destas vinhas que têm muita cor. A densidade se revela na boca, mas há um paradoxo entre as notas redondas e uma nervosidade fresca, um tom acima daquilo que se espera. Seu bouquet é flamboyant e rico, tão característico de sua cepagem, que podemos pensar que é um vinho que faz escola. Ele parece dizer: “A Pinot é isso!” O frutado da Pinot resiste aos aromas terciários, mas o toque defumado não mente. Seu final é nervosamente untuoso e prolongado. Certas garrafas parecem imbatíveis. Seus millésimes só podem ser comparados aos anos de 1921 e 29. Disponibilidade raríssima, só possível de ser adquirido em leilões a preços estratosféricos.

| 73


{ O Grande Espetรกculo do Vinho }

74

|


Em 1959, o terroir de Lafite cumpriu perfeitamente seu papel, permitindo que a vinha atravessasse um verão canicular. Com seus cem hectares, o Château Lafite Rothschild é um dos domaines mais vastos na categoria dos primeiros grand crus. O resultado foi um vinho “imenso”, sem dúvida o top dos tops daquele ano. Um zeloso trunfoda maison Château Lafite Rothschild.

Château Lafite Rothschild

1959

| 75


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

1959 O ano de 1959 é com certeza revolucionário. É o ano em que Fidel Castro se torna o primeiro ministro de Cuba e expulsa definitivamente Fulgencio Batista da ilha, nacionalizando suas terras. Isso produz uma ruptura definitiva com os Estados Unidos, mudando toda uma importante configuração geopolítica, fazendo da pequena ilha o ponto fundamental da Guerra Fria. Do outro lado do mapa mundi, o Congo Belga obtém finalmente sua independência. No Tibet, com o seu território invadido e controlado pelos chineses, sua santidade, Dalai Lama, é obrigado a optar pelo exílio na Índia que dura até hoje. O General De Gaulle, recém instalado no palácio do Elysée, tem a espinhosa tarefa de propor a autodeterminação na Argélia. Enquanto que as duas grandes potências da época, Estados Unidos e União Soviética, entram numa corrida maluca concorrendo pelo espaço sideral. Quem ganha o primeiro round é a sonda soviética Lunik I, primeiro objeto a escapar da atração terrestre, seguido pelo Lunik II, que atinge a lua, e pela Lunik III, que gira em torno dela e transmite fotos de sua face oculta. Logo depois os americanos querem a revanche, e enviam um macaco em órbita. Os russos não se dão por vencidos, e enviam um coelho e duas cadelas. A maior starlet da época era Brigitte Bardot, que acabava de se casar com Jacques Charrier. E o casal emblemático real que encantava aquele mundo era representado pelo casamento da maravilhosa Farah Diba com o Xá da Pérsia. No Brasil, aconteciam os eufóricos anos desenvolvimentistas do governo JK e a consagração do visionário arquiteto Oscar Niemeyer, que estava erguendo uma nova utopia, Brasília, a terceira capital do Brasil.

Brigitte Bardot e Jacques Charrier

76

|

Lunik I

Fidel Castro

Dalai Lama

Juscelino Kubitschek

Charles De Gaulle

Oscar Niemeyer

Farah Diba e Xá da Pérsia


Château Lafite Rothschild 1959 • Bordeaux • Pauillac

Este grand cru é um millésime que no ano de 1959 despertou o maior respeito. Em certas regiões alguns inclusive baixavam os olhos e sussurravam “mas é demais mesmo!”, porque a uva resplandecia na própria pele, tendo atingido a quantidade de açúcar mais que perfeita. A tal ponto que a região de Champagne teve que mudar certas regras porque o teor alcoólico dos vinhos havia ultrapassado os limites admitidos pela Appelation Controlée. E curiosamente estes vinhos não ficaram nem pesados nem insossos, muito pelo contrário. Com seus cem hectares, Lafite Rothschild é um dos domaines mais vastos na categoria dos primeiros grand crus. Sua história é longa e se confunde com a dos grandes parlamentares bordaleses. Do século 17 até nossos dias, dois nomes se destacam: Ségur e Rothschild. Os Ségur construíram a reputação do cru e tomaram conta dele durante um século. James de Rothschild adquiriu o domaine em 1868 num leilão, desembolsando quatro milhões e quatrocentos mil francos, soma fabulosa para a época. Desde então estas vinhas nunca mais deixaram esta família.

O “maestro” da maison, Charles Chevallier

Château Lafite Rothschild 1959 Um terroir que resiste à seca. Millésimes apenas comparáveis nos anos de 1945 e 1961. O apogeu da safra de 1959 se deu no ano de 2010. O Château Lafite Rothschild 1959 esteve disponível apenas em grandes casas leiloeiras.

A Sotheby's realizou um leilão com os Château Lafite Rothschild da safra de 1959, que pertencia ao famoso colecionador Lloyd Flatt em 2008, uma oportunidade única

| 77


{ O Grande Espetรกculo do Vinho }

78

|


1989 Montrachet

| 79


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

1989 Este ano marcou a queda do muro de Berlim e o desmantelamento do mundo comunista, algo inimaginável naquela época. E também a execução sumária do ditador romeno Ceausescu, aquele que tinha os banheiros com torneiras de ouro, enquanto seu povo morria de fome. Ele tentou ainda fugir com a mulher, mas foram enforcados em praça pública. Para aqueles que acreditaram na primavera de Pequim, o movimento do estudante parando os tanques na Praça Tien An Men foi uma total desilusão, e a ilusão de liberdade da jovem geração acabou num massacre sangrento. No Irã, os aiatolás e o regime xiita condenam à morte o autor britânico Salman Rushdie pelo conteúdo “blasfematório” dos versos satânicos. Alguns meses mais tarde o aiatolá Khomeini morria aos 89 anos de idade deixando um triste legado, cinquenta mil opositores do regime executados, e a guerra Irã-Iraque ceifando um milhão de vidas. Na Inglaterra, o futebol marca um triste recorde, 94 mortos e mais de duzentos feridos depois de uma partida no estádio de Sheffield. Na França, são implementadas as medidas antitabagismo e a Ópera Bastille e o Arco de La Défense são inaugurados. O ano de 1989 marca o bicentenário da Revolução Francesa, que é comemorado de forma suntuosa. No Brasil, o momento foi marcado pela primeira eleição presidencial após 29 anos de regime militar. Com a largada na frente do desconhecido Fernando Collor, à época governador de Alagoas, só restava à esquerda brasileira, então dividida entre Lula e Brizola, a disputa pela segunda vaga. Inaugurou-se em São Paulo o complexo cultural do Memorial da América Latina, projetado por Niemeyer, e o país festeja os 100 anos da Proclamação da República.

Lula e Fernando Collor

80

|

Arco de La Défense

O “rebelde desconhecido” da praça Tien An Men

Salman Rushdie

Aiatolá Khomeini


Montrachet 1989 • Borgonha

Sorte de quem pôde brindar as festas das repúblicas com o divino Montrachet, considerado “o mais fino de todos os vinhos brancos” nas palavras do Marquês de Cussy no século 19. Reza a lenda que os vinhos brancos surgiram graças ao Imperador Carlos Magno, no ano 775 DC, pois sua esposa não suportava mais que ele manchasse sua divina barba com vinhos tintos. No ano de 1728, o abade Arnoux, o verdadeiro enófilo da época, constata a existência deste vinho, que ele denomina como o mais curioso e delicado da França. Após muitos casamentos e misturas nobres, no momento da revolução, Charles de la Guiche, proprietário de metade das terras do domínio de Montrachet, é guilhotinado e o seu patrimônio familiar vendido como bem do Estado. Mas muita água ou vinho rolou, e ainda hoje a mesma família que mudou de nome após a revolução e se chama Laguiche é proprietária do domínio no coração da Côte D’Or, com a exceção de dois hectares que foram vendidos aos Bouchard em 1838. É preciso percorrer as vinhas do Chevalier-Montrachet para chegar enfim ao vinhedo real, de apenas 7,5 hectares, que está numa situação de equilíbrio, em terroir nem muito alto nem muito baixo. E o seu solo? Bem, é aí que reside todo mistério, pois sua base é de calcáreo ativo (13 por cento), muito mais que em outros terroirs da Borgonha. A colheita das uvas Chardonnay é manual e o Montrachet tem uma vinificação clássica. Visualmente é um amarelo ouro consistente, seu aroma se compõe de mel e amêndoa, que se impõe e acaba por triunfar, deixando apenas um leve amadeirado, presente na boca de forma potente e maleável. Sua construção é rigorosa, com um nervosismo comedido que garante o equilíbrio e facilita a sua evolução. Segredos do Montrachet 1989 A maturidade dos frutos, seus millésimes só são comparáveis aos anos de 1983, 1985 e 1992. Com apogeu no ano de 2004, este vinho tão particular deve ser degustado até o ano de 2025. Santé!

| 81


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

OS 40 ANOS DE SUCESSO DOS PIONEIROS DE PINTO BANDEIRA Instalada há quatro décadas em um dos melhores terroirs da Serra Gaúcha, a Cave Geisse produz elegantes espumantes que encantam consumidores e enólogos do Brasil e do mundo. O terroir de Pinto Bandeira é composto por terrenos de altitudes superiores a 500 m, boa drenagem, excelente ventilação e um clima ideal para o cultivo de uvas das variedades Chardonnay e Pinot Noir. 100% dos vinhedos Geisse em Pinto Bandeira são tratados de maneira ecoeficiente, sem utilização de agrotóxicos de floração até a colheita. O manejo é feito através da aplicação do sistema TPC (Thermal Pest Control), permitindo que as vinhas estejam em total harmonia com o meio ambiente e produzindo uvas da melhor qualidade. Na vinícola, os espumantes são elaborados pelo método tradicional (champenoise). Para celebrar seus 40 anos, a Cave Geisse decidiu lançar um espumante que fosse realmente representativo desse terroir e da bonita história da vinícola. Após uma degustação às cegas, entre as várias safras de guarda armazenadas em garrafas Magnum (1,5l), os integrantes desta rigorosa prova foram unânimes em selecionar a safra 2010, por suas extraordinárias qualidades.

82

|

As uvas da colheita 2010 geraram um vinho base elegante, com boa estrutura, acidez impecável, esplêndida cremosidade e uma magnífica complexidade de aromas e sabores. Além disso, sua evolução mostrou consistentes progressos ao longo desses últimos dez anos, que surpreendeu por ter preservado o agradável frescor da bebida, mesmo após dez anos na cave. Na descrição de Carlos Abarzúa, enólogo da Família Geisse há mais de 30 anos, esta edição especial tem uma intensa coloração dourada e perlage fina e persistente. No nariz, apresenta inebriantes notas aromáticas que remetem a frutas secas e especiarias. Comemorativo das quatro décadas de atividades da vinícola, este espumante foi concebido para quem gosta de saborear o tempo. Por conta de sua acidez, sua estrutura, seu paladar e suas peculiaridades olfativas, é perfeito para ser consumido com pratos com molhos bem condimentados, originando uma perfeita harmonização.


A FamĂ­lia Geisse: Rodrigo, Daniel, Mario, Ignacio e Carlos. E a Cave Geisse Nature Vintage, safra 2010 em garrafa Magnum, comemorando os 40 anos da FamĂ­lia Geisse

| 83


{ O Grande Espetรกculo do Vinho }

84

|


O enólogo Mario Geisse em pleno manejo dos vinhedos, que são tratados de maneira ecoeficiente, sem utilização de agrotóxicos da floração até a colheita, permitindo que as vinhas estejam em total harmonia com o meio ambiente e produzindo uvas da melhor qualidade

As garrafas Magnum de 1,5 l do Cave Geisse 40 Anos – Vintage Nature estão sendo vendidas em bonitos estojos a preços na faixa dos R$ 550. Além deste espumante comemorativo dos 40 anos, a linha Cave Geisse Terroir se caracteriza por ser produzida somente em anos em que os vinhedos geram vinhos base fora de série. Até hoje, o Cave Geisse Terroir Nature é o único espumante brasileiro a constar no Atlas do Mundo do Vinho, escrito pela renomada enóloga britânica Jancis Robinson, e também o único produto brasileiro incluído na lista do livro 1.001 Vinhos Para Beber Antes de Morrer, escrito pelo prestigioso expert britânico Hugh Johnson. Em 2014, a Família Geisse foi escolhida como uma das “Vinícolas do Ano do Novo Mundo” pela conceituada revista

norte-americana Wine Enthusiast – fato inédito para a indústria do vinho brasileiro. Não por acaso, a revista Época incluiu Mario Geisse em sua lista de “Personalidades Mais Influentes do País” e publicou um perfil do vinhateiro intitulado “O enólogo que transformou o espumante brasileiro em atração global”. Graças aos rótulos da Cave Geisse, as refeições, as celebrações e os brindes à beira da praia e da piscina ficaram ainda mais borbulhantes e prazerosos!

FAMÍLIA GEISSE – VINHEDOS DE TERROIR Linha Jansen, s/ nº Pinto Bandeira (RS) 54 3455-7461 www.familiageisse.com.br

| 85


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

EXCELÊNCIA CINQUENTENÁRIA Criado para celebrar os 50 anos de atuação da Chandon no Brasil, a Chandon Excellence Magnum - Lote 1 Safra 2008 acaba de ser lançada, com uma edição limitada de apenas 800 garrafas.

Em 1973 a Chandon do Brasil foi inaugurada em Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Hoje, a empresa é líder absoluta no segmento de vinhos espumantes naturais de luxo e, além de ter motivos de sobra para celebrar por aqui, a Chandon também produz na Argentina, Califórnia, Austrália, Índia e China. Comandada, desde 1990, pelo renomado enólogo Philippe Mével, a vinícola Chandon possui o microclima da Serra Gaúcha, com noites frescas e dias amenos, considerado ideal para a elaboração de espumantes de alta qualidade. As primeiras uvas a serem cultivadas neste terroir foram a Chardonnay, a Pinot Noir (com mudas importadas da França) e também o Riesling Itálico, que já era cultivado na região, mas foi melhorado e incorporado às assemblages. A expertise do enólogo Philippe Mével guiou a empresa na criação de espumantes que expressam o máximo do terroir brasileiro e do trabalho primoroso com as uvas. Segundo ele, “o vinho se faz no vinhedo”.

86

|


Em anos excepcionais, a Chandon elabora edições limitadas como é o caso da Chandon Excellence Magnum – Lote 1 Safra 2008, um espumante mais do que exclusivo, com garrafas numeradas

| 87


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

O microclima da Serra Gaúcha, com noites frescas e dias amenos, é ideal para a elaboração de espumantes de alta qualidade como o Chandon Excellence Magnum - Lote 1 Safra 2008, com uvas Chardonnay e Pinot Noir

88

|


Após um período de consolidação do padrão e estilo de Chandon Excellence, que foi lançada em 1998, em comemoração aos 25 anos da Chandon no Brasil, chegou a hora de experimentar! E com isso a Chandon elaborou lotes safrados, com assemblages especiais para cada safra, que foram deixados por muito tempo evoluindo no tanque e em garrafa. “Entregamos a criação ao Senhor Tempo”, explica Mével. Este é o caso da Chandon Excellence Magnum - Lote 1 Safra 2008, um espumante mais do que exclusivo, com garrafas numeradas. Trata-se de uma avant premiere da coleção que será revelada até 2023, nas comemorações dos 50 anos da Chandon no Brasil. Seguindo esse cronograma, a Chandon Brasil lança este lote com mais de 10 anos de maturação, sendo 9 em garrafas Magnum. “É um limitado lote de apenas 800 unidades, fruto da arte de combinar vinhos-base das uvas Pinot Noir e Chardonnay que contam a história da safra 2008. Simboliza a nossa expertise na elaboração de espumantes de alta qualidade. O resultado é esta cuvée singular, ricamente estruturada e de paladar untuoso”, conta Mével. O espumante traz a memória de Chandon Excellence acrescida de características singulares e irreproduzíveis da safra de 2008. Foi uma safra especial, de destaque na história vitivinícola brasileira, por ter apresentado uma sequência climática próxima do ideal para as uvas que são a base do espumante: Chardonnay e Pinot Noir. Com 50,7% de Pinot Noir e 49,3% de Chardonnay, Chandon Excellence Magnum Safra 2008 foi elaborado pelo “método Chandon”, no qual a segunda fermentação acontece da forma mais lenta possível, tendo como resultado a complexidade e a textura dos espumantes Chandon, originando esta cuvée com aromas

complexos de frutas cristalizadas, avelãs, amêndoas, especiarias doces, ameixas pretas com toques de torrefação em um paladar vivo e suntuoso ao mesmo tempo, ricamente estruturado e com longa persistência final. As garrafas exclusivas e numeradas de Chandon Excellence Magnum Lote 1 - 2008 estão disponíveis em algumas lojas especializadas selecionadas pelo preço sugerido de R$ 500 (recomendamos checar previamente sua disponibilidade). Hoje, a Chandon do Brasil – pertencente ao grupo LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy), o maior conglomerado de produtos de luxo do mundo – elabora diversos rótulos de espumantes, tais como o Chandon Réserve Brut, o Chandon Brut Rosé, o Chandon Riche Demi-Sec, o Chandon Passion On Ice, o Excellence Brut e o Excellence Rosé.

CHANDON BRASIL E ChandonBrasil Q @Chandon_Brasil 11 3062-8388 www.chandon.com.br

| 89


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

OS “SETE LENDÁRIOS” Originários das quatro regiões produtoras onde a Miolo Wine Group está presente, esses vinhos de 2018 refletem o melhor ano da história da vinícola, que tem mais de três décadas de atividades no país.

Como vimos na matéria sobre as dez melhores safras de vinhos pelo mundo afora, essas colheitas excepcionais são realmente eventos raros e excepcionais, são verdadeiros “pontos fora da curva”. Aqui no Brasil, em seus 30 anos de operações, a Miolo se orgulha de ter tido duas safras extraordinárias: a de 2005 e a de 2018. “Ambas foram semelhantes em termos de clima, mas 2018 é, com certeza, a melhor safra da nossa história. Por isso, a batizamos de Lendária”, festeja Adriano Miolo, diretor-superintendente da vinícola. Os rótulos dessa safra extraordinária compõem a série The 2018´s Seven Legendaries of Miolo. O lançamento inclui sete grandes vinhos oriundos das quatro regiões onde a marca está presente com vinhedos e unidades de produção: Vale dos Vinhedos, Campanha Meridional, Campanha Central (as três no Rio Grande do Sul) e Vale do São Francisco (na Bahia). Conheça a seguir um pouco de cada um dos Sete Lendários:

90

|

MIOLO MERLOT TERROIR

TESTARDI SYRAH

Elaborado com uvas

Terranova, no Vale do

de origem francesa

São Francisco, é um tinto

que se adaptaram

violáceo, equilibrado,

perfeitamente ao terroir

de acidez refrescante

do Vale dos Vinhedos,

e extremamente

trata-se de um vinho

aromático, com notas

encorpado e com taninos

frutadas e de especiarias

aveludados, graças

como noz-moscada

ao amadurecimento

e gengibre.

em barris de carvalho francês por 12 meses.

Produzido pela


Os rótulos da extraordinária safra de 2018 compõem a série “The Seven Legendaries of Miolo”, e a matriz da Vinícola Miolo em Bento Gonçalves no Rio Grande do Sul

MIOLO LOTE 43 D.O.

MIOLO SESMARIAS

MIOLO VINHAS VELHAS TANNAT Produzido pela Almadén

QUINTA DO SEIVAL CABERNET SAUVIGNON

QUINTA DO SEIVAL CASTAS PORTUGUESAS

Homenagem ao italiano

Igualmente oriundo da

Giuseppe Miolo,

Campanha Meridional,

patriarca da família.

o Sesmarias é o 1º

a partir de uvas do

Originário da Campanha

Originário da Campanha

vinhedo mais antigo

Meridional, é um vinho de

Hoje terras cultivadas

Meridional, é resultado

vinho elaborado no

de castas europeias no

guarda bem estruturado,

de uma assemblage de

por ele desde 1897,

país com fermentação

Brasil, em Santana do

com taninos elegantes,

uvas Touriga Nacional e

quando chegou ao Brasil,

integral em barrica

Livramento, é um tinto

retrogosto persistente e

Tinta Roriz. É um vinho

se localizam dentro

nova de carvalho, em

encorpado, com taninos

notas frutadas de cassis

potente, altamente

da primeira região

contato com as cascas.

envolventes e aromas

com toque amadeirado

estruturado e de elevada

com Denominação de

O resultado é um vinho

que vão do chocolate

de carvalho.

intensidade aromática.

Origem do país. É um

poderoso, estruturado,

ao tostado.

tinto elaborado com

com taninos sedosos e

uvas Merlot e Cabernet

arrebatadora riqueza de

MIOLO WINE GROUP

Sauvignon, em um corte

aromas florais.

Rodovia RS-444, km 21

harmônico, equilibrado

Bento Gonçalves (RS)

e complexo.

0800 970 4165 www.miolo.com.br

| 91


{ O Grande Espetáculo do Vinho }

A ESSÊNCIA DO VERDADEIRO TERROIR DE FAMÍLIA A história de amor à terra e seus frutos, expressa em vinhos de alta qualidade, fez o Hotel e Vinícola Davo ganhar força e premiação de âmbito nacional. A trajetória do Hotel e Vinícola Davo teve início com José Afonso Davo. Homem simples e determinado, viu aflorar o amor pela terra e seus frutos durante sua honrada carreira na área de transportes. Movido por este sentimento, vislumbrou a primeira oportunidade de transformar sua paixão em algo de grande valor na Fazenda São Judas, localizada em Ribeirão Branco, São Paulo, e pertencente à Família Davo. A produção começou com o plantio de oliveiras e, consequentemente, o desenvolvimento de uma pequena produção do mais puro azeite de oliva. Em seguida, veio a experiência e, principalmente, o sonho de produzir os próprios vinhos. Em busca desse sonho, José Afonso Davo, junto com a família e em uma caminhada repleta de desafios, conseguiu a excelência na produção de vinhos espumantes e sucos de uva. Atualmente, a vinícola conta com uma equipe de grandes profissionais da área e tecnologia de ponta para garantir máxima qualidade, desde o plantio até a maturação dos vinhos. A produção é feita em pequena escala

92

|


Na Grande Prova Vinhos do Brasil e Grande Prova Sucos de Uva do Brasil garantiram 94 pontos Duplo Ouro para o suco de uva integral, 90 pontos Ouro para o Espumante Extra-Brut Branco Champenoise e 88 pontos Good Wine para o Branco Chardonnay

oportunizando exclusividade aos produtos e explorando todas as características únicas do terroir. Essa grande história foi traduzida em satisfação, honra e alegria com a premiação dos produtos Davo na 9ª Edição da Grande Prova Vinhos do Brasil e 4ª Edição da Grande Prova Sucos de Uva do Brasil. O Suco de Uva Integral garantiu 94 pontos Duplo Ouro, o Espumante Extra-Brut Branco Champenoise 90 pontos Ouro e o Branco Chardonnay garantiu 88 pontos Good Wine. A Vinícola Davo não foi o único sonho a se tornar realidade. Conforme os negócios foram expandindo, cresceu a necessidade de mostrar a todo o Brasil a harmonia que a Fazenda São Judas tem a oferecer. Dessa forma, nasceu o Hotel Família Davo, que explora o turismo rural, prioriza o conforto, a privacidade e leva o hóspede a também experimentar todas as atrações envolvidas com o cultivo de uvas e produção de vinhos, além de oferecer passeios com trilhas pela natureza, espaços com piscina, massagem e restaurante.

O Hotel Família Davo, além das rotineiras hospedagens, também promove mensalmente eventos voltados para a respectiva estação, buscando aproveitar o melhor que há em cada uma delas. As atrações são exclusivas para cada evento, unindo gastronomia, música e vinhos. O terroir de família do Hotel e Vinícola Davo oferece uma experiência completa, voltada ao corpo, à alma e ao coração. É um convite a sentir, degustar e viver momentos únicos.

HOTEL E VINÍCOLA DAVO Estrada Municipal de Ribeirão Branco Taquari Mirim, Ribeirão Branco - SP Q @hotelevinicoladavo www.hotelevinicoladavo.com.br

| 93


{ Vinícola Aurora }

90 SAFRAS DE INOVAÇÕES A tradicional Vinícola Aurora completa nove décadas de história em 2021 e celebra a conquista de mais de 700 medalhas nos principais concursos do país e do exterior.

A tradição atrelada à tecnologia de ponta conta a história da Vinícola Aurora, a maior empresa do setor no Brasil. Prestes a completar 90 anos, em 14 de fevereiro, a vinícola alçou voos muito mais altos do que aqueles imaginados pelas 16 famílias produtoras de uva de Bento Gonçalves, que a fundaram em 1931. Hoje, a Aurora conta com a dedicação de 1,1 mil famílias cooperativadas, em 11 municípios da Serra Gaúcha, e o engajamento de 500 funcionários divididos em três unidades em Bento Gonçalves e uma em Pinto Bandeira. A Aurora é a vinícola mais premiada do país, com mais de 700 medalhas nos principais concursos mundiais, como o Decanter Wolrd Wine Awards (Inglaterra), International Wine Challenge (Inglaterra), Challenge International Du Vin (França), Vinalies International (França), Cata D’Or Wine Awards (Chile), Vinus (Argentina) e Brazil Wine Challenge (Brasil). Outra bandeira que a empresa se orgulha de levantar

94

|

foi o seu pioneirismo no enoturismo, recebendo visitantes desde 1967, e contribuindo para o desenvolvimento da atividade turística na Serra Gaúcha. A alta qualidade dos produtos da Vinícola Aurora faz com que a empresa seja uma das mais lembradas do país e a coloca como líder de mercado nas categorias de vinhos finos, sucos de uva integral e cooler. Desde sua fundação, a inovação continua sendo um de seus pilares: em média, são lançados cinco novos produtos todos os anos. Em 2020, a vinícola colocou no mercado os vinhos Aurora Millésime Cabernet Sauvignon 2017, o Aurora Gran Reserva Tannat 2018 e o Aurora Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2018, além do espumante Aurora Brut Rosé. Até o final do ano serão lançados, ainda, o vinho Aurora Gioia D.O. Vale dos Vinhedos Merlot 2018 e o espumante Aurora Gioia I.P. Pinto Bandeira Sur Lie Nature.


Momentos de sabor e prazer: o Aurora Gran Reserva Tannat 2018 e o espumante Aurora Brut Rosé põe a mesa a arquitetura moderna da Vinícola

Atualmente, os 220 itens que compõem o portfólio das 13 marcas da vinícola estão presentes em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal e em mais de 20 países. As conquistas obtidas nessa trajetória só foram possíveis graças à dedicação de vitivinicultores, à constante modernização de seu parque industrial, à alta tecnologia de suas unidades e aos rigorosos padrões exigidos nos processos de produção. O cuidado extremo com a rotina produtiva, observado a partir da plantação das mudas até o engarrafamento do produto, faz parte da receita de crescimento constante do empreendimento durante todos esses anos. VINÍCOLA AURORA Rua Olavo Bilac, 500 - Cidade Alta Bento Gonçalves (RS) www.vinicolaaurora.com.br

| 95


{ Cachaça Buteco do Jay }

O criador Jay Messina, os rótulos Extra Premium, Carvalho, Prata e Amburana e a dupla sertaneja Eder & Emerson

BORN IN THE U.S.A. Criada por Jay Messina, a cachaça Buteco do Jay é uma bebida superior, elaborada artesanalmente e que acaba de conquistar uma medalha Grande Ouro num importante concurso de destilados.

Tudo começou em 2015, quando Jay Messina transformou a sala de seu apartamento nos Estados Unidos em um barzinho para receber os amigos. Rapidinho, o lugar virou point da galera e foi carinhosamente apelidado de “Buteco do Jay”. Em 2018, nasceu a ideia de criar a cachaça Buteco do Jay. Após muito trabalho, uma extensa pesquisa e criteriosos testes, surgiram os rótulos Prata, Carvalho, Amburana e a supertop cachaça Buteco do Jay Extra Premium. Elas são produzidas na destilaria Weber Haus, na cidade gaúcha de Ivoti, famosa pelas suas cachaças artesanais de qualidade. A Extra Premium é um produto extraordinário, complexo e de qualidade superior. Tem uma bonita coloração que remete ao caramelo – resultado dos oito anos de envelhecimento em barris de carvalho francês. Encorpada, equilibrada, aveludada e licorosa, possui aromas de baunilha, coco e melaço, oriundo da cachaça armazenada em amburana que faz parte de seu blend. O sabor é intenso, amadeirado e doce na medida. Como toda bebida nobre, é envasada em uma garrafa elegante que enche os olhos de qualquer colecionador.

96

|

Para divulgá-la, Messina contratou como garotos-propaganda a dupla sertaneja Eder & Emerson, de Esteio (RS). Além de serem excelentes cantores, os irmãos têm tudo a ver com a imagem da cachaça, que tem um DNA brasileiro, alegre e jovem. São eles os intérpretes do hit “Partiu Balada”. Ao que tudo indica, as cachaças Buteco do Jay têm um futuro incrível pela frente: menos de 6 meses após o seu lançamento, ela participou do Concurso de Vinhos e Destilados do Brasil e voltou para casa com a cobiçada medalha Gran Oro. Depois de ver essa sua criação se consolidando no mercado, Jay Messina já prepara mais novidades. Em breve, ele vai apresentar a Jeri Cachaça, uma bebida mista perfeita para o verão, produzida na cidade Alto do Rio Doce (MG), no alambique Rainha da Cana. Ali estão sendo realizados os testes finais para o lançamento de bebidas com uma pegada tropical e com sabores de frutas nordestinas como caju, pitomba, seriguela, cajá e manga.


Outro projeto que Messina sonha em tirar do papel o quanto antes é a inauguração de unidades físicas do Buteco do Jay no Brasil e nos Estados Unidos. A ideia é criar lugares perfeitos para fazer a alegria de cachaceiros e outras pessoas que saibam apreciar e degustar o mais brasileiro dos destilados. “Sempre fui um cachaceiro raiz, apaixonado por cachaças artesanais. Para mim, uma boa cachaça é um verdadeiro néctar dos deuses”, finaliza o expert e empreendedor Jay Messina.

BUTECO DO JAY Rua Prof. Tavares Paes, 275 Jardim América, Belo Horizonte 31 98476-5606

| 97


{ Cachaça W! }

W! DE PRIMOR Resultado de um blend de cachaças envelhecidas por até 10 anos em barris de 7 madeiras diferentes, a W! Prime é uma bebida tão excepcional que merece e deve ser consumida em taças de cristal.

98

|


Em sua fazenda de eucaliptos na Serra da Mantiqueira, a Cachaça W construiu uma unidade de envelhecimento para as cachaças jovens e artesanais

Após décadas trabalhando com propaganda e brindes (como os bichinhos da Parmalat e os brinquedos do McLanche Feliz, do Kinder Ovo e a maioria das promoções / brindes da Coca Cola), na virada do século Wladimir Ohy resolveu se dedicar à produção de cachaças com qualidade similar à dos melhores destilados do planeta. A transição da publicidade para o universo etílico se deu sem traumas e solavancos, afinal ele tinha uma enorme experiência no desenvolvimento de novos produtos. Fez cursos para aprender os segredos da destilação e do envelhecimento de cachaças, visitou vários produtores da região de Salinas, montou em sua casa um bar com o que havia de melhor no mercado e refinou seu paladar em sessões de degustação com sommeliers. Em sua fazenda de eucaliptos na cidadezinha de Liberdade, na porção da Serra da Mantiqueira que fica no estado de Minas Gerais, Wladimir construiu uma unidade de envelhecimento para as cachaças jovens e artesanais que começou a “importar” de um produtor do município de Areia, na Paraíba. Na altitude das montanhas mineiras, ele elabora os três rótulos da marca W! – a Exclusive Cristal, a Exclusive Amadeirada e a Prime. A Cristal é uma bebida com todo o frescor e a brasilidade da cachaça branquinha. Já a Amadeirada é mais complexa, composta por um blend de cachaças que estagiaram em barris de três diferentes madeiras. Mas a grande estrela da marca é a W! Prime, fruto de um minucioso trabalho para atingir a melhor blendagem de cachaças envelhecidas em sete madeiras por diferentes períodos. São utilizados barris de carvalho francês, carvalho norte-americano, amburana, bálsamo, castanheira, jequitibá e amendoim. De coloração ouro brilhante, possui aromas inebriantes, com notas de baunilha, de caramelo, de amêndoas e de especiarias, além de um elegante toque amadeirado. Seu álcool é perfeitamente equilibrado e sua acidez é muito agradável. Na boca ela se mostra densa, adocicada e aveludada. Seu retrogosto intenso nos convida a outro gole. Para desfrutar ao máximo as qualidades desse destilado tão nobre quanto um grande cognac ou um single malt escocês, utilize taças de vinho Bordeaux para bebê-lo. Suas licorosas lágrimas deixam um denso rastro nas delicadas paredes de cristal.

E, como não poderia deixar de ser, este precioso néctar vem embalado em uma elegante garrafa desenhada na França, com uma tampa de madeira importada da Itália. Antes de ser acomodada em um estojo com fecho magnético, cada uma das garrafas é numerada e envolvida por um pergaminho de papel vegetal. As Cachaças W! ganharam 3 Medalhas de Ouro no Concurso Vinhos e Destilados do Brasil 2020 e Grande Ouro no Mondial de Bruxelles 2020. Mas todo esse capricho tem um preço, e uma garrafa da W! Prime não sai por menos de R$ 300. Apesar de ser um produto concebido para o mercado externo (em setembro foi lançada com muito sucesso em Nova York), ela pode ser encontrada em alguns empórios de bebida de São Paulo, como a Banca do Ramon, a Quinta do Marquês, o Rancho 53, Empório Laticínios Pirâmide, Empório Santa Terezinha e o Eataly.

W! CACHAÇAS wcachaca@uol.com.br 11 99918-9957 www.wcachaca.com

| 99


{ Friends Destillery }

PRAZER EM COMPARTILHAR Produzidos pela Friends Destillery, na cidade de Pinhais (PR), estes marcantes e surpreendentes aromáticos destilados são elaborados com botânicos 100% naturais como: zimbro, gengibre, canela, cravo, noz-moscada e cardamomo.

100

|


Os gins Friends Juniper e Friends Juniper Hibiscus apresentam características distintas, mas igualmente marcantes e especiais. O Juniper Dry harmoniza seus sabores botânicos em drinks com frutas como a pitaia. E o classudo Whisky Friends Intense é encorpado e envelhecido em carvalho francês

A Friends Destillery nasceu em 2018, mas o curitibano Mauro Mozzatto, que criou a marca, já trazia desde a juventude esse interesse por produzir bebidas de forma artesanal. “Meu pai, Eloir Mozzatto, era bacharel em Direito, técnico químico e produzia em casa mesmo sua própria cachaça, envelhecendo-a em barris de carvalho e acompanhando atentamente sua evolução. Desde cedo, aprendi com ele a fazer misturas e explorar as características de vários ingredientes. Depois fiz o curso de Biologia e aprendi a respeitar as potencialidades e a toxicidade de produtos naturais”, recorda Mauro. Inicialmente, o biólogo pensou em montar uma cervejaria artesanal. Mas, ao fazer o registro de sua empresa, foi informado de que existiam 214 cervejarias no Paraná. “Aí eu desanimei e mudei meus planos. Decidi apostar na produção de destilados. Estudei muito, fizemos dois anos de testes antes de iniciar a comercialização e fizemos tudo com muito cuidado”, conta. O primeiro produto da empresa foi o Whisky Friends Intense, encorpado e envelhecido em carvalho francês bem tostado. “Lembro que um dia recebemos a visita de um sommelier que trabalhou em uma destilaria escocesa. Ele provou nosso uísque e demorou alguns longos segundos para emitir a sua opinião. Fiquei até nervoso, mas ao final ele se mostrou positivamente surpreso com o resultado”, comemora Mauro. Com a mesma base artesanal de produção do uísque, mais recentemente a Friends lançou dois gins. Durante os experimentos e ensaios para a definição da melhor fórmula para esses novos destilados, as experiências de Mozzatto e sua equipe foram revelando aromas surpreendentes. No final, o Friends Juniper Dry Gin e o Friends Juniper Dry Gin Hibiscus surgiram com características bem distintas, mas igualmente marcantes e especiais.

O Friends Juniper Dry Gin é uma bebida límpida, com excelente viscosidade, álcool correto, com notas florais e herbáceas, boa acidez e um agradável frescor. É elaborado com um mix de botânicos que, além do dos aromas, tem um sabor muito agradável ao paladar mais exigente. Já o Friends Juniper Dry Gin Hibiscus é mais um gim do Novo Mundo, com todos aqueles botânicos da versão anterior, mais o hibisco. Com coloração rosa claro brilhante, possui álcool um pouco mais agressivo, nuances adocicadas, perfumes cítricos e levemente amendoados, um toque adstringente, excelente frescor e muita personalidade. O gim Friends Juniper ganhou Medalha de Ouro no Concurso Vinhos e Destilados do Brasil 2020. Tanto os gins quanto o uísque podem ser comprados em sua página online. Com fábrica em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, a Friends não vai ficar só no uísque e no gim: em breve colocará no mercado também um rum e uma vodca.

FRIENDS DESTILLERY Rua Carlos Poulhmann, 9431 Pinhais (PR) 41 99981-0202 www.friends.wiki.br

| 101


www. toldosmundial.com.br • (19) 3816.7551 • (19)9 7410.0323 • contato@toldosmundial.com.br


NOSSO PRINCÍPIO É ABRAÇAR O SEU PROJETO E NÃO O MUNDO INTEIRO. Clientes não são números. Pessoas são únicas. Se não existem duas pessoas iguais, não existem projetos iguais. Nosso dever é entender a realidade de cada um e oferecer exatamente o que é preciso com talento, responsabilidade, atenção e exclusividade.

São 30 anos de experiência e especialização no ramo de toldos e coberturas. Já foram mais de 650 mil metros quadrados de toldos e coberturas instalados. Ao todo são mais de 45.000 clientes satisfeitos.


How clean is the air in your cabin? Breathe easier with Bombardier Pũr Air featuring a HEPA filter that captures up to 99.99%* of allergens, bacteria and viruses — available exclusively on Global aircraft.

businessaircraft.bombardier.com/purair

*The HEPA filter on Global aircraft has a demonstrated test efficiency of up to 99.99% in capturing particles 0.3 microns in size, versus the minimum efficiency of 99.97% for the HEPA standard.

Bombardier, Global, Global 6500, Global 7500, Bombardier Pũr Air and Exceptional by design are registered or unregistered trademarks of Bombardier Inc. or its subsidiaries. All information above is true at the time of publication. © 2020 Bombardier Inc.

104

|





Boutique TAGBoutique Heuer TAG Heuer São Paulo: Shopping São Paulo: Cidade Shopping Jardim Cidade (11) 3198-9458 Jardim (11) 3198-9458 RioShopping de Janeiro: Shopping Village Mall (21) 3252-2846 Rio de Janeiro: Village Mall (21) 3252-2846 https://store.tagheuer.com/ https://store.tagheuer.com/


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.