R$ 9,90
Edição nº 22 n 2014
9 772236 323000
22
talk Nº 22 • 2014 • R$ 9,90
New York Andy Warhol Berenice Abbott Henri Matisse Ricardo Amaral Sirio Maccioni The Hamptons
talk New York
Andy Warhol Berenice Abbott Henri Matisse Ricardo Amaral Sirio Maccioni The Hamptons
Inspiração Capri Para ela, camisa, top guipure, bermuda e sapato. Para ele, camisa e calça. Disponíveis em todas as lojas Dudalina no Brasil.
| Notebook de Claudio Schleder |
Diretores Claudio Schleder Fabio Curi
Diretor Editor Claudio Schleder Direção de Arte RL Markossa Colaboradores Redação Bronie Lozneanu Uma vista do Empire State Building da série em que a fotógrafa Berenice Abbott
Camila Fremder
registra as mudanças urbanas de New York City na década de 1930
Cosette Jolie
Uma ilha no Atlântico Ernest Hemingway falou certa vez que “New York is a town you come for a short time”. Para um habitante paulistano e addicted to Manhattan como eu, sempre fez muito sentido, pois indo para lá desde os anos 70, perdi a conta das vezes que desci no JFK, quase sempre em viagens curtas. Teve uma época que nossa revista Interview chegou a ter uma “conta de caderno” na saudosa PanAm, íamos a cada 30 dias. Não existia internet e era em Gotham que tudo acontecia. Continua acontecendo, e muito importante, “antes”. Neste quesito, disputa com Londres, mas sobre o assunto, a atriz Bette Midler revela-se impiedosa: “Quando são três horas da tarde em New York, ainda é 1938 em Londres”. A cidade tem tamanha vitalidade que te leva à loucura. As crianças newyorkers emergem sofisticadas, ao mesmo tempo atrofiadas e super desenvolvidas, e prematuras porque são forçadas pela artificialidade do meio. Existe alguma coisa no ar in town que dormir vira um objeto descartável. Voltei agora no comecinho de novembro, para ver entre outras coisas a exposição de Matisse do MoMA, chegando à conclusão que New York não é o centro cultural da America, mas o centro comercial e administrativo da cultura americana. Faço minhas as palavras de Le Corbusier: “Cem vezes pensei em New York como sendo uma catástrofe, e cinqüenta delas como uma belíssima catástrofe”.
Izabel Mandl Melina Schleder Tatiana Sasaki Colaboradores Fotografia Marcelo Spatafora Tábata Schleder Revisão Patricia Mendes Diretor Comercial Fabio Curi Gerente de Publicidade Claudio Schleder Filho Contato de Publicidade Rafael Curi Impressão e Acabamento Prol Gráfica
TALK é uma publicação de Om.Com Comunicação e Mídia Manager Publicidade Redação e Administração Rua Jerônimo da Veiga 428 8º Andar – CEP: 04536-001 Tel.: (011) 3078-7716 – São Paulo – SP
Foto da capa
New York at Night, 1932 de Berenice Abott
não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não têm autorização para falar em nome de ou a retirar qualquer tipo de material se não tiverem em seu poder uma carta em papel timbrado assinada pelo diretor.
| THE TALK OF THE TOWN |
Poire Aristocrate no Upper East Side
V
ocês não adivinham para onde fui arrastada para passar o fim do ano. Na gelada New York, brrrrr... Os meu três ursos politicamente incorretos de pura pele saíram do armário e quase não foram suficientes para me proteger dos ventos de 200 quilômetros por hora que sopravam na Frozen Apple, brrrrr... Mas minha amiga parisiense tanto fez que emiti um bilhete aéreo com as últimas milhas que me sobravam para marcar um assento na première. Como sempre, cheguei e nem me preocupei em procurá-la, fui direto ao bar Seine do Plaza Athenée, e ela já estava refestelada numa poltrona de veludo, sorvendo seu segundo kir royal. E me cumprimenta com estardalhaço, como de hábito: “Bonjour chérie, bienvenue à New York! Tout est organisé, vamos comemorer Le “Thanksgiving” chez Daniel, mon ami!” Falei, mas como assim, não era um jantar em petit comitê na casa de seu amigo Georges? “Non, c’est um restaurant três fameux ici, do Daniel Boulud no Upper East Side, que conheço desde crrriança à Paris... C’est merveilleux!” Mas não custa uma fortuna, meus reais estão pela hora da morte, nunca estiveram tão em baixa... Ela retruca “pssstttt, non te preocupe, você é minha convidada”. Aí fui arrastada em meio a uma nevasca para um petit tour no MoMA, fiquei entusiasmada para ver os recortes coloridos do Matisse, mas qual o quê, a louca já tinha planejado o golpe: “Non, non, non, on va voir Toulouse Lautrec, c’est plus excitant! French Can Can, vive La belle époque
de Paris!” Eu, furiosa, contra ataquei, mas vir a New York para ver Toulouse Lautrec, é só fazer um passeio pelo Moulin Rouge em Pigalle. A francesa responde com acidez: “Porrr acaso Matisse est américain?” Perdi a batalha e tive que me render. Mas a exposição era maravilhosa mesmo. A noite seguinte era o tal Thanksgiving Day, um frenesi na cidade, apesar do frio intenso, com o qual ninguém parecia se importar, só eu. “Meu Daniel Boulud, fantastique restaurant, um delírio para os sentidos, sinta a ambiance très elegante e o serviço très gracieux...” diz ela, chamando o maître e desferindo seu pedido em francês, pois não fala nem ‘please’ em inglês: “S’il vous plâit monsieur, Maine Lobster Salad comme entrée, then Bourbon Turkey et pour boire, un Montrachet. E toi ma chérie?” Escolhi um ceviche de atum com cogumelos e delicada maionese de manjericão, e depois um turbot com legumes caramelizados para harmonizar com o vinho branco. E chega a hora da sobremesa. A francesa fala primeiro: “Citrouille surprise pour moi, perfeita para o Thanksgiving!” Ela ficou com as abobrinhas e eu me vinguei pedindo uma sublime Poire Aristocrate, uma pêra em calda de baunilha com sorvete de castanhas e vermicelle Yuzu! A parisiense não resiste, me olha com aquela cara de deboche e me cutuca: “Bem melhooorrr que passar esta data nos Dalva e Dito chez Alex Atala e comer galinhada com samba, n’est ce pas?” – Cosette Jolie
| 11
| talk show |
Receita com tempero Heaven é a estonteante chef que se apresenta no Programa Amaury Jr. e logo vai lançar seu livro “A Cozinha da Sedução”
Mix delícia por MICHAEL
KOELLREUTTER
fotos
Joaquim Nabuco produção
Deyse Krieger makeup
Ana lydia Costa 14
|
Q
ue gula! Heaven Delhaye é um delicioso mix de chef de cuisine e diva sexy. Basta lembrar aquela noite no Rex, point descolado de
SP, onde o fotógrafo Tripolli inaugurava sua exposição, cercado de amigos. Senta à mesa o restaurateur Caio Machado e o assunto passa a ser a estonteante chef que se apresenta no Programa Amaury Jr. Ao que o pintor Granato, fã da irretocável cooker, dispara: “Não tô nem aí pra comida. Ligo a TV para ver a Heaven. Ela é uma delicia!” Recentemente, eleita para acrescentar seus exóticos temperos e saladas à Feijoada do Amaral, caiu nas graças dos colunistas do Rio que só tinham olhos para as curvas daquela que, »
| talk show |
Mix delícia Uma mistura glamourosa de chef de cuisine e diva sexy, Heaven começou a carreira em Paris apoiada pela mãe francesa
» junto à modelo Eliza Joenck, sempre foi a mais requisitada para desfiles e fotos de biquíni. Estava proibida de mostrar seu super corpo pela conservadora Nestlé, patrocinadora de seu programa, devido à venda de produtos infantis. Rompido o vínculo, foi logo requisitada para representar a ensolarada Reserva Guaiu, sul da Bahia, novo reduto de bilionários encabeçados por Julio Bozano e Marcos Freire. “Nunca liguei para essa restrição, porque prefiro ser conhecida pelas minhas receitas e não pelo meu corpo”, diz Heaven
16
|
que se ligou a gastronomia e a enologia ainda garotinha, na região do Dão, onde o pai português cultivava uvas. Aos 17, iniciava a carreira em Paris, onde a mãe francesa era chef. “Acho que meu aprendizado internacional foi essencial para o exercício de minha criatividade na cozinha”, ela diz. “Comecei estagiando no Hostellerie du Pavillon Saint-Hubert e depois passei a viajar pesquisando pela França, Itália, Marrocos... De volta ao Brasil, onde nasci, montei com minha família um bistrot em Florianópolis, onde comecei na TV local.” O convite da Rede TV veio logo, e Heaven caiu nas graças do gourmet Boni, já entusiasta de seu programa e que vai escrever a introdução do livro dela, “a Cozinha da Sedução”. O book traz também refinadas receitas afrodisíacas.
| talk show |
Pintando o set por MICHAEL FOTO
KOELLREUTTER
andre camara
A
ordem de Farrie Gaddafi, o enigmático sobrinho do ditador líbio Muammar al-Gaddafi, era cruel: cortar as mãos do artista plástico Olivier Mourão, para que ele nunca mais viesse a pintar! Olivier inventou, batizou e decorou com suas belas obras e peças de um palácio em demolição, um night club de Farrie: o celebrado Emporium, Kingly Street, Londres. Reduto de celebridades, também levadas pelo bem relacionado Olivier, o Emporium foi uma febre, a ponto de o cantor Prince fechar a área VIP do local por dois dias, para festas e, na sequência, querer comprá-lo. Foi então que Farrie convidou Olivier para também fazer seu novo restaurante. Após meses de pesquisa, Olivier batizou o novo point de Naba Liba, nome do lendário e mulherengo príncipe árabe no qual se inspirou. “Conta a lenda que Naba Liba abandonou seu reino para visitar durante anos, vários outros lugares”, explica Olivier. “No final de sua trajetória, Naba Liba construiu um palácio, decorando-o com peças oriundas das diferentes culturas adquiridas das cortesãs que conheceu”. Olivier Mourão já estava nos meio das obras, quando Farrie Gaddafi resolveu acatar a sugestão de sua sócia, a modelo Lisa, que lhe fora apresentada por Naomi Campbell. O club não mais se chamaria Naba Liba e sim... Cedona. Foi o suficiente para que Olivier não mais comparecesse para concluir o trabalho, fez mais: aceitou uma proposta para decorar o L´Extreme em frente ao Emporium. A verdade é que as mãos de Olivier foram poupadas e ele continua fazendo clubs e montando exposicões polêmicas, apoiadas pelo famoso marchand Martin Summers. Entre elas a recente em Ibiza, quando entrou na galeria a cavalo, acompanhado de modelos nuas, mostrando a exibição de seus quadros de Kate Middleton e da Duquesa de Alba. Também colecionador de obras memoráveis, teve sua casa em Holland Park em Londres fotografada para capa da
18
|
O artista plástico Olivier Mourão também é um night goer liderando um leque de amigos que inclui Mick Jagger, Mario Testino, Kate Moss e Richard Branson
Vogue britânica e a sua mansão de Ibiza eleita como a número um da ilha pela revista Architectural Digest. Notabilizou-se ainda, como night goer, devido a vida social intensa, liderando um leque de amigos que inclui Mick Jagger, Mario Testino, Kate Moss e Richard Branson, seu vizinho, em suas trepidantes festas. “Já nasci dançando”, diz ele, “dançar e pintar são os meus maiores prazeres. Não cortaram a minhas mãos, mas, se o fizessem, pintaria (e dançaria?) tranquilamente com os pés, como faz aquele grupo de pintores aleijados na Bahia!”
churrasco para gourmets
Av. Ver. José Diniz, 3864 11 5093 6006
Av. Brig. Faria Lima, 140 11 3031 1204
Av. Juscelino Kubitschek, 816 11 3078 0999
Av. Ramiro Barcelos, 389 51 3225 2205
Av. Nilo Peçanha, 2131 51 3333 1413
Estádio Beira Rio 51 3232 7622
| talk show |
Uma combinação saudável é o novo prato Tabule de Quinoa com Salmão grelhado mal passado, que faz uma releitura do tabule, trocando o grão de trigo por quinoa e o pepino por abobrinha
O savoir vivre do Le Vin O Le Vin se dedica à tradição francesa de bistrô, com pratos rápidos e clássicos, servidos em ambiente descontraído e aconchegante. A fórmula fez tanto sucesso que se propagou às outras casas da grife, da primeira na Alameda Tietê e em todas filiais do país
A
Le Vin
20
|
s toalhas xadrezes, as fotos de família nas paredes e mesas nas calçadas são a marca registrada do Bistro, atraindo novos e fiéis
clientes, seja para o almoço ou jantar, ou para apreciar o chá da tarde com uma deliciosa tábua de doces, ou para bebericar com amigos e degustar um Croque Monsieur. »
| talk show |
» Para esta estação, o chef Fred Barroso criou pratos leves e saborosos que combinam com as altas temperaturas do verão: o Tabule de Quinoa com Salmão grelhado mal passado faz uma releitura do tradicional tabule, trocando o grão de trigo por quinoa e o pepino por abobrinha. Escolha feita para acompanhar o salmão grelhado e formar uma combinação saudável. O Le Vin existe desde 2000, quando Nancy Mattos e Francisco Barroso
Ambiente do novo Le Vin que leva suas delícias ao Morumbi Shopping, como a
– proprietários do Café Antique – abriram o primeiro Le Vin Bistro, no bairro dos Jardins, em São Paulo. A ideia era trazer para a cidade a autêntica cozinha de bistrô francesa: descomplicada e muito saborosa, com um menu repleto de pratos característicos de todas as regiões do país. O sucesso foi tanto que não tardou para que os restaurateurs ampliassem os negócios. Em 2001 veio a Le Vin Patisserie, confeitaria ao estilo francês, para a produção das sobremesas da casa. Quatro anos depois vieram na sequência o Le Vin Bistro no Itaim Bibi e o da praça Vilaboim em Higienópolis. No ano seguinte foi a vez do Rio de Janeiro, cidade natal de Francisco, se render às delícias do Le Vin Bistro com uma filial em Ipanema. Em 2008 foi aberta nos Jardins a Le Vin Boulangerie, padaria francesa para não só abastecer os seus restaurantes como para fornecer as delícias para a casa dos clientes. A Barra da Tijuca, no Rio, recebeu o Le Vin Bistro e Patisserie na ala gourmet do BarraShopping e depois foi a vez de Brasília no ParkShopping. Novas casas não param de se suceder, e o savoir faire do casal conquista o paladar de diferentes públicos.
original Brioche de Rabanada com sorvete
22
|
www.levin.com.br
2014
SE FOR BEBER NĂƒO DIRIJA
Sua cďż˝aďż˝ce de adquirir os vinďż˝os que ďż˝ais fiďż˝eďż˝am sucesso em 2014 por pďż˝eços imperdĂveis. ďż˝pďż˝oveite.
Confira os vinhos do Best Buys 2014 em nossas lojas, loja virtual e pelo televendas. CONHEÇA AS LOJAS WORLD WINE: S Ăƒ O PA U L O : J a r d i n s - R u a P a d r e J o ĂŁ o M a n u e l , 1 2 6 9 - I t a i m – R u a A m a u r i , 2 5 5 - Vi l a O l Ă m p i a – E AT. . . Av. Dr Cardoso de Melo, 1191 s RIBEIRĂƒO PRETO: Boulevard - Rua JoĂŁo Penteado, 420 s RIO DE JANEIRO: SĂŁo Conrado Shopping Fashion Mall - ÂŽ PISO s TELEVENDAS: 4003-9463 (capitais) ou 0800-880-9463 (demais localidades) VENDAS CORPORATIVAS: s VENDAS ONLINE: WWW WORLDWINE COM BR s facebook.com/worldwinebrasil
| talk show |
Ricardo enfrenta Manhattan por MICHAEL
KOELLREUTTER
A ilustre vizinha de Ricardo no seu Club A em NYC: Brooke Shields!
Um depoimento do ‘rei da noite’ Ricardo Amaral sobre o Club A, falando das festas, celebrities e de dores de cabeça com a Máfia 24
|
“M
inha tendência é sempre repetir um modelo de sucesso. Depois do Le 78 em Paris, o meu desafio era conquistar NY. A cidade era infestada de discotecas, mas não dava bola aos clubes noturnos. Todos estavam caidaços: Le Club, o chatérrimo Double´s e o Régine´s. »
SOMOS ESPECIALISTAS NO MELHOR DA ITÁLIA
maremonti.com.br Jardins R. Padre João Manuel, 1.160 11 3085 1160
Campo Belo R. Princesa Isabel, 953 11 5093 6040
Faria Lima Av. Faria Lima, 4.300 11 3842 3449
Riviera Lgo. dos Coqueiros, 15 13 3316 5702
Alphaville Iguatemi Alphaville, 1º Piso 11 4688 1160
Campinas Galleria Shopping - Térreo 19 4688 1160
Ribeirão Preto Iguatemi Ribeirão - Piso Superior 16 3913 3680
Rio Preto Shopping Iguatemi - Térreo 17 3201 8810
| talk show |
» É verdade que quando a tia Régine chegava na cidade, ela agitava o pedaço dando 20 ou 30 telefonemas. Decidi abrir o Club A, com um bom bar, o restaurante Tucano que tinha obras do Claudio Tozzi e um bistrot descontraído. O nome Club A veio da inicial de Amaral, da primeira letra do alfabeto e também da expressão classe A. Contratei a RP Carmen D’Alessio que foi responsável pelo sucesso do Studio 54. O circo estava armado! A estreia teve o top social de NY, graças a minha amiga Elisinha Moreira Salles, ex embaixatriz no país. Outro que me ajudou muito foi o elegante Rudi Crespi, paulista, italiano, novaiorquino, uma figura impar no grand monde. Para ter ideia do sucesso da estreia, basta ler o diário de Andy Warhol no dia 9 de dezembro de 1982, em que ele dá ênfase ao Club A, com destaque à Elisinha e a embaixatriz Lais Gouthier. Warhol se tornou um grande frequentador e sendo muito eclético, dividia seu tempo noturno com os clubs underground, night clubs after hours, sobretudo o Area, em Dowtown, cuja entrada era uma galeria de vitrines, com manequins ao vivo. Isso o encantava porque, para quem não sabe, Andy Warhol começou sua vida como vitrinista. O Club A era um desfile de famosos: a estilista Carolina Herrera dava prazer de ver. A chegada do filho do Xá do Irã, Reza Pahlavi II, movimentava uma parafernália incomparável de seguranças.
26
|
Ricardo sempre cercado de celebs
and newyorkers: Isabella Rosselini, Cornelia Guest e Andy Warhol
Uma figura marcante era nossa vizinha Brooke Shields, que morava bem perto, na rua 54 ao lado da igreja. Sua mãe era eclética: ora aparecia no club com um padre, ora aparecia com o Teddy Kennedy! O senador também era animado e não saía da pista. Mick Jagger & Jerry Hall, Dodi Al Fayed, Pavarotti, Frank Sinatra, José Sarney, Mario Garnero, Margaux Hemingway, Mikhail Baryshnikov e, claro, o nosso... Pelé! Sempre boêmio... Tudo ia bem até que a Máfia, da “família” John Gotti começou a ganhar espaço de tal maneira, monopolizando as mesas dos camarotes. Ai de mim se ousasse dar aquelas mesas para outras pessoas! E eram agressivos e folgados com a mulher do próximo. Um dia levaram para fora do Club A dois frequentadores em quem deram uma imensa surra. Morreram? Não sei... A coisa ia ficando a cada dia mais preocupante e perigosa. Até os cartões de crédito Mastercard, Visa e Amex não queriam mais trabalhar conosco devido a cartões falsificados. Algumas pessoas saíram algemadas lá de dentro... Era o fim. O Club A virou símbolo da ‘casa do poderoso chefão’. E eu me senti personagem de uma série de televisão!
"Mesmo após as mais de vinte visitas anuais, ainda toda vez fico surpreso vendo brotar aspargos gigantes e coloridos de alabastro e rosa e verde arranha-céus"
"Quando você mora em New York, chega a ficar perplexo com a limpeza do resto do mundo. Limpeza não é o suficiente" Fran Lebowitz, escritora
Cecil Beaton, fotógrafo
"A vida por aqui não me agrada. Não há verde. Até uma pedra ficaria doente"
NY "A sinalização de trânsito em New York são meros simbolos grosseiros"
David Letterman, apresentador de TV
"Quando você pega o subway duas vezes ao dia, fica difícil pensar na imortalidade da alma" Anônimo
Nikita Kruschev, dirigente russo
"New York é a única city-city" Truman Capote, escritor
"Se você mora em New York, mesmo sendo católico você vira judeu" Lenny Bruce, comediante
"A cidade dos ângulos retos e das pessoas tortas" Pete Hamill, jornalista
"New York é uma laranja da qual sobrou o bagaço" Ralph Waldo Emerson, escritor
"Às vezes por entre os arranha-céus ouvimos a sirene de um rebocador, no meio de uma insônia, que faz você lembrar que este deserto de ferro e cimento é uma ilha" Albert Camus, escritor
28
|
A cidade continua sendo a meca da modernidade e todos os olhares convergem para ela, irônicos, críticos ou cheios de amor
Na página ao lado, de cima para baixo:
Central Park visto do sul no verão, o Soho e o Village num final de tarde e o Battery
"É indubitável que existe um mundo oculto, porém a questão é, a que distância ele fica de midtown e até que horas ele fica aberto"
Woody Allen, cineasta, músico, gênio
Park no extremo sul de Manhattan. Fotos de Jeff Chien-Hsing Liao, um chinês de Taiwan que descobriu New York em 1999, aos 22 anos de idade, se instalando em Queens. Liao ganhou o prêmio “Capture the
"Em New York as pessoas não vão ao teatro, elas vão atrás de hits" Louis Jourdan, ator
Times” da New York
Times Magazine, com suas espetaculares panorâmicas que dão novo fôlego à cidade
| 29
B Olhar vanguardista sobre Nova York
Berenice Abbott é conhecida pela extensa série de trabalhos e documentários fotográficos sobre Nova York entre os anos de 1935-39, e por divulgar a fotografia como um meio artístico
Berenice passou a se dedicar totalmente ao projeto de fotografar a cidade de Nova York a partir dos anos 30. Na foto ao lado, tomada do Flatiron Building, no encontro das Fifth Ave, Broadway e East 22nd Street
30
|
A Greyhound Station que em 1936 era situada em frente à Grand Central, e ao lado, uma placa com revolver gigante, sinalizando uma loja de compra, venda e conserto de armas de fogo, na city nos anos 30
N
os anos 20 em Nova York, bem antes de começar seu trabalho monumental sobre a cidade, Berenice Abbott era uma ativista que militava nos círculos avant-garde para a legitimização da fotografia como uma forma de arte, e não apenas como documento. Ela acreditava numa fotografia modernista, que se afastava do mero retrato de paisagem, um estilo que ainda era dominante naquela época. Durante dois anos, Berenice viajou, ficando entre Paris e Berlim para completar seus estudos de escultura, e foi assim que ela se tornou a assistente de Man Ray em seu estúdio de fotografia
32
|
Os retratos de Berenice acabavam nos displays das livrarias como os de Jean Cocteau e James Joyce, entre outros que passaram por suas lentes
em Paris em 1921. Ela foi contratada pelo artista principalmente porque não tinha grande experiência fotográfica anterior, e Man Ray poderia iniciá-la em sua metodologia e visão fotográfica. Entre 1923-26, ela se familiarizou com o processo de impressão fotográfica e a comercialização do portrait, abrindo seu próprio estúdio com ajuda da mecenas Peggy Guggenheim. Seus clientes eram proeminentes figuras francesas e americanos expatriados, principalmente escritores que precisavam de material publicitário para promover seus livros. Esses retratos acabavam nos displays das livrarias: Jean Cocteau, James Joyce, Henri Barbusse, Paul Morand, Andre Gide, todos passaram por suas lentes. A consagrada publisher americana Sylvia Beach, proprietária da livraria Shakespeare & Co confirma que as paredes de sua loja estavam cobertas por fotos de Abbott e de seu mentor Man Ray. Quando retornou a Nova York em 1929, Berenice já tinha adquirido uma solida reputação como retratista, e trabalhava para várias revistas e jornais, incluindo a Fortune. O ano de 1932 foi muito importante para a fotógrafa, pois participou de duas
coletivas e teve sua primeira exposição solo na galeria Julian Levy’s, que consistia de retratos e vistas da cidade. Já na década de 40, ela passou a se dedicar totalmente ao projeto de fotografar a cidade de Nova York, graças a uma subvenção que recebeu do Federal Art Project, composto de 305 imagens exibidas no Museum of the City of New York, para depois serem publicadas num livro com texto da importante crítica de arte da época, Elizabeth McCausland. Apesar de se destacar, Berenice só conseguiu ter suas fotos compradas pelo MoMA em 1968, foram sete mil prints numa das maiores compras de fotografias de avant-garde na história do museu. Ela finalmente havia conquistado seu lugar ao sol.
| 33
A Andy’s New York
Se você quiser saber tudo sobre Andy Warhol, olhe para o makeup brilhante de suas pinturas e de seus filmes, sempre provocantes. Descrito por muitos como um espelho, os trabalhos de Warhol refletem o vácuo em alta resolução da sociedade moderna. ilustrações
andrew rae
Nos anos setenta, Andy percorria até quatro festas numa noite com a elite de Nova York
34
|
hmmmm é por isso que elas têm um ~ bom? gosto tao olhe na mesa em sua frente, ~ sao ~ quatro nao pinturas suas?
O famoso sofá da Silver Factory que se perdeu durante a mudança, pois foi carregado num caminhão, roubado durante a noite
Despejados da Silver Factory
Quando a Factory de Andy Warhol foi despejada em 1967, o prédio estava caindo aos pedaços. O cineasta Paul Morrissey confessa: “Acho que foi uma coisa boa, o spray prata que revestia as paredes se desgrudava e se transformava numa poeira prateada, impossível de limpar. O famoso sofá foi evacuado, mas infelizmente se perdeu durante a mudança, pois foi carregado num caminhão, roubado durante a noite!” Foi o fim de uma era, e quando a Factory passou a ocupar um loft na Union Square, o decor mudou totalmente, a atmosfera era muito diferente, segundo a descrição de Andy: “A mudança para downtown encerrou com a “era prata”, e agora passávamos para a “fase branca”. A nova Factory não dava mais espaço para a velha loucura, tínhamos o “screening room”, uma TV stereo, e confortáveis sofás onde as pessoas se jogavam, mas a grande mesa em frente ao elevador imprimia um aspecto de negócios, e não era apenas só um lugar para se ficar à toa.” Agora quem mandava era Paul Morrissey e Fred Hughes, um dandy engravatado, considerado um social climber que desprezava os velhos groupies, e só eram bem-vindas as superstars maravilhosas como Viva, Ultraviolet e Nico. A feminista Valerie Solanas ficou tão exasperada que concluiu que falar com Andy era a mesma coisa que falar com uma cadeira.
As várias etapas da
Interview: underground, by Bernstein e celeb
Umas palavras sobre Interview
Em 1969, John Wilcock e Andy Warhol fundaram a Interview, uma das primeiras revistas de celebrities, que passou a ser a extensão da party scene da cidade. A relação era intensa entre a revista e o Studio 54, um alimentando o glamour, o elitismo e o cachet do outro. Cada mês Andy escolhia um dos seus amigos para ser a capa da revista. A fórmula era simples: as entrevistas podiam ser divertidas, mas as fotos nunca. Andy confiava no artista Richard Bernstein para criar capas maravilhosas. O que ele alcançava com seu famoso airbrush, corrigindo as imperfeições e deixando o povo lindo com seus pincéis e pastéis. Paloma Picasso lembra: “Ele celebrava o rosto das pessoas tornando-os maiores do que a realidade, glamourizando a beleza e fantasiando a riqueza, e os novatos ganhavam brilho próprio.”
36
|
O menu podia ser caixas com lanches da Brownies ou pratos da Balduccis da Broadway, e era uma fofoca só
O dandy Fred Hughes recebe Diana Von Furstenberg para um almoço na Factory
Almoçando no escritório
Os convidados ao escritório se comportavam exemplarmente, como descreve o escritor Steven Koch: “A atmosfera de liberdade não existia no novo espaço, não se tolerava nem um cigarro aceso, pois segurança era a palavra de ordem. Todos deveriam passar primeiro pela recepcionista e foi instalado um intrincado sistema de circuito fechado de TV. Warhol ainda exigiu do proprietário que contratasse um guarda armado.” Os almoços de negócios aconteciam na sala de jantar, para fechar as vendas de retratos e negócios corporativos de clientes que queriam comprar uma página na Interview. Inicialmente eles pediam caixas com lanches da Brownies e depois almoços da Balduccis do 860 da Broadway. Era uma fofoca só. O gravador pescava tudo, uma obsessão de Andy depois dos tiros que levou de Valerie Solanas. Anos mais tarde, todas as gravações foram transpostas para o livro Andy Warhol Diaries compiladas por sua secretária Pat Hackett.
Uma salada mista perfeita no Studio 54: Mick Jagger, Liza Minelli, Truman Capote, Calvin Klein, Diana Vreeland, Oscar de La Renta e Bianca montada num cavalo branco. Ai que loucura!
New York é uma festa
Em 1970, Andy podia percorrer quatro festas numa noite. A cena era bem diferente dos dias underground da Silver Factory. Fred Hughes transformou Andy numa coisa que ele nunca havia sido antes: exclusivo. A nova elite à qual ele pertencia era composta de Mick e Bianca Jagger, Liza Minelli, Truman Capote, Calvin Klein, Diana Vreeland, Oscar de La Renta entre muitos outros. Estávamos em plena “era disco” e o lugar era o Studio 54, QG de Andy e sua troupe. O doorman Mark Benecke recebia ordens estritas para liberar a porta, a perfect salad every night. Os convidados tinham que entrar na onda, e se seu look não fosse perfeito, você acabava na sarjeta, mesmo sendo uma celeb. Para quem não sabe, Bianca na festa de seu aniversário, veio com um modelito simples: entrou na disco montada num cavalo branco, de carne e osso.
| 37
M Élan vital de Matisse no MoMA
Henri Matisse foi um dos artistas fundamentais do Século XX, influenciando todos os movimentos modernistas e abstracionistas daquele período. Dono de uma imaginação espantosa passou a última década de sua vida se dedicando aos recortes – os “cut-outs”
40
|
Cut-out da fase Blue Nudes, 1952
| 41
E
m 1941 Henri Matisse foi diagnosticado com câncer, e após a cirurgia foi obrigado a usar uma cadeira de rodas. Antes da arriscada operação em Lyon, ele escreveu uma carta ansiosa a seu filho Pierre, onde insistia: “Eu amo a minha família do fundo do coração.” Ele se recuperou e sua extraordinária criatividade não se extinguiu, muito pelo contrário, uma segunda vida artística se desvendou, e na companhia de sua jovem e linda assistente russa Lydia Delectorskaya, achou motivação para seus “cut-outs” que passaram a fazer parte da grande afirmação do élan vital da arte ocidental.
42
|
Matisse manipulava habilmente a tesoura, com papéis coloridos e pintados, interpretando motivos botânicos ou abstratos numa explosão de vida
Ele começou a trabalhar intensamente com tesoura, papeis coloridos e pintados, escolhendo motivos botânicos ou abstratos, que organiza em composições cheias de vida. O artista define assim o seu processo de trabalho: “Pintando com uma tesoura”. Estas obras é que foram imortalizadas como “cut-outs. Matisse cortava e recortava pedaços de folhas de papel pintadas de diversas formas e medidas sinuosas, porém minimalistas, com extrema destreza, que ele dispunha em composições repletas de movimento e cores contrastantes. Com o tempo as formas saíram da dimensão da tela e assumiram proporções muralistas, ocupando grandes paredes e até mesmo todos os cômodos
A maior exibição de Matisse inclui mais de cem “cut-outs”, vindas de todas as partes do planeta, e tem como atração “The Swimming Pool”, que estava originalmente na sua sala de estar no Hotel Regina, em Nice
dos lugares em que viveu: o Hotel Regina em Nice, a vila Le Rêve em Vence e no seu apartamento no número 132 do Boulevard Montparnasse, em Paris. Um brilhante capítulo final para a carreira do artista, seus “cut-outs” refletem uma renovação no comprometimento de trabalhar formas e cores com genialidade, produzindo arte com A maiúsculo, sem ter a pretensão de ser um objeto único, porque são partes que formam um todo. A maior exibição deste trabalho inclui mais de cem “cut-outs”, emprestados de coleções particulares vindas de todas as partes do globo com uma seleção de desenhos, prints, ilustrações de livros, vidro pintado e até tecidos que formam
um caleidoscópio que revela toda a magia e poesia do trabalho do artista. A gênesis desta exposição foi a ambiciosa tarefa de conservar o trabalho épico de Matisse “The Swimming Pool”, criado em 1952 para a sala de estar de sua casa e estúdio no Hotel Regina, em Nice. O maior trunfo desta conservação foi conseguir transpor este ambiente mágico, reproduzindo suas cores originais, harmonia e equilíbrio, e configuração espacial. Com esta peça agora de volta ao MoMA depois de mais de 20 anos, o mural ressurge como foco principal desta mostra e se tornou efetivamente a sala predileta do público. moma.org
| 43
H O glamour e o brilho dos Hamptons
Os Hamptons soam como um lugar mítico, um refugio para os ricos e famosos, uma espécie de shangri-lá, pertinho de Nova York. É isto mesmo, e muito mais...
Dolce Vita Marylin e Arthur Miller, al mare, o agito no 75 Main, adrenalina do polo, a RRL de Ralph Lauren, rallye de Ferraris e a maior mansão da America, avaliada em mais de 200 milhões de dólares
44
|
| 45
É
uma área de incomparável beleza física, com quilômetros de lindas praias com areia branca e fina, uma colônia para artistas e escritores e acima de tudo inúmeras comunidades onde moram pescadores, donos de boutique, fazendeiros e gente de toda sorte. Há poucos lugares no planeta tão cristalinos, glamourosos, estimulantes e sedutores. Mas uma antiga rivalidade persiste: East Hamtpton versus South Hampton, Sag Harbor versus Amangasett, a highway norte versus highway sul, a velha guarda versus novos ricos, os locais versus domingueiros. No ápice do verão o tráfico trava, os clubes estão lotados, impossível de arrumar um lugar no restaurante e os preços explodem. Mas não para os privilegiados, como sempre: eles são membros de clubes exclusivos, jantam em petit comité e freqüentam festas privadas e tomam refúgio em suas grandes propriedades. Uma casa de frente para o oceano pode ser alugada por um milhão de dólares, para um verão apenas. Nem sonhe em perguntar o preço daquele cottage cheio de graça em ruas como Lily Pond Lane e Further Lane em East Hampton, ou na Gin Lane e Meadow Lane em South Hampton. Celebridades são vistas com frequência. Olha ali, não é o Paul McCartney? Será que aquele é mesmo o Steve Spielberg dando uma volta na rua principal com o Jerry Seinfeld? Acho que vi o Paul Simon passeando com seu cachorro na praia... Sim, você viu sim... Warhol, De Kooning e Pollock, os três juntos... Desculpe, você está vendo fantasmas... Quer multiplicar o seu capital político para as eleições do próximo ano? Este é o lugar. Super executivos com nomes como Koch e Perelman buscam refúgios escondidos atrás cercas vivas.
46
|
Bright People
Tudo parece um pouco exagerado, e para alguns é mesmo, mas há sempre o outro lado da moeda, isolamento e privacidade para quem procura e silêncio e introspecção quando se fazem necessários. Sempre banhados por uma luz cintilante e inspiradora. Os Hamptons se pautam pelo contraste e não há duvida que seu charme e beleza e a proximidade com Nova York fizeram do pedaço um refugio dos ricos e famosos.
Beyoncé and everybody love The Hamptons, o colecionador de carrões Adam Bellin, Naomi Watts curte um passeio de bike, Gwineth Paltrow numa tarde de autógrafos e Nacho Figueras comemora mais uma vitória no polo
Architectural
Mas todos os tipos de pessoas de todos os extratos sociais estão espalhados por aqui, de South Hampton a Montauk, windsurfers e marinheiros, artistas e celebridades, investidores da Bolsa, velha guarda e novos ricos, surfistas e banqueiros, interagem com uma armada de assessores pessoais, universitários, domésticos, jardineiros e cozinheiros que trazem conforto ao fim de semana dos ricos. O entorno acompanha a diversidade, de lojas de produtos náuticos
a iate clubes, passando por pizzarias e chegando até a haute cuisine. Não faz diferença se a população varia de oito a duzentos mil, os Hamptons continuam os mesmos, com suas ruas de paralelepípedos, casas de frente para o mar, vilarejos cheios de charme, arvores luxuriantes, praias divinas banhadas por um ar quente e salgado, e uma luz tão pura que artistas como Willem De Kooning e Jackson Pollock elegeram como seu pied-à-terre.
Digest Uma casa de frente para o oceano pode ser alugada por um milhão de dólares, para um verão apenas, onde as festas se organizam em petit comité
| 47
Asíate
A dining room with a view
A
primeira característica do restaurante Asíate do Mandarin Oriental é o cenário de tirar o fôlego do 35° andar do prédio do hotel, com uma baía de vidro que permite vistas panorâmicas para o Central Park e o Columbus Circle. Sua decoração foi elaborada pelo designer Toni Chi, com uma entrada teatral e uma escultura gigante de vidro transparente que pende do teto reproduzindo as frondosas árvores do Central Park no inverno, criando um efeito de trompe l’oeil, outdoor-indoor, fazendo do jantar no Asíate, uma experiência digna de sua cozinha. O Asíate realiza sofisticada interpretação de pratos tradicionais com toques artísticos. A combinação de um serviço gracioso e uma cozinha inventiva asseguram uma experiência única em Manhattan. O menu degustação orquestrado pela chef de cuisine Angie Berry propõe cinco pratos e duas sobremesas elaborada pelo chef pâtissier Paul Nolan e a harmonização dos vinhos conta com a sommelier Anne Turso. A primeira entrada, Ahi Tuna, são fatias de atum delicadamente selado e crocante, servido com espumante de Long Island; seguido de Seared Hudson Valley Foie, foie gras com caldo de morango e ameixa Umeboshi e pato defumado, degustado com Sake; Turbot com consomé de cogumelos, lulas perfumadas com jasmim, e um vinho verde austríaco Sohm & Kracher de 2012; Lobster Maine, lagosta com mini espiga de milho e molho Gribiche e bacon, acompanhando um Pinot Noir Santa Lucia, da California; Wagyu Beef com puré de batatas defumadas, numa redução de sherry, harmonizadas com
48
|
No 35° andar do Mandarin as vistas panorâmicas para o Central Park e Columbus Circle são incríveis. A entrada teatral do Asíate tem uma escultura gigante de vidro que pende do teto reproduzindo as frondosas árvores do Central Park no inverno, criando um efeito de trompe l’oeil. À direita, umas das entradas do menu degustação: foie gras com caldo de morango e ameixa Umeboshi
um Côtes-du-Rhône; Mochi, sobremesa a base de marmelada e Chabichou, com vinho Muscat australiano; e no grand finale, o Manchego Cheese Cake, bolinho de centeio com sorvete de pumpernickel, harmonizado com “Pineto” do Piemonte. As harmonizações saíram da adega monumental que vai do chão ao teto abrigando uma impressionante coleção de mais de dois mil rótulos, que forma um mosaico de cores e interessantes texturas. Digno de 1001 noites em New York. mandarinoriental.com
| 49
Sirio Ristorante
Cuccina clássica na Quinta Avenida 50
|
H
á um quê de maravilhoso quando se vai a um jantar num hotel tão elegante e histórico quanto o Pierre na Quinta Avenida, ainda mais quando se é convidado pelo lendário restaurateur Sirio Maccioni, um simpático italiano sósia de John Wayne. O Sirio Ristorante comandado pelo chef Massimo Bebber performa uma autêntica cozinha casalinga. Eu me decidi para começar com uma salada Fior di Bufala, mozzarella de Buffalo, Prosciutto Crudo, Compota de Goosberry e figos ao vinho que explodem na boca. Depois um tagliatelle
?????????????????? ?????????????????????? ???????????????????? ????????????????????? ?????????????????????? ?????????? ?????????????????? ?????????????????????? ???????????????????? ????????????????????? ?????????????????????? ??????????
Com decor elegante e sóbrio, madeiras nobres
generosamente regado à trufa branca inesquecível. E como segundo, uma Bistecca, um New York Strip Steak maturado, com Radicchio grelhado, mini cebolas, batatinhas e molho bordelaise. Não tive nenhuma hesitação na hora da sobremesa, optando por um clássico tiramisu, desfecho de ouro para uma noite tão perfeita neste top ristorante de Manhattan. A experiência foi acompanhada por um Chardonnay californiano da Sonoma, altamente recomendada pelo sommelier como a região must do momento. Sou fã dos restaurantes do Sirio, desde os anos 80, quando o Le Cirque foi o number one em New York no andar térreo do saudoso Mayfair Regent Hotel na Park Avenue. A experiência vivida agora é tão boa como aquela que está na memória: uma feliz combinação de um chef excepcional, um decor elegante e sóbrio, com madeiras nobres revisitando clássicos italianos em tons de cinza e mármore, que criam uma atmosfera chic e aconchegante. É preciso falar mais? Agora é só degustar. por Claudio Schleder
revisitando clássicos italianos criam uma atmosfera chic e aconchegante no ristorante do lendário Sirio Maccioni, que também criou o Le Cirque, e o chef executivo Massimo Bebber que performa uma autêntica cozinha casalinga
siriony.com
| 51
46
Anual de Arte da
FAAP
: espaço permanente da experiência e investigações na arte contemporânea por marcos
52
|
moraes
Vista da entrada do Salão Cultural da FAAP, panorâmica da exposição
| 53
O
46
54
|
curso de Artes Visuais da FAAP pode ser percebido como um espaço permanente de investigações e da práxis artística e, nessa condição, é possível pensá-lo como um elemento catalizador do ambiente universitário, no qual se insere, a FAAP. Esse espaço de pesquisa pode ser percebido como fomentador de processos, e propício às reflexões e produções decorrentes das experimentações e das suas propostas como curso de artes. Nesse contexto, e dentre as múltiplas possibilidade de atuação da Fundação, nos interessa abordar, aqui, em particular, a Anual de Arte FAAP. Dentre os cerca de 200 trabalhos inscritos pelos alunos da Fundação, a exposição apresenta aqueles que, foram selecionados por uma comissão constituída por profissionais com uma diversificada atuação e ligados ao circuito artístico de arte contemporânea, como artistas, pesquisadores, historiadores, críticos, curadores e docentes da Faculdade de Artes Plásticas da FAAP: Aline Van Langendonck, Fernando Oliva, Nancy Betts e Marcos Moraes. Ao selecionarem os alunos e seus trabalhos, a Comissão está propondo, também, a articulação de uma possível compreensão do conjunto da produção apresentada para este processo. A Anual de Arte FAAP que foi realizada pela primeira vez em 1964, vem revelando artistas e inovando o conceito de arte contemporânea e criatividade ao longo de suas cinco décadas de existência. Por seu tempo de existência e longevidade de presença no circuito artístico da cidade, a história da exposição já é conhecida, mas é sempre oportuno lembrar que além da origem associada ao curso de formação de professores de desenho, o início da exposição está, também, muito próximo da inauguração do Museu de Arte Brasileira da FAAP.
Entre as ações que buscam expandir e potencializar a dimensão da formação artística, a perspectiva de participação na Anual de Arte FAAP proporciona, aos alunos interessados no campo de atuação da visualidade, uma aproximação com estratégias, agentes e eventos do sistema da arte, ao abrir a esses estudantes a oportunidade de viver todas as etapas de um processo de exposição, que se desdobram da inscrição, à seleção, e ainda a premiação, sem contar a própria dimensão dessa ação expositiva que abre à perspectiva do público – o olhar do outro – todo esse potencial criativo. O principal objetivo da Anual de Arte é incentivar a produção artística
Vista parcial da exposição, ao
dos alunos, além de criar um espaço de reflexão a partir de novas ideias e percepções sobre a arte, tendo como ferramenta e interface a educação. Nessa 46ª edição da Anual de Arte é apresentado um conjunto de trinta e nove trabalhos produzidos por vinte e nove alunos que possibilitam uma visão panorâmica das experimentações e das práticas artísticas contemporâneas desenvolvidas pelo corpo discente da Fundação, particularmente aquela que se realiza vinculada às pesquisas de natureza visual, decorrentes dos cursos de artes visuais. Se levarmos em consideração que a pesquisa, bem como o
caráter experimental, são elementos fundamentais no que costumamos identificar como produção artística, na seleção aqui apresentada, estes foram dois dos principais critérios utilizados possibilitando, assim, que a mostra permaneça fiel ao seu espírito de dar visibilidade às propostas de inovação, mas também na busca por refletir a presença da diversidade de proposições, questões e tratamentos identificáveis nas práticas artísticas contemporâneas e das reflexões delas decorrentes.
fundo, trabalho da artista premiada Rafaela Melshon
| 55
Dentre os selecionados sete participantes foram contemplados com prêmios bolsas de estudos, que foram atribuídos pela Comissão de Premiação da 46ª Anual de Arte FAAP formada pelos profissionais Paulo Miyada, Regina Parra e Rejane Cintrão. A Comissão após visitar a exposição e analisar os trabalhos, seguidos de discussões sobre as diferentes propostas e perspectivas dos selecionados, premiou os artistas, conforme discriminado agora.
O artista premiado Yudi Rafael diante de um de seus trabalhos,
O artista premiado Israel Macedo diante de um de seus trabalhos,
na abertura da 46ª Anual de Arte FAAP
na abertura da 46ª Anual de Arte FAAP
Prêmios na 46ª Anual de Arte
46
A artista Cleo Dobbertin durante a performance
56
|
FAAP
Bolsa anual de
90%
Cleo Dobberthin Rafaela Melsohn Yudi Rafael
Bolsa anual de
75%
Israel Macedo Pedro Geraldo
Bolsa anual de
60%
João Fasolino Luiza Gottschalk
Público, na abertura da 46ª Anual de Arte, observa performance da artista Cleo Dobbertin Vista parcial da exposição
| 57
46
PĂşblico, na abertura da 46ÂŞ Anual de Arte, interage com o trabalho da artista convidada Ana Mazzei
58
|
Vista parcial da
Inserida no projeto da mostra, desde 1999, a participação de artistas convidados na Anual de Arte da FAAP é uma ação que se consolida a cada edição e, desde 2009, se dá pelo convite aos participantes do Programa de residência artística que a FAAP mantém na Cité des Arts, em Paris. Para essa edição na qualidade de artistas convidadas temos Ana Mazzei e Isis Gaparini. A estratégia do artista convidado – aquele que mantém, ou manteve, uma relação de docente, ou discente com a Faculdade de Artes Plásticas – amplia a oportunidade dos possíveis diálogos, entre a produção dos atuais estudantes de artes visuais, com artistas inseridos no sistema artístico, ao possibilitar, com sua presença, na exposição, uma expansão das possíveis relações entre diferentes instâncias do fazer artístico, ao mesmo tempo em que fortalece as relações com a história e o trabalho realizado no Curso de Artes Visuais, na Faculdade e pela Fundação. Como programação paralela, e atividade complementar da exposição e, portanto no intuito de afirmar seu caráter de espaço de discussão, são realizadas ações rentes à mostra, consistindo em encontros – abertos ao público – com a Comissão de Seleção, com a Comissão de Premiação e, ainda, uma conversa com as artistas convidadas.
exposição, ao fundo à esquerda, trabalho da artista convidada Isis Gasparini
Esses encontros e conversas, abertos não apenas aos alunos, professores e artistas selecionados, mas também ao público externo e a interessados em geral, se propõe a estreitar as possibilidades de reflexão e articulação crítica, em torno das investigações, em poéticas visuais, levadas a termo, pelos alunos. Neste sentido, eles têm como objetivo potencializar os momentos de trocas reflexivas sobre estas experimentações e práticas artísticas contemporâneas perceptíveis no processo de formação dos alunos, e visíveis, na exposição. Assim, deve-se pensar a Anual de Arte FAAP como esse incentivo que tem como objeto central e interface, a educação, expandindo este campo de experiências para além dos ‘muros acadêmicos’ e reinserindo-a na relação com um amplo e, cada vez maior e diversificado segmento de público, interessado em ampliar suas relações com a produção e as práticas artísticas contemporâneas. www.faap.br/46-anual-de-arte/
| 59
60
|
O grande espetáculo do
vinho
A história do século passado é permeada por fabulosas conquistas e retumbantes fracassos. O mesmo se dá com os vinhos que acompanham com grandes ou pequenas safras as peripécias da humanidade. Aqui só vamos falar dos vinhos majestosos
Veuve Clicquot Grande Dame
1990 | 61
| O grande espetáculo do vinho t 1990 |
A “Dama de Ferro” inglesa Margaret Thatcher cai do trono de primeira-ministra
1990 O
ano de 1990 marca uma era de grandes mudanças com a unificação das duas Alemanhas, a invasão do Kuwait pelo exército de Sadam Hussein e a demissão da grande Dama de Ferro inglesa, Margaret Thatcher. No final do ano, as primeiras eleições gerais foram realizadas na Alemanha, consagrando o Chanceler Helmut Kohl. Na Polônia é o líder carismático do Partido Solidariedade, Lech Walesa que ganha as eleições com mais de 75% dos votos e conquista a presidência do país. A Grã-Bretanha e a Argentina retomam as relações diplomáticas, interrompidas
No Brasil, a justiça é feita, e os assassinos do líder ambientalista Chico Mendes são condenados
62
|
depois da Guerra das Malvinas. Na França, os últimos e nostálgicos carros 2 Chevaux saem da fábrica Citroën. O Prêmio Nobel da Paz vai para Mikhail Gorbachev, presidente da antiga União Soviética pela sua política de abertura que ficou conhecida como Perestróica. Na Itália, os italianos perdem o grande escritor Alberto Morávia, enquanto que nos Estados Unidos são duas divas do cinema que desaparecem, Ava Gardner, a “Condessa Descalça” e a misteriosa Greta Garbo, afastada das telas desde 1941. No Brasil o ano começa festivo com a vitória em 28 de fevereiro da Mocidade Independente de Padre Miguel que é a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro de 1990. Na política todos estão otimistas, pois em 15 de março, Fernando Collor de Mello toma posse como o 32° presidente do Brasil; eleito democraticamente é o mais jovem da história brasileira. Em seguida no dia 3 de abril, o Congresso Nacional do Brasil aprova as primeiras medidas do Plano Collor. A Ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello determinou que saldos em contas acima de 50 mil cruzados novos fossem bloqueados por 18 meses, ato que ficou conhecido como o Confisco da Poupança, o que lhe rendeu enorme impopularidade. O primeiro sistema de telefonia celular do país é inaugurado pelo ministro da Infra-Estrutura, Ozires Silva, na zona sul do Rio de Janeiro. E justiça é feita no final do ano com a condenação de Darcy Alves Pereira e Darly Alves da Silva a 19 anos de prisão pelo assassinato do seringueiro e um dos primeiros lideres ecologistas, Chico Mendes.
M
Veuve Clicquot Grande Dame
adame Veuve Clicquot é com certeza a mulher francesa mais famosa no mundo depois de Joanna d’Arc. Seu champagne é que lhe valeu esta enorme notoriedade, amplificada e mantida por sua forte personalidade e suas incríveis inovações técnicas. O fato de ter ficado viúva muito jovem com apenas 27 anos, fez com que ela adquirisse total autonomia, o que era raríssimo para uma mulher em 1805. “A grande dama de Champagne”, como passou a ser conhecida, também investiu na compra de vinhedos e além de traçar estratégias de produção e de comércio, Madame Clicquot dava palpites no estilo dos champagnes, orientando os assemblages e anotando todas as alquimias em um caderninho. Também entrou para a história por causa de suas invenções. Juntamente com o chefe de cave Antoine Müller, arquitetou, em 1816, as prateleiras onde as garrafas ficam inclinadas para o processo de remuage. Em 1821, Édouard Werlé, um funcionário antigo e homem endinheirado, tornou-se sócio da viúva. A dupla fez sucesso. Em 1852, os champagnes Clicquot eram a coqueluche entre os russos ao ponto de o autor francês Prosper Mérimée escrever: “Madame Clicquot está saciando a sede da Rússia.” Quando a Dama de
“A grande dama de Champagne”, Madame Clicquot dava palpites no estilo dos champagnes, orientando os assemblages e inventando o remuage, e continua aparecendo em muitas celebrações no planeta
Champagne faleceu, em 1866, aos 89 anos de idade, a maison passou para as mãos da família Werlé e seus descendentes, que incrementaram o volume de vinhedos e adquiriram as caves próximas a Reims, onde fica o centro de visitas. Nos dias de hoje a Veuve Clicquot Ponsardin é uma das joias do grupo de luxo LVMH. O ano de 1990 é precoce e dá uma colheita abundante que produzem champagnes excepcionais como a Cuvée Grande Dame 1990, que é fruto da assemblage dos oito melhores Grand Cru: Verzenay, Verzy, Ambonnay, Bouzy e Ay entre as uvas tintas com 61%; e Avize, Oger e Mesnil-sur-Oger entre as uvas brancas com 39%. É muito dificil conseguir um resultado melhor que esse.
Segredos do Champagne Veuve Clicquot Grande Dame 1990 A máxima mais conhecida dos enólogos é: “Me forneça boas uvas e eu produzirei vinhos maravilhosos.” A Grande Dame 1990 é a prova viva desta ditado. Sua acidez estimula a riqueza aromática, seu gás carbônico está perfeitamente integrado. Generosidade, redondo na boca, flexibilidade e persistência no gosto contribuem para a polivalência deste champagne, que de tão bom não necessita de qualquer acompanhamento para ser degustado, e harmoniza perfeitamente com inúmeros pratos graças a sua robustez.
| 63
Arri Coser criou uma nova forma de servir churrasco que é um
mix de rodízio com steak house. O conceito está dando certo, já ganhou prêmio de melhor restaurante de São Paulo e deu ao empresário o título de restaurateur do ano
Quando a carne é
forte Arri Coser, 51 anos, tem sempre um sorriso estampado no rosto. Eleito restaurateur do ano, pela prêmio Veja SP Comer & Beber 2014/2015, Arri vem investindo forte em churrasco e pizza
D
epois de ter levado o tradicional churrasco gaúcho para fora do Brasil, Arri Coser volta a consagrar o setor de restaurantes. O empresário está desenvolvendo duas redes de restaurantes tão autênticas quanto sua paixão pela gastronomia. Primeiro, ele lançou, em 2013, o NB Steak , restaurante que reinventa o sistema de ródizio no país. Hoje, já são seis unidades da churrascaria, metade delas em São Paulo. Depois, foi a vez investir em pizza e pratos italianos, com o Maremonti
66
|
Trattoria & Pizza, que já conta com 8 unidades, três delas na cidade. Quando deixou a Serra Gaúcha trinta anos atrás, Arri levava consigo apenas alguns tostões no bolso e um sonho: queria ser dono de um grande restaurante. A ambição se revelou muito pequena diante do império gastronômico que ergueria. Por ter sido garçom ainda jovem, aos 14 anos, Coser sempre apostou alto na formação de sua equipe. Sua visão de negócios, na prática, vem dando muito certo. Arri, aliás, nunca se envolveu em nada que tivesse fracassado. O segredo: “Conhecer e gostar de gente. O resto você compra”, recomenda.
| 67
Como patrão, ele se define: “Confiança mútua, com disciplina e uma distância saudável”. O que não tolera num funcionário? “Malandragem. O grande malandro é o que faz certo”. Hoje, Arri retorna ao mercado de restaurantes com o novo jeito de servir churrasco, e ainda investe em rede de trattoria e pizza. Ele, como sempre, concentra-se no principal: boa comida e serviço. Enquanto a maioria dos restaurantes acaba perdendo o foco, as marcas do empresário surgem com uma força que reside justamente em ingredientes de primeira, servidos com excelência.
A fachada da primeira “Na Brasa” em Porto Alegre
Melhor de dois mundos Conhecida pelos gaúchos, há mais de 25 anos, como o rodízio mais premiado de Porto Alegre, o NB Steak renovou-se com a chegada do empresário. O novo posicionamento aliou a excelência do churrasco gaúcho pelo qual a casa é reconhecida, a um ambiente diferenciado com opções gastronômicas de uma casa de carnes com padrão internacional. A churrascaria acompanha a evolução da história do churrasco no Brasil. Pioneira, foi uma das primeiras churrascarias a sair das beiras das estradas e ganhar espaço dentro da cidade. Forjada no compromisso com a tradição e a inovação, NB Steak aperfeiçoa o serviço de rodízio de carnes com o novo Menu Degustação. Nesse
A casa da Faria Lima é
clean, aconchegante, com muita madeira, vidro e um lindo jardim vertical que remete a uma atmosfera muito zen com projeto do arquiteto Otávio de Sanctis
68
|
sistema, o cliente experimenta, em uma só refeição, diversos cortes de carne e pratos que são uma amostra do melhor que a casa tem a oferecer. Ao conceber o modelo do NB Steak, Arri diz ter juntado o melhor de dois mundos: o melhor do rodízio e o da carne à la carte. O preço do “menudegustação” é fixo (R$ 77, em POA; e R$ 105, em SP) e o cliente come à vontade. Mas as carnes (cortes premium de gado confinado alimentado com bagaço de cana e cevada) e dois tipos de peixes vêm à mesa em travessas de porcelana, com exceção das clássicas picanha e fraldinha, e estão sempre quentes. No lugar do buffet, saladas finas. Entre as sobremesas, releituras de doces brasileiros.
Salão do NB Steak Faria Lima
| 69
Fachada do NB Steak da Juscelino Kubitscheck, e salão do Empório de Carnes onde se pode degustar vinhos, cervejas e cachaças no Campo Belo
70
|
Arri começou em Porto Alegre, repaginando a cara e o conceito da Na Brasa – agora NB Steak –, fundada no início dos anos 90 pela própria família, o também empresário Lemir Magnani, cunhado, e Mairi Coser Magnani, irmã. A nova marca estreou em São Paulo em 2013, no bairro Campo Belo. Não bastando muito para ganhar mais duas unidades até o final deste ano, uma na Av. Faria Lima (Pinheiros) e outros na Av. JK (Itaim). Lá e cá, um sucesso instantâneo – ao qual foi agregada a sobrinha de Arri, Paola Coser Magnani, de quem ele se fez, orgulhosamente, de coach, treinando-a para a expansão da rede. Arri não faz nada sem planejamento, sem horizonte. “É um modelinho que pega bem nos bairros que não têm uma churrascaria desse estilo. A meta é duas casas por ano, nos próximos sete anos”.
Para o modelo que Arri idealizou, era necessária a retaguarda gourmet de um chef consagrado: o escolhido foi Pascal Valero (ex-Le Coq Hardy e Kaa). O encontro com Valero foi um daqueles lances do destino. Incorporado à equipe, o chef idealizou as saladas – que substituem o bufê – e ainda assina releituras de doces brasileiros para as sobremesas. Desde que abriu, o NB está lotado – almoço e jantar. Localizado ao lado da NB Steak, o empório de carnes para churrasco tem os mesmos produtos servidos no restaurante. Entre as prateleiras, uma variedade de produtos nacionais e importados, que incluem vinhos, cervejas especiais, cachaças e azeites. O forte do NB Market são as carnes nobres, todas de raças britânicas, caracterizadas por terem a gordura bem distribuída, deixando os cortes mais macios e suculentos. É o caso da costela premium, o bife ancho, chorizo, vazio (famosa fraldinha), picanha e o ilustre assado de tira. O steak NB é o corte exclusivo da casa. Trata-se de um filé do centro da paleta, com textura muito macia e sabor extraordinário. O cordeiro é outra grande atração do empório NB Market. Os cortes disponíveis na gôndola são provenientes da Patagônia chilena. Outras opções para levar para casa são os peixes frescos do dia, o galeto primo canto, as linguiças artesanais, o salame da casa e o queijo coalho.
Alguns dos cortes, acompanhamentos e sobremesas servidos pela NB Steak
Salada de Brie
Steak NB Churros ao Forno Palmitos
Leitão em Baixa Cocção Salada Tropical
com molho BBQ
Bife Ancho
Pudim
Costela Premium
Esq/dir.: Paola Coser Magnani, Mairi Coser Magnani, Lemir Magnani e Arri Coser
O chef Pascal Valero orquestra a criação e apresentação de acompanhamentos, saladas e sobremesas
Entre as bebidas, há aproximadamente 20 rótulos de cervejas especiais. Uma boa variedade de vinhos, com mais de 800 garrafas na adega. Além de destilados nacionais, como a boa cachaça mineira, e importados. No andar de cima, funciona um wine bar com petiscos do chef Pascal Valero, responsável pelo cardápio da rede. www.nbsteak.com.br
Time NB Steak
| 71
O mundo da
Pizza
O Maremonti, como o próprio nome sugere, serve pratos que unem ingredientes encontrados no mar e na montanha, com a tradição e o sabor do forno a lenha
O
Arri Coser conseguiu ainda diversificar seu cardápio. No final de 2013, o empresário assumiu também a tradicional pizzaria paulista Maremonti. Audacioso, ele quer criar uma rede brasileira de trattoria e pizza, com alcance nacional. O primeiro Maremonti foi aberto, 13 anos atrás, na Riviera de São Lourenço, litoral norte paulista. Em 2011, chegou ao bairro dos Jardins, em São Paulo, e, posteriormente, abriu uma unidade em Campinas. De lá para cá, Arri Coser já inaugurou mais cinco casas no Estados de São Paulo e outras duas já estão programadas para 2015.
72
|
O Maremonti faz sucesso no conceito "trattoria e pizza".
Eleito melhor pizzaria de São Paulo pelo prêmio Veja SP Comer & Beber, o Maremonti entra agora numa nova fase. Com ênfase no menu de massas e pratos típicos de trattoria, o empresário lança receitas tradicionais de massas e outras sugestões italianas. No cardápio, pratos regionais italianos com receitas baseadas em ingredientes encontrados no mar e na montanha razão do nome da casa. As massas frescas tem produção artesanal e diária, entre as opções estão o Ravioli, recheado com Costela ao molho de Cogumelos; o Gnocchi Mandioquinha, com ragú do chef; e o Pappardelle Napoletano, com molho típico de Nápoles à base de tomates, carne e ervas cozido, por 8h.
São vários endereços na cidade: acima nos Jardins, na R. Padre João Manuel, 1.160; e a direita na Av. Faria Lima, 4.300 – acesso pela R. Elvira Ferraz; e em Alphaville, no Shopping Iguatemi
Pizza Caprese Especial
Pizza Margherita
Agnello ao Forno a Legna
Pappardelle Napoletano
Gnocchi Mandioquinha
Ravioli di Costela
Rigatoni Genovese
Linguine al Vongole
A receita tradicional de massa de pizza típica napolitana continua sendo servida. As redondas são certificadas pela APN (Associação dos Pizzaiolos Napoletanos). A infalível receita napolitana tem versão individual, com massa leve e borda macia. No menu, há também pizzas tradicionais de massa média e crocante com ingredientes selecionados, como a célebre Zucchine, com brie e abobrinha, ou a Riviera, com linguiça calabresa artesanal. Em 2014, o empresário Arri Coser dobrou o número de unidades da rede. No final do ano passado, quando adquiriu a marca, Coser lidava com uma operação de apenas 3 lojas. Hoje, ele fecha o ano com 8 endereços e mais dois engatilhados para abertura no início
do ano vem. Desta vez, no interior de São Paulo, na cidade de Jundiaí, e no Grande ABC, em São Caetano. O empresário diz apostar no crescimento das refeições feitas pela população fora de casa, apesar de não haver pesquisas específicas sobre o assunto. "Acredito muito no Brasil dos próximos 30 anos. Quem começar primeiro, estará mais bem posicionado nesse setor", diz. www.maremonti.com.br
| 73
74
|
A nova estrutura do EAT...traz logo na entrada, o EAT... Caffè, perfeito para saborear um café da manhã rápido e gostoso ou um lanchinho da tarde. Passando para o restaurante, o EAT... Gourmet, os clientes podem usufruir de uma experiência empolgante saboreando pratos do menu assinado pelos chefs Bertone Vieira e Ariana Costa
Eat... , as delícias de um gourmet
O Grupo La Pastina repaginou o espaço de 1500 metros do restaurante EAT... na Vila Olímpia, tornando-se um complexo gastronômico de dar água na boca 75
|
A
nova estrutura traz, logo na entrada, o EAT... Caffè, perfeito para saborear um café da manhã rápido e gostoso, um lanchinho da tarde ou um encontro
76
|
acompanhado de um bom café Lavazza e salgadinhos feitos na hora. Já para o final do dia, o local possui o EAT... Wine Bar, que proporciona um Happy Hour, com petiscos, cervejas, sanduíches especiais, vinhos na enomatic com doze opções de rótulos em taças, e drinks variados. O restaurante EAT... Gourmet, de cozinha ítalo-brasileira é uma experiência empolgante, comandado pelos chefs Bertone Vieira e Ariana Costa. Entre os pratos de destaque no menu estão a Lasanha recheada com ragu de costela bovina no bafo, mussarela, ementhal e molho pomodoro gratinado com parmesão, Risotto de linguiça toscana ao vinho tinto, Salmão grelhado ao creme de cogumelos frescos e mousseline de mandioquinha, e Baby Beef ao poivre com batatas rústicas ao alecrim e mini cenouras grelhadas.
O EAT... Eventi é uma área reservada e modular ideal para receber os mais variados formatos de eventos. O EAT... Scuola realiza aulas temáticas como a de massas e risotos, além de cursos profissionalizantes
No ambiente aconchegante do EAT... Gourmet, os chefs sugerem a Lasanha recheada com ragu de costela bovina no bafo, mussarela, ementhal e molho pomodoro gratinado com parmesão, e o Baby Beef ao poivre com batatas rústicas ao alecrim e mini cenouras grelhadas
Adorou a experiência e quer repetir em casa, é só passar pelo corner do EAT... Pronti. Pratos Pronto diferentes e elaborados através da técnica Sous Vide, processo de cocção muito difundido na Europa em que os alimentos são preparados à vácuo em baixas temperaturas por um tempo maior que o tradicional para manter a integridade dos alimentos, evitando a perda de umidade e preservando a textura, aroma e sabor. O Grupo La Pastina uniu no EAT... todos os seus melhores produtos e ingredientes da gastronomia de vanguarda com novidades internacionais oferecendo uma experiência gastronômica completa. Em um espaço de 75 metros quadrados, a Casa La Pastina traz mais de 280 produtos de marca própria além de marcas renomadas como as massas italianas Divella e Rustichella, as geleias italianas Casa Giulia, os temperos e produtos da espanhola Carmencita, as mostardas e vinagres franceses Beaufor, as conservas de peixe Albo, o azeite Português Carm, os Molhos Lea Perrins e H&P, e fantásticos produtos de Albert e Ferran Adrià. O EAT... também possui uma loja da World Wine, considerada uma das maiores importadoras de vinhos premium do Brasil, conta com cerca de 2 mil rótulos safrados de mais de 150 produtores exclusivos de 14 países como França, Itália, Chile, Argentina, Portugal, Espanha, Alemanha e Hungria. Oferecem atendimento realizado por profissionais
especializados que auxiliam os clientes a comprar os melhores produtos de acordo com as especificidades de cada um. As novidades não acabam por aí, recentemente inauguraram o EAT... Scuola, uma escola de gastronomia que oferece desde aulas temáticas até cursos profissionalisantes. Na programação do EAT... Scuola em 2015 terá o curso básico, cozinha fria, carnes, massas, confeitaria e panificação além de aulas avulsas com temas livres como Antepastos, Ceviches, Pizzas, Cozinha de Boteco, Burgers e Sobremesas, entre outros. As aulas destinam-se tanto a não iniciados como aos amantes da gastronomia. O EAT... Eventi por fim, uma área reservada e modular ideal para receber os mais variados formatos de eventos, desde festas, comemorações, casamentos, aniversários e coquetéis até encontros corporativos e mais formais, como reuniões e conferências. O Eat... Eventi pode receber até 80 pessoas em formato coquetel ou 40 pessoas sentadas. www.emporioeat.com.br
77
|
Mariana Weickert
Momentos hype
Dudalina
O sucesso da Dudalina é o resultado de uma história construída com muito esforço, dedicação e paixão. Ela se destacou no ramo têxtil por suas marcas fortes, criadas para atender a segmentos variados de mercado com necessidades e desejos diferentes com amplo mix de produtos
A
Dudalina Feminina veste mulheres executivas com início em 2010, e suas peças despertam emoções deixando as mulheres impecáveis e sempre elegantes. Com um design original, as camisas abraçam o corpo e se adéquam as diferentes estruturas femininas. As mais expressivas tendências e conceitos cosmopolitas são abordados nas peças cuidadosamente desenvolvidas a cada nova coleção. Foi assim que a marca conquistou um lugar de referência em camisaria feminina de qualidade. Tudo começou em meados de 2010 quando a Dudalina pesquisou e percebeu que o mercado estava carente de camisas femininas e que isto era uma forte tendência internacional com marcas relevantes investindo nesse segmento. A empresa colocou então seus anos de expertise e estrutura adequada para lançar um produto inovador. Foi uma necessidade do mercado e uma aposta que deu certo.
78
|
79
|
| DUdalina |
Daiane Mello
80
|
“Lançamos os produtos e a marca Dudalina Feminina, e para impactar a comunicação contratamos a modelo Mariana Weickert por ser uma profissional bem sucedida, além de também ter nascido em Santa Catarina como a Dudalina” diz Edinho Vasques, diretor de marketing da empresa. Em seguida muitas beldades se sucederam nas campanhas e o sucesso foi imediato. A modelo Fabiana Tambosi com rosto lindo e marcante tinha pouca exposição no Brasil, o que era perfeito para a Dudalina, pois as camisas mostravam ousadia. A beleza de Fabiana era parte estratégica para causar o impacto que a marca precisava. Foram quatro campanhas com ela. “O fato mais importante nesse período foi a abrangência que atingimos com Fabiana, pois homens e mulheres, maridos e esposas elogiavam as camisas Dudalina e a beleza singular da modelo” enfatiza Edinho. Depois foi a vez de Fabiane Nunes. Como explica Edinho, “Com o mercado da camisaria aberto procurei alem de um belo rosto, uma figura que fosse o sonho e o desejo de muitas brasileiras que resultava numa imagem de mulher sofisticada, com uma pegada escandinava, de corpo esguio, beleza singela, pele e olhos claros, e cabelos loiros. Aliado a isso eu dei um novo direcionamento artístico às campanhas com fotos de plano aberto, que traduzissem um lifestyle com objetos de cena que remetem ao luxo e ao glamour.
Fabiana Tombosi
81
|
| DUdalina |
Fabiane Nunes
A Fabiane foi nossa recordista de campanhas, deu tão certo que teve cinco participações.” A Dudalina se internacionalizou e procurou associar a sua imagem ao de uma modelo com relevante bagagem internacional. A escolhida foi Barbara Fialho, que além de trabalhar muito fora do Brasil, é uma Angel da Victoria’s Secret. De beleza tipicamente brasileira, com pele morena e olhos claros, fatores que foram decisivos na sua escolha. O sucesso foi tamanho que ela foi a musa do ano inteiro. Dayane Mello também estrelou campanha da marca. A morena já havia feito ensaio para uma revista internacional na qual interpretava a diva Sophia Loren, um dos ícones de beleza, elegância e sensualidade italiana. Para Edinho, “Dayane Mello tem uma beleza que transcende o óbvio e sua atitude é forte, assim como nossas coleções.” dudalina.com.br
82
|
Barbara Fialho
83
|
Os compactos apimentados da
Audi
Pequenos mas de briga, o RS Q3 e o S3 combinam velocidade, segurança e prazer na direção
O rápido Audi S3 Sedan
O sedã é identificado pelo visual exclusivo dos modelos S, a linha esportiva da Audi. Detalhes especiais no exterior e acabamento diferenciado na área interna dão ao carro uma personalidade própria, que reforçam o temperamento que o modelo demonstra na pista. O coração do Audi S3 Sedan é o motor 2.0 Turbo FSI, que tem como particularidade uma tecnologia desenvolvida pioneiramente pela Audi, o duplo sistema de injeção – direta e indireta. Sob solicitação parcial, a injeção indireta melhora a queima do combustível e reduz o consumo e as emissões de partículas. Já a eficiente injeção de combustível direta FSI entra em ação na partida e em situações de alta solicitação do motor. Este esportivo é equipado com o dinâmico câmbio automático S tronic de dupla embreagem. Para garantir o máximo desempenho nas arrancadas, as marchas mais baixas são pouco distanciadas. Ao mesmo tempo, as relações das marchas mais altas reduzem a rotação do motor e o consumo de combustível. O motorista pode utilizar o rapidíssimo câmbio S tronic, realizando trocas suaves e quase imperceptíveis no sistema automático ou mecânico, por meio dos shift paddles junto ao volante. A sensação é de deliciosa liberdade na direção.
84
|
O coração do Audi S3 Sedan é o motor 2.0 Turbo FSI, que tem uma nova tecnologia desenvolvida pela Audi: o duplo sistema de injeção – direta e indireta
Audi RS Q3, potência excepcional
O motor que equipa o RS Q3 foi eleito “Motor Internacional do Ano” por um júri de especialistas automotivos por três anos consecutivos, desde 2010. O motor, utilizado anteriormente no TT RS e no RS 3 Sportback, foi modificado especialmente pela Quattro GmbH para uso no RS Q3. Com 2.5 litros e cinco cilindros, ele gera 310 cv de potência, oferece 420 Nm de torque. O Audi RS Q3 conta de série com o sistema Start-Stop, que desliga o motor quando o veículo para e dá partida novamente assim que o motorista tira o pé do pedal do freio. Outras medidas de eficiência, como a bomba de óleo que funciona conforme a necessidade do motor contribuem para o baixo consumo de combustível. O câmbio S tronic de sete velocidades tem desenho compacto e baixo peso. A rápida transmissão de dupla embreagem pode ser acionada automaticamente nos modos D e S ou manualmente por meio de shift-paddles no volante ou pela alavanca seletora com design exclusivo RS. O carro conta também com a função Launch Control (controle de largada), semelhante à usada na Fórmula 1, que proporciona arrancadas extremamente dinâmicas. O RS Q3 tem tração integral permanente para aproveitamento da força do motor e melhor condução e segurança nas mais diversas condições de piso e velocidade. O coração do sistema Quattro de tração integral é uma embreagem multidiscos controlada eletronicamente, com acionamento hidráulico, localizada no eixo traseiro, que administra a distribuição mais adequada do torque entre os eixos a cada momento. Sem descuidar do conforto, o Audi RS Q3 impressiona pela condução dinâmica e estabilidade.
O RS Q3 tem tração integral permanente para aproveitar a força do motor e ter melhor condução e segurança nas mais diversas condições de piso e velocidade
www.audi.com.br
| 85
Master of
TORQUE Chega ao Brasil para o aficionado que valoriza design, performance e tecnologia de ponta a Yamaha MT-09, que esbanja força e linearidade com seus três cilindros e permite uma pilotagem excepcional
A
Yamaha MT-09 traduz um conceito inovador que combina elementos característicos de modelos esportivos, naked e motard, com compacto e potente motor, unido ao leve chassi de alumínio que proporcionam ótimo desempenho para pilotos em busca de emoção. Ela é ágil e fácil de controlar devido ao peso reduzido e à massa centralizada. Seu design é ergonômico, com altura de assento de apenas 815 mm. Seu motor de três cilindros com notáveis 115 cv de potência, quatro tempos DOHC e doze válvulas traz à realidade o
86
|
conceito do produto: “Synchronized Performance Bike”, ou seja, oferece performance em sincronia com a vontade do piloto. A MT-09 também é equipada com a tecnologia Yamaha D-MODE (Drive Mode), com três opções: STD, A e B a serem escolhidos de acordo com o estilo de pilotagem de cada um: STD: Opção que cobre várias situações de pilotagem, entregando torque firme e contínuo tanto de baixas a altas velocidades; A: Mais agressivo do que o modo STD, entrega resposta contundente; B: Brando, se comparado ao STD, este modo proporciona uma pilotagem mais moderada. Com sistema de freios ABS (Antilock Breaking System) de série, essa moto conta com dois discos flutuantes de 298mm e 4 pistões em cada pinça dianteira, e um disco de 245mm na traseira. Os pedais do freio e do câmbio são de alumínio forjado – mais leves e que garantem a rigidez do sistema, oferecendo um balanço ideal para melhor controle. O design Yamaha nasce a partir do que a marca denomina “visualização de performance”, com um design esportivo »
O design Yamaha nasce a partir da “visualização de performance”, um design esportivo que por si só transmite a sensação de velocidade, agilidade e leveza
» que por si só transmite a sensação de velocidade, agilidade e leveza. Com base neste conceito, a MT-09 foi desenvolvida dentro do desafio de unificar em um modelo híbrido os padrões de naked e motard. Trazendo como resultado: Expressividade da leveza na pilotagem; Perfil esguio e moderno; Assento plano com versatilidade de off-road para utilização em vários cenários de pilotagem. O painel da Yamaha é completo, totalmente digital e conta com indicadores de marcha, combustível, posição do D-mode, conta giros, hodômetro total e parcial, média de consumo, consumo de combustível instantâneo, contagem regressiva de Km em “reserva”, temperatura da água do radiador e temperatura do ar de admissão. O farol é multi-refletor e a lanterna composta por lâmpadas de LED que trazem mais leveza e modernidade ao conjunto. Esta motocicleta é inteligente e topa qualquer parada, quer seja uma estrada sinuosa ou um giro pela cidade, se adaptando perfeitamente ao estilo do condutor. www.yamaha-motor.com.br
87
|
| necessaire |
Mercedes
GLA
Ágil, dinâmico e eficiente O Mercedes-Benz GLA é o quinto SUV da marca. Com esse lançamento, a perspectiva é ampliar ainda mais sua participação no mercado premium. Inicialmente importado, o GLA será produzido futuramente no Brasil
88
|
O Mitsubishi Pajero Full é apreciado em todo o mundo, pelo seu visual robusto e confiabilidade, tornando-se um mito no luxo urbano e nos fins de semana off-road
Ágil na cidade, dinâmico e eficiente na estrada, o GLA tem acabamento de alta qualidade, desenvolvido com a atenção aos detalhes característica da marca
| 89
| necessaire |
“C
om suas características marcantes, o GLA incorpora nosso pensamento evolutivo e cativa por seu design esportivo e dinâmico, além de possuir proporções que conferem praticidade ao modelo”, explica Dimitris Psillakis, diretor geral Automóveis da Mercedes-Benz do Brasil. “Nós acreditamos que o modelo irá fascinar tanto aqueles que já são clientes da marca, quanto um novo público ainda mais jovem e conectado”. Ágil na cidade, dinâmico e eficiente na estrada, o veículo tem acabamento de alta
90
|
Todas as versões trazem uma ampla gama de equipamentos de série para maior conforto e segurança dos usuários. O volante multifuncional esportivo forrado em couro possui 12 teclas de comando, permitindo o controle de vários sistemas
qualidade, desenvolvido com a atenção aos detalhes característica da marca. O mesmo cuidado se reflete no interior simultaneamente sofisticado e funcional, onde o encosto do banco traseiro pode ser rebatido completamente, dobrando a capacidade de carga do SUV de 421 para 836 litros. Jovialidade e modernidade, expressos por linhas harmônicas, constituem a filosofia de design da Mercedes. O pacote de acabamento externo e interno com diversos detalhes cromados reforçam o aspecto premium e o impacto visual desse automóvel. O GLA traz os genes marcantes dos SUVs
Conceito de jovialidade e modernidade, expressos
da marca e é mais jovem e escultural. As linhas laterais longas, as grades do radiador e o desenho dos faróis integrados ao veículo dão a ele um forte apelo visual. O design arrojado e imponente do exterior tem continuidade no interior do veículo, em que a qualidade é claramente perceptível nos contornos, seleção e combinações de materiais. Todas as superfícies são galvanizadas em prata escurecido, resultando em um acabamento perfeito. A alta qualidade dos assentos esportivos é ressaltada pela abertura na parte inferior do apoio de cabeça.
Com o GLA, mais uma série de modelos da Mercedes-Benz se torna benchmark em sua categoria pela eficiência, com coeficiente aerodinâmico (Cd) do modelo é 0,31. As versões do GLA trazidas para o Brasil contam com o motor turbo 1,6 litro com injeção direta de combustível e 156 cv, combinado à transmissão automática 7G-DCT com dupla embreagem. O automóvel traz de série a função ECO Start/Stop, que desliga o motor quando o veículo está parado, reduzindo o consumo e as emissões drasticamente nas grandes cidades, onde as paradas em semáforos e engarrafamentos são numerosas. »
por linhas harmônicas, constituem a filosofia de design da Mercedes. O pacote de acabamento externo e interno com diversos detalhes cromados reforçam o aspecto premium e o impacto visual desse automóvel
| 91
| necessaire |
» A direção é eletromecânica, proporciona maior sensibilidade ao condutor e contribui para a eficiência geral do veículo, já que só utiliza energia quando o volante é realmente esterçado. Ela também permite a incorporação de várias funções de assistência, a começar pela unidade de controle ESP (controle de estabilidade), como correções direcionais ao frear em superfícies com diferentes níveis de aderência, redução dos efeitos da tração dianteira na dirigibilidade e compensação de ventos laterais e inclinação da estrada. O GLA tem uma carroceria que combina diversos materiais de alta qualidade de forma a fornecer uma célula de sobrevivência altamente robusta para a melhor proteção possível do ocupante, sendo 66% dos seus componentes aços de
92
|
alta e super-alta resistência. Vários sistemas de assistência dão apoio ao motorista no GLA e reduzem a necessidade de esforço. Um importante sistema de segurança é o Attention Assist, que alerta o condutor em caso de sonolência e sugere uma parada para descanso. Luzes de freio adaptativas são outro recurso: em caso de frenagens de emergência, elas piscam alternadamente para avisar aos motoristas que vêm atrás, reduzindo o risco de colisão traseira. Outras duas funções de assistência, associadas ao sistema de freios ABS, contribuem para maior segurança e conforto. A primeira é a função Hold, que imobiliza o veículo em paradas temporárias, como nos semáforos, sem que o condutor precise manter o pé no pedal do freio. O automóvel é liberado
O GLA traz os genes marcantes dos SUVs
automaticamente assim que o acelerador volte a ser pressionado. O GLA 200 Advance, GLA 200 Vision e GLA 200 Vision Black Edition são as três versões que chegam inicialmente ao mercado brasileiro. Todas trazem uma ampla gama de equipamentos de série para maior conforto e segurança dos usuários. O volante multifuncional esportivo forrado em couro possui 12 teclas de comando, permitindo o controle de vários sistemas, entre eles o piloto automático TEMPOMAT e o limitador de velocidade Speedtronic, sem que o motorista precise retirar as mãos da direção. O volante também inclui as borboletas para trocas de marchas. O GLA 200 Advance traz sistema de ar-condicionado digital Thermatic, além de molduras no interior com acabamento
Silver Wave. As rodas são de liga leve com 18 polegadas. As versões GLA 200 Vision e Vision Black Edition se destacam visualmente pela presença do teto solar panorâmico, um forte elemento de estilo que, não por acaso, inspira o nome da versão. O teto solar tem acionamento elétrico, criando uma abertura para ventilação. O vidro escurecido mantem o isolamento térmico e o conforto no interior do veículo sob luz solar. O GLA 200 Vision Black Edition é uma edição especial, com design ainda mais esportivo, que traz como diferencial as rodas de liga leve na cor preta, os espelhos retrovisores pretos e pedaleiras em alumínio com cravos de borracha.
da marca e é mais jovem e escultural. As linhas laterais longas, as grades do radiador e o desenho dos faróis integrados ao veículo dão a ele um forte apelo visual
www.mercedes-benz.com.br
| 93
| talk show |
Dudalina party Foi fantástica a comemoração dos 4 anos da flagship store Dudalina 595, com trilha do animadíssimo DJ Felipe Venancio, Buffet cordon bleu do Capim Santo assinado pela chef Morena Leite, com direito a mimos com personalização das camisas Dudalina com Cristais Swarovski fotos Priscila Meireles
Blogueiras do F*Hits Cris Tamer e Helena Lunardelli, acompanhadas da Sônia Hess, presidente da Dudalina (no centro)
Bem-Vestidos Dudalina (AC Bem-Casados)
94
|
Inspiração Dudalina Capri
Ana Claudia Michels, Bar de Caipirinhas "Os Bacanas"
modelo da Dudalina
95
|
| talk show |
Esq/dir.: Gerson Otto | Diretor de Operações; Fabio Voelz | Diretor de Varejo e de Gestão de Pessoas; Sônia Hess de Souza | Presidente da Dudalina; Ilton Tarnowski | Diretor Comercial; Edinho Vasques | Diretor de Marketing
Blogueiras do F*Hits Cris Tamer e Helena Lunardelli
Modelos que desfilaram durante Chandon Rosê
96
|
a festa com looks Dudalina
O evento contou com diversos parceiros, como: Brigaderia, Nespresso, Chandon, Swarovski. O buffet ficou sob o comando da Chef Morena Leite | Capim Santo
Edinho Vasques | Diretor de Marketing da Dudalina; Ana Claudia Michels | Modelo da Dudalina e DJ Felipe Venancio
97
|
| chat room |
Baryshnicov é um bailarino russo com formação clássica que durante mais de três décadas encantou o mundo ocidental com seu ballet. Hoje ele desenvolve um projeto no Arts Center em Nova York, onde dá oportunidade a alunos do mundo inteiro para desenvolverem suas capacidades artísticas
Misha quebra nozes em New York
H
á quarenta anos atrás ele era um belíssimo e talentoso bailarino que fugiu após uma apresentação de balé em Toronto, deixando família e amigos e uma brilhante carreira na cortina de Ferro, ex União Soviética. No caso de Mikhail Barishnikov não se tratava de uma dissidência política, mas apenas a vontade de exercer seu talento nos palcos do mundo ocidental. E foi o que ele fez, dançando e se destacando em companhias como a de Jerome Robbins e Twyla Tharp, explorando dança moderna e pós moderna com o Alvin Ailey e Aszure Barton. Naturalizado cidadão americano, hoje ele desenvolve um projeto
98
|
no Arts Center na rua 37, na bairro conhecido como Hell’s Kitchen, no BAC em Nova York. Alunos do mundo inteiro têm a possibilidade de desenvolverem suas capacidades artísticas, tanto na dança como no teatro. Espantado com o sucesso de sua empreitada, o bailarino de 67 anos conclui: “Fico cheio de energia vendo jovens de todas as idades criando. Dar oportunidade às pessoas me preenche, é a minha missão”.
Master of Torque
Achcf ' W]`]bXfcg ,)$WW %%)Wj Ai]hc aU]g hcfeiY Y dYfZcfaUbWY 7\Ugg] Ya U`ia b]c. `YjYnU U[]`]XUXY Y fYg]gh bW]U ' Gk]hW\UV`Y AUdd]b[ 8!AcXY. ' cdW Yg XY d]`chU[Ya :fY]cg 56G XY g f]Y
a partir de R$35.990,00 + Frete Valor referente ao modelo MT-09 Cor Matt Grey (cinza fosco). Preco público sugerido no valor de R$ 35.990,00 + Frete. As motocicletas Yamaha estão em conformidade com o PROMOT - Programa de Controle de Poluicão do Ar por Motociclos e veículos similares. SAC YAMAHA: (11) 2431-6500 sac@yamaha-motor.com.br. Central de Relacionamento com o Cliente: (11) 2431-6000 - SAC: 0800-774-3233 - sac.consorcio@yamaha-motor.com.br. CAS - Atendimento ao Deficiente Auditivo ou de Fal a: 0800-774-1415. Ouvidoria: 0800-774-9000 - ouvidoria@yamaha-motor.com.br.
m t 0 9 . c o m . b r