Talk 5

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Edição nº 5 n dezembro 09

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nº 5 dezembro 09

O homem é mobile Alexandre Birman Paulo Boghosian Nacho Figueras Tom Ford Ralph Lauren Rico Mansur

O homem é mobile

Alexandre

Birman

Paulo

Boghosian

Nacho

Tigueras

TOM

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Ralph

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Rico

Mansur

R$ 9,90

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Isadora Cavinatto


São Paulo Shopping Iguatemi tel. 11 3031 4771 • Shopping Cidade Jardim tel. 11 3552 4102 Rua Haddock Lobo 1.682 tel. 11 3062 1881 • Villa Daslu tel. 11 3845 3750 Rio de Janeiro Shopping Leblon tel. 21 2422 3757 www.zegna.com



| Notebook de Claudio Schleder |

CLAUDIO SCHLEDER: Aqui começa nossa edição dedicada ao Homem. BRONIE LOZNEANU: Que na verdade virou uma edição sutil do assunto Homem. CLAUDIO: Sutil? BRONIE: Bem, tem ainda muita coisa que interessa às mulheres, como arte e moda. CLAUDIO: Bem pensado, mas quando desenhamos o número, a ideia era de se fazer uma edição de TALK do ponto de vista masculino, mas que não impeça as mulheres se interessarem em ler estes mesmos assuntos, como a história da stripper Dita Von Teese. BRONIE: E as mulheres querem saber alguma coisa sobre Dita? CLAUDIO: Ela reinventou a arte do striptease. E conseguiu construir uma carreira excitando homens sem sacrificar sua integridade. Bem assim como Nacho Figueras, que é jogador de polo, um esporte bem machista. BRONIE: Que recebeu e aceitou o convite para ser garoto propaganda da Ralph Lauren. E até os jogadores mais chegados estranharam. Afinal, polo é coisa de macho, força, brio e coragem, um pouco distante de estúdios assépticos e de fotos de homens lânguidos e nem sempre muito masculinos. CLAUDIO: E Nacho modestamente, raciocina que tem

um monte de caras por aí que se parecem com ele, com a diferença de que ele é um jogador de verdade. BRONIE: Como mostramos na matéria de estilo masculino, que o “dandy” passou os dois últimos séculos, alvo de conotações irônicas e ultrajantes. George “Beau” Brummell, o mais famoso de todos os dandies, na realidade simplificou o modo de vestir dos gentlemen ingleses. CLAUDIO: Substituindo as perucas cheias de talco, os costumes cheios de brocados, de laços e de fitas, por cabelos penteados e engomados, paletós simples e de corte impecável, e camisas de linho imaculadamente brancas. Ele com certeza merece o titulo de “pai do costume moderno”. BRONIE: A única profissão do dandy era ser elegante, nenhum outro status, senão a idéia de cultivar a própria beleza... Ele devia viver e dormir na frente do espelho. CLAUDIO: Qualquer semelhança com David Beckham, não é mera coincidência. Hoje em dia é completamente normal que um macho heterossexual visite um spa, faça uma massagem facial, manicure e pedicure, folheie uma revista de moda masculina com um delicioso aroma orange do Hermés, e veja com atenção as páginas com dicas de novos tratamentos e cosméticos, enquanto espera para ser atendido e paparicado como um rei. BRONIE: E prova que as coisas podem sim, serem iguais e totalmente diferentes.

cover girl

Isadora Cavinatto

usa brincos e pulseiras Sara Jóias e corrente Camila Klein Produção: Barbara e Deborah Lopes (Mninas) Beauty: Tadashi Harada (Agência First)

EDITOR CLAUDIO SCHLEDER

foto de

Marcelo Spatafora

DIRETORES CLAUDIO SCHLEDER FABIO CURI

DIREÇÃO DE ARTE RL Markossa REDAÇÃO BRONIE LOZNEANU, CAMILA FREMDER, COSETTE JOLIE, IZABEL MANDL, tatiana sasaki PRODUÇÃO BÁRBARA LOPES, DEBORAH LOPES E CARLA PATRICIA FOTOGRAFIA CELIA SAITO, MARCELO SPATAFORA PRODUÇÃO GRÁFICa, TRATAMENTO DE IMAGEM E PRÉ-IMPRESSÃO RL Markossa REVISÃO PATRICIA MENDES DIRETOR DE PUBLICIDADE FABIO CURI GERENTE DE PUBLICIDADE CLAUDIO SCHLEDER FILHO IMPRESSÃO E ACABAMENTO IBEP GRÁFICA. TALK É UMA PUBLICAÇÃO DE OM.COM COMUNICAÇÃO REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO RUA JERÔNIMO DA VEIGA, 428 CJ. 82 CEP 04536-001 TEL.3078-7716 SÃO PAULO - SP. TALK NÃO SE RESPONSABILIZA PELOS CONCEITOS EMITIDOS NOS ARTIGOS ASSINADOS. AS PESSOAS QUE NÃO CONSTAM NO EXPEDIENTE NÃO TÊM AUTORIZAÇÃO PARA FALAR EM NOME DA TALK OU A RETIRAR QUALQUER TIPO DE MATERIAL SE NÃO TIVEREM EM SEU PODER UMA CARTA EM PAPEL TIMBRADO ASSINADA POR QUALQUER PESSOA QUE CONSTE DO EXPEDIENTE.


RUA BELA CINTRA, 2209 - TEL.: (11) 3088-8602


| conteúdo |

58 MISS DITA

Dita Von Teese, a rainha do neo-burlesque ganhou sua coroa e merece o título de rainha das performers, como Sally Rand, que era famosa nos anos 30 por dançar nua, só protegida por um par de penas

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O HOMEM É MOBILE

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NACHO MACHO

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O mundo já passou por todas as revoluções de estilo e de costumes e toda uma jovem geração com espírito mais livre, surgiu na cena com a máxima “fora com o velho, alas para o novo”. Mas sempre haverá espaço para a co-existência de um espírito revolucionário e um homem vestido num terno elegante

Ele é um jogador que dá tacadas certeiras. Não é o melhor do mundo, mas seu diferencial é ser a encarnação do macho argentino jogador de polo. Nacho Figueras tem se esforçado para mudar a imagem do jogo, que foi sempre considerado como um esporte de ricos ociosos que exibem suas performances nos gramados de mansões ou clubes particulares, uma ideia equivocada que ele está se esforçando para corrigir

ALEXANDRE, SHOEMAKER

A carreira do jovem empresário Alexandre Birman nunca esteve tão florescente. Tanto em São Paulo como no exterior, sua marca está numa fase promissora. Ele recebeu em NYC o respeitado Footwear News Achievement Award, um dos prêmios mais importantes da indústria, e que agraciou, nesta mesma data, o legendário Manolo Blahnik, e os designers Steven Madden e Giuseppe Zanott

BREAKING NEWS

Em New York, as novidades só são novidades por quinze minutos. Talk revela uma seleção de top hotéis, restaurantes inusitados e lojas divertidas que prometem brilhar por muito mais tempo do que Warhol poderia imaginar


CNPJ: 33.170.085/0001-05 - Processos SUSEP 15414.100313/2004-12, 15414.000143/2005-40, 15414.000140/2005-14, 15414.000305/2009-73 - O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização.

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| The Talk Of The Town |

Cosette chérie, acabo de passar uma semana em Buenos Aires, e você nem pode imaginar como a cidade mudou, pois me lembro muito bem de nós duas ainda novinhas passeando pela Recoleta, e você comentando que o bairro era igualzinho ao seu quartier, o 16eme em Paris. Fomos para lá em plena guerra das Malvinas, e o astral da cidade era sombrio, muito diferente da cidade cosmopolita e bem menos conservadora deste novo milênio. As damas não usam mais aqueles coques presos e cheios de laquê, e a quantidade de cílios postiços diminuiu consideravelmente, mas os homens portenhos continuam tão charmosos e provocantes como naqueles tempos, com aquele olhar oblíquo a la Carlos Gardel... E é claro, os pacotes de açúcar não vêm mais com o mapa das ilhas Malvinas. Um fracasso que contribuiu de vez para fazer afundar a junta militar e seu domínio de perseguições, autoritarismo e terror. A Buenos Aires de hoje me parece resplandecente, tive a sensação de necessitar de muitos olhos para mirar tantas novidades. Estou me referindo a Porto Madero, um bairro novo à beira do infindável rio de La Plata, que se parece com o mar. Pois bem toda aquela zona degradada com seus imensos galpões se transformou num complexo de restaurantes e boutiques num lado da margem do rio, e do outro brotaram arranha-céus de fazer inveja ao sky line de Nova York, e com preciosidades como o hotel Faena, um histórico celeiro de grãos, no coração do Art District, feito com tijolos importados de Manchester no auge da Belle Époque há mais de século, um marco na cidade. Pois bem o edifício foi restaurado e sua decoração foi orquestrada pelo genial e peculiar, Phillipe Starck. No seu primeiro projeto na América Latina, o designer mergulhou na alma portenha e eu fiquei boquiaberta com o que vi. Acho que você, Cosette, também iria adorar. Seu conterrâneo conseguiu reproduzir um universo totalmente particular, não sei do que mais gostei. O restaurante El Mercado, por exemplo, é todo decorado com elementos da Belle Époque garimpados nas demolições dos prédios históricos com antigas cristaleiras de vidro repletas de souvenirs dos antiquários de San Telmo. Fotos de personalidades argentinas de hoje e do passado, como Evita Peron, Che Guevara, o escritor Jorge Luis Borges, compositores de tango como Astor Piazzolla, astros como Gardel, Diego Maradona. Enfim, um misto de museu e sala de comer! Depois fiquei enlouquecida com um pequeno salão de chá todo branco onde Starck pôde expressar toda a sua criatividade, um verdadeiro salão “à la Marie Antoinette”, um boudoir de contos de fada, mas meu entusiasmo não parou por aí, o que dizer então dos banheiros todos de mármore branco e vidros bizotés com torneiras em formato de cabeças de cisnes! Não querida, isto não é o produto da minha fértil imaginação, este lugar existe mesmo! Eu ainda tive o privilégio de jantar

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Saul Steinberg

Bailas comigo?

no Cabaret, recoberto por veludos e tapeçarias vermelhas e assistir ao espetáculo de Rojo Tango, um mergulho na alma portenha desde o início dos cabarés do começo do século passado até o tango avant garde de Astor Piazzolla. É um must ver evoluir neste décor cantores e bailarinos interpretando cortes, quebradas e firuletes, passos do que julgo ser a dança mais sensual do mundo. Mas se você, chérie, está ficando roxa de inveja se prepare porque tem muito mais. Lembra daquele hotel que admiramos na Recoleta? O Alvear? Pois é, ele está esplendido, foi inteiramente restaurado e recuperou todo seu luxo e elegância de estilo Louis XIV e Louis XVI. Fui lá para receber uma massagem revigorante em seu spa, afinal após dias de extenuante caminhadas percorrendo as imensas avenidas da cidade, meu corpo precisava de um mimo, eu não resisti e sucumbi ao tradicional chá da tarde, na L´Orangerie, com deliciosas pâtisseries, acompanhadas de um bom Kir Royal. Ainda tive tempo para bisbilhotar um novo bar de charutos onde se pode também degustar Cognacs, Armagnacs e Oportos, e vislumbrar uma emocionada noiva se dirigindo a um dos majestosos salões de baile do Alvear, para seu banquete de casamento. Depois de tanto fausto e luxo, resolvi mergulhar do outro lado da cidade e visitar o popular e orgulhoso bairro de origem genovesa, o La Boca. Ali, fiz o tour de suas típicas ruas com fachadas multicoloridas, e fui visitar a exposição “El Tiempo Del Arte” num dos melhores museus de arte contemporânea do país, que tem sempre uma curadoria instigante, a Fundácion Proa. Fica num prédio todo restaurado, com uma vista deslumbrante para o cais. Estava anoitecendo e aproveitei para voltar ao centro, fazer um tour pela Casa Rosada e tomar o último aperitivo do dia no Café Tortoni, o primeiro e mais famoso café da capital, todo Art Nouveau, e me senti, Cosette, como você em Paris! – Bronie Lozneanu


www.mixed.com.br




| The Talk Of The Town |

A um quarto de século atrás, a morte da máquina de escrever foi decretada, mas é claro, esta decadência aconteceu lentamente e por etapas. O primeiro substituto da IBM de esfera era um monstro gigante, bege e desarticulado chamado Macintosh. Logo foi apelidado de Mac. O modelo 128K nasceu no dia 24 de janeiro de 1984, bem orwelliano, sendo o primeiro sucesso comercial do computador pessoal a ter um mouse, uma interface gráfica (gui) em vez de um comando de interface linear. Pela primeira vez na história, você sozinho no seu escritório, podia operar verdadeiros milagres, navegando no meio de uma multidão de documentos e aplicativos, e ter a sensação de que este computador não era seu inimigo, de fato, ele era seu melhor amigo. Era um pequenino R2D2 que estava lá para auxiliar em suas aventuras diárias. É esta camaradagem que fez do Mac um ícone e não apenas um aplicativo. Não sei se vocês lembram de quão primitivos os computadores eram em 1984, além do que feios, chatos, lerdos e caros e, para conseguir lidar com eles, você tinha que se relacionar com uma pessoa chamada de “geek”, o tarado por tecnologia. Naquele tempo, um tarado por tecnologia era o equivalente a um “anão de circo”, e hoje em dia remete a uma pessoa que manda no mundo. Meu instrumento particular de auto-tortura era uma IBM Selectric com auto-erase, e possuí-la era como ser dono de uma Bentley hoje, atraindo olhares invejosos que subentendiam – “você está por cima, não é?” Em 1988 percebi que minha vida mudou, graças aos poderes do Mac, e lentamente fui me tornando escritor e designer também, e no meu caso, este efeito foi ampliado porque o cabeçudo diretor de arte se recusava a trabalhar num computador, seu apelido era “onde está a tecla ON”? Não tenho a mínima idéia porque o publisher contratou esse cara, mas sua insistente ignorância obrigou todo mundo no escritório a realizar o seu trabalho. Hoje, acho que fazia mesmo parte de sua estratégia, ou talvez ele fosse preguiçoso mesmo, nunca vou saber. Mas o que sei com certeza é que meus colegas de redação, saídos dos bancos da faculdade de jornalismo usavam termos como “letras capitulares, leading e Bodoni.” Imagine, na época quantas pessoas sabiam o significado da palavra bodoni, o que hoje até meu sobrinho de 12 anos de idade sabe. E isso é uma revolução, o Mac democratizou o design, fazendo com que editores e escritores percebessem o que o diretor de arte já sabia, palavras não são apenas palavras, mas fontes artísticas. Se você confessar para algum amigo seu, arquiteto, designer ou videomaker que tem a ousadia de trabalhar num PC, terá em retorno uma expressão que é uma mistura de pavor e menosprezo, como se estivesse confessando que está dirigindo uma carroça na infra highway da informação.

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Saul Steinberg

Big MAC

Com todas as facilidades de um super Mac, adolescentes entusiasmados podem queimar CDs com apresentações e músicas sem gastar nenhum tostão, com criatividade, entusiasmo e habilidade, que eram privilégio de uma casta de profissionais com salário de muitos dígitos. Fica aí uma pergunta inquietante: o que todo este povo vai fazer de hoje em diante? – P edro Teles


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Saul Steinberg

| The Talk Of The Town |

No ANALISTA Eu nunca me deitei no divã, prefiro a poltrona, e na poltrona me sento há oito anos, isso mesmo, freqüento o mesmo analista há oito anos. E o que isso significa? Que provavelmente ele também freqüenta algum analista há aproximadamente oito anos, caso contrário já teria desistido, ou enlouquecido junto comigo. Não, eu não sou louca, apenas vejo o meu dia acabar quando o celular apita e é uma mensagem do tipo, “responda para 144 com a palavra ‘torpedo amigo’ e ganhe o pacote até dezembro”, e me descubro o ser mais feliz da face da terra, quando eu gosto do prato do dia, e não preciso ler aquele cardápio todo. Louco, né? Mesmo assim, eu me recuso a deitar no divã. E eu pergunto com a maior naturalidade pra ele. – Você tem Facebook? – Desculpa, tem o quê? – Facebook, o site Facebook, tipo Orkut, essas coisas, sabe? – Ah, sim, o site. Não tenho. – Por que não? Você não usa computador? Os seus amigos não têm Facebook? – Ah... eu uso, mas acho que tenho preguiça, preencher todos aqueles dados, e não conheço muita gente que tenha Facebook. – Ixi... se você tem preguiça de preencher os dados, você realmente não serve pra ter um Facebook. Parto do princípio que se você tem um Facebook, você tem que usá-lo, nada mais sem sentido do que aquelas pessoas que apagam toda página. Melhor não ter, não acha? – Sei... – Essas pessoas devem ser as mais xeretas. Não colocam nada no próprio perfil de tanto que vasculham a vida dos outros.

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– Imagino que sim. – Se você tivesse um, você iria me add? – Como assim Camila? – Ah, se a gente ia ser amigo de Facebook. – Sim, claro. Eu seria o seu amigo no Facebook. – Mas aí você ia saber coisas demais. – Eu já sei. – Você ia descobrir quando eu minto. – Você mente? – Todo mundo mente, outro dia falei pra um amigo que não tinha saído e ele leu um recado na minha página dizendo: “Nossa, o que foi ontem?” – Mas você mente pra mim? – Não fica arrasado, eu minto pra todo mundo. – Mas não é a coisa mais inteligente do mundo mentir para o analista. – Acho que você tem que fazer um Facebook, assim você vê quando eu estou mentindo. Lembra que eu falei que nunca mais tinha falado com o Zé? – Sim. – Se você tivesse Facebook ia ver que eu saí com ele terça, e que venho trocando mensagens com ele há semanas. – Ah, então eu preciso ter um Facebook, pra xeretar o seu, e pegar você mentindo pra mim? – Isso mesmo, você tem que me desmascarar! – Pelo Facebook? – Claro, você tem ideia da quantidade de namoro que acaba por causa disso? – Não, eu não tenho ideia, Camila. – Sabe, acho que eu ando na noia. – Prossiga. – O processo todo me enlouquece, por exemplo, você recebe as informações do que se passa no seu Facebook no seu e-mail. Então eu recebo, fulano de tal te adicionou, aí eu paro o que estou fazendo pra ver quem é. – Sei... – E quando é alguém que eu não lembro, toca xeretar pra ver os amigos em comum, dá um trabalho... Agora então ferrou a minha noia porque qualquer pessoa que eu não conheça me adicionando eu vou achar que é você disfarçado... – Eu não vou fazer isso! Mas por que você tem então? – Sei lá, troco fotos, vejo os eventos da semana, falo com gente que estou meio em falta como amiga, essas coisas. Mas agora piorou, eu recebo tudo no meu celular. – Você sabe o que esta acontecendo no seu Facebook pelo celular? – Pior, eu consigo acessar a minha página, e de qualquer lugar pelo celular e atualizar! Estou na praia, escrevo – Camila na praia. É ridículo... Me ajuda! – Ah, você avisa o que você está fazendo? – Sim, agora por exemplo – Camila no analista. E é ótimo porque todo mundo que leu não vai me ligar. – Então você está querendo me dizer que você anda escrava do Facebook, é isso? – Não, do Zé. Entro na página dele o dia inteiro! Olha aqui, agora ele escreveu “Zé is tired”. Ele deve ter saído ontem, mas ninguém postou foto nenhuma até agora. O que você acha? – Camila Fremder


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Fran Parente em auto-retrato

Álbum de arquitetura

O arquiteto Fran Parente experimentou a fotografia, gostou e abandonou a prancheta, descobrindo sua vocação na decoração e arquitetura das cidades

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Nem bem saído da faculdade, já estava estagiando no escritório de arquitetura Triptyque, e lá, descobriu que no andar de baixo, havia um estúdio de fotografia. Começou a experimentar, e logo seu olhar se voltou para a cidade, fotografando prédios, apartamentos e espaços públicos. Durante suas férias, revelando as fotos, descobriu que este era o lado da arquitetura que curtia, e não o trabalho das pranchetas. Resolveu, então, pedir um estágio ao amigo de seu pai, o fotógrafo Tuca Reinés. Viajou para lugares como Nova York, Punta del Este, Brasília, Rio, sempre em busca de imagens e depois de manter contato com revistas de arquitetura, tem uma serie de trabalhos publicados na AU – Arquitetura e Urbanismo, Projeto &


Apartamento nos Jardins projetado pelos arquitetos Greg Bousquet, Carolina Bueno, Guillaume Sibaud e Olivier Raffaelli da Tryptique com peças de decoração da Micasa

Livraria Cultura de Campinas projetada pelo arquiteto Fernando Brandão

Design, Viver Bem e Casa Mix, numa revista da Coréia e outra da Turquia. Seus arquitetos prediletos são Marcio Kogan, Isay Weinfeld, os escritórios Triptyque e Forte, Gimenez e Marcondes Ferraz. Também é fã dos fotógrafos Nelson Kon, Cristiano Mascaro, Tuca Reinés, Leonardo Finotti e o chileno Cristobal Palma. Fran foi bastante influenciado pelo ambiente familiar, pois de seu pai restaurateur Kiko Parente, do Spazio Gastronômico, herdou o gosto pela cozinha, e de sua mãe Bia Pimenta Camargo, dona do Depósito São Martinho e da avó Beatriz, vice-presidente do MASP, o olhar apurado da arte e decoração. No futuro Fran se imagina estabelecendo outras bases na Argentina, Chile e Manhattan.

O New Museum no Soho em Nova York, projetado pelos Arquitetos Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa do escritório SANAA

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Paulinho Boghosian Residente do Warung Club, de Camboriu e D-Edge, de São Paulo, dois dos melhores clubs do mundo, e considerado o melhor DJ do Brasil dois anos consecutivos em 2006 e 2007, no prêmio da Cool Magazine, Paulinho Boghosian, é um dos expoentes da house music no Brasil. Ele iniciou sua carreira em 1999, quando ganhou o prêmio Phillips Expression, para novos DJ da cena eletrônica. Passou a ser convidado a se apresentar em importantes clubes da cena paulista como Base, The Lounge, Macao, The Club e Sutra. Seus sets já renderam elogios de grandes DJs como Darren Emerson, Nic Fanciulli e Paul Woolford. Ele também tem nome forte no meio da moda. Já fez a trilha sonora de diversos desfiles, entre os quais se destacam a marca Roberto Cavalli e Versace no Brasil, México e Rússia. Como produtor, Paulinho remixou duas faixas para Rita Lee no CD lançado em 2004. Também produziu uma faixa ao lado de João Lee e Ale Reis, que foi um dos pontos altos do cd Colcci Tronic volume 3. Seu som é predominantemente house, englobando as vertentes de deep house, minimal e tech house. Como diz o próprio artista: “Procuro construir uma história durante minhas apresentações, criando um ambiente sexy, envolvente e divertido na pista. O resultado é um set conceitual, mas ao mesmo tempo acessível. Esta combinação, definitivamente, faz todo mundo dançar.

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Christian Blanco Em 1987 ele estava esquiando na Áustria, quando um amigo lhe ofereceu uma lata de uma nova bebida, que supostamente dava energia. Foi o seu primeiro contato com um energy drink. Esse amigo chamava-se Herbert Ruhdorfer e na época era um dos melhores snowboarders austríacos e um dos primeiros atletas patrocinados pela Red Bull. Então nem sequer sonhava que anos depois, após algumas coincidências, viagens e reuniões, estaria no escritório austríaco daquela companhia, começando a trabalhar para eles no Brasil onde ficou até o final de 2005. “Foi muito interessante participar do posicionamento e da construção da marca e da distribuição no Brasil e em trinta países da América Latina. Nesses anos de trabalho pude explorar todos os campos que gostava: a marca patrocinou eventos de moda como o São Paulo Fashion Week, e deu apoio aos melhores clubs e boates, festas e eventos de música e cultura.” Christian então decidiu seguir outro rumo e usar sua experiência, abrindo a agência Eggs Brand & Experience, para trabalhar o relacionamento entre marcas, produtos e o consumidor. “Aprendemos muito com clientes interessantes como Basf, Ford, Contax, Coca-Cola, Mercedes-Benz e Smart. Para 2010 estamos mergulhados em dois novos projetos, a rede de varejo 10º55º e uma linha de protetores solares “made in brazil”. Pois é, Christian é mesmo um “lucky guy”, pois no seu dia a dia, se diverte trabalhando. – Camila Fremder

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Os franceses são famosos por suas inspirações.

Venha ao Le Vin e conheça a maior delas: a culinária. A França trouxe uma nova tendência, espalhando bicicletas por Paris. O Le Vin cria todos os dias novas formas de trazer o sabor da culinária francesa até você. Quer uma boa ideia? Visite a França sem sair do Brasil. Vá ao Le Vin.

BIST

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O homem elegante tem sempre um estilo inconfundível, ele é refinado mas irreverente, sofisticado mas despretencioso. Tanto no escritório, em viagens a negócios ou a passeio, ele consegue mesclar perfeitamente beleza com classe numa forma de sutil hedonismo

Free Way Jacket A jaqueta é feita de um moderno tecido que repele a água, com um acabamento que permite a transpiração. Esse processo garante proteção da água mantendo a temperatura corporal constante além de permitir a transpiração. A Free Way Jacket faz parte da linha Zegna Sport, e tem na gola um sistema de luz de LED que permite maior segurança e visibilidade noturna.

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Valise de classe A mala de mĂŁo marrom em couro Ermenegildo Zegna ĂŠ ideal para viajante minimalista de primeira classe

Lap jeans Este jeans de Zegna Sport vem com uma capa super bacana que pode ser usada para carregar laptop e mais mil utilidades

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Prazer desejável O designer australiano Marc Newson reinterpretou de maneira extremamente contemporânea o lendário e icônico shape da garrafa de Dom Pérignon, com mais de 300 anos de história, e criou uma peça de arte hightech que mudou o conceito do ice bucket de champagne. Newson mantém a essência do contorno da garrafa no bucket, feito em alumínio, com o famoso rótulo da marca impresso na cor verde neon e a assinatura do artista no verso, em um laranja brilhante. As criações de Newson vão de móveis e objetos diversos a esculturas de grande projeção. Seu trabalho está exposto no MoMA, no The Design Museum de Londres e no Centre Pompidou em Paris. As três unidades do bucket Dom Pérignon que estarão disponíveis ao mercado brasileiro serão vendidas através de leilão com renda revertida à instituições beneficentes. Dê um lance, se encha de prazer e faça uma boa ação. www.domperignon.com

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Mergulho vintage O primeiro IWC Aquatimer de mergulho foi criado em 1967, e agora na comemoração dos 140 anos da célebre marca, ele foi relançado com uma nova interpretação, uma boa oportunidade para se adquirir um relógio de coleção. Este tem anel rotativo, movimento automático, em duas versões: caixa de platina e pulseira de couro preta em edição limitada de 500 exemplares, e caixa de aço polido com pulseira de borracha preta.

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O mundo já passou por todas as revoluções de estilo e de costumes e toda uma jovem geração com espírito mais livre, surgiu na cena com a máxima “fora com o velho, alas para o novo”. Mas sempre haverá espaço para a co-existência de um espírito revolucionário e um homem vestido num terno elegante

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Tom Ford

O estilista Tom Ford depois de reinar durante décadas na moda feminina, decide se dedicar ao masculino, onde desenha a quintessência da sofisticação. Basta olhar para a foto e tirar suas próprias conclusões, o duplo abotoamento do terno, a elegância impecável do corte e a harmonia das cores

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Ivy Leaguers de 1950 Nos anos de ouro do look Ivy League, os estudantes de Yale vestidos de maneira impecรกvel, num look total do tartan ao tweed, passando pela gravata borboleta

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“O preppy é alguém que está sempre impecável, sem o menor esforço, e que faz sempre tudo certo, sem se esforçar.” Erich Segal, autor de Love Story, 1970

Fashion no campus

Yale Futebol Clube

Um robusto time de futebol, ostentando com orgulho a letra “Y” nos seus suéteres

O “Ivy League” look nasceu na América e continua fiel aos seus criadores fundadores, Ralph Lauren, J.Crew e Brooks Brothers. Para entender como este estilo influenciou o resto do mundo, precisamos voltar um pouco e descobrir as origens do Ivy League nos primórdios do século XX. Em 1896 a Brooks Brothers introduziu o que seria o símbolo máximo deste look, a roupa “sporty-oxford, uma camiseta de três botões adaptada das camisetas inglesas dos jogadores de polo, que não queriam o colarinho raspando no seu rosto. Até os anos 30, a Brooks Brothers introduziu itens que se tornaram os componentes fundamentais do Ivy League look, como um casaco de polo também emprestado da Inglaterra equestre, os suéteres de shetland, e os paletós desestruturados, marca registrada do império britânico. A gravata de listras grossas, baseada no design de clubs ingleses, com tecidos indianos esportivos tipo madras e a camisa com botão na gola na cor pink. Quem lançou mesmo este estilo, foram os herdeiros das elites privilegiadas que estudavam em Harvard, Yale e Princepton, enquanto o termo Ivy League só passou a ser utilizado na década de 30, como referência às oito escolas que integravam aquela liga, e ao gosto por novidades, como o mocassin, conhecido como “loafer”e as jaquetas inglesas de caçador que passaram a ser usadas como capas de chuva. Lá pelos anos 50, este look se consagrou como informal, como disse a revista Esquire, “naturalidade é a resposta, nada superficial”. Este era o novo “old school look” de toda “jeunesse dorée” de Nantucket à Martha’s Vineyard, passando por Ipanema, à Bovespa e à Riviera Francesa. As bermudas e shorts também fizeram parte deste look, com as revistas

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Ralph Lauren

O mais americano de todos os estilistas, o clássico Ralph Lauren sempre se inspirou nas imagens da América, do campo, da escola, dos esportes e dos filmes, para criar roupas masculinas nas últimas quatro décadas

masculinas exclamando “shorts são sensacionais!”, anunciando que tinham invadido os campus de Princepton e Yale. A partir dos anos 50, esta estética também conquistou os maiores astros de jazz: Miles Davis costumava tocar no festival de jazz de Newport, com camisa de colarinho arredondado, gravata borboleta e paletó molenga. Logo outros nomes do jazz como Stan Getz e Chet Baker adotaram o Ivy League look. Nos anos 60, este estilo aterrisou na Casa Branca com o jovem e charmoso John Kennedy. Daí esta nonchalance contaminou o mundo, influenciando designers contemporâneos como

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Michael Kors. A popularidade do Ivy League só decaiu por uma breve década, nos anos 70, com a ascensão dos movimentos hippie, disco e punk, mas logo triunfou nos anos 80, onde muitos jovens executivos cansados do “look poliéster”, estavam ansiosos por uma estética mais fresca e clean. O resultado foi o renascimento do estilo clássico americano, que invadiu o mundo com o movimento yuppie. Por aqui, as marcas que seguem uma linha clássica esportiva são a VR Menswear, Mandi & Co, Richards, Tommy Hilfiger, Yatchsmen e Calvin Klein Jeans.


Sinatra boys

Dean Martin, Peter Lawford e Frank Sinatra durante o making of do filme original Onze Homens e um Segredo esbanjando “hipster chic”, com ternos escuros e justos, camisas brancas e gravatas finas e a famosa pochette

“Todo homem tem três personalidades: a que exibe, a que possui e a que julga possuir.” Alphonse Karr

O poder cai bem

Muito mais do que um uniforme de trabalho, o paletó se transformou numa forma de expressão. Então o que muda nos ternos neste século XXI? O mundo já passou por todas as revoluções de estilo e de costumes, mas o terno continua inabalável em sua trajetória de elegância, já que o smoking é visto só no red carpet hollywoodiano. O terno se tornou emblemático para todas as situações, de casamentos a funerais, sempre que o homem quer mostrar o melhor de sua imagem. Pelo contrário, o terno hoje em dia pode implicar em atitudes radicais, pois

basta admirarmos imagens de estilistas, músicos, astros do futebol e das finanças. Há vinte anos atrás, a situação era muito diferente, pois os homens não usavam ternos para se destacar, mas para se enquadrar na sociedade. O paletó também passou no século passado a acompanhar o jeans numa estética mista, esportiva mas composta. A lenta evolução do terno, logo passou por uma revolução no final da primeira guerra mundial, era o início da era moderna, o primeiro período dominado pelo gosto de pessoas jovens. Durante os loucos anos 1920, toda uma jovem geração com espírito mais livre, surgiu na cena

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O traje do arquiteto

O arquiteto Tom Moore ficou consagrado nesta publicidade de Ralph Lauren de 1980, num clássico terno de lã em estampa Príncipe de Gales com colete. Atente para os detalhes da gravata listrada e a flor na lapela, que levantam todo o visual

com a máxima “Fora com o velho, alas para o novo”. Isto poderia se aplicar tanto às velhas regras morais quanto para a moda. A mudança do costume tradicional veio rapidamente com fúria. Primeiro foi a era radical do terno de jazz, com paletó extremamente acinturado e calças largas. É interessante se notar que estes são os primeiros movimentos que vão antecipar o estilo retrô dandy dos anos 1950, dos teddy boys ingleses, mas também dos paletós europeus dos anos 1970. Claro, a elegância de Saville Row nunca ficou ultrapassada, porém as jovens gerações e a cultura de rua fizeram com que o terno assumisse todos os tipos de formas e cores das últimas cinco décadas. Mas certos momentos históricos como os da Grande Depressão de

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1929 tornaram o terno mais comportado. Foi Edward, príncipe de Gales, mais tarde Duque de Windsor, quem realmente deu corpo ao estilo inglês, inspirando ícones do cinema americano. Mas voltando à Saville Row, os cortes mais longos foram introduzidos no lugar dos paletós mais estreitos e justos dos anos 20. Os ombros mais largos e estruturados vão dominar toda a facção de ternos até os anos 50. Foi só com o advento da segunda guerra mundial com a restrição e escassez de tecidos, que os verdadeiros patriotas passaram a usar o cardigan, que era o paletó destituído de todos os excessos na gola, lapela, botões e ombreiras. Aconteceu na sequência, o “zoot suit”, um terno que era puro exagero, de proporções descomunais, usado


John Travolta

Tony Manero, seu personagem em Saturday Night Fever imortalizou o terno que se tornou o mais poderoso da era disco, um três peças branco com lapelas exageradas, camisa preta com peito a mostra, e corrente sobre peito peludo. Só para quem pode

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Brooks Brothers O paletó certo pode sim transformar o homem num dandy, especialmente quando ele põe as mãos na cintura. Este colete de seda importado com botões perolados está sendo usado por cima de uma camisa Brooks Brothers

Wall Street

Gordon Gekko, o personagem de Michael Douglas ficou famoso no filme Wall Street por duas coisas, sua enorme cobiça e seus ternos poderosos da grife Alan Flusser, usados com suspensórios e camisas coloridas com colarinho branco

por Duke Ellington, Xavier Cugat e Cab Calloway, dando aquele aspecto de historia em quadrinhos, com calças super baggys que vinham quase até o queixo, e com um paletó reforçado com super ombreiras, era uma maneira das comunidades negras e latinas de provar seu orgulho racial e de se colocar contra o establishment e a opressão da comunidade branca. Os anos 1950 foram anos plácidos para o terno, e nos 1960 e 1970 é claro, ele perdeu terreno com as revoluções e os movimentos de contra cultura. Ele só brilhou no final da década de 1970, mas de maneira espalhafatosa no famoso terno branco de poliéster usado por Tony Manero, leia-se John Travolta em Saturday Night Fever. Mas o apogeu do terno se dá mesmo nos anos 1980, com Ronald Reagan e os yuppies de Wall Street, impossível de não lembrar dos ombros exagerados, com duplo abotoamento, os famosos “power suits”, desenhados pelo italiano Giorgio Armani, inspirado no estilo dos anos 1940, colocando no mapa toda a alfaiataria clássica com importantes nomes como Zegna e Loro Piana.

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“Seja um obra de arte, ou vista uma obra de arte.” Oscar Wilde

Me visto, portanto existo

O termo “dandy” passou os dois últimos séculos de conotações irônicas a ultrajantes. George “Beau” Brummell, o mais famoso de todos os dandies, na realidade simplificou o modo de vestir dos gentlemen ingleses, substituindo as perucas cheias de talco, os costumes cheios de brocados, de laços e de fitas, por cabelos penteados e engomados, paletós simples e de corte impecável, e camisas de linho imaculadamente brancas. Ele com certeza merece o titulo de “pai do costume moderno”. Embora Brummell não ostentasse sua aparência, ele ainda demorava a bagatela de cinco horas para se arrumar, um tempo considerado normal no período da Regência, e portanto devemos darlhe crédito porque ele encorajou os ingleses a escovar os dentes e a tomar banho todos os dias. O sentido desta vaidade masculina, uma assídua atenção com a aparência e limpeza pessoal, continua a funcionar para qualquer almofadinha que se preze, só que eles mudaram de nome e são chamados de metrosexuais. Como já haviam notado

André Leon Talley Do alto de seus dois metros, o maior editor da revista Vogue faz uma entrada dramática com seus óculos escuros, sua capa negra, coroada por uma écharpe vermelha. Que aparição no desfile de Marc Jacobs!

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Dennis Rodman

Tom Wolfe

O dandy basketballer Dennis acrescentou muita pimenta dentro e fora das quadras. Aqui o modelito inclui piercing, tattoos, cavanhaque, chapeuzinho dourado e casaco de pele branco

O escritor e dono de um dandismo à prova de fogo, mostra muito bem aqui porque está muito além de qualquer fogueira de vaidades

outros famosos dandies do século XIX, o escritor francês Charles Baudelaire, declarou: “a única profissão do dandy era ser elegante, nenhum outro status, senão a ideia de cultivar a própria beleza... O dandy deve ser sublime sem nenhuma interrupção: ele deve viver e dormir na frente do espelho”. Qualquer semelhança com David Beckham, não é mera coincidência. Hoje em dia é completamente normal que um macho heterossexual visite um spa, faça uma massagem facial, manicure e pedicure, folheie uma revista de moda masculina com um delicioso aroma orange do Hermés, e veja com atenção as páginas com dicas de novos tratamentos e cosméticos, enquanto espera para ser atendido e paparicado como um rei. Isto não é válido para as criaturas masculinas do planeta fashion, que se pavoneiam e mostram uma sensibilidade que tem muito mais a ver com o guarda-roupa feminino. Num mundo onde o culto da celebridade atingiu seu ápice, a competição para estar sob os holofotes, nunca esteve tão intensa, e o jeito como o homem se veste pode fazer sim toda a diferença entre sucesso e fracasso. Esta noção foi levada a sério principalmente no último século por diversos grupos minoritários, que incluem gays, negros e latinos, que se utilizaram de trajes marcantes para criar uma identidade, atraindo a atenção, e até em certos casos, para ganhar o poder e a influência que lhes eram negados.

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Há também aqueles como Brummell, e o delicioso Conde d’Orsay, que assumiram um estilo aristocrático como um meio de renegar suas origens da classe média. Finalmente, há alguns iluminados que seguem os passos de Baudelaire, para quem estar bem vestido é tudo. Simplesmente o lema deles é “me visto, por tanto existo”. Claro que uma camisa branca não é suficiente para causar grande impacto, será preciso complementá-la com algum acessório. Em meados do século XIX, o Conde Robert de Montesquieu matou a charada e incrementou sua camisa branca, num sublime ato de dandismo, com um bouquet de violetas pendurados em sua garganta. Nos dias de hoje temos opções menos barulhentas, como pochettes de seda no bolso do paletó, jóias, relógios, chapéus, suspensórios, camisa de smoking, gravatas borboletas, abotoaduras e é claro, sapatos bicolores. Os mais extremistas podem dar um passo a frente, vestindo os ternos coloridos de Paul Smith, Miucia Prada e Ricardo Almeida. Ou ter seu próprio estilo desenvolvido, como o Conde Chiquinho Scarpa, que com seu dandismo pegou até ibope na televisão. Ah, não podemos esquecer os “fashion victims”, aqueles que freqüentam todos os fashion weeks do Oiapoque ao Chuí, em busca do último modelito da última estação que ninguém tem. Como dizia Oscar Wilde, “fashion é uma forma de feiúra tão intolerável, que ela tem que mudar a cada seis meses”.


Prince

O “nec plus ultra” do dandy moderno, Prince, ajeitando os cabelos na cerimônia do Oscar de 2005, diante da câmera, de bigodinho aparado, colarinho engomado, lencinho almofadado e jóias coruscantes, num misto de puro mistério e tradições. Ele é a definição do dandy no século XXI

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Brad Pitt e George Clooney

Eles são os golden boys do cinema, Pitt e Clooney esbanjam casual chic no clássico Teatro Chinês. Atente para o detalhe dos ternos cinza usados com camiseta ou camisa esportiva

“Os homens em geral são apenas crianças grandes.” Napoleão

Um astro chamado desejo

Toda noção de herói moderno e de masculinidade foi reinventada quando o astro Marlon Brando apareceu nos anos 1950 no filme O Selvagem, montado em sua motocicleta. Aquela jaqueta de couro virou um objeto de

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desejo, e isto porque aqui, é literalmente o monge que faz a roupa, pois se trata do ator que dá todo carisma ao personagem e vida às suas roupas. O mesmo se deu com o hit de Harrison Ford no início dos anos 1980. Todos queriam a jaqueta de aviador para ser Indiana Jones. E também ficaram loucos com os modelitos de Tom Ford no último James Bond, Quantum of Solace, mas por mais atraente que as roupas sejam, o que as faz tão especiais é a alta voltagem de Daniel Craig. Os atores que interpretam estes personagens magnéticos e suas roupas emblemáticas podem ser divididos em duas categorias: a roupa do mocinho e a roupa do rebelde. Enquanto os mocinhos se enquadram nos padrões do bem vestir, numa linhagem iniciada com Cary Grant, Gene Kelly, Steve McQueen e George Clooney, e sim,


Johnny Depp

Aqui o camale么nico ator presta homenagem e revive com seu terno listrado e camisa e gravatas pretas, toda uma linhagem de g芒ngsters da Hollywood dos anos 1940

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Fred Astaire

Easy Rider

acaba em Daniel Craig, que é mesmo lindo dentro e fora das telas, os rebeldes não aceitam nenhum código, abrem novos caminhos e criam um enorme frisson. Eles fazem parte daquele ditado que diz que todas as regras são para serem quebradas, e sua atitude pode ser tão subversiva quanto um parangolé de Hélio Oiticica. Claro, existe aquela categoria hors concours, ídolos que ontem, hoje e sempre serão elegantes, como Fred Astaire, citado como o mais bem vestido da era moderna, e brilham em todos os seus filmes, e não importa se estão representando um bailarino em Top Hat ou um marujo em Follow the Fleet. Um astro que claramente está sempre impecavelmente vestido, sempre se destacando na multidão, se enquadra perfeitamente dentro dos nossos arquétipos da roupa do mocinho e da roupa do rebelde, é sem dúvida George Clooney, o mocinho que faz tudo certo, apesar de declarar de maneira espartana, que não é nada sexy ficar se preocupando a respeito de sua aparência, mas é fato que todos podem perceber que ele simboliza um novo glamour hollywoodiano que nos faz lembrar a era dourada

de astros como Clark Gable e Cary Grant. Por outro lado, podemos pensar em rebeldes que estão sempre metidos em encrencas, como Mickey Rourke, o anti-establishment com the real thing. E graças a esta garra onde a ficção se mistura com a realidade é que ele arrebatou o Oscar com O Lutador. Mas se pensarmos em alguém que esbanja charme, estilo e atitude, sem ser tão bom rapaz, o papel perfeito dentro e fora das telas é o de Johnny Depp. Ele pode nos convencer dentro dos mais variados estilos, quer seja vestido como um gângster dos anos 40, com um terno listrado de abotoamento duplo, um playboy com um dinner jacket, ou que tal um brunch com aquela famosa camisa de flanela xadrez, com os cabelos despenteados? Qualquer que seja seu visual, ele sempre entretém o público, e mais importante, acho que ele se diverte muito. Claro, os astros hollywoodianos não exercem mais a mesma influência que no passado, mas enquanto o cinema e os mocinhos e rebeldes provocarem emoções em todas as audiências, sempre se prestará a atenção nos créditos para saber quem está vestindo o quê.

Esta imagem fala mais do que mil palavras sobre elegância. Fred é o sinônimo de um gentleman. Veja a pose: a gravata borboleta, o cravo na lapela, a pochette e o anel no dedo mindinho

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Peter Fonda é sem dúvida um ícone da contracultura. Sua jaqueta de couro com a bandeira americana costurada nas costas rodou o mundo


Marlon Brando

Ele incorporou como ninguém a rebeldia do personagem Stanley Kowalski tanto no teatro, como na versão filmada da peça de Tennessee Williams Um Bonde Chamado Desejo. Impossível tirar os olhos da camiseta justa, da calça apertada, da boca entreaberta e do cigarro na palma da mão.

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O esporte dos reis ao alcance de todos. Bem, de quase todos... por Claudio schleder fotos Melito cerezo

SĂŁo JosĂŠ e Maragata em duelo de grandes na semifinal do Aberto do Estado de SĂŁo Paulo

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Luiz Paulo Martins Bastos, do Maragata, conduz a bola seguido por Dudu Diniz Junqueira

U

m torneio de polo é um happening. Famílias tradicionais como Matarazzo, até quatrocentonas como Arruda Botelho e Souza Aranha, de banqueiros como Pinheiro e capitães de indústria como Klabin, compõe um “mélange” com figuras do “new money” e habitués das colunas sociais de Sonia Racy ou Cris Mello, ou das páginas das revistas Vogue ou Wish Report. Dois atributos são indispensáveis para o jogo, talento e dinheiro. O saldo bancário é importante para movimentar a tropa de cavalos, peticeiros, pastagens e transporte para os animais. As equipes mais competitivas chegam a dispor de uma centena de cavalos, e os melhores podem custar cifras astronômicas como 500 mil dólares. O Helvetia Polo Country Club é a meca do esporte no Brasil, um clube rodeado de condomínios de luxo onde se encontra a melhor estrutura do país para o esporte,

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situado no município de Indaiatuba, a uma hora de carro de São Paulo. Só para se ter uma ideia, são mais de quarenta campos concentrados na área em volta, com haras, cocheiras, casas de campo em estilos variados. Quem começou tudo foi o italiano Giorgio Moroni em 1975 com a inauguração do primeiro campo. “Le tout” São Paulo social seguia para Indaiatuba mesmo que nunca tivessem montado num cavalo. Os polistas formam uma sociedade fechada que se encontra nos fins de semana, do mês de abril até outubro, que é o período da alta estação, com clima adequado para se praticar o esporte no Brasil. Quando não estão nos campos taqueando, se reúnem em garden parties e jantares nas mansões, sempre em “petit comité”. Segundo Luis Suplicy Hafers, ex-jogador e filósofo nas horas vagas, “o polo é a melhor coisa que um homem pode fazer vestido”. A paixão pelo esporte é tão grande, que Luizinho Matarazzo certo dia avisou à mulher: “Polo


A equipe São José Polo/Audi venceu o maior número de finais no campo 1 do Helvetia

Ubajara Andrade e Rodrigo Pinheiro em velocidade no Aberto do Helvetia

Renato Junqueira e Gustavo Toledo na final do Brasileiro

é a única despesa com prioridade sobre o supermercado”. Os aficionados são “jet setters” que fazem a ponte aérea entre Indaiatuba, Argentina, Palm Beach, Inglaterra e até a Índia. Em novembro e dezembro se deslocam para Buenos Aires, quando se inicia a temporada Argentina, com os torneios dos clubes Hurlingham e Tortugas, que junto com o Aberto de Palermo, formam a Tríplice Coroa, os torneios mais importantes do mundo. Por aqui, os torneios estrelados são o Aberto do Helvetia, para times formados com até 22 gols de handicap e o Aberto do Estado de São Paulo, de até 25 gols de handicap, que foi jogado no final de maio, e acusou a vitória do Team Maragata, dos irmãos Bastos, sobre o Itaipava, de Rico Mansur por 12 a 10, depois de jogados seis tempos. Os jogadores no topo do ranking brasileiro são Rodrigo Andrade com 10 gols de handicap, Fabio Diniz, o carioca João Paulo Ganon e o interiorano Olavo Junqueira Novaes com 8 gols de handicap.

As equipes com as melhores performances são a São José, de José Eduardo Matarazzo Kalil, a Maragata, formada pelos quatro irmãos gaúchos Luis Paulo, João Gaspar, Cachico e Ângelo Antonio Martins Bastos, a Itaipava comandada por Rico Mansur, que já foi o melhor jogador do Brasil, e a Itanhangá dos irmãos banqueiros Rodrigo e Norberto Pinheiro. As mulheres fazem parte do show, já que praticamente excluídas como jogadoras – hoje em dia se consegue montar pequenos torneios com elas – são essenciais na plateia, para dar o tom refinado. Gritam, torcem e sofrem, assistindo maridos, namorados ou filhos levando quedas impressionantes dos cavalos. Também pode acontecer que um jogador leve uma bolada violenta no rosto, e alguns ostentam orgulhosos seus parafusos de platina como quase uma questão de honra. Tudo como se fosse um torneio medieval que fascina a assistência vibrando com seus ídolos.

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Rico Mansur alcanรงa a bola no ar

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Cambiaso,

o superstar do polo

José Eduardo Matarazzo Kalil: polo power

João Paulo Ganon e Rodrigo Pinheiro em velocidade disputam a bola

O melhor polo do mundo é jogado na Argentina, e isso se explica pela influência inglesa e pela geografia dos pampas. Já foi dito que “a Argentina é o maior campo de polo do mundo”. A grande celebridade do esporte é Adolfo Cambiaso, o melhor jogador do planeta. Quando não está nos campos de polo ou nos estábulos de sua propriedade, cuidando de seus cavalos, assume a personalidade de super empresário. Ele abriu, no ano de 2004, uma loja de roupas esportivas masculinas, a La Dolfina, com o mesmo nome do seu time de polo, situada na Recoleta, o bairro hype de Buenos Aires, apenas alguns passos da boutique Ralph Lauren. Mesmo com um salário de muitos milhões, sua linha de vestuário, assim como ele, é “low key”, para um público requintado e com espírito de aventura, que consome seus jeans, cardigans, blazers de veludo e botas de pólo. Ele passa mais de oito meses na estrada, jogando na Inglaterra e nos Estados Unidos, nas equipes Dubai e Newbridge, e o resto do ano fica em sua fazenda La Dolfina, em Pilar, perto de Cañuelas, a 45 minutos de Buenos Aires, rodeado pelos mais fantásticos cavalos de polo. É aqui, entre éguas e potros, que ele se sente mais à vontade, dividindo a vida na estância com sua mulher, a top model argentina Maria Vázquez, e seus dois filhos. No ano de 1994, aos 19 anos de idade, Adolfito conquistou o estrelato: ganhou a triplice coroa, conquistando o Aberto de Tortugas, o Aberto de Hurlingham e o Aberto Argentino de Palermo, chegando aos 10 gols de handicap. A partir daí, sua carreira foi repleta de vitórias: ganhou quatro vezes o Aberto Argentino, cinco vezes o American Open, seis vezes o British Queen’s Cup e todo e qualquer torneio importante no mundo.

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Todo esporte tem sua figura emblemática e no caso do polo, este atleta é com certeza Nacho Figueras foto de Fabien Baron

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le é um jogador que dá tacadas certeiras. Não é o melhor do mundo, mas seu diferencial é ser a encarnação do macho argentino jogador de polo. Nacho tem se esforçado para mudar a imagem do jogo, que foi sempre considerado como um esporte de ricos ociosos que exibem suas performances nos gramados de mansões ou clubes particulares, uma ideia equivocada que ele está se esforçando para corrigir. Nacho nasceu numa pequena propriedade nos arredores de Buenos Aires e começou a taquear aos nove anos de idade. Levou jeito para a coisa, se aperfeiçoou, tomou gosto e virou profissional, e obteve alguma notoriedade em Paris. Há mais de uma década, foi para os Estados Unidos, onde jogou todos os circuitos importantes do polo, de Bridgehampton em Nova York a Palm Beach na Flórida, com seu time Black Watch, uma equipe de jogadores durões e habilidosos. A ascensão da popularidade do jogo de polo nestes últimos anos, coincide com o fato de Figueras ter “a cara” do esporte, pois desde o ano 2000, o estilista Ralph Lauren, com ajuda do fotógrafo Bruce Weber, escolheu Nacho para ser o modelo da marca, mais precisamente das fragrâncias Polo. Além de ser uma brilhante jogada de marketing, Figueras enxerga esta exposição na mídia como mais uma oportunidade

de chamar a atenção para o esporte. A imagem de latin lover e playboy de Nacho atrai multidões de famosos aos seus torneios, aí incluídos Madonna, Kate Hudson, Marc Jacobs e Chloé Sevigny. Num destes torneios, ele estava simplesmente jogando contra o time liderado pelo príncipe Harry, e depois da partida ficou difícil saber se os fãs e entusiastas estavam lá por causa do príncipe ou do lindo jogador de polo. A verdade é que quando Nacho aceitou o convite para ser garoto propaganda da Ralph Lauren, até os jogadores mais chegados estranharam. Afinal, polo é coisa de macho, força, brio e coragem, um pouco distante de estúdios assépticos e de fotos de homens lânguidos e nem sempre muito masculinos. Enquantos os cães ladram, Nacho avança muitas jardas no campo para realizar seu sonho, divulgar o polo e usar o os dólares ganhos para comprar melhores cavalos e se tornar um excelente jogador. E o público agradece, pois beleza se põe sim na mesa. E modestamente, ele raciocina que tem um monte de caras por aí que se parece com ele, com a diferença de que ele é um jogador de verdade. “Eu vejo o polo como um esporte que conecta um peticeiro argentino com a rainha da Inglaterra, algo totalmente oposto ao elitismo”. E completa: “O meu sonho é fazer com que este esporte se torne popular e que os garotos assistam o jogo, se entusiasmem, e cresçam pensando, ‘eu quero ser aquele cara’”.

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foto de joão wainer

A

carreira do jovem empresário Alexandre Birman nunca esteve tão florescente. Tanto em São Paulo como no exterior sua marca está numa fase promissora. Ele recebeu em NYC o respeitado Footwear News Achievement Award, um dos prêmios mais importantes da indústria, e que agraciou, nesta mesma data, o legendário Manolo Blahnik, e os designers Steven Madden e Giuseppe Zanotti. Em seguida, o shoemaker participou do Fashions Night Out da Vogue, com duas ações na Neiman Marcus e na Bergdorf & Goodman, esta última com a presença de Anna Wintour. Suas parcerias internacionais não param. Birman assinou os sapatos desfilados na Mercedes Benz Fashion Week do estilista Richard Chai, um dos mais promissores da nova geração. E para gravar de vez o seu nome no hall dos top shoemakers, recentemente, Alexandre Birman foi citado no oitavo episódio da terceira temporada do seriado Gossip Girl pela personagem Blair Waldorf, interpretada pela atriz Leighton Meester, que diz que os modelos da marca são sagrados. Ela ainda usa uma peep toe booties Alexandre Birman neste mesmo episódio. O programa é um dos principais disseminadores de tendências entre jovens do mundo inteiro e a imprensa internacional já classificou o modelo como novo hit. Mineiro radicado em São Paulo, o empresário de 32 anos se prepara para dar o maior salto de sua carreira. Em 2011 ele assumirá a presidência do grupo Arezzo, um dos maiores conglomerados de calçados do país, atualmente comandado pelo seu pai Anderson Birman. A paixão pelos sapatos vem de berço. Ainda criança, em Belo Horizonte, gostava de montar as caixas dos sapatos. Aos sete anos de idade, ele aproveitava as férias escolares para ajudar o pai. Com 12 anos, passou a dar expediente na linha de produção aprendendo a fazer desde a costura até o acabamento das peças. Estudou nos Estados Unidos, na Itália e aos

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15 anos, desenhou seu primeiro modelo, revelando o talento precoce. Quando alcançou a maioridade criou a própria marca, a Schutz. Pai e filho sempre estiveram lado a lado em suas trajetórias. Em 2007, depois de comprar a participação do irmão na Arezzo, Anderson Birman arquitetou a união com a Schutz criando o grupo Arezzo, do qual Alexandre é vice-presidente. Pensando na diversificação de marcas, o grupo criou uma nova grife de luxo com o nome de Alexandre Birman. A Arezzo tem lojas franqueadas no Brasil e no exterior, e vende sapatos a preços acessíveis no sistema de “fast fashion”, sempre com novidades nas prateleiras. A Schutz, além de trabalhar com exportação, vende calçados com um apelo mais fashion. Já a Alexandre Birman é a linha premium do grupo, possui modelos exclusivos de produção mais artesanal, voltada para o mercado de luxo. Suas peças podem ser encontradas na Daslu em São Paulo, e nas americanas Bergdorf & Goodman e Neiman Marcus. Com dois anos de existência, a marca já se consagrou como uma das mais importantes labels de sapato, calçando os pés de celebridades como Kate Hudson, Tallulah Willis, Leighton Meester e Courtney Cox e veiculada em matérias ao lado dos mais importantes nomes da indústria mundial em revistas como Vogue America, Harpers Bazaar, Elle e Town & Country. O reconhecimento nacional e internacional é fruto de muito trabalho. Podemos dizer que Alexandre cresceu respirando sapatos, e pensa neles 24 horas por dia. Por isso, ele entende do assunto como ninguém e na sua última coleção batizada de Nouvelle Scène, ele se inspirou no trabalho da fotografa Sarah Moon, nas obras do pintor austríaco Egon Schiele e no filme Blow Up, com sua estética retrô futurista. Saltos altíssimos, anabelas poderosas e sandálias meia pata confeccionadas em couro super nobre de vitelo, camurça de cabra e couro stoned em todas as cores imagináveis que fazem as fashionistas de todo o planeta perderem a cabeça. Seu reconhecimento nacional e internacional é merecido.


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Ela reinventou a arte do striptease. E conseguiu construir uma carreira excitando homens sem sacrificar sua integridade




Dita von teese, a rainha do neoburlesque ganhou sua coroa e merece o título de rainha das performers, assimcomo Sally Rand, que era famosa nos anos 1930 por dançar nua, só protegida por um par de penas

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uma era em que as revistas masculinas retratam mulheres reduzidas a uma passividade de Photoshop, Dita é um novo ícone e prova que as coisas podem sim, serem iguais e totalmente diferentes. Há alguns anos atrás, Dita se destacava também por ser a namorada do bizarro roqueiro Marylin Manson, mas ao contrário do que muitos pensam, foi Dita que influenciou o ex-namorado no título do álbum The Golden Age of Grotesque. Mas sobre ele, ela não quer papo nenhum. A rainha do neo-burlesque ganhou sua coroa, e merece o título de herdeira de performers, assim como Sally Rand, que era famosa nos anos 1930 por dançar nua, só protegida por um par de penas. Dita abraçou esta tradição, estudou e a levou mais à frente. Ela vem refinando seus números por mais de uma década e por onde passa, da Europa à América, enfeitiça a todos com seu ar de pinup girl. Dita é uma convidada constante das páginas de Playboy, e virou amiga de Heffner e uma habitué de sua mansão e lógico, sua primeira aparição foi no Playboys Book of Lingerie. Cada milímetro de seu corpo parece retrô, ela está sempre usando um vestido dos anos 1950, sapatos pretos de salto, cabelo com risca do lado, penteado e arrumado a maneira das divas da época. Sua leitura predileta são biografias de atrizes famosas e livros sobre o burlesque. Ela aprendeu bem a lição, pois seus shows são mega espetáculos com cenários de tirar o fôlego, luas gigantes de glitter de onde ela desce, carrosséis enormes, balões imensos, e o clássico número da taça de champagne, tudo recoberto por cristais Swarowski. Em sua passagem por São Paulo, apesar de ser vidrada em retrô, Dita confessou admirar o trabalho de Lady Gaga: “Adoro a maneira como ela brinca com o pop, ela não está tentando parecer sexy ou ser aceita, mas apenas aproveita a moda de maneira audaciosa e escandalosa. Não há desfile de moda que se preze, hoje, sem Dita, e sua presença constante nas primeiras filas do eixo Paris-Nova York é obrigatória. É ela que escolhe a dedo seus modelitos, mas é intima e conquistou o coração do rei do stiletto Christian Louboutin, além de ter exercitado seu talento numa linha de lingerie para Wonderbra. A preferência de Miss Dita? É clássica, um trench coat preto de Christian Dior, e por baixo, é claro, nada.

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A mostra dos alunos da FAAP está em sua 41ª edição, selecionando instalações, performances, gravuras, pinturas, desenhos, fotografias, colagens e vídeos Dentre as quase 300 obras inscritas pelos alunos da Fundação, a exposição reúne as propostas selecionadas por uma comissão constituída por renomados profissionais de arte, curadores e historiadores e que nesta edição contou com a presença de Laura Lima, Marcio Harum, Marcos Moraes e Rodrigo Moura. A Anual de Arte realizada pela primeira vez em 1964, vem revelando artistas e inovando o conceito de arte contemporânea e criatividade ao longo de suas quatro décadas. O objetivo é incentivar a produção artística dos alunos, além de criar um espaço de reflexão a partir de novas idéias e percepções sobre a arte, tendo como ferramenta e interface a educação. Os finalistas foram contemplados com prêmios bolsas de estudos. “A FAAP é um pólo centralizador de arte jovem e cultura que permite a vivência e experimentação das artes com seriedade e de acordo com as exigências do sistema artístico”, conceitua o professor Marcos Moraes, responsável pela mostra e Coordenador do curso de Artes Plásticas. Para Moraes, “se a arte amplia as perspectivas de diálogo e aproxima artistas e participantes, então o espaço da Anual amplia, ainda mais, esta perspectiva, ao trazê-la para o espaço institucional da educação. A arte instiga, denuncia, questiona, provoca reflexões e possibilita novas maneiras de pensar”, complementa o professor. Assim, nesta 41ª Anual de Arte, “a mostra apresenta a diversidade de criações estéticas oriundas dos processos experimentais de seu corpo discente”. Como de costume, a cada edição da mostra, um artista é convidado a participar da Anual e, nesta edição, será a vez de Marina Ayra. Formada em Arquitetura e Urbanismo, a

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artista apresentará os trabalhos realizados no período em que esteve na Cité des Arts, no Programa de Residência Artística mantida desde 1997, em Paris. Seu projeto – pinturas e desenhos – aborda a poética visual em torno das questões relativas a paisagem e a cidade. Além das obras serão apresentados documentos e materiais processuais documentando a pesquisa desenvolvida pela artista ao longo dos seis meses em que esteve em residência. Em 2008, foi realizada uma mostra comemorativa à 40ª edição da Anual de Arte e aos 10 anos do programa de Residência Artística que a Faculdade mantém junto a Cité des Arts, em Paris. A seção histórica das 40 edições da Anual de Arte reuniu catálogos, cartazes, livros de registro, fichas de inscrição e informações relativas às edições da mostra ao longo das últimas cinco décadas (de 1964 a 2008), documentando a presença dos alunos inscritos e premiados, das comissões de seleção e dos artistas convidados e homenageados. Na mesma exposição, foi criado um espaço sobre os 10 anos iniciais da parceria com a Cité des Arts, exibindo depoimentos em vídeo dos primeiros vinte artistas que, durante seis meses, desenvolveram pesquisas e trabalhos no estúdio mantido pela Fundação na capital francesa, às margens do rio Sena. Dora Longo Bahia, Caetano de Almeida, Cláudio Mubarac, Sandra Cinto, Maria Teresa Louro, Flávio Matangrano, Laerte Ramos, Marcela Tiboni, Lia Chaia, Fábio Faria, Marcius Gallan e Adriana Guivo, entre outros, estão entre os artistas que relataram suas experiências. Nos últimos quarenta anos, este evento tem contribuído de forma significativa na formação de artistas relevantes para a cena contemporânea da arte brasileira.


Detalhe da sĂŠrie Star Wars - Introspecto (Chewbacca) por Vick Garaventa 63


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Jornal T贸pico por Andr茅 Stzutman

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http://farm1.static.flickr.com/64/174473513_co91jz83F8_o.jpg por Fernando Bueno Figueiredo

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Cortina com bolinhas vermelhas por Tiago Tibet

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Princípio I

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Princípio II


PrincĂ­pio III por Julia Armentano

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Com um dia mais lindo do que o outro, fica grande a vontade de se soltar e curtir o corpo, fazendo uma pose sensual para o espelho com tecidos acariciantes como a seda e leves como o ar. Afinal, tudo ĂŠ permitido abaixo da linha do Equador fotos de Marcelo Spatafora modelo isadora cavinatto

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Vestido de chifon Giuliana Romano, brincos H.Stern e an茅is Sara J贸ias



Vestido Emanuelle Junqueira e anel H. Stern


Vestido Roberto Cavalli, brincos e anel H. Stern


Mai么 com ombreiras Adriana Degreas Private Gym, rel贸gio Versace, brincos e pulseira Natan e sand谩lia Mixed


Mini saia e colete de paet锚s Mixed, blazer de cetim Versace, maxi anel Natan e brincos Sara J贸ias


Produção: Barbara e Deborah Lopes (Mninas) Beauty: Tadashi Harada (Agencia First) Modelo: Isadora Cavinatto (Mega) tratamento de imagem: Christiano parentoni

Vestido Versace, brincos H. Stern e anéis Sara Jóias


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O estilista Mauricio Somenzari desfila seus modelos em homenagem ao seu Ă­dolo, o artista e ilustrador Yoshitaka Amano

Mauricio Somenzari no grand finale de seu desfile

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Sutil sensualidade de gueixa de história em quadrinhos

A mulher com cabeça candelabro, cílios postiços e vestido de tecido trabalhado e envelhecido

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Desenho que remete às cores do universo de Yoshitaka Amano, verdes, azuis, champagne e metalizados

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auricio Somenzari cursou hotelaria, mas decidiu finalizar os estudos fazendo o curso sequencial de moda para desenvolver seu talento como ilustrador. Fluente em seis línguas, incluindo japonês e chinês, é fã confesso do ilustrador e artista japonês Yoshitaka Amano. Mauricio é daltônico, ninguém é perfeito, e consequentemente as cores entram de outra maneira na composição de suas roupas ou figurinos. Somenzari em 2008 se aventurou a representar o Brasil no concurso mundial de Costumeplay que acontece todo ano no Japão, fazendo a estreia do país neste tipo de campeonato. “Angel Century” foi seu tema, uma apresentação que incluiu figurinos temáticos, com maquiagem, cenário e trilha. E não é que ele ganhou o concurso no Japão? Em 2009, Somenzari foi um dos finalistas do concurso que teve como jurados Oskar Metsavaht, Jefferson Kulig, Alexandre Herchcovitch, Lílian Pacce, Marcelo

Vestido negro de uma bailarina de mangá

Sebá, Arthur Casas, Ricardo Van Steen, Guto Lacaz, Tripolli, Flavia Lafer e como convidado especial Rob Phillips, diretor criativo da School of Design & Technology at London College of Fashion. Ele construiu seu desfile com gueixas e guerreiras, trazidas de ilustrações e histórias fantásticas, mangás, animação e games. Para colorir estes personagens, Somenzari criou texturas envelhecidas, chapéus de galhos retorcidos e poses que remetiam a dançarinas e samurais. Os looks vão de capas e panejamentos de vestidos e saias, de seda adamascada tailandesa, crepe, veludo molhado, devorês envernizados e corino, retintos com betume caracterizando “peças armaduras”, cabeças candelabros e cílios postiços em homenagem ao seu ídolo Yoshitaka Amano. Outro artista que inspira Mauricio é o pintor metafísico e surrealista Giorgio de Chirico, adotando sua máxima. “Para tornar-se imortal, uma obra de arte deve escapar de todos os limites humanos: a lógica e o senso comum serão apenas elementos limitadores. Uma vez que estas barreiras caem, entra-se num mundo de infância e sonhos.”

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Vista da penthouse triplex que parece saída do filme Superman e lá do alto sentir toda energia da ilha

Em New York, as novidades só são novidades por quinze minutos. A seguir , uma seleção de top hotéis, restaurantes inusitados e lojas divertidas que prometem brilhar por muito mais tempo do que Warhol poderia imaginar 83


| traveler chic | HotĂŠis

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| traveler chic | Hotéis

New York Palace

O restaurante Gilt do hotel, exibe duas estrelas Michelin e atende o público power e a jeunesse dorée novaiorquina

Situado no coração de midtown Manhattan, o New York Palace está a poucos passos da Quinta Avenida com o must do shopping da cidade, de frente para a St.Patrick’s Cathedral, Rockefeller Center, Central Park e de todos os espetáculos da Broadway. O Palace evoca a elegância de uma era dourada, construído junto a um marco histórico da cidade, a Villard Mansion Courtyard, herdando portanto motivos do século XV italiano, servindo como entrada monumental para o hotel e restaurante. O que dizer então da vista da penthouse triplex que parece saída do filme Superman, pois graça ao seu design vertical, pode capturar a essência de Manhattan, e lá do alto sentir toda sua energia? Outro detalhe que faz toda a diferença é a panorâmica deslumbrante de 360 graus da penthouse, com uma lareira de verdade e piano de cauda. E entre as arcadas centenárias da “Mansion” surge o restaurante Gilt, onde os dois tempos históricos se cruzam, neste palácio gastronômico que exibe duas estrelas Michelin. Aqui também a tradição clássica e o moderno estilo americano se tornam complementares, reunindo um público bem “jeunesse dorée” newyorker. Nosso jantar numa sexta-feira, com menu sugestão do chef Justin Bogle, iniciou com Cajiki Ceviche (acompanhado de lichia, tomate, basílico tailandês e amendoins), seguido de Fall Squash Tortellini (codornas, maçã, queijo pecorino, nozes e café) e como dessert Brazilian & Kenyan Coffee Ice Cream Duo, do chef patissier David Carmichael. E para rejuvenescer a mente e o corpo, uma passada no luxuoso spa de 700 metros quadrados e mergulhar num allure de bem estar, entre massagens e body wraps. O New York Palace tem a habilidade de evocar a elegância e contemporaneidade de Manhattan, fazendo inveja até a Woody Allen. www.newyorkpalace.com

O Palace evoca a elegância de uma era dourada, construído junto a um marco histórico da cidade, a Villard Mansion Courtyard

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The Maritime Hotel

O célebre arquiteto de New Orleans, Albert Ledner, concebeu este edifício em vidro e concreto armado branco para a National Maritime Union em 1964. Na época este prédio foi considerado modernista e excêntrico e suas janelas redondas tipo navio foram severamente criticadas. Dizia-se que era um navio que havia naufragado em plena Manhattan. Porém, ao longo dos anos, os novaiorquinos começaram curtir a viagem. Em 2003, a sua magnífica estrutura foi re-convertida pelos hoteleiros Eric Goode e Sean MacPherson, com a ajuda da decoradora Vanessa Guilford. Despretensioso e divertido, o Maritime se tornou ponto de encontro dos antenados de Chelsea. Seus 930 metros quadrados de jardim são uma maravilha e foram projetados pelo nosso brasileiríssimo Burle Marx. O efeito é de um verdadeiro oásis no meio da cidade. Ele ainda conta com excelentes restaurantes como o Matsuri, formidável sushi-bar do chef Tadashi Ono. O Maritime está se tornando um must da cidade. www.themaritimehotel.com

Embarque no Maritime para um cruzeiro em Manhattan

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| traveler chic | Hotéis

Gramercy Park

Nos anos 1990, Ian Schrager revolucionou a indústria da hotelaria se associando com Philippe Starck e criando oásis minimalistas como o Delano em Miami Beach e o Royalton em Nova York. Em 2006, Ian inovou novamente, desta vez reinventando o hotel Gramercy Park com o pintor e cineasta Julian Schnabel. Inaugurado em 1925, o hotel estava totalmente dafasado. Schrager e Schnabel transformaram o hotel num atelier de artista, de cores intensas, exótico e boêmio. Seus espaços públicos são espetaculares. Pisos de azulejos hidráulicos marroquinos brancos e negros, chaminés majestosas com pedras de três metros de altura, enormes lustres venezianos. E tem mais: um charmoso restaurante-bar nos jardins, e a pérola se encontra no andar de baixo, o bar Rose and Jade, onde tudo acontece em meio à uma sublime coleção de obras contemporâneas assinadas por Fernando Botero, Andy Warhol, Jean Michel Basquiat, Damien Hirst e Julian Schnabel. www.gramercyparkhotel.com

Muito mais do que um hotel, uma galeria de arte, e só de masterpieces

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| traveler chic | Restaurantes

Waverly Inn

Graydon Carter, redator chefe da Vanity Fair, Sean MacPherson e Eric Goode, também criadores do The Maritime e do Bowery Hotel, se apoderaram do velho “Ye Waverly Inn” e o transformaram numa versão novaiorquina do Groucho Club de Londres, tornando-o refugio da crème de la crème de Manhattan. Aqui reina uma atmosfera exclusiva, pois o restaurante ainda não foi oficialmente aberto. Ele não tem telefone, é preciso se locomover para reservar e o menu propõe pratos básicos como churrascos, tortas e macarrão com queijo. Mas não é exatamente pelos dotes culinários que todos disputam um lugar no dining room com suas banquetas de couro vermelho sobre uma luz âmbar. Você pode se deleitar enquanto admira os personagens nos quadros da parede, com De Niro, Gwineth Paltrow, Sting, Calvin Klein e Donna Karan, estes sim, de verdade. 16, Bank Street

Atmosfera de club privé com gossip da mondanité nas paredes

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| traveler chic | Restaurantes

Peixes chegam fresquinhos para serem saboreados

Mary’s Fish Camp

A chef Mary Redding abriu este pequeno e tranqüilo bistrot em 2001 para homenagear os acampamentos de pesca que ficam a beira de estrada e perto de rios de sua Flórida natal. Os frutos do mar que chegam de avião dos mares do sul todas as manhãs são fresquíssimos e deliciosos. Mary tem um diploma do The Culinary Institute of America, garantia que as iguarias do mar estarão perfeitamente preparadas. Situado no West Village, ele é perfeito para uma pausa entre uma boutique e um tour pelas galerias da região. Atenção, não é possível reservar, portanto o segredo para conseguir uma mesa é chegar bem cedo ou muito tarde. www.marysfishcamp.com

The Empire Diner

O Empire é um verdadeiro pedaço da cultura americana que nos remete às pinturas de Edward Hopper. Este antigo vagão restaurante art déco, pré-fabricado em 1929, foi adquirido e remontado pelos seus proprietários em Chelsea em 1976, e logo depois foi lustrado até recuperar seu estilo para a noite. Ele nunca fecha. Quando você sair de uma festa cambaleando às quatro horas da manhã, depois de uma noitada daquelas, este é o endereço certo para se dar ao táxi, afim de se recompor com hamburger, fritas ou um peru assado com purê da batata doce, ou até quem sabe um fumegante hot dog. www.empire-diner.com Não perca o trem e peça um hamburger em Chelsea

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| traveler chic | lojas

BDDW

Um must para todos os amantes de móveis de qualidade artesanal. As camas, cadeiras, mesas, banquinhos, espelhos, tudo é feito pelo escultor americano Tyler Hays, e tem uma pacífica serenidade que lembra o mobiliário dos religiosos Shaker. Todas as peças são executadas à mão no atelier da BDDW em Williamsburg no Brooklin, e cada uma é encerada com óleo para se obter um acabamento perfeito. Este show room de 650 metros quadrados aberto em 2002, é único no mundo e com certeza merece uma peregrinação. www.bddw.com

Móveis de design com qualidade artesanal

Opening Ceremony

Sabe de onde vem este nome? Da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Esta é realmente uma boutique planetária. Em 2002, Carol Lim e Humberto Leo inventaram um novo conceito: cada ano eles visitam um país diferente, mergulham na cultura e na moda desse país e voltam com as malas abarrotadas de roupas, calçados e acessórios de estilistas, artesãos e até de feirantes locais. Eles já exploraram Hong Kong, Brasil, Alemanha, Grã Bretanha e o Japão. Os estilistas e as suas marcas incluem Proenza Shouler, Schiesser Revival, Cosmic Wonder e Chloé Sevigny. E que delícia descolar algum modelito em meio a este décor vintage. Todo dia é tudo diferente, roupas, calçados e acessórios

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www.openingceremony.us


A loja mais pop do mundo

Pearl River Mart

A Pearl River é sem dúvida uma das lojas mais pop do mundo. Puro pop chinês. Nos anos 1970, era o templo dos alternativos em busca de sapatilhas pretas de Kung Fu, dos ternos azuis de Mao Tse Tung e de sombrinhas coloridas de camponesas feitas de papel de arroz impermeabilizado. A Pearl inaugurou uma nova e gigantesca boutique no Soho, repleta de tesouros kitsch: pantuflas, robe de chambre, pijamas em brocado de seda, vasos de cerâmica, lanternas de papel... Ah, e não se esqueça de visitar os subsolo da casa, com roupas íntimas em seda Thermolactyl, lindas e baratérrimas! www.pearlriver.com

Taschen

Os belos livros merecem um décor à altura. A Taschen abriu sua boutique novaiorquina em 2006, com a firme intenção de realizar uma experiência estética e de prazer. Confortavelmente instalado numa poltona de Arne Jacobsen, você pode folhear The Big Pennis Book rodeado pelos afrescos psicodélicos de nossa colega Beatriz Milhazes, em meio a estantes cor de laranja, dependuradas e que parecem flutuar. Aqui, como no décor, reina o que há de mais eclético e de excelência no mundo, não importa se o seu orçamento é de sete ou de quinze mil dólares. E não deixe de visitar o subsolo, uma homenagem à nossa alma brazuca, pois foi o designer Sergio Rodrigues que foi escolhido pelo decorador da casa Philippe Starck, para mobiliar esta sala íntima que serve para vernissages. www.taschen.com

As dicas e fotos desta reportagem foram garimpadas no delicioso livro Taschen’s New York, sobre hotéis, restaurantes e lojas de Nova York. As fotos são de autoria de Paul Ober.

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| traveler chic | Em Buda impera a tranqüilidade e o soberano Castle Hill

Buda e Pest Budapeste tem uma energia que brota de algum lugar que a gente não descobre, só sente. Fica-se imaginando se é do Rio Danúbio, se é da história, se é da gente bonita que passa olhando nos olhos da gente, ou se é simplesmente pelo fato de ser uma das capitais mais bonitas da Europa. Quem sabe até por causa dos bombardeios das primeira e segunda guerras mundiais, ou se devido à bestialidade do Nazismo, ou a brutalidade do domínio Russo, ou o feitiço de ser um dos bebês da União Europeia, pouco importa, mas tal energia ali vigora! Em Buda a tranquilidade, os ricos com seus casarões subindo as encostas; os banhos termais, o castelo soberano, as ruas de pedras de Castle Hill, um vida que parece mais comportada, obedecendo ao estilo Buda. Mas em Pest a cidade desbunda... E para mim, não há nada melhor que o desbunde. Quem não estiver de acordo, pode parar de ler aqui. Já sabe tudo sobre Budapeste. O Hotel Gellert & Spa é o lugar onde ficar. Um edifício quase secular, no melhor estilo Art Déco, com todo charme e beleza da decadência europeia. Suas termas com muitas piscinas, a tradição dos banhos de águas a 36 e 38 graus centígrados, as massagens com sabão em camas de água, as massagens tailandesas com

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óleo natural, as massagens só nos pés, só nas costas, uma massagem facial de hora e meia que a gente não quer que acabe nunca... Um cardápio infinito para se cuidar, se sentir presenteado, e estar pronto para caminhadas de horas e horas, possibilitando a absorção da energia e do deslumbrar-se com Budapeste. Fica às margens do lado Buda do rio, olhando a “Ponte Verde”, levantada por toneladas de ferro retorcido em rococós para segurar tanta história e nos levar a Pest. Estar aos pés do Gellert Hill, um parque-floresta com caminhos e escadarias que vão serpenteando até o topo, onde iremos nos deparar com a Estátua da Liberdade – um dos únicos marcos que restam da era comunista – dá-nos um prazer intenso. Lá em cima, guardando a cidade, esta mulher com braços levantados e esticando uma rama sobre cabeça, foi adotada por sua gente para representar a conquista da autonomia e do jeito de ser da cidade. E o Museu de Cera 1944, um luxo só, mesmo que relembre mais uma das épocas que esmagaram os homens nesta sua encarnação tão passageira. Uma parada em um bar para sentir um pouco do povo da cidade, e aí jantar no Elektrika, um restaurante charmo-


Cristina Schleder

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Seja no Hotel e Spa Gellert ou nas ruas de pedra, a cidade desbunda

so, bem decorado, com gente descolada, alegria, pessoas bonitas num constante vai e vem, sem nenhum turista, e foi quando primeiro senti algo de realmente especial na energia da terra. Para celebrar minha chegada, um goulash ao estilo húngaro, um pouco apimentado talvez, uma cerveja local, um papo para descobrir as dicas da cidade. Arrematando a noite, dançar na Capella, uma disco de três andares, debruçada sobre o Danúbio e dividida (quase que irmamente) entre o G, o L e o S. Pensei, e até ri da bobagem: “porque eu mereço!”... Era domingo e, de posse de um mapa e as dicas da noite anterior, saí para as minhas descobertas, entrando e saindo de ruas, becos, alamedas, avenidas. Perdendo-me aqui, achando-me acolá, descobrindo coisas, vivenciando momentos ora à esquerda, quase desmaiando com os olhares profundos da direita... A pessoa passa e olha você lá dentro dos seus olhos, e por isso me vi desconcertado... Lembrei-me das paixões despertadas no Rio de Janeiro... Era final da tarde e parei para almoçar, no Gerlóczy Café & Restaurante, como recomendado pelo meu guia. Que maravilha! A comida divina, o vinho húngaro especial, o sol filtrado entre os ombrelones vermelhos, debaixo de um carvalho gigantesco, um serviço impecável, e mais gente bonita entrando e saindo, transitando à minha frente e para minha alegria... Deixei-me ficar por ali durante horas... No dia seguinte, fui andarilhar por outras bandas, e, no meio da tarde, cheguei ao Amstel River Café: uma cerveja e a recomendação do Chef: Bruschettas, uma de atum, outra de berinjela, outra de um patê especial, mais uma cerveja, um café, um Sambuca, um sorriso para quem passa e olha fundo na alma. Uma paquera descomprometida, outro sorriso, outro olhar. Dedilho o laptop, abro e-mails, mando notícias... O Amstel virou meu quartel general de meio de tarde para descansar os pés, conectar-me com o mundo e ver o passar dos húngaros em constante fervilhar... Bateu-me uma enorme vontade de comer algo mais familiar. Nisso, os argentinos sempre me salvam. O Restaurante Pampas, a menos de dois quarteirões de cruzar a ponte verde vindo do hotel, tem uma das melhores carnes que saboreei nos últimos tempos. Palavra! E sugiro pedir as empanadas de três sabores e um Malbec especial, para estalar a língua no céu da boca: que mara-

vilhas! Um spresso picolo e pronto, pronto para continuar caminhando pela noite. O que mais se poderia desejar? Depois das visitas e caminhadas do dia, o jantar no Restaurante Király, no Morro do Castelo, na mesma rua do Hotel Hilton: outra celebração! A recomendação do chef coincidiu com a de um grande amigo que mora em Cuernavaca e que havia estado há pouco em Budapest: Confit de Ganso, com fígado de ganso. Um sabor inesperado, mas de delicadeza incomparável. Um Merlot húngaro e o som dos violinos ciganos, irrepreensíveis, com direito ao som de Tom Jobim e à declaração de Vinícius à minha querida amiga Helô Pinheiro, fecham a noite. Para a última noite, quando já me sentia intimamente acolhido por esta cidade, havia deixado reservado o centenário – 105 anos –, mais exclusivo, mais sofisticado e tradicional santuário da gastronomia, o Restaurante Gundel, ao lado da Praça dos Heróis, no Parque da Cidade. A iluminação(...) perfeita e suave, o Sexteto Cigano(...) formado por um piano tipo marimba, um cello e três violinos, a inspirar a noite entre cristais e porcelanas seculares. Veja o que prefere, carne, peixe, ave, e siga a sugestão do chef, um Pinot Húngaro – os vinhos Húngaros são maravilhosos –, a sobremesa que lhe encha os olhos no carrinho com adereços em prata, um licor e um café para brindar o fim da viagem. – Ronald Assunção

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Vivendo num outro ritmo ao lado de San Telmo

Milonga portenha Hospedar-se em Buenos Aires no histórico La Cayetana é uma experiência empolgante porque temos a sensação de ter mergulhado num outro século. Logo quando adentramos as pesadas portas de madeira com gongos e os portões ornamentados de ferro deste casarão que foi restaurado e data do século XIX, passamos a viver num outro ritmo, e nos encontramos num delicioso e calmo jardim que abriga uma figueira centenária. Na minha suíte, usufruo de uma luz suave e envolvente que cria uma deliciosa e calma atmosfera de conforto retrô, mas com todos os mimos modernos, vídeo e internet. Ela é espaçosa e decorada com móveis de época valorizados por cores vibrantes e luminárias de tom suave e uma espaçosa sala de banho, com uma ducha revigorante e deliciosos sabonetes de capim cidreira! O melhor dos dois mundos. No La Cayetana a sensação que temos é de sermos hospedes dos primeiros moradores deste casarão, e de compartilhar de sua rotina, impressão reforçada no íntimo salão de café da manhã com deliciosos e quentinhos croissants recém saídos do forno, acompanhados de uma reconfortante xícara de chá e de delicadas geleias caseiras. Logo fico amiga de outros hóspedes, um casal de ingleses e uma moça irlandesa, que comentam com entusiasmo suas aulas de tango. O perigo no La Cayetana, é

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de se esquecer que estamos ao lado de San Telmo, a algumas quadras do Obelisco, no coração de Buenos Aires, e resolvermos nos espreguiçar na rede ouvindo uma boa milonga... e sonhar acordado com as peripécias do passado portenho, pois aqui cada suíte tem nomes sugestivos que homenageiam a história do país como Del Caudillo, Reconquista e Criolla! – Bronie Lozneanu La Cayetana Hotel Boutique www.lacayetanahotel.com.ar


| nécessaire |

O Rei do Ar O King Air 90 entrou em serviço há mais de 45 anos e ficou famoso por sua confiabilidade e resistência. Esta série de aeronaves sempre foi um ponto de entrada para aeronaves maiores, servindo como um primeiro passo para depois entrar na família dos jatos. O mais novo King Air é o modelo C90GTx, uma aeronave extremamente adaptável, com capacidade de operar em locais remotos e campos não preparados, assim como pode voar em terminais com alto índice de tráfego aéreo, fornecendo aos operadores a versatilidade de utilizar aeroportos que são inacessíveis à maioria dos jatos. A eficiência de combustível do C90GTx contribui para seus baixos custos operacionais enquanto fornece alta performance. O C90GTx vem com sua famosa cabine oval, 50% maior do que a maioria dos VLJ’s, e pode levar até sete ocupantes, dando extremo conforto aos passageiros. Basta abrir o Google Earth e escolher seu destino.

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| nécessaire |

Para o homem de

lifestyle jovem

Veloz como um autêntico esportivo, bonito e confortável como um carro de passeio premium, o Audi S3 Sportback chega para redefinir o conceito de compacto esportivo

Trazer de volta a mística da linha S, da Audi, e estabelecer novos referênciais de desempenho e tecnologia entre os compactos esportivos do mercado brasileiro. É a missão do S3 Sportback, versão cinco portas, que começa a ser vendido nos concessionários Audi ainda este ano. Os 259 cv de potência fazem este Sportback atingir 250 km/h de velocidade máxima controlada e acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,6 segundos, o melhor resultado da categoria. Tanto desempenho é destinado a um perfil de consumidor bastante específico: homens, de estilo de vida jovem, amantes de velocidade e de tecnologia. Além do diferencial de qualidade e do desempenho superior, o novo modelo custa R$ 208 mil reais, o que pode ser considerada excelen-

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te relação custo/benefício entre os concorrentes diretos. Numa definição bem prática, o trabalho dos engenheiros e designers da Audi no desenvolvimento deste produto consistiu em adicionar às linhas elegantes do A3, um combinado tecnológico de última geração, que incluiu turbina maior, transmissão S Tronic rescalonada, e inovações aerodinâmicas. Tudo isso com o consagrado sistema quattro de tração. O câmbio de seis marchas traz relações curtas, como convém a um carro de comportamento nervoso. Muito mais ágil do que o sistema manual, a transmissão S Tronic coloca duas embreagens para trabalhar de forma alternada. Enquanto a primeira entrega a marcha, a segunda já engata a seguinte, que é disparada no ponto de


As linhas elegantes do A3, um combinado tecnológico de última geração, que incluiu turbina maior, transmissão S Tronic rescalonada e inovações aerodinâmicas Alma esportiva sob o capô: 259 cv de potência e torque máximo de 340 Nm, que se mantém constante entre 2.500 a 5.000 rpm. O ambiente no cockpit do S3 Sportback é revestido com materiais nobres, como couro e alumínio, com inspiração clara nos bólidos de competição

melhor rendimento possível. Tudo calculado eletronicamente em milésimos de segundo. Nunca um engate manual permitiria tamanha rapidez e precisão. Apresentado pela Audi mundial em 2004, o S Tronic chegou ao Brasil em 2006 e inovou o conjunto propulsor dos esportivos. Conforto, ordem, bem-estar e tecnologia ao alcance das mãos. É este o ambiente no cockpit do S3 Sportback. Revestido com materiais nobres, como couro e alumínio, o interior tem inspiração clara nos bólidos de competição, a começar pelo banco esportivo que envolve o motorista, ampliando a sensação de conforto e segurança. A melhor posição ao dirigir pode ser conseguida a partir de ajustes elétricos de altura, inclinação e distância.

O modelo vem com ar-condicionado dual zone e computador de bordo com display de alta resolução com funções de medição de consumo médio de combustível , tempo de viagem, velocidade média, autonomia, temperatura externa e aviso de abertura de portas e porta-malas. O volante multifuncional esportivo no padrão S-line de três raios, é revestido em couro e incorpora sistema de troca de marchas por palhetas integrado. E para encantar quem vai a bordo do S3 Sportback, a aposta da Audi é o sistema de som Bose, com adaptador para iPod e dispositivo de comunicação através de telefone celular “bluetooth”. O conjunto é complementado por 10 auto-falantes e sub woofers estrategicamente localizados.

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| chat room |

Al Hirchfeld

Cole Porter, you’re the top!

You’re the top! You’re the Coliseum. You’re the top! You’re the Louvre Museum. You’re a melody from a symphony by Strauss You’re a Bendel bonnet, A Shakespeare’s sonnet, You’re Mickey Mouse. You’re the Nile, You’re the Tower of Pisa, You’re the smile on the Mona Lisa I’m a worthless check, a total wreck, a flop, But if, baby, I’m the bottom you’re the top!

Casamento no campo Hotel Carlyle em Nova York Documentários da BBC Gravações de Fred Astaire Business class da Swiss Livraria Cultura Não perder 30 Rock Permanecer fiel a Michael Jackson Fuçar sebos de vinil Não sair de casa aos domingos Boca-livre, só de amigos Fazer álbuns de retratos Viajar com bagagem pequena Nunca insistir para a visita ficar mais um pouco Um sushi no Armani Nobu em Milão Um cachorro que vá pegar os chinelos Ler calmamente um livro de culinária Assobiar no chuveiro Beijar o rosto da namorada Responder cartas Evitar estreias e multidões

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Mini câmeras camcorder Conhecer poesia contemporânea Não falar sobre a última viagem a NovaYork Uma massagem no spa do Mandarin Hotel em Tóquio Andar de sapatos engraxados Corn flakes e frutas no breakfast Tratar bem os empregados Pontualidade Vinho do Porto Liquidação na Gap Pulseiras Norma com Maria Callas Jantares dançantes Um quarto com vista no Hotel Missoni em Edimburgo Hip Hop Despertador com alarme discreto Um Picasso no banheiro My Funny Valentine com Chet Baker Esculturas de tribos africanas Santa Fé Petit déjeuner no Plaza Athenée Sala calculadamente desarrumada Capuccino Bacalhau na dispensa Um Martini no The Dorchester em Londres I Musici Aquário no banheiro Dicionário de chinês Projetor (de época) para 70 milimetros Orquídeas Um recuerdo de Machu Pichu Early seventies Nécessaire sempre pronta Topete bem cuidado Um écharpe clássico Balança no banheiro Chá de camomila (antes do sono) Pilotar uma Ferrari em Monza Cão Labrador Um clone de Pelé no seu time A pílula que desacelere o crescimento da barba Nostalgia dos anos 80 Claudia Schiffer A vacina contra o infarto Um filho com a cara do pai Ler no mínimo três jornais Uma gueixa Noites de segunda-feira Dar três sem falhar Rever filmes de Robert Altman O último desfile de John Galliano para Dior Tomar chopp sem culpas Kate kid, Kate cute, Kate Moss Viajar de Azul Realeza Espanhola Malas Vuitton com suas iniciais gravadas Reconciliação Esconder coleções de arte Carona em jatinhos


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Cordialidade, charme e sofisticação do check-in ao check-out.

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