UNIDADE
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A EVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL QUALIDADE DE VIDA, MEIO AMBIENTE E ECONOMIA SUSTENTÁVEL
EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
IMPACTOS AMBIENTAIS
Conhecer a evolução da consciência ambiental como condição de continuidade da existência planetária de forma equilibrada.
O nosso universo é físico. Toda vida e toda matéria que nos cercam comportam-se de acordo com as leis muito previsíveis da Física. O relacionamento vital das leis e teorias da Física com as condições essenciais de como produzimos, consumimos e sobrevivemos não recebem atenção devida nas escolas. Mas ao observarmos os elementos da física, descobrimos as mudanças sutis de pressão, temperatura e umidade. Essas mudanças vêm trazendo enorme insegurança para todos seres humanos, seres muito frágeis que desconhecem totalmente seu hábitat.
ELIMINANDO O DESPERDÍCIO
Depois de um bilhão de anos desde a evolução da espécie, a humanidade busca controlar sozinha o equilíbrio dinâmico da vida na natureza, guiada pelas ciências naturais, física, química e biologia.
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Nós dominamos as energias para usá -las à vontade, começando pelo fogo, depois os combustíveis fósseis e, por fim, a energia nuclear.
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Exploramos e demos forma a matéria. Frequentemente, fazemos conquistas marcantes, às vezes nem tanto, mas respondem ao nosso apelo consumista.
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É importante se questionar porquê precisamos de tanto e porquê perdemos o hábito de reciclar e reconfigurar nossas aquisições. Houve épocas em que roupas de pais eram moldadas para se tornar casacos para os pequenos ou o arroz do almoço transformava-se em um delicioso bolinho de arroz no jantar. E, dessa forma, pode-se fazer inúmeros relatos sobre reutilização, reciclagem e releitura. A era industrial trouxe uma sobrecarga na capacidade de recuperação do planeta. A geração e o consumo indiscriminado de energia nos trouxeram coisas que ninguém quer e destruíram ou comprometeram grande parte do que os sistemas naturais construíram por milênios. Encontramo-nos em uma encruzilhada, na qual devemos avaliar as escolhas do futuro. Viveremos em harmonia com a Terra e as suas espécies ou continuaremos com nossos abusos consumistas e destrutivos? Aprenderemos a coabitar pacífica e produtivamente ou nos extinguiremos, como já começamos a fazer com muitas espécies, afogando-nos em nossos excessos improdutivos e em montanhas de resíduos? Quase todas as centenas de milhares de moléculas diferentes que compõem o petróleo são usadas no processo de sintetizar combustível, plástico, materiais construtivos e qualquer outro da miríade de produtos petroquímicos do nosso uso cotidiano. A eficiência funcional e material dos ecossistemas e dos hábitats naturais é uma maneira pragmática de alcançar a sustentabilidade e uma alta eficiência no uso dos recursos e, ao mesmo tempo, manter a competitividade e gerar valor agregado. Distribuir os nutrientes e a energia em cascata é outra solução elegante dos sistemas que devemos desenvolver. Este é o método da natureza para transformar a aparente escassez em suficiência e, finalmente, em abundância. Podemos imaginar esse processo como uma cascata, com fluxo de nutrientes que não exige fontes de energia, mas a simples presença da força da gravidade. Isso oferece uma metáfora visual para nos ajudar a compreender como os nutrientes são transportados das espécies de um reino
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biológico para outro, para benefício de todos. Os minerais absorvidos alimentam micro-organismos, estes alimentam plantas, estas alimentam outras espécies. Assim, o resíduo de um é a nutrição para o outro. Essa cascata de energia e nutrientes leva à sustentabilidade, reduzindo ou eliminando o ingresso de insumos externos, como energia, e pela eliminação dos resíduos e do seu custo, não apenas pela poluição, mas também pelo uso eficiente da matéria. Ao redor do mundo, há exemplos de sucesso consolidado de empreendedorismo sustentável, que não apenas beneficiam a Terra, como também seus habitantes, resultando na segurança alimentar, na segurança do sustento e em ocupações que podem contribuir para todos.
REGENTES DA MUDANÇA
Responsabilidade socioambiental
Há cerca cinco anos, movimentos corporativos na direção do desenvolvimento sustentável ainda eram lentos. Surgido como questão política no início dos anos 1980, somente na década seguinte foi incluído na agenda de negócios, primeiro como um desafio ecológico, depois como uma maneira de manter a governabilidade e a licença social para operar. Foi preciso, porém, que outra década transcorresse até que o desafio da sustentabilidade fosse visto como uma ferramenta estratégica para fazer negócios melhores. Nos últimos cinco anos, o cenário mundial mudou e o planeta pede socorro. As organizações que optavam em ter programas de desenvolvimento sustentável na sua grande maioria, via essa ação como filantropia e pouco haver com objetivos, ou mesmo estratégias organizacionais. No entanto, as forças do mercado seguiram seu rumo e o conceito de responsabilidade social tropeçou no de sustentabilidade, que por sua vez deparou-se com a eminente escassez de recursos natu-
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rais, vistos como ilimitados. A grande descoberta é que esses recursos naturais são finitos, que investir em desenvolvimento sustentável é necessário. Os problemas gerados pela mudança climática e o esgotamento dos recursos naturais intensificaram a atenção de consumidores, organizações ecológicas e entidades reguladoras sobre a pegada ambiental das empresas: emissões de gases geradores do efeito estufa, contaminação por resíduos e uso ineficiente de água e energia. O setor empresarial deverá medir e administrar o uso de recursos não renováveis em todo o ciclo de vida de suas operações e produtos. Além disso, as empresas deverão medir e gerir sua pegada social, cientes de que as políticas corporativas vorazes e indiferentes aos valores sociais denunciam a reputação de muitas delas. A complexidade, assim, só aumenta. Consumidores e organizações sociais exigem regulamentação, práticas transparentes e éticas e produtos que reflitam a diversidade e os valores das pessoas. As empresas que decidiram abraçar a sustentabilidade aprendem enquanto avançam. Criam, testam, aperfeiçoam e recomeçam o processo, já que essa é uma estrada sem fim. Assumir riscos e fixar padrões para seus setores são desafios importantes. Quando a estratégia corporativa é a estratégia de sustentabilidade, cada decisão se torna uma oportunidade de criação de valor para impulsionar a inovação, conseguir o compromisso de funcionários e da comunidade, no sentido de criar uma cultura de alto desempenho.
“Contribuir para um mundo mais belo”; esse é o propósito do Grupo Boticário, organização criada em 2010 que se destaca por integrar a sustentabilidade em sua estratégia e nas ações para minimizar os impactos ambientais de sua cadeia de valor.”
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No início dos anos 2000, o Boticário tirou de sua linha de produção um perfume masculino que era obtido de uma determinada planta, que entrou em processo de extinção. A sustentabilidade está presente nos negócios do Grupo Boticário desde seus primórdios. Em 1990, pelo desejo de seu fundador Miguel Krigsner, nasceu a Fundação Grupo Boticário de Proteção à natureza, organização que protege áreas naturais, apoia projetos de outras instituições e dissemina conhecimento. A Fundação mantém reserva naturais em dois biomas ameaçados: Salto Morato, na Mata Atlântica, e Serra do Tombador, no Cerrado. Outra iniciativa de destaque é o projeto Oásis, pioneiro no pagamento por serviços ecossistêmicos.
fig.02 - Salto Morato, Mata Atlântica - PR.
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Ricardo Semler ressalta que as empresas mais bem-sucedidas são as que têm como prioridade a qualidade de vida de seus funcionários, seguida pela qualidade de seus produtos e, por fim, pela produtividade e pelos lucros. Afirma que todos devem ser estimulados a perseguir suas paixões e encontrar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.
O CAPITALISMO SENSATO
“ A boa gestão é a arte de fazer com que os problemas sejam tão interessantes e as soluções tão construtivas que todas as pessoas queiram trabalhar com eles” Paul Hawken, 2011.
Nós não mudamos a história. A história nos muda.
De posse dessa afirmação, verificamos a fundamental importância que o momento exige um olhar bem mais cuidadoso para nosso planeta. Esse cuidado acontece dentro de cada sujeito, quando observamos nossa vulnerabilidade, fragilidade perante um contexto, uma realidade de mundo prejudicado por anos de descuido.
LISTA DE IMAGENS
Fig.01: en.wikipedia.org Fig.02: pixabay.com
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