UNIDADE
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CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE ASSEGURADA
QUALIDADE DE VIDA, MEIO AMBIENTE E ECONOMIA SUSTENTÁVEL
EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE ASSEGURADA
Conhecer os critérios da certificação de qualidade assegurada, como ferramenta de qualidade e sustentabilidade, ou seja, processo de entendimento em que os comportamentos éticos trazem ganhos econômicos e não prejuízos.
Vamos começar esta aula entendendo que é preciso perceber que se trata de um desafio de e para todos, em outras palavras, é ter responsabilidade pelo todo começando por nós mesmos.
fig.01 - Quality Assurance.
Em geral, essas ferramentas são instrumentos de autoavaliação e aprendizagem desenvolvidos para atender às necessidades das organizações (de todos os setores) de orientação e incorporação de conceitos e práticas de responsabilidade social nas diversas etapas de gestão da RSE.
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Portanto, abrangem as fases de diagnóstico, implementação, benchmarking e avaliação de desempenho da organização nos três aspectos da evolução sustentável, econômico, social e ambiental, permitindo-lhe gerenciar de forma cada vez mais efetiva as relações com seus públicos de interesse e os impactos sociais e ambientais decorrentes de suas atividades em toda sua cadeia produtiva, de valores e redes de cooperação. No entanto, apesar da diversidade, a utilização dessas ferramentas é um negócio praticado por um número limitado de organizações. Pode-se observar o resumo da necessidade de se trabalhar uma qualidade de acordo com o trabalho publicado Revista de Gestão USP, resumem a necessidade de trabalhar uma qualidade assegurada. Veja a seguir o resumo do trabalho A pesquisa denominada “Descobrindo o consumidor consciente”, realizada pelo Instituto Akatu (2004), diz que 44% dos consumidores entrevistados entendem que a atuação das empresas deve estabelecer padrões éticos mais elevados. Tal pesquisa identificou que 82% dos denominados consumidores conscientes pagariam mais por produtos advindos de empresas que realizam projetos em favor do meio ambiente. Ao mesmo tempo, revelou que somente 14% dos consumidores conscientes conhecem a ISO 14001 e, destes, somente 6% identificam tal selo com a Qualidade Ambiental e a preservação do meio ambiente em uma prática de Gestão Ambiental. Este trabalho procurou identificar a utilidade para uso e consumo, do ponto de vista do comprador, dos selos de certificação de qualidade assegurada constantes dos rótulos de produtos comercializáveis, verificando se os consumidores conscientes que identificam tais selos decodificam o seu significado, notadamente em termos de qualidade ambiental, compreendendo os hábitos de compra deste consumidor consciente e identificando as práticas, os costumes, as preferências, o discernimento quando do ato de comprar. Esta pesquisa foi desenvolvida na cidade de Piracicaba – SP, mediante um conjunto de técnicas em que os participantes têm atuação direta e efetiva. Assinale-se que o principal público estudado neste trabalho é aquele que possui comportamentos de solidariedade, traço distintivo do consumidor consciente (INSTITUTO AKATU, 2004), e que a amostra é não probabilística e intencional.
Estes primeiros dados consolidados e analisados identificam o
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público-alvo desta pesquisa: os consumidores conscientes. A seguir, busca-se identificar os critérios de avaliação e escolha de uma empresa ou produto, investigando os aspectos não ligados diretamente a preço e qualidade e que levaram o pesquisado a decidir a compra, particularmente a compreensão dos significados dos selos de certificação estampados nas embalagens de determinados produtos. Ao final, apresentam-se os resultados que são curiosos e instigantes para a realização de maiores aprofundamentos. O QUE É O SELO DE CERTIFICAÇÃO? Quando adquire um bem/serviço, o comprador/usuário quer saber se o que recebeu é o que pediu. Isso pode ser feito comparando-se o recebido com a especificação do que foi pedido. O ato de fazer essa verificação é a avaliação da conformidade de sistemas, processos, produtos, insumos e serviços para qualquer finalidade é uma tendência e um requerimento para acesso a mercados no país ou no exterior e permanência neles. A avaliação da conformidade é o instrumento capaz de fornecer, mediante a certificação e formas correlatas, a evidência de que o sistema de gestão de uma organização ou seus produtos e serviços atendem a requisitos técnicos especificados em normas e regulamentos. Notadamente, a certificação traz em seu bojo as vantagens: • Avaliação para o comprador/usuário da conformidade do produto/serviço com normas ou regulamentos técnicos, feita por organismo competente tecnicamente e com credibilidade, reconhecido como independente das partes envolvidas; • Aumento da aceitação dos produtos/serviços no mercado/sociedade, com a evidência da conformidade (selo, certificado, dentre outros), facilitando a relação com os mercados interno e externo; • Contribui para o bem-estar público em áreas como saúde, segurança e proteção ambiental, pela garantia da conformidade;
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• Propicia um eficaz meio de controle de processos/operações; • Influencia no aumento da produtividade e do nível da qualidade de produtos e serviços; • Facilita a proteção contra ações legais relacionadas com produtos/ serviços; • Proporciona confiança na relação cliente/fornecedor; • Facilita a comparação entre diversos produtos, sendo instrumento de defesa da concorrência; • Evita a multiplicação de avaliações por parte dos clientes, em particular quando efetuadas no âmbito do Sistema de Certificação de um país; • Contribui para a detecção de não-conformidades e, consequentemente, para uma evolução das organizações e processos provedores de bens e serviços, a partir das auditorias de avaliação. A transparência do sistema de avaliação da conformidade é condição indispensável para a sua aceitação por parte do mercado e, em particular, para possibilitar o reconhecimento mútuo, entre países, das atividades daí decorrentes. O reconhecimento mútuo permite que atividades realizadas para a emissão de certificados por organismos de certificação em um país possam ser aceitas pelos organismos de certificação de outro e por seus Sistemas Nacionais de Certificação, ampliando, sobremodo, o significado do estímulo à facilitação das relações comerciais e à construção de competência técnica nessa área que lhes dá suporte. Por fim, e indo além da eficiência econômica, equidade social e equilíbrio ambiental, requerem um processo de entendimento que demanda atitude, princípios e valores, uma forma de ser, pensar, decidir, agir e conduzir e reagir diante de suas atividades. É preciso visão, inovação, ousadia e espírito empreendedor para dar um grande salto rumo a um mundo diferente. A escala de desafios é imensa e exige abordagens radicais para mudanças essenciais, salto de consciência, desenvolvimento espiritu-
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al, conciliando razão e emoção, cabeça e coração. São estas as principais exigências do cenário global para uma evolução sustentável. Uma revisão dos valores humanos diante de uma crise civilizatória.
Certificação 302
A Lei Sarbanes-Oxley atribui diversas responsabilidades aos administradores de empresas que negociam títulos no mercado norte-americano. A Copel é uma das muitas empresas estrangeiras com títulos na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Sendo assim, a Seção 302 da Lei Sarbanes-Oxley requer que o Diretor Presidente e o Diretor de Finanças e de Relações com Investidores assinem uma Certificação (PDF) garantindo que as demonstrações financeiras trimestrais e anuais da Copel representam fielmente as operações e a condição financeira da Companhia.
Os dois Diretores são responsáveis pelas seguintes atribuições:
• Revisar os relatórios financeiros; • Desenvolver controles internos capazes de garantir que as informações necessárias, tanto da empresa como das subsidiárias, chegarão às mãos dos administradores sem distorção; • Manter controles internos, supervisionando o processo de preparação de relatórios financeiros; • Avaliar a eficácia dos controles internos três meses antes da entrega dos relatórios financeiros; • Apresentar no relatório financeiro as conclusões da avaliação de eficácia dos controles internos.
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Disponível em: http://migre.me/sSPAC. Acesso em 03/10/2015.
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LISTA DE IMAGENS Fig.01: www.123rf.com REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COLTRO, Alex; KRUGLIANSKAS, Isak. Revista de Gestão USP. São Paulo, v. 13, n. 4, p. 61-77, outubro/dezembro 2006. INSTITUTO AKATU. Descobrindo o consumidor consciente: uma nova visão da realidade brasileira. Disponível em: <http://www.institutoakatu.org.br>. Revista de Gestão USP. São Paulo, v. 13, n. 4, p. 61-77, outubro/dezembro 2006/2004.
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