Medicina hoje prozac 25 anos

Page 1

neuroΨciências psicologia ISSN 1807-1058

Neurociências • Volume 7 • outubro de 2011

1

PSIQUIATRIA | PSICOSSOMÁTICA | PSICOPEDAGOGIA | NEUROPSICOLOGIA | PSICOTERAPIA

OUTUBRO de 2011 • Ano 7

13 anos

25 anos de Prozac Prof. Dr. Táki Athanássios Cordás Dr. Hamilton Miguel Grabowski Prof. Dr. Itiro Shirakawa

Suplemento Lilly_25 anos de Prozac_set11_versão 2.indd 1

22/10/2011 00:19:34


Exemplar distribuído com apoio de Eli Lilly do Brasil O conteúdo deste material é de responsabilidade exclusiva de seu autor e não reflete necessariamente o posi­cionamento da Lilly, que apenas patrocinam sua divulgação exclusivamente à classe médica. Direitos Reservados - Atlântica Editora ATMC Ltda - Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização do titular.

Realização ATMC • Projeto e comercialização MG&A Comunicação • Tel: (11) 8115-3636 mg_a.com@uol.com.br Editor: Dr. Jean-Louis Peytavin • Comercial: Mauricio Galvão Anderson • Direção-arte: Cristiana Ribas

Suplemento Lilly_25 anos de Prozac_set11_versão 2.indd 2

22/10/2011 00:19:34


Neurociências • Volume 7 • outubro de 2011

3

Entrevista

25 anos de Prozac

Lançado em 1986, Prozac tornou-se um medicamento com história fora do comum. Ele foi um dos primeiros medicamentos que além de eficaz era seguro sobre a depressão, doença que ele ajudou a diagnosticar e tornar mais conhecida pelo público em geral. Além disso, Prozac marcou sua época e foi um dos primeiros medicamentos capa de revista para o público leigo, tema de livros populares e de programas de televisão. Vinte e cinco anos após o lançamento, três renomados psiquiatras brasileiros explicam porque Prozac é tão importante na história da Psiquiatria e no tratamento desta doença tão comum que é a depressão.

Prof. Dr. Táki Athanássios Cordás Professor colaborador do Departamento de Psiquiatria da USP, Supervisor e Coordenador geral do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (AMBULIM) e Coordenador do Ambulatório dos Transtornos do Impulso(AMITI) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Dr. Hamilton Miguel Grabowski Psiquiatra, Pesquisador clínico, diretor clínico da Trial Tech Tecnologia em pesquisas com medicamentos

Prof. Dr. Itiro Shirakawa Professor titular do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), doutor em Psiquiatria pela Unifesp/EPM

Suplemento Lilly_25 anos de Prozac_set11_versão 2.indd 3

22/10/2011 00:19:35


4

Neurociências • Volume 7 • outubro de 2011

Neurociências - O que o lançamento de Prozac representou para a psiquiatria? Dr. Táki Cordás - O lançamento do Prozac foi um novo paradigma no tratamento psiquiátrico. Ele trouxe uma nova possibilidade de tratamento com um modelo teórico diferente e, ao mesmo tempo, trouxe uma eficácia semelhante aos antidepressivos que o antecederam, mas com uma segurança muito maior. A gente não pode diminuir a importância deste novo modelo teórico em termos de depressão e de ansiedade, porque isso propiciou um maior investimento dentro desta linha de pesquisa, dentro deste modelo teórico da predominância da serotonina nas doenças psiquiátricas. Dr. Hamilton Grabowski - O lançamento do Prozac representou uma grande mudança na psiquiatria. Quando foi lançado, nos anos 80, havia um preconceito em relação a esta especialidade. O paciente não se sentia confortável para procurar ajuda e achava que o psiquiatra era um médico especialista de distúrbios mentais graves. E também a depressão não era tão popular, não era tão conhecida pelo público leigo. Ela era bem discutida apenas nos meios acadêmicos, dentro das Universidades e pelos psiquiatras. Quando foi comprovada a eficácia deste medicamento, isso abriu um caminho para a divulgação do que seria a depressão. Foi uma mudança importante na cabeça das pessoas. Elas começaram a pesquisar mais sobre a depressão, conhecer seus sintomas, o que era importante nesta doença, como buscar tratamento e compreender as diferenças entre este transtorno e uma simples tristeza. As pessoas passaram a entender com mais facilidade o que era a depressão. Dr. Itiro Shirakawa - O Prozac foi o primeiro antidepressivo da segunda geração. Os antidepressivos de primeira geração foram medicamentos descobertos por acaso. Então o Prozac inaugurou a segunda geração de medicamentos desse tipo, já mais específico e planejado. Do ponto de vista da psiquiatria, o advento do Prozac foi importante, porque a partir dele, vimos a chegada de toda uma serie de novos medicamentos antidepressivos. A grande mudança é que esta nova

Suplemento Lilly_25 anos de Prozac_set11_versão 2.indd 4

geração produz menos efeitos colaterais que inviabilizavam ou dificultavam o emprego dos antidepressivos em inúmeros pacientes. Neurociências - Qual é a diferença de Prozac e os antidepressivos anteriores (tricíclicos e IMAOs)? Dr. Táki Cordás - Além da segurança do uso isolado do Prozac, a possibilidade que ele nos trouxe, foi que é uma droga com pobres interações medicamentosas. Isso é uma coisa importante, porque, cada vez mais, as pessoas precisam utilizar drogas de uso contínuo. Sabemos que quase 90% das doenças, a não ser as doenças virais e bacterianas - que têm um tratamento imediato e de duração limitada - necessitam de um tratamento continuado. As doenças cardiológicas, dermatológicas, endocrinológicas, reumáticas, todas essas doenças necessitam de um tratamento para o resto da vida. Um indivíduo que chega a 60/70 anos tem que utilizar 3 ou 4 drogas diferentes, indefinidamente. Então, era importante que este indivíduo, pelo fato da idade e pela chance de ele ter que tomar diversos medicamentos, pudesse usar uma medicação que tivesse poucos riscos de interação. O risco de interação era importante com as drogas anteriores, e, além do risco de interação, é importante lembrar que algumas doenças têm frequentemente uma depressão associada. Por exemplo, o indivíduo com doença cardíaca tem um prognóstico muito pior quando associada à depressão. Uma boa parte das drogas anteriores tem um efeito cardiológico que muitas vezes inviabilizava o uso em pacientes cardíacos, em pacientes epilépticos, em pacientes com problemas prostáticos, urológicos, etc. O Prozac veio trazer a segurança e a possibilidade de tratar indivíduos com doença cardíaca prévia ou com epilepsia, sem baixar o limiar convulsivo, quer dizer sem aumentar o risco de crise convulsiva nesta população. Também podemos utilizar o Prozac com segurança em indivíduos com doença prostática. Podemos abrir o arsenal terapêutico para um número muito maior de pacientes que necessitam de uso de outras drogas associadas e que apresentam condições médicas, que antes do advento do Prozac, teriam grande dificuldade de poder usar um antidepressivo.

22/10/2011 00:19:35


Neurociências • Volume 7 • outubro de 2011

Dr. Hamilton Grabowski - Os antidepressivos tricíclicos marcaram sua época. Foram antidepressivos bastante eficazes, eles funcionavam muito bem, davam bons resultados, mas tinham problemas com efeitos colaterais e segurança. Eles atingiam não só os receptores específicos de serotonina mais também outros receptores. Isso fazia com que os pacientes acabassem tendo um número muito grande de efeitos colaterais. Haviam muitos efeitos colinérgicos, alfaadrenérgicos e isso levava a problemas de segurança e tolerabilidade. Os antidepressivos tricíclicos eram contraindicados em pacientes com problemas cardíacos, com glaucoma, e podiam provocar retenção urinária e intestinal. Então, por causa desses efeitos colaterais, a segurança era problemática. O Prozac foi o primeiro antidepressivo que apresentava uma ação especifica nos receptores de serotonina, especialmente envolvidos na depressão. Isso significava um medicamento mais específico, com menos efeitos colaterais e com segurança bem maior. Neurociências - Qual foi o impacto do advento dessa nova classe na mudança do diagnóstico e tratamento da depressão? Dr. Táki Cordás - Do ponto de vista histórico, o advento do Prozac veio mudar o paradigma farmacológico. A história do tratamento psiquiátrico começa com a eletroconvulsoterapia, depois o advento dos antidepressivos tricíclicos e os inibidores da MAO. O lançamento do Prozac trouxe um modelo diferente de tratamento das doenças psiquiátricas. Prozac e posteriormente a chegada de demais drogas baseadas em um modelo serotoninérgico, mostra um caminho de pesquisa não apenas para a depressão, mas também para o transtorno obsessivo compulsivo, para os quadros ansiosos, comportamentos impulsivos e transtornos alimentares. Ou seja, o advento do Prozac acabou abrindo uma linha de pesquisa muito profícua que leva ao conhecimento das vias da serotonina cerebral, que antes eram pouco conhecidas. Dr. Hamilton Grabowski - O sucesso do Prozac fez com que a industria farmacêutica começasse a procurar mais moléculas com a mesma especificidade,

Suplemento Lilly_25 anos de Prozac_set11_versão 2.indd 5

5

com o mesmo alvo, que atingissem o mesmo ponto de ação. Assim, depois do Prozac foram lançados vários medicamentos na mesma linha, se tornando um precursor dos atuais duais. A depressão passou a ser tratada com uma facilidade muito maior e o tratamento alcançou um número muito maior de pacientes. A qualidade emocional de vida melhorou. Dr. Itiro Shirakawa - O grande impacto foi o tratamento da depressão com menos risco. Eu diria que à medida que a ciência disponibilizou mais antidepressivos mais eficazes e com menos efeitos colaterais, isso possibilitou que um número maior de pacientes seja tratado. Por outro lado o próprio avanço da psiquiatria com os estudos sobre os neurotransmissores transformou realmente a psiquiatria em uma especialidade médica: quando existiam sintomas em conjunto além da tristeza, o Prozac ajudou a deslocar o tratamento da psicoterapia para a farmacoterapia. A farmacoterapia não inviabiliza a psicoterapia, mas se o paciente ficar só na psicoterapia, a depressão vai se agravando. A depressão vem se tornando cada dia mais uma doença do momento que estamos vivendo. Sua taxa de prevalência está chegando a 10% no mundo e não há psiquiatras para tratar todos esses pacientes. Então os antidepressivos possibilitam ao clínico geral tratar esses pacientes. Neurociências - Com o Prozac, o diagnóstico e o tratamento da depressão se tornaram mais comuns. Como você avalia esta evolução? Dr. Táki Cordás - A popularização do Prozac e do tratamento da depressão trouxeram dois importantes benefícios. Em princípio, uma diminuição importante no preconceito na questão da depressão, que era considerada como uma doença de caráter e da personalidade. Prozac acabou aumentando a visibilidade desta doença, que era considerada um problema de preguiça, de indolência ou de falta de vontade. E também tirou o estigma da doença, pois contribuiu muito para o conhecimento do público em geral do que é de fato a doença depressiva. O indivíduo começou entender que o que ele tinha não era um motivo para se ter vergonha. Muitas famílias come-

22/10/2011 00:19:35


6

Neurociências • Volume 7 • outubro de 2011

çaram a enxergar de modo diferente e entender que a pessoa precisava de ajuda. A partir daí os estudos epidemiológicos psiquiátricos fizeram melhores diagnósticos. A mensuração epidemiológica foi melhor, o que transformou os programas de saúde e investimentos montados para isso. Quer dizer, quando você tira o estigma, faz melhores prognósticos, melhora a epidemiologia, melhora o diagnóstico, isso acaba forçando os programas de saúde pública a investirem mais. A segunda consequência, foi diminuir um pouco da depressão o caráter de doença eminentemente psiquiátrica misteriosa. Isso acabou levando médicos de outras especialidades, como clínicos gerais, neurologistas, ginecologistas, a entenderem que o quadro de depressão é frequente na sua prática do dia a dia. É uma doença comum e eles precisam olhar além do problema específico da especialidade e perceber que existe uma correlação muito grande com depressão. A partir daí, como é uma droga que tem um manejo muito mais fácil que as drogas anteriores, ou seja, titulação de 1 para 2 comprimidos por dia e menos efeitos colaterais, a doença é mais fácil de avaliar e mais fácil tratar. Vários clínicos podem utilizar os antidepressivos, no caso o Prozac, de uma maneira mais segura. Isso é importante, porque não há psiquiatras o suficiente, não somente no Brasil, mas no mundo inteiro, para tratar a depressão e os demais transtornos psiquiátricos. Precisamos ter clínicos gerais e médicos de outras especialidades que saibam tratar de depressão. Eles vão tratar até certo ponto. Se houver um ponto onde eles já não têm mais expertise, eles vão encaminhar para o especialista. Neste sentido, o advento do Prozac foi uma grande chance para essas pessoas serem encorajadas a tratar a depressão. Neurociências - Além da depressão, tem outra patologia que foi impactada pelo lançamento de Prozac? Dr. Táki Cordás - Sim, claro. Os primeiros trabalhos farmacológicos bem estruturados para o tratamento

Suplemento Lilly_25 anos de Prozac_set11_versão 2.indd 6

de bulimia nervosa com resultados animadores foram com Prozac. Trata-se de conduta até hoje de escolha junto com os demais tratamentos multidisciplinares. Meu trabalho de doutorado testando modelos terapêuticos em bulimia nervosa tinha o tratamento farmacológico realizado com Prozac. Dr. Hamilton Grabowski - Depois do sucesso do Prozac no tratamento da depressão se descobriu que também eficaz em outros transtornos. Ele se tornou útil em transtornos como TOC (transtornos obsessivo compulsivos), TDPM, e diversas outras patologias como por exemplo os transtornos alimentares. Neurociências - O senhor lembra a sua primeira prescrição ou alguma história marcante com paciente de Prozac? Dr. Táki Cordás - Eu me lembro de um caso pouco comum de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM). Na primeira consulta o marido chegou escoltado por um verdadeiro júri para relatar a agressividade que a paciente apresentava contra ele. Tive que colocar cadeiras extra na sala. Foi lá a sogra (mãe da paciente), dois filhos, um colega professor do mesmo cursinho onde ele trabalhava e a empregada doméstica. Eu nunca tinha visto aquilo. Na frente da paciente, cada um deles relatou “os sofrimentos do pobre senhor naqueles dias”. O colega professor inclusive contou que ele chegava para dar aula se arrastando, deprimido, “sem conseguir fazer uma piada como deve se fazer nas classes de cursinho”. O objetivo da presença deste júri na consulta era uma forma de poupar o marido, porque todos temiam que nos dias futuros do período pré-menstrual, ela ficasse agressiva, mais ainda com ele, pela “queixas que ele fizera dela com o médico”. Três meses depois, já com melhora completa, a paciente e o marido telefonaram para perguntar se não seria bom que todos os “jurados da primeira reunião” fossem para testemunhar a grande melhora obtida paulatinamente ao longo dos meses...

22/10/2011 00:19:35

ELI_


Contraindicações:4 • PROZAC é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a essa droga • PROZAC não deve ser usado em combinação com um inibidor da monoamino oxidase (MAO) ou dentro de 14 dias da suspensão do tratamento com um inibidor da MAO. Interação medicamentosa:4 • Deve ser considerado o uso de esquemas conservadores de titulação de drogas concomitantes e monitorização do estado clínico. CDS22NOV10 PROZAC® (cloridrato de fluoxetina) INDICAÇÕES: PROZAC é indicado para o tratamento da depressão, associada ou não à ansiedade, da bulimia nervosa, do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e do transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), incluindo tensão pré-menstrual (TPM), irritabilidade e disforia. A eficácia de PROZAC durante o uso a longo prazo (mais de 13 semanas no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo e mais de 16 semanas no tratamento da bulimia nervosa) não foi sistematicamente avaliada em estudos controlados com placebo. Portanto, o médico deve reavaliar periodicamente o uso de PROZAC em tratamentos a longo prazo. CONTRAINDICAÇÕES: a fluoxetina é contraindicada em pacientes com hipersensibilidade conhecida a essa droga ou a qualquer um dos excipientes. PROZAC não deve ser usado em combinação com um IMAO ou dentro de 14 dias da suspensão do tratamento com um IMAO. Deve-se deixar um intervalo de, pelo menos, cinco semanas (ou talvez mais, especialmente se PROZAC foi prescrito para tratamento crônico e/ou em altas doses) após a suspensão de PROZAC e o início do tratamento com um IMAO. PROZAC também não deve ser usado em combinação com tioridazina ou dentro de, pelo menos, cinco semanas após a suspensão do PROZAC. ADVERTÊNCIAS: assim como outras drogas de ação farmacológica similar (antidepressivos), casos isolados de ideação e comportamentos suicidas foram relatados durante o tratamento com PROZAC ou logo após a sua interrupção. Um acompanhamento mais próximo a pacientes de alto risco deve ser feito durante o tratamento. Os médicos devem incentivar os pacientes de todas as idades a relatarem quaisquer pensamentos ou sentimentos depressivos em qualquer fase do tratamento. Em uma análise de estudos controlados em adultos com transtorno depressivo maior, os fatores de risco para suicídio com ambos, placebo e PROZAC, foram os seguintes: antes do tratamento: maior gravidade da depressão e presença de pensamento de morte; durante o tratamento: piora da depressão e desenvolvimento de insônia. O desenvolvimento de ativação psicomotora grave (p. ex.: agitação, acatisia e pânico) também foi um fator de risco durante o tratamento com PROZAC. A presença ou surgimento dessas condições antes ou durante o tratamento sugere que se deve levar em consideração o aumento do monitoramento clínico ou possível alteração da terapia. Após o aparecimento de erupção cutânea ou de outra reação alérgica para a qual uma alternativa etiológica não pode ser identificada, PROZAC deve ser suspenso. Assim como com outros antidepressivos, PROZAC deve ser administrado com cuidado a pacientes com histórico de convulsões. Foram relatados casos de disfórico (alguns com sódio sérico abaixo de 110 mmol/l). A maioria desses casos ocorreu em pacientes idosos e em pacientes que estavam tomando diuréticos ou com redução de líquidos. Em pacientes com diabetes, ocorreu hipoglicemia durante a terapia com PROZAC e hiperglicemia após a suspensão do medicamento. A dose de insulina e/ou hipoglicemiante oral deve ser ajustada quando for instituído o tratamento com PROZAC e após sua suspensão. O uso de PROZAC deve ser considerado durante a gravidez somente se os benefícios do tratamento justificarem o risco potencial para o feto, tendo em conta os riscos do não tratamento da depressão. PROZAC é excretado no leite humano, portanto deve-se ter cuidado quando for administrado a mulheres que estejam amamentando. PROZAC pode interferir na capacidade de julgamento, pensamento e ação. Portanto, os pacientes devem evitar dirigir veículos ou operar maquinário até que tenham certeza de que seu desempenho não foi afetado. A segurança e eficácia em crianças não foram estabelecidas. Não foram observadas diferenças na segurança e eficácia entre pacientes idosos e jovens. PROZAC pode alterar o controle glicêmico em pacientes diabéticos. Hipoglicemia pode ocorrer durante a terapia com PROZAC e hiperglicemia pode ocorrer após a interrupção do tratamento com PROZAC. Uma dose mais baixa ou menos frequente deve ser considerada em pacientes com comprometimento hepático, doenças concomitantes ou naqueles que estejam tomando vários medicamentos. Midríase foi relatada em associação com PROZAC, por isso, deve-se ter cautela na prescrição de PROZAC a pacientes com pressão intraocular elevada ou aqueles com risco de glaucoma de ângulo estreito agudo. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: devido ao potencial de PROZAC em inibir a isoenzima do citocromo P450 (2D6), o tratamento com drogas predominantemente metabolizadas pelo sistema CP450 (2D6) e que tenham um índice terapêutico estreito deve ser iniciado com o limite mais baixo de dose, caso o paciente esteja recebendo PROZAC concomitantemente ou a tenha recebido nas semanas anteriores. Se PROZAC for adicionado ao tratamento de um paciente que já esteja recebendo uma droga metabolizada pelo CP450 (2D6), a necessidade de diminuição da dose da medicação original deve ser considerada. Devido ao risco de arritmias ventriculares graves e de morte súbita, potencialmente associada com uma elevação dos níveis de tioridazina, não deve ser realizada a administração concomitante de tioridazina (MELLERIL®) com PROZAC ou, deve-se aguardar no mínimo 5 semanas após o término do tratamento com PROZAC para se administrar a tioridazina. Foram observadas alterações nos níveis sanguíneos de fenitoína, carbamazepina, haloperidol, clozapina, diazepam, alprazolam, lítio, imipramina e desipramina e, em alguns casos, manifestações clínicas de toxicidade. Deve ser considerado o uso de esquemas conservadores de titulação de drogas concomitantes e monitoramento do estado clínico. O uso concomitante de outras drogas com atividade serotonérgica (p. ex.: inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores seletivos da recaptação da noradrenalina, triptanos ou tramadol) podem resultar numa síndrome serotoninérgica. Devido ao fato de a fluoxetina estar firmemente ligada às proteínas do plasma, a administração de PROZAC a um paciente que esteja tomando outra droga que seja firmemente ligada à proteína pode causar uma mudança nas concentrações plasmáticas da mesma. Efeitos anticoagulantes alterados (valores de laboratório e/ou sinais clínicos e sintomas), incluindo sangramento, sem um padrão consistente, foram reportados com pouca frequência quando o PROZAC e a varfarina foram coadministradas. Estudos epidemiológicos, caso-controle e coorte têm demonstrado uma associação entre o uso de drogas que interferem na recaptação da serotonina e a ocorrência de aumento de sangramento gastrointestinal, que também tem sido demonstrado durante o uso concomitante de uma droga psicotrópica com um AINE ou ácido acetilsalicílico. Portanto, os pacientes devem ser advertidos sobre o uso concomitante destas drogas com PROZAC. Devido ao fato da fluoxetina e do seu principal metabólito, a norfluoxetina, possuírem uma longa meia-vida de eliminação, a administração de drogas que interajam com essas substâncias pode produzir consequências ao paciente após a interrupção do tratamento com PROZAC. Em testes formais, PROZAC não aumenta os níveis de álcool no sangue e também não intensifica os efeitos do álcool. Entretanto, a combinação do tratamento de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) e álcool não é aconselhável. PROZAC pode ser administrado com alimentos sem que interações medicamentosas ocorram. Assim como outros ISRS, Hypericum perforatum pode interagir com PROZAC, aumentando os efeitos adversos, como a síndrome serotoninérgica. Não há estudos que relatam a possibilidade de interação entre PROZAC e nicotina. Não há estudos em humanos a respeito da interação de PROZAC com exames laboratoriais e não laboratoriais. POSOLOGIA – Depressão: a dose recomendada é de 20 mg/dia. Bulimia Nervosa: a dose recomendada é de 60 mg/dia. Transtorno Obsessivo-Compulsivo: a dose recomendada é de 20 mg/dia a 60 mg/dia. Transtorno Disfórico Pré-menstrual: a dose recomendada é de 20 mg/dia administrada continuamente (durante todos os dias do ciclo menstrual) ou intermitentemente (isto é, uso diário, com início 14 dias antes do início previsto da menstruação, até o primeiro dia do fluxo menstrual. A dose deverá ser repetida a cada novo ciclo menstrual). Para todas as indicações: a dose recomendada pode ser aumentada ou diminuída. Doses acima de 80 mg/dia não foram sistematicamente avaliadas. Idade: não há dados que demonstrem a necessidade de doses alternativas tendo como base somente a idade do paciente. REAÇÕES ADVERSAS: diarreia, náusea, fadiga (incluindo astenia), dor de cabeça, insônia (incluindo despertar cedo, insônia inicial, insônia de manutenção), palpitações, visão turva, boca seca, dispepsia, vômitos, calafrios, sensação de tremor, diminuição de peso, diminuição do apetite (incluindo anorexia), distúrbio de atenção, vertigem, disgeusia, letargia, sonolência (incluindo hipersonia e sedação), tremor, sonhos anormais (incluindo pesadelos), ansiedade, diminuição da libido (incluindo perda da libido), nervosismo, cansaço, distúrbio do sono, tensão, urinações frequentes (incluindo polaciúria), distúrbios da ejaculação (incluindo falha na ejaculação, disfunção da ejaculação, ejaculação precoce, retardo na ejaculação e ejaculação retrógrada), sangramento ginecológico (incluindo hemorragia uterina e na cérvix, disfunção uterina e sangramento, hemorragia genital, menometrorragia, menorragia, metrorragia, polimenorreia, hemorragia pós-menopausal e hemorragia vaginal), disfunção erétil, bocejo, hiperidrose, prurido, erupção cutânea (incluindo eritema, erupção cutânea esfoliativa, erupção cutânea provocada pelo calor, erupção cutânea, erupção cutânea eritematosa, erupção cutânea folicular, erupção cutânea generalizada, erupção cutânea macular, erupção cutânea maculopapular, erupção cutânea morbiliforme, erupção cutânea papular, erupção cutânea prurítica, erupção cutânea vesicular, erupção cutânea eritematosa no cordão umbilical), urticária e rubor (incluindo fogachos), midríase, disfagia, sensação de anormalidade, sensação de frio, sensação de calor, mal-estar, contusão, contração muscular, inquietação psicomotora, ataxia, distúrbios do equilíbrio, bruxismo, discinesia, mioclonia, despersonalização, humor elevado, humor eufórico, alteração do orgasmo (incluindo anorgasmia), pensamento anormal, disúria, disfunção sexual, alopecia, suor frio, tendência para equimose aumentada, hipotensão, dor esofágica, reação anafilática, doença do soro, síndrome buco-glossal, convulsão, hipomania, mania, angioedema, equimose, reação de fotossensibilidade, vasculite, vasodilatação, distúrbios na micção, secreção inapropriada do hormônio antidiurético, hepatite idiossincrática muito rara, síndrome serotoninérgica, priaspismo, eritema multiforme, comprometimento da memória e disfunção sexual ocasionalmente após a descontinuação do uso. FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES: PROZAC é apresentado na forma de cápsulas de 20 mg de fluoxetina em caixas contendo 28 cápsulas. Registro MS: 1.1260.0007 – VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. Documentação científica e/ou informações adicionais à classe médica sobre o produto mediante solicitação. Para mais informações, consulte a bula completa do produto ou o Serviço de Atendimento ao Cliente Lilly SAC 0800 7010444, e-mail: sac_brasil@lilly.com. • ReferênciaÊ1. Data do registro do FDA: 29 de dezembro de 1987; Data do registro na ANVISA: 2 de junho de 1988. • ReferênciaÊ2. Lista de medicamentos de referência disponível no site da ANVISA (Medicamentos/Medicamentos de Referência/Lista A de Medicamentos de Referência), no endereço http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/bb9243804740830fb0ffb49bf2caff8e/list_med_ref_16_06_011_isolados.pdf?MOD=AJPERES acessado em 30 de junho de 2011. • ReferênciaÊ3. Referente a apresentação de 20 mg com 28 cps. Preço anterior: PMC (18%) R$ 154,71. Revista ABC Farma, ano 19, edição 238, junho/2011. Novo Preço: PMC (18%) R$ 65,00. Revista ABC Farma, ano 19, edição 240, agosto/2011. • ReferênciaÊ4. Bula do Produto.

Prozac é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Material de divulgação exclusiva para profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos. © Copyright Eli Lilly do Brasil. Agosto/2011. Todos os direitos reservados. Cód. Lilly P2PZ111

Suplemento Lilly_25 anos de Prozac_set11_versão 2.indd 7 ELI_0219_11_agosto_An. Rev.ARQUIVOS CARDIOLOGIA PROZAC 42X28.indd 1

22/10/2011 00:19:36


PIONEIRO

1

é o primeiro ISRS (Inibidor Seletivo de Recaptação de Serotonina)1

REFERÊNCIA

2

é a fluoxetina de referência2

MENOS DA METADE 3 DO PREÇO teve seu preço de lista reduzido em 57%3 P2PZ122 - outubro/2011

Suplemento Lilly_25 anos de Prozac_set11_versão 2.indd 8

8/5/11 00:19:36 4:32 PM 22/10/2011


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.