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Recém-eleito bastonário Miguel Pavão antecipa

ESCI renova-se e nomeia médico dentista português para a sua equipa diretiva

A Sociedade Europeia de Implantologia Cerâmica (ESCI, na sigla em inglês), fundada há dois anos e cujo primeiro congresso, realizado em outubro de 2019, reuniu mais de 170 participantes de 23 países, tem vindo a ganhar terreno no contexto das sociedades científicas que intervêm na área da implantologia dentária.

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Para dar resposta ao crescente interesse que tem vindo a despertar, e com o intuito de assumir a liderança neste campo, a ESCI lançou recentemente um site na internet com todo o tipo de informação e serviços afetos à implantologia cerâmica, que está disponível em: www.esci-online.com. O objetivo principal é proporcionar uma plataforma central nesta vertente da Medicina Dentária que possa captar o interesse de toda a comunidade europeia que se dedica a esta área e oferecer a formação e informação mais atualizada neste domínio.

Imagem renovada

A ESCI renovou também a sua imagem com a introdução de um novo e apelativo logotipo, entre outras inovações e serviços em prol dos seus associados.

No que respeita à gestão da sociedade científica, foram recentemente nomeados para a direção da ESCI os médicos dentistas português André Chen, que está ligado ao Instituto de Implantologia de Lisboa, e alemão Frank Maier, que exerce a sua prática clínica em Tübingen (Alemanha).

As mais importantes e reconhecidas marcas comerciais do setor dentário e algumas prestigiadas instituições de ensino e investigação têm vindo a estabelecer parcerias com a ESCI, que criou, entretanto, uma divisão própria centrada nos técnicos de prótese (ESCI Division Dental Tecnhician), assumindo deste

André Chen é um dos novos membros da direção da sociedade científica europeia.

modo o seu particular interesse na cooperação entre estes profissionais e os médicos dentistas.

29º congresso anual da OMD adiado para 2021

A comissão organizadora do 29º congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) comunica o adiamento do evento para 2021. O encontro estava marcado para novembro deste ano, nas instalações da Exponor, em Matosinhos (Porto), mas face às condições associadas à pandemia a comissão organizadora decidiu adiar a edição deste ano. A a desenvolver stocks de dispositivos médicos de emergência.

Expodentária que, como tem sido habitual, iria decorrer juntamente com o congresso, também fica sem efeito.

A médica dentista Patrícia Manarte Monteiro, presidente da comissão organizadora do congresso, explica que a condição pandémica “requer a tomada de decisões conscientes quanto à execução do evento nos moldes que a OMD deseja e que os médicos dentistas esperam”. Para além da limitação de meios logísticos, tempo e recursos humanos internos e externos, fundamentais para a organização adequada do congresso nesta altura do ano, “temos também o respeito pelo processo eleitoral em curso para os órgãos sociais da Ordem, quanto a decisões que num futuro breve devem ser tomadas por direito e dever pelo conselho diretivo que vier a tomar posse, nomeadamente quanto à responsabilidade na gestão futura da Ordem e do 29º congresso da OMD”, esclarece.

O congresso da OMD é um dos maiores eventos do setor da saúde na Península Ibérica e reúne anualmente cerca de 6.000 participantes.

A presidente da comissão organizadora agradece a compreensão de todos, prometendo que a sua equipa tudo fará para que o evento em 2021 “esteja à altura daquilo a que todos estão habituados a encontrar no nosso congresso, isto é, oradores de excelência, uma Expodentária com o melhor e mais recente que se faz na Medicina Dentária e sobretudo um ambiente único e saudável de amizade e confraternização entre colegas”.

Patrícia Manarte Monteiro, presidente da comissão organizadora da próxima edição do congresso da OMD.

Comissão Europeia propõe programa de saúde EU4Health

No âmbito do impacto da COVID-19 nas economias dos países europeus, a Comissão Europeia (CE) apresentou o “Next Generation EU”, um instrumento para aumentar temporariamente a capacidade financeira do orçamento da União Europeia em 750 mil milhões de euros.

O plano de recuperação proposto inclui um programa de saúde, denominado EU4Health, que se destina a fortalecer a segurança nesta área e a prevenir futuras crises, dispondo para este efeito de uma verba de 9,4 mil milhões de euros.

Ainda não é conhecida a forma como este orçamento será dividido pelas diferentes áreas do programa, mas uma das prioridades será o investimento na capacidade de resposta do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

O EU4Health assenta em dois pilares: o reforço da segurança da saúde e respetiva prevenção de crises e o fortalecimento dos sistemas de saúde dos Estados-Membros, nomeadamente através de melhor prevenA Comissão Europeia adiantou que os investimentos na área da saúde serão também provenientes de outros instrumentos, como são exemplos o Fundo Social Europeu Plus, vocacionado para o acesso dos grupos vulneráveis à saúde, ou o Mecanismo de Proteção Civil da União, destinado

ção, vigilância, acesso, diagnóstico e tratamento das doenças.

Plano de recuperação da CE prevê verba de 9,4 mil milhões de euros para a área da saúde.

FDI define princípios de atuação em período de pandemia

A COVID-19 está a ter impacto em todos os setores da economia, a nível mundial, com particular incidência nas diversas áreas da saúde, em especial a saúde oral. Para avaliar os efeitos do vírus na prática da Medicina Dentária, a Federação Dentária Internacional (FDI) criou um grupo de trabalho.

Coordenado pelo presidente do Conselho Geral da Ordem dos Médicos Dentistas e também coordenador dos grupos de trabalho internos da Ordem afetos à pandemia, Paulo Ribeiro de Melo, a COVID-19 Task Team da FDI tem, entre outras responsabilidades, a tarefa de liderar o desenvolvimento da estratégia da federação nesta matéria e implementar as respetivas atividades. Integram este grupo Gerhard Seeberger, presidente da FDI, Ihsane Ben Yahya, presidente-eleita da FDI, Young- -Guk Park, Nikolai Sharkov e Carol Gomez Summerhays.

Dez recomendações

Em virtude do trabalho desenvolvido e da auscultação dos desafios dos vários países, esta equipa elaborou um documento intitulado “FDI Statement on Dentistry and Oral Health During the COVID-19 Pandemic”, que reúne uma dezena de recomendações e princípios a seguir pelos profissionais de saúde oral durante a pandemia.

O statement da FDI reforça a especificidade dos tratamentos dentários. “O atendimento médico-dentário é único, pois muitos procedimentos são realizados a uma média de 35 cm de espaço entre a boca do paciente e a face do médico”, lê-se no documento, que alerta também para “o grande número de gotículas e aerossóis” libertados durante determinados tratamentos, pelo que defende uma “atenção e consideração especiais no desenvolvimento de diretrizes e regulamentos de cuidados a ter durante a pandemia”.

A declaração da FDI não esquece também as dificuldades que as clínicas e consultórios enfrentam, não só económicas, mas também de acesso a equipamentos de proteção individual (EPI) e de capacidade de investimento em novas tecnologias e equipamentos.

Assim, o conselho da FDI recomenda 10 princípios fundamentais para o exercício da profissão e promoção da saúde oral neste periodo excecional, que podem ser consultados no site da FDI.

OMD divulga guia para a fase de mitigação da pandemia

A OMD divulga um guia com recomendações para todos os profissionais, preparado pelo grupo de trabalho COVID 19 – Fase 2, para dar resposta aos desafios do exercício profissional no atual estado de calamidade. O modelo de abordagem considera “todos os pacientes como potencialmente infetados”, independentemente de serem saudáveis, portadores ou suspeitos de infeção pelo SARS-CoV-2.

No guia intitulado “Recomendações da OMD para a retoma da atividade em Medicina Dentária durante a fase de mitigação da pandemia COVID-19” (disponível no site da Ordem), os médicos dentistas encontram as orientações sobre como gerir o risco nas consultas, utilizar os equipamentos de proteção ou descontaminar as áreas.

As medidas aconselhadas têm sempre em consideração a atual situação de saúde pública e as recomendações da Direção-Geral de Saúde. Os autores das recomendações alertam, ainda, para o facto de o conteúdo não ser estanque e definitivo, uma vez que poderá ser periodicamente revisto “à medida que for existindo mais evidência sobre o tema”.

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