agosto 2013
sextas, 20h
O Sesc São Caetano realiza nos dias 2, 9, 23 e 30 de agosto, encontro de músicos acordeonistas ou sanfoneiros. Com muito xote, forró, baião, jazz, valsas e música popular apresentam o imenso universo sonoro do instrumento que conquistou de maneira festiva e definitiva o gosto popular, produzindo grandes solistas e compositores de renome internacional. A sanfona ou acordeom que conhecemos hoje é um instrumento dotado de teclado, registros e botões. O som é produzido pela compressão e distensão de um fole “sanfonado”. O ar faz vibrar palhetas livres dispostas nas suas extremidades. Os primeiros registros datam de aproximadamente 5 mil anos atrás, quando surgia seu mais primitivo ancestral, o cheng. Criado na China, o instrumento era formado por um recipiente de ar, um canudo de sopro e tubos de bambu. Esse intrigante invento chamou a atenção de muitos curiosos, entre eles os fabricantes europeus de instrumentos Friedrich Ludwig Buschman e Cyrillus Demien. Em 1822, Ludwig criou um instrumento de sopro um pouco mais elaborado, utilizando ainda o sistema de palhetas. Sete anos depois, Demien acrescentou o fole àquela engenhoca, patenteando a sua invenção com o nome de acordeom, devido aos acordes obtidos por meio da manipulação de seus quatro botões. O Dicionário Larrousse informa ter sido a acordeona inventada em 1827 por “un facteur nommé C. Buffet”. Com o fim da escravidão em 1888, a mão de obra foi substituída por imigrantes europeus e asiáticos, sendo as imigrações alemã e italiana as responsáveis pela chegada da sanfona em território nacional, especialmente para os estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O instrumento era utilizado como forma de representação das tradições daquelas comunidades, por meio da execução de ritmos diversos, como o fado, a valsa e a polca.
Nas diferentes regiões por onde passou, o acordeom foi ganhando características locais, assim como diferentes nomes: sanfona, concertina, botoneira, harmônica, acordeona, fole, gaita, gaita de foles, realejo e acordeom. A sanfona pode ter 80 ou 120 baixos, porém a sanfona de 8 baixos, também conhecida como” pé de bode”, é considerada pelos sanfoneiros um dos instrumentos mais difíceis de se tocar devido ao seu jogo de fole obrigatório. Vinda da Europa, faz parte da memória musical e afetiva do gaúcho e do nordestino, verdadeiro patrimônio cultural sertanejo e pampeiro. Muito popular no meio rural, está presente em todos os momentos de festividade e diversão das comunidades dos pés-de-serra e querências gaúchas. É responsável pela iniciação dos grandes ícones da sanfona, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Mario Zan, Sivuca, Renato Borghetti, Hermeto Paschoal e Waldonys do Acordeom entre outros. Esse instrumento recebe no Nordeste. Uma afinação diferente, única no mundo, utilizada somente pelos sanfoneiros dessa região. Assim, o instrumento ganha maiores recursos, ampliando as possibilidades de execução musical. O cantor e compositor Luiz Gonzaga, o rei do baião, lança em 1948 a música Asa Branca conhecida como o hino do nordeste e se transforma na figura central de divulgação e popularização dentre todos os executantes do instrumento. Sanfoneiro, afufe o fole da sanfona que a festa vai continuar...
“A sanfona é a cachaça dos nordestinos e o chimarrão dos gaúchos” Hermeto Pascoal
Oswaldinho do acordeom
Carioca, filho de Pedro Sertanejo, reconhecido mundialmente pelas “fusões” de estilos musicais em suas obras, além de estar sempre difundindo o instrumento para a quebra de barreiras culturais.
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É o primeiro acordeonista no Brasil a fazer uso de um acordeom digital, ampliando seu repertório de timbres e sons para enriquecer a cultura popular.
lino frança
Paulista de Fernandópolis herdou o gosto pela sanfona por influencia de seu pai Luiz, pernambucano, sanfoneiro e cantador. Asa Branca de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
foi seu primeiro aprendizado no instrumento que hoje domina e desvenda seus segredos. É conhecido por todo o país pela beleza de sua voz e a suavidade de seus acordes.
cleber silveira
Jovem mĂşsico, seguidor do estilo de tocar dos grandes acordeonistas brasileiros, sendo seu trabalho fruto da antiga
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escola musical dos regionais de choro, samba e baião, com influencias de Orlando Silveira, Caçulinha e Luiz Gonzaga.
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olivinho do acordeom
Pernambucano de Garanhuns, possui dois cds gravados (Felizardo e Espoleta), com larga experiência internacional, já acompanhou consagrados nomes
da música brasileira, atualmente trabalha com o artista Antônio Nóbrega, com quem gravou o DVD Naturalmente, teoria e jogo de uma dança brasileira.
R$ 8,00 (inteira) R$ 4,00 (usuário matriculado no Sesc e dependente, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante) R$ 1,60 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
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