Ser Missão by MCC Braga

MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018

Ser Missão Qualquer um de nós, pelo batismo tornou-se filho de Deus e, pela boca dos seus pais e padrinhos comprometeu-se em seguir os Seus mandamentos. Na nossa aprendizagem, ao longo da vida, fomos tomando conhecimento dos caminhos a seguir e, muitas vezes, deliberadamente, entregamo-nos ao pecado porque tínhamos ânsias de viver a vida. Cada um, à sua maneira, foi concebendo o seu ideal de mundo e foi seguindo aquilo que o seu coração lhes ditava.Um dia, sem ser por acaso, passamos por um cursilho. Quantos de nós já eramos católicos praticantes? Sacerdotes… ou mesmo antagónicos. O nosso Reitor pediu que não fizéssemos juízos precipitados e que fossemos absorvendo o máximo e no final, com uma visão clara do todo, já podíamos emitir opinião. Todos passamos pela experiencia de um filme, do qual seriamos os protagonistas. Quantos de nós ficamos orgulhosos da nossa performance e gostamos do que vimos? Pediram-nos silencio e no silêncio encontramo-nos. Lembremos a história do monge que tirava água do poço.Estávamos a iniciar a Fase da Preparação

Conhece-te a ti mesmo Quem sou? O que faço aqui? Qual o caminho a seguir?

Pai de Misericórdia Apesar do seu amor por cada um de nós expresso no envio de Seu Filho que voluntariamente deu a sua vida para nos redimir, o senhor dá-nos arbítrio para podermos decidir qual o caminho a seguir. Quando fazemos o bem e nos mantemos na sua Graça Ele faz com que nos sintamos felizes amados e amparados e quando, em virtude da nossa vontade, mesmo que deliberadamente nos afastemos e nos percamos no pecado, Ele está sempre a nossa espera e, tal como a parábola, corre para cada um de nós e alivia a nossa consciência perdoando todas as nossas faltas e ordenando a festa do nosso reencontro.

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Tudo era muito estranho. Vermo-nos por dentro… em silêncio… as meditações que nos lembravam as nossas desobediências deliberadas, ou não, a Via-Sacra que nos fazia rever cada uma das passagens mais marcantes da Paixão e Morte de Jesus… tão sequenciais e logicamente colocadas fazia com que sentíssemos vontade de prosseguir e vontade de arrumar e ir embora.

PROCLAMAÇÃO DO KERIGMA No final da noite de silêncio, na Capela, na meditação fomos levados a compreender que cada um de nós tem uma missão a cumprir: Judas não foi capaz de pensar de forma diferente e Jesus Cristo, triste, diz-lhe para fazer depressa o que tinha que fazer. O Jovem rico, apesar da vontade de seguir os mandamentos do Senhor, queria uma situação a sua medida e Cristo vê-o ir-se embora triste, cabisbaixo e destroçado. Pedro traiu o Senhor e, quando caiu na real, o seu arrependimento foi tal forma profundo e sincero que Cristo o perdoou e lhe entregou a missão de ser chefe da Sua Igreja.

Os Três Olhares de Cristo Cristo vê-me com o olhar, com o semblante com que olhou Judas Iscariotes? Cristo vê-me com o olhar, com o semblante com que olhou o Jovem rico? Cristo vê-me com o olhar, com o semblante com que olhou Simão Pedro? Depois da Eucaristia da manhã, começamos todos uma nova etapa e aquela indiferença com que nos olhávamos todos na noite anterior começou a dissipar-se e todos começamos a avançar no Cursilho. Os Rollos eram pertinentes e demolidores. Rollo IDEAL - O objetivo é o apelo ao fundamental humano. Sapo Tu, tu, tu… e tu. Rollo GRAÇA SANTIFICANTE - Faz o apelo a ser cristão autêntico… a ser estruturado em Cristo. Rollo O LEIGO NA IGREJA - Mistério da Graça numa comunidade de homens batizados. Rollo GRAÇA ATUAL - Incita-nos a darmos a nossa colaboração a Deus e Ele não faltará com a Sua ajuda.

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Rollo PIEDADE - É o 1.º grande Rollo testemunhal. É o primeiro pilar da nossa vida apostólica. É o rolho de um Paulo que caiu abaixo do seu cavalo. De seguida a figura da Esquiadora como epílogo do tanto que Cristo nos ama que deu a Sua Vida por cada um de nós. ‘E tudo isto por mim’…

CONVERSÃO (2.º dia) Meditação: A Pessoa de Cristo

Rollo ESTUDO - Meio para aprofundar o nosso conhecimento de Cristo, o objetivo é que sejamos santos e não sábios. Rollo SACRAMENTOS – Sinais da presença de Cristo entre os homens. Possibilitam a plenitude da vida cristã. São o nosso alimento espiritual. Rollo AÇÃO - Que se resume no viver e testemunhar a nossa condição de cristãos. Rollo OBSTÁCULOS À VIDA EM GRAÇA - Que nos fala nos vários tipos de pecados e na disposição para os evitar, com o auxílio do Senhor. Rollo DIRIGENTES - Que gira em torno do homem de Deus ao serviço dos irmãos. Busca incentivar no sentido de imitarmos os líderes do MCC fortalecendo a nossa liderança nos nossos ambientes.

PROJEÇÃO (No mundo e na Igreja) (3.º dia) Meditação: Mensagem de Cristo ao Cursilhista

Rollo ESTUDO DO AMBIENTE - Diz-nos que, para sermos fermento, temos que conhecer a massa, isto é, temos que conhecer os nossos próprios ambientes, para podermos atuar neles como discípulos. Rollo VIDA EM GRAÇA - Transmite-nos o compromisso por escrito, para que o possamos recordar sempre na hora de atuarmos, baseados no tripé.

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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018 Rollo COMUNIDADE CRISTÃ EM AÇÃO - Diz-nos que temos de trabalhar em comunidade. Rollo REUNIÃO DE GRUPO E ULTREIA - “A Reunião de grupo é o que torna possível que o Grupo se forme, se consolide e persista como realidade comunitária santificante” (IF 3, n.º 275). Chegados aqui, já podemos dizer como S. Paulo ‘já não sou que vivo. É Cristo que vive em mim. E a nossa vida transforma-se ao ponto de sem medo, dizermos que no quarto dia seremos pescadores de novos cursilhistas. De facto, a nossa missão é testemunhar, fermentar de Evangelho os nossos ambientes e, se absolutamente necessário, manifestar por palavras o porquê de nossa adesão a Jesus Cristo. Assim sendo, a nossa prioridade terá de estar de acordo com o nosso Carisma – Fermentar de Evangelho os ambientes em que estamos inseridos e ponto final. Se estivermos atentos ao Carisma do MCC e virmos que ainda nos resta inquietação para nos comprometermos com o trabalho paroquial seguindo o Ver Pensar e Agir, demo-nos ao trabalho apostólico servindo com responsabilidade e compromisso cristão e não como autómatos.

No domingo passado, pensando eu em acabar esta dissertação, a liturgia chamou-me a atenção e levou-me a, de certa forma, alterar algumas ideias. Da carta de S. Tiago “Onde houver ciúme e contenda, ali há também perturbação e toda espécie de vícios. A sabedoria, porém, que vem de cima, é primeiramente pura, depois pacífica, condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz. Cobiçais, e não recebeis; sois invejosos e ciumentos, e não conseguis o que desejais; litigais e fazeis guerra. Não obtendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, com o fim de satisfazerdes as vossas paixões.

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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018 Frequentaram este Cursilho irmãos dos 18 aos 70 e mais anos de idade. Em Mateus 20:116, Jesus diz-nos que qualquer um que aceite ser a missão e participar na evangelização é bem-vindo. Receberá 100 por um. Receberá igual àqueles que lhe foram fiéis por mais tempo. Em Mateus 19, Jesus é perentório: Os primeiros serão os últimos serão os primeiros. Não nos envaideçamos pela nossa longevidade em Cursilho. Lembremos Lucas 17.7-10 Assim também vos, quando tiveres feito tudo o que vos for ordenado, deveis dizer: 'Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever”. Estamos perante um dos movimentos mais ativos e Paulo VI entregou-nos a missão de ajudar a implementar o Vaticano II na Igreja de Jesus Cristo pelo facto de o MCC ter um carisma único – Fermentar de Evangelho os nossos ambientes. No mundo inteiro, temos mais de 12.5 milhões de pessoas que passaram pelos cursilhos em mais de 1180 Dioceses – 85 países. Não conheço nenhum Cursilhista que não se emocione ao lembrar a sua experiencia do encontro cara a cara com Jesus no Sacrário. Um dia, um Sacerdote dizia: Nada aprendi no Cursilho. Tudo o que foi dito, já tinha estudado e sabia de cor mas, o Cursilho foi a maior e melhor experiencia da minha vida – e já tenho mais de 80 anos de idade – aprendi a falar com Ele num Tu a Tu que ainda hoje me emociona. Quando terminámos o cursilho, fizemos um compromisso com o Senhor, recebemos uma folha de serviço, que diz: Cristo precisa de mim: quer-me santo para que O ajude na santificação dos irmãos, com: A minha piedade: Sem Mim, nada podeis fazer… O meu estudo: Se conhecesses o dom de Deus… A minha ação: Farei de vós pescadores de homens… Se algum dos itens anteriores estiver num patamar diferente dos outros dois a nossa vida de Cursilhista não esta a correr bem. (…) Do Evangelho de S. Marcos: “Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a seus discípulos. E dizialhes: 'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará'.

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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018 Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: 'O que discutíeis pelo caminho?' Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: 'Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!' Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 'Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou'

Meus Caros, Jesus Cristo, no seu tempo, anunciava, pela segunda vez, que iria morrer nas mãos dos homens mas os seus discípulos não compreendiam e não se empenhavam em saber o porquê das palavras do mestre. Os discípulos estavam muito mais interessados em saber qual deles era o maior. 6

Quereis mais atualidade que isto? Nos dias de hoje a Igreja ensina: A

sabedoria,

que

vem

cima,

primeiramente

pura,

depois

pacífica,

condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz.

S. Paulo ensina-nos: A caridade é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018 O Carisma Fundacional do Movimento dos Cursilhos de Cristandade aponta-nos caminhos que estão de pé desde a sua fundação mas nós, fazemos ouvidos de mercador, assobiamos para o lado porque estamos mais interessados em saber e fazer outras coisas, tal como os discípulos de Jesus que - apesar da clareza do seu magistério, não se esforçavam por compreender, saber a profundidade da sua mensagem mas estavam mais interessados em saber que era o maior deles. Eduardo Bonnin, no seu livro História de um Carisma, na página 69 dá-nos dois títulos: 1 – Relato dos factos que realmente ocorreram – A verdade é que o grupo iniciador – composto por leigos e só leigos – uma vez concebido, estruturado e posto em marcha o Movimento, tal como tem vindo a funcionar desde então em Maiorca, recebeu com a nomeação do doutor Hervás, bispo auxiliar de Maiorca em 1946, e depois já sendo bispo residencial em 1947, um apoio, um impulso e um vigor quase inaudito. O grupo de leigos, quando se sentiu escutado e protegido pelo senhor Bispo, viveu com ele, jornadas históricas de efervescente e profundo fervor e o Movimento, graças à sua entusiástica colaboração e impulso, pode assumir repercussão na Igreja. Foi então, e só então, quando alguns sacerdotes e dois ou três religiosos se juntaram ao grupo inicial de leigos, por solicitação feita por eles ao Senhor Bispo. 2 – Relato dos mesmos factos como alguns querem que tivessem ocorrido – Os Cursilhos de Cristandade “são uma obra de apostolado laical. Nasceram ao finalizar a década de 40, em Maiorca (Espanha), sob o pontificado do Monsenhor Juan Hervás e dentro de clima de um plano pastoral. Dirigiu-o a hierarquia, colaboraram os sacerdotes, os religiosos e alguns leigos. Na página 220 do mesmo livro diz-nos, que o trilho a seguir pelo MCC não deverá o fácil mas o eficaz. No epílogo do mesmo livro, podemos ler – palavras de Eduardo Bonnin: “ A verdade dos factos sempre flutua, ainda que à volta dela se tenham escrito muitas novelas.

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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018 Guardo o desejo e a esperança que algum dia se tenham em conta as realidades, as raízes das quais foram surgindo a motivação, o Método e o estilo do nosso Movimento. Queira o Senhor que o esforço realizado contribua para que os Cursilhos sigam com mais vigor e força no seu normal crescer pelo Carisma que o deseja e sustenta que é difundir ao perto e ao longe a Boa Noticia de que Deus, em Cristo nos ama. No MCC não se improvisa. Tudo deverá ser e estar de acordo com o que o Espirito Santo soprou na cabeça de Eduardo Bonnín. As Ultreias e reuniões de grupo são um meio para a nossa perseverança… reunimo-nos em nome de Cristo e para a Sua glória… “Se arrefeço, se falho, admoestai-me” Cristo, porque nos conhece perfeitamente bem, pergunta e responde… todos os dias, às nossas razões, motivos e desculpas. Não tens tempo? Escuta… não é verdade que, para aquilo que te interessa sabes arranjar tempo? O ambiente é difícil? Escuta… será o teu ambiente mais difícil do que o de Paulo? Paulo disse; ‘TUDO POSSO NAQUELE QUE ME CONFORTA’. Será que te lembras de MIM…? Ter-te-á faltado a FÉ? A ESPERANÇA…? O AMOR…? És Fraco? Escuta… Eu sou a coragem. A fortaleza é um dom do ESPIRITO SANTO… InvocasteO Não te queres meter em questões? Escuta… O pai entregou o mundo e a criação inteira nas mãos dos homens para que continuem e completem a obra da criação… A QUEM QUERES ENTREGAR ESTA TAREFA…? AOS QUE PRETENDEM CONSTRUIR UMA SOCIEDADE DESUMANA, CONTRA O HOMEM E, POR ISSO, CONTRA MIM?

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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018 Na exortação apostólica “Evangelii Gaudium” o nosso Papa Francisco, no número 85 podemos ler: “Uma das tentações mais sérias que sufoca o fervor e a ousadia é a sensação de derrota que nos transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara de vinagre. Ninguém pode empreender uma luta, se de antemão não está plenamente confiado no triunfo. Quem começa sem confiança, perdeu de antemão metade da batalha e enterra os seus talentos. Embora com a dolorosa consciência das próprias fraquezas, há que seguir em frente, sem se dar por vencido, e recordar o que disse o Senhor a São Paulo: «Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza» (2 Cor 12, 9). O triunfo cristão é sempre uma cruz, mas cruz que é, simultaneamente, estandarte de vitória, que se empunha com ternura batalhadora contra as investidas do mal. O mau espírito da derrota é irmão da tentação de separar prematuramente o trigo do joio, resultado de uma desconfiança ansiosa e egocêntrica.” No número 261 lemos: “Quando se diz de uma realidade que tem «espírito», indica-se habitualmente uma moção 196 interior que impele, motiva, encoraja e dá sentido à ação pessoal e comunitária. Uma evangelização com espírito é muito diferente de um conjunto de tarefas vividas como uma obrigação pesada, que quase não se tolera ou se suporta como algo que contradiz as nossas próprias inclinações e desejos. Como gostaria de encontrar palavras para encorajar uma estação evangelizadora mais ardorosa, alegre, generosa, ousada, cheia de amor até ao fim e feita de vida contagiante! Mas sei que nenhuma motivação será suficiente, se não arde nos corações o fogo do Espírito. Em suma, uma evangelização com espírito é uma evangelização com o Espírito Santo, já que Ele é a alma da Igreja evangelizadora. Antes de propor algumas motivações e sugestões espirituais, invoco uma vez mais o Espírito Santo; peço-Lhe que venha renovar, sacudir, impelir a Igreja numa decidida saída para fora de si mesma a fim de evangelizar todos os povos.” No número 261 podemos ler

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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018 “Toda a vida de Jesus, a sua forma de tratar os pobres, os seus gestos, a sua coerência, a sua generosidade simples e quotidiana e, finalmente, a sua total dedicação, tudo é precioso e fala à nossa vida pessoal. Todas as vezes que alguém volta a descobri-lo, convence-se de que é isso mesmo o que os outros precisam, embora não 200 o saibam: «Aquele que venerais sem O conhecer, é Esse que eu vos anuncio» (Act 17, 23). Às vezes perdemos o entusiasmo pela missão, porque esquecemos que o Evangelho dá resposta às necessidades mais profundas das pessoas, porque todos fomos criados para aquilo que o Evangelho nos propõe: a amizade com Jesus e o amor fraterno. Quando se consegue exprimir, de forma adequada e bela, o conteúdo essencial do Evangelho, de certeza que essa mensagem fala aos anseios mais profundos do coração: «O missionário está convencido de que existe já, nas pessoas e nos povos, pela ação do Espírito, uma ânsia – mesmo se inconsciente – de conhecer a verdade acerca de Deus, do homem, do caminho que conduz à liberação do pecado e da morte. O entusiasmo posto no anúncio de Cristo deriva da convicção de responder a tal ânsia». O entusiasmo na evangelização fundase nesta convicção. Temos à disposição um tesouro de vida e de amor que não pode enganar, a mensagem que não pode manipular nem desiludir. É uma resposta que desce ao mais fundo do ser humano e pode sustentá-lo e elevá-lo. É a verdade que não passa de moda, porque é capaz de penetrar onde nada mais pode chegar. A nossa tristeza infinita só se cura com um amor infinito” No número 275 também podemos ler “No segundo capítulo, refletimos sobre a carência de espiritualidade profunda que se traduz no pessimismo, no fatalismo, na desconfiança. Algumas pessoas não se dedicam à missão, porque creem que nada pode mudar e assim, segundo elas, é inútil esforçar-se. Pensam: «Para quê privar-me das minhas comodidades e prazeres, se não vejo algum resultado importante?» Com esta mentalidade, torna-se impossível ser missionário. Esta atitude é precisamente uma desculpa maligna para continuar fechado na própria comodidade, na preguiça, na tristeza insatisfeita, no vazio egoísta. Trata-se de uma atitude autodestrutiva, porque «o homem não pode viver sem esperança: a sua vida, condenada à insignificância, tornar-se-ia

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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018 insuportável». No caso de pensarmos que as coisas não vão mudar, recordemos que Jesus Cristo triunfou sobre o pecado e a morte e possui todo o poder. Jesus Cristo vive verdadeiramente. Caso contrário, «se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação» (1 Cor 15, 14). Diz-nos o Evangelho que, quando os primeiros discípulos saíram a pregar, «o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra» (Mc 16, 20). E o mesmo acontece hoje. Somos convidados a descobri-lo, a vivê-lo. Cristo ressuscitado e glorioso é a fonte profunda da nossa esperança, e não nos faltará a sua ajuda para cumprir a missão que nos confia.” Ainda no número 280… “Para manter vivo o ardor missionário, é necessária uma decidida confiança no Espírito Santo, porque Ele «vem em auxílio da nossa fraqueza» (Rm 8, 26). Mas esta confiança generosa tem de ser alimentada e, para isso, precisamos de O invocar constantemente. Ele pode curar-nos de tudo o que nos faz esmorecer no compromisso missionário. É verdade que esta confiança no invisível pode causar-nos alguma vertigem: é como mergulhar num mar onde não sabemos o que vamos encontrar. Eu mesmo o experimentei tantas vezes. Mas não há maior liberdade do que a de se deixar conduzir pelo Espírito, renunciando a calcular e controlar tudo e permitindo que Ele nos ilumine, guie, dirija e impulsione para onde Ele quiser. O Espírito Santo bem sabe o que faz falta em cada época e em cada momento. A isto chama-se ser misteriosamente fecundos!”

Um dia, alguém perguntava ao Reitor porque tinha aceite a equipe que lhe tinha sido atribuída para o Cursilho. O Reitor respondeu: Porque não? Porque poderia estar na equipa alguém com quem tivesses diferendos… e o Reitor respondeu: Seria a maneira de podermos fazer as pazes e trabalhar em conjunto na vinha do Senhor. Como Cristãos, temos a missão de obedecer aos mandamentos – lembremos o Jovem rico…

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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE DE PORTUGAL ULTREIA ARQUIDIOCESANA 2018 Como Cursilhistas, temos a responsabilidade de sermos Cristãos Missionários, gente que se dá, pessoas que se amam, que dizem a verdade, que dão a cara, que ainda que todos a nossa volta sejam covardes, seremos sempre suas testemunhas e estaremos sempre prontos a fermentar de Evangelho… primeiro a nossa família, depois os ambientes onde estamos inseridos – transformando-os. Este é o nosso Carisma Fundacional. Esta é a nossa Missão. Em vez de arranjar motivos para não participar, partilhar, viver e conviver, mostremos a amizade que nos une no Senhor… Eu sou Missão. E tu? Renovemos o nosso compromisso com Cristo, com os irmãos… com a sua Igreja e vivamos a alegria deste nosso encontro. Cristo e eu, Maioria absoluta! Decolores.

Jaime Pinto 12

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