Coleção Extensivo Aplicado Vol. 6

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Extensivo Aplicado Volume 6


AUTOR

Rodrigo da Rosa Filho Graduado em medicina e especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em Reprodução Humana pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Obstetrícia e Ginecologia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP). Médico atuante no corpo clínico das Maternidades Santa Joana e Pro Matre Paulista.


APRESENTAÇÃO

Sabe-se que o estudante de Medicina que opta pela especialização tem enfrentado, a cada ano, maior dificuldade no ingresso em um programa de Residência Médica de qualidade. Também é notável que a garantia de êxito desse desafio depende, quase exclusivamente, de um material direcionado e que traga segurança ao candidato. E essa garantia se reforça apenas quando o estudo conta com um apoio didático ainda mais objetivo e de maior complexidade. A Coleção Extensivo Aplicado foi idealizada justamente para preencher essa lacuna. Os casos abordados retratam situações reais, estimulando assim o raciocínio e habilidades em anamnese e condutas. Os 7 livros da coleção são compostos por casos clínicos das 5 áreas básicas da Medicina. Ou seja, são dirigidos tanto a formados quanto a recém-formados que visem ao aprimoramento constante e ao sucesso no processo seletivo e na especialidade desejada.

Direção Medcel A medicina evoluiu, sua preparação para residência médica também.


ÍNDICE

Casos Clínicos - Ginecologia Respostas - Ginecologia

17 47

Casos Clínicos - Obstetrícia Respostas - Obstetrícia

71 104


Ginecologia


a) Qual é a principal hipótese diagnóstica?

b) Qual é o tipo histológico mais comum para esse tipo de lesão?

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GINECOLOGIA

17.

Uma mulher de 55 anos se queixa de aumento do volume abdominal há 4 meses, com emagrecimento de 7kg nesse período. Teve menarca aos 11 anos, além de ser nuligesta e ter chegado à menopausa aos 50. A ultrassonografia transvaginal mostra a lesão apontada na seta em ovário e grande quantidade de líquido livre na cavidade abdominal.


Caso 5

b) Ultrassonografia transvaginal. Para afastar hipótese de endometriose ou adenomiose (quando esta não é visualizada à ultrassonografia), a ressonância magnética é de grande valia para avaliação diagnóstica. No caso, o diagnóstico pode ser confirmado com a ultrassonografia transvaginal. c) Mioma uterino intramural. Sim, pois os miomas uterinos são responsáveis por menorragia, dor pélvica crônica e dismenorreia. O mioma intramural é aquele que acomete a camada do miométrio somente, sendo responsável por dor e menorragia. Os miomas submucosos invadem a cavidade endometrial e ocasionam mais frequentemente metrorragia. Já os subserosos tendem a ser assintomáticos, não ocasionam distúrbios menstruais, porém podem causar dor e sensação de peso, a depender do tamanho.

d) Como a paciente já utiliza contraceptivos orais sem controle dos sintomas, alternativas terapêuticas incluem: - Análogos do GnRH; - Miomectomia; - Embolização do mioma; - Uso de contraceptivo contendo somente levonorgestrel induzindo amenorreia; - Histerectomia no caso da paciente não desejar ter mais filhos. A escolha do tratamento depende dos sintomas, do tamanho e da localização do mioma, do desejo reprodutivo e da idade da paciente. Entre as oligossintomáticas e com desejo reprodutivo, pode-se adotar a conduta expectante. Essa conduta também pode ser utilizada nas pacientes na perimenopausa, pois o mioma regredirá após a menopausa.

51

GINECOLOGIA

a) Mioma uterino é a hipótese mais provável. O diagnóstico diferencial para dismenorreia com dor pélvica crônica é a endometriose, porém com aumento do fluxo menstrual (menorragia) o principal diagnóstico diferencial é a adenomiose.


ObstetrĂ­cia


2. Uma gestante de 39 semanas, primigesta, deseja ter parto normal. Durante consulta pré-natal, o obstetra avalia a bacia materna e as relações uterofetais para avaliar se as condições são favoráveis ao parto normal.

OBSTETRÍCIA

a) Qual a medida que o obstetra está avaliando por meio do exame de toque representado na Figura A?

b) O que representa a medida de 10,5cm na Figura B?

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Antibiótico

Dose

Via

Duração

Observação

7 a 10 dias

Evitar desidratação e monitorar função renal, ototoxicidade

600 a 900mg, cada IV 6 a 8 horas

7 a 10 dias

Precauções em caso de disfunção renal ou hepática

Amicacina

15mg/kg/d, cada 8 IV/IM a 12 horas

7 a 10 dias

Monitorar função renal, ototoxicidade

Metronidazol

500mg a 1g de 6/6h

IV

7 a 10 dias

Reações colaterais de pouca intensidade

Ampicilina

500mg a 1g de 6/6h

IV

7 a 10 dias

Reações alérgicas raras

Gentamicina

1,5mg/kg/dose de 8/8h

Clindamicina

IV/IM

d) Curetagem uterina imediata, além da antibioticoterapia.

Caso 19 a) Após a 20ª semana de gestação, o débito cardíaco atinge os seus níveis máximos, e a frequência cardíaca aumenta progressivamente. Em pacientes com estenose mitral há, então, piora da dispneia e da classe funcional com a hipervolemia que ocorre na gestação. b) Deve-se diminuir a frequência cardíaca com o uso de betabloqueadores e melhorar o inotropismo com uso de digitálicos. c) Prematuridade, restrição de crescimento fetal, baixo peso ao nascer, óbito fetal, óbito materno.

Caso 20 a) O lúpus piora o prognóstico gestacional, pois aumenta a frequência de abortos espontâneos, óbito fetal, prematuridade, restrição de crescimento fetal, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, além do lúpus neonatal. b) Devem-se interromper a ciclofosfamida e o metotrexato imediatamente, pois são drogas teratogênicas e proibidas durante a gestação, introduzir a prednisona e, se necessário, a hidroxicloroquina. A ciclofosfamida e o metotrexato devem ser interrompidos 3 meses antes da gestação, pois o risco de malformações com o uso de ciclofosfamida é de 16 a 22%. c) Os principais marcadores relacionados ao aumento dos abortamentos nas gestantes lúpicas são o anticoagulante lúpico e anticardiolipina.

115

OBSTETRÍCIA

d) Parto normal com analgesia e abreviação do período expulsivo.


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