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Observação

Moscovo, Rússia Mundial de futebol de 2018: o grande capital da rússia

Junho é, de quatro em quatro anos, mês de Mundial de futebol. E nos dias que correm, este é o jogo que está no centro de toda uma indústria que movimenta biliões de dólares e vale, por exemplo, 3% do PIB de toda a zona euro. É ali que estão concentrados os campeonatos mais valiosos do mundo, como a Premier League. Mas, Mundial é Mundial, um mundo (negócio) à parte. E que negócio! Realiza-se na Rússia, de 14 de Junho a 14 de Julho, e foi considerado pelo próprio Vladimir Putin “um trunfo para revitalizar a economia russa”, esperando que os 10,3 mil milhões de dólares investidos (do processo de candidatura até ao custo de obras nos 12 estádios, infra-estruturas e logística operacional de toda a competição) tenham um impacto “enorme na revitalização da economia”. E de facto assim será, já que se estima uma receita total de 13,7 mil milhões de dólares (praticamente o PIB anual de Moçambique, mas alcançado em apenas um mês), para além dos ganhos indirectos gerados pela criação de 220 mil postos de trabalho, e pelos cerca de 560 mil turistas que irão visitar o país. Se no relvado as hipóteses de sucesso da selecção da casa não parecem substanciais, no “banco” a Rússia já é a grande vencedora da competição.

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