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EMPresas

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Turismo será força económica decisiva

noor momade PCA da Cotur

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moçambique tem um enorme potencial turístico para o

qual, só recentemente o mundo parece começar a despertar. No entanto, e porque é de viagens que se fala, há pouco mais de duas décadas, uma família moçambicana teve a coragem de se aventurar em território desconhecido, e fez nascer a Cotur, o mais reconhecido operador turístico do mercado nacional. Noor Momade, a face visível da empresa, é também PCA da AVITUM, a associação que procura fazer do turismo uma força motriz da economia.

Qual é a sua relação com o turismo: uma paixão, um desafio ou uma missão?

É tudo isso. O sector do turismo, como qualquer outro, tem as suas dificuldades e ameaças, que requerem criatividade para as solucionar. É tudo uma questão de paixão, na medida em que exerço a minha actividade no sector com um gosto profundo e por amor a algo que nos últimos anos conquistou o estatuto de causa nacional. E é igualmente uma missão, claro. Um dia quero olhar para trás e ver que, em conjunto com os meus parceiros, consegui dar uma contribuição para que o turismo evoluísse no país.

A Cotur nasceu ainda nos anos 90. Havia já mercado nessa altura?

Era tudo diferente. Alguns podem ter pensado que éramos uns aventureiros ao criar a Cotur, poucos anos após o fim da guerra civil que tinha destroçado o país em vários aspectos. Não havia nada que pudesse indiciar a prática do turismo. Creio que, ao longo destes anos, a Cotur terá tido a sua modesta contribuição para a construção de uma percepção positiva de um sector cada vez mais importante na economia.

Como se pode medir essa contribuição?

Naturalmente que todo o reconhecimento e prémios internacionais que temos recebido por muitas das nossas acções são um incentivo para qualquer pessoa ou instituição empresarial. Não somos, de todo, uma excepção.

cv

curriculum vitae

Noor Momade, nasceu em Nampula e tem formação em gestão de empresas. o seu percurso profissional conta uma história de mais de duas décadas dedicadas aos turismo. fundador da Cotur, formou com outros colegas a associação das agências de Viagem e operadores turísticos de Moçambique – aVitUM, em 2012, onde é também presidente em exercício, cargo que acumula, desde 2017, com a liderança do pelouro da cooperacão económica e relações exteriores da Confederação das associações económicas de Moçambique, a Cta.

O turismo é assumido como uma das alavancas da economia, mas a contribuição para o PIB ainda é diminuta. Como se altera a situação?

É de saudar que o Presidente Filipe Nyusi tenha colocado o turismo como um dos pilares da economia. Inspirados no hino nacional, que diz “milhões de braços e uma só força”, todos, sem excepção, devemos dar o nosso contributo para construir e materializar este desígnio nacional. Devemos orgulhar-nos da marca de identidade do povo moçambicano, a hospitalidade, para que possamos eternizar o consagrado ditado popular “Moçambique, quem te conhece, não te esquece”.

Esse é também o objectivo

traçado para a Avitum... Sem dúvida. Há grandes desafios e é por isso que a associação é parceira do Governo na harmonização das principais questões do sector, liderando os processos negociais necessários para fazer do turismo uma força económica decisiva no crescimento do país..

Como se perspectiva o futuro do turismo nacional?

A de um futuro risonho e acredito que o país será um dos melhores destinos turísticos em África. É algo que está ao nosso alcance, pelo potencial natural e garantida que está a manutenção da paz efectiva uma condição essencial.

texto Cristina freire fotografia Jay Garrido

Turismo Contribuição do sector para as contas nacionais é ainda reduzida, mas há cada vez mais investimentos e os agentes contam com o apoio do Governo para melhorar desempenho

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