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“Queremos relançar o turismo nacional”

Recentemente cotada na Bolsa de Valores de Moçambique, a Arco Investimentos desenvolve projectos na área do turismo por todo o país

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num futuro breve, Moçambique terá mais cinco destinos turísticos de referência, “desenhados com o mais elevado padrão de qualidade para proporcionar opções de lazer de alto nível”. A ideia nasce da identificação das (já conhecidas) oportunidades que o sector oferece, para uma maior (e melhor) exploração do que o país tem de melhor, e é incorporada pela Arco Investimentos, que nasceu em 2014, por via da constituição de uma Sociedade Anónima composta por cerca de 50 accionistas e com investimentos também em Cabo Verde.Para o PCA da empresa, Cardoso Muendane, cada uma das estâncias turísticas de Moçambique será composta por uma cadeia de hotéis, residências e campos de golfe em espaços próximos da praia. Para o efeito, a empresa já adquiriu e legalizou projectos na Ponta do Ouro (Província de Maputo), em Inhambane (distrito da Massinga), na província de Nampula (cidades de Nampula e Nacala). Com capital social de 30 milhões de meticais em 2014 (na altura equivalentes a perto de um milhão de dólares), a Arco Investimentos não chegou a conseguir grandes resultados na angariação dos recursos para os projectos, porque “nos anos subsequentes, a economia começou a entrar em crise, e a falta de recursos suspendeu o sonho dos fundadores”, justifica. Mas hoje, com a ainda ténue recuperação macro-económica e com uma crescente tendência que coloca o turismo nas prioridades do país, os empreendimentos deverão conhecer novos avanços. Tudo, neste como noutros casos, passa por financiamento. Nesse sentido, recentemente, a Arco dispersou o seu capital em bolsa. “De facto, através da nossa entrada na Bolsa de Valores esperamos obter bons resultados porque há muitas empresas interessadas em comprar acções. Desta forma procuramos aumentar o número de investidores e o volume de capital”,

investirnoturismo

explica. Além da área imobiliária, a empresa tem lançado um conjunto de investimentos no sector dos seguros. Assim, vai utilizar alguns dos fundos recolhidos por via da dispersão de capital em bolsa na Arco Seguros (de que é detentora) e na Companhia de Seguros de Moçambique, da qual acaba de adquirir 30% do capital social. Paralelamente, a Arco Investimentos tem estado a “vender” o projecto integrado de turismo e campos de golfe tendo, nesse sentido, firmado parcerias com investidores sul-africanos para trazer grandes competições a Moçambique, uma vez que, explica, “o golfe é uma modalidade com grande potencial turístico”. O grupo considera, ainda, que o primeiro projecto a avançar poderá ser o de Zitundo, na Ponta do Ouro, num espaço de 470 hectares, uma vez que ali já existem vias de acesso melhoradas, para além do próprio projecto de arquitectura e do estudo de viabilidade estarem, nesta altura, finalizados. “Já temos o DUAT e parceiros para desenvolver o projecto. Agora a estratégia passa por começar com a zona dos apartamentos e do campo de golfe”, garantiu Muendane, para depois acrescentar que “estamos a conversar com um grupo de italianos e sul-africanos que irão entrar como investidores.” Enquanto isso, os restantes projectos encontram-se a aguardar financiamento para entrarem na fase inicial. Devido à natureza dos empreendimentos, “ainda é cedo para dizer quando a construção poderá arrancar, mas toda a receptividade que temos tido por parte do mercado nos diz que vamos chegar lá e poderemos contribuir para que o mercado nacional entre na rota mundial do turismo de alto padrão”, anuncia.

texto Hermenegildo langa fotografia Jay garrido

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em Zitundo, na Ponta do ouro, em inhambane, no distrito da massinga, dois na cidade de nampula e um em nacala

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