Nação
Transformação digital
Futuro do sector financeiro (e da economia) passa pela Digitalização A Conferência E&M-Deloitte sobre Transformação Digital e Inovação no Sector Financeiro lançou o debate sobre os grandes desafios que se colocam a Moçambique, fruto do avanço da era digital a e&m em parceria com a deloitte moçambique organizou, a 26 de Setembro,
a Conferência ‘Transformação Digital e Inovação no Sector Financeiro’. Juntando os principais intervenientes do sector, no sentido de debater aquele que é um dos grandes desígnios do país, em termos do seu desenvolvimento — a inclusão financeira, que apesar do crescimento substancial que tem vindo a conhecer graças às soluções móveis ainda é fraca, com apenas 20% dos adultos com acesso aos serviços bancários e 40% aos serviços financeiros não bancários promovidos por instituições de moeda electrónica,
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segundo dados da FSDMoç, de 2017. Estamos ainda longe de poder responder à meta de cobertura de 35% da população adulta até 2022, conforme o preconizado na Estratégia de Inclusão Financeira em vigor deste 2016, mas os avanços têm sido assinaláveis, ainda assim. Questões estruturais Na conferência, marcada pela adesão dos principais players do mercado, várias questões mereceram atenção nos três painéis de debate em que a questão das infra-estruturas, segurança cibernética e maior interacção entre os
diferentes provedores de serviços financeiros dominaram as conversas. Foi esta, de resto, a primeira preocupação apresentada por Rogério Lam, director-central das direcções de marketing e de canais electrónicos do BCI, logo no primeiro painel (moderado pelo líder da área digital da Deloitte África, Valter Adão). Lam reconhece que, “com a deficiente disponibilidade de infra-estruturas, muito do que foi conseguido até hoje em termos de crescimento nas zonas rurais, urbanas e peri-urbanas, foi graças aos operadores de telefonia móvel”. Só que nem estes estão isentos das limitawww.economiaemercado.co.mz | Outubro 2019