Notícias do Mar n.º 307

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Vela

Jogos Olímpicos de Londres 2012

O Mar de Portugal A maior comitiva de sempre da vela portuguesa em Jogos Olímpicos foi apresentada em conferência de imprensa, na sede da Federação. Rita Gonçalves/Mariana Lobato/ Diana Neves, Sara Carmo, Gustavo Lima, Bernardo Freitas/Francisco Andrade e Frederico Melo foram os velejadores que representaram a equipa de 13 elementos que estará nos Jogos Olímpicos de Londres de 2012.

Comitiva Nacional Londres 2012 RS:X Masculino João Rodrigues RS:X Feminino Carolina Souza-Mendelblatt 470 Álvaro Marinho/Miguel Nunes 49er Bernardo Freitas/Francisco Andrade Laser Gustavo Lima

O

Presidente da Federação Portuguesa de Vela, José Manuel Leandro, agradeceu a perseverança dos atletas que garantiram a presença em Londres 2012: “Passámos grandes dificulda-

Equipa Olímpica

des neste ciclo olímpico mas o esforço e a dedicação dos velejadores e de todo o staff federativo, permite-nos chegar a este momento com a maior comitiva de todos os tempos”, afirmou. Quando questionado sobre medalhas, o responsável máxi-

Rita Gonçalves-Mariana Lobato-Diana Neves

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mo federativo não fez promessas: “Apenas prometemos muito trabalho e ambição. A vela tem factores incontroláveis, como as condições de vento e de mar. O desejo de vencer é, com certeza, muito grande mas é prematuro falar em resultados.”

Laser Radial Sara Carmo Match Racing Feminino Rita Gonçalves/Mariana Lobato/ Diana Neves Star Afonso Domingos/Frederico Melo

Sara Carmo


Vela

Bernardo Freitas e Francisco Andrade

Carolina Souza

Gustavo Lima

João Rodrigues

Ficha dos Olímpicos Classe RS:X Masculino João Filipe Gaspar Rodrigues Data de Nascimento 2 - 11 - 1971 País de Nascimento Portugal Local de Nascimento Funchal Altura 180 cm Peso 72 kg Clube: Centro de Treino de Mar Treinador: António Gouveia Profissão: Atleta Prova em que vai competir: RS:X Masculino Como se qualificou: Apurou a classe nos Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Venceu as selecções nacionais no conjunto de resultados do Campeonato do Mundo de RS:X 2012 (Espanha) e Skandia Sail for Gold Regatta (GrãBretanha) Anteriores participações em JO: 5 Barcelona 1992 – 23º em Lechner Atlanta 1996 – 7º em Mistral Sydney 2000 - 18º em Mistral Atenas 2004 – 6º em Mistral Pequim 2008 - 11º em RS:X Palmarés em RS:X Campeonato do Mundo Cádiz 2012: 12º lugar Perth 2011: 10º lugar Kerteminde 2010: 14º lugar Weymouth 2009: 6º lugar Auckland 2008: 2º lugar Cascais 2007: 4º lugar Torbole 2006: 14º lugar Campeonato da Europa Funchal 2012: 8º lugar

Tel-Aviv 2009: 5º lugar Brest 2008: 1º lugar Limassol 2007: 5º lugar Alcati 2006: 14º lugar Skandia Sail for Gold Regatta 2011: 12º lugar 2010: 1º lugar 2009: 2º lugar Miami OCR 2007: 6º lugar 2006: 2º lugar Evento Teste dos JO Londres 2012 7º lugar Classe 470 Álvaro Manuel Silveira Marinho Data de Nascimento 15 - 3 - 1976 País de Nascimento Portugal Local de Nascimento Lisboa Altura 1,77 metros Peso 67 kg Clube: Clube de Vela do Barreiro Treinador: Diogo Pereira Profissão: Atleta Prova em que vai competir: 470 Como se qualificou: Apurou a classe nos Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Venceu as selecções nacionais no conjunto de resultados dos Troféus Princesa Sofia (Palma de Maiorca) e Semana Olímpica Francesa (Hyéres). Anteriores participações em JO: 3 Sydney 2000 - 5º Atenas 2004 – 7º Pequim 2008 - 8º Palmarés

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Vela

Campeonato do Mundo Austrália 2008: 2º lugar Campeonato da Europa Absoluto Turquia 1998: 3º lugar Campeonato da Europa Grécia 2007: 1º lugar Campeonato do Mundo de Juniores Eslovénia 1997: 1º lugar Miguel Silveira Viana Marques Nunes Data de Nascimento 11 - 8 - 1976 País de Nascimento Portugal Local de Nascimento Lisboa Altura 1,80 metros Peso 72 kg Clube: Clube de Vela do Barreiro Treinador: Diogo Pereira Profissão: Atleta Prova em que vai competir: 470 Como se qualificou: Apurou a classe nos Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Venceu as selecções nacionais no conjunto de resultados dos Troféus Princesa Sofia (Palma de Maiorca) e Semana Olímpica Francesa (Hyéres). Anteriores participações em JO: 3 na classe 470 Sydney 2000 - 5º Atenas 2004 – 7º Pequim 2008 - 8º Palmarés Campeonato do Mundo Austrália 2008: 2º lugar Campeonato da Europa Absoluto Turquia 1998: 3º lugar Campeonato da Europa Grécia 2007: 1º lugar Campeonato do Mundo de Juniores Eslovénia 1997: 1º lugar Classe Star Afonso Costa Gaspar da Silva Domingos Data de Nascimento 29 - 7 - 1969 País de Nascimento Moçambique Local de Nascimento Lourenço Marques Altura 1,74 metros Peso 91 kg Clube: Clube Naval de Cascais Treinador: Andrzej Zawieja Profissão: Atleta Prova em que vai competir: Star Como se qualificou: Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Anteriores participações em JO: 2 nas classes 49er e Star Sydney 2000 - 7º em 49er (com Diogo Cayolla) Pequim 2008 - 8º em Star (com Bernardo Santos) Palmarés Campeonato do Mundo de Vela 2011 – Perth: 13º lugar (Star) 2007 – Cascais: 10º lugar (Star) 2003 – Cádiz: 33º lugar (Star) Campeonato do Mundo de Star 2012 – Hyéres : 19º lugar 2010 – Rio de Janeiro: 26º lugar 2009 – Varberg: 12º lugar 2008 – Miami: 18º lugar 2006 – São Francisco: 16º lugar 2005 – Buenos Aires: 8º lugar 2004 – Gaeta – 25º lugar

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2002 – Marina del Rey: 27º lugar 2001 – Medemblik: 14º lugar Campeonato do Mundo de 49er 2000 – Guaymas: 8º lugar 1999 – Melbourne: 23º lugar 1998 – Bandol: 11º lugar 1997 – Perth: 13º lugar Campeonato da Europa de Star 2012 – Sanreno: 4º lugar 2011 – Dublin: 6º lugar 2010 – Viareggio: 25º lugar 2007 – 12º lugar 2006 – 13º lugar 2005 – 8º lugar Frederico Ricciardi Pinheiro de Melo Data de Nascimento 13 - 7 - 1987 País de Nascimento Estados Unidos da América Local de Nascimento Washington DC Altura 1,88 metros Peso 104 kg Clube: Clube Naval de Cascais Treinador: Andrzej Zawieja Profissão: Atleta Prova em que vai competir: Star Como se qualificou: Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Anteriores participações em JO: Estreia em Londres 2012 Palmarés Campeonato Mundial Itália 2012 | Star | 4º Lugar Austrália 2011 | Star | 13º Lugar Suécia 2009 | Star | 12º Lugar Campeonato Europeu Irlanda 2011 | Star | 5º Lugar Campeonato Mundial de Juniores Brasil 2005 | Laser Radial | 2º Lugar Austrália 2008 | Finn | 3º Lugar Campeonato Europeu de Juniores Hungria 2007 | Finn | 2º Lugar Classe 49er Bernardo Diogo Melo e Santos de Freitas Data de Nascimento 18 - 2 - 1990 País de Nascimento Portugal Local de Nascimento Cascais Altura 1.87 metros Peso 82 kg Clube: Clube Naval de Cascais Treinador: Fernando Kuo Profissão: Atleta Prova em que vai competir: 49er Como se qualificou: Apurou a classe nos Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Venceu as selecções nacionais no conjunto de resultados dos Troféus Princesa Sofia (Palma de Maiorca) e Skandia Sail for Gold Regatta (Weymouth) Anteriores participações em JO: Estreia em Londres 2012qqw Palmarés Campeonato do Mundo de 49er Austrália 2011: 23º lugar (Qualificação de Portugal para Londres 2012) Campeonato da Europa de 49er Croácia 2009: 19º lugar Audi Medcup Soto40 Portugal 2011: 2º lugar Expert Garda de 49er Itália 2010: 2º lugar

Campeonato Nacional de Optimist Nazaré 2005: 1º lugar Campeonato da Europa de Juniores de 420 Holanda 2006: 13º lugar Campeonato Nacional Júnior de Absoluto de 420 Porto 2007: 1º lugar

(2001 – Cork) 2º lugar Campeonato da Europa de Star (2010 – Viareggio) 2º lugar Campeonato da Europa de Laser (2006 – Gydnia) 3º lugar

Francisco Catalão Rebelo de Andrade Data de Nascimento 6 - 8 - 1980 País de Nascimento Brasil Local de Nascimento Brasil Altura 1,72 metros Peso 77 kg Clube: Clube Naval de Cascais Treinador: Fernando Kuo Profissão: Atleta Prova em que vai competir: 49er Como se qualificou: Apurou a classe nos Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Venceu as selecções nacionais no conjunto de resultados dos Troféus Princesa Sofia (Palma de Maiorca) e Skandia Sail for Gold Regatta (Weymouth) Anteriores participações em JO: 1 Pequim 2008 - 11º em 49er (com Jorge Lima) Palmarés Campeonato do Mundo de Vela 2011 – Perth: 23º lugar (49er) 2007 – Cascais: 18º lugar (49er) Campeonato do Mundo de 49er 2010 – Freeport: 25º lugar 2009 – Riva del Garda: 33º lugar 2008 – Melbourne: 12º lugar 2006 – Aix Les Bains: 42º lugar Campeonato da Europa de 49er 2009 – Zadar: 19º lugar 2008 – Palma: 20º lugar 2007 – Marsala: 15º lugar

Laser Radial Sara Ledo Lopez Mota Carmo Data de Nascimento 12 - 10 - 1986 País de Nascimento Portugal Local de Nascimento Cascais Altura 1,76 metros Peso 65 kg Clube: Clube Naval de Cascais Treinador: Pedro Pinto Profissão: Atleta – estudante de arquitectura Prova em que vai competir: Laser Radial Como se qualificou: Apurou a classe nos Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Venceu as selecções nacionais no conjunto de resultados dos Troféus Princesa Sofia (Palma de Maiorca) e Skandia Sail for Gold Regatta (Weymouth) Anteriores participações em JO: Estreia em Londres 2012 Palmarés Campeonato do Mundo Austrália – 2011 – Laser Radial – 53º (apuramento para os JO Londres 2012) Japão – 2009 – Laser Radial – 25º Campeonato da Europa Finlândia – 2011 – Laser Radial – 20º Estónia – 2010 – Laser Radial - 21º Campeonato Europeu Júnior Portugal – 2004 – Europe – 8º Dinamarca – 2003 – Europe – 10º Campeonato Nacional Feminino de Laser Radial: 2005/2006/2007/2008/2009/2010/201 1: 1º lugar

Laser Standard Gustavo Augusto Roxo de Lima Data de Nascimento 13 - 7 - 1977 País de Nascimento Brasil Local de Nascimento Rio de Janeiro Altura 1,85 metros Peso 86 kg Clube: Clube Naval de Cascais Treinador: Luís Rocha Profissão: Atleta Prova em que vai competir: Laser Como se qualificou: Apurou a classe no Campeonato do Mundo da classe Laser 2012 (Alemanha) Venceu as selecções nacionais no conjunto de resultados dos Troféus Princesa Sofia (Palma de Maiorca) e Skandia Sail for Gold Regatta (Weymouth) Anteriores participações em JO: 3 Sydney 2000 – 6º em Laser Atenas 2004 – 5º em Laser Pequim 2008 - 4º em Laser Palmarés Campeonato do Mundo de Vela (2011 – Perth) Star (35º lugar) (2007 – Cascais) Laser (10º lugar) Campeonato do Mundo de Star (2010 – Rio de Janeiro) 19º lugar Campeonato do Mundo de Laser (2006 – Jeju) 5º lugar (2005 – Fortaleza) 8º lugar (2003 – Cadiz) Laser (1º lugar)

RS:X Feminino Carolina Souza Borges-Mendelblatt Data de Nascimento 25 - 5 - 1979 País de Nascimento Brasil Local de Nascimento Rio de Janeiro Altura 1,75 metros Peso 60 kg Clube: Clube de Vela de Portugal Treinador: Profissão: Atleta – Produtora de TV Prova em que vai competir: RS:X Feminino Como se qualificou: Apurou-se no Campeonato do Mundo de RS:X 2012 (Espanha) Anteriores participações em JO: 1 Atenas 2004 – 25ª em Mistral (representando o Brasil) Palmarés Campeonato do Mundo Cadiz 2012: RS:X – 52º lugar (Qualificação Olímpica) Campeonato da Europa Sopot 2010: RS:X – 30º lugar Miami OCR 2012: RS:X – 6º lugar 2011: RS:X – 19º lugar 2010: RS:X – 17º lugar 2009: RS:X – 15º lugar Delta Lloyd Regatta Medemblik Holanda 2012: RS:X – 15º lugar Kieler Woche Kiel


Vela

Alemanha 2009: RS:X – 8º lugar Alemanha 2008: RS:X – 21º lugar Match Racing Feminino (Elliott 6m) Rita Isabel Ferrão Gonçalves Data de Nascimento 17 - 4 - 1981 País de Nascimento Portugal Local de Nascimento Lisboa Altura 1,65 metros Peso 65 kg Clube: Clube Naval de Cascais Treinador: Diogo Barros Profissão: Atleta – Engenheira Civil Prova em que vai competir: Match Racing Feminino Como se qualificou: Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Anteriores participações em JO: Estreia em Londres 2012 Palmarés Campeonato do Mundo de Vela 2011 – Perth: 11º lugar (Match Racing) Campeonato do Mundo de Match Racing 2010 – Rhode Island: 20º lugar ISAF Nations Cup 2011 – Sheboygan: 2º lugar (Match Racing) 2009 – Porto Alegre: 7º lugar (Match

Racing) Campeonato da Europa de Match Racing 2011 – Helsinki: 6º lugar 2008 – St Quay Portrieux: 8º lugar Campeonato Europeu de Match Racing Feminino 2011: 6º lugar 2010: 5º lugar Campeonato Nacional Match Racing Feminino 2009/2010/2011: 1º lugar Mariana Vaz Pinto Guimarães Lobato Data de Nascimento 23 - 12 - 1987 País de Nascimento Portugal Local de Nascimento Lisboa Altura 1,71 metros Peso 69 kg Clube: Clube Naval de Cascais Treinador: Diogo Barros Profissão: Atleta Prova em que vai competir: Match Racing Feminino Como se qualificou: Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Anteriores participações em JO: Estreia em Londres 2012 Palmarés

Campeonato do Mundo de Vela 2011 – Perth: 11º lugar (Match Racing) Campeonato do Mundo de Match Racing 2010 – Rhode Island: 20º lugar ISAF Nations Cup 2011 – Sheboygan: 2º lugar (Match Racing) 2009 – Porto Alegre: 7º lugar (Match Racing) Campeonato da Europa de Match Racing 2011 – Helsinki: 6º lugar 2008 – St Quay Portrieux: 8º lugar Campeonato Europeu de Match Racing Feminino 011: 6º lugar 010: 5º lugar Campeonato Nacional Match Racing Feminino 2009/2010/2011: 1º lugar Diana Pereira Neves Data de Nascimento 26 - 6 - 1986 País de Nascimento Portugal Local de Nascimento Cascais Altura 1,58 metros Peso 63 kg Clube: Clube Naval de Cascais Treinador: Diogo Barros Profissão: Atleta

Prova em que vai competir: Match Racing Feminino Como se qualificou: Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas Perth 2011 (Austrália) Anteriores participações em JO: Estreia em Londres 2012 Palmarés Campeonato do Mundo de Vela 2011 – Perth: 11º lugar (Match Racing) Campeonato do Mundo de Match Racing 2010 – Rhode Island: 20º lugar ISAF Nations Cup 2011 – Sheboygan: 2º lugar (Match Racing) 2009 – Porto Alegre: 7º lugar (Match Racing) Campeonato da Europa de Match Racing 2011 – Helsinki: 6º lugar 2008 – St Quay Portrieux: 8º lugar Campeonato Europeu de Match Racing Feminino 2011: 6º lugar 2010: 5º lugar Campeonato Nacional Match Racing Feminino 2009/2010/2011: 1º lugar

Breves Encontros Regionais de Infantis e Escolas de Vela

Festa a Norte A

vela infantil da Região Norte fez a festa em Coimbra pelo 5º ano consecutivo no campo de regatas do Parque Verde do Mondego A Prova organizada pelo Clube do Mar de Coimbra, Associação Regional de Vela do Norte e Federação Portuguesa de Vela, teve o patrocínio das Águas do Mondego e da Roff. À semelhança de anos anteriores a prova foi um sucesso desportivo e de convívio social com a presença de 47 velejadores Optimist de 10 Clubes: CV Viana do Castelo, CN Povoense, C. de Vela Atlântico,

C. Naval Leça, Sport Clube do Porto, Náutica Desp. Ovarense, Sporting C. Aveiro, C. Vela Costa Nova, Ass. Náut. Gafanha da Encarnação (A.N.G.E.) e Clube do Mar de Coimbra. A anteceder as regatas de Sábado, foram entregues pela FPV aos Clubes, as velas do Protocolo EDP para os Optimist de escola. Competiram duas frotas: 21 barcos no E.R.E.V. (7 equipas de três velejadores) e 26 no E.R.I. (comp. Individual). Os clubes com maiores frotas (7 velejadores) foram: C.V.V.C.; C.V.A.

e C.M. Coimbra. O tempo ajudou e permitiu cumprir o programa, realizando-se as quatro regatas previstas. Saliente-se o domínio dos velejadores de Viana que ganharam 3 dos sete troféus em disputa. Classificações EREV 1º C.V.V. Castelo - Lara Carvalho, Luís Alves; João Marquito.

2º NAD Ovarense - Gonçalo Borges, Ricardo Santos, Gonçalo Cruz. 3º S.C.Porto - Raul Represas; Diogo Lima; Bruno Pereira. ERI 1º - Pedro Coelho - C.V.V.C . 2º - Alex Baptista - ANGE 3º - André Silva - SCA Equipas ERI: (soma dos resultados dos dois melhores velejadores de cada clube). 1º C.V.V.Castelo

Campeonato do Mundo de SL16

Lusos a Aprender A dupla Pedro Roque/Pedro Costa foi 33ª classificada no Mundial de SL16, disputado em La Baule - Le Pouliguen, França. A estreia de Pedro Roque/ Pedro Costa no catamarã foi satisfatória. Sem qualquer experiência na classe, os velejadores algarvios tiveram algumas dificuldades nos primeiros dias mas com o decorrer do campeonato foram ganhando confiança, chegando a andar nos dez primeiros nalgumas regatas. Os britânicos Rupert White/ Tom Britz sagraram-se campeões mundiais, seguidos pelos franceses Tristan Trebaol/Co-

rentin Trebaol e dos brasileiros Martin Lowy/Kim Andrade

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Vela

Circuito Europeu de MOD70

Cascais Apresentada como Stopover Cascais recebe, de 12 a 20 de Setembro, a segunda etapa do circuito europeu de MOD70 que foi apresentada em conferência de imprensa no Clube Naval de Cascais. A prova, que decorre em águas cascalenses, trará a Portugal os espectaculares trimarãs de 70 pés e tripulações de classe mundial.

A

estadia em Cascais será a mais longa das quatro que constam no programa que leva os MOD70 de Kiel, na Alemanha até Itália, num tour que percorre mais de 5 mil milhas e visita cinco países. A etapa de Cascais tem alguns atractivos especiais como uma “Volta a Portugal”, uma fantástica regata costeira com largada de Cascais e passagem por Lisboa e regatas curtas na Baía de Cascais, que serão, por certo, emocionantes para o público e desafiantes para as tripulações de seis elementos dos cinco MOD70. Depois do início em Kiel, na Alemanha, o circuito europeu de MOD70 passa por Dublin, na Irlanda e terá o final da segunda etapa em Cascais. A frota larga de Portugal a 20 de Setembro para Marselha, França. A reputação de Cascais, como local de excelência para a realização de grandes eventos de vela, não pára de crescer. Nos anos mais recentes realizaram-se em águas casca6

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lenses, entre outros, os Campeonatos do Mundo de Classes Olímpicas, a Audi MedCup, as America’s Cup World Series, etapas do World the Match Racing Tour e a Europa Warm’Up em IMOCA 60. No entanto, o circuito europeu de MOD70 promete uma série de acontecimentos completamente espectaculares capazes de atrair os amantes da vela e do desporto em geral. A “Volta a Portugal”, será uma regata com dois dias de duração e leva a frota a rondar uma bóia ao largo da cidade do Porto, outra bóia a Sul junto ao Cabo de São Vicente, com final em Cascais. Entre os skippers e tripulações em competição estão Michel Desjoyeaux no FONCIA, duas vezes vencedor da Vendée Globe, Stève Ravussin no Race for Water, Sébastien Josse no Groupe Edmond de Rothschild, Yann Guichard no Spindrift racing e Sydney Gavignet no Musandam - Oman Sai Na conferência de imprensa marcaram presença Carlos

Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Hervé Favre, da organização do circuito MOD70, e Francisco Geraldes, director do. Clube Naval de Cascais. “A chegada a Cascais vai ser marcante para o circuito europeu de MOD70. Provavelmente, as tripulações, ficarão felizes com o calor do sul do continente depois da passagem pelo norte da Escócia e do Fastnet. Não quer dizer que seja um programa de descanso, já que haverá uma regata costeira de Cascais para Lisboa, dois dias de City Match e Speed Races. Antes há uma “Volta a Portugal”, que leva os barcos ao Porto, ao Cabo de São Vicente e chegada em Cascais. Estou certo que a experiência do Clube Naval de Cascais e a fama mundial da Vila, habituada a receber grandes eventos de vela, vai complementar na perfeição com o esforço dos velejadore,” disse Hervé Favre, da organização do Circuito “As condições meteorológicas ao largo de Portugal e, em particular, em Cascais são mui-

to boas para a prática da vela. Estou desejoso de regressar a um local que conheço bem. Ao clima ameno alia-se o entusiasmo dos cascalenses, a experiência do Clube Naval de Cascais na organização de grandes eventos e a beleza da Vila são a garantia de um excelente stopover. O programa é atractivo e a competição será espectacular,”afirmou Stève Ravussin, skipper do Race For Water Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais, disse “Cascais dá as boas-vindas aos MOD70. É mais um evento de classe mundial que vem a águas cascalenses. A grande maioria das classes já tinha passado pelo nosso campo de regatas, faltavam os MOD70. A presença de alguns dos melhores velejadores do mundo é também importante para os nossos jovens atletas que têm oportunidade de ver e aprender com os seus ídolos. A partir de agora, a classe MOD70 está ligada a Cascais e será nossa embaixadora.” No final, Francisco Geraldes, director do Clube Naval de Cascais, afirmou que“ É uma honra para o Clube Naval de Cascais receber os MOD70 nas nossas águas. Este evento é igualmente especial porque vai permitir que o resto do país tenha a possibilidade de ver estes magníficos barcos, porque há uma regata que vai ao Porto e ao Algarve.” Mais informações: Rodrigo Moreira Rato – Email: rodrigo@ lxsailing.com - Tel: +351 933 511 474


Vela

Breves Campeonato do Mundo Feminino de Macth Racing

Com a Cabeça em Weymouth

lhor resultado de sempre em campeonatos da Europa. O alemão Philipp Buhl foi o

vencedor, seguido pelo sueco Jesper Stalheim e do russo Sergey Komissarov.

R

ita Gonçalves/Mariana Lobato/Diana Neves terminaram na 13ª posição, o Campeonato do Mundo Feminino de Match Racing, que decorreu em Gotemburgo, na Suécia. A tripulação nacional terminou o round robin (fase de qualificação) do Grupo de Prata no 5º lugar. Rita Gonçalves/Mariana Lobato/ Diana Neves somaram três vitórias e quatro derrotas no Round Robin do Grupo de Prata, que decidia a classificação entre as 9ª e as 16ª posições. As velejadoras nacionais venceram a alemã Silke Hahlbrock, a sueca Anna Kjellberg e a holandesa Mandy Mulder, tendo perdido com as francesas Anne-claire Le Berre e Julie Bossard, a espanhola Tamara Echegoyen e a dinamarquesa Camille Ulrikkeholm. Esta foi a derradeira prova da tripulação portuguesa antes da participação nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. A finlandesa Silja Lehtinen sagrou-se campeã do mundo.

Campeonato da Europa de Laser

Silveira Surpreende R

ui Silveira foi 18º classificado no Campeonato da Europa de Laser Standard, que decorreu em Hourtin, França. O velejador açoriano esteve em bom plano em águas francesas terminando três das onze regatas disputadas no top 10. Silveira que esteve na luta por uma vaga para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, confirmou o seu bom momento de forma e alcançou o seu me2012 Julho 307

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Electrónica

Notícias Nautel

MeteoMan para Prever o Tempo Para um navegador em preparação da sua viagem, a capacidade de prever o tempo é algo essencial.

A

frequência das mudanças de pressão barométrica e o histórico da velocidade do vento podem ser indicadores valioso das condições atmosféricas iminentes. Muitos navegantes confiam em barómetros domésticos de baixo custo, que são imprecisos, têm baixa resolução e re-

gisto histórico muito pobre. Outros seguem vários instrumentos de registo em papel, que existem e de qualidade, mas que são delicados, complicados de usar e o papel até pode ficar preso quando húmido. O MeteoMan supera todos estes problemas. Ele contém um barógrafo preciso, de alta

resolução, grava mais de cinco dias de dados, como a velocidade de vento e pressão barométrica, etc. É robusto, confiável e fácil de usar e consome muito pouca energia da bateria do barco. O Meteoman vem com um sensor de vento NMEA (com 20m de cabo) que fornece a direção do vento, velocidade do vento e temperatura externa. O Meteoman fornece informações meteorológicas confiáveis para o iatista. O ecrã principal mostra a velocidade do vento e direção, a temperatura e a pressão barométrica. Para auxiliar na previsão de tendências futuras, a unidade também exibe um barógrafo de

precisão e um anemógrafo mostrando a pressão barométrica e velocidade do vento durante os cinco dias anteriores. Além das funções meteorológicas a unidade inclui um cronómetro náutico, um cronómetro normal, um temporizador de corrida, e indicação da tensão da bateria e a temperatura interna. Alternativamente o MeteoMan pode ser conetado a um Instrumento Anemómetro de embarcação, NASA CLIPPER WIND, indo buscar os dados à saída qualquer sensor de velocidade do vento que tenha saída NMEA0183. Preço: 405,90€ com a unidade sensora de vento e 20m de cabo. Unidade isolada: 233,70€

20ª Volta ao Algarve

Vitória do Pura Vida O

Pura Vida, de Rui Quintas, foi o vencedor da 20ª edição da Volta ao Algarve que terminou em Lagos.

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Dividida em dois fins-de-semana, a clássica algarvia teve luta interessante entre os três da frente. A 20ª edição da Volta ao Algarve está ao rubro, com os três primeiros classificados empatados em pontos, Pura Vida, de Rui Quintas, Cidade de Tavira, de Carlos Lopes e Seita II – Cidade de Lagos, de António Viegas somam 7 pontos, depois de disputadas as três primeiras etapas. Na primeira regata da prova, o triunfo foi para o Cidade de Tavira, seguido do Pura Vida e do Seita II – Cidade de Lagos. Na segunda, entre Tavira e Faro, foi o Pura Vida quem alcançou a vitória. Seita II – Cidade de Lagos e Cidade de Tavira, foram 2º e 3º. A terceira etapa, com largada de Faro e chegada a Albufeira, teve um vencedor diferente com o Tomate, de João Coutinho, a superar o Seita II – Cidade de Lagos e o Cidade de Tavira. No próximo fim-de-semana disputam-se as derradeiras duas etapas da clássica algarvia com a frota a ligar Albufeira a Portimão na 4ª etapa e a rumar de Portimão a Lagos, onde termina. Nas duas derradeiras etapas da Volta ao Algarve, que ligaram Albufeira a Portimão e a cidade portimonense a Lagos, o Pura Vida, de Rui Quintas, venceu uma e foi terceiro na outra o que permitiu terminar a prova com dois pontos de vantagem sobre o Seita II – Cidade de Lagos, de António Viegas. O Cidade de Tavira, de Carlos Lopes foi terceiro classificado.


Notícias do Mar

Notícias da Marina de Lagos

Marina de Lagos Renova Distinção Internacional de 5 Âncoras de Ouro A Yacht Harbor Association volta a atribuir a classificação máxima à Marina de Lagos, após avaliação rigorosa.

A

Marina de Lagos renovou recentemente a classificação máxima de 5 Âncoras de Ouro, após mais uma avaliação exaustiva das suas instalações, colaboradores e serviços. De acordo com Mieke Vleugels, assessora da entidade que atribui o galardão, à Marina de Lagos “é o destino ideal de férias para os entusiastas de desportos aquáticos, permitindo desfrutar o melhor da costa portuguesa e desfrutar de serviços de apoio náutico de topo”. A distinção das 5 Âncoras de Ouro da TYHA - cujos critérios se alteraram desde a última inspecção e são agora mais exigentes - junta-se à também classificação máxima de 5 estrelas atribuída pelo International Marine Certification Institute (IMCI), ao Euromarina Anchor Award e à Bandeira Azul da Europa, certificando a excepcional qualidade desta marina ao corresponder aos exigentes critérios de qualidade do serviço náutico, segurança, protec-

Entrada da Marina de Lagos

ção ambiental, higiene, disponibilidade de equipamentos de lazer, alimentação e serviços e apresentação, entre outros. A Marina de Lagos tem actualmente uma sólida dinâmica

internacional, tirando partido das excelentes condições dos seus equipamentos náuticos, localização e envolvente, de que são exemplo a localização no centro da cidade de Lagos,

a proximidade de praias de renome, possibilidade de diferentes e aliciantes itinerários de navegação costeira a partir da Marina, e toda uma envolvência propícia ao lazer e descanso. Os visitantes da Marina de Lagos vêm de todo o mundo, totalizando anualmente cerca de 2.000 embarcações de 30 nacionalidades. A Náutica é um ponto forte da cidade de Lagos, que beneficia da sua localização estratégica para paragem nas rotas internacionais ao longo do mediterrâneo, Cabo Verde e Caraíbas. A Marina de Lagos inserese num complexo imobiliário e turístico criado e gerido pelo Grupo MSF, que inclui o Marina Club Lagos Resort (hotel de 4 estrelas e apartamentos turísticos).

Vista aérea da Marina de Lagos

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Náutica Notícias Yamaha

Campanha Vestir a Camisola De 5 de Julho a 30 de Setembro de 2012

A Yamaha preparou uma Campanha que acompanha o Cliente em toda a sua vida… Vestir a Camisola é literal e resume o objectivo da campanha, que é o de mostrar ao nosso mercado que a Yamaha tem muitos mais produtos do que os motores fora de borda, os barcos Powered by Yamaha e as peças genuínas Yamaha. em todos os sentidos. Dirijase a um Concessionário aderente, adquira o seu motor e receba em sua casa, com toda a comodidade, o seu pack de oferta. Conheça todos os packs em www.yamaha-motor.pt Notas: A campanha não é acumulável com outras promoções, bónus ou campanhas em vigor

A

nossa marca tem produtos para todas as utilizações e no momento actual a diversidade de oferta é a vantagem competitiva da nossa marca. Por isso escolhemos Packs de Acessórios para cada segmento de motor que satisfaça as necessidades de cada perfil de cliente, desde os nossos Pescadores Profissionais aos nossos Clientes de Lazer. Existirão 10 segmentos de

motores - <4hp; 5-15hp; 2025hp; 30-40hp; 50-60hp; 7080hp; 100- 115hp; 150-200hp; 225-250hp e >300hp – em que cada segmento tem um Pack de ofertas com um valor PVP considerável, permitindo ao Cliente não ter mais despesas do que as estritamente necessárias. Depois de “Vestir a Camisola” os Clientes vão ser os verdadeiros e únicos embaixadores da nossa marca… pois já terão o seu Pack Yamaha completo! Porque a Yamaha apoia-o

Campanha Oferta de Equipamento

De 1 de Julho a 15 de Agosto de 2012

S

abemos que por vezes é difícil para os amantes deste produto manterem a família igualmente divertida e eis a oportunidade perfeita… agora toda a família ganha com esta compra! Na época de verão em que estamos o clima convida a utilizar a sua WaveRunner com os acessórios insufláveis Yamaha que garantem dias inteiros de diversão em família e amigos. É a oportunidade ideal para adquirir a sua WaveRunner e ter o equipamento a reboque de graça! A nossa proposta é muito simples: escolha o modelo, compre a sua waverunner e receba o insuflável escolhido por si e oferecido pela Yamaha e Jet Center aderente. A presente campanha não é acumulável com outras promoções, campanhas ou ofertas em vigor. É válida apenas entre 1 de Julho e 15 de Agosto de 2012 para os modelos WaveRunner 2012 e exclusiva nos Jet Centers autorizados aderentes. A Paixão Yamaha é muito mais do que caracterização dos produtos. É alegria no convívio, é a emoção da utilização, é a paixão pelo desporto, é a confiança no que acreditamos e é a esperança que sempre nos leva mais longe

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e é exclusiva nos Concessionários aderentes. Os packs oferecidos não podem ser alterados, nem dedutíveis no Preço de Venda a Público do motor fora de forda adquirido. Em caso de falta de stock, o produto esgotado será substituído por artigo semelhante de valor igual ou superior pela Yamaha Motor Portugal.


Notícias do Mar

Notícias da Nautiser Centro Náutico

Nautiser Centro Náutico

Foi Certificada com PME Líder 2012 É com muito orgulho e satisfação que a Nautiser Centro Náutico vê a qualidade do seu trabalho reconhecida, como empresa PME Lider.

M

ais que um reconhecimento, encaramos esta certificação como um estimulo para prosseguirmos com o nosso esforço continuo de satisfazermos as necessidades de todos os nossos clientes e de fortalecermos as relações com os nossos fornecedores. As PME Lider são empresas

Nautiser Centro Náutico

financeiramente solidas, que ao longo dos anos tem sabido manter altos padrões competitivos, com apostas em estratégias de inovação e que tem contributos activos nas dinâmicas de desenvolvimento de emprego das varias regiões. Simultaneamente o estatuto PME Lider, que está inserido no âmbito do programa FINCRES, visa distinguir as pequenas e

Expositor no interior

médias empresas que evidenciam os melhores desempenhos e perfis de risco no contexto da estrutura empresarial nacional contribuindo para a capacidade competitiva do País. Sobre a Nautiser — Centro Náutico A Nautiser—Centro Náutico dedica-se ao negócio de embarcações novas e usadas, sendo

o importador exclusivo para Portugal, das marcas Cobalt e Jeanneau Motor. Está localizada a 500 mts do nó de Palmela da A2 - direcção N252 Montijo/Pinhal Novo, e possui instalações com uma área total de 15.000 m2 , que inclui exposição, área técnica, serviços pós-venda e recolha de embarcações.

Exposição de barcos usados no exterior

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Mergulho

Espedições de Mergulho

Texto e Fotografia José Tourais

Nautilus Gorringe, Creoula 2012

Mergulhadores dirigem-se para o Creoula

Amanhecia com uma ligeira brisa, ondulação larga e o céu limpo. O sol crescia no horizonte e pouco a pouco iluminava aquele palco de azul fantástico. Estava no meio do Atlântico a 160 Milhas náuticas a WSW de Lisboa, um local mítico que dá pelo nome de Gorringe.

A

bordo, a tripulação preparava-se para colocar uma poita num dos picos do Gorringe – o Ormonde, com cerca de 30 metros de profundidade, mas a corrente moderada, a manobra da embarcação e ainda o facto de se tratar de um pico com uma área muito pequena, dificultavam esta operação. Depois de feitas algumas tentativas a poita teimava em não ficar no seu lugar. Para grandes males, grandes remédios, diz o povo com a sua sabedoria e para resolver o problema, decidi dar uma ajuda, efetuando um

mergulho para colocar a poita. Não foi fácil e a tarefa foi cansativa mas com sucesso. Depois de colocada a poita e presa a cerca de 40 metros de profundidade, decidi segurar-me ao cabeço e descansar um pouco e relaxar observando o ambiente que me rodeava. Num azul incrível, com mais de 30 m de visibilidade, desfilavam constantemente cardumes de lírios, numa azáfama crescente para investigar o brilho das bolhas de ar que subiam lentamente para a superfície, mais distante no limite do cabeço um cardume de bicudas avançava implacavelmente na

José Tourais o coordenador desta expedição à chegada a Lisboa

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Lírios no Gorringe

Cardume de lírios fotografados a 30 metros de profundidade. Percebe-se a visibilidade.


Mergulho

Garoupa do Gorringe

sua tarefa de descobrir comida, no topo um cardume de peixe-porco de tamanho razoável aproximavase para ver o que se passava ali. Desviei os olhos do azul para o cabeço atapetado de algas, esponjas e hidrozoários de onde se destacam um enxame de judias e uma quantas garoupas curiosas a colorir aquele ambiente e sem dúvida a visão extraordinária das formidáveis laminárias. Mais abaixo, quatro ou cinco tremelgas amontoava-se em cima umas das outras e nas frinchas viam-se alguns cavacos de bom tamanho. Por entre o atapetado de algas, duas ou três moreias espreitavam curiosas nos seus buracos cheirando a água, já que é o olfato o seu ponto forte. Bodiões castanhos deambulavam por ali e mais abaixo as irrequietas antias e castanhetas dançavam à volta dos seus ninhos. Que visão espetacular !! “Isto é um Filme fantástico e uma visão mágica e deve ser partlhada por mais gente” Olhei para o computador e estava na hora de regressar. Subi sempre rodeado e acompanhado pelos lírios, praticamente até à superfície. E foi esse o momento em que pensei: “Isto é um filme fantástico e uma visão mágica e deve ser partilhada por mais gente”. Muitas das pessoas que conheço mereciam a oportunidade de poder vir aqui e mergulhar neste local espetacular. Dias depois, durante a noite e enquanto navegava para Lisboa, com um deslumbrante céu forrado de estrelas e planetas brilhantes, fui acreditando que este sonho talvez fosse realizável e lentamente a ideia foi ganhando forma. Se fosse possível trazer aqui um grupo de mergulhadores, seria uma excelente oportunidade de lhes mostrar esta profusão de vida, mas as questões com a logística não pa-

reciam fáceis. Como transportar um grupo, relativamente grande até ao Gorringe? Como lhes dar condições de habitabilidade para dormida e alimentação? Como montar a logística de enchimentos, embarcações de apoio e pessoal de segurança? Como irão reagir ao mergulho oceânico e às suas correntes? Como se vão dar com mergulhos relativamente profundos? Como montar uma logística adequada? Como se percebe estas e outras questões e dificuldades não pareciam muito animadoras, mas na verdade nunca fui pessoa de virar a cara às dificuldades nem de desistir à menor contrariedade. Fui procurando várias embarcações e possibilidades com alguns contactos que tinha, mas sempre com algumas dificuldades de peso a ultrapassar, até que, surgiu a oportunidade de poder combinar esses mergulhos inseridos numa viagem de treino de mar a bordo do Creoula. Era uma possibilidade aliciante a considerar, uma espécie

Lírio

Belos exemplares de peixe-porco no Ormonde

de dois em um. Após vários contactos e reuniões com a Marinha Portuguesa, Comandante e Guarnição do Creoula, alguns instrutores

e colegas, percebi que a distância do sonho à realidade estava a um passo de distância, tal o incentivo e apoio que recebi.

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Mergulho

Embarque e desembarques no Creoula Cardume de bicudas no Ormonde

Verificar o equipamento, uma tarefa muito importante neste tipo de mergulhos

Mais umas noitadas a trabalhar na organização e logística desta missão, agora com um objetivo mais bem definido e foram surgindo algumas soluções que apontavam no sentido de dar o passo seguinte. Falei com alguns dos interessados que se mostraram radiantes com a ideia e assim decidi abrir o projecto NAUTILUS-GORRINGE, CREOLUA 2012 já com datas e condições mais concretas e em menos de uma semana tinha as vagas todas preenchidas. Já não podia voltar atrás e passei muitas horas a preparar todos os pormenores e circunstâncias desta viagem, até que no passado dia 4 de Junho o Creoula largou amarras da Base Naval de Lisboa, no Alfei-

te com 52 instruendos radiantes e cheios de esperança neste projecto inovador. Dizer adeus a Lisboa por uma semana Organizados em 4 grandes grupos a que correspondiam os 4 mastros do navio, os mergulhadores, instrutores, biólogos e restante staff, passavam agora debaixo da ponte 25 de Abril, tirando algumas fotografias

e dizendo adeus a Lisboa por uma semana. O oficial imediato organizava os briefings de segurança, assegurando-se que todos sabiam os sinais de alarme, detalhes sobra a balsa ou procedimentos de socorro. As últimas arrumações estavam terminadas e em breve, ao sair a barra soava pelo navio “Creoula, Instruendos, o almoço vai ser servido”. Era uma excelente oportunidade de se fazer uma pausa e travar

Mais um belo exemplar de lírio

Cavaco

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Tremelga


Mergulho

Bóias do cabo de segurança com o Creoula ao fundo

conhecimento com os companheiros desta inesquecível viagem. Após o almoço há faina geral de mastros, para fazer a mareação do velame nos mastros do Creoula. O mestre faz soar o seu apito de manobras e vai gritando algumas ordens e os instruendos enquadrados por elementos da guarnição, vão caçando os cabos que fazem subir o pano, mastro atrás de mastro e pouco a pouco o Creoula navega empurrado pelas suas velas enfunadas. “Trabalho é trabalho e e conhaques é conhaque”, por isso durante estas tarefas, os instruendos não se podem sentar, fumar, comer

ou falar ao telemóvel sob pena de pagar uma rodada. É hora de trabalho e agora é necessário colher os cabos e arrumá-los. A primeira vez parece uma confusão de cabos, mas em breve estarão mais habituados. Uma pausa para um café ou um chá e há que despachar os últimos telefonemas, pois não tarda ficaremos sem rede de telemóvel. Ainda mal refeitos da faina geral, há que organizar os quartos e as tarefas de bordo, pois é preciso gente na cozinha e na copa. Aproveito a oportunidade para fazer um briefing geral e os chefes de grupo começam no seu inestimável traba-

Duas das espécies mais emblemáticas do Gorringe - Lírios e Laminárias

lho de organizar tarefas e horários. É preciso instruendos para a vigia, para o leme para o LA (Limitação de Avarias) e outros para a ponte, onde tomam contacto com o mundo real da navegação. “Creoula, Instruendos, o jantar vai ser servido”; o ar do mar abre o apetite e pouco a pouco vão descendo para o aconchego do navio, do convívio e da refeição. Após o jantar, o final do dia refresca um pouco e alguns sentam-se a meio

navio para conversar e ver o sol morrer no horizonte, pintando o céu de laranja. Foi um dia com muitas emoções e de grande movimento, pelo que perto das 22 horas, exceptuando os que estavam de quarto, reinava o silêncio a bordo, sinal que a maioria tinha já recolhido para descansar. Ao passar pela ponte vi que ainda faltavam cerca de oitenta milhas, pelo que era expectável chegar no dia seguinte a meio da manhã.

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Mergulho

Grupo de Instrutores que participaram nesta operação. Da esq para a direita Nuno Raposo, Casimiro Sampaio, Rui Pedro Sousa, José Tourais, Rui santos, Miguel Carvalho e Carlos Barosa.

Grupo Nautilus à partida de Lisboa

Imponente este tapete de algas num dos picos do Gorringe

Um amontoado de tremelgas

Chegámos ao primeiro pico do Gorrinche por volta da hora do almoço Às sete horas da manhã soa pelo navio, “Alvorada, Alvorada” e aos poucos começa o movimento para o banho e pequeno-almoço, pois às oito há formatura para as limpezas. Distribuem-se tarefas, grupo 1 limpar cobertas, grupo 2 casas de banho e messe, grupo 3 convés e

amarelos e grupo 4 cozinha e copa. Num instante um vai e vem de vassouras, baldes, panos e detergentes passam de mão em mão para aprontar o navio. Estamos a vinte milhas, o que significa mais 3 horas de viagem até ao nosso destino. Chegamos ao Ormonde, o primeiro pico do Gorringe, por volta da hora de almoço. Arreiam-se as semi-rígidas e enquanto se preparam os equipamentos vou marcar e poitar o local para mergulhar. A

Outra espécie de laminária Saccorhiza polyschides que nasce, cresce e morre no mesmo ano

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corrente era razoável e merecia algum cuidado. O nosso primeiro Objetivo era chegarmos todos bem ao Gorringe e esse estava feito – Um-zero. Dividi os participantes em oito grupos de mergulho, cada um enquadrado por um instrutor, e organizou-se um esquema de trabalho para que todos pudessem mergulhar nesse dia. O mar estava calmo mas com alguma corrente, que nos obrigava a um maior esforço no que

toca à seguranças dos grupos e aos mergulhadores a que era exigido maior rigor técnico. A temperatura rondava os 19º e a visibilidade cerca de 20 m. Não era o melhor Gorringe, mas as semi-rígidas não pararam, e ao final do dia toda a gente tinha mergulhado e todos viram os lírios e sobretudo o incrível azul do Atlântico naquele local. Como não havia navegação, as tarefas de bordo estavam mais aliviadas, permitindo maior dedicação

Excelentes exemplares de laminária hyperborea , provavelmente já com alguns anos


Mergulho

Peixe-porco no Gettysburg

ao mergulho e o dia seguinte foi mais produtivo com dois mergulhos para todos. À noite depois do jantar os sorrisos e histórias eram partilhadas alegremente por todos e Dois-Zero, com outro objetivo cumprido – mergulhar no Ormonde. A adaptabilidade ao mergulho oceânico foi aumentando, melhorando a eficácia do mergulho e a logística estava cada vez melhor, percebendo-se uma maior integração de todo o grupo e colaboração

nas tarefas de bordo, chegando ao ponto da Mónica liderar uma equipa que nos presenteou com uma refeição de francesinhas à moda do Porto para o jantar. Depois à laia de sobremesa, o Frederico Almada, fez-nos uma excelente apresentação sobre a vida nos picos submarinos, particularmente no Gorringe. Os mergulhos no pico Gettysburg Nessa noite o Creoula mudou-se

Lírios vistos do Creoula

para o outro pico o Gettysburg – 30 milhas mais para SW. A corrente variava de fraca a moderada, chegando a atingir 2 nós, o que já é considerável. A ondulação cresceu um bocadinho, mas o vento mantevese, tornando mais difícil de manter as poitas no local. O facto de haver vários mergulhadores agarrados ao cabo, também não ajudava muito, e fomos obrigados a recolocá-las diversas vezes. Apesar de tudo foi-se mergulhando, com menor intensida-

de, já que a ondulação, manobras das semi-rígidas e logística do próprio Creoula condicionavam a saída apenas por um dos bordos. Não foi fácil, mas todos mergulharam no Gettysburg, viram lírios, cavacos, barracudas, tremelgas, garoupas, moreias e santolas e uma infinidade de judias, para além do fabuloso tapete de algas e esponjas de que se destaca pelo menos três espécies de laminárias, que naquele local são impressionantes.

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Mergulho

Recordo um mergulho num segundo cabeço com o Pedro Duarte para recolher amostras emque ficámos dois minutos a ver o espetáculo das antias com o seu colorido num movimento constante e harmonioso à volta do ninho. Indiscritível. E para terminar ainda apanhamos à superfície uma tartaruga Careta-Careta juvenil, que teve mais fotografias que o primeiro-ministro. E com isto Tres-Zero, pois foi cumprido o objetivo de mergulhar no Gettysburg.

Mergulhar no Gorringe e a bordo do Creoula é razão suficiente para estes sorrisos

Para terminar fomos aos cinco-zero Hora de regressar a Lisboa, com o regresso aos quartos e fainas diversas. O mar e o vento acalmaram e a viagem correu com normalidade.

Fundeámos em Cascais a 9 de Junho pelas 22 horas e com isso quatro-zero, regressados sãos e salvos e sem incidentes. Para terminar, fomos aos cincozero, pois cumprimos o último objetivo que era assistir no Tejo em frente ao VTS à largada da Volvo Ocean Race, no domingo 10 de Junho. Num palco de cinco estrelas, assistimos às manobras no NE Sagres e à largada dos veleiros para não falar do espetáculo que foi aquela bacia do Tejo, toda engalanada e festiva com embarcações de topo o tipo e feitio a saudar a largada desta importante regata. 1700 do dia 10 de Junho o Creoula atraca finalmente na Base Naval de Lisboa. Hora de despedida, com muitos abraços e emoção. No Cais alguns familiares esperam ansiosamente os seus heróis e a bordo trocam-se contactos prometendo-se futuros encontros unidos pelo espírito e fraternidade só ao alcance dos privilegiados que tiveram oportunidade de ganhar por cincozero nesta expedição Nautilus Gorringe – Creoula 2012. Esta expedição não teria sido possível ou não poderia ter sucesso sem as seguintes referências: O inestimável apoio de toda a guarnição do Creoula entre oficiais, sargentos e praças a quem agradeço reconhecidamente todo o empenho e disponibilidade na pessoa do Comandante Nuno Cornélio da Silva; O contributo, esforço, e experiência da equipe de instrutores que me acompanhou – Carlos Barosa, Miguel Carvalho, Rui Santos, Casimiro Sampaio, Nuno Raposo, Rui Pedro Sousa, Hugo Pereira, cujo suporte e apoio no compressor, nas semirígidas, no mergulho ou em qualquer outra tarefa, foi inexcedível e de uma entrega sem limites revelando um profissionalismo digno de registo; Ao Frederico Almada pela disponibilidade e excelente apresentação sobre a vida no Gorringe, pelo apoio logístico e organização e suporte aos mergulhadores, à Cecília Rodrigues pela gestão dos grupos e registo dos mergulhos e ao Miguel Horácio pelas suas filmagens; À equipa científica - Pedro Duarte, Ana Paula e Manuela, pela simpatia e capacidade de integração neste grupo e projeto; Aos Instruendos, do Porto, de Lisboa, de Tomar, de Torres Vedras, do Algarve, de Sesimbra e até de Paredes, que na verdade foram extraordinariamente responsáveis, bem-dispostos, proporcionando um ambiente simpático, enriquecedor e de integração notáveis. A todos eles também o meu muito obrigado com um abraço especial. Até Breve e Bons Mergulhos. www.nautilus-sub.com

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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Corvinas Batem Leve, Levemente

Texto e Fotografia: Carlos Abreu e Rui Santos/Mundo da Pesca

Corvina capturada por Rui Carvalho

Pescar às corvinas com amostras é estar sempre “com o credo na boca”. A calmaria das animações pausadas e lentas contrasta com ferragens violentas, geralmente com peixes de bom tamanho e que nos fazem a vida negra.

É

sobre a pesca a este peixe nos grandes rios portugueses que nos

vamos debruçar, pescando com vinis a partir de embarcação. Predador implacável, a corvina é um dos peixes mais co-

biçados dos últimos tempos nos nossos grandes rios do sul. Desde o Tejo ao Guadiana, passando pelo Mira e Arade,

Pescar de barco tem-se acesso a lugares priviligiados

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são muito frequentes exemplares para lá de XL, que se capturam exemplares que procuram estes cursos de água para se reproduzirem, desovarem e beneficiarem da quantidade e variedade alimentar que os rios com estas características dispõem. Se a sua captura a partir de terra não é “um bicho-de-setecabeças”, a partir de embarcação pode ter-se acesso a locais privilegiados, onde a certas horas e ocasiões, as corvinas poderão estar estacionadas. O que propomos é uma revisão destes conceitos de maneira a que aproveite ainda melhor esta temporada e apanhe uma corvina de sonho! Onde param as corvinas? Esta é sem dúvida a pergunta que os pescadores fazem sempre e para a qual querem sempre uma resposta, que


Pesca Desportiva

O anzol deve estar solto de movimentos e a fateixa presa a uma argola do cabeçote

nem sempre é dada. No entanto há uma série de aspetos para os quais se deve prestar atenção e que, com um pouco de paciência e combustível no depósito nos podem ajudar a identificar locais com potencial para serem bons pesqueiros. Já anteriormente falámos de alguns grandes rios onde se podem encontrar corvinas e, se analisarmos com atenção cada um deles perceberemos que são bastante distintos uns dos outros. O Tejo e o Mira são sem dúvida os casos mais contrastantes; Pese o facto de ser um rio de maior dimensão, o Tejo tem uma coisa que o distingue de todos os outros e que são os braços e baías que apresenta no seu troço terminal – de estuário, subentenda-se. Desde o Seixal, Alcochete, passando pelo Montijo e Barreiro, existem braços que, só por si, já têm uma dimensão igual ou superior ao leito do Mira (Alentejo) ou do Arade (Algarve). Nestes locais as condições são bastante distintas e é isso que vamos analisar. Normalmente, para pescar corvinas com amostras é conveniente que as águas não corram muito, de maneira a facilitar o trabalho lento das amostras. Daqui se depreende que as marés curtas serão as melhores. No entanto não é bem assim e se no caso do Tejo só funciona quando falamos do canal principal, nos braços e baías é sempre melhor pescar com marés grandes, sendo a explicação o facto de a água entrar com menos força, perpendicularmente ao leito do rio. No entanto, no Mira e Arade, rios bastante mais estreitos, as

corvinas pegam melhor com marés grandes. Esta é a parte mais bonita e trabalhosa da pesca: perceber em que marés se devem pescar as corvinas, mas já aqui deixamos dicas preciosas e que certamente ajudarão. Uma coisa é mais do que certa: as corvinas pegam bem uma hora antes e por vezes uma hora depois da preia-mar. Não que não se apanhem a vazar, mas a encher é muito mais certo. Por vezes é como se costuma dizer “meia hora à Benfica”… Um detalhe importante Interessante é darmos muitas

Para pescar de barco, os vinis são a melhor opção

As animações devem ser lentas e com peso certo do cabeçote

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Pesca Desportiva

As canas devem ter 1,20 de comprimento e os carretos de tamanho 3000 a 6000

vezes com as corvinas nos fundões. E não parece ser muito difícil perceber porquê; é nessas zonas mais fundas – que podem ter apenas uma meia dúzia de metros - que se consegue atenuar mais a forte corrente das marés grandes e como já vimos, trata-se de um peixe que

pega melhor em animações lentas…muito lentas. Exemplo disso é o facto de praticamente só se conseguirem ferrar corvinas no rio Tejo (propriamente dito) nos fundões durante as marés maiores. Mesmo nas marés curtas é nesses “buracos” mais fundos que se concentram mas

Cores “Loucas” P

arece ser unânime que as cores que melhor funcionam na pesca às corvinas são as mais berrantes, nomeadamente laranjas, rosas e amarelos. Não sabemos se o motivo se prende com as águas geralmente tapadas dos grandes estuários, se por aquilo que na realidade a corvina vê mas, a verdade é que preferem vinis muito coloridos e berrantes com uma cauda mais densa de maneira a emitir vibrações que mais facilmente serão detetadas pela linha lateral das corvinas.

aí a atividade pode ser muitíssimo menor. Em tom de comparação diga-se que no Arade e Mira as marés curtas já não são tão boas… Os dados estão lançados e cabe ao pescador fazer a prospeção do rio onde for pescar para perceber, onde estão os fundões para depois insistirmos em diferentes marés para saber quais são as melhores para pescar às corvinas. O peso...pesado Na nossa modesta opinião, para pescar de barco, os vinis são a aposta mais recomendável. O grande segredo – que

não é segredo nenhum – é que as animações devem ser tão lentas quanto possível e para isso precisamos de acertar num peso de cabeçote certo para cada ocasião. Então como acertar nesse peso? Ao contrário de outras pescas em que pescar o mais leve possível é a recomendação, neste caso das corvinas pode ser preferível “carregar” um pouco mais no peso do cabeçote. A corvina por vezes quer o isco mesmo parado e se estivermos a pescar leve num fundão mas com marés grandes, a amostra vai certamente levantar e fugir da trajetória de ataque da corvina. Gostava de referir para quem nunca viu que a corvina é um predador diferente do robalo, sendo bastante “traiçoeira”, não se importando de atacar a presa pela cauda, ao invés do robalo que ataca de lado ou “à cabeça”. Mais um motivo para pescar no fundo e muito, muito lentamente…sempre de maneira a que a pesca fique parada no fundo, se assim o desejarmos. Para este facto alertamos que a corvina à medida que cresce fica com os olhos mais colocados para trás, perturbando a sua visão. Será que é por este motivo que levam mais tempo a identificar as presas e preferem vinis maiores, que imitam mais vibrações? A verdade é que preferem sempre (ou quase sempre) vinis maiores. Inovações e boas opções

Para pescar corvinas com amostra a água não deve correr muito

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Pesca Desportiva

Deve-se ter um número variado de cabeçotes das 30 às 220 gramas

Deve-se colocar sonoridade nos cabeçotes

Os materiais têm evoluído e sem dúvida que isso na pesca é sempre melhor para o pescador do que para o peixe. No nosso mercado temos uma oferta muito satisfatória de vinis mas, como já referi a propósito dos robalos, uma oferta menos boa de cabeçotes ou jig heads. Seja em que locais pescar, é conveniente dispor de um sortido de cabeçotes variado, que vá desde 30 aos 220 gramas! No entanto há um detalhe que é bastante importante, sobretudo se tivermos em consideração que podemos apanhar uma corvina com três ou com trinta quilos! Esse detalhe é o anzol e a preferência vai sempre para um anzol articulado, isto é, que se apresente solto de movimentos em relação ao cabeçote propriamente dito. Tal como a fateixa atada a uma argola do cabeçote e que fica espetada no dorso do vinil, o objetivo é que, a cada cabeçada da corvina, o anzol não se solte, indo para onde vai a cabeça da corvina. Se estivesse fixo ia desgastar a boca rígida do peixe, rasgar a pele e o peixe acabava por se soltar. Algo que importámos recentemente da pesca do achigã foi a sonoridade dos cabeçotes. Já o tínhamos feito com a ajuda de um grande amigo – Manuel Pedro -, entrevistado no Mundo da Pesca nº XXX e, desta feita, a ideia foi colocar uma câmara dentro do cabeçote de maneira a que emitisse sonoridades de diferentes frequências quando embatesse com o fundo, pedra ou estruturas. Posso dizer que o resultado é incrível; se não 2012 Julho 307

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Pesca Desportiva

Certo e Sabido!

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ara os que ainda não sabem, a pesca das corvinas é caracterizada muitas das vezes por dias em que são autênticos atentados à nossa carteira uma vez que conseguem destruir os vinis a cada investida que fazem, nem sempre ficando ferradas. Ter um bom arsenal é conveniente pois nunca se sabe… se andarem por lá umas “rabetinhas” mais pequenas ou se as grandes estiverem manhosas já sabe: é ver os pacotes a acabarem, por mais resistentes que os vinis sejam.

conseguirem fabricá-las recomendo que comprem câmaras de esferas que se introduzem no vinil, à semelhança do que é feito na pesca ao achigã.

A corvina é um predador implacável que ataca mais vinis maiores

Não facilitar... Falta apenas falar da cana, carreto e linhas. Para quem pesca de barco não há necessidade de optar por uma cana muito comprida, sendo os 2,10 metros, uma medida mais do que suficiente, pese o facto de ter de possuir uma ação que permita o uso dos cabeçotes com os pesos referidos. Existem inclusivamente certos modelos de canas para achigã com estas características e com um preço relativamente acessível. Quanto aos carretos, podemos optar por algo entre o 3000 e o

6000, sendo o mais consensual o tamanho 5000, obviamente de boa qualidade e com uma embraiagem que permita uma regulação afinadinha, e isto caso optemos por pescar mais fino. Uma última referência a este propósito e que é o uso das linhas; no carreto o mais vantajoso será optar por um multifilamento entre o 0.20 e o 0.25mm; na ponteira devemos optar por algo sempre superior ao 0.45mm. Pescar mais fino e em zonas que não nos ofereçam espaço de manobra pode ser dramático e não há necessidade de andarmos a ferrar peixe e depois deixarmos piercings na boca dos mesmos. Não facilite pois pode perder o peixe da sua vida.

Ponto de Vista

Q

uando pescamos às corvinas dentro de estuários procuramos fundões com estruturas, mas se tivermos oportunidade de termos estruturas como é o exemplo de pilares podemos ter maiores probabilidades de fazer uma ou mais capturas.

As corvinas pegam bem uma hora antes da preia mar e a outra a seguir

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Pescar perto de pilares tem um pormenor importante, o peixe prefere a frente da estrutura onde a corrente bate, neste local o peixe consegue permanecer sem esforço aguardando todas as oportunidades de alimento que passem na corrente. Quando pescamos fundeados devemos aproveitar para aplicar duas técnicas diferentes, uma cana com isco e outra cana com uma amostra de acordo com a profundidade. É de relembrar que a corvina tem uma linha sensorial muito grande e muito apurada, as vibrações de uma boa amostra são o melhor engodo para pescar nos estuários, principalmente numa zona onde a corvina permanece para fazer emboscadas. Rui Carvalho


Náutica Notícias Yamaha

Em 2011 Yamaha Dominou! A Yamaha aumentou a liderança em 2011.A Yamaha Motor Portugal não só manteve a sua posição de líder em 2011, como ainda a reforçou com um aumento considerável da quota de mercado. Venda). Comparativamente a 2010, os resultados da Yamaha apesar das dificuldades de mercado são de louvar: +4,23% em Market Share; +7,5% em Value Share.

Resultados 2012 (Janeiro a Abril de 2012) Até final de Abril 2012 a Yamaha detém 49,31% de Market Share, no mercado total e mais concretamente 46,52% de quota de mercado na tecnologia 4Tempos. Deste modo, a YAMAHA continua confiante no seu crescimento… Mercado Total

C

omunicamos estes resultados somente agora, pois a estatística do mercado náutico, como saberão, chega 6 meses depois com todos os resultados totais (mar-

Yamaha F250

ca e concorrência). Assim, em 2011 a Yamaha não só esteve em Número 1, como ainda aumentou a sua quota de mercado, em todos os seus produtos náuticos: motores fora de borda e motos de água.

Mercado: Motores Fora de Borda A Yamaha deteve em 2011 uma Quota de Mercado de 41,54%, no mercado total Português, num total de 501 unidades vendidas, face a um decréscimo do mercado de -30,45%, comparativamente a 2010, num total de 1206 unidades vendidas. Mercado: Motos de Água Em relação às motos de água, em 2011 a Yamaha obteve uma quota de mercado de 58,75%, que teve um aumento de +9,58% em relação a 2010. De Janeiro a Abril 2012, a Yamaha detém a mesma quota de mercado. É por isto que a Yamaha é a marca Preferida em todo o Mundo!

Análise de Mercado por Tecnologia Se analisarmos o mercado por tecnologia, nos 4Tempos, que representa cerca de 97% do mercado total, a YAMAHA lidera contando com 39,80% de Market Share e 466 unidades vendidas. Em comparação com 2010, a YAMAHA apresenta um aumento de 4,27% de Market Share, embora um decréscimo de 133 unidades (-22,2%), enquanto o mercado baixa 30,55%.

Análise de Mercado por Valor de Venda (Value Share) Analisando agora a posição da Yamaha ao nível de Valor de Venda (Value Share) a marca líder atingiu o 1º lugar em Vendas, num total de 501 unidades, 41,54% de Market Share e 42,92% de Value Share (Valor de

Nota: Os dados da YAMAHA indicados neste documento e retirados da ICOMIA, são referentes a Dezembro de 2011, à excepção dos resultados de 2012, que se referem de Janeiro a Abril de 2012. A YAMAHA MOTOR PORTUGAL por respeito às marcas concorrentes não divulga os seus resultados. www.yamaha-motor.pt 2012 Julho 307

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Pesca Desportiva

Madeira Blue Marlin- V Troféu Dr. António Ribeiro

Vitória da Equipa Serrote/Açores

Largada para o Madeira Blue Marlin

Foi em ambiente de festa que foi encerrado o Madeira Blue Marlin – V Troféu Dr. António Ribeiro, uma prova de pesca grossa que decorreu no fim-de-semana de 7 e 8 de julho na Calheta e foi ganho pela equipa “Serrote/Açores”.

C

om dois dias de competição, feitas as contas, o prémio “libertação” foi ganho pela equipa açoreana que ao pescar e libertar com vida um Blue Marlin, com cerca de 300 quilogramas, levou para casa, o prestigiado trofeu que atesta a boa prática de pesca desta competição, pesca sem morte. Este evento tem também o objectivo de homenagear o médico-cirugião madeirense Dr. António Ribeiro, o mais prestigiado pescador português,

bem como promover a Madeira como zona de excelência para a pesca do Blue Marlin. Depois do início empolgante no Sábado, no segundo dia a sorte não esteve com o evento, pois não foi pescado qualquer Blue Marlin. As embarcações soltaram amarras do porto de recreio da Calheta às 9.00 horas, de Domingo posicionando-se ao largo a aguardar a largada, que teve lugar às 9.15 horas. Desde então e até às 17 horas as 14 embarcações inscritas na prova, em representação de seis pai-

A equipa Serrote-Açores na embarcação My Savage

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ses, da Madeiro, do Continente e dos Açores, navegaram ao longo da costa na expectativa de um bom dia de pesca, mas no final, nenhum Blue Marlin. Dois atuns nas linhas do “Sea Spirit“ Devemos assinalar que não foi pescado nenhum peixe válido a concurso, apesar do reporte feito pela equipa “Sea Spirit”, às 14.30 horas, informando que tinha um peixe na linha. No entanto, após alguns minutos de ter dado início ao combate com o peixe, a equipa do “Sea

Spirit” informou a organização que o peixe em questão era um atum, espécie não válida nesta competição. Uma hora mais tarde foi a vez da embarcação “Flipper” anunciar um peixe, que pouco tempo depois veio a confirmarse ser também um atum. IGFA Recebe Placa do Big Game Clube de Portugal A cerimónia de entrega de prémios decorreu no Centro das Artes Casa das Mudas e reuniu cerca de 120 pessoas, entre

Equipa Serrote-Açores


Pesca Desportiva

pescadores, tripulações, convidados e organização. Eduardo Teixeira, na qualidade de representante local do Big Game Clube de Portugal entregou a Rob Kramer, o presidente da IGFA, uma placa comemorativa do evento, um reconhecimento pela sua presença na Madeira. Os demais concorrentes foram igualmente presenteados com uma placa alusiva ao evento. Para a história deste torneio fica a presença de Rob Kramer na Madeira que acompanhou de perto a organização bem como presidiu à reunião anual da IGFA Europa que decorreu no dia 6 no Hotel Calheta Beach. Tributo a Stewart Campbell Um dos momentos mais emocionantes da noite aconteceu com a leitura da mensagem da família Campbell dirigida a todos os presentes e que foi lida por Wayne Whippen. A família enviou à organi-

Blue Marlin a ser libertado pela equipa Serrote-Açores

zação uma mensagem agradecendo a todos os nossos amigos que presentes na cerimónia. “Após 20 anos de pesca do Blue Marlin em todo o mundo, tivemos a grande sorte de

fazê-lo na Madeira. Durante a última década e meia, a Madeira tornou-se o seu lugar preferido de pesca, mas também a nossa segunda casa. A Madeira foi o melhor local de pesca, mas

mais importante, permitiu fazer alguns dos melhores amigos que tivemos. Nunca havíamos pescado em lugares onde as pessoas foram tão longe para nos ajudar. Esta ilha é bela, as

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Pesca Desportiva

A Equipa Serrote-Açores festeja a vitória

suas pessoas são maravilhosas e estará sempre em nossos corações. Obrigado a todos por tudo”. Paulo Atouguia O presidente da Ponta Oeste, disse tratar-se de uma iniciativa muito importante para a Calheta e para a Madeira. Para aquele responsável, para além da componente desportiva, os pescadores do Big Game contribuem muito para a economia local e Regional bem como para a promoção do destino Madeira. Organização de Parabéns

A organização desta prova está de parabéns. Com uma equipa muito restrita, Eduardo Teixeira, o representante do Big Game Clube de Portugal na Madeira foi o dirigente responsável pelo sucesso desta edição do Madeira Blue Marlin – V Troféu António Ribeiro. De destacar ainda o empenhamento dos colaboradores da Ponta Oeste e do Porto de Recreio da Calheta bem como o de Bruno Castro que tudo fizeram para que este evento fosse coroado de sucesso. Visivelmente satisfeito, Eduardo Teixeira, salientou ao Notícias do Mar que “esta edição correu acima das expectativas.

O Presidente da IGFA, Rob Kramer, recebe de Eduardo Teixeira a placa comemorativa

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As excelentes condições da Calheta para acolher um trofeu internacional, bem como o apoio institucional da Sociedade de Desenvolvimento da Ponta Oeste e da Câmara Municipal da Calheta, permitiram proporcionar às 14 equipas participantes e seus acompanhantes bons momentos de pesca e de lazer. Desta forma o BGCP contribui, também, para a promoção e projeção da Madeira como destino turístico em geral e em particular desta atividade desportiva. Esta prova reuniu na Madeira um naipe de pescadores que muito elevaram o nome da Região no roteiro internacional do Big Game Fishing. Este ano, tivemos o privilégio de receber na Calheta a Reunião Anual dos representantes da IGFA da Europa e

do Mediterrâneo bem como de participar no estudo científico da IGFA-Great Marlin Race. Conforme Rob Kramer referiu na sua intervenção na reunião de capitães, a Madeira é um dos melhores locais do mundo para encontrar as maiores fêmeas desta espécie. O seu reconhecimento materializou-se na oferta de um marcador com seguimento de satélite (TAG) para ser colocado num blue marlin durante o torneio ou, em caso de impossibilidade, até ao final desta estação de pesca. Destaco também o tributo da IGFA e do BGCP a Stuart Campbell, recentemente falecido, que durante cerca de 20 anos pescou regularmente na Madeira, tendo alcançado aqui vários recordes mundiais e que foi, sem dúvida, juntamente com António Ribeiro, um dos nossos grandes embaixadores desta atividade no mundo. Dois outros participantes nesta prova, associaram-se à iniciativa da IGFA adquirindo a expensas próprias dois marcadores TAG, um investimento no valor de 4.000 dólares cada. A Madeira contribui assim decisivamente para o estudo da rota migratória da espécie da qual ainda muito está por descobrir. Apesar da escassez de peixe capturado, desportiva e socialmente a organização do evento foi considerada pelos presentes de muito boa qualidade, ao nível do que de melhor existe em todo o mundo. É com muito orgulho que refiro que ainda não tinha encerrado oficialmente este V Troféu e já várias equipas manifestavam o desejo de voltar em 2013 à Madeira”.

O jantar da distribuição dos prémios


Náutica Notícias Honda Marine

Pneumáticos Honwave Versáteis, Seguros e Divertidos!! Aproxima-se o tempo quente. É nesta altura que os momentos passados ao ar livre se tornam mais aliciantes, em particular aqueles que envolvem actividades aquáticas.

A

Honda Marine, disponibiliza uma colecção de 10 modelos de barcos pneumáticos versáteis, seguros e adaptáveis às mais variadas utilizações. São modelos com estrado em madeira laminada, DWF ou alumínio, e cujo comprimento varia entre os 2 e os 4 metros.

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Honda Portugal Apoiou Brigada do Mar

Recolhidos 138.000 Litros de Resíduos A Honda Portugal apoiou, pelo segundo ano consecutivo, a equipa de voluntários da “Brigada do Mar”, grupo que organiza, desde 2009, acções de limpeza de praias. A acção deste ano decorreu entre os dias 12 e 27 de Maio, em várias praias situadas entre Tróia e Melides. Ao longo dessas duas semanas, a Brigada do Mar recolheu mais de 138.000 litros de resíduos entre garrafas de

plástico, redes e fios de pesca, bidons, caixas de isco, garrafas de cerveja, medicamentos e seringas. A Honda Portugal cedeu duas Moto4, um CR-V e um soprador como forma de apoio a esta iniciativa, à qual se juntou um grupo de 17 voluntários constituído por colaboradores da Honda Portugal, familiares e ainda Margarida Pinto Correia, embaixadora da marca. A “Brigada Honda do Mar” deslocou-se numa frota composta pelos modelos híbridos CR-Z, Insight e Jazz Hybrid de modo a que a sua pegada ecológica fosse a menor possível.

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Pesca Submarina

Pesca Submarina Solidária

Fotografia Susana Silva

FPAS e CNOCA Organizam Evento Singular

A Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS) e o Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada (CNOCA) organizaram um evento denominado de “Pesca Submarina Solidária”, no dia 3 de Junho de 2012, em Cascais.

E

ste evento singular contou com a presença do Presidente da Câma-

ra Municipal de Cascais, do Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, do Secretário de Estado do Mar, do Almirante

Chefe de Estado Maior da Armada, do Presidente da Cáritas Portugal, entre outras individualidades, que acompanharam

A Marinha disponibilizou três veleiros

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de perto o decorrer da acção de solidariedade e no final entregaram os prémios e certificados de participação aos 31 atletas que participaram na Pesca Submarina Solidária. O programa centrou-se numa jornada de pesca submarina e o objectivo na oferta de todas as capturas, juntamente com alguns produtos alimentares recolhidos, a uma Instituição de Solidariedade Social - a Cáritas Portuguesa e, ainda, assinalar as celebrações do “124º Aniversário do CNOCA”. No âmbito do evento realizou-se também, durante a manhã, a “1ª Travessia de Natação com Barbatanas Arquiteto António Modesto”, num percurso de 1.500 metros em águas abertas, com vista a homenagear o fundador e primeiro presidente da FPAS e é expectativa de que


Pesca Submarina

No Cabo da Roca capturaram-se bons exemplares

Forte ondulação reduziu muito a visibilidade da água

res submarinos, apoio esse que se revelou crucial junto à borda de água devido à forte se repita todos os anos. Para o evento solidário, a Marinha Portuguesa disponibilizou três veleiros, assim como as respectivas guarnições, que se encontravam na Marina de Cascais num embarque de fim-de-semana destinado à instrução dos cadetes da Escola Naval, que foram responsáveis pelo trânsito e pela largada dos pescadores submarinos na zona do Cabo da Roca. Além dos pescadores submarinos, embarcaram também alguns convidados, os quais puderam acompanhar de perto uma jornada única de pesca submarina e vivenciar as dificuldades de uma modalidade praticada exclusivamente em apneia. Participaram ainda três embarcações semirrígidas que controlaram a zona envolvente e apoiaram os pescado-

ondulação e vento que se fizeram sentir. Estes fenómenos reduziram a visibilidade da

A caminho do Cabo da Roca, preparados para saltar para a água

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Pesca Submarina

Prof. Eugénio da Cruz Fonseca, presidente da Caritas Portugal, entrega o Troféu de Maior Exemplar a Pedro Silva

Na Marina de Cascais a apresentação do peixe capturado

água e tornaram a jornada de pesca submarina num verdadeiro desafio. Apesar das condições

adversas, foi possível apresentar uma boa diversidade de capturas. Desde tainhas, salemas, bodiões, sargos,

saimas e robalos, particularmente um que se destacou pelo tamanho, possibilitando a entrega do troféu de maior exemplar da jornada ao atleta da Selecção Nacional - Pedro Silva. Para além da entrega dos certificados de participação na Pesca Submarina Solidária, a FPAS aproveitou ainda para entregar os prémios da fotografia subaquática - Aquafoto

Sealife 2012, da Taça de Portugal de Hóquei Subaquático 2012 e da Primeira Travessia de Natação com Barbatanas Arquitecto António Modesto. Por fim, foi apresentada publicamente a Selecção Nacional de Pesca Submarina 2012 que vai disputar o Campeonato do Mundo de Pesca Submarina a realizar, de 5 a 8 de Julho, em Vigo. Os Atletas Titulares são: o

Equipa Nacional de Pesca Submarina seleccionada para o Mundial

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Pesca Submarina

As individualidades presentes na entrega dos prémios

Rui Torres, o Jody Lot e o Pedro Silva, os Atletas Suplentes: o António Silva, o Carlos Lourenço e o João Peixeiro, e o Seleccionador Nacional: o Paulo Silva. De realçar o apoio das entidades que directa ou indi-

rectamente responderam ao convite formulado, em particular a Marinha Portuguesa pela disponibilidade de meios, a Escola de Comércio de Lisboa que colocou um conjunto de alunos, num processo de formação prática em contexto

de trabalho, também a Câmara Municipal de Cascais, APPSA, Marina de Cascais, Mega Náutica, Casa Ermelinda de Freitas, Adega Cooperativa de S. Mamede da Ventoza, Bebilusa, Beuchat, Marietel, Pop Up Alive, entre outras.

Com este evento solidário, a FPAS e o CNOCA procuraram proporcionar a oferta de capturas e produtos alimentares, para ajudar os mais necessitados que através da Cáritas Portuguesa recebem refeições diariamente.

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Notícias do Mar

Texto e Fotografia Carlos Salgado

Conhecer e Viajar Pelo Tejo

O Tejo, Se Não Fosse Tão Forte, Já Estaria Morto

Fotografia: Pedro Salgado

Caros leitores, nesta edição dispensei o entrevistado, porque considero que devo, numa crónica mais alargada, falar sobre várias “coisas “ de interesse, relativas ao Tejo.

Patos voando sobre o Tejo

C

onheço o Tejo de há muito, nasci mesmo junto dele, comecei a nadar nos seus esteiros, a velejar na sua nortada, naveguei e renaveguei na sua corrente, recreei-me nas suas águas, vi golfinhos a subi-lo, atolei-me nas suas lamas, percorri os seus sapais, penetrei nas suas valas,

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embrenhei-me nas suas margens, convivi com as suas gentes, descobri os seus recantos, encanteime com os seus encantos; vi estarem a maltratá-lo, juntei amigos para salvá-lo, subi à sua nascente, desci a acompanhá-lo e só parei no Atlântico. Para continuar a manter-me informado percorro o Tejo com regularidade, quer embarcado quer por terra, e vou observando a evolução do seu estado, escuto as populações ribeirinhas, acompanho as notícias sobre ele, umas positivas e outras negativas e prossigo na minha missão de procurar contribuir para a construção do seu futuro sustentável. Portanto, posso afirmar que o Tejo se não fosse tão forte já estaria morto, isto porque: . O Tejo, rio de muitos donos, sofreu maldades e encheu-se de problemas. . Comeram dele as indústrias poluentes, a agricultura intensiva, a construção civil e a pesca ilegal. . Contudo o nosso gran-

de rio, dá sinais de renascimento, mas… Mas enquanto uns estão a tomar uma atitude consciente e honesta para com ele, envidando os melhores esforços para que ele tenha um futuro sustentado, outros há que optaram por seguir outros caminhos, pois está a surgir uma vaga de oportunistas, que só agora despertaram para o Tejo, que inventam coisas e deturpam a história, cheios de ideias e projectos, muitos deles virtuais, desajustados

ou irrealistas. Trata-se de gente que anda a parasitar o Tejo, com sede de protagonismo, subida na carreira profissional ou política e para benefício económico, através dos compadrios, amiguismo e cunhas, e que estão a mamar dinheiros públicos. Não me canso de dizer que o Tejo, para além de ser um recurso natural com imensas valências, é um filão à superfície para uma oferta turística diversificada e potencial. Mas, por o conhecer bem, dada a biodiversidade que tem e outros atractivos naturais que devem ser preservados, e para evitar que o estraguem mais, entendo que o tipo de turismo mais adequado para certos lanços do Tejo, não é um turismo de massas mas sim um eco-turismo específico e adaptado, que não o trate como uma grande superfície comercial do tipo do “ Continente “ mas que seja do tipo de uma “ loja de Gourmet “. Deve seguir-se o exemplo da Naturtejo – Geopark, que tendo nascido a partir de uma associação de municípios para o desenvolvimento regional, no Tejo superior e internacional, elegeu a natureza e o rio, o património cultural material e imaterial, a biodiversidade e os valores arqueológicos e geológicos excepcionais da região está, com conhecimento e profissionalismo, a seguir um caminho de grande sucesso em permanente evolução, sem agredir a natureza e o ambiente. O Livro Fragateiros do Tejo

Livro de Vicente Francisco


Notícias do Mar

Redes do meixão

Estive presente no dia 21 de Junho na apresentação do livro Fragateiros do Tejo, da autoria do fragateiro Marcolino Fernandes, numa louvável iniciativa da Marinha do Tejo, que conta o quotidiano das populações da Borda d´Água nos anos 40, 50 e 60 do Século XX. Estranhei porém que durante a apresentação do livro tivesse sido feita referência, mais do que uma vez, às “ palafitas “, pois não encontro qualquer relação dessas construções precárias com os Fragateiros. Foram os Avieiros, que migraram da Vieira de Leiria para o Tejo em finais do séc. XIX, que começaram a construí-las no domínio público hídrico que, por estarem num leito de cheia eram assentes em estacas obviamente, o que o homem fez desde a pré-história. Quanto muito posso admitir que haja uma confusão com a outra comunidade migrante, que chegou mais cedo ao Tejo, mas que não vivia em palafitas, os Varinos, oriundos de Ovar e de Ílhavo, comunidade aberta que se integrou facilmente na sociedade lisboeta e arredores, onde deixou história. Estes varinos, para além da pesca, da venda de pescado e trabalho nas docas, foram barqueiros e alguns arrais e deste modo, isso sim, tiveram um relacionamento estreito com os fragateiros. A propósito do lançamento recente deste livro, devo lembrar que no ano de 1987 os Amigos do Tejo lançaram um livro, concluído em 1985, as “ Recordações da Navegação “ do arrais Vicente Francisco, natural de Rio de Moinhos, que veio residir em Salvaterra de Magos e que foi moço, camarada e arrais, que tal como os fragateiros trabalhavam em barcos de transporte à vela, nos Barcos de Água Acima e nos Varinos, homem este que desde 1922 andou embarcado e que fez exame para arrais no ano de 1932. Nesse livro ele conta várias passagens da sua vida em vários capítulos, relatando recor-

dações, tristezas, alegrias, sustos e saudades. Ainda hoje, no lanço do Tejo desde a Vala do Carregado ( Ponte das Lezírias ) até Valada, os pescadores continuam a amarrar as redes, sobretudo as da captura criminosa e ilegal do Meixão ( enguia bebé ), atravessadas no rio, o que causa grandes dificuldades à navegação, e que já provocou mais do que um acidente de embarcações que navegam nesse lanço. Ora, as primeiras redes da captura do Meixão, com uma malha milimétrica ( mosquiteira ) foi introduzida pelos pescadores avieiros há duas dezenas de anos ou mais, pesca que continua a ser feita ainda nos dias de hoje. Não obstante esta pesca estar proibida por lei, ela continua a fazer-se impunemente, gerida por uma organização estrangeira que contrabandeia este produto que é nosso, para fora do país. Para além de ser um crime ecológico é um crime económico, porque não há facturas, pagamento do

IVA etc., nessa transacção. Na minha opinião, a sua erradicação só se consegue fazer com eficácia através das autoridades em terra, pela guarda fiscal e pela tão zelosa e tenebrosa ASAI, porque se

trata de um crime económico de elevadíssimo valor. Sabe-se onde o produto é descarregado a partir do Tejo e os caminhos por onde circula desde o rio até à fronteira. Do que se está à espera?

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Fotografia: Pedro Salgado

Fotografia: Pedro Salgado

Notícias do Mar

Cavalos de raça a solta num mouchão

O Tejo, hoje, está a ser parasitado... Está em marcha uma iniciativa que por detrás da fachada de uma candidatura nacional da Cultura Avieira, cultura essa que se encontra morta e é de gente que não é originária do Tejo, está a alargar o leque a actividades turísticas bem assim como a outras áreas que, por vezes, não são do âmbito de uma candidatura cultural. Esta organização ambiciosa está a procurar, através de manobras de diversão e muita propaganda, estender os seus tentáculos por todo o Tejo nacional, e vai ao ponto de querer penetrar em Espanha, provavelmente com a intenção de alcançar uma dimensão ibérica. Por este andar vai, provavelmente, querer também ser considerada como património mundial da humanidade. Vamos esperar para ver qual vai ser no fim, a rentabilidade do investimento. Num espaço ecológico em Valada, no qual seria mais indicado instalar ali um parque temático, para a formação da juventude e das escolas, nas áreas da educação ambiental, protecção da natureza dos rios, turismo das zonas húmi-

das, vigilância das praias fluviais e navegação, houve logo quem aproveitasse, astuta e interesseiramente, para em vez disso propor, com veemência, que um Museu do Tejo seria uma obra mais importante para a imagem e proveito do município, como se não houvesse já museus bastantes, sobre ele, ao longo do Tejo. Deram-lhe carta branca e logo avançou prontamente entregando os projectos a amigos, projecto esse que resultou num mega-museu faraónico, um verdadeiro elefante branco, cujo custo estimado é incomportável, mas alguém pagou os projectos. Uma das particularidades deste mega-museu é uma montra para o Tejo, abaixo da linha de água, para se ver os peixes ao vivo, sendo que a água ali é turva e os peixes são muito escassos. Resultado, nem parque temático nem megamuseu. Este é um exemplo do que se está a passar com outros projectos por esse Tejo acima. O porto do Tejo situado mais a montante, até onde é possível navegar desde a foz é Valada, devido ao efeito da maré, o que faz dele um porto privilegiado. Consideramos que o “ grande estuário “ se

Garças recolhidas nas árvores

estende até lá, e todo esse percurso fluvial é recheado de uma paisagem excepcional em termos paisagísticos e ambientais, sendo que a fauna piscícola e a avifauna selvagem são abundantes, para além do touro bravo e do cavalo de raça que pastam nas margens e nos mouchões e ainda os recantos e sítios bucólicos de rara beleza, o que é digno de ser visto e vivido. Todo este ambiente resulta também do facto de que, tanto os bandos das aves da Reserva Natural do Estuário do Tejo que estendem o seu voo para montante, para ali, e também aquelas que vêm a partir do Paul do Boquilobo (Golegã) que voam para jusante até ali. Portanto, todo aquela zona do rio, que tem um valor excepcional, que deve ser preservado. Ora, como o homem é cada vez mais urbano e como tal tem uma necessidade vital de conviver com a natureza nos seus templos livres, encontra nestes espaços paradisíaco, um meio salubre excelente para se retemperar física e intelectualmente, sem o stress quotidianos, num meio silencioso e repousante que convida à meditação e à fotografia, escrita e pintura. São sítios com estes atributos que nos tempos de hoje vão rareando e por isso devem ser geridos com inteligência e conscientemente, por forma a preservar os seus valores ecológicos e paisagísticos. É minimamente despropositado e até criminoso, promover ou permitir que nes-

tes sítios, seja a que título for, se pratiquem os desportos náuticos motorizados de competição, tanto barcos como motos, pois acaba-se assim a tranquilidade e vai incomodar os residentes e os visitantes, quer embarcados como em terra, afugentar o gado que pasta, afastar o peixe e espantar as aves, com o elevado ruído dos motores, a agitação das águas e até vai contaminar o ambiente. Por favor, não matem a “ galinha dos ovos de ouro “, já bastam as redes do meixão! Também se está a verificar que no meio da sociedade civil, que se interessa pelo ambiente e pelo Tejo, está a aparecer gente interesseira, que começa por aderir à causa com um entusiasmo aparente, e aproveita para se ir evidenciando para tentar chegar ao topo das organizações, quando o que lhe interessa é servir-se do bom nome da organização ou movimento. Mas ao verificar que dá bastante trabalho e exige muita dedicação, empenho e assumpção de responsabilidades, à primeira contrariedade abandona o navio, como os ratos. Por último, devo fazer jus a um operador marítimo-turístico de Salvaterra de Magos que, na sua actividade nestas águas, usa exclusivamente embarcações movidas a motor eléctrico ( silencioso e não poluente ). É um exemplo a felicitar e a seguir.

Megamuseu

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Notícias do Mar

Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático Open

Equipa B do Clube Natação Amadora Sagra-se Campeã Nacional A Equipa B do Clube de Natação da Amadora venceu a 4ª Etapa do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático Open, organizado pela FPAS - Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, que decorreu nos dias 16 e 17 de Junho de 2012, no complexo de Piscinas Municipais da Mealhada.

ções. Para conhecer melhor a FPAS e as modalidades que representa, sugerimos uma visita pela página:www.fpas.pt

Disputa do puck na piscina da Mealhada durante o Campeonato Nacional Hóquei Subaquático

N

a quarta e ultima etapa do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático participaram 6 Clubes, 8 equipas e cerca de 90 atletas. Esta etapa foi composta por 12 jogos de duas partes de 10 minutos cada que compuseram a “Ronda Robin” e mais 6 jogos finais de duas partes de 15 minutos cada parte para apurar os vencedores. Após a “Ronda Robin” bem disputada e animada seguiu-se a final entre a Equipa B do Clube de Natação da Amadora e a Equipa A do Clube Aquacarca com o resultado final de 2-1. A FPAS realça colaboração prestada pelas diferentes autarquias

que, ano após ano, vão permitindo a presença assídua desta modalidade nas respectivas instalações, nomeadamente, em Coimbra, Mealhada, Porto de Mós e Ermesinde, que têm possibilitado a realização das diversas etapas conforme o calendário desportivo definido para o Hóquei Subaquático. É também intenção da FPAS promover a realização destes eventos noutras zonas do país de forma a divulgar fazer chegar esta modalidade a novos praticantes masculinos e femininos. Este Campeonato pautou-se por um bom equilíbrio entre as equipas que lutaram directamente pelo pódio, mas igualmente entre as equipas que tradicionalmente têm luta-

Reunião da equipa feminina que participou no Campeonato Nacional Hóquei Subaquático

do pelos lugares seguintes. Estes sinais revelam que há uma evolução clara por parte dos diversos clubes e atletas. Cada vez mais as equipas têm vindo a preparar-se de forma mais séria para cada etapa o que resulta num evoluir pessoal e tático por parte dos Clubes. De salientar ainda a presença regular de diversas atletas femininas durante todas as etapas, com tendência para aumentar pelo entusiasmo demonstrado. O balanço final é de grande satisfação pela forma como as etapas decorreram, tendo em conta o empenhamento dos Clubes e respectivos atletas, bem como o trabalho desenvolvido pela Comissão da FPAS de Hóquei Subaquático na organização das diversas competi-

Classificações 4ª Jornada 1º - Equipa B – Clube Natação Amadora – Lisboa 2º - Equipa A - Aquacarca Corpo e Acção – Lisboa 3º - Equipa A – Clube Natação Amadora – Lisboa 4º - Clube Sharks - Coimbra 5º - Equipa A - NSCBR – Núcleo Subaquático de Coimbra – Coimbra 6º - Equipa A - Clube ZUPPER – Porto / Valongo 7º - Equipa B - Clube ZUPPER – Porto / Valongo 8º - Clube GaiaSub Classificações Nacional 1º - Equipa B – Clube Natação Amadora – Lisboa 2º - Equipa A – Aquacarca Corpo e Acção – Lisboa 3º - Equipa A – Clube Natação Amadora – Lisboa 4º - Equipa A – NSCBR – Núcleo Subaquático de Coimbra – Coimbra 5º - Clube SHARKS – Coimbra 6º - Equipa A - Clube ZUPPER – Porto / Valongo 7º - Equipa B - Clube ZUPPER – Porto / Valongo 8º - Clube GaiaSub – Vila Nova de Gaia 9º - Equipa B Aquacarca – NAS IST 10º - Equipa C – Clube Natação Amadora – Lisboa

Pódio na piscina da Mealhada

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Jet-Ski

2º Grande Prémio 2012- UIM Aquabike Classpro World Championship, em Golfo Aranci, Itália

Team Angel Pilot Mantem-se no Top 3 Mundial

No primeiro fim-de-semana de Junho, Golfo Aranci, uma pequena cidade na Sardenha, assistiu ao segundo Grande Prémio do UIM Aquabike Classpro World Championship com mais de 60 pilotos do mundo inteiro e organização da H2O Racing. Os pilotos Angel Pilot, Emanuele e Stefania Balzer estiveram presentes em representação das marcas Kiss FM, La Dolce Vita Buffet e Valvoline.

C

omo já é habitual, a competição contou com 4 diferentes classes mas devido às mais recentes alterações ao regulamento, a partida passou a ser feita da praia, com semáforo e as classes Ski Women GP1 e Ski Division GP1 juntaram-se numa só corrida o que representou algum prejuízo para o Team Angel Pilot que fica assim impossibilitado de trocar de máquina em caso de avaria. O Local Golfo Aranci foi a localidade escolhida para realizar esta segunda corrida. Situada no nordeste da Sardenha tem um importante porto com conexões diárias com o continente mas é também um local privilegiado para férias, com praias muito bonitas de areias brancas. 38

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A cidade tem uma óptima oferta de restaurantes e bares, lojas e hotéis de luxo. É

possível também praticar uma grande diversidade de desportos aquáticos com instrutores

qualificados entre os quais o mergulho. Para os apreciadores de his-

Uma ligeira agitação do mar, favoreceu os pilotos mais aventureiros


Jet-Ski

Novas regras impõem partida da praia

Stefania Balzer lidera o Mundial

melhor tempo na Ski Women, um resultado abaixo das expectativas mas que não criou uma grande dificuldade, uma vez que a colocou no segundo grupo da partida, tal como as suas adversárias Julie Bulteau e Pija Sumer. Emanuele Balzer classificou-se em 5º lugar, sendo o último elemento do grupo 1 na partida. Sábado 2 de Junho – Primeira Manga

O lugar na grelha de partida estava decidido mas as dúvidas sobre as diferenças que o novo procedimento de partida iria provocar no holeshot e até na corrida permaneceram até às 14h do dia 2 de Junho, hora em que se iniciaram as corridas com as classes Ski. A Italiana Paola Boggi fez falsa partida, levando à anulação do primeiro procedimento e à sua repetição em que Jeremy Poret arrancou na frente do pri-

meiro grupo e Alberto Monti na frente do segundo. Poret manteve o lugar até ao final conseguindo a sua quinta vitória do ano e defendendo assim o seu título. O seu irmão, Morgan, fez uma corrida confortável no segundo lugar sem ser desafiado por Nachette Armillas que se encontrava em terceiro lugar a muita distância. Emanuele Balzer não conseguiu ir além do quarto lugar nesta manga e não teve tarefa fácil a defender-

tória, Golfo Aranci testemunhou um dos mais importantes momentos na história da comunicação, quando a 11 de Agosto de 1932, Gugliermo Marconi fez a primeira comunicação através do sistema prático de radiotelegrafia de Capo Figari (Golfo Aranci) a Rocca di Papa (próximo de Roma). Sexta-Feira 1 de Junho –Treinos e Pole Position A jornada de competição começou com os treinos na sextafeira de manhã e pole position à tarde que iria separar a grelha de partida em três grupos. Os vencedores foram Jeremy Poret em Ski GP1, Fraçois Medori em Runabout GP1 e Rok Florjancic em Freestyle. Stefania Balzer fez o terceiro

Stefania Balzer

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Jet-Ski

uma vez um nível superior vencendo a primeira manga da categoria Freestyle e em segundo e terceiro ficaram Romain Stampers e Nac Florjancic.

Emanuele Balzer no Golfo Aranci em luta pelo pódio

Emanuele Balzer

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se do Francês Alex Barret que o pressionou muito durante as últimas voltas da manga. Na classe feminina, Julie Bulteau arrancou na frente e apesar da pressão de Stefania Balzer durante toda a corrida não cometeu nenhum erro e acabou por vencer com uma diferença de apenas 4 segundos. Pija Sumer e Marta Sorrentino retiraram-se durante as primeiras voltas por avaria, deixando o caminho livre para a jovem piloto. Estelle Poret alcançar um terceiro lugar. Na classe Runabout, o Francês Medori, que no ano passado vencera a corrida da Sardenha, ganhou a primeira manga e arrecadou assim pontos suficientes para passar à liderança do campeonato. Os Italianos Lorenzo Benaglia e Mattia Fracasso apesar de se terem lesionado em corridas do campeonato Italiano decidiram participar e conseguiram excelentes 2º e 3º lugar, respectivamente. Quanto a Cyrille Lemoine, acabou por abandonar a corrida na volta 10 por uma avaria na sua Sea Doo. Rok Floriancic mostrou mais

Domingo 3 de Junho – Segunda Manga O último dia de corrida ficou marcado por um vento desagradável para os banhistas mas muito agradável para os pilotos mais aventureiros que viram nas condições do mar a sua oportunidade de vencer. Emanuele Balzer sofreu um acidente na partida do qual saiu ileso mas que levou a que tivesse que fazer a corrida do último lugar até que chegou ao 5º e terminou nessa posição este Grande Prémio. Na mesma classe, Jeremy Poret aumentou a sua vantagem em relação a todos os outros participantes, liderando a corrida desde o final da primeira volta, mas desta vez com Nachette Armillas sempre a pressioná-lo e a conseguir o seu primeiro pódio de um Grande Prémio. A completar o trio vencedor ficou Morgan Poret. Pija Sumer respondeu à desilusão da avaria na corrida do dia anterior, conseguindo a pontuação máxima nesta manga, seguida de Julie Bulteau e Stefania Balzer. A soma das pontuações permitiu a Bulteau terminar o grande prémio em primeiro, Stefania Balzer em segundo e a jovem Estelle Poret a completar o pódio fazendo também o seu primeiro pódio no Mundial. No Freestyle a estrela foi mais uma vez Rok Florjancic que fez uma série de truques e demonstrações Impressionantes, e aumentou a sua vantagem em relação aos outros concorrentes no que respeita as pontuações do campeonato. O seu irmão Nac recuperou o segundo lugar e em terceiro ficou o Francês da equipa Race Spirit, Romain Stampers. Em Runabout, François Medori, vencedor da primeira manga, decidiu competir com uma moto diferente da que usara na primeira manga pois se adequava mais às condições do mar e de acordo com o regulamento, teve que arrancar do último grupo da grelha de partida, juntamente com Cyrille Lemoine que


Jet-Ski

havia avariado no dia anterior. Apesar de arrancarem dessa posição, Lemoine alcançou a liderança da manga no fim da primeira volta e Medori o segundo lugar na terceira volta, quando Lemoine já levava uma grande distância que Medori só conseguiu reduzir a 10 segundos mas Lemoine falhou uma bóia e por isso apesar de cruzar a meta no primeiro lugar, a penalização colocou-o na quarta posição. O Italiano Mattia Fracasso, apesar das dores no seu pulso lesionado conseguiu terminar a corrida num segundo lugar que, dadas as condições, foi excelente. Lorenzo Benaglia também de Itália, não aguentou as dores no joelho e depois de iniciar uma corrida muito boa foi descendo na classificação até ao sétimo lugar. As classificações finais ditaram a primeira vitória de Medori neste ano e Mattia Fracasso e Lorenzo Benaglia foram segundo e terceiro respectivamente.

Stefania com o seu Jet Ski

O Campeonato Depois desta corrida, Jeremy Poret mantem e amplia a liderança na classe Ski GP1 com Nachette Armillas a ultrapassar Emanuele Balzer, assumindo o 2º e o 3º lugares respectivamente. Lemoine desce para o terceiro lugar do Campeonato depois da avaria que teve, dando lugar a Fraçois Medori para liderar o Mundial e a Benaglia para assumir o segundo lugar. Na classe Ski Women, Stefania mantém a liderança mas com uma diferença de apenas 11 pontos de Julie Bulteau que se encontra em segundo. Pija Summer perdeu também alguns pontos depois de avariar e está agora em terceiro lugar. Os pilotos Angel Pilot preparam-se agora para a próxima corrida que se realiza também em Itália mas em Agrigento no final de Julho. As motos de corrida da equipa chegam dentro de poucos dias a Portugal para uma revisão e continuação dos treinos e testes sempre com o oleo Racing da marca Valvoline. Para se manter informado sobre os resultados da equipa ouça todas as novidades no Breakfast Show da rádio Kiss FM Algarve. 2012 Julho 307

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Jet-Ski

Notícias do Team Angel Pilot

Valvoline é o Novo Patrocinador do Team Angel Pilot para 2012 Depois do anuncio de uma nova imagem para o Team Angel Pilot em 2012 com os parceiros Kiss FM e La Dolce Vita Buffet, agora é a hora da marca Valvoline se associar ao Jet Ski, fazendo-se representar por uma equipa jovem e dinâmica que ficou entre os melhores lugares na primeira corrida do Mundial no Qatar e promete dar que falar nas próximas 4 corridas a realizar em Itália, Ucrânia e China.

A

Valvoline é uma marca líder na comercialização de produtos para automóveis e produtos industriais e é distribuida em mais de 100 países por todo o mundo, sendo que em Portugal é a empresa Krautli que se ocupa da distribuição. A gama de produtos desta marca é muito vasta, unclui produtos de manutenção, óleos de motor, anti-congelantes & produtos para radiador, fluídos para travões, aditivos de combustível, sprays lubrificantes, produtos de limpeza para moEmanuele Balzer

Stefania Balzer

tores e peças, entre outros produtos cujo principal objectivo é melhorar o desempenho do motor e a sua durabilidade. Por mais de 140 anos, a marca Valvoline ajudou proprietários de automóveis a conseguir a melhor performance dos seus motores com óleos muitos específicos que satisfaziam as necessidades dos diferentes tipos de motores e de condução. A marca tem vindo também a apoiar várias equipas na participação em competições automóveis e esta nova aposta vai permitir provar a qualidade dos produtos Valvoline em motores que são utilizados no ambiente aquático. O mecânico da equipa, Luís

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Monteiro, afirmou que “a utilização do oleo Racing 2T nos nossos motores vai permitir atingir performances ainda melhores e evitar algumas avarias”. Além da vertente da competição, esta parceria vai permitir à equipa técnica Angel Pilot testar os óleos em diferentes condições e assim ter a capacidade de recomendar ao cliente o óleo que melhor satisfaz as necessidades do respectivo motor. O Team Angel Pilot destaca a empresa Krautli pela associação de uma das suas importantes marcas aos pilotos Emanuele e Stefania Balzer.


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Jet-Ski

Campeonato Nacional de JetSki em Portimão

Talento e Desempenho de Alto Nível

Portimão tem excelentes condições para as provas de JetSki

A segunda prova do campeonato nacional que se disputou no fim-de-semana de 2 e 3 de Junho, conseguiu, mais uma vez, demonstrar o elevadíssimo nível dos pilotos nacionais e comprovou a qualidade das nossas praias para realização deste tipo de eventos

A

prova teve lugar na cidade algarvia de Portimão, no Rio Arade, junto ao Clube Naval na zona ribeirinha de Portimão, um local com

excelentes características para a prática da modalidade e onde recebeu os melhores atletas nacionais das classes Closed Course e Endurance A Federação Portuguesa

de Jetski, encerrou mais uma etapa do campeonato nacional de Jetski com chave de ouro, e destaca não só o grande desempenho, raça, paixão e competitividade dos pilotos nacionais,

A prova de Portimão foi bastante emocionante

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como também a fantástica qualidade de todas as provas que espelharam o alto nível desta modalidade em Portugal. A segunda prova contou com a participação de pilotos oriundos das quatro associações de Jetski em atividade: Associação de Jetski do Norte, do Centro, dos Açores e da Madeira. Com o cenário algarvio a proporcionar as condições perfeitas para as várias provas, e o público a contribuir para um ambiente cheio de adrenalina e emoção, os atletas ofereceram momentos de coragem e determinação, numa luta renhida pelos três lugares do pódio. Nesta segunda prova para o campeonato nacional, Marcos Correia e Carolina Santos foram os grandes vencedores nas categorias Ski Juvenis, Ski juvenis Feminino. Os pilotos da seleção nacional Martim Gallego e Beatriz Curtinhal conquistaram as primeiras posições em Ski Sénior S3 e Ski Senior Feminino. Martin Rodrigues e João de Sousa subiram ao primeiro lugar do pódio nas categorias Sport e Ski Senior S2. Em Runabout R1,


Jet-Ski

Classificações

Filipe Filipe

Ski Juvenil

Miguel Pita Runaboat Boias

Marcos Correia

Gonçalo Rodrigues

Filipe Filipe

Henrique Rosa Gomes

Joel Carneiro

Andre Barbosa

João Borrego

Sebastião Fragoso

Carlos Truta

Ski Juvenil Fem.

Luís Silva (40 T)

Carolina Santos

Pedro Espinheria

Rita Almeida

Beatriz Truta

António Gomes

Ski Senior S3

Filipe Filipe

Martim Gallego

Paulo Almeida

Marcos Correia

Vasco Brito

Tiago Almeida

Frederico Gallego

Pedro Espinheria Ski Senior Fem.

Beatriz Curtinhal

Mariana Pontes

Ana Pontes Sport

Martin Rodrigues

Miguel Jorge

José Manuel Anjos

Rui Almeida

Vasco Brito Ski Senior S2

Joaõ Sousa

Sergio Costa

António Gomes

Lourenço Gallego

Mariana Pontes

Ana Pontes

Paulo Almeida Runaboat R1

Carlos Truta

Bruno Monteiro

Tiago Fernandes

Filipe Filipe

Hugo Seita

Ricardo Bessa Ski Junior S2

Tiago Almeida

Henrique Rosa Gomes

Sebastião Fragoso

João Sousa Ski Senior S1

Tiago Sousa

Beatriz Curtinhal

Sergio Costa

Ski Veteranos

Júniores S2, Ski Veteranos e Ski Seniores S1, a vitória foi para os pilotos Carlos Truta, Tiago Almeida, António Gomes e Tiago Sousa. Filipe Filipe posicionou-se no topo da tabela em Runabout Boias. Tal como aconteceu na prova de Oeiras, a arbitragem ficou a cargo do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Jetski. O trio foi composto por Manuel Duarte (Presidente do Júri), Diogo Pina Pereira (Director de prova) e António Curtinhal (Director de Competição da Federação Portuguesa de Jetski). Depois de Portimão, o campeonato nacional de Jetski terá as seguintes provas: O Campeonato Nacional de Jetski conta com o apoio do IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P.), da ADoP (Autoridade Antidopagem de Portugal), da CDP (Confederação de Desporto de Portugal) e do Município de Portimão. Enquanto patrocinadores, estão associadas marcas de renome nacional como a Marietel, a PT Negócios, a Yamaha, o Inatel e a Saúde CUF. A Federação Nacional de Jetski, e consequentemente o campeonato nacional, contam também com duas áreas de parceria. Para a comunicação interna e mediática, a Federação conta com a EDC (www.edc.pt), uma empresa especializada em comunicação que está por de trás do lançamento da nova revista de jetski - a JetskiNworld (www. jetskiworld.com) -, e com o próprio patrocínio da JetskiNworld. Como parcerias técnicas, conta com a WaterFun, o Fórum Motas de Água e o Motojetski Forum.

Beatriz Truta

Miguel Jorge

A equipa de juniores

Zona da prova em Portimão

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Motonáutica

Texto e Fotografia Gustavo Bahia

UIM F1H2O World Championship

Carella vence a Etapa em Kazam

Alex Carella venceu de ponta a ponta em Kazam

A vitória na segunda etapa do UIM F1H2O World Championship realizada em Kazam, na Rússia, fez com que o Campeão Mundial de 2011 Alex Carella da Equipa do Qatar, ficasse mais próximo da liderança do Campeonato em poder do piloto de Abu Dhabi, Ahmed Al Hameli com 35 pontos.

M

esmo com esse desempenho excepcional em Kazam, Carella tem ainda um longo caminho pela frente e um adversário a altura de manter ou ampliar sua liderança no Campeonato. Ahmed Al Hameli é um

dos melhores e mais rápidos pilotos do mundo, conseguiu ser mais competitivo do que seu companheiro de equipa Thani Al Qamzi, um piloto com um histórico invejável. Com a próxima etapa de Julho sendo realizada em Kiev, na Ucrânia, onde Al Hameli venceu com folga em 2011,

vamos com certeza ter um Campeonato eletrizante. Em terceiro lugar no Campeonato está o piloto francês Philippe Chiappe empatado com Alex Carella com 27 pontos. Chiappe, primeiro piloto da Equipa da China é o mais regular dentre esses 3 pilotos

Ahmed Al Hameli lidera merecidamente o campeonato e tem condições de continuar líder

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e vem se mostrando cada vez mais competitivo e agressivo. Não podemos deixar a briga ficar somente entre Carella e Al Hameli, Philippe Chiappe vem com tudo para ganhar o Campeonato e tem os meios e a capacidade para o fazer. O ex-Campeão Mundial Sami Selio parece estar bem recuperado do acidente que o afastou das últimas etapas em 2011, terminou as duas etapas já realizadas e está com 21 pontos bem dentro do jogo. Mesmo a polé position de Kazam, não serviu para o americano Shaun Torrente mostrar o que pretende com a sua participação no Mundial de F1H2O. Tem sido um piloto com muitos acidentes e abandonos. Para tudo tem um limite e podemos fazer um parâmetro com o actual líder do Campeonato Ahmed Al Hameli. Durante um período Al Hameli foi super rápido e até venceu algumas corridas, mas batia, quebrava e o resultado era sempre uma grande desilusão. Mas o trabalho realizado pela equipa sob o comando do ex-Campeão Mundial Scott Gillman transformou Al Hameli em sua melhor arma e o mais eficaz piloto de Abu Dhabi. No caso da equipa do Qatar, tem um grupo competente, mas não em condições de tornar Shaun Torrente um campeão nessa categoria.


Motonáutica

Philippe Chiappe tem tido também optimos resultados estando empatado na vice-liderança do campeonato

Das demais equipas, nenhum tem equipamento ou está tecnicamente capacitado a brigar pelo campeonato. O número de abandonos é enorme em relação ao baixo número de pilotos participantes, apenas 18 em 2012, e nem vamos falar dos anos anteriores. Decepção Não podemos deixar de relatar a grande decepção após as duas etapas realizadas sobre o desempenho da norueguesa Marit Stromoy. Não conseguimos encontrar escusas para um resultado de dois abandonos. Marit precisa reencontrar o rumo e seguir a linha que tanto destaque lhe proveu em 2011. As

vezes podemos ser super competentes com pouco dinheiro e indefinidos com mais. Marit Stromoy tem tudo para ser um dos 6 melhores pilotos do mundo, mas algo não lhe corre bem. Novo motor Sulafricano ainda não mostrou para o que veio Anunciado com grande pompa em Fevereiro 2012 por Nicolo di SanGermano o novo motor de 4 tempos com duplo comando de válvulas na cabeça e 3.5 litros de capacidade construído pela Caudwell Racing estreou no Qatar. A equipa também construiu dois barcos novos e veio

Thani Al Qamzi não tem tido o desempenho equivalente a sua experiência

com tudo para o campeonato. Mas como já dizia Sócrates: “O buraco é mais em baixo” e o motor até o momento é uma tremenda decepção em todos os sentidos. Nem com os componentes da famosa Cosworth Racing e toda capacidade técnica investida até agora, os resultados são muito mais do que decepcionantes. Kevin Delaney, Team Manager do Team Caudwell tinha uma expectativa de combater os Mercury EFI e até suplantá-los, mas nas duas etapas de Doha e Kazam amargou ter os seus barcos navegando nas últimas posições e 4 abandonos. Os pilotos são o italiano Ivan Brigada e o sulafricano Brett Stuart.

Motor Baba Racing deve chegar em Kiev Outra aventura para equipar os barcos de Formula 1, está prevista para estreia na próxima etapa do Campeonato em Kiev, na Ucrânia. No site da F1H2O pode ser lido que o “visionário e criativo” Massimo Ruggiero, construtor dos barcos Baba vai apresentar um novo motor V8 em parceria com a Hartley Enterprises americana. Preferimos nada comentar até ver ao vivo essa “obra de arte”, pois o que vai mesmo acontecer são os Mercury dando banho de rapidez e durabilidade em todo mundo. Fica aqui a dúvida e a pergunta: “Quando vamos ter um motor para enfrentar os Mercury nas mesmas condições?”

O barco construido na Africa do Sul pela Caudwell Racing é muito bonito

A equipa Sul Africana corre com o novo motor de 4 tempos Inboard

Em Doha no Qatar ninguém conseguiu chegar perto de Al Hameli

Chiappe no Qatar com um bom segundo lugar

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Motonáutica

UIM World Offshore 225 Championship

Texto e Fotografia Gustavo Bahia

Team ECI Men Cosmetics Amplia Liderança com 2 Vitórias em Samsun

A terceira e quarta etapas do UIM World Offshore 225 Championship realizaram-se em Samsun, na Turquia nos dias 19 e 20 de Maio, coincidindo o dia 19 com o Dia Nacional da Turquia, tendo sido na cidade de Samsun que o grande líder turco Mustafa Kemal Ataturk aportou nesse dia para dar início ao movimento que resultou na República da Turquia.

O

evento concentrou um número superior a 50.000 pessoas que assistiram as competições durante o fim-de-semana, dentre outras actividades. O tempo colaborou com calor e sol

no sábado e um nublado quente no domingo. Campeonato tem líder isolado O barco do Team ECI Men Cosmetics (88), com a dupla Kerem

Em primeiro plano a estátua de Ataturk quando desembarcou em Samsun com os seus aliados

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Imagens de Ataturk, libertador da Turquia encontram-se por todo o país


Motonáutica

O barco 88 da fábrica Yuka Yachts lidera o campeonato A dupla João Filipe e Suha Yenigul

Tuncer/Alpay Akdiley venceram as duas provas com grande categoria. O barco da fábrica Yuka Yachts com motor Evinrude 225HO manteve a excelente performance desde as etapas iniciais em Istambul somando 875 pontos. Segundo colocado em Samsun e no campeonato está o barco Besiktas-Miele (03)

da dupla Murat Leki/Orçun Tufan que somam 662 pontos, em terceiro o barco YKM Sport da dupla Saruhan Tan/Kerim Zorlu com 381 pontos, em quarto o barco Lenore Yacht (14) com 322, em quinto o barco Gsyiad-Galatasaray (5) da dupla italiana Francesco Redaelli/ Giovanni Casagni com 291 pontos

Os barcos da GHB Offshore Racing bem próximos do grande público

e em sexto o barco GHB Offshore Racing (07) ainda com uma tripulação de pilotos turcos Hakan Vanli/ Tarik Oktem com 184 pontos, seguido em sétimo pelo barco 27 da GHB Offshore Racing com o piloto português João Filipe que em Sam���� sun������������������������������� teve no acelerador o throttleman turco Suha Yenigul com 173 pontos. Faltando 10 etapas

o Campeonato está aberto O UIM World Offshore 225 Championship é um campeonato que oferece um regulamento bem específico na parte técnica, isto é, todos os barcos tem que ser catamarans (podem variar no comprimento entre 6,20m a 7,20m) com motores de 225 no seu formato original e um peso total com os pilotos e todo equipamento de salvamento de

O piloto Português João Filipe Carvalho mostra a bandeira Portuguesa com muito orgulho

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Motonáutica

O barco 3 Besiktas, está em segundo no campeonato

Nas águas o barco Galatasarayli não tem tido a mesma vantagem que no futebol com o Besiktas

1350kg. A única parte livre são as hélices que as equipas podem mudar. Isso faz com que as provas sejam bastante disputadas e os erros com um peso maior para o barco penalizado. Faltando ainda 10 etapas em 5 cidades, o campeonato está realmente aberto, mesmo com a vantagem do barco da Equipa ECI Men Cosmetics.

Estima-se que mais de 50.000 pessoas estiveram presentes na corrida do dia 19- Dia nacional da Turquia

Os barcos da GHB partem para a área de competições

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Barcos da GHB Offshore Racing perdem posições na prova de domingo O início de uma equipa em um campeonato de uma nova categoria é repleto de surpresas, algumas mesmo inesperadas, mas num Campeonato profissional e muito disputado, as regras são rígidas e quem as quebrar tem que pagar. Na prova de domingo, os barcos 07 e 27 da GHB Offshore Racing foram penalizados e perderam posições importantes que haviam alcançado durante a corrida. O barco 07 terminou em quarto lugar, mas não cumpriu com o pit stop para reabastecimento perdendo 2 posições ficando em sexto lugar. Mesmo a falha no sistema de comunicação com o barco não justifica a falha, pois a GHB Offshore Racing conta com uma dupla turca muito experiente. Gustavo Bahia, dono da GHB Offshore Racing lamentou o acontecido e espera ter os problemas resolvidos para a próxima etapa em Van. O barco 27 que tem o piloto português João Filipe e Suha Yenigul quando voltava ao circuito depois do pit stop, não passou pela bóia de saída da Petroturk, tendo sido penalizado com um stop and go de 10 segundos. Não bastasse a primeira, acabou por sair novamente sem considerar a bóia recebendo outro stop and go de 10 segundos. Com os tempos de parada e retomada, mais os 20 segundos ficou com a sétima posição. Após a prova o piloto português comentou: “ Foi uma grande pena que isso tivesse acontecido, mesmo com os nossos problemas de rádio, a culpa desse incidente é


Motonáutica

mesmo minha que não observei o que estava definido e combinado na reunião de pilotos pela manhã. Eu e o Suha estivemos muito concentrados em melhorar o máximo a nossa performance no circuito. Isso conseguimos, pois chegamos a girar com o mesmo tempo dos líderes e antes dos incidentes estivemos bem posicionados.” Piloto de Porto Rico vem para GHB Offshore Racing Depois de 3 meses de negociações com vários organismos governamentais e privados em San Juan – Puerto Rico, Gustavo Bahia, dono da Equipa GHB Offshore Racing recebe finalmente em Van para as próximas etapas do UIM World Offshore 225 Championship o piloto desta ilha do Caribe, tem uma tradição nas provas Offshore e um BiCampeão Mundial (1995/96) e duas vezes Vice-Campeão (1994-1999), Félix Serrales III. Para ocupar o lugar de throttleman do barco 27 ao lado do piloto português João Filipe, estará Juan Carlos Carrasquillo, da Fajardo, Puerto Rico. Engenheiro eléctrico por profissão, tem uma longa carreira ligada aos desportos a motor, primeiro nos carros e agora na Motonáutica Offshore. É o líder do Campeonato PROS em Puerto Rico, onde compete com um barco Pantera com 3 motores Mercury 250. A Equipa conta com o apoio do Projecto de Desenvolvimento de Roosevelt Roads, que foi a maior Base Naval americana no Caribe, hoje desactivada e transformada em um mega projecto turístico, comercial, ambiental e imobiliário pertencente ao Governo de Porto Rico. Um projecto difícil que aos poucos vai encontrando seu caminho A chegada de Juan Carrasquillo na GHB Offshore Racing é mais um passo concretizado pela persistência do empresário Gustavo Bahia, que desde o início da temporada em Istambul queria contar com pilotos de Puerto Rico. Mas como nessa área nada é fácil, somente agora foi possível concretizar o sonho. “Nossa equipa é a primeira estrutura internacional nesse campeonato e não queríamos usar pilotos turcos. Isso não tem nada a ver com o facto de serem bons pilotos e terem já muita experiência, é que não se enquadra na nossa filosofia de marketing, nem no que acertamos com os Promotores do Campeonato Mundial”: afirmou Bahia. A equipa pretende conseguir patrocinadores para poder ampliar sua participação no campeonato com um terceiro barco antes do fim da temporada 2012.

Uma das equipas mais fortes e bem estruturadas do campeonato mundial

O barco 7 passa ainda na quarta posição em frente a milhares de espectadores

Antes das penalizações o barco 27 ocupava a quinta posição

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Surf

Estoril Surf Women´s Pro 2012

As Melhores Surfistas do Mundo de Regresso a Cascais Joana Rocha

O melhor surf do mundo vai regressar ao concelho de Cascais entre os dias 21 e 23 de Setembro, para mais uma etapa feminina do circuito mundial de surf de qualificação, que terá como base a praia da Bafureira, em S. Pedro do Estoril.

P

ontuada com 6 estrelas pela ASP (Association of Surfing Professionals), a entidade que rege o surf profissional em todo o mundo, esta prova será também a penúltima etapa deste nível a contar para os títulos europeu e mundial nesta categoria. Habitualmente agendada para a altura do ano em que nos encontramos (Junho), a Rocksisters – empresa responsável pela organização do evento – resolveu alterar as datas em 2012, para uma época do ano que garante maior probabilidade de receber boas ondas em Cascais. Segundo as estatísticas, em Setembro existe uma consis-

tência das ondulações na ordem dos 78%, com o tamanho médio das ondas na casa dos 2 metros e ventos regulares do quadrante Norte/Nordeste, que constituem condições perfeitas para receber as melhores surfistas do mundo. “É para nós um orgulho enorme encontrar parceiros como a Câmara Municipal de Cascais e o Turismo do Estoril, que nos permitem apostar nas datas mais adequadas para o que pretendemos que seja um espectáculo de alto nível,” comenta Joana Rocha, da organização. “Cascais está habituada a receber os melhores do mundo nas várias modalidades, daí a aposta em Setembro, pois naquele que

Courtney Conlogue

é o segundo desporto mais praticado do concelho, o melhor do mundo apresenta-se no feminino. Isso é, obviamente, um enorme prazer para a Rocksisters, que realiza este evento nestas águas pelo quinto ano consecutivo,” conclui a ex-campeã nacional de surf e melhor atleta portuguesa classificada no circuito mundial e europeu em 2011. Outra das grandes apostas da Rocksisters e do Estoril Surf Women’s Pro, tem sido a ideia de “proporcionar às surfistas portuguesas a possibilidade de competir com as melhores do mundo, com o objectivo de criar um movimento nacional que, em última instância, coloque pelo menos uma atleta portuguesa na elite

do surf feminino mundial,” conta ainda Rita Rocha, irmã de Joana. “Daí esta procura por cada vez melhores condições e a tentativa de criação de uma ‘perna portuguesa’ do circuito mundial, que proporcione uma prática intensa em pouco tempo, com custos reduzidos,” remata a outra metade da Rocksisters. A norte-americana Courtney Conlogue, grande vencedora desta prova em 2011, é actualmente líder do ranking de qualificação e quarta classificada no ranking que atribui o título mundial em 2012, num circuito onde se têm também destacado atletas como as muito jovens Lakey Peterson e Sarah Mason, dois outros destaques deste evento no ano passado.

Rita Rocha, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras e Joana Rocha

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Surf

3ª Etapa Nacional Bodyboard Esperanças

Esparteiro e Madalena Triunfam em S. Pedro de Moel

Houve bom espectáculo nas ondas de S. Pedro de Moel

Bernardo Esparteiro e Madalena Pereira, ambos do clube Aquacarca, de Carcavelos, foram os grandes vencedores da 3ª etapa do Circuito Nacional de Bodyboard Esperanças, que decorreu no fim-de-semana de 7 e 8 de Julho em São Pedro de Moel.

E

sparteiro e Madalena triunfaram, respectivamente, no escalão de sub-18 e sub-18 feminino. Ainda em sub-18, o jovem fi-

gueirense Miguel Adão, de apenas 15 anos, foi o segundo classificado com12.25 contra 13.35 de Esparteiro, deixando o portuense Bernardo Machado em terceiro com11.75 e Gonçalo Pinheiro,

Excelentes manobras entusiasmeram o público

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de Sagres que pontuou 9.78, em quarto. Na competição de sub-18 feminino, Madalena Pereira deixou Beatriz Morgado (ABFM) em segundo posto, Gabi Moreira (AON) em terceiro e Ana Sofia Esgaio

(CDAN) a fechar o pódio. Frederico Sena (Aquacarca) venceu o escalão de sub-16, Pedro Machado (AON) garantiu o primeiro lugar em sub-14 e David Vedor (CRCQL) atingiu o lugar cimeiro dos sub-12.

Bernardo Esparteiro celebra o triunfo


Surf

Fotografia Pedro Mestre

Dia Internacional do Surf

Notícias da Associação Nacional de Surfistas O Dia Internacional do Surf e Tiago Pires Award foram assinalados em Cascais pela Câmara Municipal de Cascais juntamente com a ANS num jantar comemorativo, no passado dia 24 de Junho que juntou surfistas nacionais, personalidades, empresas e e parceiros institucionais que trabalham em prol da modalidade.

O

momento alto da noite foi a entrega do prémio com o nome do surfista Português que melhor representou as cores nacionais no domínio do Surf mundial. Em 2012, sendo o ano 0, Tiago Pires foi o eleito, sendo que no futuro a atribuição será feita conjuntamente entre o próprio e a ANC. Tiago Pires referiu que “é uma honra dar nome a um prémio tão especial que vai sobretudo apoiar o nosso desporto e os surfistas nacionais”, agradecendo à Associação Nacional de Surfistas e terminando com uma mensagem para todos os surfistas portugueses “boas ondas a todos! Para além do Tiago Pires Award, os surfistas nacionais assinala-

António José Correia, Presidente da C.M. de Peniche

Prémio Tiago Pires

ram ainda os 15 anos ao serviço do Desporto em Cascais por parte do Vereador João Sande e Castro que aproveitou para salientar que “Cascais quer proporcionar cada vez mais melhores condições para a prática do surf no concelho”.Por isso temos uma escola de surf ewm S. Pedro e no Sábado, dia 23, abriu mais uma escola em Carcavelos, numa parceria da Câmara Municipal de Cascais e do Centro Recreativo e Cultural da Quinta dos Lombos”. A fechar a noite, foi ainda abordada a temática dos eventos internacionais a realizar ainda este ano em território Português, sendo que António José Correia, presidente da Câmara Municipal de Peniche, prometeu “ondas boas e muita acção” no Rip Curl Pro Portugal Peniche, em Outubro. A Rock Sisters (Joana e Rita Rocha) deixaram o desafio e convite a todos para irem ver o “glamour do surf feminino” no Estoril Surf Women’s Pro, em Setembro,

João Sande e Castro, Vereador do Desporto da C.M. de Cascais

terminando-se com votos de boa sorte para o tão importante evento insular que é o SATA Airlines Azores Pro que se realiza também em Setembro. E porque o Surf de competição não se extingue no contexto inter-

nacional, Frederico Morais e Filipe Jervis, dois dos grandes valores nacionais em ascenção, deixaram uma mensagem de que muitas ondas vão correr entre as ondas perfeitas da Figueira da Foz e os tubos do Supertubos, lutando-se assim pelos títulos m´´aximos do surf nacional em disputa na recta final da Liga MEO Prosurf. O Jantar do Dia Internacional do Surf foi promovido pela Câmara Municipal de Cascais e Associação Nacional de Surfistas, com o suporte da equipa da GO-S TV, estando o evento inserido no plano de actividades da EuroSIMA (associação europeia dos industriais do do desporto de deslize) e apoiado pela ESF (Federação Europeia de Surf), SAS (Surfers Against Sewage) e Surfrider Foundation (associação para a proteção do ambiente).

José Gregório recebe Tiago Pires Award

Francisco Rodrigues, João Capucho, David Raimundo e Bruno Charneca (Presidente e Ex-Presidentes da ANS)

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Surf

Notícias da Associação Nacional de Surfistas

TAP Implementa Novas Regras para o Transporte de Pranchas ANS negociou com a TAP novas regras para o transporte de pranchas, que entraram em vigor no dia 1 de Julho.

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sta revisão vem alterar o peso de referência de cada capa de pranchas e também vem ajustar as tarifas em muitas das viagens mais procuradas pelos surfistas portugueses, harmonizando o surf com os outros desportos de pranchas. As alterações à política de transporte de pranchas negociadas são as seguintes:

(1) Standard de peso de cada volume de pranchas passa a ser de 20kg em vez dos 10Kg que vigoravam até agora; (2) Novas tarifas aplicáveis por trajecto: a. Voos domésticos: 35€/volume (inalterado) b. Voos Europa (incluindo Marrocos): 50€/volume (antes 35€/volume) c. Voos Africa: 75€/volume (mantém-se)

d. Voos Longo Curso: 90€/volume (antes 100€/volume) Para Francisco Rodrigues, presidente da ANS, “esta alteração é obviamente positiva, desde logo porque equipara o Surf aos restantes desportos que implicam transporte de pranchas, mitigando uma descriminação negativa que subsistia em relação ao nosso desporto, designadamente no novo limite de peso de cada

volume. Contudo, fica aquém daquilo que eram os nossos objectivos e no fundo acaba apenas por traduzir no papel aquilo que já vinha sendo praticado no balcão de check in. É com algum pesar que vemos a tarifa para a Europa revista em alta, dado que é um trajecto que serve de ponte aérea para muitos destinos internacionais de surf, traduzindo-se assim em mais um encargo adicional para o surfista viajante.” Termina referindo que “para um país em que o Surf assume cada vez maior relevância no contexto da Economia de Mar, gostávamos que a TAP tivesse ido mais longe, procurando assim atrair mais surfistas para os seus aviões. A ANS continua a tentar melhorar as condições de transporte de pranchas junto da TAP e também de outras companhias aéreas europeias.” A Associação Nacional de Surfistas acompanhou o processo de revisão da política de transporte de pranchas, com reuniões e diversas trocas de comunicação, tendo deixado expressa intenção de que gostaria que fossem previstos momentos de avaliação ao processo num futuro próximo. Boa viagem!

Acordo FPS e Guerin

FPS e Guerin Juntas para o Sintra Pro Mundial de Bodyboard

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Federação Portuguesa de Surf (FPS) assinou um acordo com a multinacional de “rent a car” Guerin a pensar no Sintra Portugal Pro 2012 e nos federados da FPS. Assim, os membros federados da FPS pode, usufruir, desde já, e até final do mês de Setembro de tarifas especiais nos alugueres de automóveis da frota Guerin, com o modelo de entrada(Peugeot 107 com ar condicionado) a custar desde 18,10 euros/dia até uma carrinha de 9 lugares desde 63,98 euros/dia. Este acordo com a Guerin surge no contexto do Sintra Portugal Pro, etapa do Mundial de Bodyboard IBA que decorre na Praia Grande, entre 28 de Agosto e 2 de Setembro.

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Notícias do Mar

Associação Portuguesa de Pesca Submarina e Apneia

Carta da APPSA à Provedoria da Justiça Exmº. Senhor Doutor Jorge Noronha e Silva Dignº. Provedor-Adjunto de Justiça Exmº. Senhor. Há vários meses, o Senhor Provedor de Justiça, através do Senhor Provedor-Adjunto de Justiça, no âmbito da apreciação do processo R-1750/10 (A1), não reconheceu procedência à queixa apresentada pela Associação Portuguesa de Pesca Submarina e vários associados, relativamente à interdição da prática da pesca submarina em toda a zona de Sesimbra e no Parque Litoral Norte; esta orientação, porque baseada em pressupostos errados no entendimento da APPSA, motivou uma contra-argumentação integrada no mesmo processo. Desta, a APPSA nunca teve resposta. Obviamente estamos conscientes de que o Senhor Provedor de Justiça tem coisas muito mais importantes para apreciar, todas elas muito mais urgentes; os problemas dos portugueses são muitos e prementes quando comparados com os problemas do pequeno núcleo que faz pesca submarina; mas também é verdade que tê-los-á sempre e os pescadores submarinos, que também são portugueses de pleno direito, não podem ser remetidos sucessivamente para o fim da fila, porque este nunca chega!... E é justamente porque a comunidade está cansada de esperar e mais cansada pela justiça que tarda em fazer-se, que a APPSA decidiu tornar pública e aberta, a queixa, ou melhor dizendo, o recurso à decisão do Senhor Provedor de Justiça, nesta carta agora publicada. No ponto 4 das alegações, refere V.Exa. que não existe no nosso ordenamento jurídico um direito ao exercício da pesca lúdica e, concreta e implicitamente, ao exercício da pesca submarina. Tem razão V.Exa. Não se prefigura! Da mesma forma não se prefigura o direito dos portugueses à fruição da praia, do campo, ao exercício do montanhismo ou do simples passeio; no entanto, concederá com certeza V.Exa. que a sua proibição consubstanciaria a violação de direitos de personalidade, estes sim, consagrados na Constituição da República Portuguesa. Seria este, seguramente, o entendimento do saudoso Professor Orlando de Carvalho. O ponto 10 remete-nos para as explicações veiculadas pelo ICNB. A Provedoria de Justiça procurou e bem, fazer uso do contraditório para produzir uma decisão depois de auscultar argumentos diferentes. Porém, com todo o respeito, não nos parece que o ICNB, embora legitimamente ouvido neste processo, pudesse, no âmbito do mesmo, assumir qualquer posição que se afigurasse incoerente com a sua prática corrente, e sobretudo com a prática que o levou a defender este modelo de Parque!

Por exemplo, a Provedoria de Justiça poderia ter pedido um parecer ao Centro de Estudos e Ciências do Mar da Universidade do Algarve sobre o impacte da pesca submarina, sobre a sua relevância no seio das outras formas lúdicas de pescar, e não o fez! Teria, neste centro científico uma posição isenta relativa a esta matéria, em comparação com as posições não isentas da APPSA e do ICNB. Mais, se as explicações do ICNB fazem «jurisprudência» num conflito entre o cidadão e o próprio ICNB então, afigura-se totalmente desprovida de eficácia a queixa junto da Provedoria de Justiça. As alegações constantes dos pontos 11 e 12 são, para esta Associação, completamente incompreensíveis! Quando se aceita que «…a pesca submarina permite uma selecção das capturas…» e se acrescenta que «… tratando-se de habitats protegidos, tem efeitos mais prejudiciais do que a captura de quantidades superiores de espécimes com menor valor biológico», isto parece-nos uma contradição e não faz qualquer sentido! Na verdade, se há espécies que devem ser protegidas, pois que o sejam – podem ser proibidas ou limitadas na sua captura: o praticante de pesca submarina é o único pescador, entre todos, que pode actuar em completa conformidade com essa orientação! Justamente porque é selectivo quando todos os outros são aleatórios; justamente porque é o único que consegue ver a presa antes de a capturar! Se estamos certos na interpretação que fazemos de pareceres assinados pelos Professores Doutores João Pedro Barreiros e Henrique Cabral, eles apontam em sentido contrário, ou seja, num impacte praticamente nulo atribuído à pesca submarina, já de si muito condicionada por uma legislação que impõe um conjunto muito variado de restrições. O ponto 13 das alegações da Provedoria de Justiça carece de precisão e resulta, seguramente, de uma informação que recolheu mas que não é correcta. Se é verdade, como diz, que a prática da pesca submarina ocorre em profundidades até aos vinte metros, não é verdade que a pesca dita comercial não seja aí praticada. Ao contrário do que refere, é! E dizemo-lo com conhecimento de causa, tantas são as vezes que nos cruzamos com os pescadores, suas redes, covos e demais aparelhos. Todos nós pescamos à mesma batimétrica! Igualmente, não podemos concordar com as alegações do ponto 14. O que parece, às vezes, não é, e o comentário da Provedoria de Justiça baseia-se na aparência e não na realidade. Passo a explicar. A costa portuguesa é grande e o Parque Luiz Saldanha, só para frisar este, tem cerca de cinquenta e quatro quilómetros – uma minudência,

de facto! Mas esta minudência faz toda a diferença para o praticante que, por exemplo, vive na região de Lisboa. Se V.Exa. expurgar da costa portuguesa toda a extensão composta de areia, onde não se pratica a pesca submarina, já ficará com uma costa substancialmente mais reduzida; por exemplo, entre Tróia e Sines o fundo é de areia e não se pratica a modalidade; o mesmo sucede numa extensa zona da costa algarvia. Mas se observar a orografia da costa, reparará que a sua quase totalidade está virada a Oeste, estando exposta aos ventos e ondulações dominantes, que predominam, justamente, de Oeste-Noroeste; qualquer estatística que lhe poderá ser fornecida pelo Instituto de Meteorologia, comprovará que esta extensão de costa marítima tem, ao longo da esmagadora maioria dos dias do ano, uma ondulação que é incompatível com a prática da pesca submarina. Dou-lhe exemplos: na Ericeira o mar não permite mais do que trinta dias por ano para a prática da modalidade. E o mesmo sucede em toda a extensão do Parque Litoral Norte, onde as condições agrestes e incompatíveis com a prática da pesca submarina, constituem um defeso natural durante cerca de trezentos e trinta dias do ano. Já o mar de Sesimbra, cuja costa está virada a sul, está protegida deste fenómeno e permite a prática da modalidade durante quase todo o ano. É justamente por esta razão que o praticante da zona de Lisboa, impedido de fazer pesca submarina em Sesimbra, terá de se deslocar ao Algarve, cuja costa está também virada a sul, para poder exercer a actividade. Quando V.Exa refere que o exercício da pesca submarina está condicionado mas não proibido noutros parques naturais, citando o exemplo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, cuja riqueza biológica em nada ficará a dever ao Parque Luiz Saldanha, nós aplaudimos o modelo e perguntamos porque não se decalcou o mesmo e se o não aplicou a Sesimbra e ao Litoral Norte? Esta argumentação remete-nos para o teor da alegação nº. 15. Contrariando a sua apreciação, entende esta Associação, pelos motivos já expostos, que o modelo de proibição existente em Sesimbra, restringe de forma desproporcional todos os praticantes da zona de Lisboa, agora obrigados a fazerem seiscentos quilómetros (trezentos em cada sentido) para pescarem no Algarve. É óbvio, deixaram de pescar! Ora, se aqueles que pescam mais, em quantidade e ocorrência, como sejam os restantes pescadores lúdicos (já que não nos queremos comparar aos profissionais…), se aqueles que não podem ser selectivos e têm por isso maior impacte ambiental, podem continuar a pescar, ainda que de forma condicionada, nós enten-

demos, deixe-me V.Exa. insistir, que proibir tout court aqueles que menos pescam, quer em ocorrências quer em quantidade, é do ponto de vista moral incompreensível, anacrónico e, do ponto de vista jurídico desproporcional, violando justamente o princípio da proporcionalidade e com ela o princípio da igualdade já que consubstancia discriminação negativa. Já em relação ao Parque Litoral Norte, entendemos que a violação do princípio da proporcionalidade se consubstancia pelo excesso de condicionamento, impondo a proibição de pescar debaixo de água numa zona já de si muito condicionada pelas condições do mar, que actuam como defeso natural. Finalmente e reportando-me ao ponto 16, concorda esta Associação com V.Exa. De facto e pelos relatórios que vamos recebendo, reconhecemos a eficácia das medidas de preservação implementadas, nomeadamente no Parque Luiz Saldanha. Nós defendemos a existência de parques destinados à protecção dos ecossistemas, mas defendemos modelos que conformem a protecção com o usufruto sustentável, seja ele de que natureza for. O Parque Luiz Saldanha poderia e deveria consagrar zonas onde, nem nós, nem ninguém pudesse pescar! Estas zonas funcionariam como maternidades faunísticas para todas as outras onde a pesca, comercial e lúdica fossem permitidas com condicionalismos. Nós não nos opomos à filosofia proteccionista – muito pelo contrário, desejamo-la! Não podemos é concordar com um modelo discriminatório, que afasta portugueses do usufruto de um espaço que é do domínio público, no fundo, que não encontra espaço para nós! Nós juntamos um parecer do Professor Doutor João Pedro Barreiros, sobre esta matéria em apreço. Compreenderá melhor V.Exa. depois da sua leitura, que estas proibições que impendem sobre os praticantes da pesca submarina, mais do que sustentadas pela verdade científica, o são pela ignorância e pelo preconceito. Aceite os meus melhores cumprimentos. José de Sousa Presidente de Direcção da APPSA No recurso que enviámos (por três vezes!) à Provedoria de Justiça, anexámos um parecer do Professor Doutor João Pedro Barreiros, que apontava para a necessidade da mudança do paradigma: em síntese, não só isentava a pesca submarina de impacte ambiental numa Área Marinha Protegida, desde que praticada de forma consciente, disciplinada e regulada, mas ia mais longe ao ponto de referir que se alguma arte de pesca se justifica numa AMP, essa terá de ser a pesca submarina, justamente porque é a que menos pesca e a mais sustentável do ponto de vista ambiental. 2012 Julho 307

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Pesca Submarina

Campeonato do Mundo de Pesca Submarina 2012-07-11

O Português Jody Lot Medalha de Ouro e Portugal Vice-Campeão O atleta português Jody Lot é o novo Campeão do Mundo e a Equipa de Portugal termina como Vice-Campeâo do Mundo no 28º Campeonato do Mundo de Pesca Submarina, organizado pela Confederação Mundial de Actividades Subaquáticas (CMAS) e que decorreu, de 5 a 8 de Julho, em Vigo.

Jody Lot com a sua Medalha de Ouro

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Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS) esteve a trabalhar desde o dia 15 de Junho, em Vigo, com uma comitiva de 8 pessoas, composta por 3 atletas titulares, Jody Lot, Pedro Silva e Rui Torres, e 3 atletas suplentes, António Silva, Carlos Lourenço e João Peixeiro, e ainda mais 2 elementos da equipa técnica, Paulo Silva (selecionador) e Paulo Moreira. Nesta competição esteve 58

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também outro português, como Juíz Internacional do Campeonato do Mundo CMAS, Lourenço Silveira, cargo esse de grande prestígio e responsabilidade. Neste 28º Campeonato do Mundo de Pesca Submarina participaram ao todo 19 nações: Argélia, Brasil, Chile, Croácia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, Grã-Bretanha, Grécia, Itália, Noruega, Peru, Portugal, Rússia, San Marino, Tahiti, Turquia, Ucrânia e USA.

A prova foi composta por duas jornadas de 5 horas cada, realizada nos dias 7 e 8 de Junho. No primeiro dia foi utilizada a zona da Costa da Vela, a norte de Vigo, e no segundo dia a zona mais a sul, na costa de Baiona, com ótimas condições de mar para a prática desta modalidade desportiva, praticada exclusivamente em apneia. Neste campeonato participaram 56 atletas, nos quais se incluíam os melhores atletas atuais da modalidade, e mais

de 60 embarcações maioritariamente semi-rigidas, que entusiasmaram uma assistência bastante numerosa, que incluía vários apoiantes das diferentes nacionalidades participantes, com destaque para os muitos portugueses que se deslocaram a Vigo para apoiar a sua seleção. Com a classificação individual que obteve, Portugal assegura assim o seu primeiro título individual de Campeão do Mundo de Pesca Submarina, em mais


Pesca Submarina

de 5 décadas de participação, em competições internacionais. De realçar também, que Portugal já venceu por equipas um Campeonato do Mundo e individualmente dois Campeonatos Euro-Africanos, um Campeonato Ibérico e um Torneio de Masters da Elite da Pesca Submarina. Sobre o Campeonato do Mundo e a Seleção Nacional O Campeonato do Mundo é um Campeonato de escalão etário Sénior, disputado pelo sistema individual e coletivo, em duas jornadas, com apoio de embarcações e reunindo um conjunto de atletas de renome, em representação das suas Seleções Nacionais. Resultados anteriores mais recentes e mais relevantes das equipas de Portugal: Rui Torres - Campeão da Europa e África, individual, em 2005 Portugal - Campeão do Mundo, por nações, em 2006 António Silva – Vice-Campeão do Mundo por nações, em 2006 Portugal – Vice-campeão da Europa e África, por nações, em 2011 Jody Lot - Campeão da Europa e África, individual, em 2011 A Seleção Nacional é presença assídua nas provas internacionais, a nível Ibérico, nos Campeonatos Euro-Africanos e Mundiais. Mais informações: www.

Jody Lot com duas das capturas da primeira jornada

fpas.pt Pódio individual 1º JODY LOY, atleta português – Medalha de Ouro 2º António Linares, atleta espanhol – Medalha de Prata 3º Daniel Gospic, atleta croata – Medalha de Bronze (Nota importante: Jody Lot pronuncia-se iody lot) Pódio por países 1º - Espanha 2º - Portugal 3º - Croácia

Selecção Nacional de Pesca Submarina

Pódio Individual

Plano geral da assistência durante a pesagem

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Notícias do Mar

Últimas Extreme Sailing Series

Fantástico Porto

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nesquecível a etapa do Porto das Extreme Sailing Series. O “estádio” natural formado pelas duas margens do Douro, junto à Ponte de Dom Luís, proporcionou um espectáculo inolvidável aos milhares de pessoas, a organização estima que 66 mil estiveram no evento, que durante quatro dias fizeram questão de assistir às regatas do Act4. Em termos desportivos, o The Wave Muscat, do britânico Leigh McMillan, sagrou-se vencedor, seguido do Red Bull Sailing Team, do austríaco Roman Hagara e do Oman Air, do norte-americano

Morgan Larson. Para o ano, ao que tudo indica, as cidades do Porto e Gaia voltam a receber estes catamarãs de 40 pés e a região Norte de Portugal mantém uma prova de um circuito de alto nível nas suas águas. Classificação Final Act4 Porto: 1 - The Wave Muscat - 198 2 - Red Bull Sailing Team - 183 3 - Oman Air - 156 4 - Alinghi - 145 5 - Groupe Edmond de Rothschild - 137 6 - SAP Extreme Sailing Team - 129 7 - GAC Pindar - 126 8 - ZouLou – 123

11ª Volvo Ocean Race

Franck Cammas Ergue o Novo Troféu da Volvo Ocean Race

Tripulação do Groupama festeja

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ranck Cammas, do Groupama, tornou-se no primeiro skipper a erguer o novo troféu da Volvo Ocean Race, enquanto milhares de fãs ovacionavam os vencedores desta competição de circum-navegação, ao som da mítica música Highway to Hell dos AC/DC. A equipa inteira, incluindo a de terra, subiu ao palco para comemorar o triunfo extraordinário. O Groupama foi o barco vencedor da duríssima etapa que começou em Lisboa e terminou em Lorient, durante a qual houve estragos em todos os veleiros, sobretudo durante a travessia do Golfo da Biscaia, onde houve ventos acima dos 40 nós e altas vagas. Depois, para satisfazer ainda mais os franceses, o Groupama venceu a regata In-Port na sua cidade, Lorient, e só um

Franck Cammas com a taça

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grande azar o impediria de conquistar o título de vencedor da Volvo Ocean Race 2012. Na última etapa, até ao porto irlandês de Galway, ao entrar em 2º lugar atrás do Camper, o Groupama não deixou fugir a vitória. Franck Cammas vê agora o seu nome ligado a outras lendas da vela como Peter Blake, Paul Cayard, Mike Sanderson e Torben Grael. Para tornar este triunfo ainda maior, Franck Cammas recebeu uma carta aberta do skipper Lionel Péan, que até agora tinha sido o único francês a vencer a prova, onde elogiou o compatriota pela sua “grande vitória, construída com disciplina, humildade e força” na Volvo Ocean Race. “Estou muito feliz com a vitória, mas por outro lado estou triste por este momento ter demorado 28 anos a chegar. Obrigado por ter mostrado ao mundo a arte de navegar do nosso belo país e demonstrar que França ainda está ao mais alto nível. Tiro-lhe o chapéu a si e a toda a equipa”, afirmou Lionel Péan. Franck Cammas falou então abertamente destes oito meses de experiência: “Aprendi a ter confiança e a lidar com o barco, ao fim ao cabo foi uma grande surpresa porque até há um ano e meio, quando decidimos participar na Volvo Ocean Race, nunca teria imaginado vencer esta competição”, afirmou Cammas. Cammas olhou para os 8 meses de competição e recordou que foi um pouco estranho na primeira noite ter passado do conforto de um hotel para o espaço espartano do veleiro: “A viagem é muito longa e foi interessante na primeira noite, após termos dormido num hotel, foi complicado começarmo-nos a habituar a dormir no barco, mas vamo-nos acostumando e é bom sentir a brisa fresca do mar… Passei a primeira noite a pé a ler as cartas marítimas e a partir daí gerou-se uma espécie de rotina: comunicava à equipa a estratégia a seguir e pelo meio havia discussões animadas. Trabalhámos 24h sobre 24h.” Na chegada a terra há sempre as mesmas perguntas: “Como estamos fisicamente, mentalmente… e, no fim as muitas perguntas sobre o trabalho de bordo, como se cozinha no barco… posso dizer que muitas vezes o meu alimento foi queijo e morangos” acrescentou Cammas. “A parte física é importante e exige uma grande preparação, mas é uma experiência única na vida ter este misto de sentimentos que me acompanharam ao longo desta jornada e é claro que a vitória foi a cereja no topo do bolo”, explicou a terminar Franck Cammas. Classificação Geral Final 1 – Groupama 4 – 253 pontos 2 – Camper – 231 3 – Puma – 226 4 – Telefonica – 213 5 – Abu Dhabi – 131 6 – Sanya – 51

Campeonato da Europa de Optimist

Portugueses em Bom Plano

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ita Lopes alcançou o melhor resultado entre os velejadores portugueses que marcaram presença no Campeonato da Europa de Optimist, que decorreu em Lignano Sabiaddoro, Itália.

Rita Lopes foi 22ª classificada, depois de disputadas 9 regatas. Ana Filipa Mariz foi 43ª classificada e Mafalda Pires de Lima terminou na 69ª posição no sector feminino. Fathin Rasyiqin, de Singapura, foi a vencedora, seguida da eslovena Mara Turin e da italiana Francesca Bergamo. Em masculinos, o holandês Stijn Paardekooper sagrou-se campeão da Europa. O israelita Maor Abu e o austríaco David Lucan, foram 2º e 3º. Entre os portugueses, Rodrigo Correia foi o mais bem classificado no 89º lugar. Francisco Mourão terminou em 101º, Emanuel Duarte em 103º e Henrique Frutuoso em 119º. Por equipas, triunfo de Espanha, seguido de Itália e Holanda


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