Notícias do Mar n.º 456

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64.º Salão Náutico Internacional de Génova Texto e Fotografia João

A Nova Montra da Náutica

O 64.º Salão Náutico Internacional de Génova, um dos mais prestigiados do setor náutico a nível mundial, decorreu entre 19 e 24 de setembro de 2024 e teve a Inovação e Sustentabilidade no coração do evento, reforçando a sua posição como ponto de encontro central para profissionais, marcas e entusiastas da náutica.

Com uma área de exposição total de 220 mil metros quadrados, mais 5.000 metros qua-

drados do que em 2023, o evento destacou-se não só pelo crescimento contínuo do mercado, mas também

pelo Waterfront e o regresso simbólico ao emblemático pavilhão desportivo de Génova, o Palasport, entra-

O certame apresentou mais de 100 novos produtos

da principal do Salão deste ano, que fazem parte das renovações do conceituado arquiteto Renzo Piano. Sob o novo lema “We are made of Sea”, celebra-se a transformação e os valores do evento, consolidando-o como referência global. O novo logótipo, inspirado na proa de um barco a cortar as ondas, simboliza avanço e novos horizontes, reforçando o compromisso do Salão com a sustentabilidade.

Com mais de mil marcas e embarcações em exibição, a nova Montra da Náutica contou com 30 estreias mundiais. O certame apresentou mais de 100 novos produtos, consolidando-se como uma mon-

Carlos Reis

tra de referência para tecnologias de ponta, materiais sustentáveis e sistemas de propulsão mais ecológicos.

O impacto internacional também foi evidente com o crescimento de 23% no número de expositores estrangeiros no segmento produtivo, sublinhando o alcance global do evento. A adesão do público tem vindo a acompanhar esta evolução, registando um aumento de 16% na venda de bilhetes online face ao ano anterior.

O Salão Náutico de Génova ofereceu aos visitantes uma experiência envolvente, com um percurso de Exposição contínuo, aberto e dinâmico, combinando espaços terrestres e aquáticos, o Mar sempre presente, enquanto celebrava o compromisso do setor com a preservação ambiental e o futuro da indústria náutica.

Forum24:

Conferências e Workshops

Marcam o Salão Náutico de Génova

O Forum24, programa de conferências e workshops do Salão Náutico dinamizou o Pavilhão Azul.

A importância do Salão como ponto de referência para o debate sobre as políticas industriais e de sustentabilidade no setor náutico. Esta edição teve um vasto programa de conferências e seminários.

Destaque para o primeiro evento, “Boating Economic Forecast”, apresentou os mais recentes dados e tendências do mercado náutico, com a análise Nautica in Cifre - LOG, desenvolvida pela Confindustria Nautica e a Fundação Edison. A apresentação ficou a cargo de Stefano Pagani Isnardi e do Prof. Marco Fortis.

A Conferência Nacional de Turismo Náutico, discutiu a

sustentabilidade no turismo náutico, entre outros temas relevantes.

O compromisso com a sustentabilidade culminou na terceira edição do Shaping The Future - World Yachting Sustainability Forum, focado na análise de Life Cycle Assessment.

A Indústria

Náutica Italiana alcança novo Recorde Histórico

A indústria náutica italiana continua a registar um crescimento de dois dígitos, atingindo em 2023 um volume de negócios histórico de 8,33 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 13,6% face ao ano anterior

(+1 mil milhões de euros em relação a 2022). Este marco foi apresentado durante a conferência do VII Boating Economic Forecast, integrada na 64ª edição do Salão Náutico Internacional de Génova, com a divulgação do mais recente relatório Nautica in Cifre – LOG. O estudo foi desen-

volvido pelo Departamento de Inteligência de Mercado e Pesquisa da Associação Italiana da Indústria Marítima em colaboração com a Fundação Edison e com o patrocínio do Ministério das Infraestruturas e Transportes de Itália. De acordo com Saverio Cecchi, presidente da AssoO Forum24, programa de conferências e workshops

do Salão Náutico dinamizou o Pavilhão Azul
Mais de mil marcas e embarcações em exibição, a nova Montra da Náutica
Aberto e dinâmico, combinando espaços terrestres e aquáticos

ciação Italiana da Indústria Marítima, “a náutica continua a ser um setor sólido em 2023, mantendo o ritmo de crescimento robusto que tem marcado os anos póspandemia. Este aumento de 13,6% segue-se ao já significativo crescimento de 20% registado em 2022”

Stefano Pagani Isnardi, res-

ponsável pelo Departamento de Inteligência de Mercado, destacou que o setor da construção naval, principal motor deste crescimento, registou um aumento de 14,8% no volume de negócios. As exportações também desempenharam um papel determinante, ultrapassando os 4 mil milhões de euros em 2023 e

atingindo os 4,23 mil milhões nos primeiros quatro meses de 2024.

Marco Fortis, vice-presidente da Fundação Edison, sublinhou que, em 2023, a Itália manteve a liderança como o maior exportador mundial no setor da construção naval, com uma quota de 19,3% das exportações globais, a maior de sempre. O mercado norte-americano continua a ser o principal destino das exportações italianas, e o setor confirma a sua posição dominante no segmento de superiates, representando mais de metade das encomendas globais, bem como nos mercados de grandes embarcações insufláveis e componentes marítimos.

O setor náutico italiano tem

vindo a reforçar o seu impacto económico e social. Em 2023, o número de trabalhadores empregados na indústria aumentou para 30.690 pessoas, um crescimento significativo de 7% face ao ano anterior. O contributo do setor para o PIB nacional ultrapassou os 7 mil milhões de euros, registando um aumento de 14,2% em relação a 2022. A proporção da náutica no PIB nacional atingiu os 3,38 por mil, crescendo consistentemente desde 2013 e superando a taxa de crescimento da economia italiana nos últimos três anos.

Além disso, o setor das “embarcações recreativas e desportivas” destacou-se entre os setores de maior crescimento nas exportações desde o início do novo milénio. Em 2023, ficou em quarto lugar entre os setores com um excedente comercial superior a 2 mil milhões de euros, subindo duas posições em relação a 2022.

O Mercado

Náutico Global e o Made in Italy O mercado náutico global atingiu um volume de negócios de 33 mil milhões de euros no último ano disponível, dos quais mais de 25 mil milhões foram gerados pelo segmento de superiates. Este crescimento reflete uma expansão consistente, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de +10% desde 2014.

Geograficamente, América do Norte e Europa dominam o mercado, representando 70% do volume global. Itália mantém a liderança na construção de superiates, consolidando uma quota de 54% do mercado em volume e 31% em valor. O mercado global de novas construções cresceu 11% em 2022, impulsionado por uma maior procura de novos comprado-

O mercado náutico global atingiu um volume de negócios de 33 mil milhões de euros
Superiates do San Lourenzo
No Forum, reuniões para discutir a economia náutica

res. As embarcações a motor representam cerca de 90% das vendas globais, com os motores fora de borda predominando na América do Norte (70%) e os motores internos dominando na Europa (50%).

O segmento de superiates registou um crescimento de

21%, alcançando um valor de 25,3 mil milhões de euros.

A procura centrou-se nas unidades entre 30 e 40 metros, especialmente construídas em aço e materiais compósitos.

Este crescimento reflete o aumento do número de compradores no segmento de

luxo, onde a náutica mantém uma posição de nicho, representando apenas 1% do mercado de luxo, mas com um CAGR de +5,4% desde 2019.

A indústria náutica italiana destaca-se na construção de superiates. Em 2022, o setor registou um volume de negócios de 4,4 mil milhões de euros, um aumento de 20% face ao ano anterior. Cerca de 90% desta produção destina-se à exportação, com 70% do volume gerado por estaleiros ativos no segmento de superiates.

Em termos globais, a Itália é o líder na construção de superiates, detendo 54% do mercado em volume. Adicionalmente, o setor italiano alcançou uma quota de 25% na produção internacional de embarcações inboard, refletindo o crescimento constante da indústria.

O setor global de superiates mostra ainda um potencial inexplorado significativo, com uma penetração limitada de apenas 3% face à procura potencial. Apesar de uma ligeira redução no número de bilionários em 2022 (-4%), o livro de encomendas de superiates aumentou 21%, sugerindo uma recuperação sustentada.

No segmento de fusões e aquisições (M&A), o mercado registou cerca de 400 operações globais entre 2021 e 2023, concentradas principalmente na América do Norte (58%). Em Itália, ocorreram 30 negócios de M&A, metade dos quais no segmento de componentes marítimos e cerca de 40% relacionados com estaleiros.

Para 2024, prevê-se um crescimento de 5% a 15% no valor da produção de novas construções em Itália, impulsionado pela entrega de encomendas acumuladas durante a pandemia. Globalmente, o mercado de retalho de embarcações novas deverá crescer 8%, com uma normalização esperada nos anos seguintes (CAGR de 6% entre 2024 e 2026).

Os grandes iates continuarão a liderar o crescimento do mercado, enquanto o segmento de pequenas embarcações enfrentará uma desaceleração. Já o segmento de vela deverá manter a sua trajetória positiva, com um crescimento estimado de 3% a 5%.

O setor náutico italiano mantém-se fragmentado, com 90% dos operadores a gerar 17% da produção nacional, enquanto os 10 maiores produtores representam 83% do valor do setor. Apesar disso, a indústria continua a demonstrar um forte potencial de crescimento, alicerçado na excelência da construção de superiates e na inovação tecnológica.

O compromisso com a sustentabilidade também ganha destaque, com iniciativas para melhorar a eficiência, reduzir o impacto ambiental e reforçar a posição de liderança da Itália no cenário global. A conjugação de tradição, inovação e sustentabilidade projeta um futuro promissor para o mercado náutico italiano e internacional.

Uma novidade o Grand Soleil 72Performance
Agora tem uma área de exposição total de 220 mil metros quadrados

Sustentabilidade no sector

Náutico: 3.º

World Yachting Sustainability Forum debate o futuro da Indústria

O segundo dia do Salão Náutico Internacional de Génova foi palco da terceira edição do World Yachting Sustainability Forum (WYSF), um evento organizado pela Associação Italiana da Indústria Marítima em parceria com a IBI – International Boating Industry, a principal plataforma global de inteligência do setor náutico. Sob o tema “Shaping the Future”, o fórum abordou o impacto das práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) na indústria náutica e na sua cadeia de valor, explorando estratégias para moldar um futuro mais sustentável.

Andrea Razeto, Presidente de I Saloni Nautici, destacou na abertura do evento a importância do alinhamento da indústria náutica com os critérios ESG: “A nossa Associação está empenhada em apoiar as empresas na compreensão e adoção das normas ESG, fundamentais para o crescimento sustentável do setor.”

Razeto também anunciou uma parceria com a RINA Services, que visa desenvolver uma plataforma digital comum para gerir a certificação ESG, oferecer formação profissional e promover o intercâmbio

de informações relevantes. Esta ferramenta ajudará os estaleiros e fornecedores a avaliar o seu nível de conformidade com os critérios ESG e a definir um caminho para alcançar os padrões ideais de sustentabilidade.

O painel de discussão contou com nomes de relevo, como Margherita Sacerdoti (Grupo Ferretti), Erik Stromberg (Grupo Beneteau), Nicola Pomi (Volvo Penta), Paolo Moretti (RINA Services) e Andrea Guido (Sanlorenzo Yacht). Moderado por Ed Slack, editor-chefe da IBI, o debate centrou-se em temas cruciais como a descarbonização, o desenvolvimento de infraestruturas adequadas, a aplicação de tecnologias inovadoras e os benefícios comerciais de ir além da simples conformidade regulatória.

Um estudo apresentado pela ESG Book revelou um aumento de 155% nas regulamentações ESG nos últimos 10 anos, sublinhando a urgência de a indústria náutica se adaptar a políticas de sustentabilidade, que se tornarão cada vez mais prevalentes.

Dan Lenard e o Vela Code project

Um dos momentos do fórum foi a participação de Dan Lenard, cofundador do estúdio de design Nuvolari Lenard e designer de megaiates. Lenard trouxe uma perspetiva única sobre a sustentabilidade no segmento de luxo, frequentemente criticado pela sua pegada ambiental. Segundo Lenard: “É fundamental comunicar o nível avançado

de tecnologia aplicado na criação de iates, desmistificando perceções erradas e sublinhando o potencial inovador do setor.”

Lenard apresentou o seu Vela Code project, uma iniciativa que promove mensagens ecológicas através de um veleiro reciclado. O projeto utiliza um iate de competição previamente existente, sem qualquer marca ou design novo, transformando-o num embaixador da sustentabilidade. O objetivo é sensibilizar para a absorção de CO2 pelos oceanos, um tema ainda pouco explorado, e inspirar ações em prol do ecossistema.

O Vela Code foi idealizado para unir empresas e universidades em torno de uma missão comum: fazer deste veleiro um porta-voz

Sob o novo lema We are made of Sea, celebra-se a transformação e os valores do evento Mar sempre presente com fácil acesso para os

Dan Lenard

e sustentabilidade no mundo da náutica. Em apenas cinco anos, tornou-se um evento internacional de referência, promovendo os expositores do Salão Náutico de Génova e as suas criações que estão na vanguarda, destacando as tendências emergentes e novas fronteiras do design.

A indústria náutica italiana continua a registar um crescimento de dois dígitos

de ideias verdes, navegando pelo mundo e promovendo um código de ética ambiental. Lenard destacou que a equipa de especialistas envolvida está ativa desde 2019 e espera ampliar a colaboração com instituições académicas de todo o mundo.

O 3.º World Yachting Sus-

tainability Forum reforçou a necessidade de uma transição ecológica no setor náutico, não apenas como uma exigência regulatória, mas como uma oportunidade para inovar, inspirar e liderar na direção de um futuro mais sustentável.

Design Innovation Award 2024

Este prestigiado prémio, estabelecido em 2020 pela Associação Italiana da Indústria Náutica – Confindustria Nautica e pela empresa I Saloni Nautici, reconhece a excelência na pesquisa, inovação

A cerimónia, moderada pela arquiteta e jornalista Silvia Botti, teve início com discursos do Presidente da Câmara de Génova, Marco Bucci, e de Paolo Corsilia, membro da Câmara de Comércio. Saverio Cecchi, Presidente da Confindustria Nautica, e Andrea Razeto, Presidente da I Saloni Nautici, também intervieram antes de Maria Porro, Presidente do Salone del Mobile.Milano, subir ao palco.

Pelo segundo ano consecutivo, Maria Porro presidiu o júri, composto por especialistas nacionais e internacionais. Ela destacou a crescente sinergia entre o design náutico e o design de mobiliário, sublinhando que: “qualidade, pesquisa e inovação são objetivos comuns a ambos os setores”

O júri deste ano, que avaliou cerca de 100 candidaturas, foi composto por figuras de renome como Andrea Ratti, Diretor Executivo de Design de Iates no Politécnico de Milão, Andrana Monk, fundadora da Monk Design, e Franco Michienzi, Editor-chefe da Barche.

Foram atribuídos prémios em dez categorias, além de dois prémios especiais para Inovação Excecional e Carreira Excecional. Os vencedores destacaram-se pela sua originalidade, sustentabilidade e impacto social.

Os Vencedores: Embarcações à vela e a motor até 10m Frauscher 1017GT 2nd Edition – Frauscher Italia (Desig-

Em 2023 registrou-se um volume de negócios histórico de 8,33 mil milhões de euros
Saxdor 400 GTO

ner: Stephan Everwin).

Motivação: Execução impecável, estética funcional e proporções equilibradas.

Embarcações à vela até 14m

Dufour 44 – Dufour Yachts (Arquitecto: Felci Yachts e Designer de Interiores: Ardizio Design).

Motivação: Um design ousado com um interior espaçoso graças ao reequilíbrio das proporções.

Embarcações à vela acima de 14m

Y8 – YYachts GmbH (Arquitecto Naval: Javier Jaudenes e Designer de Interiores: David Thulstrup).

Motivação: Elegância interior e exterior com uma atenção minuciosa ao detalhe.

Embarcações a motor até 14m

Saxdor 340 GTWA – Saxdor Yachts

Motivação: Design compacto com grande funcionalidade e luz natural.

Embarcações a motor acima de 14m

Seadeck 7 – Azimut (Designers: Alberto Mancini, Matteo Thun & Antonio Rodriguez). Exterior designer. Alberto Mancini. Interior designer. Matteo Thun & Antonio Rodriguez. Hull designer. In collaboration with NAMES & Azimut R&D

Dept. Builder.

Motivação: Iate híbrido elétrico que abraça soluções sustentáveis com uma visão colaborativa.

Menção Honrosa Swan Arrow – Nautor Swan Srl

Motivação: Um mega tender elegante, expandido com um interior rico.

Superiates acima de 24m SP92 – Sanlorenzo

Motivação: Exterior impressionante com interior grandioso e espaçoso.

RIBs (Embarcações Insufláveis Rígidas)

Scanner Envy 1500 – Seascan Marine Srl

Motivação: Design não convencional com cabine espaçosa.

Multicascos

LAGOON 60 – Lagoon

Motivação: Catamarã com um layout fluido que transmite serenidade e confiança.

Equipamentos e Componentes Náuticos

Mercury Avator 75 & 110 –

Mercury Marine

Motivação: Design elegante que aponta para o futuro da propulsão.

Menção Honrosa

Ride – Seakeeper

Motivação: Ajuste otimizado de navegação graças a um sistema de estabilização revolucionário.

Eletrónica e Software a Bordo

Alpha Performance – Raymarine Italy

Motivação: Interface gráfica extremamente intuitiva e visualmente apelativa.

Prémios

Especiais:

Prémio de Inovação Excecional:

MPX Impact – Musto

Motivação: Design inovador que desafia soluções convencionais, aplicando novos materiais para proteção em condições extremas.

Prémio de Carreira Excecional:

Solaris Yachts

O Comité do Design Innovation Award decidiu homenagear os 50 anos do estaleiro, reconhecendo o seu compromisso contínuo com o design e inovação.

Salão Náutico obtém

Certificação ISO 20121 para Eventos

Sustentáveis

O Salão de Génova alcançou um marco importante ao receber a Certificação ISO 20121 para o design sustentável de eventos, entregue pela RINA

Sanlorenzo SL86A (26,60 metros), quinto modelo da coleção

Services. Esta certificação reconhece o compromisso do evento em adotar práticas sustentáveis desde as fases iniciais de planeamento, confirmando o alinhamento com os padrões internacionais de sustentabilidade.

Paolo Moretti, Diretor-Geral da RINA Services, afirmou: “Receber a certificação ISO 20121 significa que um evento foi gerido de forma sustentável e está em conformidade com os principais requisitos ambientais e sociais. Felicito a I Saloni Nautici por este resultado, que comprova ações concretas no âmbito ESG já na fase de conceção desta edição do Salão.”

Andrea Razeto, Presidente da I Saloni Nautici, destacou: “A certificação ISO 20121 é a prova de que a sustentabilidade é a essência desta edição do Salão, desde a sua arquitetura até à experiência proporcionada aos visitantes. Este reconhecimento é fruto do empenho de toda a equipa e repre-

senta um passo fundamental para o setor náutico, que agora inicia um percurso coletivo de desenvolvimento sustentável.”

Além da entrega da certificação, foi assinado um Memorando de Entendimento entre a RINA Services e a Confindustria Nautica, reforçando o compromisso em implementar iniciativas ESG em toda a cadeia de valor da náutica, promovendo ações que beneficiem a indústria, a comunidade local e o ambiente.

O Salão de Génova assume-se, assim, como um exemplo de gestão sustentável, criando valor económico, social e ambiental para todos os seus intervenientes.

Sucesso na 64.ª Edição do Salão Náutico Internacional de Génova: recorde de Visitantes e destaques para o Futuro

O Salão Náutico Internacional de Génova encerrou a

Motores Yamaha estiveram em testes

sua 64ª edição com números impressionantes e um renovado otimismo para o setor. O evento registou 120.864 visitantes até às 14h00 do dia 24 de setembro, um aumento de 2,19% face a 2023, mesmo enfrentando condições meteorológicas adversas.

A edição deste ano contou com a participação de 1.052 marcas e 1.030 embarcações, distribuídas por uma área de exposição de 220.000 metros quadrados, sendo 85% ao ar livre. Os testes no mar desta-

caram-se como um dos principais atrativos, com 3.855 ensaios realizados, representando um aumento de 24% em comparação com 2023.

Mais de 100 novos produtos e 30 estreias foram apresentados durante o evento, que incluiu 125 conferências e workshops. A cobertura mediática também cresceu, com 1.154 jornalistas acreditados (aumento de 1,58%) e 2.416 artigos publicados durante os dias do evento, uma subida de 5,3% face a 2023.

O Salão reafirmou-se como um espaço essencial de interação entre a indústria náutica, o governo e instituições públicas. A 64.ª edição foi marcada pela aprovação do Quadro Regulamentar do Código Náutico Italiano, incluindo simplificação burocrática, atualizações de segurança e a introdução da licença náutica para jovens de 16 anos. Saverio Cecchi, presidente da Associação Italiana da Indústria Marinha, destacou os avanços legislativos: “Be-

neficiámos da atenção do governo e começamos a ver medidas que o setor necessita. Confio que as nossas propostas também sejam incluídas no projeto de lei da Economia Azul.”

A 64ª edição recebeu a visita de várias figuras institucionais de relevo, incluindo o presidente do Senado italiano, Ignazio La Russa, o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini e outros ministros e representantes de entidades públicas.

Marco Bucci, presidente da Câmara de Génova, sublinhou o impacto do evento: “O Salão Náutico Internacional de Génova reafirmase como um ponto de referência global para o setor náutico, atraindo dezenas de milhares de visitantes. Este sucesso é um reflexo da capacidade de Génova de inovar e fortalecer a sua posição no cenário internacional.”

O Salão Náutico Internacional de Génova anunciou as datas para a sua 65.ª edição, que decorrerá de 18 a 23 de setembro de 2025. O evento continua a solidificar a sua posição como um dos principais encontros da indústria náutica mundial.

Novidades e Destaques do 64.º Salão Náutico

Internacional de Génova

Este foi um Salão marcado por inovações e estreias em vários setores da indústria náutica.

No segmento de iates e superiates, os estaleiros italianos destacaram-se com lançamentos como o Amer 120 (35,50 metros) da Amer Yachts, equipado com um sistema de redução catalítica seletiva que diminui as emissões e do Sanlorenzo SL86A (26,60 metros), quinto modelo da coleção Assi-

métrica, que revolucionou o design dos iates com uma disposição assimétrica do convés principal. Entre os construtores internacionais, o estaleiro britânico Princess Yachts teve o Princess S80 (de 25,40 metros), projetado pelo estúdio Pininfarina.

No segmento entre 20 e 24 Metros, o Maestro 88 da Apreamare, um shuttle com casco

semiplanante de 23,95 metros de comprimento de construção, foi um dos destaques. O Pershing GTX80 (23,98 metros) apresenta um terraço solar de 23 metros quadrados com cobertura em tecido de carbono e a Ferretti Yachts o Infynito 80 (23,70 metros), com o “All-Season Terrace” à proa. Destaque também para o Pardo GT75 (22,84 metros) da Pardo Yachts. Os barcos Inferiores a 20 Metros, com amplos espaços exteriores e interiores confortáveis, também apresentaram inovações. A Fiart lançou o P58 (17,57 metros), e a Azimut apresentou o Seadeck 6 (17,50 metros), da nova série “Low Emission Yachts”, que combina tecnologia avançada de propulsão elétrica com

Marex com muitas novidades

construção em carbono leve. Outras novidades incluíram o Prestige F 5.7 (17,29 metros) da Prestige, marca do Grupo Beneteau, o ST550 (16,87 metros) da Invictus, e o Solaris Power 52 Coupé (16,20 metros), com três cabines duplas e duas casas de banho. Outras novidades incluíram o Granturismo 10.5 (10,75 metros) da Lomac, voltado para uso familiar e desportista, e o Mito 31 R (9,35 metros) da MV Marine, com casco desenvolvido em parceria com a Universidade de Nápoles. No sector de cruzeiros de menor porte, a Saxdor Yachts apresentou o 340GTWA (10,78 metros), o primeiro walkaround com cabina fechada.

A Sunseeker fez a estreia do Predator 55 A Sunseeker, apresentou oficialmente o novíssimo Predator 55, celebrando 30 anos de evolução da icónica linha Predator. Este modelo junta engenharia, ao design e ao luxo, combinando a performance ao conforto. Com um comprimento de 55 pés, o Predator 55 destaca-se pelo teto de fibra de carbono retrátil, produzido com a mesma tecnologia avançada utilizada na Fórmula 1, oferecendo uma experiência única de navegação ao ar livre. A motorização é garantida pelos poderosos motores Volvo Penta IPS 950, que entregam uma impressionante potência de 1.450 cavalos, permitindo atingir velocidades até 36 nós. Com um sistema de navegação inteligente, incluindo o Garmin Surround View, os utilizadores desfrutam de uma visão de 360 graus para manobras simplificadas e seguras. A zona de embarcações auxiliares, capaz de acomodar uma Williams Turbojet 325, e a plataforma hidráulica traseira são exemplos da otimização do espaço, enquanto o co-

ckpit oferece áreas de estar amplas e um layout inovador que conecta interior e exterior de forma harmoniosa. No interior, o Predator 55 privilegia o luxo e o conforto. O salão principal beneficia de janelas panorâmicas e tetos altos, criando um ambiente luminoso e espaçoso. A cabine do proprietário, localizada a meia-nau, está equipada com uma cama central, espaço de arrumação generoso e casa de banho privativa. A configuração interior é flexível, permitindo personalizações como a inclusão de uma terceira cabine para acomo-

dar até seis pessoas.

Segundo Andrea Frabetti, CEO da Sunseeker International, “o Predator 55 representa o melhor da nossa experiência acumulada ao longo de 50 anos, combinando materiais de última geração com um design inteligente que maximiza a funcionalidade e o prazer de navegação”

Especificações Técnicas

Comprimento Total: 17,3 m / 56’2”

Calado: 1,46 m / 4’10”

Deslocamento: 27.975 kg / 61.674 lb

Capacidade de Combustível: 1.800 L / 476 US Gal. Capacidade de Água Doce: 430 L / 114 US Gal. Capacidade de Águas Negras: 150 L / 39 US Gal. Alojamento: Até 6 hóspedes Opção de Motor: Volvo Penta IPS 950

Velocidade Máxima: Até 36 nós

Propulsão: Pods

O novo Y8 da Y Yachts ganha Prémio de Inovação em Design no Salão O Y8, o mais recente modelo

O NEO 43 Race da Maxim Yachts equipado com dois motores Mercury 450R
O Stand Capelli

de 80 pés do Estaleiro Alemão Y Yachts, foi distinguido com o Design Innovation Award 2024 na categoria de embarcações à vela acima de 14 metros, durante o Salão Náutico de Génova. Lançado em março deste ano, o Y8 é a mais recente aposta do estaleiro no segmento de iates de 80 pés.

Com 23,99 metros de comprimento total (ou 25,99 metros incluindo o bowsprit) e uma boca de 6,58 metros e um calado de 4,30 metros, o Y8 apresenta uma construção em fibra de carbono que garante

leveza e resistência. O modelo é equipado com um mastro de carbono, sistema hidráulico para ajustes, vela auto-virante, e cabos embutidos no convés que conduzem aos molinetes junto às duas rodas de leme. Estas características, combinadas com um plano vélico de 344,5 m², permitem que o proprietário opere a embarcação de forma autónoma, alinhado com a filosofia da Y Yachts.

O Y8 conta ainda com um motor auxiliar Yanmar 4LV195 com potência de 143 kW. Em condições de vento, o iate é otimizado para um desempe-

nho estável e eficiente.

O projeto é da autoria de Javier Jaudenes, da empresa britânica Surge-Projects, e destaca-se pela integração de processos e materiais sustentáveis. O convés inclui uma deckhouse envidraçada e um cockpit para hóspedes protegido por um bimini fixo. O interior, assinado pelo arquiteto dinamarquês David Thulstrup, combina madeiras escuras com tons claros nos tetos e estofos, criando um ambiente sóbrio e elegante.

A configuração interna é flexível, com opção de ter a

suite principal à proa ou na popa. O salão principal tem dimensões superiores às de muitos iates de 90 pés. A capacidade de alojamento inclui três cabines para seis hóspedes e duas cabines para três membros da tripulação. A primeira unidade do Y8 inclui uma área de estar na entrada do cockpit e uma sala de jantar rebaixada com uma mesa extensível, localizada junto à suite principal.

Os 65 Long Cruise e 72 Performance da Grand Soleil Os modelos Grand Soleil 65 Long Cruise e 72 Performance estiveram em destaque no 64º Salão Náutico Internacional de Génova, realizado de 19 a 24 de setembro de 2024.

O GS 65 Long Cruise apresenta um comprimento total de 21,60 metros, uma boca de 5,95 metros e um calado de 3,50 metros. O alojamento acomoda até 8 hóspedes em quatro cabines, além de espaço para 2 membros da tripulação. Está equipado com um motor auxiliar de 150 hp. A construção é feita pela infusão de resina de vinil a vácuo à base de epóxi em fibras biaxiais e tecidos de carbono unidirecionais e o design otimizado garantem desempenho eficiente e conforto em longas travessias.

Já o GS 72 Performance tem um comprimento total de 23,75 metros, uma boca de 6,20 metros e calado padrão de 3,70 metros (opcional até 4,20 metros), este modelo oferece acomodações para até 8 hóspedes em quatro cabines, além de espaço para 2 a 3 tripulantes. O design focado em performance combina materiais avançados e soluções sustentáveis, proporcionando uma experiência de navegação ágil e confortável. Tem um motor de propulsão auxiliar de 150 hp.

O Stand Honda Marine
Honda com a gama Sporty White da Honda

O Catamarã

Bluegame BGM75 esteve em destaque O Bluegame BGM75 de 22, 70m com uma boca de 8,15m e um calado de 1,6m também marcou presença.

Este multicasco de luxo destaca-se pelo design arrojado que combina a elegância de

um iate tradicional com a eficiência e a estabilidade de um catamarã.

Este 75 pés, oferece espaços amplos e versáteis, perfeitos para o convívio e conforto. Pode receber até 16 pessoas, tendo acomodações para 6 convidados e 3 tripulantes.

A propulsão tem duas opções, a primeira com 2xVolvo

NEO 43 Race, que se destaca pelo seu design inovador e versatilidade, apresentando 12,73 metros de comprimento, 3,70 metros de boca, um calado de 0,84 metros e equipado com dois motores Mercury Racing 450R, totalizando 900 HP de potência. Possui um tanque de combustível com capacidade para 1.500 litros e um tanque de água doce de 240 litros. O design inclui áreas espaçosas para uso diurno e cabines bem equipadas para pernoite, oferecendo uma combinação de desempenho e conforto.

IPS 1050 D13 800hp 588kw com uma velocidade máxima de 19nós e a segunda 2xVolvo

IPS 1200 D13 900hp 662kw com uma velocidade máxima de 22nós, que permitem uma navegação impressionante, mesmo em longas travessias.

A Maxim Yachts apresentou o NEO 43 Race

A Maxim Yachts de Espanha fez a estreia internacional do seu mais recente modelo, o

A Maxim Yachts oferece também outra versão do modelo, como o MAX43 Comfort, que se destaca pelo seu amplo espaço na popa e abas dobráveis, proporcionando uma experiência única a bordo.

Ambas as variantes partilham características de ponta, como o uso de materiais compostos para maior leveza e durabilidade, bem como tecnologia de navegação de última geração. O design interior, sofisticado e funcional, prioriza o bem-estar a bordo, com zonas de estar confortáveis e uma cozinha bem equipada.

Os Motores estiveram mais uma vez em força

A Suzuki Marine apresentou a Linha Stealth

A Suzuki Marine revelou a sua nova Linha Stealth no Salão Náutico de Génova 2024, destacando-se pelo acabamento em preto mate com detalhes em preto cromado. Esta linha inclui modelos como o DF350AMD Stealth, com 350 HP, peso de 345 kg e sistema de controlo digital. O DF250A Stealth oferece 250 HP, pesando 283 kg, também com controlo digital. O DF200A Stealth possui 200 HP, peso de 235 kg e controlo mecânico. Estes

motores incorporam a tecnologia Lean Burn para eficiência de combustível e o sistema de dupla hélice no DF350AMD para melhor tração. A Linha Stealth reflete o compromisso da Suzuki com desempenho e design inovador.

A Yamaha Motor apresentou algumas inovações, incluindo a estreia europeia do novo Motor a Hidrogénio FB H2 A Yamaha Motor reafirma o

Stand Mercury
Mercury com Avator

seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade ao apresentar no Salão, o protótipo do primeiro motor fora de borda movido a hidrogénio para embarcações de recreio. Este protótipo, uma estreia europeia, é um marco importante no desenvolvimento de soluções de propulsão ecológicas para o setor náutico. Este é um passo importante na demonstração de como o hidrogénio pode ser uma alternativa viável no setor náutico.

Desenvolvido em colaboração com a Roush para o sistema de propulsão e com a Regulator Marine para a construção da embarcação de teste, o motor a hidrogénio foi submetido a diversos testes em água durante o verão, comprovando a sua eficiência e obtendo resultados extremamente satisfatórios. Para este projeto, a Regulator Marine construiu um casco baseado no modelo 26XO, adaptado para acomodar os tanques de hidrogénio necessários para alimentar o novo motor.

Este protótipo é parte da estratégia da Yamaha para alcançar a neutralidade carbónica nos seus processos de produção até 2035 e desenvolver uma gama de produtos “carbon neutral” até 2050. A Yamaha contribui assim para transformar o mercado de propulsão náutica, oferecendo soluções de energia mais sustentáveis e menos dependentes dos combustíveis fósseis.

Além do protótipo a hidrogénio, a Yamaha apresentou também outros motores de elevada potência, como o XTO 450hp V8 e o 350hp V6. O XTO 450hp é o maior motor fora de borda da Yamaha, destacando-se pelo seu sistema de controlo de torque e eficiência, ideal para embarcações de grande porte. Já o 350hp V6 oferece um desempenho robusto e ace-

leração rápida, sendo uma escolha popular entre os proprietários de embarcações de alto desempenho. Ambos os

motores apresentam tecnologia avançada de injeção eletrónica, garantindo eficiência e uma navegação suave. A

Yamaha apresentou ainda a nova geração do motor fora de borda elétrico HARMO 2.0, que incorpora melhorias sig-

Yamaha com Salpa
O Yamaha 350 Hp V6 4.3l em destaque no Stand Yamaha

nificativas em desempenho e eficiência energética.

A apresentação desses motores, juntamente com a inovação do motor a hidrogénio, reflete o compromisso contínuo da Yamaha em melhorar todos os aspectos dos seus produtos, sempre com foco na busca por soluções avançadas que atendam às crescentes necessidades de sustentabilidade do mercado náutico.

Honda Marine destacou o BF350

A Honda Marine revelou uma

gama completa da qual destacamos o BF350, um motor fora de borda de 350 cavalos de potência, um V8 de 5 litros. Este modelo destaca-se pela eficiência de combustível e desempenho, sendo ideal para embarcações de grande porte. O BF350 incorpora a tecnologia BLAST™ para acelerações rápidas e o sistema de controlo de cruzeiro ECOmo, que ajusta automaticamente a mistura de combustível para otimizar a eficiência. Além disso, apresenta o sistema de controlo de cruzeiro de 5 velocidades para uma navegação personalizada.

A Mercury Marine teve em destaque um V12 de 600 CV dourado

A Mercury Marine impressionou com a exposição do motor V12 de 600 CV, um modelo dourado de altíssimo desempenho, perfeito para embarcações de grande porte. O motor, de 12 cilindros, é destacado pela sua potência e inovação, com tecnologia de controlo precisa e desempenho elevado. Outros motores em exibição foram o Verado 600XL o 7,6l V12 de 600 CV, ideal para desem-

penho em alta velocidade e a gama eléctrica Avator teve em destaque os 110e e 75e.

A Mercury Marine anunciou uma atualização de software para o seu sistema SmartCraft®, que agora inclui novos recursos no Sistema de Pilotagem por Joystick. Esta atualização permite que o sistema neutralize automaticamente os efeitos do vento, ondas e correntes, proporcionando ao capitão a capacidade de atracar e manobrar com precisão e sem esforço. O sistema SmartCraft® é conhecido pela sua integração avançada, oferecendo monitorização detalhada do motor e controle aprimorado da embarcação.

Teste de Mar do Salpa

Soleil 52

Testámos a Embarcação Salpa Soleil 52 no mar, em Génova. A emoção de sentir o barco e o prazer da experiência única a bordo falam por si. Com um PVP anunciado de 977.245 Euros mais IVA, a embarcação tem um comprimento total de 15,60 metros e uma boca de 4,8 metros, alia desempenho e conforto. Tem um calado máximo de 1,15 metros proporciona excelente navegação, mesmo em águas rasas.

O Soleil 52 tem uma capacidade de até 20 pessoas e tem 2 cabinas espaçosas, mais uma para os tripulantes e uma toilet. Um depósito de 1.830l e uma motorização composta por três motores Yamaha XTO 450hp V8 de 5,6l, 1.350hp de potência (está homologado para uma potência máxima de 1.800hp), que permitem uma velocidade máxima de 40 nós, que atingimos no teste, sendo a navegação ágil, confortável e segura. O design da embarcação e a sua tecnologia avançada fazem desta uma opção para quem procura conforto e performance no mar.

Stand Suzuki
Motores Suzuki

Notícias Touron

Iniciativa de Ajuda aos Afetados Pela Tempestade Dana

Há algumas semanas, a tempestade DANA causou graves danos em várias comunidades autónomas de Espanha, sobretudo na Comunidade Valenciana. Perante a situação, a Touron decidiu lançar uma iniciativa de angariação de fundos, na semana de 11 a 15 novembro, para ajudar a mitigar os efeitos imediatos da catástrofe e apoiar a recuperação das áreas mais afetadas.

Temos, agora, o prazer de anunciar os bons resultados alcançados, graças à colaboração de todos os envolvidos. A Touron mobilizou-se, desde a primeira hora, para ajudar as vítimas da tempestade DANA

Após o devastador desastre natural ocorrido no dia 29 de Outubro, a direção da Touron reuniu-se imediatamente para definir ações de apoio. Na segunda-feira, 4 de Novembro, foi comunicado um plano de ação que estabelecia quatro vias principais de ajuda para contribuir para a recuperação das áreas afetadas pela Tempestade DANA. A campanha de Touron foi

desenvolvida através das quatro frentes seguintes:

1. Doação de 1% da faturação da Touron durante a semana de 11 a 15 de Novembro

1% da nossa faturação naquela semana, tanto de encomendas já agendadas como de novas encomendas, foi destinado à causa. Tal permitiu alcançar uma contribuição de 13.107,55€ por parte da Touron

2. Colaboração dos nossos fornecedores Mercury, Quicksilver e Bayliner

As nossas principais marcas decidiram aderir a esta causa, demonstrando o seu empenho e generosidade. Juntos contribuíram com um montante adicional de 8.000€, o que aumentou consideravelmente o total angariado.

3. Participação dos nossos clientes

Um agradecimento muito especial às 16 empresas náuticas que generosamente participaram na campanha, doando 1% da sua margem comercial nas encomendas faturadas durante a semana de 11 a 15 de Novembro. Estas náuticas foram fundamentais para o sucesso desta iniciativa e, graças à sua colaboração, foram angariados 3.245,68€

As empresas náuticas participantes foram: Ampurianautic (Girona), Autonáutica Milá (Tarragona), Autonáutica Segura (Alicante), Don Marino (Málaga), Nautic Service (Girona), Náutica Fontoba (Saragoça), Náutica Gonbel (Pontevedra), Náutica La Fontana (Alicante), Náutica Martínez (Alicante), Náutica Palamós (Girona), Náutica Reynés (Ilhas Baleares), Nauticost (Alicante), Talleres Platero (Barcelona), Tecnomar Ibiza (Ilhas Baleares), Yates & Cosas (Santander), todas de Espanha e a Onda-

náutica (Lagoa) de Portugal. Agradecemos profundamente aos nossos clientes pela sua colaboração e apoio nesta causa tão nobre.

4. Contribuições dos nossos colaboradores, amigos e familiares

Através da plataforma da Cruz Vermelha Espanhola https:// cercadeti.cruzroja.es/touron, disponibilizou-se uma opção de doação anónima que permitiu aos nossos funcionários, familiares, colaboradores e qualquer pessoa interessada

em dar a sua contribuição voluntariamente. Esta ação demonstra o espírito de solidariedade e compromisso coletivo da Touron com aqueles que mais precisam. Graças a estas generosas contribuições, conseguimos angariar mais 2.573,95€ para a causa.

No total, entre todas as contribuições, a Touron conseguiu angariar um montante de 26.927,18€, que foi entregue à Cruz Vermelha para distribuição nas áreas afetadas pela tempestade DANA.

Queremos expressar o nosso mais sincero agradecimento a todos os nossos clientes, fornecedores, colaboradores e amigos que tornaram possível esta iniciativa. Esperamos que o valor angariado possa contribuir, neste momento difícil, para o alívio de quem mais precisa.

Apesar da dimensão da tragédia, acreditamos na força da comunidade e na capacidade de reconstruir tudo o que foi perdido. Juntos, encontraremos esperança e força para seguir em frente.

Notícias

Notícias do Porto de Lisboa

Pela Segunda Vez o Melhor Terminal de Cruzeiros da Europa

O Porto de Lisboa conquista pela segunda vez o prémio de Melhor Terminal de Cruzeiros da Europa nos World Cruise Awards 2024 e Lisboa foi distinguida como Melhor Destino de Cruzeiros da Europa.

Em 24 de novembro o Terminal de Cruzeiros do Porto de Lisboa foi distinguido, pela segunda vez, como Melhor Terminal de Cruzeiros da Europa e a cidade de Lisboa foi eleita como Melhor Destino de Cruzeiros da Europa na 4.ª edição dos prestigiados World Cruise Awards, cuja cerimónia decorreu no Funchal, Madeira.

O Terminal de Cruzeiros de Lisboa reafirma o seu estatuto como referência internacional, ao conquistar este título pela segunda vez, superando outros terminais de renome como os de Barcelona, Oslo, Valeta e Amesterdão.

Este é o Melhor Terminal de Cruzeiros da Europa
O Terminal junto ao Centro Histórico de Lisboa

O terminal lisboeta, que já foi galardoado em 2022, destaca-se pelas suas condições excecionais de acolhimento, integrando harmoniosamente a cidade e o rio Tejo.

Por outro lado, Lisboa reafirma-se como destino de eleição ao vencer o prémio de Melhor Destino de Cruzeiros da Europa também pela segunda vez, depois de uma primeira conquista em 2021. Este prémio coloca Lisboa à frente de destinos icónicos como Atenas, Barcelona, Dubrovnik, Kotor, Roma e Nice.

Carlos Correia, presidente da APL da Administração do Porto de Lisboa, declarou a propósito: “Lisboa é hoje sinónimo de excelência na

É uma obra que honra a arquitetura portuguesa

O papel pioneiro do Porto de Lisboa na sustentabilidade do setor
Lisboa foi eleita como Melhor Destino de Cruzeiros da Europa

Lançamento do programa “Cruzeiros pela Comunidade”, que promove a integração social e o desenvolvimento sustentável na cidade

O Terminal de Cruzeiros de Lisboa acumula várias distinções importantes

indústria de cruzeiros, com uma infraestrutura de qualidade superior e uma estratégia sustentável que atrai centenas de milhar de visitantes por ano. Este reconhecimento é fruto do empenho conjunto do Porto de Lisboa, das autoridades locais e das entidades de turismo, na criação de uma experiência única e sustentável para todos os que escolhem Lisboa como destino”. Carlos Correia destacou ainda: “o papel pioneiro do Porto de Lisboa na sustentabilidade do setor, com iniciativas como a criação do Comité de Sustentabilidade da Atividade de Cruzeiros em Lisboa e o lançamento

Porto de Lisboa na liderança como destino e infraestrutura de referência no turismo de cruzeiros
O Diretor Geral do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, Duarte Cabral, recebeu os galardões na 4.ª edição dos prestigiados World Cruise Awards, cuja cerimónia decorreu no Funchal, Madeira

do programa “Cruzeiros pela Comunidade”, que promove a integração social e o desenvolvimento sustentável na cidade”

Sobre o prémio do terminal, o presidente da APL afirmou: “Este galardão confirma o Terminal de Cruzeiros de Lisboa como uma obra que honra a arquitetura portuguesa, ao mesmo tempo que posiciona Lisboa entre os melhores portos da Europa. É um símbolo de hospitalidade e inovação ao serviço do turismo”

Os World Cruise Awards, atribuídos desde 2021, reconhecem a excelência no setor global de cruzeiros e são considerados os “óscares do turismo de cruzeiros”. Lisboa e a Madeira têm dominado a categoria de Melhor Destino de Cruzeiros da Europa, mantendo o prémio em Portugal ao longo de todas as edições.

A gala deste ano reuniu os principais nomes do setor dos cruzeiros numa celebração que destacou a excelência e a inovação na indústria, consolidando o posicionamento do Porto de Lisboa e o seu papel de liderança como destino e infraestrutura de referência no turismo de cruzeiros. O Terminal de Cruzeiros de Lisboa acumula várias distinções importantes, incluindo: Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura 2017; Reconhecimento nos Wallpaper Design Awards 2017 que elegeram Lisboa como “Melhor Cidade”; Vitória como Melhor Terminal de Cruzeiros da Europa nos World Cruise Awards 2022;

Prémio Secil de Engenharia 2023, atribuído à engenheira Marisa Ferreira, responsável pelo projeto estrutural do terminal – uma distinção histórica por ser a primeira vez em 30 anos que o prémio foi entregue a uma mulher.

Uma infraestrutura de qualidade superior e uma estratégia sustentável que atrai centenas de milhar de visitantes

Pesca Lúdica

Escolher Amostras Como Fazer?

Há quem pegue numa amostra e não consiga imaginar que tipo de desempenho ela terá quando lançada ao mar.

Este é um tipo de raciocínio que devemos estar sempre habilitados a fazer, pois não saber fazê-lo induz-nos a gastar dinheiro de forma desnecessária.

Não podemos comprar para “ver se dá”…

Comprar productos com

critério pode salvar a nossa carteira de mil experiências fracassadas, e muito dinheiro mal gasto.

Seria bom pormos a mão na consciência e perceber que as características técnicas de uma amostra determinam com precisão aquilo que ela vai fazer dentro de água. Não

há efeitos mirabolantes, não há surpresas.

Na verdade os princípios técnicos de comportamento de uma amostra na água não são assim tantos. Sejamos objectivos nas nossas compras.

Em termos de amostras, podemos adquiri-las para pes-

ca de superfície, de meia água ou de profundidade.

Vamos vê-las aqui em detalhe.

As amostras de superfície são bastante conhecidas, falamos dos “lápis”, os “stickbaits”, dos poppers, em suma, de todas aquelas que não tendo pala se destinam a predadores que patrulham águas mais superficiais.

Em dias de bom tempo, mar calmo, a horas bem matutinas ou vespertinas, digamos que nos dois extremos do dia, são muito eficazes. O peixe miúdo acerca-se da superfície, e os predadores seguem-no.

A falta de visibilidade joga a favor de quem está por baixo da presa e espera um movimento em falso para atacar.

Uma amostra sem pala é mais um desses peixes miúdos que vem alimentar-se na primeira linha de água. O peixe juvenil, de pequeno tamanho e pouca experiência de vida, paga o preço da sua confiança e inocência.

Isso passa-se à superfície, o movimento dos pequenos peixes é para nós pescadores perfeitamente visível, e é precisamente esse o momento de utilizar amostras destituídas de pala, é aí que elas trabalham bem.

Aquilo que estamos a fazer não é mais que dar uma silhueta, um pequeno corpo que passa acima de quem está à procura de comida. As amostras de superfície são isso. Mas os peixes podem estar um pouco mais fundos, e isso acontece sobretudo quando

E porquê este tipo de amostras?

ocorrem fenómenos meteorológicos desfavoráveis, ventos, temperaturas baixas, etc, e nesse caso vamos ter de os procurar mais abaixo. Se necessitamos de afundar a amostra, temos necessidade de um elemento que provoque esse afundamento. Chama-se pala, ou “babete”, por ser colocado grosso modo na posição da boca da imitação do peixe.

Quando a opção são as amostras com pala, não há milagres, falamos de um efeito mecânico, previsível.

Palas mais curtas e de colocação mais vertical favorecem

movimentos laterais rápidos, mais nervosos, e não afundam em demasia as amostras.

Pelo contrário, palas longas e de inclinação menos pronunciada afundam as amostras e dão-lhes movimentos mais previsíveis, mais padronizados.

É de bom tom procurar encontrar o padrão de comportamento do peixe. A maior parte dos robalos, por exemplo, à mesma hora do dia e na mesma zona de mar, estarão a fazer sensivelmente a mesma coisa.

Quando encontramos um, registamos os dados e va-

mos procurar outros peixes nas mesmas condições. É muito comum que as pessoas se distraiam a mudar de amostras, a tentar encontrar a que possa funcionar melhor nesse dia. Se isso tem de algo positivo, nomeadamente a passagem de amostras por vários patamares de água, e consequentemente multiplicando as possibilidades de encontrar peixes, também pode ser negativo caso, depois de encontrarmos os robalos, mudarmos para uma amostra que não tem características técnicas que lhe permitam passar no nível de

água em que esses predadores evoluem. Se os robalos estão fundos, se ferramos uns quantos bem em baixo, porquê mudar de amostra para um popper de superfície?!...

Ser criterioso é saber insistir naquilo que resulta e ser capaz de perceber que não vale a pena insistir naquilo que não resulta.

A razão pela qual a maior parte das pessoas acaba por fazer uma coleção de amostras dentro da sua caixa de acessórios prende-se com o facto de não conseguir ser objectiva nas suas compras.

A sê-lo, deveria pensar que

existem critérios base que devem ser respeitados.

O primeiro é óbvio: cada amostra custa X euros e o investimento em equipamento está longe de poder ser feito apenas em amostras. Há muito mais a cuidar, canas, caretos, linhas, etc.

Muitas pessoas adquirem amostras como forma de panaceia para o facto de não poderem ir pescar. Se o mar está mau, se as condições não permitem sair à pesca, então que se passe pela loja e se adquira algo para “matar o vício”. É um mau princípio. Tão mau quanto ir a uma pastelaria em jejum…

Ser objectivo significa ter a noção de que devemos segmentar as possíveis condições de mar, e prepararnos tecnicamente para cada uma delas, mas …sem excessos.

Mar calmo

A ausência de vento induz normalmente a um mar calmo. Ou apenas aparentemente calmo.

É possível que exista ondulação alta, mar com força de fundo a revolver a areia em baixo, sem que a sua lisa superfície o denuncie.

A Portugal continental a onda chega-nos de muito lon-

ge, (já aqui falámos sobre o ditoso triângulo das Bermudas), atravessa o oceano, e vem quebrar nas nossas praias ou falésias.

Aquilo a que a maior parte das pessoas chama de “ondas” são afinal vagas.

Não é o mesmo. O que é formado localmente, na nossa costa, é a vaga. E essa necessita de vento para se formar.

Quando temos mar liso e ainda assim a água rebenta nas rochas, são sempre ondas. Reparem como o mar avança decidido direito à costa nos dias de nevoeiro, sem vento portanto, e entendem.

Esses são os dias favoritos dos robalos para se chegarem junto à rebentação.

Sabendo que nestes dias os robalos sobem para atacar peixes que evoluem na primeira capa de água podemos utilizar amostras de superfície, os ditos passeantes, ou até poppers.

Os robalos atacam o passeante com toda a energia que guardam dentro de si, e isso eleva a pesca a um nível de adrenalina máximo

E porquê este tipo de amostras?

Por ordem de apresentação, as referências são:

Shimano Bream Pencil 75F - 012 Kyorin Bora

Referência: 4969363954220

Shimano Bream Pencil 75F - 013 Kyorin Katakuchi

Referência: 4969363954237

Shimano OT-111Q Coltsniper Rockwalk 110F - 019 S Blue Runner

Referência: 4969363858320

Se a água estiver bem calma, e por vezes está lisa, essa mesma presa torna-se bem mais fácil de detectar e caçar. Essas são as condições para as amostras de superfície. Ninguém duvide do seu grau de eficácia, porque podem fazer-se pescarias absurdas com este tipo de amostras. Eu, nas minhas saídas de mar a fazer spinning, estou a utilizar cada vez mais os passeantes e por várias razões: porque os peixes acreditam neles (ninguém os utiliza... logo os peixes têm menos defesas criadas para os evitar), porque em si a figura de um peixe que deambula errático à superfície é uma presa debilitada, sem rumo, sem o sentido da discrição que caracteriza os exemplares saudáveis, e sem a noção de que é um alvo perfeito.

A juntar a isto, temos que os ataques de um peixe a uma amostra de superfície é sempre algo de ultra excitante. Sem excepção, são ferragens absolutamente espectaculares!

Shimano Bream Pencil 75F - 012 Kyorin Bora
Shimano OT-111Q Coltsniper Rockwalk 110F - 019 S Blue Runner
Shimano Bream Pencil 75F - 013 Kyorin Katakuchi

Pesca

Como Escolher Amostras - Cap II

Temos vindo a esmiuçar a questão da escolha das amostras mais indicadas para cada tipo de condições de mar.

Vamos seguir com esse raciocínio, de forma a dar a cada um dos pescadores que leem o blog elementos técnicos que lhes permitam fazer compras com conhecimento de causa, sempre no sentido de evitar despesas inúteis. No número anterior abordámos a questão das amostras de superfície, a sua aplicação e referimos a sua remarcável eficácia.

Vamos ver hoje um outro modelo, a comum “amostra com pala”.

Amostras para mar ...meio encrespado

As condições de mar para que estas amostras resultem em pleno são bem diferentes daquelas que vimos para os nossos “stickbaits” ou poppers, os quais nos servem essencialmente para águas

superficiais calmas.

Haver alguma ondulação deixa de parte as amostras de superfície, muito menos eficazes fora do âmbito das suas águas lisas, mas abre a porta a um outro tipo de amostra, a qual trabalha bem em condições de vento e turbulência.

É um facto de que no nosso Atlântico, um oceano estreito e por isso mais revolto, temos anualmente uma infi-

nidade de dias com ondas e vagas, a solicitar uma amostra mais “chamativa”, com pala. E porquê?

Se há ondulação, ou mesmo que apenas vaga, já não temos mar isento de ruídos e por isso vamos ter de apostar em algo que produza algum tipo de som ou vibração que a referencie aos sentidos do predador.

A espuma, a água que bate contra algo, a própria deslo-

Um exemplo de uma amostra Shimano com pala. Trata-se do “babete” que podem ver por baixo da cabeça e que, mediante a pressão da água, obriga a amostra a movimentar os flancos para um e outro lado, de forma repetitiva

Mar revolto não é sinónimo de má pesca, é sim motivo para uma escolha criteriosa da amostra

cação desta empurrada pelos ventos, a areia do fundo que levanta em pesqueiros baixos, as pedras que rolam no fundo, tudo isso emite som. E se queremos chamar a atenção do peixe temos, no mínimo, de ser capazes de produzir algum tipo de vibração/som/ ruído que se sobreponha ao som ambiente natural.

Há um detalhe a que vocês não atribuem demasiada importância, mas que a tem, e muita: a visibilidade da água, a qual, à medida que a tempestade avança, vai sempre diminuindo, sempre de mais a menos.

O momento ideal para ir procurar os robalos é precisamente quando as condições começam a mudar, ou seja, quando o robalo já sentiu que as condições de mar vão mudar, quando mobiliza a sua atenção para as possibilidades de alimentação

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com

fácil que aí vêem, mas ainda há visibilidade suficiente para que possamos usar amostras não excessivamente “chamativas”. Sabemos que essas escaldam o pesqueiro muito depressa, os robalos fartamse depressa daquele objecto barulhento que afinal não é comida. A dada altura já estão a fugir dele, em vez de o perseguirem. Que condições procuramos então? O que é afinal “mar bom”?

Pode acontecer estar o mar apenas meio encrespado, batido do vento mas ainda sem vaga excessiva.

Porque as vagas não são de momento demasiado fortes, ainda haverá peixe miúdo na primeira capa, os primeiros dois metros, mas já embalado ao sabor da força das águas. A sua mobilidade e capacidade de fuga começa a reduzir.

E os robalos irão estar por aí, atentos, focados, à procu-

ra dos mais fracos.

Ponto prévio: não nos serve procurarmos o robalo onde ele não está. Se as condições de mar apontam para peixes a caçar logo abaixo da linha de superfície, é aí que os devemos procurar.

Neste caso, uma amostra que trabalhe entre a superfície e um metro de profundidade faz bem o seu trabalho. Guardamos as amostras de pala frontal longa para os momentos em que é neces-

sário ir mais fundo procurar o peixe.

E que cor de amostra?

Porque ainda temos visibilidade suficiente, as cores neutras são ainda as de maior eficácia. Vejam dois exemplos nas imagens acima:

As vagas ajudam-nos a esconder detalhes que não podemos evitar, o caso da linha multifilamento, a baixada em fluorocarbono, e até a nossa silhueta projectada no mar.

São muito comuns de verão os famosos e persistentes “garruaços” da tarde, típicos dos meses de maio a Setem-

bro, que mais não são que vagas de vento.

Mas este mar picado, de superfície irregular, também acontece de inverno sendo normalmente o prenúncio de grandes temporais na costa, os tais de “aviso vermelho”.

Mar revolto não é sinónimo de má pesca, é sim motivo para uma escolha criteriosa da amostra. De resto, pesca-se na mesma, o robalo não tem medo da água. Mas se pudermos escolher o momento de estarmos a lançar amostras, esse momento é precisamente o prelúdio de mar grande.

Devemos estar lá, preparados, com todo o nosso arma-

mento à mão, porque há minutos que não se repetem… Se estiverem atentos e acreditarem na sabedoria popular (o melhor almanaque de natureza que existe… porque baseado em conhecimento feito de experiência humana ao longo de muitas gerações), vão reparar que o termo “a calmaria que antecede a tempestade” faz todo o sentido.

O dia anterior a uma tormenta é normalmente muito calmo. A pressão atmosférica baixa, o vento roda a sul e a temperatura do ar sobe. Estes dias ou horas de mar “ainda” calmo são particular-

mente apreciados pelos nossos robalos porque sabem de antemão o que vai acontecer: as condições de caça para eles vão melhorar em flecha. As águas agitadas favorecem todos aqueles que são bons nadadores, e os robalos são excelentes nadadores, mas são impiedosas com os mais pequenos, aqueles cujo corpo leve abana dramaticamente com as ondas e correntes. Haver tempestades é crucial para os predadores porque essas são as condições que lhes enchem o estômago. Neste enquadramento, e com os robalos ultra excitados à procura de comida, a amostra certa no momento certo faz estragos profundos. Caso tenhamos algum fundo, e na eventualidade de já termos batido a primeira capa de água, podemos tentar um pouco mais abaixo, com uma amostra de pala um pouco mais longa. A Shimano tem algumas que são clássicos, nomeadamente aquelas que apresentam uma lâmina espelhada e oscilante junto à cabeça, a qual, mediante a turbulência das águas e os movimentos de cana que imprimimos, brilham, dão sinais de movimento e vida, e por isso são fatais.

Vamos no próximo número ver onde se escondem os peixes miúdos, e continuar a falar sobre amostras.

Shimano Exsence Slim Assassin 149F XAR-C - 002 - Referência: 4969363954893
Shimano Exsence Slim Assassin
Esta Shimano dá bons resultados quando se trata de ir mais abaixo procurar peixe

Economia Azul

Plataforma Logística da Pampilhosa Vai Avançar

A partir do Porto de Aveiro este projeto já se arrastava há muitos anos

A Câmara da Mealhada, a Administração do Porto de Aveiro e a Administração do Porto da Figueira da Foz já estão no terreno com o estudo dos modelos de negócio e de exploração da Plataforma Logística da Pampilhosa (PLP), comprometendo-se a apresentar o estudo prévio para esta estrutura já em março do próximo ano.

O Município da Mealhada e as administrações dos portos reuniram, recentemente

OMunicípio da Mealhada e as administrações dos portos reuniram, recentemente, para dar arranque aos estudos e calendarizar as ações a levar a cabo em todo o processo, conhecidas que são as novas orientações da União Europeia para o desenvolvimento da Rede Transeuropeia de Transportes, que colocam a Plataforma Logística da Pampilhosa como Terminal Rodoferroviário Principal neste conjunto de infraestruturas e de gestão de transportes. Esta vontade conjunta de reforçar a conectividade ferroviária com os portos e criar uma infraestrutura logística de qualidade na região Cen-

tro, levaram estas entidades a lançar o concurso para a elaboração deste estudo para a futura Plataforma, que será um dos equipamentos classificados como principais no país em matéria de distribuição e transporte de mercadorias.

Esta decisão está devidamente expressa no Regulamento n.º 2024/1679 do Parlamento Europeu e do Conselho de 13 de junho de 2024, relativo às novas orientações da União Europeia (UE) para o desenvolvimento da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), revogando a anterior decisão nesta matéria.

Os trabalhos para o estudo, que já estão no terreno, integram a definição do modelo operacional da PLP, identificação e análise de benchmarking das plataformas logísticas ibéricas, estudo de mercado da PLP, proposta de estudo prévio, identificação e caraterização das infraestruturas e superestruturas a construir, definição do modelo de exploração, opções de financiamento e elaboração de estudos de viabilidade económico-financeira, entre outros.

A construção de uma zona industrial contígua à Plataforma, a criação de um porto seco (estação aduaneira) e a possibilidade de expansão para Coimbra norte são algumas das opções a ter em conta nos estudos a serem feitos com ‘stakeholders´ desta futura solução logística no concelho da Mealhada.

“Este projeto já se arrastava há muitos anos, sofreu várias alterações, mas de há dois anos a esta parte começou a ganhar força e uma nova dimensão. À nossa insistência juntaram-se agora as novas orientações da

União Europeia e a vontade dos Portos de Aveiro e da Figueira da Foz para trilharem este projeto connosco”,

refere António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, apontando que “esta oportunidade é única para

Ramal do Porto de Aveiro
Porto de Aveiro

União Europeia quer desenvolver a Rede Transeuropeia de Transportes

A electrificar a ferrovia

fazer vingar este projeto, colocando-o na agenda local, nacional e da Europa”

O autarca lembra que a PLP “encaixa-se perfeitamente nas metas da União Europeia quanto àredução das emissões líquidas de gases com efeito de estufa” e defende que “é vital para atingir essa meta a criação de portos secos, que privilegiam o transporte ferroviário, tirando o transporte de mercadorias das nossas

estradas”

Eduardo Feio, presidente do conselho de Administração do Porto de Aveiro e do Porto da Figueira da Foz, reconhece o papel da Plataforma Logística da Pampilhosa como “fundamental para os dois portos, na perspetiva de aumento do seu ´hinterland’, permitindo aumentar os serviços portuários e logísticos em toda a região Centro e potenciar a nossa posição em termos ibéricos”

Por outro lado, continua aquele responsável, “é fundamental também para cumprir os desígnios europeus na transferência modal do transporte rodoviário para ferroviário, contribuindo para a descarbonização, tonando-nos mais eficientes sem pôr em causa o sucesso da nossa economia”

Importa referir que no quadro da infraestrutura de transportes e aplicações telemáticas, bem como as medidas destinadas a promover a gestão e utilização eficientes dessa infraestrutura, o concelho da Mealhada, através daquela estrutura da Pampilhosa, faz parte do Corredor Atlântico da Rede Principal (core network), a concluir até 2030, com um total de nove corredores em toda a Europa.

Figueira da Foz tem mercadoria para transportar

Investigação ao Titanic

Novos Mergulhos ao Titanic

Realizar o registo fotográfico mais detalhado

Uma equipa de especialistas em filmagem, cientistas e historiadores mergulhou e vai mergulhar mais até os destroços do Titanic, para realizar o registo fotográfico mais detalhado já feito do navio.

Vão usar uma tecnologia de ponta para examinar todos os cantos do Titanic para obter novas imagens do naufrágio.

Esta será a primeira missão ao Titanic desde a tragédia da Ocean Gate que implodiu no ano passado, provocando a morte dos cinco passageiros, enquanto tentavam visitar a carcaça do navio.

A nova expedição será organizada por uma empresa norte-americana que detém os direitos exclusivos sobre os destroços e que já retirou cerca de 5500 objetos dos destroços.

Mas esta última visita é puramente uma missão de reconhecimento e estudo.

Dois veículos robóticos vão

mergulhar no oceano para capturar milhões de fotografias de alta resolução e fazer um modelo 3D de todos os detritos.

“Queremos ver os destroços com uma clareza e precisão nunca antes alcançadas”, David Gallo, líder da expedição.

O navio logístico Dino Chouest será a base das operações no Atlântico Norte.

Se o tempo permitir, ele deverá passar 20 dias em alto mar, logo acima dos destroços, que ficam a 3800 metros de profundidade.

Serão algumas semanas para todos os envolvidos.

Um dos cinco que morreram no submarino da OceanGate foi o francês Paul-Henri (“PH”) Nargeolet. Era o diretor de pesquisa da RMS Titanic Inc e deveria agora liderar esta expedição.

Uma placa será colocada no fundo do mar em sua ho-

menagem.

“É difícil, mas o problema da exploração é que há um desejo e um impulso para continuar. E estamos a fazer isso por causa da paixão que PH tinha pela exploração contínua”, explica o historiador Rory Golden, que

será o “chefe oficial” em Dino Chouest.

Pode haver poucas pessoas na Terra que não conheçam a história do Titanic e como ele foi danificado por um iceberg, a leste do Canadá, na noite de 15 de abril de 1912.

São inúmeros livros, fil-

O navio logístico Dino Chouest

mes e documentários sobre o evento.

Mas, embora o local do naufrágio tenha sido alvo de repetidos estudos desde a sua descoberta em 1985, ainda não existe o que poderia ser descrito como um mapa definitivo.

O Titanic na última viagem

E embora as secções de proa e popa do navio quebrado sejam razoavelmente bem compreendidas, há extensas áreas do campo de destroços ao redor que receberam apenas uma inspeção superficial.

Dois ROV, veículos operados remotamente, de seis toneladas pretendem corrigir isso.

Um será equipado com uma série de câmaras óticas de alta definição e um siste-

ma de iluminação especial, o outro vai carregar um pacote de sensores que inclui um laser.

Juntos, eles vão percorrer uma secção de 1,3 km por 0,97 km do fundo do mar.

Evan Kovacs, responsável pelo programa de imagens, diz que os seus sistemas de câmaras devem produzir resolução milimétrica.

“Se todos os deuses do clima, os deuses do computador, os deuses do ROV, os deuses das câmaras –se todos esses deuses se alinharem, seríamos capazes de capturar o Titanic e o local do naufrágio com o máximo de perfeição digital possível“, disse Evan Kovacs.

Há uma grande expectativa sobre o que o magnetómetro a bordo do sensor ROV pode produzir. Esta é a primeira vez que esse equipamento será usado no Titanic.

O instrumento vai detetar todos os metais no local do naufrágio, até mesmo materiais que estejam enterra-

O Ocean Gate que implodiu
Mais um mergulho aos destroços do Titanic

dos nos sedimentos, fora da vista.

“Seria um sonho absoluto determinar o que aconteceu com a proa do Titanic abaixo do fundo do mar”, explicou a engenheira geofísica Alison Proctor.

“Esperamos poder deduzir se a proa foi ou não esmagada quando atingiu o fundo do mar, ou se pode realmente estender-se intacta até ao sedimento.”

A equipa quer revisar o estado de alguns objetos bem conhecidos no campo de destroços, como as caldeiras que se espalharam quando o navio que era a vapor se partiu ao meio.

Também existe o desejo de localizar itens que podem ter sido vistos em visitas anteriores. Estes incluem um candelabro elétrico, que no início do século XX eram uma curiosidade fascinante, bem como a possibilidade de um segundo piano de cauda Steinway.

A moldura de madeira do instrumento musical já se deteriorou há muito tempo, mas

a placa de ferro fundido, ou moldura, que segurava as cordas ainda deve estar lá.

“Para mim, são os pertences dos passageiros, especialmente as malas, que são de maior interesse”, disse Tomasina Ray, curadora da coleção de artefactos do Titanic.

“São os seus pertences –se conseguirmos recuperar mais no futuro – que ajudam a dar corpo às suas histórias. Para muitos passagei-

ros, são apenas nomes numa lista e é uma forma de mantê-los significativos”

Esta será a nona visita do RMS Titanic Inc ao local do naufrágio. A empresa gerou polémica nos últimos anos com o desejo declarado de tentar trazer à tona parte do equipamento de rádio Marconi que transmitiu os pedidos de socorro na noite do naufrágio.

Isto não acontecerá nesta expedição, mas se e quando

ocorrer, significaria extrair um objeto de dentro dm navio em desintegração.

“Mergulhamos no Titanic para aprender o máximo que pudermos com ele; e como se deveria fazer com qualquer sítio arqueológico, fazemos isso com o maior respeito. Mas deixá-lo em paz, apenas deixar os seus passageiros e tripulação perderem-se na história – essa seria a maior tragédia de todas.”

Uma missão de reconhecimento e estudo

Para que o Tejo Volte a Ser um Rio Vivo e Vivido

1.ª Parte

Os Rios estão para os Continentes como os vasos condutores estão para o sistema vascular do corpo humano. Quando as nossas artérias começam a ficar obstruídas e o sangue deixa de ter a sanidade devida, isso traznos problemas graves de saúde que podem levar-nos à morte”.

Se Tejo o não fosse tão forte já estaria morto

Apropósito, para que uns não esqueçam e os que desconhecem passem a saber o nosso maior rio, eixo identitário de uma bacia hidrográfica que se estende por um território equivalente a uma terça parte de Portugal Continental, o Tejo se não fosse tão forte já estaria morto, devido à forma como tem vindo a ser tratado desde há muito, ao que o poder político tem sucessivamente fechado os olhos por razões, que a razão desconhece.

Como rio ibérico transnacional, a mais pura água pro-

Tagus Vivan Crónica Carlos Salgado
Rio Tejo, a maior artéria da Peninsula Ibérica

veniente das cabeceiras da sua nascente, está a ser desviada pelo transvase Tajo-Segura para a rega dos territórios mais ao, mas também para os campos de golfe e os grandes empreendimentos turísticos, e há até quem diga que esse Tejo nascido na Serra de Albarracín, como aprendemos na escola, não é o nosso Tejo que desagua no oceano Atlântico, porque as águas da nascente desviadas pelo referido transvase, as que sobram, vão desaguar no Mediterrâneo. Se assim é, a água do Tejo que chega a Portugal será proveniente, em grande parte, da cloaca da grande Madrid.

Mas para além desta situação adversa que está a acontecer no país vizinho, devemos reconhecer que no curso português do rio são evidentes as vulnerabilidades e as insuficiências de vária ordem que o rio Tejo tem hoje, causadas por diversos factores e agentes, com tendência a recrudescer, situação deveras preocupante que as autoridades

e o poder central não conseguiram controlar nem travar até agora.

Perante este cenário, a Tagus Vivan que pugna por um Tejo Vivo e Vivido, decidiu tomar a iniciativa de en-

cetar um Ciclo de Conferências Regionais preparatórias de um Congresso do Tejo, em parceria com outras entidades dispostas a contribuir para a sua materialização, do qual a Conferência do

Comunidades Ribeirinhas

Médio Tejo sobre a Sustentabilidade do Rio, realizada em parceria com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, com o apoio logístico da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha e a colabora-

ção do nosso parceiro Protejo – Movimento pelo Tejo, no dia 7 do mês de Julho de 2016, no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, é a terceira do referido Ciclo de Conferências.

Mas importa também lembrar que o princípio do desenvolvimento sustentável deve fundamentar-se na sociedade, na economia e no meio ambiente assim como nos contornos que lhe estão associados, com a missão de satisfazer as necessidades das gerações do presente sem comprometer as das gerações futuras, mas é importante não ignorar que os recursos naturais são finitos,

e dentre eles a água, que é indispensável à sobrevivência da humanidade como comunidade. Portanto, o Desenvolvimento Sustentável não deve nem pode, de modo algum, deixar de respeitar e garantir o equilíbrio entre o meio ambiente, o desenvolvimento económico e a sociedade, numa relação que per-

mita que a sociedade tenha qualidade de vida e bem estar, mas para isso é indispensável que existam empresas industriais, agrícolas, de comércio e serviços para gerarem riqueza e criarem postos de trabalho, que possibilitem o crescimento económico e o equilíbrio financeiro da Bacia

Hidrográfica e do país, tendo como condição, obviamente, o uso de técnicas e métodos que respeitem o meio ambiente, os recursos naturais e o progresso social. Como este equilíbrio tem sido perturbado, nomeadamente em relação ao Tejo nacional, sem ter sido ainda possível alterar tal situação, a

Paisagem e natureza
O Tejo tem uma grande biodiversidade
O Castelo de Almourol

Tagus Vivan, na prossecução do seu objecto de Observar, Avaliar e Ponderar para poder Opinar e Agir, sobre tudo aquilo que diga respeito ao universo do Tejo, constatou que as agressões de que o Tejo tem sido vítima não foram contidas, antes pelo contrário ameaçam recrudescer. Por essa razão tem vindo a alertar o país e os órgãos de soberania para que não basta que a Sustentabilidade do rio Tejo continue a ser uma possibilidade, porque é imperioso que ela passe a ser uma realidade, inadiável.

O Congresso do Tejo III, cuja realização deu-se no mês de Novembro de 2016 na cidade de Abrantes, foi uma parceria com a Câmara Municipal local, e teve como principal desígnio abordar e debater o porquê, quem e o como das circunstâncias em que o nosso Tejo se encontra

e procurar encontrar soluções e apontar caminhos para que os problemas sejam solucionados. Este Congresso tem de ser objectivo, criterioso e dotado com os recursos técnicos, científicos e políticos necessários para que tenha uma participação evidente, com apresentações dignas, por oradores especialistas nas matérias, e conclusões fundamentadas, de forma a conseguir ter a força e a importância indispensável para contribuir, efectivamente, para que o Tejo volte a ser um Rio Vivo e Vivido.

Uma última nota: Como é sabido ninguém olha, cuida ou protege aquilo que desconhece ou deixou de interessar-lhe. Mas, nem a sociedade civil pode demitir-se de contribuir para a salvaguarda dos bens deste país, sobretudo os recursos natu-

rais que são finitos, nem a sociedade política, como sejam, os eleitos, podem deixar de ser os responsáveis directamente pela protecção e manutenção desses bens. Temos para nós que é nos bancos da escola que deve começar a sensibilização do cidadão, através de um pro-

grama de educação ambiental, mesmo que seja extra curricular, para a partir daí criar uma cadeia de transmissão desses valores para os pais, os avós e para as comunidades onde estão inseridos. Continua no proximo número do Notícias do Mar

O Tejo é uma porta aberta para o mundo

O Tejo a Pé

Mafra APERCIM & Tejo a Pé com Todos

Joellete, uma das vedetas do dia

“O Pedestrianismo é para TODOS” deu origem a um Workshop seguido de uma Caminhada Inclusiva, no dia 24 de novembro, que juntou em Mafra participantes da Associação Para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Mafra (APERCIM) e do Tejo a Pé, na partilha desta atividade que tanto amamos.

Assim, a manhã começou com um pequeno momento formativo onde os participantes puderam conhecer um pouco das atividades e projetos da Associação e de como a modalidade de Pedestrianismo pode ser adaptada para que seja, ainda, mais inclusiva. De seguida o grupo de 50 pessoas colocou “pés ao caminho” atravessando a Vila de Mafra até as imediações do imponente Palácio, que incluiu a participação dos caminheiros da APERCIM, contando com O magnífico dia de outono, e as suas cores, brindaram-nos

Texto Hugo Silva Fotografia Vários

Tejo a pé, mais que uma caminhada é sempre um tempo e espaço de boa conversa

um jovem que realizou o percurso numa Joellete, uma cadeira de rodas adaptada para trilhos, guiada por dois voluntários.

A caminhada prosseguiu na Tapada Militar de Mafra,

um espaço que está sob a responsabilidade da Escola das Armas do Exército Português, que gentilmente acedeu a esta incursão nos seus domínios. Aqui pudemos percorrer trilhos e caminhos que

O

compõem a “Volta do Forte”, bebendo da beleza do percurso, especialmente pincelada com os tons outonais que lhe

conferiram um encanto adicional. Tivemos ainda oportunidade de visitar o Forte do Juncal, uma das obras das

Linhas de Torres, onde fomos presenteados pela explicação da Arqueóloga Marta Miranda, acerca do papel deste e outros

Fortes na defesa das Invasões Napoleónicas. No regresso à APERCIM, aproveitamos para passar na denominada Vila Velha de Mafra e visitar a Igreja de Santo André, uma obra que remonta ao reinado de D. Dinis, no século XIV. Esta ação, a terceira em parceria com o Tejo a pé, foi organizada no âmbito do Projeto “Sai Prá Rua - Capacitar para Incluir pelo Desporto e Aventura” que esta Associação de apoio a Pessoas com Deficiência do Concelho de Mafra promove, com o apoio financeiro do Instituto Nacional para a Reabilitação e do Programa de Desporto para Todos do Instituto Português de Desporto e Juventude. O Tejo a pé é um grupo informal de amigos que se junta, desde há 17 anos, uma vez por mês, para caminhar no campo, cada vez mais um passeio tertuliante. Para participar, sem custos, basta enviar um email: cupeto@uevora.pt

No fim, ainda tempo para visitarmos a recuperada Igreja de Santo André

Joellete em plena ação

Notícias Nautel

Venha Descobrir a Nova Série de Multifunções Furuno

A Nautel apresenta a nova série de multifunções NavNet TztouchXL, compõe-se de cinco tamanhos diferentes de ecrã, e uma versão “Black Box”.

Tem todas as características que os navegadores desejam, incluindo exclusivos recursos de apoio à navegação, nunca antes vistos.

Além disso, a nova série incorpora o poder e desem-

penho que tem estado na marca de Furuno há décadas, envolto num fresco e simples modo de operar.

O que coloca estes MFDs tão à frente é o novo tipo cartografia, designado por TZ

MAPS à volta da qual giram todas as decisões de navegação ou apoio a pesca.

Os navegadores têm controle total sobre que dados do mapa pretendem visualizar, sejam vetoriais, “Raster”, fotos satélite ou dados batimétricos.

Além disso, é possível selecionar uma área específica para se atualizar regularmente. Com uma interligação direta à internet via o WiFi dos aparelhos, e recorrendo à sua “Chart Store” podem-se adquirir logo as atualizações.

Outra nova funcionalidade do TZ MAPS, denominada BathyVision, oferece aos utilizadores dados batimétricos verdadeiramente “fora dos gráficos” com linhas de contorno que podem ser configuradas com um único toque.

Quando dizemos configurável, estamos a falar de uma resolução de apenas 1m polegadas entre contornos - isto é 3x melhor do que qualquer outro gráfico batimétrico atualmente no mercado.

Os dados batimétricos são processados a partir da mesma base de dados de alta resolução utilizada para o sombreamento de profundidade personalizado do TZ MAPS e podem ser sobrepostos às cartas de navegação para criar cartas de pesca diferentes de todas as vistas anteriores.

Quando ligado a um radar DRS-NXT, ficam automaticamente desbloqueados dois

O novo tipo cartografia TZ MAPS

TZT22X, Sistema multifunções com ecrã de 21,5” TFT, Resolução FullHD

TZT13X, Sistema multifunções com ecrã de 13,3” TFT, FullHD

todos os objetos em redor do navio. Os ícones dinâmicos são criados automaticamente para alvos com maior probabilidade de colisão, garantindo que o comandante tem as informações necessárias para manter distâncias seguras ao passar.

A nova funcionalidade AI Avoidance Route™ utiliza todas as informações fornecidas pelo radar DRS-NXT e fornece instantaneamente uma rota segura em torno destes perigos, que pode ser enviada para um piloto automático da série Furuno NAVpilot com um único toque.

Inovações tecnológicas:

Hardware de última geração: Processador hexacore para uma capacidade de resposta instantânea.

Ecrãs LCD IPS com resolução Full HD, que oferece imagens nítidas e precisas incluindo sob forte luz solar e com o operador a usar óculos polarizados.

O processador “black box” TZTBBX admite três tipos de resolução de ecrã: FHD, SXGA e XGA.

Software de última geração:

novos e poderosos recursos de segurança, o Risk Visualizer™ e o AI Avoidance Route™.

O Risk Visualizer™ é uma função exclusiva dos radares DRS-NXT que fornece uma representação visual de 360° dos potenciais riscos de colisão de objetos que se aproximam em redor da embarcação. Ao contrário dos alarmes CPA/TCPA que indicam apenas os riscos visíveis no rumo atual do navio, o Risk Visualizer™ avalia

Cartografia TZ MAPS com novas funções AI Routing, AI Avoidance RouteTM, Risk VisualizerTM e BathyVision. Interface do utilizador melhorada: inspirada na série TZtouch3, mas agora com uma apresentação mais atrativa e ainda mais intuitiva, pensado para uma excecional experiência de uso. Ampla integração com dispositivos de terceiros, com um navegador web HTML 5 mais rápido.

Especificações gerais:

- Comando híbrido (tátil e teclado) nas versões TZT10X (10,1” WUXGA 1920 x 1200),

TZT24X, Sistema multifunções com ecrã de 24” TFT, Resolução FullHD

TZT13X (13,3”) e só tatil nas: TZT16X (15,6” FHD 1920 x 1080), TZT22X (21,5”, FHD 1920 x 1080) e TZT24X (24”).

- Brilho do ecrã 900 cd/m2 (típico). Cores da imagem 16.770.000 (em ChartPlotter), 64 cores (Radar/sonda).

- Sensor de GPS incorporado nos TZT10X, TZT13X, TZT16X. Nos outros liga sensor externo de GPS ou GiroGPS.

- Cartas TZ Maps, e MM3 vector.

- Interfaces: Ranhura para micro SDXC card (traseira), WiFi, USB, NMEA2000, NMEA0183, LAN, Video I/O, Aux I/O.

- 2 tomadas para transdutor, uma delas para varrimento lateral. Alimentação12/24VDC.

TZTBBX, Sistema multifunções sem ecrã (Black Box) para resolução de 1024 x 768, 1280 x 1024 e 1920 x 1080

TZT16X, Sistema multifunções com ecrã de 15,6” TFT, Resolução FullHD
TZT10X, Sistema multifunções com ecrã de 10,1” TFT, WUXGA

Arqueologia Náutica e Subaquática

Conferência Fahrenheit 1759

A Conferência de arqueologia “Fahrenheit 1759 – das falsas cores da arqueografia submarina à geofísica do fim de uma verdadeira batalha naval”, descreve, reconstitui e analisa a batalha na costa Algarvia entre navios de guerra franceses e ingleses, durante a Guerra dos Sete Anos.

OCentro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS) do Património Cul-

tural, Instituto Público, organizou no dia 12 de dezembro deste ano, às 18h00, uma conferência de arqueo-

logia intitulada “Fahrenheit 1759 – Das Falsas Cores da Arqueografia Submarina à Geofísica do Fim de uma Verdadeira Batalha Naval”, proferida por Jean-Yves Blot, arqueólogo e investigador do CHAM –Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa.

A conferência foi precedida, às 17h00, por uma visita guiada às instalações do CNANS e por uma cerimónia de doação da edição “Fahrenheit 1759” e do sonar multifeixe, por Luís Sá Couto, da empresa de mergulho Subnauta, ao CNANS, PC, IP.

A obra “Fahrenheit 1759”, de Jean-Yves e Maria Luísa

Blot, descreve, reconstitui e analisa a batalha de Lagos entre navios de guerra franceses e ingleses, travada há mais de duzentos anos na costa Algarvia, ao largo do concelho de Vila do Bispo, durante a Guerra dos Sete Anos. Relata ainda a parceria entre os autores e Luís Sá Couto da empresa de mergulho Subnauta, editores da publicação, no estudo do navio almirante francês L’Ocean, abordando o modo de Arqueologia Náutica e Subaquática arqueologia intitulada “Fahrenheit 1759 – Das Falsas Cores da Arqueografia Submarina à Geofísica do Fim de uma Verdadeira Batalha Naval”, proferida por Jean-Yves Blot, arqueólogo.

Visitar e interpretar estes vestígios arqueológicos dentro da paisagem cultural onde se insere e o resultado dos trabalhos geofísicos que per-

mitiram identificar outra embarcação daquela esquadra francesa que também naufragou nesta batalha, o Redoutable

A Subnauta vai doar mais de um milhar e meio de volumes da obra sobre o L’Ocean (sítio marcante na história da arqueologia subaquática portuguesa) que irão ser enviadas a bibliotecas públicas e utilizadas em permutas com outras instituições, assim como, um sonar multifeixe que é uma ferramenta essencial à atividade do CNANS.

Sobre o conferencista

Jean-Yves Blot é um arqueólogo náutico de origem francesa há muito radicado em Portugal. Antigo aluno do arqueólogo naval Jean Boudriot da École des Hautes Études (Paris), é Doutorado em arqueologia naval pela Uni-

versidade de Paris 1- Sorbonne, membro honorário da Academia de Marinha, investigador do CHAM – Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Autor de várias dezenas de artigos e de obras de referência mundial para a arqueologia marítima, para o estudo da

construção naval e para a prospeção geofísica aplicada à arqueologia subaquática como: La Méduse, chronique d’un naufrage ordinaire [Mauritânia] (1981), Sur les traces du Saint-Géran [Ilhas Maurícias] (1985), L’archéologie sous-marine (1988), L’Histoire Engloutie ou l’archéologie sous-marine (1995) Le Naufrage des Portugais (2000), Fahrenheit 1759, a Batalha de Lagos (2012) e O Bambu Imperial, norma e invenção nas embarcações tradicionais Chinesas (2013). Em Portugal, colaborador histórico do Museu Nacional de Arqueologia e do Centro de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), em estreita co-

laboração com Maria Luísa Blot desde meados da década de 1970, dirigiu projetos de investigação percursores e inovadores em Portimão (Ponta do Altar A), Peniche (San Pedro de Alcantara, Berlengas, Cortiçais), Aljezur (La Condesa), Faro (Faro A), Vila do Bispo (L’Ocean, Redoutable), destacando-se ainda o contributo fundador da Carta Arqueológica Subaquática de Portugal. De referir também que é reconhecido pelos trabalhos arqueológicos realizados na Islândia (Pourquoi Pas), França, Moçambique e China e pelos seus estudos históricos sobre a fragata Santo Antonio de Tanna (Quénia).

IPMA na COP 29

O IPMA foi novamente parceiro do Pavilhão do Oceano

Decorreu entre 11 e 22 de novembro de 2024, a 29ª edição da “Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas” (COP 29 - UNFCCC), em Baku, Azerbaijão, onde o IPMA foi novamente parceiro do Pavilhão do Oceano.

AConferência de Partes é um momento muito importante em cada ano pois permite verificar os progressos feitos, por cada país subscritor, no cumprimento dos objetivos do Tratado de Paris (2015). Este pretende alcançar a descarbonização das economias mundiais, limitar a longo prazo o aumento da temperatura média mundial abaixo dos 2ºC, em relação aos níveis pré-industriais, e prosseguir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC, acima dos níveis préindustriais.

O IPMA enquanto Laboratório de Estado, com funções fundamentais no conhecimento e monitorização do oceano e da atmosfera, acompanha e colabora com a comunidade cientifica nacional e internacional, procurando aprofun-

dar o conhecimento do oceano e ter um papel de relevo na interligação entre o conhecimento cientifico e a sua utilização no apoio às políticas públicas.

O Instituto é novamente este ano parceiro do Pavilhão do Oceano, promovido pela Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI), uma instituição de referência no panorama mundial no que se refere à investigação do oceano. Este pavilhão, situado no perímetro exterior da Conferência, propõe-se reunir líderes mundiais da ciência, engenharia e política do oceano para sublinhar a importância do oceano para a vida na Terra e destacar o relevante papel da ciência na descoberta de medidas de adaptação e de mitigação das alterações climáticas.

A este respeito o IPMA é um dos signatários da “COP29 Baku Ocean Declaration”, um compromisso assumido pelos subscritores (Estados, empresas, instituições públicas e privadas) para aumentar o conhecimento do nexus oceano-clima, através de mais equipamentos de observação, investigação e mapea-

mento marinho, procurando mitigar o impacto das alterações climáticas.

O IPMA participou na COP 29 com uma comitiva que incluiu o Presidente do Conselho Diretivo, José Guerreiro e responsáveis da área de Clima e Alterações Climáticas, Ricardo Deus e da área

Sessão “Food Security and Climate Change: The Portuguese AgroClimatic App”
Convite da sessão “Food Security and Climate Change: The Portuguese AgroClimatic App”
Reception desk do IPMA, Pavilhão do Oceano
Sessão “Food Security and Climate Change: The Portuguese AgroClimatic App”, Ricardo Deus

de Geologia Marinha, Pedro Terrinha. As sessões em que marcou presença destacamse abaixo:

- Sessão: Food Security and Climate Change: The Portuguese AgroClimatic App

Orador: Ricardo Deus, Che-

fe de Divisão de Clima e Alterações Climáticas

Data e local: 19 de novembro, Pavilhão de Portugal

Aceder à gravação: https:// tinyurl.com/35bts5kz

Sobre a Sessão: Apresentação de uma nova plataforma

“The

com informação climática crítica para diversas culturas agrícolas e florestais em Portugal, que pode ser consultada online, gratuitamente, em particular o sector agroflorestal.

- Sessão: The Ocean as a Potential Source of Wind Energy

Orador: Pedro Terrinha, Chefe de Divisão de Geologia Marinha

Data e local: 21 de novembro, Pavilhão do Oceano

Aceder à gravação: https:// tinyurl.com/tyccw7j3

Sobre a Sessão: Apresentação dos estudos geofísicos, geotécnicos, eólicos para a caracterização do fundo do mar para facilitar a instalação de energia eólica offshore.

- Mesa redonda: ClimateOcean Nexus: The role of

the Ocean in carbon neutrality

Painel de discussão: José Guerreiro – Presidente do IPMA (entre outros)

Organização: DGPM; copromotores: IPMA e DGRM

Data e local: 21 de novembro, Pavilhão de Portugal

Aceder à gravação: https:// tinyurl.com/3yvc72jy

Sobre a sessão: Serão abordados temas como o contributo das áreas marinhas protegidas como reguladoras do clima; o potencial do capital natural e dos serviços ecossistémicos marinhos para gestão do carbono; novas soluções para monitorizar o oceano, proteção dos ecossistemas marinhos e costeiros; progressos nacionais para atingir a neutralidade carbónica ou descarbonização do transporte marítimo e dos portos.

“The

Convite da sessão
“The Ocean as a Potential Source of Wind Energy”
Sessão “The Ocean as a Potential Source of Wind Energy”
Abertura da sessão “The Ocean as a Potential Source of Wind Energy”, José Guerreiro, Presidente do IPMA
Abertura da sessão
Ocean as a Potential Source of Wind Energy”
Abertura da sessão
Ocean as a Potential Source of Wind Energy”

Notícias do

Conferência Expo Fish Portugal

Privilegia o Pescado

Português

Organizada pela Docapesca, a Conferência Expo Fish Portugal 2024 realizou-se nos dias 2 e 3 de dezembro no auditório do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Algés.

Sob o tema “Do Mar Português para o Mundo”, o evento híbrido contou com a presença da Secretária de Estado

das Pescas, Cláudia Monteiro de Aguiar, o Presidente do Conselho de Administração da Docapesca, Sérgio Faias, e do Presidente do Conselho

Diretivo do IPMA, José Guerreiro, mobilizando inúmeros especialistas do setor do pescado.

“É com grande satisfação que acolhemos esta edição da Expo Fish”, assegurou o Presidente do IPMA, José Guerreiro, na sessão de abertura, recordando que o instituto, “em conjunto com a Docapesca e outros organismos do setor do mar, mas principalmente com os atores da fileira das pescas e da aquacultura, tem vindo a desenvolver um trabalho conjunto naquilo que diz respeito à valorização do pescado e à otimização e a gestão racional dos stocks”. Ao longo do primeiro dia, foram debatidos temas re-

lacionados com a inovação, sustentabilidade e promoção do pescado, fomentando-se a partilha de casos de sucesso e de oportunidades de negócio nos principais mercados internacionais. Outros destaques incluíram oportunidades de financiamento, parcerias globais e as novas tendências em aquacultura.

Já o segundo dia da conferência foi preenchido com a apresentação dos finalistas do Prémio Inovação Expo Fish Portugal, que procura distinguir projetos de excelência em inovação e investigação alimentar relacionada com o mar. Entre as 44 candidaturas submetidas, o maior número alcançado até à data, “Trinca-Espinhas”, da Universidade Católica Portuguesa, que consiste no desenvolvimento de crackers de farinha de espinha de pei-

1º lugar Prémio Inovação: Trinca-Espinhas (Universidade Católica Portuguesa) Desenvolvimento de crackers de farinha de espinha de peixe, aproveitando subprodutos marinhos

xe, aproveitando subprodutos marinhos, conquistou o primeiro lugar nesta terceira edição do galardão.

Dedicado à promoção das

atividades ligadas ao setor da pesca, o espaço expositivo virtual da Expo Fish Portugal permitiu não só conhecer melhor diferentes empresas

e entidades nacionais, entre as quais o IPMA, como agendar reuniões na área B2B, com o objetivo de estabelecer novas parcerias.

Presidente do Conselho Diretivo do IPMA, José Guerreiro
Inovação e investigação alimentar relacionada com o mar
Secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro de Aguiar
Presidente do Conselho de Administração da Docapesca, Sérgio Faias

Notícias Nautiradar

Novas Baterias Relion

A Nautiradar traz até si as novas baterias da Relion, a RB36V40 oferecelhe a voltagem máxima com um esforço mínimo e a Outlaw 1072S a nova Bateria Portátil de Lítio.

Nova Bateria de 36V e 40Ah da Relion - RB36V40

ARelion apresenta a nova RB36V40, uma bateria de lítio de 36V durável e com energia duradoura, desenhada especificamente para o uso marítimo. O design paralelo oferece uma configuração simples e maior capacidade com um design muito mais compacto do que outras soluções, permitindo fazer mais, com menos. A RB36V40 oferece-lhe a voltagem máxima com um

esforço mínimo. Os conectores melhorados e estrutura compacta tornam toda a sua instalação muito fácil.

Com um peso 70% inferior ao da bateria equivalente de ácido-chumbo, não vai nunca sacrificar a sua velocidade a navegar pela água. A RB36V40 substitui a necessidade de três baterias de 12V ligadas em série. Energia mais duradoura com a sua configuração em parale-

concebida para o ambiente marítimo. Possui um índice de proteção IP67 e uma proteção contra contaminantes transportados pelo ar, que repele completamente o pó e resiste à entrada de água até 30 minutos submersa a 1 metro. Possui também um novo canal de cola e um invólucro com fecho de parafuso para proteção contra contaminantes transportados pelo ar, bem como um sistema de gestão de bateria (BMS) interno para monitorizar a integridade da bateria e proteger contra curtos-circuitos e sobrecarga.

lo, com uma carga simples e rápida. A RB36V40 oferece uma capacidade 20% superior do que a bateria equivalente da sua série, que lhe permite passar mais tempo na água, a RB36V40 foi

A RELiON® Battery, líder global no desenvolvimento de baterias de lítio, recebeu o prémio Top Product 2024 da Boating Industry Magazine pela sua bateria de lítio marítima RB36V40.

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Outlaw 1072S a Nova Bateria Portátil de Lítio da Relion

AOutlaw 1072S é uma fonte de energia portátil e renovável que coloca o poder do lítio na ponta dos seus dedos. Com apenas 14.5 kg, a Outlaw é versátil o suficiente para ser usada em diversas atividades. Leve-a na sua viagem de campismo, utilize-a como fonte de energia alternativa em casa, ou tenha-a como último recurso em situações de falha de energia. Pode ser usada para carregar ou alimentar diferentes tipos de aparelhos eletrónicos, para

que tenha energia segura e duradoura à mão e sem os gases e ruído de um gerador a diesel.

Coloque o poder do lítio na ponta dos seus dedos. A Outlaw 1072S pode alimentar aparelhos essenciais, em locais remotos sem rede elétrica ou, funcionar como backup fiável quando falha a energia. Desde eletrónica pessoal a TVs e frigoríficos, é poderosa o suficiente para alimentar o que seja necessário, quando necessário e leve o suficiente

para que se possa levar para qualquer lado!

Elevada Capacidade – bateria LiFePO4 com capacidade de 921.6Wh (72Ah) e um inversor de 1000W de pura onda sinusoidal, com pico de 2000W. Vida Extremamente Longa – uso diário com mais de 3500 ciclos a uma descarga profunda de 80%, que se traduz numa longa vida de

utilização. Livre de Manutenção e Amiga do Ambiente – Sem geração de gases ou ruído. Sem mudanças de filtros de ar ou de óleo, ou carburadores entupidos ou necessidade estabilizadores de combustível. Seguro e Livre de Preocupações – a química de fosfato de ferro de lítio é inerentemente segura. Possui um inversor de pura onda sinusoidal para alimentar aparelhos mais sensíveis e um sistema interno de gestão da bateria para uma proteção adicional. LCD de Grandes Dimensões – o display LCD apresenta estado da bateria, watts in/out e tempo de carga restante. Portátil e Compacta – pesa apenas 14.5 kg e é fácil de transportar para qualquer lado. Fácil de Carregar e Recarregar – carregador de parede AC e entrada de carga solar de 15-25V/160W máximo.

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Notícias Nautiradar

Novos Modelos Mac Plus de 36V e 48V com Nova Tecnologia Bidirecional

A Nautiradar traz até si os novos carregadores DC-DC Mac Plus de 36V e 48V da Mastervolt. Com a nova tecnologia bidirecional, oferecem uma carga rápida, segura e consistente para baterias de serviço e de arranque.

AMastervolt, líder global em soluções inovadoras de energia autónoma, anunciou o lançamento dos seus novos carregadores DC-DC Mac Plus de 36V e 48V. Apresentando a nova tecnologia bidirecional, os novos modelos oferecem uma carga rápida, segura e consistente para baterias de

serviço e de arranque, com uma saída estável que alimenta até a carga mais sensível em barcos, autocaravanas ou sistemas “off-grid”.

Os modelos Mac Plus de 36V e 48V possuem uma nova tecnologia bidirecional que garante que tanto as baterias de serviço como as de arranque, recebam toda a energia de

que necessitam ao usar qualquer dos lados como entrada ou saída, fornecendo uma carga consistente e fiável.

Não existe risco de esgotamento da bateria de arranque enquanto carrega o banco de serviço, uma vez que monitoriza automaticamente se o motor está ligado ou a fornecer carga. O Mac Plus utiliza o comprovado algoritmo de carga de 3 etapas da Mastervolt, fornecendo uma carga rápida e simples, mesmo até a baterias completamente descarregadas. Ao saber que o motor está ligado e a fornecer carga, os utilizadores podem também ter a garantia em como o Mac Plus alguma vez esgote a bateria de arranque.

Os novos modelos oferecem uma flexibilidade energética total aos utilizadores. Com uma larga amplitude de entrada DC, permite a todas

as fontes DC e pode carregar duas baterias a partir de um só alternador ou carregador. Suporta uma completa variedade de químicas e tipos de baterias, incluindo lítio e, funciona também na perfeição e sem falhas com alternadores modernos, como os Euro 5 e 6, garantindo uma carga apropriada através de um fornecimento constante de energia, mesmo quando o alternador está inativo. Adicionalmente, estes novos modelos possuem configurações de utilização em paralelo até dez unidades, que irão fornecer mais de 100 amperes e tecnologia avançada de elevada frequência com microprocessadores modernos garantem uma perda mínima de energia ao alternar de 36/48V para 12/24V e vice-versa. O Mac Plus é também compatível com CZone, NMEA2000 e MasterBus, permitindo uma monitorização e controlo completos. Desenhado para resistir as mais exigentes condições, o Mac Plus oferece uma carga de bateria otimizada uma caixa de alumínio de elevada qualidade para uma proteção superior contra intrusão de pó e água. Adicionalmente, o design energeticamente eficiente permite ao Mac Plus operar silenciosamente e sem ventoinha.

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Economia Azul

Corredor Verde Desenvolve Sines

Sines vai ter novo corredor verde para transportar combustíveis alternativos para o estrangeiro.

Acorrida ao hidrogénio verde na região continua a fazer-se a passos largos, mas também

já houve empresas a recuar nos investimentos.

É mais um dos muitos projetos previstos para o litoral

alentejano ao nível das energias renováveis.

Dos vários projetos em cima da mesa, o futuro corre-

dor verde da luso-holandesa

Madoqua é, neste momento, um dos mais maduros. Trata-se de um terminal para armazenamento e abastecimento de combustíveis derivados do hidrogénio verde, que daqui vão partir rumo ao noroeste Europeu.

No passado dia 5 de novembro, a empresa viajou até Portugal para assinar um Memorando de Entendimento em conjunto com os portos de Sines, da Alemanha e dos Países Baixos. Um passo em frente, para Governo e autarcas, na descarbonização da indústria.

Além deste corredor verde, estão em andamento, pelo menos, mais três projetos para a produção de hidrogénio verde na região. Um de-

les pertence à Repsol, que vai deslocar de Espanha para Sines um investimento de 15 milhões de euros. A empresa prevê gerar cerca de 600 toneladas deste combustível por ano.

A Galp, por sua vez, afirma-se na corrida através do GreenH2Atlantic, desenvolvido pelo consórcio Hytlantic. O eletrolisador, com 100 megawatts de capacidade, será instalado nos terrenos da antiga central a carvão da EDP e deverá rondar os 150 milhões de euros.

Por outro lado, as empresas

Engie, Shell, Vopak e Anthony Veder recuaram no H2Sines. Rdam, que previa estar a exportar hidrogénio no estado líquido para Roterdão em 2028. A decisão foi anunciada no início deste ano.

São, ao todo, 14 os projetos previstos para Sines ao nível da energia. O gabinete do ministro da Economia não deu detalhes concretos sobre nenhum, mas adiantou que já estão em fase de licenciamento ou até mesmo em execução. Também ainda estão a ser debatidas algumas localizações.

Notícias da Marinha

Celebração dos 500 Anos de Vasco da Gama e Luís de Camões

O Museu de Marinha assinalou no dia 5 de dezembro, o quincentenário da morte de Vasco da Gama e do nascimento de Luís Vaz de Camões, com um evento dedicado aos Descobrimentos e à herança cultural de Portugal.

Oevento foi presidido pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, e contou com a presença de várias entidades que destacaram a relevância histórica das duas figuras para a cultura e o património nacional.

Durante o evento, a Banda da Armada apresentou um repertório inspirado nos Descobrimentos Portugueses e na herança histórica de Vasco da Gama e Luís de Camões, contando com a participação especial da solista soprano Alexandra Isabel Bernardo Pedro.

O legado de Vasco da Gama e Luís de Camões foi aprofundado através de duas O evento destacou a importância histórica e cultural de Vasco da Gama e Luís de Camões

palestras: a primeira, “Vasco da Gama – A História e a Lenda”, proferida pelo Comandante Rocha e Abreu, e a segunda, “Camões, a Índia e o Mosteiro dos Jerónimos: Três Âncoras do Romantismo Português”, ao cargo da Doutora Clara Moura Soares.

Os presentes puderam ainda visitar uma exposição organizada pelos alunos da Escola de Marinhas do Sal de Rio Maior, que abordou a influência de Vasco da Gama e Luís de Camões.

Como parte das celebrações, foi inaugurada no Planetário de Marinha a sessão “A Astronomia n’Os Lusíadas: Legado de Vasco da Gama e Camões à Luz das Estrelas!”, que explora as referências astronómicas nos cantos V e X de Os Lusíadas. A sessão estará disponível gratuitamente durante o mês de dezembro e janeiro, oferecendo ao público uma perspetiva única sobre a ligação entre a obra de Camões e a navegação celeste.

O evento destacou a importância histórica e cultural de Vasco da Gama e Luís de Camões, reforçando a memoria histórica coletiva sobre

estes portugueses, que constituem referências do nosso passado como nação marítima e elementos fortes da nossa identidade nacional.

O evento foi presidido pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo
A Banda da Armada apresentou um repertório inspirado nos Descobrimentos Portugueses e na herança histórica de Vasco da Gama e Luís de Camões
O evento contou com a presença de várias entidades

Notícias da Marinha

Mergulhadores Atingem Novo Marco em Mergulho

Profundo

Mergulhadores da Marinha do Destacamento de Sapadores No 3 alcançam novo marco em mergulho profundo, a profundidades superiores a 100 metros.

Mergulhadores da Marinha reforçam capacidade de mergulho profundo e fazem história ao atingirem profundidades superiores a 120 metros de profundidade. Equipa de mergulho profun-

do do Destacamento de Mergulhadores Sapadores N.o 3 concluiu no mês de novembro, um rigoroso plano de certificação de mergulho a profundidades superiores a 100 metros, capacidade inédita e de grande valor operacional.

que incrementa a segurança e a capacidade de resposta a missões militares e de apoio à proteção civil, a grande profundidade.

O Destacamento de Mergulhadores Sapadores Nº3 é uma unidade altamente especializada e vocacionada para a guerra de minas e para a capacidade de mergulho em profundidade.

O reforço desta capacidade traduz a permanência na vanguarda do conhecimento na área técnica do mergulho profundo e coloca ao dispor de Portugal e da NATO uma capacidade militar reforçada

Os Mergulhadores constituem a componente operacional da Marinha na área do mergulho militar e inativação de engenhos explosivos, através do emprego de equipas altamente especializadas que operam num largo espectro de missões, tanto em tempo de paz, como em tempo de guerra.

As Unidades de Mergulhadores estão organizadas em três destacamentos, designados sequencialmente por nº1, nº2 e nº3, subdivididas por equipas de quantitativos variáveis em função da complexidade, dispersão geográfica ou a duração da missão o justifiquem.

Os destacamentos diferenciam-se, entre si, pelo emprego operacional.

Notícias

Vila do Conde, Plano Estratégico para desenvolver entre 2025 e 2030

Vila do Conde Aposta na Cultura Náutica para Desenvolver Turismo no Concelho

Seguindo uma abordagem inovadora, o Município de Vila do Conde, em parceria com o Turismo do Porto e Norte de Portugal, tornou público o seu Plano Estratégico de Marketing Turístico 2025-2030.

Com uma clara definição estratégica e um plano de ação que suporta e orienta a atividade do Município e do setor privado do concelho, acredita-se estarem asseguradas as condições essenciais não só à melhoria do desempenho de Vila do Conde nos indicadores globais do turismo, mas, também, à manutenção da qualidade de vida da comunidade, enquanto principal desígnio deste plano.

Vila do Conde, onde a cultura abraça o mar! resume a personalidade de um destino que resulta de uma mistura única de hospitalidade, paixão, energia inovadora e fiabilidade.

“Vila do Conde tem um grande potencial turístico e este novo posicionamento, de um território onde a cultura e a vida florescem harmoniosamente à beiramar, num território onde as belezas naturais se unem à riqueza cultural, patrimonial e social. Promover um turismo sustentável, que potencie estas características, mantendo a identidade e o bem-estar da comunidade é o grande desígnio deste plano”, afirma o Presidente da Câmara Municipal, Vítor Costa.

“O Turismo do Porto e Norte tem muito a ganhar

com o posicionamento que Vila do Conde ambiciona ter, e pelo caminho que definiu para o atingir. Pensar o turismo, a partir da preocupação com a qualidade de vida da população, e querer cooperar e alinhar estratégias para aumentar a competitividade internacional da Região, é um exemplo a seguir”, considera o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins.

A aposta na sustentabilidade e na digitalização é bem visível nas 74 ações que constituem o Plano, num cronograma que se estende por 5 anos,

com iniciativas que serão promovidas pelo Município de Vila do Conde em articulação com o tecido empresarial do Concelho e com a Academia.

A apresentação pública do

Plano Estratégico, foi complementada com a apresentação das ações para 2025 e do conceito de comunicação que norteará a primeira campanha do ano.

Notícias do Porto de Aveiro

Marina do Carregal Transferida para a Náutica Ovarense

Contrato celebrado com a Administração do Porto de Aveiro prevê que espaço continue a ser dinamizado pela NADO – Náutica Desportiva Ovarense, que passará a ter as condições legais para executar obras necessárias.

Transferência da Marina do Carregal

OMunicípio de Ovar celebrou, na quinta-feira, 21 de novembro, um contrato com a Administração do Porto de Aveiro para receber bens e equipamentos do Porto de Recreio do Carregal, estrutura da qual a Administração do Porto de Aveiro era proprietária.

Os bens e equipamentos serão posteriormente cedidos à NADO – Náutica Desportiva Ovarense, que tem utilizado as instalações desde a sua construção. Com esta nova prerrogativa, esta associação desportiva terá, agora, o enquadramento legal necessário para a realização de inter-

Marina do Carregal

venções e investimentos há muito ambicionados.

“A assinatura deste contrato visa garantir que, posteriormente, a NADO tenha as condições necessárias, definitivas e estáveis para o desenvolvimento da sua atividade”, adianta Domingos Silva, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, que destaca “o importante papel que esta coletividade tem vindo a desenvolver, ao longo dos anos. “Para além de reforçar a relação dos ovarenses, sobretudo dos jovens, com a atividade náutica desportiva de formação (vela e canoagem), tem contribuído para dinamizar a nossa ria de Aveiro (braço de Ovar), enquanto património protegido”

No âmbito do Programa de

Apoio ao Associativismo Desportivo, o Município de Ovar irá, agora, desenvolver um novo protocolo com a NADO, a fim de formalizar a utilização dos bens e equipamentos do Porto de Recreio do Carregal pela NADO.

A assinatura do contrato para a cedência de bens e equipamentos aconteceu na Marina do Carregal, com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Ovar, Domingos Silva, do Vice-Presidente da Câmara Municipal

de Ovar, Alexandre Rosas, do Presidente e do vogal do Conselho de Administração do Porto de Aveiro, respetivamente Eduardo Feio e Carlos Monteiro, assim como do Presidente da Direção da NADO, Carlos Andrade.

Marina do Carregal passou para Náutica Desportiva Ovarense

Regata de Natal NacionalGest Reuniu 265 Velejadores de Oito Países em Cascais

Entre os dias 1 e 3 de dezembro, o Clube Naval de Cascais acolheu mais uma edição da Regata de Natal NacionalGest.

Este ano esta Regata de Natal reuniu 265 velejadores de todas as idades, representando 34 clubes de oito países, num fim de semana marcado pela competição de alto nível e pelo espírito festivo da época natalícia.

Na classe Optimist, o clube organizador conseguiu alcançar os lugares cimeiros da classificação geral, com Guilherme Ryder a destacarse ao conquistar o primeiro lugar – vencendo assim o troféu Eng. Barros Pereira -, seguido por Guilherme Costa e Diogo Reis, enquanto Laura Leiria Pinto foi a melhor Classe Optimist

feminina.

Já na categoria Sub-12, Guilherme Costa venceu novamente, com Vasco Moreira em segundo lugar e Artur Bento a fechar o pódio, enquanto que Maria do Mar Costa foi a vencedora feminina. Na classe ILCA 4, que foi simultaneamente a primeira prova de apuramento nacional da época, David Cabrita foi o grande vencedor, seguido por Henrique Peixinho

e Juliana Bastianelli, que também se destacou como a melhor feminina. Na classe ILCA 6, João Rosa triunfou na geral e na categoria sub19, acompanhado no pódio por Jannis Tomáz e Kuzey

Largada dos ILCA

Karis, seguidos por Luísa Peres, em quarto lugar, que venceu na classificação feminina. Por sua vez, na classe ILCA 7, Lourenço Mateus liderou a classificação, com João Pontes em segundo lugar e Adolfo Virgili Pasqual Del Riquelme em terceiro. Na classe 420, a dupla

sub17 Miguel Lima e Manuel Pires de Lima sagrou-se vencedora da classificação geral, seguida por Miguel e Manuel Plantier. Teresa Quartin e Rita Borges ficaram com o terceiro lugar e lideraram a categoria feminina. Nos SB20, a equipa Xcellent, composta por John Pollard, Henry Wetherell e Santiago Sampaio, venceu a competição, seguida pelas tripulações Hotel Valverde e AP Hotels & Resorts.

Classe 420
Classe 420

Finalmente, na classe Star, Piet Eckert e Frederico Pinheiro de Melo, do Clube Naval de Cascais, conquistaram o primeiro lugar.

A Regata de Natal NacionalGest 2024 contou com o patrocínio da NacionalGest Consultores de Seguros e o apoio da Marina de Cascais,

reforçando o seu compromisso com a sustentabilidade ao obter o certificado silver no programa Clean Regattas da Sailors for the Sea

– Portugal. Segundo António Melão, Diretor Regional de Lisboa da NacionalGest, “é uma honra e um prazer estarmos associados ao Clube Naval de Cascais a patrocinar esta edição da Regata de Natal, que esperamos que seja o início de muitas outras participações”

Guilherme Ryder
Classe SB20
Classe SB20

Última

Porto de Sines Recebe Reatores para a Produção de Biocombustíveis Avançados

O Porto de Sines recebeu três reatores da nova unidade de produção de biocombustíveis avançados da Galp, que a partir de 2026 passarão a produzir combustíveis para a aviação e gasóleo de origem biológica.

Achegada destes reatores é um marco importante no projeto de transformação da refinaria e faz parte de um projeto pioneiro na Europa: será a primeira unidade de produção de biocombustíveis avançados integrada num sistema refinador que inclui uma unidade de produção de hidrogénio verde à escala industrial, igualmente em construção na refinaria de Sines.

“Estes projetos, dois dos maiores desta natureza, representam um investimento global de 650 milhões de euros. Trata-se de um contributo significativo para a transformação e o crescimento do sector industrial em Portugal, colocando a Galp na vanguarda do desenvolvimento de soluções de baixo carbono imprescindíveis para a transição energética”, afirmou Filipe Silva, presidente executivo da Galp.

A unidade de hidrogénio verde, representando um investimento de 250 milhões de euros, terá a capacidade de 100 MW de eletrólise e produzirá até 15 mil tone-

ladas de hidrogénio renovável por ano. Já a unidade de biocombustíveis avançados, em que se integram estes reatores, mobiliza um investimento de 400 milhões de euros em parceria com a japonesa Mitsui e terá uma capacidade de produção de 270 mil toneladas por ano.

Este projeto, que empregará na fase de construção cerca de 750 trabalhadores em termos médios e 1.150 no pico, irá criar 76 postos de trabalho permanentes durante a fase de operação.

Esta unidade irá receber óleos vegetais e gorduras animais devidamente tratadas e transformá-las em combustí-

vel utilizado na aviação e em gasóleo de origem biológica com características idênticas ao gasóleo utilizado nos motores de combustão. É no interior destes reatores que se processará essa reação química, pela injeção de hidrogénio e aumento da pressão e da temperatura.

Com um peso combinado superior a 500 toneladas, os três reatores em aço maciço, produzidos em Itália, foram transportados do terminal de contentores do Porto de Sines para a Refinaria da Galp através de um sistema de módulos motorizados que, no caso do maior dos três reatores, o VO-R-1B, era constituído por

18 eixos e 72 rodas. Este equipamento irá seguir um trajeto mais longo do que os restantes uma vez que a sua dimensão, 30 metros com um peso de 250 toneladas, impede a sua passagem por baixo dos viadutos existentes no percurso mais curto.

Esta foi uma das cargas mais pesadas movimentadas no Porto de Sines e no Terminal XXI, operado pela PSA Sines. O Terminal XXI é um importante HUB de transhipment e uma importante porta de entrada e saída no hinterland ibérico, sendo parte integrante das principais rotas marítimas internacionais e mobilizando alguns dos maiores navios de contentores do mundo atualmente em operação.

Esta operação de elevada complexidade, tendo em conta a natureza e próprias dimensões da carga, vem atestar a capacidade do Porto de Sines para a movimentação de carga de projeto, garantindo elevados padrões de eficiência e operacionalidade.

Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com - Tlm:91 964 28 00

Editor: João Carlos Reis - joao.reis@noticiasdomar.pt - Tlm: 93 512 13 22

Publicidade: publicidade@noticiasdomar.pt

Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com

Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia

Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, André Santos, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing

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