Notícias do Mar n.º 459

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Epicentro Global da Náutica e dos Desportos Aquáticos

A edição de 2025 da boot Düsseldorf, que teve lugar entre 18 e 26 de janeiro, voltou a afirmar-se como a maior feira mundial dedicada à náutica de recreio e aos desportos aquáticos, reunindo expositores, profissionais e entusiastas de todo o mundo.

Com mais de 200 mil visitantes provenientes de mais de 100 países, cerca de 1.500

empresas expositoras e uma área total de 220.000 metros quadrados distribuída por 16 pavilhões, o evento confirmou

a sua posição enquanto plataforma global de negócios e lançamento de tendências no setor. A feira, organizada

pela Messe Düsseldorf, foi também o ponto de partida simbólico e operacional para a nova temporada de desportos náuticos em 2025. Segundo declarações do diretor da boot Düsseldorf, Petros Michelidakis, o setor demonstrou mais uma vez a sua confiança na feira como ferramenta eficaz de promoção, comunicação e geração de oportunidades. Michelidakis sublinhou que as estratégias desenvolvidas nos últimos anos se têm revelado adequadas às necessidades do mercado, destacando a diversidade da oferta e o perfil qualificado dos visitantes, mesmo em segmentos com desafios conjunturais, como

O San Lorenzo SP92 esteve no Pavilhão 6
Pavilhão 6, onde tudo é grande

é o caso da indústria de embarcações à vela. A aposta em novas zonas temáticas, como o Sailing Center, a Sailing Plaza ou a Foiling World, e a ampliação da presença de conteúdos interativos e zonas de demonstração ao vivo foram também destacadas como contributos relevantes para o dinamismo da feira.

Na área da construção naval, várias marcas de renome marcaram presença com lançamentos e novidades.

A Azimut Yachts referiu uma participação comercialmente bem-sucedida, com destaque para a elevada procura e visitas à embarcação Grande 26 M, um dos modelos em maior evidência. Também o Grupo Beneteau reforçou o papel estratégico da feira, apresentando 14 inovações tecnológicas e conceptuais, incluindo a Beneteau First 30, a Prestige F4.3 e o conceito Island Cruising. O CEO da divisão de embarcações do grupo, Gianguido Girotti, afirmou que a receção dos visitantes foi entusiasta e que os modelos apresentados foram concebidos com foco no conforto, facilidade de utilização e prazer a bordo.

Na área das embarcações de luxo, a Ferretti Group apresentou, entre outros modelos, a estreia mundial do Riva Iseo Super e novas unidades da linha Pershing GTX, incluindo a GTX80. O CEO do grupo, Alberto Galassi, salientou a forte afluência de visitantes do norte e centro da Europa, compensando uma ligeira redução no número de visitantes provenientes do sul do continente. Sublinhou ainda a importância de a Ferretti manter uma oferta diversificada com sete marcas distintas, cada uma com uma identidade própria e uma base sólida de qualidade e tradição.

Outras marcas aproveitaram a feira para apresentar projetos em desenvolvimento

A Cranchi teve o Power Boat do ano 2025 em exposição
60 anos de Princess
O 78 da Sirena Yachts esteve iluminado

e novas abordagens tecnológicas. A Saxdor Yachts, por exemplo, revelou o novo modelo 340 GTWA e introduziu ferramentas digitais como o Saxdor AI e o Virtual Showroom, que permitem uma interação inovadora com os clientes e a personalização dos produtos. A CEO da marca, Erna Rusi, referiu que a empresa registou um crescimento de 50% em

2024 em comparação com o ano anterior e que a feira de Düsseldorf é considerada uma plataforma-chave para consolidar esse crescimento.

Também no campo das tecnologias aplicadas ao lazer náutico, a empresa Cayago AG apresentou a nova série de veículos aquáticos Seabob F9. O CEO, Peter Walpurgis, referiu que a feira foi um ambiente ideal para mostrar o produto e que o interesse do público e da imprensa internacional foi significativo. Salientou ainda que, mesmo num contexto de incerteza económica, foi possível medir uma procura elevada por produtos

inovadores, o que transmite um sinal animador para o início do ano comercial. Outros setores representados foram os serviços especializados e os acessórios náuticos. As empresas de seguros como a Pantaenius Yachtversicherungen e a Kuiper Yachtversicherungen notaram um aumento da procura por soluções de proteção para embarcações privadas e fretadas, especialmente no segmento de motor. Já no campo dos acessórios inovadores, empresas emergentes como a Fenderbrett, especializada em defensas personalizadas, manifestaram surpresa pela receção do mercado e o impacto positivo da feira na sua visibilidade junto de meios de comunicação, redes sociais e distribuidores.

Para muitos expositores, a boot Düsseldorf continua a ser também uma oportunidade para contacto direto com o consumidor final, o que permite recolher impressões, testar conceitos e fortalecer a imagem da marca. O novo expositor Mizu, por exemplo, apresentou o seu barco elétrico Twiel e salientou a importância do retorno imediato do público e da imprensa, afirmando que os resultados superaram as expectativas e reforçaram a motivação para continuar a inovar no setor.

Outro dos espaços que mereceu atenção foi a Sailing School e o grande tanque dedicado à iniciação à vela, onde o envolvimento de instrutores do Unterbacher See permitiu a introdução de mais de 1.750 participantes à prática da vela em jolas Optimist. Crianças e jovens tiveram a possibilidade de experimentar os primeiros movimentos numa embarcação, com recurso a vento simulado e apoio técnico permanente, contribuindo para a sensibilização e formação de uma nova geração de praticantes.

Stand da Prestige
Sunseeker apresentou uma gama variada
As visitas na Hallberg Rassy foram constantes

Desportos

Aquáticos e a Action Pool

A boot Düsseldorf 2025 evidenciou também a importância dos desportos aquáticos individuais, como o mergulho, o stand up paddle, o kitesurf e, com destaque especial nesta edição, as várias modalidades relacionadas com foil. No pavilhão 17, dedicado a estas práticas, o ambiente foi dinâmico ao longo dos nove dias do evento. Com uma nova estética, especialmente projetada para atrair jovens praticantes de desportos de prancha, proporcionando-lhes uma experiência interativa na Action Pool, a piscina de ação teve momentos selva-

gens, rápidos e espetaculares. Aqui, os profissionais da área mostraram o que podem fazer com uma prancha e um foil, o que inclui competições internacionais.

Empresas como Axis Foils, Starboard, Foil Drive Europe e outras reportaram um grande interesse por parte do público, tanto na área de exposição como nas demonstrações práticas realizadas no tanque interior. Segundo os responsáveis de várias dessas marcas, os visitantes mostraram-se particularmente interessados em conhecer as últimas inovações nas áreas de e-foiling, pump foiling e wing foiling.

No setor do mergulho, a

presença de marcas consolidadas como a italiana Cressi foi marcada por uma afluência diversificada e pela oportunidade de apresentar novidades diretamente ao público final. A empresa destacou a eficácia organizativa do certame e a oportunidade de estabelecer contactos com clientes novos e existentes, provenientes de vários mercados europeus e internacionais. A Cressi celebrará em 2026 o seu 80.º aniversário, que pretende assinalar com nova presença na feira.

Sustentabilidade e economia azul em foco

Na boot 2025, a sustentabili-

dade e a inovação voltaram a estar em destaque. Em parceria com a European Boating Industry, o Blue Innovation Dock, no pavilhão 10, foi um espaço de debate sobre políticas públicas, economia azul, tecnologias emergentes e modelos de financiamento no setor náutico. A iniciativa promoveu o diálogo entre indústria, decisores políticos e investigadores, com foco na transição energética e na inovação digital. No pavilhão 11, a campanha Love Your Ocean sensibilizou para a conservação marinha, enquanto os prémios Ocean Tribute, em colaboração com a Fundação Príncipe Alberto II do Mónaco, reconheceram projetos exemplares nesta área.

Resultados falam por si

Apesar de um contexto económico global marcado por alguma instabilidade, os representantes das empresas expositoras transmitiram uma avaliação muito positiva da sua participação. Vários intervenientes da indústria relataram não só um elevado número de contactos qualificados, mas também vendas efetivas, estabelecimento de parcerias e reforço da presença junto de públicos internacionais. O aumento da afluência de visitantes oriundos de fora da Europa, nomeadamente da América do Norte, Ásia e Médio Oriente, foi outro aspeto valorizado pelos expositores. Marcas e representantes de diversas áreas sublinharam os bons resultados obtidos. A Azimut Yachts reportou um volume de vendas significativo e destacou o modelo Grande 26 M como um dos mais visitados.

O Grupo Beneteau apresentou 14 inovações, entre as quais a Beneteau First 30 e a Prestige F4.3, registando elevada recetividade por

Saffier SL46 MED fez a sua première
Uma das premières o Dragonfly 36

parte do público.

A Ferretti Group lançou mundialmente o Riva Iseo Super e atraiu atenções com a nova gama Pershing GTX.

A Saxdor Yachts apresentou o novo modelo 340 GTWA, a Saxdor AI e o Virtual Showroom, revelando um crescimento de 50% em 2024 face ao ano anterior.

A edição de 2025 da boot Düsseldorf confirmou a vitalidade do setor náutico global

O Contest 63 CS

e a importância da feira como plataforma de encontro, comércio e promoção. Entre inovação, tradição, formação, sustentabilidade e contacto direto com o público, a feira reforçou o seu papel como referência para fabricantes, distribuidores, praticantes e apaixonados pelos desportos aquáticos de todo o mundo.

A feira não só apresentou as mais recentes tendências da náutica e dos desportos

Simuladores e Experiências Interactivas na Boot

aquáticos, como também promoveu o diálogo internacional e o compromisso com a preservação dos oceanos.

A próxima edição realizarse entre 17 e 25 de janeiro de 2026 e as inscrições começam em Maio.

A Boot Destacou Tendências e Inovações no Mundo da Náutica

Aedição de 2025 da boot

Düsseldorf apresentou uma ampla gama de novidades, incluindo estreias mundiais e atualizações de modelos icónicos. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer em primeira mão as últimas tendências da náutica, embarcações elétricas, barcos de luxo e iates familiares.

Com uma diversidade impressionante de estreias e inovações, a feira afirma-se como o palco principal para a motonáutica europeia e mundial, onde tradição e futuro navegam lado a lado.

Daycruisers para lazer e versatilidade

A Whaly 380, da holandesa

Whaly, é uma embarcação de 3,80 metros moldada em polietileno resistente e reciclável, oferecendo capacidade para

oito pessoas. Ideal para lazer ou uso profissional, pode ser equipada com motor fora de borda até 30 cv e está dispo-

Saros 50 da Eclipse Yachts

nível em três cores.

Já a Marian M 800-R, fruto da colaboração entre a austríaca Marian Boats e a preparadora automóvel ABT, traz performance e elegância ao segmento elétrico. Com um modo desportivo ativável por botão, atinge até 45 nós de velocidade, oferecendo uma experiência dinâmica em grandes lagos e mar.

Outro destaque é o Scoop+, da francesa Ruban Bleu, concebido para navegação tranquila em rios e canais. Leve, compacto e sem necessidade de carta de condução, acomoda sete passageiros e oferece

até sete horas de autonomia.

A Ribline 3.3 Alu Zero Jet, da Pischel, combina um casco em alumínio com propulsão elétrica por jato de 18 kW. Compacta e eficiente, é ideal para uso profissional e recreativo, com destaque para a sua capacidade de adaptação e personalização.

Por fim, a Twiel Z7 estreia como protótipo inovador. Este catamarã elétrico, de linhas inspiradas em design retro e biônico, integra construção sustentável com motores interiores ePropulsion, prometendo performance e estética únicas.

Motoryachts reinventados

A Galeon 435 GTI exibe um perfil desportivo e interior luxuoso, com soluções como plataformas hidráulicas, varandas dobráveis e zonas de relaxamento versáteis. Equipada com motores até 1.200 cv, alia conforto e performance.

A Merry Fisher 1295 Coupé, da Jeanneau, é uma proposta elegante sem flybridge, ideal para climas temperados. Com três motores fora de borda e um layout funcional, oferece amplos espaços sociais e versatilidade em navegação costeira.

Superboats: potência e estilo extremo

A Brabus Shadow 1200 Cross

Top impressiona com os seus 1.200 cv e um design arrojado. Com funcionalidades de luxo como joystick de pilotagem, cabine dupla e materiais premium, é ideal para quem exige desempenho e sofisticação.

A XO EXPLR 44, da Finlândia, alia robustez militar e conforto de cruzeiro. O seu casco em alumínio de 5 mm e os 1.350 cv distribuídos por três motores fora de borda permitem explorar em segurança a alta velocidade, sem sacrificar o bem-estar a bordo.

Luxo flutuante em grande escala

No segmento de luxo, o nova Princess F58, com estreia mundial, apresenta interiores requintados, áreas sociais amplas e desempenho até 35 nós. Oferece seis camas em três cabines, destacando-se pela elegância tipicamente britânica.

O Manhattan 68, da Sunseeker, regressa em versão atualizada. Com melhorias no layout, flybridge e interiores, a versão 2025 reforça o estatuto deste modelo como referência no mercado de iates de luxo até 21 metros.

Por fim, a Beneteau Antares 9 mostra como a renovação de um clássico pode impressionar. Com design mais fluido, interiores luminosos e novos detalhes inspirados nos modelos maiores da marca, continua a ser uma escolha sólida para famílias e fins de semana a bordo.

Dragonfly 36

A Dragonfly, fabricante dinamarquesa de trimarãs, apresentou oficialmente o seu mais recente modelo, o Dragonfly 36. A estreia mundial ocorreu

Candela C-8 Eléctrico
O movimentado Stand da Dufour

no Hall 16, onde o Dragonfly 36 foi exibido ao lado dos modelos Dragonfly 28 Performance e Dragonfly 40C Performance.

O desenvolvimento do Dragonfly 36 foi um projeto meticuloso que se estendeu por aproximadamente dois anos e meio. Durante esse período, a equipa da Dragonfly concentrou-se em criar um trimarã que combinasse design inovador com funcionalidade excecional. Uma das características distintivas é o casco principal com design “wavepiercing”, que proporciona uma navegação mais suave e eficiente, mesmo em condições adversas.

O Dragonfly 36 está disponível em duas versões: Touring e Performance. Ambas possuem mastros de carbono, diferenciando-se nas configurações de vela. A versão Touring é ideal para velejadores que valorizam facilidade de manuseio, equipada com uma vela de proa autovirante e um mastro de 16,5 metros. Já a versão Performance destina-se aos entusiastas que procuram mais ação, apresentando um mastro dois metros mais alto e uma genoa maior, aumentando significativamente a área vélica.

Em termos de desempenho, o Dragonfly 36 promete velocidades impressionantes, com uma velocidade máxima estimada de 23 nós. Esta performance é alcançada graças ao seu design leve e à configuração otimizada das velas, tornando-o adequado tanto para cruzeiros familiares como para regatas.

Eclipse

Yachts Saros 50

A Eclipse Yachts revelou na feira o Saros 50, um iate desportivo de luxo que combina design sofisticado, detalhes meticulosos, qualidade superior e uma experiência de navegação excecional. Este

modelo destaca-se pela sua potência e desempenho, oferecendo uma velocidade máxima impressionante de 50 nós.

O Saros 50 apresenta um design moderno e elegante, refletindo a atenção aos de-

Conferências cheias de gente

talhes e o compromisso da Eclipse Yachts com a excelência. Cada elemento foi cuidadosamente concebido para

Iniciativa Love your Ocean
Finalistas da Start ups pitching competition com o Júri

proporcionar uma experiência de luxo, desde os materiais de alta qualidade utilizados no interior até às linhas exteriores aerodinâmicas que conferem ao iate uma presença marcante no mar.

Equipado com o avançado sistema de propulsão MJP Water Jet, o Saros 50 garante uma manobrabilidade superior e uma resposta rápida, permitindo aos navegadores desfrutar de uma condução suave e controlada mesmo a altas velocidades. A combinação desta tecnologia com motores potentes permite ao iate atingir uma velocidade máxima de 50 nós, posicionando-o

entre os mais rápidos na sua categoria.

Saffier

SL 46 MED

A Saffier Yachts apresentou o seu mais recente modelo, o SL 46 MED, que chamou desde logo a atenção pelo seu casco em laranja vibrante. Esta embarcação de alto desempenho, com 14,90 metros de comprimento, combina design contemporâneo, materiais sustentáveis e soluções pensadas para um estilo de vida a bordo sofisticado e descontraído.

Concebido para proporcionar prazer puro à vela, o SL

46 MED destaca-se pelo cockpit generoso e pela fluidez entre os espaços exteriores e interiores. A Saffier procurou, com este modelo, criar um iate de cruzeiro que privilegia o convívio, o conforto e a simplicidade na navegação, ideal para climas quentes como o Mediterrâneo — onde o convés se transforma numa verdadeira área de lazer ao ar livre.

O casco do SL 46 é produzido por infusão a vácuo, recorrendo a resina viniléster e núcleo de espuma Divinycell, garantindo leveza e rigidez estrutural. A zona da quilha, sujeita a maiores cargas, é

laminada a sólido. Uma grelha metálica reforçada absorve os esforços do mastro e da quilha, aumentando a segurança e durabilidade. A atenção ao detalhe estende-se aos acabamentos e à escolha de materiais sustentáveis, que refletem os elevados padrões de construção da marca holandesa.

Especificações técnicas

- Comprimento total: 14,90 m

- Comprimento do casco: 13,75 m

- Boca máxima: 4,45 m

- Calado: 2,20 m (ou versão de corrida: 2,60 m)

- Deslocamento: 10.900 kg

- Lastro: 3.800 kg

- Área vélica à bolina: 118 m²

- Vela grande: 68 m²

- Jib autovirante: 50 m²

- Code Zero: 163 m²

- Gennaker: 179 m²

- Motorização: Yanmar 4JH45 (45 cv)

- Tanques:

- Combustível: 220 L

- Água potável: 400 L

- Águas residuais: 80 L

- Categoria CE: A

- Altura do mastro acima da linha de água: 22,60 m

O interior do SL 46 oferece um ambiente acolhedor e funcional, com três cabines e uma casa de banho com duche separado. A cozinha está totalmente equipada, e a área de estar é iluminada por amplas janelas no casco, criando uma sensação de espaço e contacto com o exterior. Os materiais de qualidade e o design minimalista reforçam a sensação de conforto moderno.

O modelo está disponível em duas variantes: a SL 46 MED, com deck plano e bancos ajustáveis no cockpit — ideal para climas quentes e uma vida ao ar livre —, e a SL 46 NORTH, que inclui um compartimento de popa para embarcação auxiliar, mais indicado para latitudes nórdicas.

Pavilhão do Mergulho à Pinha
A Action Pool do Pavilhão 17 sempre cheia

Presença Portuguesa 2025

Aparticipação de empresa, operadores e entidades portuguesas na boot Düsseldorf 2025 reforça mais uma vez a aposta na internacionalização e promoção da náutica e do turismo náutico sustentável em Portugal.

APPR

A Associação Portuguesa de Portos de Recreio (APPR) é presença habitual na boot. A

participação da APPR teve como objetivo promover as Marinas e Portos de Recreio Portugueses e reforçar a sua posição no mercado internacional.

Durante o evento, a APPR destacou as infraestruturas e serviços de excelência oferecidos pelas Marinas e Portos de Recreio em Portugal, evidenciando o compromisso com a sustentabilidade e

a inovação no setor náutico. Esta presença permitiu estabelecer contactos estratégicos e promover parcerias que visam o desenvolvimento e a internacionalização das marinas e portos de recreio portugueses.

CM Espinho

O Município de Espinho marcou mais uma presença na boot. Esta participação pro-

porcionou uma oportunidade única para divulgar Espinho e a marca “Espinho Surf Destination”, além de possibilitar a partilha de conhecimentos, troca de experiências e desenvolvimento de parcerias.

Durante o evento, a Presidente da Câmara Municipal de Espinho, Maria Manuel Cruz, reuniu-se com Petros Michelidakis, diretor da boot Düsseldorf, bem como com diversos agentes económicos, operadores turísticos, organizadores de eventos e atletas interessados nas potencialidades da frente marítima de Espinho.

A presença de Espinho na boot Düsseldorf 2025 reforça o compromisso do Município em promover o turismo náutico e posicionar-se como um destino de referência para os desportos aquáticos.

Marina de Cascais

A Marina de Cascais esteve pela quarta vez no evento, reforçando o seu compromisso em promover as suas infraestruturas e serviços a nível internacional.

Durante a feira, a Marina de Cascais destacou-se pela sua capacidade de acolher eventos náuticos de renome, evidenciando as condições excecionais que oferece para a realização de competições e atividades marítimas. A presença na boot Düsseldorf 2025 proporcionou uma plataforma privilegiada para estabelecer contactos estratégicos e promover Cascais como um destino náutico de excelência.

A Marina de Cascais é uma das mais prestigiadas marinas da costa portuguesa, localizada numa baía abrigada entre Lisboa e a imponente Serra de Sintra, no coração da histórica vila de Cascais. Com capacidade para acolher cerca de 650 embarcações até 36 metros, esta marina distingue-

A Associação Portuguesa de Portos de Recreio é presença habitual na boot
Marina de Sines e Marina de Cascais no Turismo Náutico

se pela excelência das suas infraestruturas, segurança e localização privilegiada junto ao centro da vila.

Moderna e funcional, a Marina de Cascais oferece uma vasta gama de serviços, incluindo abastecimento de combustível, balneários, lavandaria, assistência técnica, área de reparação e serviços personalizados de apoio às tripulações. É também palco regular de regatas internacionais e eventos náuticos de prestígio, reforçando o seu papel como destino de referência para navegadores e amantes do mar.

Rodeada por restaurantes, lojas e espaços de lazer, a Marina de Cascais combina tradição marítima com uma vivência cosmopolita, sendo um verdadeiro ponto de encontro entre o mar e a cultura portuguesa.

Marina de Sines

Já a Marina de Sines, a pitoresca cidade natal do explorador Vasco da Gama é um ponto de paragem obrigatório ao longo da costa portuguesa, para quem se navega entre o Algarve e Lisboa. Esta marina oferece 230 postos de amarração para embarcações até 25 metros, com águas profundas e limpas de até 8 metros de profundidade. Combina modernidade com tradição e disponibiliza diversas facilidades, incluindo balneários, área de lavandaria, acesso a computadores, serviços personalizados de marina, guindaste fixo e área de reparação.

Município de Loulé e a Estação Náutica de Vilamoura

A Estação Náutica de Vilamoura, coordenada pela Câmara Municipal de Loulé, destacouse no evento, promovendo o turismo náutico, os desportos

aquáticos e as diversas ofertas turísticas da região.

A habitual participação da Marina de Vilamoura neste certame reforça a sua posição como uma das marinas de referência a nível mundial, evidenciando as suas infraestruturas de excelência e as experiências náuticas únicas que proporciona aos visitantes.

A presença proporcionou à multipremiada Marina de Vilamoura uma plataforma privilegiada para promover o turismo náutico e as atividades marítimas da região, bem como para estabelecer contactos e parcerias estra-

tégicas no setor, que reforçam a sua reputação internacional.

A novidade deste ano foi a nova área da Marina em Vilamoura para Superbarcos recentemente inaugurada, altamente diferenciadora para o destino e que oferece soluções para embarcações de grande porte. Uma marina com 825 lugares de amarração à sua disposição, capaz de receber iates até 60 metros.

Oceantrail Odyssey

A Oceantrail Odyssey Summit Series, sediada em Coim-

bra, apresentou os seus serviços de turismo de aventura marítima.

Especializada em experiências únicas no mar, a Oceantrail Odyssey oferece uma variedade de atividades, incluindo vela, mergulho e trekking. Os seus programas, como o “Scuba & Sail Odyssey” nos Açores e na Madeira, combinam a emoção da navegação com a exploração subaquática, proporcionando aventuras inesquecíveis aos participantes.

A participação na Boot Düsseldorf 2025 permitiu à Oceantrail Odyssey destacar os seus serviços a um público interna-

Município de Loulé promoveu a Estação Náutica de Vilamoura

cional, reforçando a sua posição no mercado de turismo de aventura marítima.

OESTE CIM

A Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM) promoveu o turismo náutico sustentável.

A participação da OesteCIM teve como objetivo central promover a região Oeste como um destino de excelência para o turismo náutico e sustentável, com especial destaque para a Estação Náutica do Oeste. No stand da Comunidade, estiveram em evidência as características únicas do território, como as praias de qualidade reconhecida e as infraestruturas preparadas para a prática de modalidades como surf, vela, kitesurf e mergulho.

Entre os temas centrais da edição de 2025 da feira esteve a sustentabilidade.

A iniciativa love your ocean, que reuniu cerca de 80 projetos de empresas, cientistas e organizações, reforçou o compromisso coletivo com a proteção dos oceanos - uma prioridade que a OesteCIM assume também nos seus objetivos estratégicos. A presença da Comunidade Intermunicipal do Oeste na boot Düsseldorf 2025 reforça a sua aposta na internacionalização do território, consolidando o Oeste como um destino de referência no panorama do turismo náutico e sustentável, em linha com as tendências globais e os desafios ambientais do presente.

Neptune Pirate

A Neptune Pirate, liderada por Rúben Fernandes, CEO e fundador, marcou forte presença na boot Düsseldorf. Como importador e representante exclusivo para a Europa, a empresa apresentou as embarcações da Extreme Boats, que fizeram a sua estreia europeia no evento. Várias

Oceantrail Odyssey no Pavilhão 13
OESTE CIM nos Trend Sports A Neptune Pirate apresentou as embarcações da Extreme Boats

soluções para Big Game estiveram em exposição.

O stand da Neptune Pirate, localizado no Pavilhão 3, Stand C06, com uma área de 198 m², atraiu numerosos visitantes interessados em conhecer as inovações e a qualidade das embarcações da Extreme Boats. Todos os modelos expostos estavam equipados com motores Yamaha, garantindo potência e fiabilidade máximas.

A participação da Neptune Pirate na boot Düsseldorf 2025 reforçou a sua posição no mercado náutico europeu e destacou o compromisso da empresa em oferecer produtos de alta qualidade aos seus clientes.

SilentWind

A Silentwind, empresa portuguesa especializada em aerogeradores de pequena dimensão para aplicações marítimas. A empresa esteve localizada no Hall 11, onde apresentou os seus produtos inovadores aos visitantes.

Fundada em 1993, a Silentwind acumula mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de turbinas eólicas de pequena escala para embarcações marítimas. A empresa ganhou destaque pela introdução das Silent Power Blades em 2008, lâminas de rotor de carbono conhecidas pela sua resistência e operação silenciosa. Desde então, a Silentwind tem evoluído continuamente os seus produtos, lançando modelos como o Silentwind 400 e o Silentwind 400+, equipados com controladores de carga híbridos avançados.

Durante a Boot Düsseldorf 2025, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto os produtos da Silentwind e discutir soluções de energia renovável para aplicações marítimas diretamente com a CEO e fundadora da empresa, que este-

ve presente no evento.

A participação da Silentwind na Boot Düsseldorf 2025 reforça o seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade no setor náutico, destacandose como uma referência em soluções de energia eólica para embarcações.

Conferências e Apresentações

Ruben Eiras, Secretário-Geral da Fórum Oceano, participou como orador na Blue Innovation Dock, um espaço dedicado à inovação azul integrado na feira náutica boot Düsseldorf. A sua intervenção destacou-se no programa diário do evento, reforçando o papel ativo de Portugal na promoção da economia azul.

A Fórum Oceano, enquanto Cluster da Economia do Mar, tem como missão impulsionar o desenvolvimento sustentável e a competitividade das atividades marítimas em Portugal. A presença de Ruben Eiras neste fórum internacional sublinha o compromisso da organização em fortalecer a cooperação internacional e fomentar a inovação no setor marítimo. Durante a sua intervenção, Eiras abordou temas centrais como a economia azul, avaliada globalmente em 76 mil

milhões de dólares, e destacou as tendências para 2025. Sublinhou ainda que Portugal ocupa a sexta posição mun-

dial como destino de investimento na economia azul (Blue Investment).

Apresentou também a pla-

Município de Espinho fez entrega de Prémios
Ruben Eiras da Fórum Oceano na Blue Innovation Dock

taforma digital Hub Azul Dealroom, ferramenta estratégica para conectar startups, investidores e entidades do setor, e destacou o Portugal Blue Digital Hub como um polo de inovação azul. O seu discurso passou ainda pela importância da construção naval, das Estações Náuticas de Portugal e da promoção de

práticas sustentáveis e inovadoras no setor.

A participação de Ruben Eiras reforça a posição de Portugal como um protagonista na economia azul global e um defensor ativo de soluções sustentáveis e tecnológicas para os desafios do oceano.

O reconhecido fotógrafo

subaquático Português Nuno

Sá participou e esteve presente no Salão de Mergulho onde apresentou algum do seu profícuo trabalho para uma plateia cheia de entusiastas. Como fotógrafo subaquático especializado em grandes animais marinhos algumas das imagens foram espetaculares dando desta-

Lista de Expositores Portugueses na Boot 2025

Pavilhão 3 (Barcos a Motor)

Neptune Pirate

Pavilhão 11 (Motores, Acessórios e Equipamentos)

SilentWind

Pavilhão 12 (Mergulho)

Portugal Dive

Pavilhão 17 (Trend Sports)

Comunidade Intermunicipal do Oeste - OESTE CIM

Município de Espinho – Espinho Surf Destination

Pavilhão 13 (Turismo Náutico e Marinas)

APPR (Associação Portuguesa de Portos de Recreio)

Estação Náutica de Vilamoura - Marina de Vilamoura

Marina de Cascais

Marina de Sines

Oceantrail Odyssey

que à diversidade e beleza do Mar dos Açores.

Visita à Boot

Os stands nacionais receberam a visita de Representantes Portugueses.

Os stands portugueses na feira náutica boot Düsseldorf contaram com visitas de destaque durante o evento. Elisabete Palma, Cônsul-Geral de Portugal em Düsseldorf, e Claudia Miguel, Diretora do Turismo de Portugal para a Alemanha, Áustria e Suíça, marcaram presença, sublinhando a importância estratégica da participação nacional nesta que é uma das maiores feiras náuticas do mundo.

A OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste - teve a honra de receber ambas as representantes no seu stand, num momento que reforçou o apoio institucional à promoção internacional da oferta náutica portuguesa, em particular da Estação Náutica da região.

A presença de entidades diplomáticas e de promoção turística portuguesa neste contexto reforça o empenho em projetar Portugal como destino de excelência na economia azul, destacando a sustentabilidade, a inovação e a qualidade das infraestruturas náuticas nacionais.

Comunidade Intermunicipal do Oeste / Estação Náutica do Oeste

Sea of Portugal / Media4U

Açores (Pavilhão 12 e 13):

Azores Fishing (Lopes e Paiva)

Azores Sub – Diving Center

Haliotis

Mantamaria

Pico Island

Portos dos Açores

Pure Sail – Yacht Charter Azores

Sail Along

Sailing Azores – Pete Keeping

Madeira (Pavilhão 12):

Manta Diving Madeira

Entrega de prémios junto à Piscina
Nuno Sá no Pavilhão do Mergulho

Baleeiros dos Açores

Distinguir os Baleeiros

Um dos maiores patrimónios dos Açores, os baleeiros com museus e actividades que os recordam, devem ser mais distinguidos de modo em que todos os que visitam os Açores visem como pescavam as baleias.

No Séc. XVIII a indústria baleeira nos Açores foi introduzida por norte-americanos com grandes navios veleiros, chamados baleeiros yankees. Foram os primeiros a aventurar-

se nas águas açorianas para caçar baleias. Capturavam e depois derretiam a carne que originava o óleo que era usado para iluminação.

Mais tarde, no Séc. XIX os navios norte-americanos pas-

savam frequentemente pelos Açores à procura de abrigo e abastecimentos. E como forma de fugir à crise sentida nos Açores, muitos açorianos embarcavam para trabalhar nos navios e partiam rumo aos

EUA em busca de um futuro melhor aprendendo também com os americanos e ganhando gosto pela caça à baleia. Nos finais do Séc. XIX muitos ilhéus regressados dos EUA deram início à indústria

Baleia junto à Ilha do Pico

da baleação nos Açores. A bordo de baleeiros americanos apuraram as técnicas da caça à baleia para iniciar a captura e a indústria em todas as Ilhas.

Podemos considerar que a partir de 1896 até 1949 o recurso a grandes navios baleeiros foi substituído por uma baleação costeira. Havia muitos cachalotes perto das costas açorianas. Foram introduzidos os vigias em terra para localizar as baleias que depois através de rápidas canoas movidas a remos conseguiam chegar perto dos cachalotes caçá-los e traze-los a reboque para terra.

Nos finais dos anos 60 começou o declínio da caça à baleia nos Açores. Apesar

do método de captura ser essencialmente artesanal, de arpoamento manual, foram mortos milhares de baleias. Os registos da baleação nos Açores entre 1896 e 1949

As baleias em terra para serem desmanchadas

são de 12 mil baleias.

Em 1986 foi assinada em Berna, em setembro de 1979, a Convenção sobre a Vida Selvagem e os Habitats Naturais na Europa (Convention on the Conservation of European Wildlife and Natural Habitat) para proteger as espécies animais e os seus habitats; e a Moratória da Comissão Baleeira Internacional (1982),

Momentos antes da arpoação

Um dos maiores patrimónios dos Açores

Os baleeiros devem ser mais distinguidos

Os botes deslocavam-se a remos

Os baleeiros yankees, foram os primeiros a aventurar-se nas águas açorianas para caçar baleias

entrou em vigor em 1986. A regulamentação passou a proibir a captura de todas as espécies de mamíferos marinhos em águas portuguesas.

No ano1987 foi a última vez que foram capturados três cachalotes na ilha do Pico. Finalmente terminou o capítulo da história da caça à baleia nos Açores.

O «picaroto»

foi um baleeiro sempre da terra e do mar

No Pico, como em nenhuma outra ilha, por circunstância e por imperativo geográfico e económico, o “picaroto” foi sempre da terra e do mar baleeiro, embarcadiço, afoito que mais nenhum” (Pedro da Silveira). Lavrou o mar, rasgou o desconhecido, foram distinguidos terras e gentes, alimentando o sonho e abrin-

do-se à universalidade: “O único açoriano que é ao mesmo tempo agricultor e marítimo. No mar às vezes é herói” (Vitorino Nemésio).

Apesar da baleação ter sido uma actividade praticada em todas as ilhas dos Açores, o Pico tornou-se, rapidamente, o grande centro do complexo baleeiro insular. Com o fim da “caça” à baleia, ditado por motivos económicos e ambientais, nos inícios dos anos 80, do séc. XX, ficou um valioso património de saberes, ao qual está associado um não menos importante património material que, em terra deu corpo às actividades ligadas à baleação: casas de botes, varadouros, rampas, estruturas de derretimento a céu aberto e a fogo directo (“traióis” e “caldeiros”), vigias de baleia, fábricas de processamento industrial de cacha-

No Séc. XVIII a indústria baleeira nos Açores foi introduzida por norte-americanos
Fábrica

lotes, pátios de desmancho de cachalotes, depósitos de óleo, depósitos de água, botes baleeiros, lanchas de reboque, maquinaria, palamenta, artefactos de pesca/”caça” e processamento de cachalotes, documentação baleeira, etc.

Aqui, onde a cultura baleeira atingiu a sua maior expressão, com engenho e arte se tem cultivado os valores e as memórias da baleação, celebrados e explicados nos museus (Museu dos Baleeiros e Museu da Indústria Baleeira) e núcleos museológicos e

Fábrica
Baleias á espera
Rampa
Fábrica com fornos junto à rampa
Os botes à vela eram mais rápidos
Rampas

revividos (sacralizados/ritualizados) na Festa de Nossa Senhora de Lurdes, actual semana dos Baleeiros. Neste quadro, as Lajes do Pico

− Vila Baleeira dos Açores, em complementaridade com São Roque do Pico e os portos baleeiros do Sul do Pico

− Santa Cruz das Ribeiras,

Calheta de Nesquim e São Mateus -, assumem-se como a grande referência e imagem de marca do imaginário baleeiro regional.

O que mudou Em 1993 nasceu a primeira empresa de observação de baleias nas Lajes do Pico, na ilha do Pico. Um ano depois a Futurismo Azores Whale Watching iniciou a sua atividade na ilha de São Miguel. A experiência de whale watching permitiu manter viva a cultura baleeira nos Açores até hoje.

Os antigos botes baleeiros foram recuperados e são hoje usados em regatas.

A antiga fábrica da baleia na ilha do Pico é hoje um Museu da indústria baleeira em São Roque.

Os antigos postos de vigia foram restaurados e hoje são igualmente usados para a observação de baleias. Os vigias comunicam via rádio para que as embarcações possam ir ao encontro destes gigantes do mar. A Futurismo Whale Watching Azores orgulha-se de continuar a usar os métodos tradicionais para localizar baleias e golfinhos.

Atualmente

Hoje visitam-se os Açores para observar baleias e golfinhos é cada vez mais uma atividade enraizada na cultura açoriana. Aliás, esta é considerada a experiência obrigatória para quem visita os Açores. Há cada vez mais pessoas a procurá-la e o cachalote continua a ser o símbolo turístico e cultural dos Açores.

Rampa dos baleeiros
Bote recuperado para corridas e regatas femininas

O Mar Oferece Produtos para Quase Tudo

O mar contém um manancial de bactérias, algas, vírus, fungos, corais, esponjas, peixes, moluscos e crustáceos

O Oceano contêm vários recursos que podem ser ponteciados para várias áreas, através de propriedade das algas, bactérias, corais e muitos outros seres marinhos.

Corais e muitos outros seres marinhos podem ser usadas para combater tumores

Omar contém um manancial de bactérias, algas, vírus, fungos, corais, esponjas, peixes, moluscos e crustáceos, dos quais se extraem substâncias para

Holoturias são muito procuradas pelos cientistas

medicamentos contra o cancro, cosméticos anti-rugas, suplementos alimentares, rações para animais, fertilizantes e descontaminantes.estigadas.

Os possíveis usos dos recursos marinhos são muitos e protegidos até por patentes,

mas muitas das potencialidades continuam por descobrir, estejam ainda debaixo de água, ou já foram recolhidas e estão a ser investigadas por cientistas em laboratórios as suas propriedades.

As qualidades de algas,

Os usos dos recursos marinhos são muitos
Apenas se conhece 10% da biodiversidade marinha

corais e muitos outros seres marinhos podem ser usadas para, por exemplo, combater tumores, fortalecer o sistema imunitário, ajudar à decomposição do plástico e diminuir a formação de rugas. São muitos outros os possíveis usos dos recursos marinhos.

As propriedades de algas, corais e muitos outros seres marinhos podem ser usadas

para, por exemplo, combater tumores, fortalecer o sistema imunitário, ajudar à decomposição do plástico e diminuir a formação de rugas. São muitos outros os possíveis usos dos recursos marinhos.

Segundo o Presidente do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (Ciimar), Vítor Vasconcelos, apenas se conhece 10% da biodiversidade marinha.

No Ciimar, em Matosinhos, que tem um biobanco de microrganismos marinhos, trabalha-se na solução de um problema baseada na natureza.

No caso, trabalha-se com o que o mar fornece, já foi ensaiada a utilização de bactérias para despoluir água contaminada com petróleo e estão a ser testados novos compostos para produzir tintas que protejam os navios da incrustação de organismos, processo que leva à redução da velocidade das embarcações e aumenta a sua necessidade de combustível. Para cosméticos anti-rugas, suplementos alimentares

Holoturia serve para cremes de beleza
Destes organismos extraem-se substâncias para medicamentos

Notícias

Notícias dos Açores

Governo dos Açores Aprova Regime de Apoio ao Conhecimento nas Pescas

O Governo dos Açores aprovou o regulamento do regime de apoio à transferência de conhecimentos entre cientistas e pescadores, no âmbito do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEAMPA).

Segundo uma portaria publicada recentemente no Jornal Oficial, o regulamento promo-

ve o regime de apoio à transferência de conhecimentos entre cientistas e pescadores, no âmbito da iniciativa de fo-

mento de pescas sustentáveis e da restauração e conservação dos recursos biológicos aquáticos, previsto na legisla-

ção da União Europeia. Pretende-se com o regulamento “reforçar as atividades de pesca sustentáveis do ponto de vista económico, social e ambiental”

De acordo com o regulamento, os apoios previstos visam “promover a transferência de conhecimentos através de parcerias entre cientistas e pescadores, estimulando a inovação produtiva e organizacional nas empresas do setor, contribuindo para a sua maior resiliência”

Pretende-se ainda “aprofundar o conhecimento científico no domínio da pesca” e “reforçar o envolvimento dos operadores na gestão participativa e responsável do espaço marítimo”

Podem beneficiar de apoios a criação de redes, acordos de parcerias ou associações entre um ou vários organismos científicos ou técnicos e proprietários ou armadores de navios de pesca registados em portos dos Açores, e/ou organizações de pescadores.

A medida visa a “disseminação de conhecimento e informação e partilha de boas práticas que potenciem a utilização de artes de pesca mais seletivas”, a par da “redução de capturas acidentais ou dos danos provocados em espécies marinhas ou em aves marinhas, ou outras formas de redução do impacto da pesca no meio marinho, em especial em áreas marinhas protegidas”

Os apoios previstos são também direcionados para processos de cogestão, com vista à “utilização sustentável e valorização económica dos recursos”, bem como para “ações de cooperação, entre profissionais da pesca da Região Autónoma dos Açores” podendo incluir profissionais da pesca do continente, ou-

tros países ou outras partes interessadas.

Os apoios públicos previstos no regulamento revestem a forma de subvenção não reembolsável, sendo que a aprovação das candidaturas está sujeita a dotação orçamental do Programa Mar 2030.

Pesca Lúdica Embarcada

E os Nós, São Assim tão Importantes? Capítulo I

O nó é, e será sempre, o ponto mais fraco no comprimento total de uma linha de pesca. Sim, é assim mesmo, não há volta a dar e a física simples é a razão disso.

Bem sei que para a maior parte dos pescadores se a linha rompe a primeira solução é encolher os ombros e subir no diâmetro, aplicar mais grosso.

Têm razão, se pescarem com uma corda de carregar camiões não parte tanto.

Mas também não pescam nada.

Aquilo que vamos ler a seguir é dirigido aos meus colegas pescadores, gente boa que por vezes tem uma rotura …sem a conseguir explicar.

Vou, dentro das minhas capacidades, tentar ajudar-vos.

Fazemos habilidades com linhas, independentemente do nosso grau de conhecimen-

tos sobre pesca, das nossas capacidades técnicas para trabalhos de motricidade fina, de termos dedos mais grossos ou mais delicados, ou mesmo da modalidade de pesca que cada um pratica.

Todos aqueles que ensaiam as suas bricolages a produzir baixadas, os ditos “chicotes”, os que têm de ligar linhas fluorocarbono ao multifilamento do carreto, ligar as linhas aos destorcedores, às chumbadas, às amostras, aos jigs, etc, etc, fazem nós.

Fazemos nós e ponto final. Podemos realizar um simples nó cego, ou um complexo nó FG, mas estamos sempre a fazer uma qualquer interrupção no sentido retilí-

neo do fio. Dobramos a linha mais ou menos, mas não há nós sem alterar a estrutura molecular do produto/ linha.

Há um princípio universal: sempre que fazemos um nó, qualquer que seja, estamos a criar uma fragilidade na nossa linha, uma zona mais débil, visto que provocamos tensão num ponto preciso na linha onde a carga máxima de estiramento aplicada a atinge em mais de uma direção.

Mesmo quando devidamente feito, qualquer nó tem sempre um ponto em que a linha dobra sobre si própria, fazendo um ângulo agudo. É exactamente aí nesse ângulo que um conjunto de forças irá exercer a pressão máxima e

a rotura irá acontecer. É nesse ponto do ângulo agudo que a linha irá fracturar, e quase sempre sobre o bordo externo do multi ou monofilamento. Assim que a camada exterior de linha rebentar, assim que romper a sua superfície lisa, o resto do corpo da linha irá ceder quase de imediato.

Se consideramos um monofilamento, a redução da sua secção irá roubar-lhe grande parte da sua resistência inicial, e no caso dos trançados, o seccionar de uma quantidade significativa dos micro filamentos dessa linha ser-lhe-á fatal. E quando a linha rompe, meus amigos, tudo acabou, o peixe está perdido.

E porque partem as linhas?

Partem porque nós somos muito pouco cuidadosos na forma como as tratamos. A maior parte das roturas não é provocada pela força dos peixes mas sim pelas acções prévias das pessoas que pescam.

É em casa que essas linhas começam a ser fragilizadas!

Vamos ver como.

Indiscutivelmente o elo mais fraco de qualquer nó é o início do laço que este forma sobre si próprio. Quer façamos um nó de linha simples ou duplo, a zona de saída do nó dessa linha será sempre o ponto em que a rotura irá acontecer.

Na maior parte dos casos aquilo que vejo é que as pessoas têm muito pouco cuidado em humedecer as linhas, por exemplo com um pouco de saliva. Isso cria uma zona de deslizamento de nó que fi-

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com

cará “abrasada”, queimada, e que irá reduzir enormemente a resistência máxima do producto.

Quando os nós são feitos quer sobre nylon quer sobre fluorocarbono, ou seja, sobre polímeros, a questão temperatura é algo de muito importante. Sabemos disso se chegarmos um fósforo a qualquer um destes tipos de linha.

A poliamida, também chamada de nylon, é um plástico de engenharia, resultado das cadeias carbônicas com hidrogênio e nitrogênio, do grupo das amidas.

Esta poliamida tem origem na reação química calculada do petróleo e gás, de onde se origina a caprolactama, matéria-prima para sua produção. Por isso, sendo um derivado do petróleo, é tão sensível ao fogo. E não vos falo de fogo enquanto chama viva, mas de calor, de aquecimento.

Eu sei de gente que deixa bobines de fio ao sol nos cockpits dos barcos, expostos aos raios solares e obviamente aos raios ultravioletas, durante semanas. Adulteram por completo a qualidade das linhas, insurgem-se contra as marcas, contra os vendedores das linhas…

Para que fique claro: ambos

os productos, o fluorocarbono e o nylon, são muito sensíveis ao calor.

E vocês, raios parta, não querem saber disso para nada!

Desculpem o desabafo, … voltamos à questão da sensibilidade das linhas: quando provocamos qualquer tipo de aquecimento, e basta o atrito

de passar uma linha a escorregar sobre si própria com elevada pressão, aquilo que podemos observar é que depois de apertar o nó passamos a ter uma zona de linha que fica “encaracolada”, não lisa.

Esse é um ponto da linha que ficou queimado pelo mau tratamento que lhe demos. Esse primeiro centímetro de linha, onde ficou registado um pequeno troço de rugosidade, de linha torcida, ondulada, será o ponto fraco de todo o nosso sistema de pesca.

Se o nó assentar sobre si muito rapidamente, de forma brusca ou sem a lubrificação suficiente, (se for atado a um

destorcedor já muito gasto e rugoso, com muitos dias de mar e farto de bater no fundo, com irregularidades provocadas pelo bater na pedra), ou até uma amostra ou anzol já velhos, gastos, corroídos pelo salitre, vamos provocar uma onda de calor excessivo o qual será determinante para decidir onde vamos ter problemas.

Esse calor é gerado por atrito sobre a linha à medida que o nó for por nós ajustado, apertado.

Acresce o facto de a maior parte dos pescadores apertar demasiado os seus nós. Parece-nos que fica melhor as-

sim, mas na verdade deveríamos deixar para o arranque forte dos peixes algum desse trabalho.

Um nó demasiado ajustado, apertado ao máximo da nossa força física, irá atingir o seu limite de resistência mais rapidamente, e por isso a rotura será mais rápida.

Falamos apenas de um centímetro de linha é verdade, mas algures num desses 10 mm críticos encontra-se um ponto que será mais fraco que todos os outros, é aí que está o desgaste e é aí que irá partir.

Não existe nenhuma linha que não tenha prós e contras. Sabemos que os multifilamentos são muito resistentes a esforços de tracção lineares, aguentam muita carga no sentido longitudinal mas são frágeis se atingidos sobre a sua linha axial.

Os nylons são menos sensíveis ao nó, mas enquanto linha não resolvem, criam memória relativamente à bobine onde são enrolados, alongam muito. Isso rouba-nos sensibilidade, pescamos pior, e por

fim se sujeitos a carga também partem.

Os fluorocarbonos, menos elásticos, resistem a esforços de atrito sobre a sua superfície, suportam ser raspados na pedra, mas também acabam por ceder.

Os técnicos que trabalham e fazem a sua vida a produzir linhas, falam de nós a 90%, a 80%, a 60%, mas afinal que quer isso dizer?

Eles referem-se a percentagens de enfraquecimento da linha. Quando fazemos um nó, ou seja, quando criamos um ponto fraco no nosso comprimento de linha, estamos a reduzir a sua capacidade máxima de resistência.

Dependendo do modelo de nó escolhido assim iremos interferir mais ou menos com a capacidade máxima de resistência desta.

Alguns fabricantes mais conceituados, seguros da qualidade daquilo que apresentam, referem mesmo na sua documentação técnica quais as percentagens de redução de resistência que cada tipo de nó cria no seu producto.

Vamos ver no próximo artigo alguns nós e saber algo mais sobre este tema.

Pesca Lúdica Embarcada

O Nó, Enquanto Factor Decisivo de Sucesso na Pesca! Capítulo II

Sabem quem é que sabe muito sobre linhas? Sabem quem é que não pode deixar de saber muito sobre linhas? São todos aqueles cuja vida depende de saber muito sobre isso!

Fiz esta foto a norte do Espichel, numa manhã fria de Dezembro. Era isto que estava a ver... a imagem não tem qualquer tipo de melhoramento

Para fazer esta sequência de artigos, não deixei de falar com pessoas que praticam escalada, ou que trabalham a limpar vidros em construções muito altas e que têm de suspender-se por... cordas.

exemplo, a dado momento estão suspensos, eles e a vítima, por um simples cabo.

Também todos aqueles que fazem resgates no mar, por

É com gente dessa que eu falo, é com os fabricantes de linhas de pesca, gente que sabe muito sobre o assunto porque sim, porque a sua vida esta intimamente ligada ao facto de saberem muito sobre linhas.

Todos eles são unânimes em dizer o mesmo: sempre que uma linha/corda faz uma curva com menos de duas vezes o seu diâmetro, essa curva enfraquece-a naquele ponto.

A resistência linear da linha de pesca, ou do cabo do bar-

co, ou da corda de suspensão de alpinismo, sofre imenso quando a dobramos ou lhe produzimos um nó. Fica afectada na sua resistência máxima.

Quando damos um nó num fio de nylon, ou fluorocarbono, e se esse nó é apertado num raio menor que o dobro do seu diâmetro, a linha fica com a sua resistência diminuída.

A compressão que uma linha sofre corta-a sobre si própria. À resistência inicial apregoada pelos fabricantes de linhas de pesca devemos retirar valores que podem chegar aos 50%.

Utilizem isto como um ponto de partida, mais ou menos alguns valores percentuais porque para ter valores exactos dependemos sempre do tipo de nós feitos e da vossa habilidade enquanto “técnicos de linhas”.

Que muitas vezes chega a ser desesperante, diga-se em abono da verdade…

Não será fácil para ninguém explicar a física que existe por detrás dos nós e as razões que levam à rotura de uma linha. E porquê?

A resposta imediata em que muitos de vós estão a pensar, “partem porque sim”, é bem mais fácil de dar que as justificações que se seguem.

Poderíamos começar por referir que todas as bobines de multifilamento, de fluorocarbono ou de nylon têm inscrita na bobine e na caixa da embalagem a resistência, quer em kgs quer em libras.

Em rigor isso de pouco nos vale se optarmos por comprar linhas baratas. Porquê? Poderíamos dizer que a maior

Nó San Diego Jam, veja aqui como se faz: https://www.animatedknots.com/san-diego-jam-knot

parte dos valores inscritos nos rótulos das embalagens de linhas são falsos!

Os fabricantes não nos podem dizer a verdade porque ao fazê-lo estão a limitar a venda dos seus produtos.

Se alguém disser que uma linha tem 6 kgs de resistência,

um facto real, medido, verdadeiro, estará em desvantagem perante um “kamikaze” chinês que decida mencionar na embalagem das suas linhas que estas têm uma resistência de 16 kgs.

Para uma mesma linha, podemos produzir 1000 emba-

lagens onde referimos 6 kgs como carga máxima aplicável, e outras 1000 embalagens a referir 16 kgs como carga máxima aplicável. Para a mesma linha.

Ao fim de uns meses, as linhas que mencionam 16 kgs de resistência estão todas

Nó San Diego Jam, finalizado

vendidas, as outras que referem 6 kgs estarão todas em prateleira. A mesma linha!

Nó Palomar, veja aqui como se faz: https://www.animatedknots.com/palomar-knot

Dado que não existe uma entidade supervisora que aplique multas a erros de informação, cada um faz aquilo que quer e pode para “despachar” o seu produto. Entendido?

acção de pesca e mesmo com mar ruim, ninguém fica mal visto com ele.

Um nó deveras seguro e confiável é o San Diego Jam. É simples, rápido de fazer em

Amarra qualquer coisa que queiramos com muito menos atrito do que a maior parte dos outros nós. Ainda assim é muito importante humedecer a linha, ok?

Além disso, a laçada de retorno que forma a primeira volta envolve dois fios de linha em vez de apenas um... isso significa que não fará um ângulo tão agudo e é muito menos provável que ocorra a fractura da camada externa do monofilamento.

Vejam como se faz: https:// www.animatedknots.com/ san-diego-jam-knot

Outro nó que utilizo com muita frequência é o Palomar. Tido como o nó mais forte que existe, utilizado mesmo em big game, este nó dá-me perfeitamente para o peixe que pesco na minha zona. Nunca tive problemas com ele.

A IGFA, por extenso International Game Fish Association, classifica o Palomar como o nó mais forte que existe. Se estou certo, o nó San Diego Jam de que vos falo é Nó Palomar, finalizado

um desdobramento do Palomar.

Têm aqui alguns exemplos de nós possíveis e úteis, (existem milhares de tutoriais no Youtube que podem consultar) sendo que devem sempre procurar adequar o nó à situação concreta que têm em mãos:

Um outro factor que me parece ser importante referir é a combinação de linhas entre si. Fazer um bom nó utilizando linhas de diâmetros muito diferentes não é para todos.

Qualquer que seja o producto utilizado, nylon, fluorocarbono, multi, iremos sempre provocar uma curvatura muito acentuada sobre um deles, em relação ao outro. E já sabemos que isso irá provocar a criação de tensão sobre o bordo exterior da linha fragilizando-a, levando-a à sua prematura ruptura.

Talvez valha a pena explicar-vos isto melhor: indepen-

dentemente do producto em causa, nylon ou fluorocarbono, o material na curva externa da linha, a parte de fora, à medida que ela aperta, é esticado até ao limite. Criamos

nesse ponto tensão que induz a linha a rasgar, a abrir. Por outro lado, o material no lado interno da curva da linha é por sua vez absurdamente comprimido. Isto cria

forças completamente opostas e tudo isso de verifica num pequeno ponto.

Estas tensões são obviamente prejudiciais para a nossa linha, enfraquecendo-a,

tornando-a mais sensível à rotura.

O facto de dobrarmos a linha para fazermos alguns dos nossos nós, por exemplo o Palomar, faz com que a tensão seja distribuída por dois pontos, diminuindo assim a carga sobre o ponto de contacto da linha com a amostra/ jig, ou destorcedor.

E

depois de romper, que fazemos?

Quando rompemos uma linha, aquilo que a maior parte das pessoas faz é voltar a produzir uma laçada e …”siga a dança”, continua a pescar. Errado! Horrível!

Podemos, se quisermos perder algum tempo a pensar, em que estado físico fica a linha à volta do ponto de rotura, ou não podemos?

Houve um acidente que levou à quebra da linha, certo?

Será avisado pensar que o nosso fio junto ao ponto onde a linha rompeu está intacto? Que preserva todas as suas qualidades iniciais de quando bobinámos essa linha quando nova?

Em princípio não!

Por isso mesmo, devemos cortar, no caso dos multifilamentos, um troço de cerca de 30 centímetros de linha, e no caso de polímeros como o nylon ou o fluorocarbono, cerca de um metro.

Pensem que a tensão criada terá sido de tal forma forte que superou a resistência máxima suportável pela nossa linha. Se rompeu num determinado ponto isso significa que a montante e a jusante, acima e abaixo desse ponto, a tensão terá sido muito próxima de máxima também, certo?

Querem arriscar a perder outro peixe bom?

Espero que este artigo técnico sobre linhas e nós possa eventualmente ter sido interessante para todos aqueles que o leram.

“Mas o Tejo é Sempre Novo”, não Obstante...

Em prol do Tejo, alertar as consciências para os malefícios e outros abusos que têm vindo a ser cometidos ao nosso maior rio, levam-me a repetir quantas vezes for preciso, neste jornal e noutros lugares, que o Tejo se não fosse tão forte estaria morto!

Rio de muitos donos, sofreu maldades e encheu-se de problemas. Comeram dele as indústrias poluentes, a agricultura intensiva, a construção civil e a pesca ilegal. Contudo o grande rio dá sinais de renascimento.

1. O Tejo Turístico

A propósito, estive numa roda de amigos que conhecem o Tejo como os dedos das próprias mãos, alguns deles desde a nascente à foz, e que estão cépticos e preocupados com todas as malfeitorias que têm sido cometidas ao Tejo. Nessa conversa foi afirmado que não foram só os exploradores que eu aponto

na minha introdução, porque entretanto surgiu uma nova vaga de oportunistas que só agora despertaram para o Tejo e que andam a tentar fazer coisas a que chamam projectos, de âmbito turístico, cujo significado é duvidoso bem assim como a sua materialização e sustentabilidade, que em vez de dignificarem o Tejo o desacreditam e acabam por confundir as entidades públicas e privadas a quem compete avaliar prévia e atentamente a qualidade e sustentabilidade desses pseudo-projectos, antes de lhes darem as verbas e os apoios, sem que o Tejo e o país tenham qualquer benefício, verbas essas que podiam contribuir para apoiar iniciativas bem estruturadas, com qualidade e realismo, de que o nosso rio tanto carece. Por conseguinte o resultado

está à vista, ou seja, muitos desses projectos acabam por soçobrar e o Tejo arrasta o que sobra deles na sua corrente. Estes erros são cometidos por quem não conhece bem o Tejo e sobretudo porque desconhece o que é o turismo apropriado para zonas húmidas, dada a sua complexidade. De futuro é preciso haver cuidado e rigor na avaliação de novas tentativas de projectos turísticos para o Tejo, sobretudo a partir de agora que, segundo dizem, está para chegar “uma pipa de massa” e como de costume já devem estar atentos os oportunistas que gravitam no círculo de influências junto dos organismos oficiais e partidários, que estão sempre a inventar algo para sacar. E a conversa ficou por aqui.

Mas, digo eu, não há dú -

vida de que o Tejo é um rico filão turístico que está por potenciar, com conhecimento e competência porque, com o clima e a vocação natural que temos para receber bem, o turismo pode ser o futuro “petróleo” de Portugal.

Admiro e reconheço o trabalho notável na área do turismo que está a ser feito tanto no Douro como no Alqueva, que possuem particularidades espectaculares mas as suas paisagens são repetitivas, o que não acontece no Tejo em que a diversidade está sempre presente a partir da foz até à fronteira. Será por falta de investidores corajosos e com imaginação e competência para criarem projectos credíveis que contribuam para a construção do futuro turístico do Tejo, sustentado e sustentável, que pode criar garantidamente, riqueza para o país,

Tagus Vivan- Conhecer e Viajar pelo Tejo
Crónica Carlos Salgado

para os municípios e para as populações ribeirinhas.

Felizmente, ainda há quem se interesse pelo Tejo, seja conhecedor das suas potencialidades, e saiba como proceder para que sejam devidamente aproveitadas. É com esses que gosto de me dar e é com eles e outros como eles que ainda vão resistindo, que vou enriquecendo o meu conhecimento e reforço a minha convicção de que este RIO GRANDE ainda tem muito para dar ao país e aos portugueses: Passo a dar, entre outros, três exemplos dessas personalidades que tive a honra de entrevistar para o Notícias do Mar:

O Eng.º Manuel Lacerda (enquanto presidente da ARHTejo que entretanto foi subalternizada pelo actual governo, para não ser já desmantelada) disse-me o seguinte: “Com a

criação da Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I.P. (ARH do Tejo) as matérias relativas aos recursos hídricos passaram a ser tratadas por uma única entidade na área da região hidrográfica do Tejo, ao contrário do que sucedia anteriormente, em que as referidas matérias eram tratadas pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo. A ARH do Tejo imprimiu, desde a sua entrada em funcionamento, uma dinâmica de trabalho pró-activo e orientado para a prestação de um serviço de qualidade ao cidadão.

A decisão estratégica de estabelecer parcerias com Autarquias locais, organismos da Administração central, associações públicas

e privadas, e empresas, iniciativa que foi muito bem acolhida por todos, permitiu estabelecer uma plataforma de trabalho assente na transparência e no diálogo, com uma clara convergência de objectivos para a protecção e valorização dos recursos hídricos.

A ARH do Tejo no cumprimento da sua missão estabeleceu como lema de actuação rios “Vivos e Vividos”.

Tendo em conta a aposta no potencial turístico da região hidrográfica do Tejo, foram também promovidas pela ARH do Tejo, em parceria com municípios e outras entidades, iniciativas de divulgação da dinâmica e riqueza da região, que se traduz no seu património material e imaterial.

A navegabilidade do rio Tejo é uma das questões

tratadas no contexto do plano estratégico para a protecção e valorização do rio Tejo. O eixo estratégico – Tejo, mais disciplinado e navegável aborda a temática da navegabilidade como um projecto de mudança e modernidade, que deve ser assumido como motor do desenvolvimento de toda a Região.”

Por sua vez o Dr. Joaquim Rosa do Céu (enquanto presidente do Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, que foi dissolvida por este governo e foi subdividida numas quantas regiõesinhas) teceu as seguintes considerações: “O Tejo e o turismo têm um encontro marcado.

De certa forma o turismo anda, desde já à procura do Tejo porque o Tejo é único; Porque o Tejo é diferenciador. O Tejo, ou,

os muitos Tejos que no Tejo coexistem precisa de afirmar o seu “ lado turístico”- um lado turístico que seja sinónimo de uma visita. Um lado turístico que tem de ter o conteúdo de um serviço. Um serviço que tem de ser real, visível e fácil de adquirir e não como frequentemente e infelizmente acontece no nosso país, um serviço difícil, obscuro, complicado, que só acontece às vezes, quando pode, quando calha, quando há disponibilidade.

Temos que olhar para o Tejo como um destino, um destino turístico, quer associado a produtos quer associado a serviços turísticos. Eles são a base do futuro

turístico que precisamos para que o Tejo seja igual a riqueza. Não apenas aquela que os nossos olhos e as nossas memórias identificam, mas a outra, aquela da criação de empresas, da construção de emprego, da fixação de pessoas. Precisamos que o turismo no Tejo deixe assim de ser uma possibilidade e passe a ser uma realidade.”

Quando tive o prazer de entrevistar o Eng.º Armindo Jacinto, presidente do Conselho de Administração da Naturtejo e o grande impulsionador e empreendedor do Geopark Naturtejo ele revelou-me que: “Em 2004, a Associação de Municípios Natureza e Tejo, fundada pelos municípios de Castelo Branco, Idanha-

a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, criou a Naturtejo, Empresa de Turismo, EIM. Esta empresa intermunicipal de capitais maioritariamente públicos foi pensada para promover turisticamente, quer em Portugal, quer além fronteiras, para além da vertente pública, a Naturtejo é ainda constituída por um conjunto de entidades privadas da região que abrange, desde unidades de alojamento, restaurantes, empresas de animação, entre outras. Durante largos anos, a Naturtejo tem vindo a empreender trabalho de campo exaustivo que permitiu compreender a região, os seus pontos fortes e as suas fraquezas e indicou os prin-

cipais 16 geomonumentos identificados nos seis municípios que foram a base de trabalho para a constituição do Geopark Naturtejo, através da formalização de uma candidatura entregue à Comissão Nacional da UNESCO em Julho de 2005 que um ano depois, com o alto patrocínio da UNESCO foi aprovada por unanimidade a sua entrada do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional (GNMM) na European e global Geoparks Network.

Com a criação do Geopark, este território com cerca de 4.624 Km2 reforçou a sua actuação num novo paradigma de evolução, com enfoque particular no Turismo da Natureza e na certifica-

ção e qualificação do alojamento, restauração, animação e produtos tradicionais, promovendo a integração de um número alargado de actores, o aparecimento de novos investidores e a criação de cadeias de valor regional, que oferecerão ao mercado a sua natureza, cultura e saberfazer ancestrais na forma de produtos turísticos integrados e competitivos” Eis aqui três exemplos a seguir futuramente!

2. A obra feita pela Associação dos Amigos do Tejo está a ser continuada!

Lamentavelmente, a Associação dos Amigos do Tejo, ao cabo de 28 anos de acção, fez uma obra reconhecida-

mente notável, mas devido à CRISE deixou de ter capacidade financeira para suportar a sua estrutura que actuava no terreno, e não teve outra alternativa senão cessar a actividade.

Não obstante, um punhado de cidadãos fundadores da AAT, por sentirem que não estava esgotado o seu espírito de missão em prol do Tejo, fundaram a Tagus Vivan – Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, que com uma estrutura ligeira mas organizada e multidisciplinar, Observar, Avaliar, Criticar ou Opinar sobretudo o que diga respeito ao nosso maior rio, não só em extensão como em patrimónios. Tejo. Esta organização oriunda da sociedade civil é constituída por cidadãos eruditos e veteranos do Tejo, como técnicos, cientistas, in-

telectuais, nautas e práticos das áreas específicas do seu objecto, que pugnam pelo Tejo, alguns deles há meio século, que entenderam dar continuidade à obra da Associação dos Amigos do Tejo. É sua intenção promover e estimular dinâmicas intersec-

toriais para a utilização fluvial sustentada, incluindo a navegabilidade do rio de forma a que o Tejo volte a ser um rio Vivo Vivido. Outra vertente diz respeito a um estudo sobre a aplicação prática de um estilo diferenciado e inovador de fazer turismo, baseando-se

num mix de turismo náutico, turismo da natureza, turismo rural e turismo do património material e imaterial ribeirinho do Tejo. O que distingue este novo projecto-conceito de turismo, está na particularidade de que o Tejo deve ser vivido a partir de dentro para fora, projecto esse que foi intitulado Viver o Tejo. Pretende utilizar a estrada líquida, natural, do Tejo para dotá-lo de mais um atributo de valor para evidenciar as potencialidades que o rio tem como produto turístico de qualidade, conseguindo assim que um rio marcado passe a ser um rio de Marca. “Vá para fora cá dentro” é o “leitmotiv” para criar e lançar

este projecto e conseguir que ele passe à prática. Este projecto foi criado com a colaboração daqueles que viajaram no Tejo e viveram momentos inesquecíveis e sabem bem a necessidade que o homem tem de se libertar da confusão da cidade e de encontrar no turismo náutico e da natureza essa libertação, porque é uma actividade lúdica e ecológica, de evasão, descoberta, de emoções, de cultura e convívio. O Tejo dispõe de um amplo conjunto de ofertas turísticas, sobretudo quando se navega entre portos e portinhos, quer em barco próprio, quer fretado, e a meio da viagem atracar numa localidade ribeirinha e visitá-lo, conhecer a sua gente, conviver e petiscar, conhecer o artesanato, o folclore local, a arquitectura popular, as tradições, e o ca-

racterístico mundo rural. Pois bem, a Tagus Vivan entendeu que para conseguir, na prática, que o Tejo seja um rio Vivido, precisa de ter uma âncora no terreno ou melhor, uma âncora flutuante no próprio rio. Para o efeito, fundou o NTN- Clube Náutico-Turístico do Tejo, para delegar nele a implementação do projectoconceito Viver o Tejo, para dinamizar a navegação lúdica e o turismo da natureza. O objecto do NTN, que já se encontra formalizado, é diferente de qualquer outro clube náutico tradicional porque está preparado, com o apoio do conselho consultivo da Tagus Vivan, para prestar colaboração às edilidades, quer em regime de aconselhamento quer na proposta de projectos específicos, colaborando na sua materialização. Tem

como missão despertar o interesse dos municípios ribeirinhos e das comunidades da borda d´água para voltarem ao seu rio, incentivando-os a criarem condições adequadas e atraentes para a animação da navegação lúdica, do turismo da natureza e do convívio das populações com o seu rio. Também se disponibiliza a prestar a sua colaboração em festivais e outras actividades de âmbito náutico-recreativo e de turismo típico local relacionado com o Tejo. Como primeira actividade, já desenhou um projectoconceito que denominou de Valada Viva=Tejo Vivo, que apresentou ao senhor presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Dr. Pedro Magalhães Ribeiro, que o considerou bastante interessante, e teceu elogios aos autores.

O Tejo a Pé

Cascais: Ribeira das Vinhas

Informação sobre a ribeira, “ponto de encontro” em lugar a acessível e com bom estacionamento

Uns bons anos depois voltámos à magnífica Ribeira das Vinhas que em poucos minutos liga o centro da vila de Cascais ao campo; andando & conversando ao longo da ribeira foi o prato principal do dia.

Otempo estava algo ameaçador e como sempre, quando assim é, faltaram alguns participantes inscritos. No Tejo

a pé o tempo está sempre bom, com sol ou chuva, mas, quase sempre o tempo preganos partidas positivas, assim foi também desta vez e o dia

Durante os primeiros quilómetros, no topo dos taludes, estende-se Cascais. Aqui a geologia não deixou que as margens fossem urbanizadas e a ribeira entubada

esteve excelente para caminhar. A abundante chuva dos dias anteriores trouxe à ribeira um considerável e límpido caudal o que torna qualquer

ribeira ainda mais encantadora. Vivemos paisagens lindíssimas, inacreditáveis se pensarmos que estamos em Cascais. Como todas as ri-

Um grupo não muito grande, mas muito bem-disposto

beiras por esta geografia uma das suas funções no passado foi facilitar o acesso dos camponeses às vilas ribeirinhas e ao mar; muito interessante é perceber que esta função na Ribeira das Vinhas se mantém atual com os moradores dos inúmeros bairros envolventes. Mas, afortunadamente, paralelamente ao longo da ribeira vamos encontrando quintas e alguns terrenos cultivados; o contexto geológico, leva-nos a um vale que não facilitou o

processo de urbanismo nas suas margens ou mesmo o seu entubamento como acontece na vila de Cascais. De resto, à medida que subimos a ribeira temos cada vez mais campo, até que chegamos à Quinta do Pisão. Estavam feitos algo mais de 7 quilómetros, fez-se hora de almoçar. Assim fizemos alguns com a habitual partilha do que cada um trás. Desta vez devemos destacar a qualidade do vinho, notória melhoria no Tejo

A ribeira de jusante para montante

Engenharia natural a estabilizar as margens

Texto Carlos Cupeto Fotografia Ana Fernandes, Celeste Vitorino, Carlos Cupeto
A ribeira de jusante para montante
A ribeira de jusante para montante

É

a pé. O percurso linear, “ir e vir”, talvez não seja o ideal e o mais comum no Tejo a pé, mas mostrou algumas vantagens quando se trata de gerir

a conveniência de cada participante, possibilita o regresso na hora e passo ajustados a cada pessoa.

Assim é o Tejo a pé; um

A espontaneidade da beleza do

grupo informal de amigos que se junta, desde há 18 anos, uma vez por mês, para caminhar no campo, ou na cidade, cada vez mais um passeio tertuliante (andando & conversando).

Para participar basta enviar um email: cupeto@uevora.pt.

inacreditável, estamos em Cascais
Tivemos nobre companhia (Quinta do Pisão)
Uma estreia muito especial, Aurora 4 meses; recorde do Tejo a pé
campo

Notícias Nautel

O Novo Conceito em EPIRBs com AIS MT606G e MT606FG

A Nautel apresenta as novas EPIRBs MT606G (manual) e MT606FG (automática com contentor) da GME, equipadas com um transmissor AIS e recetor GNSS integrados, para garantir a sua segurança em situações de emergência.

OMT606G AIS EPIRB da GME é um dos EPIRBs digitais mais avançados que estão disponíveis. Concebida, desenvolvida e fabricada na Austrália, a série MT606 de EPIRBs obteve a aprovação inter-

nacional da Cospas-Sarsat. Com os últimos avanços na tecnologia de sinalização de emergência, o MT606 garante a segurança da sua embarcação e da sua tripulação em situações de emergência, independentemente

da sua localização.

Porquê ter um EPIRB?

Um EPIRB pode salvar a sua vida e a vida de outras pessoas a bordo, fornecendo às autoridades de soco-

Um EPIRB pode salvar a sua vida e a vida de outras pessoas a bordo

rro a sua localização precisa em caso de emergência. Os EPIRB do GME são transmissores de rádio autónomos de 406 MHz que emitem um sinal de socorro reconhecido internacionalmente no sistema de satélite Cospas-Sarsat.

Equipado com AIS O AIS é um sistema de seguimento marítimo que permite aos navios trocar automaticamente informações, como a identificação, posição, rumo e velocidade, com outros navios próximos, autoridades costeiras e centros de coordenação de salvamento.

Quando uma EPIRB MT606G é ativada em caso de

emergência, não só transmitirá um sinal de socorro para sistemas de resgate baseados em satélite, como também transmitirá a posição da EPIRB e outras informações de identificação através da rede AIS. Isto ajuda os navios e as equipas de resgate próximos a localizar muito mais rapidamente a embarcação em perigo e a coordenar uma resposta atempada.

A capacidade AIS do MT606G EPIRB proporciona uma camada adicional de segurança e redundância em situações de emergência, melhorando as hipóteses de um resgate rápido. Esta característica diferencia as MT606G como uma solução EPIRB

avançada e fiável para aplicações marítimas.

O MT606G e MT606FG incluem transmissão de emergência do Sistema de Identificação Automática (AIS).

Após a ativação, é transmitido um sinal de socorro às embarcações próximas equipadas com AIS. Uma embarcação próxima pode potencialmente prestar assistência mais rapidamente do que os recursos tradicionais de busca e salvamento, levando a melhores resultados para os sobreviventes.

Equipado com GNSS

Os EPIRB MT606 apresentam um recetor GNSS integrado, proporcionando uma maior precisão de posição e localização mais rápida do que os modelos anteriores. Com tecnologia digital de aquecimento zero, os EPIRB da série MT606 adquirem e transmitem informações precisas de latitude/longitude e identifica-

ção pessoal às autoridades de socorro o mais rapidamente possível. Em combinação com uma luz estroboscópica de estado sólido de alta intensidade e um transmissor auxiliar de homing VHF de 121,5 MHz, a Série MT606 é o que há de mais moderno em tecnologia

de faróis de emergência.

Ativação automática em contato com a água: A série MT606 pode ser ativada manual e/ou automaticamente em contacto com a

EPIRB Categoria 2, MT606G
EPIRB Categoria 1, MT606FG
Fornece às autoridades de socorro a sua localização precisa em caso de emergência

O MT606G EPIRB proporciona uma camada adicional de segurança em situações de emergência

Como funcionam os AIS EPIRB?

Esquema do sistema de satélite Cospas-Sarsat

1- Um sinal de socorro é ativado.

2- O sinal de homing de 121,5 MHz inicia a transmissão.

3- O sinal AIS inicia a transmissão para alertar as embarcações próximas sobre o perigo.

4- O sinal de satélite de 406 MHz, com o seu número de identificação único ou HEX ID, é transmitido e detetado pelo satélite mais próximo.

5- Um alerta é enviado para o Terminal de Utilizador Local (LUT) mais próximo.

6- O alerta é processado pelo Centro de Controlo da Missão (MCC) mais próximo e encaminhado para o Centro de Coordenação de Resgate (RCC).

7- O RCC é notificado e começa a organizar a operação de busca e salvamento. Os detalhes do registo são fornecidos ao RCC no país em que o beacon está ativado e registado.

8- As autoridades de busca e salvamento iniciam as operações de busca o mais rapidamente possível.

Se o farol estiver registado na autoridade marítima local, a Busca e Salvamento ligará imediatamente para os seus contactos de emergência para obter informações sobre a sua posição.

É importante manter os seus dados de contacto atualizados para que as operações de pesquisa se iniciem o mais rapidamente possível.

água. O modelo EPIRB Categoria 2 (MT606G) será ativado automaticamente quando a unidade for retirada do suporte de montagem e colocada na água pelo utilizador. O modelo EPIRB Categoria 1 (MT606FG) será expelida automaticamente a partir do contentor ‘Float-Free’ através de uma unidade de libertação hidrostática a uma profundidade de 1,5 a 4 metros, com a unidade a ser depois ativada em contacto com a água.

Podem transmitir continuamente por um período mínimo de 48H. Validade da bateria: 10 anos (se não for posta em uso).

MT606G

O Rádio Beacon Indicador de Posição de Emergência (EPIRB) Accusat™ MT606G foi concebido para ser utilizado quando a segurança da sua embarcação e da tripulação está em risco e não dispõe de outros meios de comunicação. O EPIRB pode salvar a sua vida e a vida de outras pessoas a bordo, liderando um resgate aéreo/marítimo até à sua localização precisa. No passado, foram realizadas extensas e demoradas buscas em busca de naves desaparecidas, por vezes sem sucesso.

MT606FG

O Accusat™ MT606FG é um rádio-farol indicador de posição de emergência (EPIRB) sem flutuação, concebido especificamente para ser ativado quando uma embarcação está submersa a uma profundidade de 1 a 4 metros. Equipado com uma unidade de libertação hidrostática, o farol é ejetado e ativado automaticamente ao entrar em contacto com a água. O farol flutua então até à superfície, transmitindo um sinal de socorro que indica a sua posição às Autoridades de Busca e Salvamento.

Ciências do Mar

Cultivar Fitoplâncton para Eliminar Dióxido de Carbono

Despejar ferro no oceano para combater as alterações climáticas

Cientistas estão a fazer uma experiência no Oceano Pacífico, despejando ferro no oceano até 2026, para combater as alterações climáticas.

Fertilização oceânica com ferro, para estimular o crescimento de fitoplâncton

Os cientistas propuseram um método para combater as mudanças climáticas, ao encher uma área gigante do Oceano Pacífico com ferro. A técnica, chamada fertilização oceânica com ferro (OIF), despeja uma forma pulverizada de ferro na superfície do mar para estimular o crescimento de fitoplâncton, que consome dióxido de carbono e retém o gás no oceano.

Feitas as contas com o computador mostraram que, ao libertar até dois milhões de toneladas de ferro no mar a cada ano, iria permitir remover quase 50 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2100.

Os cientistas consideram essencial remover o C02 do

oceano, o que pode ajudar a mitigar as mudanças climáticas ao reduzir a quantidade de gases de efeito estufa libertados na atmosfera, que são cerca de 40 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono a serem libertados na atmosfera todos os anos, sendo que os oceanos absorvem cerca de 30%.

Segundo os investigadores, ao distribuir sulfato de ferro no oceano, poderem ajudar o mundo a limitar o aquecimento global, no entanto, os críticos alertaram que o ferro pode esgotar os nutrientes da vida marinha, matando parte da cadeia alimentar do oceano. Apesar disso, o plano está a avançar, com um prazo de apenas dois anos.

Os cientistas agora estão a trabalhar numa maneira de converter o ferro num pó que se possa dissolver facilmente na água e dispersar-se em áreas específicas do oceano, conforme se dilua, atua como um estimulante para o fitoplâncton, ajudando-o a crescer rapidamente, às vezes numa questão de dias. O nutriente aumenta a fotossíntese da pequena planta.

O processo de converter dióxido de carbono e água em energia consegue mais até 30 vezes a sua produção normal. Quando o fitoplâncton morre,

o CO2 que absorveu também se afunda no fundo do mar, impedindo efetivamente que ele se escape para a atmosfera.

Já foram realizadas dezenas de experiências nas décadas de 1990 e 2000, incluindo uma realizada no nordeste do Pacífico em 2006, que fez com que o fitoplâncton florescesse com sucesso.

Apesar do seu sucesso, alguns investigadores expressaram a sua preocupação de que a OIF poderia impactar negativamente partes do ecossistema do oceano. Muito provavelmente a ferti-

lização com ferro afetará em águas profundas.

Alguns cientistas temem que a OIF possa criar zonas mortas que permitam que a proliferação de algas cresça

e consuma todo o oxigénio da água, matando todos os outros seres vivos.

Agora, com a utilização da IA vão acabar com todas as dúvidas e processar com OIF.

Quando o fitoplâncton morre, o CO2 que absorveu afunda-se no fundo do mar
Cultivo de fitoplâncton
Distribuir sulfato de ferro no oceano
O sulfato de ferro atua como um estimulante

Notícias

Notícias Lindley

Lindley Instalou Equipamento Flutuante da Nova Marina de Vilamoura

A Lindley assegura fornecimento do equipamento flutuante da Nova Marina de Vilamoura com soluções inovadoras.

ALindley, especialista em soluções flutuantes e sinalização marítima, foi a responsável

pelo fornecimento e instalação das infraestruturas flutuantes da nova extensão da Marina de Vilamoura, inaugu-

rada no dia 23 de novembro de 2024, durante as celebrações dos 50 anos da Marina, no âmbito de um contrato

abrangente executado pela ETERMAR.

O projeto destaca-se pela instalação de três novos cais flutuantes para 68 postos de amarração destinados a embarcações entre os 25 e os 55 metros. O projecto envolveu a concepção e fabrico de 104 pontões construídos com a tecnologia PFC (Pontão de Flutuação Contínua) em betão pré-fabricado reforçado a aço e núcleo de polistireno. Estes pontões garantem elevada resistência, bordo livre estável, durabilidade no meio marítimo e estão preparados para sobrecarga elevada.

- Para cumprir com os requisitos e exigências da Vilamoura World e Pódio Navegante, empresas do grupo ARROW e promotores do projecto, a concepção, fabrico e monta-

gem foi objecto de intenso trabalho de detalhe e envolveu uma equipa multidisciplinar. Destacam-se os seguintes pontos: Bordo livre mínimo de 650mm em toda a nova marina: desafio concretizado pela equipa de engenharia da LINDLEY que necessitou de integrar mais de 12.000m de cabos elétricos e tubagens sob o deck dos passadiços, para além dos pedestais multiuso, cabeços de amarração, serviços de emergência e outros acessórios, o que exigiu um grande nível de detalhe e coordenação para assegurar o conforto e segurança de embarcações e utentes;

- Pontos de serviços multiuso para todos os postos de amarração incluindo gestão remota e monitorização de consumos de água e eletricidade;

- Sistema individual por posto de pump-out para águas sanitárias;

- Iluminação do pavimento utilizando LEDs de alta eficiência

- Sistemas de acesso confortáveis por meio de pontes

e portões integrados na arquitectura geral da marina. O desafiante prazo para a execução de todos os trabalhos exigiu um planeamento rigoroso e coordenação permanente contínua entre a LINDLEY, o empreiteiro principal ETERMAR, demais prestadores de serviços e o cliente final. As atividades de instalação ocorreram em simultâneo com obras no molhe exterior e na bacia, e a logística foi:

Bordo livre mínimo de 650mm em toda a nova marina: desafio concretizado pela equipa de engenharia da LINDLEY que necessitou de integrar mais de 12.000m de cabos elétricos e tubagens sob o deck dos passadiços, para além dos pedestais multiuso, cabeços de amarração, serviços de emergência e ou-

tros acessórios, o que exigiu um grande nível de detalhe e coordenação para assegurar o conforto e segurança de embarcações e utentes; adaptada para minimizar o impacto na época alta turística. Todas as actividades foram planeadas entre as várias entidades para que os transportes e descarga das peças

pesadas e de elevadas dimensões fossem executados de madrugada e / ou ao fim do dia, para minimizar riscos para a segurança e não afectar visitantes, turistas e utilizadores da marina existente.

Com este projeto, a Lindley reforça a sua posição como líder ibérico na construção de pontões flutuantes em be-

tão, somando mais de 20.000 metros lineares fabricados desde 1994. Este investimento posiciona a Marina de Vilamoura como referência internacional para o acolhimento de iates de grande porte, destacando Portugal no panorama náutico global.

“Só um elevado empenho, nível de conhecimento e experiência acumulada permitiu concluir em menos de um ano um projeto estimado para 16 meses. Estamos orgulhosos de ter participado e cumprido este desafio em tempo recorde, em coordenação e colaboração com as demais empresas envolvidas, entregando uma solução à altura das exigências técnicas e de serviço de uma marina de excelência como a Nova Marina de Vilamoura,” comentaram Luís Vasconcelos Dias (Diretor Geral), Pedro Vieira (Director Comercial), Bernardo Plantier (Director Técnico) e Pedro Simões (Director de Operações), responsáveis pelo projecto na LINDLEY.

Notícias Yamaha

Novo Sistema de Controlo sem Fios

Helm Master® EX

A Yamaha apresenta o novo sistema de controlo sem fios Helm Master® EX durante o Miami International Boat Show® de 2025.

AYamaha Motor Corporation anunciou uma nova funcionalidade de controlo sem fios para o famoso sistema de controlo de barcos Helm Master EX durante o Miami International Boat Show® 2025. Ao colocar uma comodidade e um controlo inigualáveis na palma das mãos dos proprietários de embarcações, o novo controlo sem fios Helm Master EX oferece aos operadores uma enorme liberdade de movimento e o máximo controlo.*

Esta característica inova-

dora do Helm Master EX tem a capacidade de transformar a experiência de navegação com precisão, automação e funcionalidade inteligente. O novo controlo sem fios per-

mite aos capitães tirar o máximo partido do tempo passado na água.

Controlo sem fio

Helm Master EX Disponível em aplicações de um a cinco motores, o novo sistema de controlo sem fios Yamaha inclui toda a funcionalidade do joystick Helm Master EX, controlo do piloto automático, e funções de queda de homem à água para capitão e passageiros.

Poderá proceder às operações com uma só mão graças ao botão operável com um dedo. O novíssimo sistema de controlo sem fios Helm Master EX dá aos capitães a vantagem de manter o controlo total do barco com joystick, ao mesmo tempo que liberta uma mão para lançar linhas

ou ajustar defensas. Os capitães de barco podem monitorar a profundidade, a direção e a velocidade na palma das mãos. Isto é particularmente útil em viagem durante a monitorização da rota enquanto são utilizadas as funções de piloto automático.

O sistema de controlo portátil incluído integra um sistema de queda de homem à água (MOB). A queda de um passageiro ou do capitão ao mar fará com que o barco desacelere até parar em marcha lenta ou desligue imediatamente os motores, consoante a situação. O sis-

tema inclui um controlo para o capitão e outro para os passageiros, e suporta até

oito controlos MOB, todos equipados com uma pulseira ou fita para ajudar a monitori-

zar todos os ocupantes.

Com acesso à funcionalidade Helm Master EX Autopilot, o novo sistema de controle sem fio permite que os capitães definam a direção e o curso, fazendo ajustes em tempo real conforme necessário. StayPoint®, FishPoint® e DriftPoint® também estão na ponta dos dedos do capitão, quer estejam na proa à

espreita, observando do flybridge ou no meio da ação na popa.

Durante a ancoragem, os capitães podem operar os controlos do motor a partir do sistema de controlo sem fio. O novo sistema de controlo sem fio também é flutuante, facilitando a recuperação caso caia ao mar.

Embora o controlo sem fios tenha sido concebido para oito horas de utilização, para uma maior comodidade e uma experiência de navegação mais personalizada, os proprietários de embarcações podem carregar o novo sistema de controlo sem fios com um suporte de carregamento que pode ser colocado em qualquer parte do barco.

Disponível no mercado europeu no segundo semestre de 2025, o Controlo HMEX pode ser adicionado a qualquer HMEX atualizado com a versão mais recente do software HMEX.

*Os capitães devem manter-se sempre vigilantes. Por razões de segurança, a utili-

zação do novo sistema de controlo sem fios só deve ser feita a bordo.

Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal

Rua Cidade de Córdova, 1, 2610-038 Amadora

Telefone: +351 211 450 395 apoioaocliente@yamahamotor.pt www.yamaha-motor.pt

Electrónica

Notícias Nautiradar

Raymarine Estabelece um Novo Padrão nas Operações de Navios Comerciais

A Nautiradar traz ao mercado nacional o revolucionário sistema de radar marítimo Pathfinder é construído com base na premiada tecnologia de radar da Raymarine e foi concebido para embarcações SOLAS CAT 1, CAT 2 e CAT 3.

ARaymarine está a revolucionar o mercado marítimo comercial com um sistema de radar de banda X de estado sólido, económico e fácil de instalar, com certificação IMO:

o Radar Pathfinder. Construído com base na comprovada e premiada tecnologia de radar de estado sólido da marca, o Pathfinder foi concebido para embarcações SOLAS CAT 2 e CAT 3.

A próxima evolução na consciência situacional offshore

Os radares Pathfinder oferecem um desempenho fiável para navios de carga, super iates, OSV e aplicações navais. Cada sistema utiliza a comprovada tecnologia de estado sólido e o design inovador do scanner da Raymarine para oferecer uma resolução e capacidades de deteção excecionais, mesmo nas condições marítimas mais desafiantes.

te adaptado, o Pathfinder tem metade do peso dos radares comparáveis e vem com cabos de interligação de pequeno diâmetro. Isto ajuda a simplificar a passagem de cabos e reduz o tempo de instalação.

Retornos

cristalinos

O Pathfinder é controlado por uma antena aberta de perfil baixo, de 1,80 m e sem ventoinha, proporcionando uma nitidez excecional e uma interface de utilizador intuitiva.

Feito para durar

Concebido para embarcações CAT 3 SOLAS aprovadas até

500 toneladas de arqueação bruta, incluindo rebocadores

Instalação simplificada

Concebido para ser facilmen-

Cada modelo incorpora a robusta tecnologia de display marítimo da Raymarine e é

submetido a rigorosos testes ambientais, aumentando significativamente a longevidade do sistema.

Radar Pathfinder - IMO

Disponível nas configurações CAT2 e CAT3, este revolucionário sistema de radar é ideal para embarcações até 10.000 toneladas, incluindo superiates, megaiates e embarcações de apoio a plataformas offshore (OSV) em águas profundas. Utilizando tecnologia de ponta de estado sólido, o sistema oferece uma resolução e capacidades de deteção excecionais, mesmo nas condições marítimas mais desafiantes. Em conformidade com as normas IEC 62288 e IEC 62388 da Organização Marítima Internacional (IMO), este radar destaca-se pela sua reduzida manutenção, maior longevidade e facilidade de operação. O radar Pathfinder de banda X, foi criado para redefinir a consciência situacional marítima, tornando as viagens em ambientes desafiantes mais seguras e previsíveis.

Apresentando uma clareza excecional e interface intuitiva de utilizador, o Pathfinder é constituído por uma antena aberta de radar de 6 pés de baixo perfil. Oferece às equipas uma separação superior de alvos e uma maior resolução em longo alcance, usando a compressão de impulsos CHIRP e tecnologia de feixe estreito. O transmissor de estado sólido permite um desempenho que ultrapassa o de um magnetrão de 12kW, e o sistema cumpre e excede

os requisitos de desempenho da IMO para a deteção de alvos.

Com metade do peso de outras antenas comerciais comparáveis, o sistema Pathfinder é fácil de instalar e possui um cabo de pequeno diâmetro, para facilitar a sua passagem e reduzir o tempo de instalação em dias. Além disso, está disponível com adaptadores para consola, e suportes no convés ou em mesa para facilitar uma substituição.

Radar Pathfinder 16 IMO

O sistema Pathfinder possui várias conexões de entrada e de saída, permitindo uma personalização completa e com a capacidade de adicionar funcionalidades no futuro. Os displays, disponíveis em versões de 16” ou 19” para embarcações CAT3, ou versões de 22” ou 24” para CAT2, são os mais brilhantes no mercado, aumentando em muito a longevidade do sistema. Os displays estão protegidos com a tecnologia de nano revestimento HydroTough da Raymarine, que repele a água e contaminantes oleosos, ao mesmo tempo que oferece resolução HD e uma excelente visibilidade sob a

É submetido a rigorosos testes ambientais

luz solar. Adotando uma abordagem completa à experiência de utilizador, a Raymarine concebeu uma nova interface que permite o acesso a funcionalidades essenciais sem desviar a atenção do ecrã principal do radar.

Principais características

- Concebido para embarcações CAT 3 SOLAS aprovadas até 500 toneladas de arqueação bruta, incluindo barcos de trabalho, superiates e rebocadores

- Oferece uma separação superior do alvo e maior resolução de longo alcance utilizando a compressão de pulsos CHIRP e a tecnologia de nitidez do feixe

- Ecrãs de resolução HD de

16” protegidos contra óleo e contaminantes, utilizando a tecnologia de nano-revestimento HydroTough™ da Raymarine

- Antena de matriz aberta de estado sólido sem ventoinha de 6’ com cablagem simplificada e design leve reduz o tempo de instalação

- Nova interface que permite o acesso às principais funções sem distrair do ecrã principal do radar

Submetido a rigorosos testes ambientais para maior fiabilidade e menor custo de propriedade

- Concebido para conformidade com as normas IMO IEC 62288 e IEC 62388. Para mais informações visite www.nautiradar.pt

O display, disponíveis em versões de 16” ou 19” para embarcações CAT3 . Os displays, disponíveis em versões de 22” ou 24” para CAT2

Notícias Nautiradar

RSW, O Novo Sensor Inteligente de Vento da Raymarine

A Nautiradar traz até si o Transdutor RSW da Raymarine, um sensor de vento de nível profissional, desenvolvido para a náutica de recreio.

Otransdutor RSW foi concebido para maior simplicidade e precisão, utilizando um sensor de movimento 3D integra-

do e a tecnologia Raymarine

Smart Wind™ para proporcionar a cada comandante um novo nível de inteligência de navegação.

A tecnologia Smart Wind compensa os efeitos do fluxo de ar e da corrente ascendente contra as velas, proporcionando uma direção do vento

Tecnologia premiada de sensor de vento da Raymarine

verdadeira, estável e fiável. Os velejadores podem aproveitar a alta precisão, o vento real, a velocidade e os cálculos polares para tomar decisões mais inteligentes sobre a corrida e o desempenho na vela quando mais importa.

Tecnologia premiada de sensor de vento Concebida para velejadores, e por velejadores, este transdutor é leve, mas extremamente robusto. O sensor de movimento 3D contabiliza o movimento estibordo-bombordo e proa-popa da embarcação, enquanto que a tecnologia Raymarine Smart Windtm compensa a torção e arqueamento do mastro e efeito “up-wash” nas velas.

O transdutor de vento RSW da Raymarine é um sensor de vento de nível profissional, desenvolvido para náutica de recreio. O transdutor RSW foi concebido para uma simplicidade e precisão, usando um sensor de movimento 3D e tecnologia Raymarine Smart Windtm para oferecer a qualquer skipper um novo nível de inteligência de navegação.

Design projetado para Precisão

O novo RSW é um sensor de vento auto-calibrável, que fornece dados ultra precisos de velocidade e de direção de vento. Os velejadores podem tirar partido da velocidade e direção do vento verdadeiro de alta precisão e dos cálculos polares, para tomar decisões em regata, mais inteligentes e quando mais importa, velejar com desempenho elevado. Extensivamente testado, afinado e equilibrado em túnel de vento, o sensor Raymarine Smart Wind redefine o significado de velejar com inteligência.

Características

Smart Wind

Maior Precisão: Disfrute du-

ma experiência precisa ao nível de especialista, sem ter de recorrer a dispendiosos processadores de caixa negra ou tabelas de calibração complicadas. Esta tecnologia também é compatível com mastros rotativos.

Calibração Automática: um sensor integrado de movimento 3D (tecnologia AHRS) tem em conta o movimento nos eixos proa-popa e estibordo-bombordo da embarcação, fornecendo automaticamente uma maior precisão do vento verdadeiro.

Navegue como um Pro: a tecnologia Smart Wind compensa os efeitos do fluxo de

ar e da corrente ascendente nas velas, proporcionando uma direção do vento verdadeiro, estável e fiável. O sensor também compensa de forma inteligente, a torção e arqueamento do mastro.

Para mais informações visite www.nautiradar.pt Testado, afinado e equilibrado em túnel de vento

Notícias do Porto do Funchal

Dois Navios Trazem ao Funchal Quase 9500 Pessoas

O Porto do Funchal continuou no passado dia 8 de janeiro muito movimentado com os navios Iona e Arcadia que trouxeram à região 9.483 pessoas, sendo 6.979 delas, passageiros. Notícias

Os dois navios iniciaram viagem em Southampton.

O Iona está a percorrer o corredor atlântico, num cruzeiro de 14 noites que já passou por Lisboa, Lanzarote, Fuerteventura, Grã-Canária, Tenerife, agora, o Funchal, terminando o itinerário em Southampton, no sábado.

A bordo viajam 5 145 passageiros e 1 655 tripulantes.

O Arcadia está em viagem transatlântica num cruzeiro designado por “99 noites épicas a explorar o mundo”.

Com 1 834 passageiros e 831 tripulantes, o navio saiu no dia 3 de Inglaterra, fez agora escala no Funchal e seguiu directamente para Bar-

O MS Iona
Porto do Funchal

bados, seguindo-se escalas em Curaçau, Canal do Panamá, México, Califónia, Hawai, Samoa, Tonga, Nova Zelândia, Austrália, Indonésia, Singapura, Malásia, Ilhas Maurícias, Ilha de Reunião, África do Sul, Namíbia, Cabo Verde, Tenerife, Lanzarote, Lisboa e Southampton, onde acaba o cruzeiro a 13 de abril.

MS Arcadia

O MS Arcadia é um navio de cruzeiro da frota ao serviço da P&O Cruises. O navio foi construído pela Fincantieri no

estaleiro em Marghera, em Itália. Com mais de 84.000 toneladas de peso bruoa, o Arcadia é o segundo menor dos sete navios atualmente a servir a P&O Cruises.

MS Iona

O MS Iona é um navio de cruzeiro da classe Excellence ao serviço da P&O Cruises, uma subsidiária da Carnival Corporation & plc. Construído pelo estaleiro alemão Meyer Werft em Papenburg, foi entregue em outubro de 2020 com um custo de 730 milhões de £.

O Arcadia está em viagem transatlântica num cruzeiro designado por “99 noites épicas a explorar o mundo”

Ambos os navios estão da frota ao serviço da P&O Cruises
O MS Arcádia

Notícias da Marinha- AVG

Aquário Vasco da Gama

Abre ao Público Galeria Renovada

O Aquário Vasco da Gama da Marinha Portuguesa, um dos mais antigos do mundo, reabriu no dia 25 de fevereiro, a renovada galeria “Fauna Marinha Portuguesa”.

A reabertura contou com a presença do Diretor do Aquário Vasco da Gama, Comandante Nuno Leitão, Nuno Lopes, Diretor de Operações do Burger King Portugal e Nuno Vieira, responsável de expansão da marca em Portugal

No âmbito do protocolo de cooperação da Marinha Portuguesa com o Burger King Portugal, que apoia a reabilitação e modernização deste espaço, onde é possível apreciar a riqueza da fauna local, presente ao longo de 800 quilómetros de costa marítima e dos arquipélagos dos Açores e da Madeira. A reabertura da renovada galeria contou com a presença do Diretor do Aquário Vasco da Gama, Comandante Nuno Leitão, que destacou que “o apoio do Burger King na reformulação da Galeria da Fauna Marinha Portuguesa reflete um compromisso genuíno com a preservação dos oceanos, inspirando

O Aquário Vasco da Gama está aberto todos os dias do ano

a responsabilidade ambiental e a valorização do nosso património natural. Para o Aquário Vasco da Gama é um privilégio ter o Burger King como parceiro nesta missão imperativa de proteger a biodiversidade marinha com o apoio à renovação da galeria”.

“Somos a primeira geração a sentir diretamente os efeitos dramáticos das alterações climáticas, mas certamente seremos a última geração que pode ainda fazer a diferença, e com esta parceira mergulhamos juntos num futuro mais sustentável, onde a educação e a conservação marinha caminham lado a lado!”, acrescentou o Comandante Nuno Leitão.

Para Nuno Lopes, Diretor de Operações do Burger King Portugal e Nuno Vieira, responsável de expansão da marca em Portugal salienta que “hoje damos mais um passo assumindo o compromisso de apoiar a preservação da biodiversidade marítima, juntamente com o emblemático Aquário Vasco da Gama. O Burger King tem procurado levar a cabo as melhores práticas ambientais e de preservação da biodiversidade, através da implementação de medidas para reduzir o consumo de energia nos restaurantes, desenvolvimento de projetos de circularidade e transformação de matériasprimas e da implementação do plano de eletrificação da nossa frota”.

Nos últimos anos, a Marinha tem melhorado as infraestruturas do Aquário e investido na transição para o futuro digital. Os espaços já renovados da exposição permanente e a criação de um novo espaço tecnológico projetam o Aquário para uma nova fase da sua existência, com um papel fundamental na derradeira busca

da inovação e conhecimento, e na sustentabilidade do oceano.

Portugal Continental, situado na ponta ocidental da Europa, apresenta uma configuração tal que lhe proporciona cerca de 800Km de costa marítima, banhada pelo Oceano Atlântico. Esta situação geográfica confere-lhe ainda a característica excecional de reunir, ao longo da costa, espécies típicas da fauna atlântica e da fauna mediterrânica.

Por outro lado, os arquipé-

Apreciar a riqueza da fauna local

lagos da Madeira e Açores, de características geográficas bem diferentes das do continente, oferecem uma nova perspetiva da fauna marinha atlântica, já de características subtropicais. A fauna marinha portuguesa é assim extremamente diversificada, consti-

tuindo uma das maiores riquezas do país.

Nas galerias de água salgada, o Aquário Vasco da Gama exibe ainda uma mostra alargada dessas em trinta e sete aquários de 600 a 25 000 litros de volume. A importância dedicada à fauna

marinha local, é concordante com a tendência dominante na conceção dos modernos Aquários públicos europeus, já que a divulgação dos ecossistemas locais tem por objetivo a educação ambiental e o incentivo do estudo da biologia das espécies que

deles fazem parte. É este o contributo mais importante reservado aos atuais Aquários públicos.

Situado na Rua Direita do Dafundo, 18, na Cruz Quebrada, o Aquário Vasco da Gama está aberto todos os dias do ano. Posisionado junto ao rio Tejo, foi construído no âmbito das comemorações do sexto centenário da descoberta do caminho marítimo para a Índia, foi inaugurado pelo rei D. Carlos I em 1898 e conta com uma vasta e valiosa coleção oceanográfica.

Os bilhetes estão disponíveis online ou na bilheteira à entrada. O preço é de 6€ por adulto e 3€ para maiores de 65 anos. Os miúdos com menos de três anos não pagam. Também existe o pack família, que inclui entradas para dois adultos e dois miúdos por 15€.

O Aquário Vasco da Gama pode ser visitado todos os dias das 10 às 18 horas, com a última entrada a dar-se até às 17h30.

A Marinha tem melhorado as infraestruturas do Aquário e investido na transição para o futuro digital

Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera

Grupo de Trabalho ICES/PICES

Reúne no IPMA

Impacto das alterações climáticas e do desenvolvimento económico nas capturas de pequenas pescarias pelágicas

Realizou-se, entre os dias 25 a 27 de fevereiro, uma reunião do grupo de trabalho internacional ICES/PICES para o Estudo das Comunidade Pelágicas Forrageiras nas instalações do IPMA, em Algés.

Multidisciplinar e global, esta comunidade de investigadores tem como missão comparar e contrastar as

abordagens ecossistémicas para determinar a causa das flutuações nas populações de espécies forrageiras e descrever os mecanismos que

relacionam a variabilidade do clima e dos ecossistemas à dinâmica das populações. As coordenadoras ICES deste grupo são a investiga-

dora do IPMA, Susana Garrido, e a investigadora da Universidade de East Carolina nos Estados Unidos, Rebecca Asch, e os coordenadores do PICES são o investigador do Fisheries and Oceans Canada, Chris Rooper, e o investigador do Fisheries Resources Institute do Japão, Dr. Motomitsu Takahashi. A iniciativa decorreu em formato híbrido e reuniu cerca de 60 investigadores. O último dia do evento contou com a presença do representante da Food and Agriculture Organization (FAO), investigador Marcello Vasconcellos, para discutir o próximo simpósio internacional dedicado ao tema, uma organização conjunta do ICES, PICES e FAO, a realizar em La Paz, México, em 2026.

Simpósio

Internacional

“Navigating Changes in Small Pelagic Fish and Forage Communities: Climate, Ecosystems, and Sustainable Fisheries” Os pequenos peixes pelágicos (Small pelagic fish-SPF) constituem mais de 30% da captura total nas pescas globais, o que os torna uma componente essencial para sustentar a segurança alimentar em todo o mundo. Juntamente com outras espécies forrageiras (por exemplo, lulas e mictofídeos), a sua importância vai para além da mera subsistência, uma vez que as espécies forrageiras são essenciais para a transferência de energia dentro das teias alimentares. Consequentemente, compreender as complexidades que regem a sua dinâmica

populacional e os seus papéis ecológicos continua a ser fundamental para promover práticas de gestão robustas. Nas últimas cinco décadas, esforços de investigação globais concertados lançaram luz sobre estes aspetos do SPF, revelando importantes insights e identificando lacunas críticas de conhecimento – nomeadamente que menos investigação se concentrou na dinâmica das espécies forrageiras para além do SPF.

Uma revelação notável das análises globais é a natureza oscilatória da produtividade do SPF, frequentemente atribuída à variabilidade climática que abrange escalas sazonais e multidecadais. Estas flutuações, em linha com outras espécies forrageiras, têm profundas ramificações ecológicas e socioeconómicas,

sublinhando a interligação da dinâmica das espécies forrageiras com processos ambientais mais amplos. Aproveitar estudos comparativos entre diversas regiões geográficas oferece perspetivas

inestimáveis para refinar as estratégias de gestão.

O avanço científico na compreensão da dinâmica da comunidade forrageira é contínuo, utilizando uma variedade de ferramentas e metodolo-

gias. A integração de modelos numéricos com dados de monitorização abrangentes e avaliações de stocks aumenta a nossa capacidade de explorar hipóteses relacionadas com a variabilidade populacional. Além disso, inovações como a análise de eDNA, a aprendizagem automática e os estudos

genómicos apresentam caminhos promissores para revelar aspetos diferenciados da ecologia das espécies forrageiras. Os esforços colaborativos que envolvem partes interessadas de vários setores são fundamentais para elaborar abordagens de gestão regional eficazes adaptadas a contextos

socio ecológicos específicos.

O simpósio internacional, intitulado Navegando pelas mudanças em pequenos peixes pelágicos e comunidades forrageiras: clima, ecossistemas e pesca sustentável (SPF-2026), será o terceiro encontro da série de simpósios sobre pequenos peixes

Os peixes pequenos podem desempenhar um papel importante na luta contra a subnutrição

pelágicos, iniciada para reunir uma comunidade de cientistas e gestores que trabalham para melhorar a compreensão ecológica, a gestão e o estado futuro das populações de SPF e outras espécies forrageiras em sistemas marinhos e interiores. O primeiro simpósio da série, Drivers of Dynamics of Small Pelagic Fish Resources, foi realizado em março de 2017 em Victoria, Canadá (SPF-2017), e o segundo, Small Pelagic Fish: New Frontiers in Science and Sustainable Management, teve lugar em novembro de 2022 em Lisboa, Portugal (SPF-2022). Estes simpósios atraíram cientistas de seis continentes – 237 participantes de 31 países reuniram-se para o SPF-2017 e 288 participantes de 39 países compareceram no SPF-2022.

O SPF-2026 tem como objetivo mostrar os avanços recentes na investigação sobre SPF e comunidades forrageiras. Ao abordar temas que abrangem a ecologia, a dinâmica populacional, os impactos climáticos e oceânicos, os sistemas socio ecológicos e as práticas de gestão sustentável, o simpósio promete promover o diálogo interdisciplinar e abrir caminho para a tomada de decisões informadas na conservação e utilização de espécies forrageiras.

O simpósio complementa a investigação colaborativa conduzida pelo Grupo de Trabalho conjunto ICES/PICES sobre Comunidades Forrageiras Pelágicas Sustentáveis (PICES WG53 / ICES WGSPF) e tem o potencial de contribuir significativamente para a Década das Nações Unidas de Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, servindo de plataforma para discussões importantes sobre como a ciência pode satisfazer as necessidades atuais de estratégias inovadoras de gestão pesqueira e respostas políticas.

Notícias do Surfing Clube de Viana

Curso Inovador em Portugal Uma Parceria entre o IPVC e o SCV

Pós-graduação em Surf, Performance e Sustentabilidade: A primeira especialização em Portugal que alia ciência, treino e sustentabilidade.

AEscola Superior de Desporto e Lazer do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESDL-

IPVC), em parceria com o Surf Clube de Viana (SCV), lançou a primeira pós-graduação em Surf, Performance e Susten-

tabilidade, uma formação pioneira em Portugal. Este curso inovador combina investigação científica, prática desporti-

va e uma forte componente de sustentabilidade. Além disso, confere aos estudantes o Título Profissional de Treinador de Desporto, Surf Grau II, contribuindo também para o reforço da formação de técnicos especialistas em surf.

A primeira edição desta pós-graduação arrancou este ano letivo. A componente teórica decorreu online, enquanto a formação prática aconteceu no Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo (CAR Surf de Viana), uma referência mundial na modalidade, que tem por entidade gestora o SCV. Neste momento, está a decorrer a Unidade Curricular de Prática Profissional em Surf, que inclui um estágio no setor.

Com um programa que alia

conhecimento académico à prática desportiva, esta pósgraduação prepara profissionais altamente qualificados para impulsionar o surf. O curso reforça a componente técnica e desportiva e também promove um impacto positivo e transversal na prática da modalidade, na proteção dos ecossistemas costeiros e na sustentabilidade social e económica das comunidades envolventes.

Bruno Silva, coordenador da pós-graduação e docente da ESDL-IPVC, destaca a relevância desta iniciativa. “Esta parceria entre a ESDLIPVC e o SCV iniciou-se há cerca de 13 anos, tendo permitido a introdução do surf no ensino superior como parte integrante do currículo em Melgaço. Agora, damos um novo grande passo ao criar uma especialização em surf e performance que garante a equivalência ao Grau II de Surf e integra a questão da sustentabilidade, não apenas de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) mas também da Lei de Restauro da Natureza, da preservação e proteção dos ecossistemas costeiros e marinhos, sustentabilidade também social, económica e de toda a comunidade.”

Bruno Silva explica ainda que “esta pós-graduação pretende fazer a ligação direta à comunidade, à economia azul e ao potencial de Viana do Castelo e do Norte de Portugal nesta esfera, contribuindo para um ecossistema abrangente e capacitado com foco no desenvolvimento sustentável.”

João Zamith, coordenador da pós-graduação e presidente do SCV, sublinha o impacto estratégico desta formação. “Este curso é um marco para o desenvolvimento do surf em Portugal. O SCV tem como pilar estratégico

o desenvolvimento do surf através da ciência e do ensino superior e esta pósgraduação enquadra-se perfeitamente nesse objetivo. Além de ter sido desenvolvida entre parceiros da Comissão de Gestão Local do CAR Surf de Viana.”

Outra vantagem desta pósgraduação é contemplar, ao abrigo do projeto Blue Design Alliance, uma Bolsa de Incentivo PRR, que corresponde a 50% do valor da propina, a

atribuir no final do curso para quem o concluir com êxito e em tempo útil.

O plano de estudos da pós-graduação em Surf, Performance e Sustentabilidade inclui unidades curriculares como Desporto Adaptado, Fisiologia do Exercício, Psicologia do Desporto, Nutrição no Desporto, Metodologia do Treino, Traumatologia do Desporto, Gestão em Surf, Ética no Desporto, Treino Específico em Surf e Sustentabilidade

Ambiental, que contou com a participação de outras entidades, como o “Não Lixes” e o Centro de Interpretação e Monitorização Ambiental de Viana do Castelo.

Destaque também para os valiosos contributos de Pedro Reimunde, Neurocirurgião e especialista em Traumatologia, Prevenção de Lesões e Readaptação Física no Surf, e de Joel Oliveira, especialista em Surf Resgate e Salvamento Aquático.

Última

Notícias Porto de Aveiro

Arranca Projecto Estratégico

Reforço

Abastecimento Eléctrico

O Porto de Aveiro deu início a um projecto estratégico de modernização, com um investimento de 1.740 M€ e um prazo de execução estimado de 365 dias, destinado a reforçar o abastecimento eléctrico e impulsionar o desenvolvimento sustentável das suas operações.

A3 de março foi publicado em Diário da República o concurso público para a execução da empreitada intitulada “Construção da Linha Mista a 60kV SE Gafanha - SE APA”, que prevê a construção de uma linha subterrânea e aérea em alta tensão (60kV) entre a Subestação da Gafanha da Nazaré e a futura Subestação do Porto de Aveiro. Esta obra é considerada essencial para o fortalecimento da infraestrutura elétrica do porto, garantindo maior capacidade para atender às

crescentes exigências energéticas.

Esta empreitada é o primeiro passo de uma série de iniciativas que visam aumentar significativamente a capacidade do Porto de Aveiro em fornecer e receber energia. Atualmente, a infraestrutura elétrica do porto encontra-se limitada, o que restringe a expansão das atividades portuárias. Com a nova ligação elétrica, será possível atender a novas necessidades, como o fornecimento de energia elétrica a navios durante a sua estadia em porto (On Shore Power Supply – OPS). Esta

solução contribuirá para a redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE), alinhando-se com os objetivos de alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

A nova ligação em alta tensão criará, ainda, condições para a implementação de projetos estratégicos adicionais, permitindo a eletrificação das operações portuárias, a substituição progressiva de fontes de energia fósseis, a atração de novas empresas e o aumento da competitividade do porto.

Este projeto insere-se na

Estratégia para a Transição Energética, aprovada pela Administração do Porto de Aveiro, em 2021, encontrando-se alinhado com as metas do Pacto Ecológico Europeu e da Lei do Clima, que preveem a redução de 55% nas emissões de GEE até 2030. O Porto de Aveiro reafirma, assim, o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento das cadeias de abastecimento no Corredor Atlântico da RTE-T, promovendo uma redução significativa dos impactos ambientais.

Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com - Tlm:91 964 28 00

Editor: João Carlos Reis - joao.reis@noticiasdomar.pt - Tlm: 93 512 13 22

Publicidade: publicidade@noticiasdomar.pt

Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com

Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia

Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, André Santos, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing

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