Notícias do Mar n.º 457

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Os Bivalves do Tejo

Interesses Espanhóis Ganham com a Inércia de Portugal

As amêijoas do Tejo enchem os bolsos dos compradores espanhóis

Há muitos anos que o Estuário do Tejo, o maior e mais rico da Europa, sustenta milhares de famílias de apanhadores de amêijoa que vendem para Espanha os bivalves apanhados.

Estas amêijoas, chamadas japónicas, estão contaminadas por micro-organismos e metais pesados como o mercúrio. A apanha e a sua comercialização em Portugal estão proibidas.

No entanto, houve sempre compradores espanhóis para esta amêijoa japónica, porque não existe em Espanha e são muito apreciadas, depois de depuradas. Os espanhóis já construíram dezenas de Depuradoras e Unidades de Transformação de Bivalves, para prepararem a amêijoa japónica para os restaurantes e cervejarias de Espanha. Para estes empresários espanhóis o que mais os in- O barco levava quatro apanhadores, dos quais morreram dois e outro ficou gravemente ferido

teressa é que em Portugal digam que se vai fazer uma Depuradora, mas depois esperam que não se faça nada. Há anos que é assim. Em dezembro passado houve um acidente no Tejo, com um barco contra um Catamarã da Transtejo. O barco levava quatro apanhadores, dos quais morreram dois e outro ficou gravemente ferido. O barco estava equipado com dois potentes motores fora de borda e uma ganchorra para apanhar amêijoa. O investimento para este equipamento de trabalho não é menos de 20.000 €, portanto a amêijoa do Tejo justifica largamente investimentos elevados, porque estão sempre garantidos os compradores espanhóis.

O negócio das amêijoas rende 200 milhões de euros por ano Todos os dias dos areais do Estuário do Tejo saem cerca de 7.500 toneladas de bivalves contaminados que têm

os dias, dos

como destino as mesas espanholas. Mas que chegam depois completamente limpas pelas Depuradoras.

Por vezes a GNR apanha os vendedores e os compradores, apreende as amêijoas e multa os infratores, mas não os podem prender e ao fim de umas horas são todos libertados.

No ano 2016, em março, quando de uma visita ao Barreiro, de Ana Paula Vitorino,

Todos
areais do Estuário do Tejo saem cerca de 7500 toneladas de bivalves
O barco estava equipado com dois potentes motores fora de borda
O acidente aconteceu em dezembro passado no Tejo

Ministra do Mar, Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, no decorrer da assinatura do protocolo de cedência ao município da Doca Seca disse quanto “a questão das amêijoas e sua apanha” e apelou à Ministra para “fossem encontradas soluções no sentido de regulamentar esta atividade.”

Se isto é assim há anos, porque não muda?

Os apanhadores disseramnos que há: Interesses espanhóis que não deixam que isto mude Será que os espanhóis pagam bem a alguém?

Já houve um projeto aprovado e o dinheiro para se construir no Barreiro uma Central

Transformadora de Bivalves e não se construiu nada.

No Barreiro, no dia 22 de fevereiro de 2019 a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, lançou a primeira Unidade de Depuração e Transformação de Bivalves do estuário do Tejo.

A Ministra presidiu à assinatura do auto de consignação da infraestrutura de transformação, depósito e valorização de bivalves do Rio Tejo.

A amêijoa é um recurso económico importante, mas devido ao teor bacteriológico das águas, só pode ser consumida após transposição prolongada.

Assim, esta unidade vai permitir organizar o depósito e depuração de bivalves do Rio Tejo, assegurando a ne-

O negócio das amêijoas rende 200 milhões de euros por ano

Em Espanha são muito apreciadas, depois de depuradas

No dia 22-02 de fevereiro de 2019 a Ministra do Mar apresentou a Unidade de Depuração e Transformação de Bivalves do estuário do Tejo

cessária segurança alimentar.

Além da construção desta unidade, o projeto visa regular a apanha da amêijoa no Estuário do Tejo e a sua comercialização em condições de adequada salubridade. A construção da unidade deveria estar concluída no fim do verão de 2019, sendo constituída por três módulos: depósito de bivalves vivos, unidade de transformação e sistema de valorização e unidade de depuração.

Segundo o Governo, o investimento total será de 2.360 milhões de euros, dos quais 1.340 milhões de euros se destinam à infraestrutura e 920 mil euros a equipamentos. O projeto tem uma comparticipação do programa Mar 2020, de 1.500 milhões de euros.

A Bivalor terá vantagens de várias naturezas, como proteger o ambiente e a saúde pública, sobretudo pela regulação atividade dos apanhadores.

Na altura, cerca de 1500 apanhadores que praticavam a atividade, muitas delas de

O negócio dos espanhóis devia mudar para os portugueses

forma ilegal, podiam continuar a fazê-lo, mas de forma legal, com as licenças respetivas. O seu produto podia ser tratado na unidade e depois servir para serem comidos crus ou cozinhados ou ainda criar subprodutos com valor acrescentado.

O Barreiro

passou a estar na rota da economia azul

A notícia, que ia avançar a construção da Unidade para Depósito e Transformação de Bivalves capturados no Rio Tejo, com um investimento de cerca de 1 milhão e 340 mil de euros, é, sem dúvida, uma notícia altamente positiva, que coloca o Barreiro como uma referência nacional, dado que esta vai ser a primeira unidade do género em Portugal.

A GNR apanha os vendedores e os compradores, apreende as amêijoas e multa os infratores

Este projeto colocou o Barreiro na rota da economia Azul dada a importância na região.

Desta vez em março de 2016, o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro pediu à Ministra do Mar soluções para o problema das amêijoas e dos milhares de apanhadores.

No dia 22 de fevereiro de

2019 a Ministra do Mar apresentou aprovado e com o dinheiro para fazer, uma Unidade de Depuração e Transformação de Bivalves do estuário do Tejo.

Passaram-se 5 anos, e nada se fez.

Perguntámos ao IPMA os

motivos de não se ter feito este projeto.

Resumimos as razões do IPMA.

1. “O projeto BIVALOR sofreu atrasos sucessivos cuja origem esteve essencialmente associada aos acréscimos muito significativos dos cus-

tos de construção das fundações”

2. “As alterações sofridas pelo mercado da construção

Em Espanha construiram-se dezenas de Depuradoras

com o aumento muito elevado dos custos das matériasprimas e os atrasos no seu fornecimento levaram a um

complexo e moroso processo de solicitação de reequilíbrio financeiro”

3. “A construção da infra-

estrutura BIVALOR, prevista em Projeto aprovado pelo Mar2020, foi desenhada inicialmente com base no facto de o Estuário do Tejo se encontrar com a classificação C”

4. “Contudo, ao longo do período 2018-2022, e como resultado já das ações previstas no projeto BIVALOR e a cooperação fundamental das autarquias da região, a qualidade microbiológica sofreu uma melhoria significativa, com períodos importantes de qualidade B, pelo que apenas se torna necessário numa parte do Estuário (a jusante da Ponte Vasco da Gama) a construção de uma unidade de depuração onde a transformação é agora menos importante – como prevista no Projeto BIVALOR.”

5. “Na zona de produção ETJ2 - Estuário do Tejo, Montante da Ponte Vasco da Gama, e de acordo com a Deliberação n.º 793/2024, publicada em Diário da Repú-

As amêijoas são completamente limpas pelas Depuradoras

Os bivalves que têm como destino as mesas espanholas

blica n.º 116/2024, Série II de 2024-06-18, a única espécie que se encontra classificada é a Lambujinha, sendo a sua apanha/captura e comercialização proibida devido a valores de chumbo superiores ao limite regulamentar”.

6. “Acresce que a subida dos custos de construção da infraestrutura BIVALOR, derivada do contexto atual e os atrasos verificados pela mo-

rosidade dos processos de autorização financeira, associados à atual situação de classificação dos Bivalves do Tejo, e à inviabilidade de conclusão da construção prevista no quadro do Mar2020 ao abrigo do financiamento que havia sido aprovado, constituíram os fundamentos de perda de interesse do IPMA”

7. “Em consequência, tendo em conta o interesse pú-

Unidade para Depósito de Bivalves

blico do BIVALOR, e apesar das melhorias observadas na classificação da qualidade microbiológica dos bivalves do Estuário do Tejo, estão as organizações promotoras a preparar uma iniciativa para a instalação de uma Unidade de Receção e Expedição de Bivalves do Barreiro, incluin-

do uma unidade de depuração, agora liderada pela Docapesca, mas contando com o apoio científico do IPMA, e cuja localização será natural-

mente a cidade do Barreiro.” 8. “As ações de reforço da monitorização microbiológica do Estuário do Tejo conduzidas no quadro do BIVALOR continuam a ser asseguradas pelo IPMA no quadro do Sistema Nacional de Monitorização de Bivalves (SNMB), tendo igualmente sido reforçado o esforço da DireçãoGeral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e das autoridades policiais no controlo acrescido da apanha.”

Um projeto que daria em 2022 à cidade do Barreiro, um elevado desenvolvimento económico e trabalho a milhares de apanhadores e o negócio dos espanhóis passava para os portugueses, acabou de não ser construído.

Quem foi que ficou a ganhar? Os Espanhóis. Com mais dois anos de negócios…

O projeto daria em 2022 à cidade do Barreiro, um elevado desenvolvimento económico

Do Estuário do Tejo saem para Espanha cerca de 7500 toneladas de bivalves

Notícias Yamaha

Yamaha Distribui Motores Elétricos Torqeedo

A Yamaha Motor Europe e suas sucursais passam a distribuir os motores fora de borda elétricos Torqeedo, através da sua rede de concessionários selecionados na europa.

Os modelos Cruise mais potentes (equivalente a 6-25hp)

AYamaha Motor Europe anuncia que a partir de janeiro de 2025, uma seleção de motores fora de borda da Torqeedo, marca líder de mercado em mobilidade de propulsão elétrica na água e que, desde abril de 2024, integra o Grupo Yamaha Motor, estará disponível através da sua rede de concessionários em oito países da Europa.

A Yamaha está empenhada em promover um futuro neutro em termos de emissões de carbono na água com uma gama de tecnologias inovadoras e combustíveis alternativos. E, com a disponibilização dos motores fora de borda elétricos Torqeedo na sua gama, a Yamaha oferece aos seus

clientes opções para reduzir a sua pegada de carbono. A energia elétrica é outro passo para a descarbonização, ideal para barcos mais pequenos, e com inovações como a Torqeedo e o motor Harmo recentemente atualizado, a Yamaha está a responder a diversas necessidades. Olhando para o futuro, a Yamaha está a explorar múltiplas soluções tecnológicas, desde os motores elétricos aos combustíveis sustentáveis e alternativos, como o hidrogénio, para des-

carbonizar a indústria marítima.

A partir de janeiro de 2025, uma gama selecionada de motores fora de borda Torqeedo est ará disponível em Portugal, Reino Unido, Irlanda, Suíça, Croácia, Eslovénia, Itália e Espanha.

A gama incluirá o Travel Ultralight (equivalente a 1-3hp), o Travel Family (equivalente a 2-5hp), ideal para barcos mais pequenos até duas toneladas, e os modelos Cruise mais potentes (equivalente a 6-25hp) para barcos maiores até 12 toneladas.

Fundada em 2005 perto de Munique, na Alemanha, a Torqeedo é líder mundial no mercado da mobilidade na água através de propulsão elétri-

Os modelos Travel

ca, conhecida pela sua vasta gama de motores elétricos fora de borda e inboards, sistemas híbridos e baterias de alta capacidade. Concebidos para facilitar a utilização e o manuseamento, estes motores fora de borda inovadores são ideais para uma série de aplicações recreativas ou profissionais em vias navegáveis interiores e águas costeiras.

Com capacidades de carregamento rápido, binário excecional e sistemas de gestão de baterias de última geração, os motores Torqeedo garantem uma alternativa eficiente e ecológica aos motores tradicionais. Nos oito países selecionados em toda a Europa, a Torqeedo utiliza agora uma rede de distribuição de dealers Torqeedo Shop&Service selecionadas, tornando mais fácil do que nunca o acesso dos nossos clientes a soluções náuticas sustentáveis.

• A partir de janeiro de 2025, alguns motores fora de borda

O Travel Ultralight (equivalente a 1-3hp)

Torqeedo estarão disponíveis em oito países europeus, pela primeira vez através da rede de concessionários selecionados.

• A gama de motores de popa da Torqeedo inclui a família Travel e os mais potentes modelos Cruise.

• Oferecendo opções sustentáveis para os nossos clientes reduzirem a sua pegada ecológica.

O modelo Cruise

Notícias

Notícias Nautel

Nautel Comemora 35 Anos de Existência

A Nautel é uma empresa nacional, importadora e distribuidora de produtos e sistemas eletrónicos. Presta assistência técnica e oferece serviços de telecomunicações por satélite. Este ano celebra o seu 35º Ano de existência.

ANautel tem como visão, a criação de valor para os clientes, desenvolvendo competências e cultura empresarial assentes nos valores da confiança, inovação, integridade e ética profissional.

E no ano em que comemora 35 anos de existência, quer agradecer a todos os que trilharam este caminho. Tendo a consciência de que nada se constrói sozinho, senão em parceria, com sinergia e espírito coletivo.

A Nautel, é grata a todos, sem exceção, mas principalmente aos dois pilares indispensáveis: o quadro de colaboradores e os estimados Os fundadores da

Nautel, Nelson Lima e António Inglês, à conversa com clientes numa feira

clientes.

A todos os colaboradores, uma equipa valorosa, competente e comprometida que acredita na trajetória e fazem parte deste percurso há tanto tempo, sendo parte importante desta longevidade.

Aos clientes, pela confiança e fidelidade demonstradas e expressar o sincero desejo e a firme determinação de prosseguir numa parceria profissional, que motive a aprimorar os produtos e serviços.

Esta é a celebração do compromisso com uma missão, visão e com valores que dão sentido à existência da Nautel enquanto empresa, desde da

sua fundação em 1990, sendo reconhecida a nível nacional e internacional.

Como tal, a Nautel compromete-se a continuar a ser uma empresa que persegue a inovação, o conhecimento e excelência.

Visão Geral da Atividade

A empresa opera como importadora e distribuidora de conceituados fabricantes/marcas de equipamentos e sistemas especializados, de matriz eletrónica. Além disso, a Nautel faz instalação, reparação, formação aos seus produtos.

As suas competências cen-

tram-se particularmente nas áreas de:

- Eletrónica Marítima/Naval Eletrónica

- Terminais de comunicações fixas e móveis, por satélite

- Operador/Fornecedor de serviços telecomunicações

A Nautel é importadora e distribuidora de conceituados fabricantes/marcas de equipamentos e sistemas especializados, de matriz eletrónica

Logo no seu primeiro ano a Nautel esteve presente na feira Nauticampo
Desde então nunca falhou uma edição da feira

por satélite

- Soluções de diversas naturezas que assentam em GPS

- Radiocomunicações VHF/ UHF/HF

- Energias renováveis na mobilidade

- Motores elétricos para embarcações e baterias de lítio

Missão

Disponibilizar soluções inovadoras de tecnologia eletrónica para aplicações específicas, que permitam satisfazer as particulares necessidades dos clientes, sejam estes parceiros comercias, consumidores, empresas e instituições. Tor-

Uma empresa que persegue a inovação, o conhecimento e excelência

nando-os mais eficientes, satisfeitos, através da utilização de produtos, serviços de elevada qualidade e utilidade.

Serviços e Assistência

Técnica

A empresa faz serviços de reparação, instalação, configuração de sistemas, entre outros.

O departamento técnico é responsável pelo serviço de pós-venda da empresa. Dando assistência técnica aos produtos que comercializa, apoio revendedores e instalação equipamento.

A Nautel preconiza uma constante atualização técnica dos seus colaboradores, através da sua participação em cursos e seminários técnicos, promovidos pelos fabricantes das marcas que representam.

O Serviço de assistência técnica da Nautel integra os seguintes trabalhos:

- Instalação de equipamen-

tos

- Reparações na oficina ou in loco

- Ligações finais de equipamentos e seu arranque

- Provas/Testes nas nossas oficinas e no exterior

- Explicações de funcionamento dos equipamentos ao operador

- Consultoria especializada

A execução de serviços de assistência não diretamente associados ao departamento comercial, são também uma constante, nomeadamente, no que respeita a serviços prestados a navios mercantes internacionais. Realizados através de pedidos das agências de navegação ou de empresas do mesmo ramo de atividade da Nautel, sediadas noutros países.

Nautel

Em 1990 quando a Nautel começou, não havia nenhuma empresa de eletrónica a servir a Náutica.

O armazém da Nautel
A Nautel faz serviços de reparação, instalação, configuração de sistemas, entre outros

Fomos pois muito pioneiros e ajudámos a Náutica a crescer com o nosso conhecimento acumulado de Eletrónica Marítima que já traziamos de trás.

A Nautel opera em vários tipos de mercado, sendo que se iniciou e especializou mais especificamente na área Marítima.

Nesses anos, a frota de pesca profissional portuguesa ainda era uma referência a nivel europeu e um grande mercado para Nautel.

A Nautel aproveitou o ter que correr todo o país “atrás” de Pesca Profissional, para paulatinamente estabelecer o seu plano para a Náutica.

Foi um sucesso.

Só 8 anos depois surge um primeiro concorrente.

Logo no primeiro ano estivemos na feira Nauticampo e nunca até hoje falhámos uma.

As marcas com que começámos foram a Koden, Humminbird, e Shipmate, que imediatamente acreditaram num grupo de gente jovem e deixaram distribuidores já enraizados no mercado.

Destas, só as duas primeiras continuam a existir com

esse nome.

A Nautel é atualmente o mais antigo distribuidor oficial da Huminnbird, do mundo.

Ao contrário de outras que mais tarde surgiram, a Humminbird sempre fez questão de ter um distribuidor direto de fábrica em Portugal.

Outras marcas badaladas não tiveram a mesma postura. Os centros de decisão estão noutras áreas geográficas.

Poderíamos dizer que a Humminbird é marca mais portuguesa da Náutica.

Com o passar dos anos houve fusões e aquisições.

A Humminbird trouxe a Minnkota para a Nautel. Tal como a Humminbird, a Minnkota destaca-se pela inovação e invenção, que depois outros copiam.

Da Shipmate, fomos à SIMRAD que aglutinou uma série de marcas e criou um grupo fortíssimo tanto nos mercados profissionais como na Náutica.

Hoje, o tronco principal na eletrónica são as marcas FURUNO e HUMMINBIRD.

Uma combinação forte que se complementa em lugar de competirem entre si.

A Empresa enveredou tam-

bém por outros sistemas diferenciados e inovadores que foram nascendo ao longo do tempo: Giroestabilizadores da QUICK, Ar Condicionado FRIGOMAR e Desalinizadores OSMOSEA.

Finalmente, a Nautel tem

Há muita história nestes 35 anos

também sido uma escola.

Três dos seus concorrentes diretos são de pessoas que tudo aprenderam na Nautel, desde quando novos aqui chegaram.

Muita história há nestes 35 anos e não é fácil resumir…

A Nautel, é grata a todos, sem exceção, mas principalmente aos dois pilares indispensáveis: o quadro de colaboradores e os estimados clientes

Notícias do Governo dos Açores

Lançamento do Navio Azores Ocean

O Navio Azores Ocean servirá Portugal inteiro e consolida papel da Região dos Açores no campo da investigação, o lançamento ao mar contou com a presença do Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro e de várias entidades nacionais. Notícias

O lançamento do navio ao mar contou com a presença do Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro e de várias entidades nacionais

No passado mês de Dezembro o Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, declarou, em Vigo durante a cerimónia, que o navio de investigação Azores Ocean, lançado ao mar, servirá “Portugal inteiro”, representando um elemento de reforço do papel da Região no campo da investigação. Na sessão tida no dia 18 nos estaleiros Armon, a quem José Manuel Bolieiro agradeceu pela “competência, diligência e capacidade de realizar”, foi lembrado o percurso do investimento e assinalado o compromisso dos Açores para com o seu mar. “Somos mais mar que terra e estamos potencian-

O navio Azores Ocean
Texto e Fotografia Governo dos Açores

do com ciência um país atlântico com relevância no mundo. Estamos a dar bons exemplos. Somos um exemplo para a sustentabilidade”, lembrou ainda José Manuel Bolieiro.

O navio de investigação está orçamentado em cerca de 20 milhões de euros, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Integrado numa estratégia de valorização da eficiência energética e de diminuição do impacto ambiental, este investimento visa a construção de uma plataforma moderna, com altos padrões tecnológicos em termos de capacidades, de equipamentos e com elevado desempenho energético.

Para o Presidente do Governo, iniciativas como o Azores Ocean representam “elementos disruptivos” que têm na matriz “um objetivo maior que tem a ver com a identidade açoriana e portuguesa”

“Eis, pois, não apenas um instante de mensagem política, de um ciclo político, mas sim de um objetivo e uma causa que ultrapassa gerações, regiões, e estados”, prosseguiu, antes de lembrar o papel dos Açores, ainda no campo do mar, na definição das Áreas Marinhas Protegidas.

O Azores Ocean tem como objetivo capacitar a Região de uma plataforma tecnológica de acesso ao mar profundo do Atlântico Nordeste central, e em especial da Zona Económica Exclusiva do arquipélago.

“Os Açores querem ser relevantes num futuro que estamos a construir no presente. Pela sustentabilidade, pela ciência, pela investigação, pelo serviço à humanidade”, defendeu ainda José Manuel Bolieiro, reiterando o desiderato de transformar “uma Região de

A cerimónia decorreu no passado mês de Dezembro, nos estaleiros Armon em Vigo

necessidades numa Região de oportunidades”. O navio, que será agora equipado e viajará para o arquipélago no final de 2025, será registado no Registo de Bandeira Português como navio de investigação, com a lotação mínima de 20 pessoas para navegação global, excluindo as zonas com gelo, dez tripulantes técnicos e dez tripulantes científicos. Adicionalmente o navio terá lotação para um mínimo de 30 pessoas embarcadas em viagens diárias.

O novo navio terá capacidade para atuar, entre outras, em áreas como o mapeamento dos fundos marinhos (bati-

metria com base em equipamentos acústicos), prospeção e exploração biológica de organismos com aptidão bio-

tecnológica, apoio ao desenvolvimento de tecnologias de produção de energias renováveis offshore ou formação

Durante a cerimónia, José Manuel Bolieiro, declarou que o navio de investigação servirá Portugal inteiro

O navio de investigação Azores Ocean reforça o papel da Região no campo da investigação

de ativos no âmbito da Escola do Mar dos Açores.

Entre outros equipamentos, o navio será equipado com equipamento acústico eletrónico que maximizará o potencial de investigação da plataforma até uma profundidade de no mínimo cinco mil metros.

Com 45,95 metros de comprimento e 10,5 metros de boca, o navio terá uma au-

tonomia de 15 dias, dispondo de propulsão diesel elétrica. Incluirá camarotes correspondentes à sua lotação máxima, sala de aulas, laboratórios (seco e húmido) e centro de dados.

Juntamente com o futuro centro de investigação Tecnopolo – Martec, a ser construído na cidade da Horta, o novo navio irá trazer novas oportunidades de investigação científica e desenvolvimento nas áreas das pescas, da biotecnologia ou das engenharias marinhas.

Na sessão em Vigo marcaram presença também entidades como a Secretária de Estado do Mar, Lídia Bulcão, em representação do Primeiro-Ministro, ou o Subchefe do Estado-Maior da Armada, Contra-Almirante João Silva Pereira, em representação do Chefe de Estado-Maior da Armada – José Manuel Bolieiro destacou quer o relacionamento com o Governo da República quer com a Armada, perspetivando a continuação de ações estratégicas em sinergia com ambas as entidades.

O navio vai ser agora totalmente equipado e só viajará para o arquipélago no final de 2025
O Navio tem 45,95 metros de comprimento e 10,5 metros de boca
O momento em que o Azores Ocean entra pela 1ª vez no mar

Notícias do Governo dos Açores

Açores Consolidam “Liderança Global” na Proteção dos Oceanos e na Economia Azul

A conferência foi Presidida pelo Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro

Promovida no âmbito do Comité das Regiões, à conferência “Ocean Planning: European Participation and the Contribution of the Azores”, realizou-se no Museu dos Baleeiros e foi presidida pelo Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro.

OPresidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, reafirmou a posição de liderança do arquipélago em

questões de sustentabilidade e inovação marítima, ao presidir à conferência “Ocean Planning: European Participation and the Contribu-

tion of the Azores”, realizada no Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico.

O evento, promovido no âmbito do Comité das Regiões, destacou a importância estratégica dos Açores na proteção dos oceanos e no desenvolvimento de uma economia azul sustentável, com impactos que ultrapassam as fronteiras da Região.

O líder do executivo açoriano salientou que: “os Açores estão a liderar a nível internacional na criação da maior rede de Áreas Marinhas Protegidas (AMP) do Atlântico Norte”, referindo-se à recente oficialização da Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores (RAMPA).

Este marco legislativo assegura a proteção de 30% das águas do arquipélago, distribuídas entre 15% de pro-

A conferência “Ocean Planning: European Participation and the Contribution of the Azores”

Texto e Fotografia Governo dos Açores

teção total e 15% de proteção elevada, e representa uma contribuição essencial para as metas globais da ONU e da União Europeia para a conservação dos oceanos até 2030.

“A RAMPA é um exemplo global e um investimento no futuro dos Açores e das gerações vindouras”, declarou o governante.

Este projeto pioneiro, desenvolvido em colaboração com a Universidade dos Açores e o programa Blue Azores, equilibra a conservação dos ecossistemas marinhos com a promoção de atividades económicas sustentáveis, reforçando o papel da Região como líder na conservação dos oceanos.

A aprovação da RAMPA atraiu ampla atenção mediática, com a iniciativa divulgada por 1.103 meios de comunicação em 12 países, incluindo França, Suíça, Estados Unidos, Itália e Rússia. O alcance total estimado destas publicações ultrapassa os três mil milhões de visualizações, consolidando a projeção internacional dos Açores como referência em políticas ambientais e conservação oceânica.

José Manuel Bolieiro aproveitou o momento para defender a instalação, na Região, do Observatório Europeu do Mar Profundo, com sede no Tecnopolo-MARTEC, localizado na ilha do Faial. Este centro de investigação experimental, atualmente em desenvolvimento, representa um investimento de 28 milhões de euros ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A infraestrutura será fundamental para aprofundar o estudo dos ecossistemas marinhos de grande profundidade, promovendo avanços científicos e tecnológicos e reforçando a posição dos Açores no cenário internacional.

“O Tecnopolo-MARTEC será um pilar do conhecimento científico e tecnoló-

gico do Atlântico, projetando os Açores como centro de referência mundial”, frisou José Manuel Bolieiro.

O governante anunciou a cerimónia de lançamento ao mar do novo navio de investigação científica multidisciplinar dos Açores, em Vigo.

Avaliado em cerca de 20 milhões de euros, este navio é um investimento estratégico para o estudo do Atlântico Nordeste, com capacidades que incluem mapeamento de fundos marinhos, exploração biológica de organismos para biotecnologia e apoio ao desenvolvimento de energias renováveis ‘offshore’.

“Este navio será mais do que um ativo regional; será um verdadeiro ativo nacional e europeu, capacitado ao mais alto nível tecnológico”, sublinhou José Manuel Bolieiro.

Além disso, o navio terá capacidade para operar globalmente, com uma tripulação mínima de 20 pessoas e espaço para até 30 tripulantes adicionais em missões de curta duração, destacando o seu papel como ferramenta para a formação e investigação promovida pela Escola do Mar dos Açores.

José Manuel Bolieiro destacou que os Açores, com quase um milhão de quilómetros quadrados de Zona Económica Exclusiva, são: “uma Região de oportunidades que projeta o seu potencial no mundo, liderando processos que unem conservação ambiental e desenvolvimento económico”

Para o Presidente do Governo, os Açores são um exemplo de como a cocriação entre executivo, sociedade civil e ciência pode gerar soluções

equilibradas e sustentáveis. A conferência contou com a presença de figuras proeminentes, como Jesús Gamallo Aller, Diretor-Geral das Relações Externas e com a União Europeia da Galiza, o eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral, e Louis Lambrechts, da Fundação Oceano Azul. Geneviève Pons, Diretora Geral do Instituto Jacques Delors, participou remotamente, sublinhando a relevância do tema na agenda europeia.

Com iniciativas de impacto global como a RAMPA, o Observatório Europeu do Mar Profundo e o investimento em investigação científica, os Açores consolidam a sua liderança internacional, não apenas como um exemplo de conservação ambiental, mas também como um modelo de inovação e desenvolvimento sustentável para o futuro.

A conferência realizou-se no Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico

Pesca Lúdica Embarcada

O Admirável Mundo Novo das Amostras

De repente, a superfície da água explode em reflexos brancos e os salpicos de espuma deixam ver que algo prateado mordeu a nossa amostra.

citação que provoca o ataque de um predador absolutamente convicto de que aquilo que morde é um peixe vivo.

Se já chegámos ao depois de “pescar para comer”, então vale a pena reter o seguinte: a maior parte das pessoas não sabe nem por onde começar quando se trata de escolher uma amostra.

Sim, aquilo que é normal é que as pessoas não tenham um só critério válido de escolha! Serem “bonitas” à nossa vista não é critério, porque não somos nós que temos de as morder…

o acreditar em algo de sobrenatural.

Passa a utilizá-la quando se sente “apertado”, quando o dia está difícil, e numa fase posterior, utiliza-a sempre. Mesmo que as condições de mar peçam algo totalmente diferente. Se temos o azar de pescar uns peixes quando outros não o conseguem, podemos acreditar que só vale a pena pescar com amostras às riscas, ou às bolinhas...

Os predadores não escolhem a sua comida por ser bonita... um melancólico cinza pode ser uma excelente opção

Pescamos ao robalo e sim, …ele chegou!

A pesca com amostras tem todos os ingredientes para ter todo o sucesso que indiscutivelmente tem.

Lançar amostras e conseguir enganar um peixe é um privilégio só ao alcance daqueles que ousam sair da falta de ousadia da isca natural, o alimento habitual do peixe.

Se a ideia é encher uma geleira de peixe para comer, então sim, que dê ao peixe aquilo que é o seu alimento de base, a sua comida de rotina. Isso funciona sempre, já se vê.

No caso de já termos ultrapassado essa fase, se já chegámos a um outro patamar de exigência técnica, então vamos pelas amostras, pelos artificiais, e pela enorme ex-

A maior parte dos pescadores não consegue definir por si o tipo de jig/ amostra que deve utilizar. Vai pelo que lhe dizem, atira um palpite, resolve experimentar umas quantas “a ver se dá”, mas sem ter o seu próprio critério.

Se um dia consegue uma boa pescaria, eventualmente feita em condições de excelência, quase irrepetíveis, fixa a amostra e passa a ter por ela um religioso sentido de admiração.

Cola-se a essa amostra como quem se agarra a uma boia de salvamento. Se por qualquer acaso da sorte, consegue um peixe quando mais ninguém o consegue, aí sim, chega o momento da crença,

Às riscas e às bolinhas tudo serve, nada nos interessa quando chega o desespero por uma picada

Geralmente, quanto maior a quantidade de amostras testadas por sessão de pesca, menor será a taxa geral de sucesso. Quando a pessoa deixa ao acaso a escolha da amostra que deve utilizar, isso significa que está perdida, sem rumo.

Há critérios de base que devem ser respeitados. Aquilo que devemos fazer, antes de mais, é olhar para o mar. Tentar ver que sinais nos pode dar.

Aquilo que procuramos numa amostra é que nos permita lançar longe, que trabalhe bem na água de forma a permitir-nos cobrir uma faixa larga de terreno com uma só passagem, que seja efectiva, que nos dê toques sucessivos.

As cores que selecionamos quase sempre obedecem ao padrão que temos interiorizado como sendo o ideal, o certo, ainda que ninguém saiba o que é isso. Apenas depositamos confiança porque sim, porque ao longo dos anos desenvolvemos um alto nível de confiança nele.

Normalmente cores naturais, que se assemelham a is-

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com cos prováveis para a espécie em causa, o caso da cor sardinha, dos castanhos do peixerei, os verdes das cavalas.

Há pessoas que conseguem andar em contramão um ano inteiro. Quando devem pescar baixo pescam fundo, quando devem pescar lento pescam rápido, se devem apostar em amostras pequenas, os “cigarrinhos” pequenos, pescam com “charutos” gigantescos. É fundamental ter alguma intuição para entender aquilo que o peixe está a fazer. Mais ainda quando as condições são difíceis, nomeadamente dias de vento norte frio, com águas geladas, por exemplo. Nessas alturas, quando nada parece ser possível fazer, ainda assim vale a pena olhar para o mar. Ele dá-nos pequenos e quase imperceptíveis sinais, um pequeno peixe que salta aqui, uma estrela concêntrica que corta a monoto-

nia da superfície da água ali.

Sabemos que eles estão lá quase por sentirmos que têm de estar! A experiência de pesca é algo que é particularmente valioso em dias muito difíceis.

Também é essa experiência que nos guia para um patamar onde já não acreditamos que seja aquela amostra e só aquela amostra. Embora todos nós tenhamos uma de que gostamos em particular, a que estamos mais afeiçoados.

Se alguém tiver dúvidas quanto a isto, basta fazer um breve exercício de “afectividade”: começamos por selecionar uma dúzia daquelas que

mais gostamos entre todas as amostras da caixa.

A seguir, dessas doze deixamos de fora metade.

E dessa metade que prevalece retiramos quatro e por fim ficamos apenas com duas. Dessas, a que escolhemos como a melhor das melhores é …a tal.

A cada ano as coisas vão

ficando mais e mais difíceis. Os peixes não são muitos, as oportunidades são poucas, e as caixas de peixe não voltam a casa com mais que um ou dois peixes.

Por vezes temos mesmo de mudar de táctica e argumentos para conseguirmos enganar mais alguns robalos. Procurar águas mais lim-

Algumas amostras são verdadeiras obras de arte, e é entendível que as pessoas não as queiram perder

pas pode ser um bom princípio. Não que não existam muitos e bons robalos em águas tapadas, pelo contrário, mas porque ao pescarmos em locais onde a visibilidade é boa, o robalo tem mais possibilidades de ver aquilo que lhe lançamos.

Se a zona é frequentemente patrulhada por outros pescadores, utilizar amostras menos conhecidas com acções diferentes pode ajudar. Quero com isto dizer que, sendo habituais os jerkbaits, amostras com pala curta, podemos tentar ir um pouco mais fundo, aumentando o tamanho da dita pala frontal.

Se detectamos da parte de outros “concorrentes” que o tipo de enrolamento de linha é regular, feito a uma só velocidade, então podemos introduzir câmbios de ritmo e já estamos a fazer algo diferente.

Sabemos que a maior parte dos predadores se sente atraído por presas que escapam, ou tentam escapar, a um ritmo irregular. Isso significa da parte delas uma incapacidade latente de conseguir manter um padrão de natação regular. Por outras palavras, existe uma fragilidade qualquer e já se sabe que no mar a menor robustez física é sinal de presa fraca, logo acessível. Se as águas não estiverem demasiado frias, se o peixe tiver condições para se manter junto da primeira capa de água,

Os poppers podem ser mortíferos em determinadas condições

então vamos ter predadores a observar a linha de superfície.

Assim sendo, os poppers, os passeantes, os stickbaits, são amostras que nos dão sempre peixe.

Um detalhe a que devem prestar sempre atenção é à hora do dia a que estão a pescar. Se estamos no limiar da visibilidade, os primeiros ou últimos minutos do dia, podemos aproveitar o facto de termos predadores activos.

De uma ou outra forma, o nascer do sol ou o seu crepúsculo são momentos sempre aproveitados por todos

xes mais profundos, mais escondidos, mais difíceis. Este é o tempo dos “petiscos”, das amostras de menor tamanho, de tudo aquilo que ainda cabe num estômago eventualmente replecto.

O foco não devem ser os pequenos detalhes, este ou aquele traço de cor, por exemplo, mas sim aquilo que é estruturante, o tipo de amostra, a profundidade a que se tenta ao peixe.

Há quem perca horas a decidir que tipo de lula deve mandar para baixo. Em rigor, quando se pesca bem tudo

Não faz grande diferença um ou outro traço de cor, o importante é saber quando e onde utilizar cada amostra

aqueles que fazem da caça o seu modo de vida. Quando se têm bons olhos, quando se está bem equipado de série para caçar sem ver, e existem presas para caçar, não há que saber: vai haver sempre um predador a sondar as imediações de saídas de água doce, de peões isolados no mar, de pilares e outras construções humanas. Onde existir peixerei, caranguejo pilado, ….lulas pequenas, é certo que eles estarão nas imediações.

Por outro lado, à medida que o dia avança, vamos ter de nos focar em encontrar pei-

serve.

Quando as condições são adequadas, quando tudo se conjuga e conseguimos ter um mar limpo e de boa maré, azul, com alguma ressaca na costa, um toque de fundo trazido pela onda que entra do largo, pouco vento, e existe comedia próxima, temos condições para ferrar peixes em abundância.

Nessas alturas, conseguir acertar na velocidade de recuperação da amostra, ser capaz de lhe imprimir um andamento irregular, com pequenos toques de ponteira, ajuda.

Também ajuda ter o equipamento afinado e pronto a lançar longe se for o caso, com linhas não demasiado grossas, PE 1, eventualmente PE 1,2 ou no máximo PE 1,5 vai muito bem, uma cana a rondar os 2,6 a 2,90 mts de comprimento, carreto 3000 a 4000, e amostras de acordo com a distância a vencer, entre os 15 e os 36 gramas, e estamos armados para lançar onde eles estão a comer, até por detrás da rebentação, se for preciso. A maior parte das pessoas deixa à amostra todo o trabalho de excitação do predador. O que fazem é enrolar linha, apenas. Lançam, esperam que a amostra caia longe, e aí…enrolam linha. Seja o que Deus quiser.

Essa não é a acção que interessa a quem está à procura de comida.

Nunca esqueçam que eles estão habituados a perseguir sobretudo peixes mais fracos, eventualmente exemplares de espécies forragem já velhos ou até peixinhos que ficaram, por algum motivo, feridos e/ ou apresentam debilidades. Por isso mesmo, se um dia se lembrarem de promover uma recuperação mais errática, mais descontrolada, com pausas e arranques, com toques verticais de ponteira, vão ver que os resultados são diferentes.

Para isso, o que é importante é acertar com o tamanho e peso da amostra, e não tanto a sua cor. Um peixe descansado, num pesqueiro não muito apoquentado, tem sempre uma tendência para se lançar sobre uma amostra bem apresentada, independentemente da cor que cada um escolha. É a acção de pesca em si que conta, não é um pequeno detalhe que uma ou outra amostra possa ter.

Um bom pescador tanto pesca com uma ou outra das amostras passeantes que podem ver na última fotografia.

Pesca Lúdica Embarcada

Manter um Registo Anual de Capturas

Se há quem não se lembre daquilo que pescou ontem, muito menos se lembrará daquilo que pescou há quatro anos atrás.

Com base no nosso registo de memória, sabemos onde temos de ir quando sopra este vento, quando temos aquela maré. Assim tenhamos memória…

Deixar ao acaso a memorização de factos concretos que induziram a uma pescaria de excepção é cuidar pouco de a podermos voltar a repetir por convicção.

Vai acontecer, mas nunca saberemos quando, como e onde.

Bem sei que cada vez há menos tempo disponível, as pessoas vivem a um ritmo alucinante, pouco dado a pausas

e meditação.

Se até em termos de leitura isso se verifica, já não há tempo para folhear um livro, como podem as pessoas disponibilizar tempo para registar dados no seu computador pessoal?

E todavia há registos de condições de mar em que fizemos boas pescarias que eventualmente nos poderiam ser muito úteis no futuro.

O estado do mar, que efectivamente altera todos os dias

em função da meteorologia, das estações do ano, dos ventos, das correntes, das marés, etc, importa aos peixes, à sua vida.

É o mar que os obriga a mudar de posicionamento, que os afasta da costa, que os faz afundar, que os traz à superfície, que os coloca mais ou menos a jeito perante as nossas amostras.

As boas condições em que conseguimos ferrar uns pei-

A espécie de peixe procurado, a qualidade das águas e a meteorologia determinam a cor, peso, forma dos jigs a utilizar

xes grandes hoje, serão as mesmas que iremos encontrar daqui a muitos meses, o mar repete-se.

Mas teremos nós memória suficiente para guardar todos os detalhes?

Se pensarmos em fazer um mapa de pesca com tudo aquilo que nos ocorra registar, estaremos a jogar pelo seguro.

As condições de hoje não serão difíceis de reproduzir algum tempo mais tarde. Com ou sem vento, com ou sem nebulosidade, águas mais ou menos quentes, etc, etc. É por aí.

Sabemos que perante estas ou aquelas condições, o comportamento do peixe será este ou aquele.

Manter activo um ficheiro no qual depositamos os dados de pesca do dia pode de facto ser interessante.

Há empresas que investem o seu tempo e saber em pequenos aparelhos que registam as picadas e capturas de peixes. São dispositivos que serão úteis numa situação real de pesca, fazem-nos um mapa cartográfico ao qual temos acesso quando estivermos na zona. Ajuda sabermos que naquele pesqueiro conseguimos alguns peixes e as cruzes a vermelho indicam exactamente onde. Mas continuam a não nos dar muito mais que isso, em termos de meteorologia, por exemplo. Nem do equipamento utilizado.

A cada um a noção daquilo que lhe pode ser útil quando se trata de guardar informa-

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com ção para tempos vindouros. Há quem tenha o cuidado de registar até o tipo de jig/ amostra utilizado.

Quando somos meticulosos e nos damos ao trabalho de registar uma série de dados, mais dia, menos dia isso poderá recordar-nos das condições em que pescámos.

Ao fim de algum tempo já teremos um padrão de dados que nos permite adivinhar se podemos ou não conseguir capturas nas condições que temos nesses dias.

Tudo aquilo que nos pode ajudar a entender previamente qual o comportamento que o peixe irá ter perante determinadas condições.

Falo-vos de temperatura de água, de vento, de nebulosidade, de existência ou não de comédia, de visibilidade à superfície e nas camadas inferiores de água, espaçamento entre picadas, distância a que

ocorreram, tipos de amostras utilizadas, linhas, etc, etc…

Ao fim de alguns anos, quando tiverem um mapa bem feito da zona onde pescam, serão capazes de prever quando é que existem, ou não, boas condições para pescar.

No fundo é ir por uma regra de estatística, de probabilidades máximas de sucesso.

Algumas pessoas começaram a fazer isso há muitos anos e hoje têm um mapa de locais e de condições de pesca nesses locais que são verdadeiros tesouros.

Muitos deles quando começaram não esperavam que os resultados pudessem ser tão conclusivos.

Embora com variações de produtividade, com mais ou menos peixe disponível, já que temos de considerar anos bons e alguns anos menos bem-sucedidos em termos de reprodução, ainda assim exis-

te um padrão, uma época disto e outra daquilo.

Um pouco como adivinhar a época das uvas e da laranja, o Setembro e o Janeiro da pesca, se me faço entender...

Com esse padrão em mãos, já podem sair de casa a saber que naquele período do

ano, com aquela temperatura, aquele vento, aquela maré, etc, irão muito provavelmente encontrar os peixes a fazer isto ou aquilo.

Bem sei que a maior parte dos pescadores acredita que há uma época de douradas, mas tem dificuldade em extrapolar esse facto para a época

da pesca ao robalo, por exemplo.

Mas existem de facto condicionantes que levam a que de X a Y semanas, seja mais fácil encontrar os robalos grandes junto à costa.

E a partir daí, apenas temos de esperar pela maré certa, com o vento certo, à hora certa. Eles irão lá estar...

Isto tem muito pouco ou nada de sobrenatural, pese as crenças de muitos. Não há milagres quando falamos de haver ou não haver condições para que os robalos encostem aqui ou ali.

Por exemplo: com muito frio, com a superfície da água gelada, em princípio não haverá predadores activos nos baixios. A estarem alguns, teremos de pescar de forma

muito lenta, a dar tempo, a tentar conseguir que um peixe saia da sua pasmaceira e aceite fazer um esforço de captura. Não está nos livros mas é um clássico: recuperações lentas e constantes funcionam melhor quando a água está fria e turva.

Isto ocorre porque os peixes usam a sua linha lateral para localizar presas debilitadas e, ao desacelerar a recuperação, aumentamos as nossas possibilidades de eles encontrarem a amostra, de terem tempo de a ver, ou sentir.

Já no caso contrário, se a água está quente e limpa, recuperações rápidas e irregulares estimulam muito mais aqueles que procuram presas vivas.

E são esses detalhes que

que necessitamos.

Os erros de casting custamnos dinheiro, e quantas vezes a soma de todos esses erros seria o suficiente para adquirirmos material topo de gama, aquela cana especial que nos poderia dar uns quantos peixes a mais, o carreto com que tanto sonhamos.

Adquire-se muito material de pesca perfeitamente desnecessário, desadequado, pouco produtivo, e que pouco ou nada adianta a quem o tem.

determinam o tipo de acção que podemos desenvolver.

Temos nas mãos uma incrível capacidade de raciocínio, de planeamento, de manuseamento de equipamentos de pesca. Só temos de utilizar isso em função das dificuldades criadas por este ou aquele peixe.

Se mantivermos registos dos dias bons, podemos evitar os dias maus.

Em poucos minutos seremos capazes de escrever umas linhas com a data, a hora, e aquilo que aconteceu.

Se o peixe encostou no final do dia, e se activo desta ou daquela forma, é deixar isso no computador, ou na agenda.

E lá estaremos quando as condições forem idênticas. Com o equipamento que resultou, ou outro que nos afigure indicado.

É claro que vamos continuar a cometer asneiras, a comprar equipamentos que não são exactamente aquilo de

O caso das amostras é emblemático: quando abrimos uma caixa e olhamos para dento percebemos que daquela tralha toda, apenas meia dúzia é efectivamente necessária.

Há que ser racional, há que ter critério na compra, e isso só se consegue quando temos a perfeita noção da forma como iremos utilizar essas peças.

Conheço muita gente que compra por comprar, para compensar a impossibilidade de poder sair à pesca. Erro crasso.

Não se vai ao supermercado sem tomar o pequenoalmoço antes…sob pena de comprarmos um carrinho de comida.

Com as amostras, idem. Corremos o risco de comprarmos amostras novas porque sim, porque fazem falta, ainda que saibamos que jamais serão utilizadas.

Registar as pescarias, e inclusive as amostras utilizadas nestas ou naquelas circunstâncias, pode ajudar-nos a poupar dinheiro, a ter o essencial, e a pescar melhor.

Pensem nisto.

Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera

Projeto Deep-Risk Workshop Mineração em Mar Profundo

Realizado no auditório Magalhães, no polo de Algés do IPMA, o Workshop

Projeto Deep-Risk discutiu os principais resultados e identificou os desafios mais prementes para implementar uma avaliação de risco fundamentada sobre a Mineração em Mar Profundo.

No dia 18 de dezembro do ano passado, o workshop final do projeto “Deep-Risk - Mineração do mar profundo e alterações climáticas: novas ferramentas de modelação no suporte à gestão de

risco ambiental” realizou-se no auditório Magalhães, no polo de Algés do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), com o objetivo de discutir os principais resultados e identificar os desafios mais prementes para implementar uma avaliação de risco fundamentada.

Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e fruto da parceria da Faculdade de Ciências (FCUP), do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto, do Instituto de Investigação em Ciências do Mar Okeanos da Universidade do Açores e do IPMA, este projeto procura “desenvolver

novas ferramentas de apoio à avaliação de risco ambiental associado com a mineração em mar profundo”. O workshop final do projeto “Desafios ambientais associados com a mineração em mar profundo”, onde foram discutidos os principais resultados do projeto e identificados os desafios mais prementes para implementar uma avaliação de risco ambiental bem suportada. A discussão contará com o contributo de representantes de várias entidades nacionais, tais como Catarina Abril (Sciaena), Eduardo Silva (INESC TEC/ISEP), José Manuel Marques (DGRM), Luísa Ribeiro (EMEPC), Maria Luís Mendes (MNE).

A Vogal do Conselho Diretivo do IPMA, Maria Ana Martins, deu as boas-vindas a todos os participantes, assegurando que acompanharia a apresentação do resultado dos trabalhos desenvolvidos com “grande expetativa” relativamente ao contributo que os mesmos possam ter nas políticas públicas.

O workshop terminou com a realização de uma mesa redonda com parceiros do projeto e representantes de várias entidades nacionais, na qual foram discutidos os desafios associados com a gestão ambiental da mineração em mar profundo.

Mineração em

Mar Profundo

O aumento da procura e do custo de metais para uso industrial, combinado com o esgotamento das explorações terrestres, tornam a mineração de mar profundo uma solução economicamente atraente para a obtenção desses materiais. De facto, a International Seabed Authority (ISA) tem recebido um número crescente de candidaturas para licenças com a finalidade de explorar nódulos polimetálicos e aproximadamente 30 contractos de prospeção foram recentemente concedidos. No contexto da União Europeia, Portugal, em particular a região dos Açores,

Contribuir para aprofundar o nosso conhecimento sobre a dinâmica do oceano profundo

é considerada a região mais adequada para mineração do mar profundo. Na plataforma dos Açores e ao longo do rifte Médio-Atlântico, estão presentes vários campos hidrotermais e montes submarinos com ocorrências reconhecidas de recursos minerais. Apesar destas condições, múltiplos ecossistemas extremamente diversos têm sido descritos e um número ainda maior será conehcido num futuro próximo, à medida que tecnologias inovadoras se tornam acessíveis. Estes ecossistemas suscetíveis já sofrem a influência de stressores antropogénicos e as mudanças climáticas e mineração de mar profundo são apontadas como as mais

recentes formas de stress. A consequência mais imediata e esperada da mineração de mar profundo é a presença de plumas de sedimentos libertadas durante o processo de mineração. Estas plumas podem potencialmente dispersar-se por grandes distâncias, conduzidas pelas correntes,

aumentando a turbidez da coluna de água e afetando, potencialmente, organismos a vários quilómetros da fonte inicial de contaminação. Existe, no entanto, consenso internacional que recomenda que antes do início da mineração de mar profundo, seja estritamen-

te necessário desenvolver novas ferramentas para suportar a fundação de diretrizes ambientais suportadas por regulamentação específica.

Este projeto pretende contribuir para melhorar o conhecimento relativo à avaliação de risco associado com a

mineração de mar profundo no sector dos Açores na região do rifte Médio-Atlântico e ecossistemas associados, e relacionar esses efeitos com variáveis associadas a possíveis mudanças climáticas. A principal inovação deste projeto será o desenvolvimento de modelos ecológicos e hidrodinâmicos para antever a evolução de plumas de sedimentos e de elementos minerais. Pretende-se abordar as principais questões levantadas anteriormente usando uma abordagem holística. Serão utilizadas ferramentas de natureza física, biogeoquímica e Ecológica/ biológica para clarificar a dinâmica do oceano e o impacto dos múltiplos stressores. Os objetivos serão abordados em oito tarefas complementares: Ensaios ecotoxicológicos sob condições hiperbáricas, para avaliar a adversidade e a resiliência; Ferramentas bioquí-

micas e moleculares, para estabelecer uma “impressão digital” das vias afetadas em espécies modelo de profundidade; Experimentação em condições hiperbáricas, para avançar na compreensão dos processos biogeoquímicos em ecossistemas do mar profundo; todas essas tarefas irão potenciar o desenvolvimento de novos modelos numéricos e ecológicos.

A natureza multidisciplinar do consórcio, que inclui oceanógr afos físicos, modeladores ecológicos, biólogos conservacionistas, ecotoxicologistas, químicos, biólogos evolucionistas, garante uma aproximação global aos problemas levantados. De salientar que diversos membros do consórcio integram iniciativas de cariz nacional e internacional na área de estudo, incluindo como consultor o Professor Patrick Heimbach, da Universidade do Texas, estando assegura-

do um dos aspectos críticos na proposta, impulsionando a comunicação,disseminação e exploração dos resultados.

Este campo de investigação foi claramente identificado como uma prioridade na Agenda 2030, em particular nos objetivos 14 e 12 dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, devido à sua relevância para a proteção dos recursos de mar profundo e apoio ao estabelecimento de boas práticas. Apoiará a utilização sustentável e eficiente dos recursos naturais não vivos de profundidade, para a preservação dos ecossistemas marinhos. Contribuirá ainda para aprofundar o nosso conhecimento sobre a dinâmica do oceano profundo, apoiando assim a

implementação da agenda de I&D das Interacções do Atlântico. A investigação de Mar Profundo, incluindo o impacto de potenciais stressores, foi identificada na “Agenda Marítima Portuguesa”, como uma área de investigação prioritária em Portugal para o período 2020-2030. Sendo a ZEE portuguesa uma área chave para futuras actividades de exploração, em conformidade com as Directivas Marinhas da UE para a protecção ambiental e a submissão portuguesa para extensão da plataforma continental, este projecto contribuirá para fomentar o estabelecimento de instrumentos legais e boas práticas para uma exploração ambiental sustentável de recursos não vivos do mar profundo.

As fontes hidrotermais albergam ecosistemas marinhos

Para que o Tejo Volte a Ser um Rio Vivo e Vivido

2.ª Parte

Os Rios estão para os Continentes como os vasos condutores estão para o sistema vascular do corpo humano. Quando as nossas artérias começam a ficar obstruídas e o sangue deixa de ter a sanidade devida, isso traznos problemas graves de saúde que podem levar-nos à morte”.

AConferência do Médio Tejo sobre a Sustentabilidade do Rio teve os seguintes objectivos:

1. Analisar e reflectir sobre a problemática da importância da definição e manutenção de caudais ecológicos a um nível que garanta o respeito pelos ecossistemas do Tejo durante a secagem pura e dura do Rio, por força da retenção das águas.

2. Passar das meias medidas para as medidas necessárias e uma objectiva articulação da informação entre as diversas entidades, quando na bacia hidrográfica a regu-

larização dos caudais pode e deve ser feita, considerando as diversas barragens existentes nos rios afluentes ao rio Tejo.

3. O Plano de Gestão da Região Hidrográfica deve realçar as acções concertadas de monitorização, de modelação, de estudo e investigação previstas para este ciclo de planeamento, porque estas medidas são essenciais para mitigar as lacunas de conhecimento e permitir desenhar, no 3.º ciclo de planeamento, um programa de medidas mais adequado.

4. Fomentar uma platafor-

ma institucional alargada de todas as partes interessadas, cujo acesso não deve ser restrito apenas às medidas pelas quais as partes são responsáveis.

5. É inadiável reflectir sobre as medidas que se têm arrastado no tempo, nomeadamente a nível nacional e com a Espanha, no âmbito da Cooperação Transfronteiriça, para a salvaguarda da manutenção de caudais ecológicos, em tempo oportuno, de modo a prevenir convenientemente o combate à poluição no Rio Tejo, em prol de um desenvolvimento sustentável da indús-

tria, do turismo da natureza e do usufruto dos rios pelas populações.

Estas e outras matérias foram abordadas pelos especialistas convidados durante o programa temático anunciado, cujo relatório e conclusões foram divulgados no Notícias do Mar do mês de Agosto de 2016.

O Programa Temático desta Conferência foi o seguinte: Parte da manhã - Mesa de Abertura – Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova

Tagus Vivan
Crónica Carlos Salgado
Rio Tejo, a maior artéria da Peninsula Ibérica

da Barquinha, Fernando Freire, e o Presidente da Tagus Vivan, Carlos Salgado, que após saudarem os participantes presentes no auditório, dissertaram sobre a importância desta Conferência para a futura sustentabilidade do Rio Tejo, sob a perspectiva de cada uma das entidades que estavam a representar, e a partir daí deu-se início aos trabalhos do programa dos quais faremos os nossos comentários, genericamente, sobre as intervenções produzidas.

Mesa 1. - A Importância do Tejo – Moderador António Marques (Ex-Gestor do Programa Valtejo) e os oradores Júlia Amorim, Presidente da Câmara Municipal de Constância; Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação e Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha; Mesa 2. – Gestão dos Centros Produtores e a Protecção Civil –Moderador Luís Santos (Biólogo/ IPT) e os oradores Carlos Rosário (ex- Director do Centro de Produção Tejo-Mondego da EDP), e Elsa Costa (Divisão de Riscos e Ordenamento da ANProtecção Civil).

Parte da Tarde – A Monitorização Internacional, a Qualidade das Massas de Água Transnacionais e a Problemática dos Caudais Ecológicos – Moderador José Alho (Biólogo) e os oradores Nuno Lacasta, Presidente da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, Pedro Serra, Especialista em Recursos Hídricos e Paulo Constantino – Membro do Protejo.

É digno de registo que todas as matérias do programa, que à partida eram já por si bastante pertinentes, as intervenções produzidas pelos especialistas terem sido, para além de bastante esclarecedoras, de uma qualidade superior o que leva a considerá-la um contributo dos mais válidos para a prossecução

do objectivo para que o Ciclo de Conferências foi programado, como os caros leitores constatarão nos relatórios e conclusões que vão ser publicados no Notícias do Mar em Agosto próximo.

De registar também, que esta Conferência para além de ter contado com um número superior a setenta participantes, entre especialistas, técnicos, cientistas e gestores, membros de ONGs regionais

e nacionais, os Presidentes dos Municípios de Constância, Mação e V. N. da Barquinha durante todos os trabalhos acima referidos, e de altas patentes, nomeadamente o Major-General Carlos Perestrelo, Comandante da Brigada de Reacção Rápida acompanhado pelo Major Misseno Marques, o Almirante José Bastos Saldanha, Presidente da Marinha do Tejo e da Candidatura Tagus Universalis, o

Coronel José Manuel Pires, Comandante do Regimento de Infantaria n.º 1, e o Comandante do CDOS de Santarém da Protecção Civil, Mário Silvestre.

Foi digno de registo o facto do Senhor Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins ter aparecido na Conferência com uma hora de antecedência do Encerramento para que estava convidado, interessado no acompanhamento dos tra-

Sessão de Abertura da Conferência – da esq.» dir. – Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivan, e Dr. Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de V.N. Barquinha
Mesa 1- da esq.» dir. - Dr. Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação, Dr. Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de V. N.Barqquinha, Eng. António Marques, Moderador, e Dr.ª Júlia Amorim, Presidente da Câmara Municipal de Constância.

Mesa 3 – da esq. » drir. – Eng. Pedro Serra, Especialista em Recursos Hídricos, Dr. Nuno Lacasta, Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Dr. José Alho, Moderador, Paulo Constantino, Representante do Movimento Protejo

balhos em curso, que atentamente foi tomando notas.

Após o debate final, bastante

vivo, presenciado pelo Secretário de Estado e pela Presidente da Comunidade Intermunicipal

A Conferência registou uma participação evidente

do Médio Tejo (CIMT), Maria do Céu Albuquerque, também Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, seguiu-se o Sessão de Encerramento na

Mesa de Encerramento da Conferência – da esq. » dir. –Secretário de Estado do Ambiente, Eng. Carlos Martins, Dr.ª Maria do Céu Albuquerque, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e da Câmara Municipal de Abrantes, e o Dr. Fernando Freire, Presiente da Câmara Municipal de V.N. Barquinha

qual discursaram a Presidente da CIMT que para além de ter realçado os atributos e valores do rio Tejo para a Região e para o País, felicitou a Tagus Vivan pela iniciativa de diagnosticar regionalmente os problemas do nosso Tejo e de promover um Congresso para avaliar, ponderar e encontrar soluções que contribuam para a tomada das medidas mais adequadas para solucionar os problemas do rio Tejo. O Senhor Secretário de Estado do Ambiente, no seu discurso louvou a iniciativa da realização desta Conferência, afirmou ter registado com agrado o que ouviu durante o tempo em que assistiu aos trabalhos e garantiu que este governo está determinado a dar andamento à resolução do problema da insuficiência dos caudais ecológicos, não obstante considerar que se trata de uma situação muito complexa porque tem de ser partilhada com a vizinha Espanha, e porque está relacionado com o plano fluvial das barragens. Referiu também que o trabalho cívico das ONGs é um contributo importante para o governo estar mais informado e poder tomar as medidas adequadas para a solução dos problemas em causa.

À despedida o Senhor Secretário de Estado dirigiu-senos para cumprimentar-nos e felicitar-nos pela nossa iniciativa, e deixou-nos uma palavra de incentivo para prosseguirmos.

Para que o Tejo volte a ser um rio vivo e vivido

O Tejo a Pé

Tejo Andando & Conversando

Na manhã fria de dezembro o Tejo proporcionou uma excelente conversa a caminhar

Neste frio domingo de 15 de dezembro o Tejo a pé andou em casa, à beirario, como tantas outras vezes.

Como sempre acontece, mas desta vez mais explicitamente, a proposta era andar e conversar sobre o rio. Assim foi, até porque afortunadamente houve a presença de pessoas conhecedoras do Tejo. Na verdade, entre outros, o Miguel Santos partilhou saberes e histórias fantásticas de navegação. Andando e conversando assim fomos acompanhando o rio no seu caminho até encontrar o Atlântico. Pela hora do almoço, habitual no Tejo a pé, estávamos na Fundação

Com a Vera Cruz como cenário o Miguel Santos partilhou muito saber

Champalimaud, que melhor cenário? Um privilegiado anfiteatro sobre o rio. Uma fabulosa construção que só valoriza o Tejo, um excelente exemplo em que se evidência na perfeição a compatibilização entre o Homem e a Natureza. Mais um pouco, na longa reta de Algés, o Tejo fica mais natural, quase nos esquece-

mos que estamos na cidade, aqui já Oeiras. Passado o Jamor, sempre com boa conversa, foi um instante até chegarmos a Caxias. Aqui, entre todos, resolvemos terminar, não sem antes combinarmos que em dezembro voltamos a caminhar à beira Tejo a partir de Caxias, é imperdível, marque já na sua agenda.

Assim é o Tejo a pé; um grupo informal de amigos que se junta, desde há 18 anos, uma vez por mês, para caminhar

no campo, ou na cidade, cada vez mais um passeio tertuliante. Para participar basta enviar um email: cupeto@uevora.pt

Legendas para quê?

Texto Carlos Cupeto Fotografia Ana Vitorino, Miguel Santos, Carlos Cupeto
Que luxo de cenário para almoçar (ed. Champalimaud)
O Ganso do Egito “voou” do Nilo ao Tejo onde encontrou a sua nova casa
A fotografia de família no magnífico edifício Champalimaud

Notícias Nautel

A Nova Série Multifunções

Humminbird XPLORE™

A Humminbird anunciou a sua nova série de ecrãs multifunção, XPLORE™. Disponíveis em três tamanhos, 9,10 e 12 polgadas, são compatíveis com um leque variado de produtos da Humminbird e com ligação a inúmeros periféricos.

Anova série Humminbird XPLORE™ é uma combinação de GPS/Chartplotter/Sonda/ Sonar com ecrã táctil e teclado, e que vem substituir a série SOLIX e parte da série HELIX (da 8 à 15).

Permite ligação a inúmeros

periféricos como antena de radar, AIS, rede NMEA2000, múltiplas estações, controlo de som KICKER etc.

Está disponível em três tamanhos de ecrã: 9 polegadas (resolução de 1280 x 800 pixéis) 10 polegadas (resolução de

1280 x 800 pixéis) 12 polegadas (resolução de 1280 x 800 pixels)

Ecrã táctil: Seguindo os passos das SOLIX, a série XPLORE™ possui um ecrã táctil. Esta funcionalidade proporciona uma experiência de

utilizador mais intuitiva e interativa. A velocidade de resposta a cada comando é extremamente elevada, superando as SOLIX e APEX. Para quem aprecie mais usar o teclado convencional as unidades contêm também este bloco de controlo. O suporte dos diversos ecrãs são iguais, apenas diferindo na altura, logo trazendo flexibilidade às instalações.

Novos Transdutores Mega Side Imaging+ e Mega Down Imaging+: Embora os XPLORE™ ainda sejam capazes de operar a 800kHz, os transdutores fornecidos com as XPLORE™ já não incluem a frequência de 800kHz. Esta frequência era raramente utilizada porque em águas profundas os 455kHz são essenciais (nos sonares laterais e verticais), enquanto em águas pouco profundas as mega-

frequências são imbatíveis. A potência máxima de transmissão do XPLORE™ mantémse nos 500W, máximo, como nas HELIX e SOLIX. Pode dar 1Kw quando ligado a transdutores desta potência.

Continua também a ser possível ligar a transdutores de 50/200KHz (para maior profundidade: 700m) em sonda convencional a côres, e a toda a gama CHIRP de transdutores Airmar, de 1Kw.

Através de cabo adaptador os ecrãs da série poderão ligar a transdutores da série HELIX e anteriores.

Compatibilidade de software e conectividade: A série XPLORE™ utiliza o mesmo software que a série Apex™ e beneficia dos mesmos conectores, garantindo maior robustez e fiabilidade. Duas portas microSD (para carta Navionics, ou Autochart-Mapear fundos/batimetria, ou salvar dados) estão presentes na parte frontal.

Rede: Os XPLORE™ podem ser ligados em rede com os modelos SOLIX™ G3 e APEX™, proporcionando uma grande flexibilidade e integração para os utilizadores. Os componentes de rede incluem WiFi, Bluetooth e uma porta Ethernet.

Faça parceria com os melhores motores

Faça com que pareça fácil na água ao combinar o XPLORE™ com um motor elétrico Minn Kota®. Ligam-se facilmente através da One-Boat Network®, desbloqueando o acesso fácil a modos avançados de navegação GPS diretamente no localizador de peixe. Outra grande capacidade, exclusiva, é a de poder comandar os motores Minnkota® de Proa (Âncora Eletrónica/SpotLock), através de réplica gráfica do comando de mão dos motores, e pôlos a seguir os pontos e rotas,

e batimetria, assim como colocar em modo de piloto automático. Tudo na base do protocolo One-Boat Network®, que se estende a uma App gratuita One-Boat Network®, permitindo modos favoritos dos pescadores, como SpotLock®, Drift, Follow e Dodge.

XPLORE™ a pesca

Vá do zero à pesca num instante. A série XPLORE™ dispara para entusiasmar e nunca erra com uma interface mais inteligente, rápida e fácil de utilizar, alimentada por um processador quad-core. Oferece acesso rápido a tudo através de um ecrã tátil extremamente rápido e atalhos para as suas ferramentas e tecnologias favoritas. Tempo de encontrar peixe, mais rápido do que nunca. Mantenha um arsenal completo de pontos de pesca sempre ao alcance. Apresentando uma forma totalmente nova de armazenar, organizar e partilhar os seus pontos de passagem. O sistema de gestão de pontos de referência baseado na nuvem da XPLORE™ permite armazenar mais de 10.000 pontos e sincronizar os dados com o seu telefone através da aplicação One-Boat Network®. Marque pontos de passagem com novas cores e ícones personalizáveis para identificar facilmente os seus

pontos de interesse e chegar aos seus locais de pesca favoritos.

Acompanhe

Toda a Ação com o MEGA Live 2 O XPLORE™ foi concebido para o novíssimo MEGA Live 2. A clareza e os detalhes ca-

racterísticos do Humminbird dão mais um passo em frente na mais recente iteração do sonar frontal com ruído reduzido, seguimento de amostras melhorado e estabilidade de imagem. Agora, é mais fácil do que nunca assistir aos seus melhores momentos a acontecer.

Notícias Nautel

MegaLive 2.0 O sonar em Tempo Real Humminbird

Outra novidade da Humminbird é o transdutor de sonar Mega Live, sonar em tempo real, que foi atualizado para a versão 2.0, trazendo com isso melhorias significativas.

OMEGA Live 2.0 é um transdutor de sonar ao vivo que proporciona uma clareza melhorada e vívida dos peixes e das estruturas. Está montado num eixo de motor elétrico e oferece três modos de visualização: para a frente, para baixo e paisagem. É compatível com todos os modelos Humminbird APEX, SOLIX G3 e XPLORE e motores elétricos Minn Kota. Veja peixes e estruturas em tempo real. Sem lacunas na cobertura do sonar, alimentado pelos detalhes e clareza inigualáveis do MEGA

Imaging® em toda a visualização do sonar.

Para visualizar tudo o que está dentro, fora e à volta do seu barco com sonar ao vivo. Escolha entre vários modos de visualização: Para a frente, Para baixo e Paisagem. Seguimento dinâmico de amostras artificiais com detalhes MEGA Imaging® e um ângulo de cone de sonar otimizado, proporcionando uma ampla cobertura de sonar sem sacrificar a capacidade de precisão de atingir peixes individuais.

Melhorias da versão 2.0: 1. Novos componentes eletrónicos e novo design: Tudo foi revisto para oferecer um desempenho superior, incluindo um novo design e componentes eletrónicos atualizados. É

adequado para utilização também no mar.

2. Novos Modos de Pesquisa: Quatro possibilidades de funcionamento e visualização do sonar em tempo real.

Para baixo: verem-se imagens detalhadas da estrutura e dos peixes a nadar abaixo do barco.

Para a frente: fazer pesquisa à distância para localizar e ver obstáculos e o isco a vários metros do barco.

Modo Paisagem: Visão ampla para recolher informação em redor do barco em águas pouco profundas.

Águas Abertas: Para ser utilizado na pesca pelágica, este modo centra-se na localização de peixes entre duas águas.

3. Alcance superior: Com este novo modo denominado “Open Water”, a sonda Mega Live 2 proporciona um maior alcance até 50m, permitindo uma melhor visualização das amostras no ecrã, mesmo à distância.

4. Compatibilidade: Apenas as séries Xplore, Solix G3 e Apex terão capacidade sufi-

ciente para operar esta nova sonda que, na ausência de caixa negra, requer um processador com elevada capacidade computacional. O ML2 é fornecido com acessórios de fixação e cabos.

Visão mais clara da água

Feedback de sonar em tempo real com imagens refinadas, proporcionando visões mais claras de peixes, estruturas e iscos.

Visão estável quando se torna difícil

A estabilidade melhorada minimiza o ruído e garante um desempenho consistente mesmo em condições desafiantes. Identifique rapidamente os seus alvos

Distinção precisa entre peixes individuais, isco e cobertura subaquática, ajudando os pescadores a identificar rapidamente os principais alvos. Observe a sua isca em tempo real

Monitorize os movimentos das iscas com uma clareza excecional, facilitando a monitori-

zação das reações dos peixes e o ajuste das táticas em conformidade.

Veja peixes em cores vivas 15 paletas de cores otimizadas, cada uma concebida para melhorar a visibilidade em diferentes condições de água e luz. Visualização versátil Modos para a frente, para baixo e paisagem para digitalizar diferentes áreas em redor do barco. O TargetBoost melhora os seus retornos, fazendo com que os peixes e amostras suspensas se destaquem em

situações de águas abertas. Plug-and-play com o seu Minn Kota

A montagem do MEGA Live 2 está mais fácil do que nunca, oferecendo opções de montagem que incluem o posicionamento em ambos os lados de um motor elétrico Minn Kota Ultrex.

Desempenho poderoso Integra-se com os modelos APEX, XPLORE e SOLIX G3, garantindo um desempenho de alto nível em todos os sistemas de localização de peixes premium da Humminbird.

O Peixe Branco

Continua na Vanguarda do Mercado

Portugal conta com uma longa tradição no consumo de pescado branco. O consumo destas espécies com o Selo Azul MSC teve uma evolução notável, representando hoje a principal oferta a nível nacional desta proteína sustentável.

As pescarias de peixe branco, incluindo o bacalhau, a pescada, o paloco e a arinca

(peixes do tipo do bacalhau), permanecem na vanguarda do mercado de produtos do mar sustentáveis. No final

de 2023, quase três quartos das capturas mundiais de peixe branco estavam incluídas no programa de produ-

tos do mar sustentáveis do Marine Stewardship Council (MSC).

O paloco e o bacalhau estão entre as dez espécies marinhas selvagens capturadas com os maiores desembarques em 2021, o último ano para o qual existem dados disponíveis da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). De acordo com a FAO, o paloco representa 3,4 milhões de toneladas da produção total da pesca selvagem.

O peixe branco continua na vanguarda do mercado dos produtos do mar sustentáveis MSC Em 2023-24, mais de 550 000 toneladas métricas de produtos à base de peixe branco com o selo do MSC foram Bacalhau

vendidas em todo o mundo, de acordo com o MSC, que publica o seu Relatório Anual do Peixe Branco Sustentável (Sustainable Whitefish Yearbook). A maior parte do peixe branco com o selo azul do MSC é congelado, mas também inclui peixe refrigerado, surimi, refeições prontas e peixe vendido em peixarias ou em restaurantes.

Portugal lidera Europa em consumo de pescado, mas sustentabilidade ainda é desafio

Portugal lidera o consumo de pescado na europa com 56,5 Kg de peixe per capita (EUMOFA 2023). O elevado consumo deve-se em grande parte às espécies de peixe branco, algo já há interiorizado na dieta portuguesa e que revela a importância do consumo deste tipo de pescado, caracterizado como altamente proteico e baixo teor de gorduras.

O peixe branco é o maior grupo de espécies no programa do MSC, representando 40% do total de capturas. As pescarias de peixe branco estão entre as pescarias certificadas mais antigas, muitas das quais estão envolvidas no programa do MSC há mais de duas décadas. O seu compromisso com o MSC criou a base sobre a qual foi construído o mercado global de pescado capturado de forma sustentável.

O MSC foi criado como um programa de pesca sustentável orientado para o mercado, com o objetivo de impulsionar a mudança na água e resol-

ver o problema da sobrepesca através do envolvimento dos consumidores e da cadeia de abastecimento. O Relatório Anual do Peixe Branco Sustentável mostra o trabalho árduo das pescarias para fazer progressos e o impacto

da certificação MSC nos oceanos, nos mercados e nas comunidades em todo o mundo. Também traça o perfil das marcas líderes que utilizam produtos com o selo do MSC para promover o crescimento a nível global e satisfazer as

Arinca
Bacalhau
Pescada
Arinca

expectativas dos consumidores no que respeita à oferta de produtos do mar sustentáveis.

Nicolas Guichoux, o Chief Program Officer da MSC, afirmou: “O crescimento constante e sustentado da oferta de peixe branco com certificação MSC é um testemunho do forte desejo dos nossos parceiros em demonstrar a sustentabilidade das suas pescarias através do programa do MSC. Orgulhamo-nos de trabalhar com algumas das pescarias de peixe branco mais bem geridas do mundo, que

ajudaram a transformar a cadeia de abastecimento de peixe branco e a preservar as unidades populacionais deste peixe extremamente popular para os consumidores atuais e futuros.”

Análise do Mercado Nacional de Peixe Branco em Portugal. O mercado português de peixe branco demonstra uma evolução significativa em direção à sustentabilidade, com um aumento notável no consumo de espécies certificadas com o Selo Azul MSC. Portugal lidera o consumo de pescado na

Europa, com 56,5 kg per capita, sendo o peixe branco uma parte crucial da dieta nacional. Mais de 15.000 toneladas de peixe branco certificado MSC foram comercializadas entre abril de 2023 e março de 2024, distribuídas por 45 marcas. Os produtos congelados dominam o mercado (91,2% do volume), seguidos pelo peixe salgado seco e surimi. Grandes retalhistas como Lidl, Continente e ALDI adotaram políticas de compra sustentável, enquanto marcas como Riberalves e Iglo expandiram suas ofertas certificadas. O bacalhau é a espécie MSC

mais exportada, principalmente para o Brasil, Luxemburgo, França e Espanha. Apesar do progresso, há uma necessidade contínua de aumentar a oferta de pescado sustentável para atender à crescente preocupação dos consumidores com a saúde dos oceanos.

Impactos da certificação MSC para uma pesca sustentável.

O relatório anual descreve algumas das pescarias de peixe branco de longa data no Programa do MSC, incluindo a pescaria de bacalhau do Pacífico no Mar de Bering e nas Ilhas Aleutas, parte da qual se tornou a 13.ª pescaria do programa do MSC a ser certificada em fevereiro de 2006. A sua gestão dinâmica das pescas ajudou-a a responder ao declínio das unidades populacionais de peixes causada pelas ondas de calor marítimas em 2020. As unidades populacionais recuperaram rapidamente. Também apresenta a pescaria de peixe-lapa da Islândia, com certificação MSC, que utilizou aplicações móveis para o registo de diários de bordo, encerrou determinadas zonas de pesca, implementou proibições de capturas e aumentou o número de observadores nas embarcações, a fim de reduzir significativamente as capturas acessórias, ou seja, outras espécies marinhas capturadas acidentalmente.

Notícias dos Açores

Reforço Ligações Interilhas

Marítimas Comerciais

Transportadora GSLines

O Governo dos Açores reforça ligações marítimas comerciais interilhas para fortalecer o mercado interno.

ASecretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, acaba de assinar, com os armadores que operam nos portos dos Açores, um memorando de entendimento, de acordo com o qual, se intensifica as ligações marítimas comerciais interilhas.

Segundo o documento, assinado com a Portos dos Açores, Mutualista Açoreana, Transinsular e GSLines, “o modelo de transporte marítimo não pode estar baseado apenas nas ligações diretas com o exterior”, pelo que se torna “necessária uma nova abordagem de modo a fortalecer o mercado interno, tornando-o mais eficiente e capaz de gerar mais-valias para os pequenos produto-

Terminal Marítimo de Cruzeiros, PontaDelgada

res”

Foi precisamente com este objetivo que o Governo dos Açores, através da Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, encomendou um Estudo sobre o Transporte Marítimo de Mercadorias na Região, que teve a concordância genérica de uma Comissão Técnica Independente e, numa das conclusões, aponta um cenário de melhoria da coesão territorial e regional, através do aumento da frequência nas ligações das ilhas de Santa Maria e Graciosa ao Continente.

O mesmo estudo aponta, ainda, para a promoção do tráfego local, quer nas ligações interilhas, quer na articulação com os serviços de cabotagem insular, e para a introdução de medidas de eficiência no sistema portuário da Região.

Nesse âmbito, o Governo dos Açores decidiu criar as condições necessárias para viabilizar o aumento da frequência nas ligações das ilhas de Santa Maria e Graciosa ao continente, sem que tal repre-

sente um aumento dos custos de operação sobre o transporte marítimo de mercadorias e, por consequência, dos preços para os utilizadores finais, assim como para a promoção do tráfego local e para um progressivo e sustentado aumento da eficiência do sistema portuário da Região.

Posto isto, e como refere o memorando em questão, os armadores passam a incrementar, no imediato, as ligações dos serviços de cabotagem insular às ilhas de

Ilha do Faial, Porto da Horta
Porto do Carapacho na ilha Graciosa

Santa Maria e Graciosa para uma frequência semanal, salvo caso de força maior. Por seu lado, o Governo Regional, em conjunto com a Portos dos Açores, reduziu em 50% os actuais custos portuários, nomeadamente na Taxa de Uso de Porto, Amarração e Pilotagem, suportados pelos Armadores, devidos por escalas semanais dos serviços de cabotagem insular (ou subcontratados por estes) nas ilhas de Santa Maria e Graciosa.

Entretanto, o Executivo açoriano e a empresa que gere os portos regionais vão desenvolver um estudo, em conjunto com entidades especializadas nesta matéria, relativamente à viabilidade do aumento do comprimento máximo e calado de navio admitido nos portos de Vila do Porto e Praia da Graciosa. Esta é uma medida que deverá ser implementada até 30 de Junho de 2025. Ambas as entidades assumem, por outro lado, o compromisso de desenvolver um estudo quanto a possíveis reformas no modelo e gestão da operação portuária nos portos da Região Autónoma dos Açores, com objetivo de aumentar a sua eficiência e operacionalidade.

Ilha do Pico, Porto da Madalena
Porto da Praia da Vitória na lha Terceira
Porto das Lajes na Ilha das Flores

Notícias Nautiradar

Icom Apresentou o Novo IC-M510E EVO

A Evolução do IC-M510E, Avançado Rádio Fixo de VHF Marítimo, o novo ICM510E EVO oferece uma solução integrada num só modelo, carregado de funcionalidades.

AICOM anunciou recentemente o lançamento do novo IC-M510E EVO, uma evolução do já reconhecido e galardoado rádio fixo de VHF marítimo

IC-M510E. Este novo modelo oferece uma solução integrada num só modelo, carregado de funcionalidades, incluindo conetividade NMEA2000 integrada e com um altifalante de

25W bidirecional, que o eleva ao topo da tecnologia das comunicações marítimas.

O IC-M510E EVO é um rádio fixo VHF marítimo multifuncional e elegante que conta

também com uma tecnologia inovadora de operação por smartphone. O seu DSC classe D integrado proporciona uma comunicação marítima essencial, apoiando a segurança na água. A integração com a conectividade NMEA 2000™ integrada e as funções de megafone bidirecional/megafone RX melhoram ainda mais a sua experiência no mar. O controlo remoto simples através de um dispositivo inteligente permite uma experiência de comunicação a bordo sem precedentes. Além disso, o produto conta com um visor a cores, funções de navegação e um design elegante que ganhou o prémio de design iF. Pode ser utilizado em barcos de recreio, barcos de pesca, barcos à vela, bem como em salvamento.

A rede NMEA 2000™ fornece comunicação de dados

plug-and-play para interligação com outros equipamentos marítimos, como um MFD (Multi-Function Display.

Quando ligado ao altifalante opcional SP-37, pode falar com a tripulação no convés ou na costa através do microfone do rádio e ouvir qualquer resposta através do altifalante da buzina. A função de altifalante RX permite monitorizar o tráfego de rádio no convés ou na torre através do altifalante. Também pode emitir padrões de sirenes de neblina através do altifalante do megafone.

Utilize a aplicação RSM500 (para iOS™/Android™) para controlar remotamente o IC-M510E EVO através de WLAN. Até três dispositivos inteligentes podem ser utiliza-

dos como microfone sem fios ou controlo remoto simples de determinadas funções. O ICM510E EVO pode ser controlado a partir de qualquer ponto a bordo, para que possa fazer chamadas enquanto trabalha dentro da embarcação ou verifica os arredores no convés. Está também integrada uma função de intercomunicação entre os seus dispositivos inteligentes/CommandMic™ e o rádio.

Com apenas um toque no botão “DISTRESS”, o sistema DSC (Digital Selective Calling) integrado pode transmitir digitalmente informações de socorro para a Guarda Costeira e/ou outras embarcações. A função de monitorização DSC monitoriza continuamen-

te o canal DSC (canal 70) para maior segurança.

Principais

Características do IC-M510E EVO: - Controlo Rádio e Intercomunicação através do seu Smartphone: controle e comunique de forma integrada através do seu smartphone, melhorando a conveniência e flexibilidade para o utilizador; - Design Elegante e Prestigia-

do Galardão iF Design 2022: O IC-M510E EVO apresenta um design elegante que não capta apenas a atenção, mas que recebeu também o prestigiante Galardão iF Design 2022 por excelência estética; - Conetividade NMEA2000 integrada e Altifalante bidirecional de 25W: Beneficie da conveniência de conetividade NMEA2000 integrada e de um potente altifalante de 25W para uma comunicação

Controlo de rádio e intercomunicador através dos seus dispositivos inteligentes
Botão “DISTRESS”

clara em qualquer situação;

- Ecrã LCD TFT a Cores com Amplo Ângulo de Visão: O ICM510E EVO apresenta um ecrã a cores LCD TFT com um

amplo ângulo de visão, oferecendo clareza de visibilidade em todas as condições de luminosidade. Alterne facilmente entre os modos diurno/noturno

com um simples toque;

- Função Simplificada de Navegação: desfrute de uma navegação simplificada pelas diferentes funcionalidades, com os controlos e características intuitivas;

- DSC Classe D integrado e botão “Distress” para Situações de Emergência: O ICM510E EVO vem equipado com DSC Classe D para comunicação de emergência,

garantindo uma resposta rápida e eficaz em emergências;

- Recetor de AIS Integrado para Informação de Tráfego em Tempo Real: Dependendo da versão deste rádio, o IC-M510E EVO inclui um recetor de AIS que apresenta informação de tráfego de embarcações em tempo real, melhorando a consciência situacional na água;

- Recetor Integrado GNSS: O IC-M510E EVO possui um recetor de GNSS integrado, com a opção de selecionar o recetor interno ou usar a antena GNSS opcional UX-241 para uma precisão melhorada de posição;

- Proteção IP68: Com um índice de proteção IP68, o ICM510E EVO garante uma proteção contra poeira e imersão em água, capaz de suportar uma submersão até 1 metro de profundidade durante 60 minutos.

Para mais informações visite o site www.nautiradar.pt

Notícias Yamaha

Campanha 4All

Apresentamos a Campanha “4All”, a campanha para todos os clientes, para todas as utilizações e para todos os tipos de embarcações.

Prepare-se para explorar os mares com a potência Yamaha! O mar não tem limites, e agora os seus planos também não.

Campanha Yamaha Marine “4 All”: Descontos Imperdíveis para Elevar a Sua Experiência Náutica. De 15 de janeiro a 15 de junho de 2025, todas as cavalagens da Yamaha, da gama portátil ao imponente XTO, es-

tão com descontos exclusivos. É a sua oportunidade de elevar a sua experiência náutica com a líder mundial em motores marítimos.

Explore as Gamas Yamaha e Descubra o Seu Novo Motor:

Gama Portátil (2.5hp –25hp)

A escolha perfeita para quem procura motores leves, fáceis de transportar e ideais para pequenas embarcações de lazer. Simples de usar, mas sem comprometer a fiabilidade e o desempenho.

Gama Média (30hp – 80hp) Destinada a quem precisa de equilíbrio entre potência, eficiência e flexibilidade. Esta

gama adapta-se a barcos de médio porte, ideal para os navegadores mais exigentes que valorizam economia e desempenho.

Alta Performance (90hp –200hp)

Precisão e potência que se destacam. Estes motores são o coração de embarcações maiores, oferecendo robustez

Gama Portátil, Yamaha 20Hp
Gama Média, Yamaha 70Hp

e confiança para quem adora explorar o mar em busca da próxima aventura ou daquela pesca épica.

Gama Premium (225hp –450hp)

Prepare-se para a experiência máxima em navegação. Combinando tecnologia avançada e potência inigualável, esta gama inclui o lendário XTO 450hp V8, perfeito para quem não aceita nada menos do que o melhor.

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Campanha válida de 15 Janeiro a 15 de Junho, salvo rutura de stock. Aos preços apresentados deve-se acrescentar 10€+iva (para os motores fora de borda do 2,5cv ao 25cv), 20€+iva (para os motores fora de borda do 30cv ao 100cv), 30€+iva (para os motores fora de borda do 115cv ao 200cv) e 40€+iva (para os motores fora de borda do 225cv ao XTO) referente ao transporte internacional, para

entregas diretas na loja do Concessionário, válido para Portugal Continental e Arquipélagos. Os preços mencionados já incluem IVA, à taxa em vigor, atualmente de 23% e incluem o seguro de transporte desde um dos Armazéns Centrais da Yamaha Motor Europe até à loja do Concessionário. A Yamaha Motor Europe Sucursal em Portugal reserva-se o direito de alterar ou suprimir, sem aviso prévio, as caraterísticas dos seus modelos. Todos os nossos preços podem ser

Cidade de Córdova, 1 2610-038 Amadora

modificados, sem aviso prévio. A Yamaha Motor Europe Sucursal em Portugal não se responsabiliza por eventuais incorreções gráficas nas presentes tabelas informativas. Aconselhamos a contactar um Concessionário Oficial Yamaha Marine para mais informações.

Gama Premium, Yamaha XTO 450hp V8
Alta Performance, Yamaha 200Hp

Notícias da Marinha

Marinha Coordena Salvamento no Mar de 388 Pessoas em 2024

A Marinha Portuguesa, através dos Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC), registou no ano de 2024, um total de 437 ações de busca e salvamento, em que foram salvas 388 pessoas.

No Continente, ocorreram 248 ações de busca e salvamento, em que 263 pessoas foram salvas, já nos Açores houve 162 ações de busca e salvamento e 96 pessoas sal-

vas e na Madeira registou-se um total de 27 ações e de 29 pessoas salvas.

Em dezembro, registaramse 31 ações de busca e salvamento em que foram salvas 31 pessoas.

Na área de responsabilidade do MRCC de Lisboa, foram registados 12 incidentes em que foram salvas 7 pessoas.

Na área de responsabilidade do MRCC de Ponta Delgada foram coordenadas 18 ações de busca e salvamento, tendo sido resgatadas 23 pessoas.

No Subcentro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo do Funchal foi coordenada uma ação de busca e salvamento, tendo sido resgatada uma pessoa.

Entre estas uma operação de busca e salvamento no dia 26 de dezembro, de um homem, de 76 anos de idade, que se encontrava a bordo do navio de passageiros Queen Victoria e que apresentava problemas súbitos de mobilidade.

O navio Queen Victoria, que se encontrava a navegar a 100 milhas náuticas, o equivalente a cerca de 185 km, a sudoeste do Cabo de S. Vicente, Sagres, contactou o MRCC Lisboa a informar a

O MRCC Ponta Delgada
O MRCC Lisboa
O MRCC Funchal

situação.

Avaliado o paciente, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODUMAR) determinou o resgate médico, sem urgência. A operação de busca e salvamento realizou-se em estreita coordenação com o Capitão do Porto de Cascais que, para o efeito, empenhou a lancha da Estação SalvaVidas. O resgate terminaria ao início desta manhã, cerca das 05h00, na Marina de Cascais, onde uma equipa do INEM aguardava o paciente.

Já no dia 25 de dezembro, o navio Ambience, que se encontrava a navegar a 100 milhas náuticas, cerca de 185 km, a noroeste de Lisboa contactou o MRCC Lisboa e informou que tinha a bordo um passageiro britânico a necessitar de assistência médica. Prontamente contactado, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODUMAR) determinou que a situação recomendava proceder-se a um resgate médico urgente.

O resgate ocorreu em estreita coordenação com a Força Aérea Portuguesa que, para o efeito, empenhou um helicóptero EH-101 Merlin.

O helicóptero chegou ao aeroporto de Figo Maduro pelas 14h40, onde o paciente era aguardado por uma equipa do INEM.

A 2 de Novembro o navio CANOPEE, que se encontrava a navegar a 408 milhas náuticas (756 km) a noroeste de

Ponta Delgada, informou que tinha a bordo um dos tripulantes com um deslocamento da retina, situação avaliada pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (INEM), como evacuação médica imediata.

A operação de busca e salvamento ocorreu em estreita coordenação com a Força Aérea Portuguesa, a cerca de 120 milhas náuticas (220 km) a noroeste do Porto, durante esta manhã, que para o efeito empenhou uma aeronave EH 101.

A aeronave aterrou no aeroporto Sá Carneiro, no Porto, e o paciente foi encaminhado para a unidade hospitalar.

A 25 de outubro o veleiro francês Tenacity, que se encontrava a navegar a 10 milhas náuticas, o equivalente a 8,5 km, a norte do Cabo Carvoeiro, contactou o Controlo de Tráfego Marítimo do Cabo da Roca (VTS ROCA CONTROL) que prontamente informou o MRCC Lisboa.

Contactado o Centro de Orientação de Doentes Urgentes, este determinou o resgate médico urgente que viria a ocorrer pelas 12h00, com o apoio da Capitania do Porto de Peniche, com recurso à embarcação salva-vidas Vigilante do Instituto de Socorros a Náufragos.

Após atracação, a vítima foi imobilizada na marina e encaminhada para uma unidade hospitalar.

Para o sucesso do sistema

de busca e salvamento contribuem diferentes organizações e são empenhados meios de diversas entidades nomeadamente da Marinha, da Autoridade Marítima Nacional, da Força Aérea Portuguesa (FAP) e outras entidades pertencentes à Estrutura Auxiliar do Sistema Nacional de Busca e Salvamento, em especial o Instituto Nacional de Emergência Médica – Centro de Orientação de Doente Urgentes no mar (INEM CODUMAR), os Serviços Nacionais e Regionais de Proteção Civil e Bombeiros, as Administrações Marítimas e Portuárias, o Sistema de Controlo de Tráfego Costeiro, entre outros organismos.

Realça-se, ainda, o apoio prestado pelos navios mercantes e embarcações de pesca nas ações de busca e salvamento, que se desviam das suas rotas comerciais e interrompem a sua atividade profissional para prestarem o auxílio necessário, sempre coordenados pelos Centros Nacionais - MRCC Lisboa, MRCC Funchal e MRCC Delgada.

Os Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo foram já reconhecidos nacional e internacionalmente com diversos prémios e mantém o seu zelo pela salvaguarda da vida humana no mar, 24 horas por dia, nos 365 dias do ano.

Salvamento dia 2 de Novembro no navio CANOPEE
Salvamento dia 25 de outubro no veleiro Tenacity
Salvamento dia 25 de dezembro, no navio Ambience

Notícias do Mar

Notícias da Marinha

O Novo Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, deu posse no Palácio de Belém ao novo Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, Almirante Jorge Nobre de Sousa.

OAlmirante Jorge Manuel Nobre de Sousa é, desde 27 de dezembro de 2024, o Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional.

Nascido em 1963, ingressou na Escola Naval em 1981 e foi promovido a Guarda-marinha em 1987.

Especializado em Armas Submarinas, embarcou como

Imediato nos patrulhas “Cacine” e “Cunene”, como Chefe de Serviço nas fragatas “Comandante Roberto Ivens” e “Corte-Real”, como Imediato e Oficial de Operações na corveta “Baptista de Andrade” e como Oficial de Operações na fragata “Corte-Real”. Desempenhou ainda funções no estado-maior da Força Naval Portuguesa. Na sua última comissão de embarque

Na sua última comissão de embarque comandou a fragata “Álvares Cabral”

comandou a fragata “Álvares Cabral”.

Durante as comissões de embarque integrou, no quadro da NATO, por quatro vezes a STANDING NAVAL FORCE ATLANTIC, com empenhamentos nas operações SHARP GUARD e ACTIVE ENDEAVOUR, ambas a bordo de navios-almirante, e o STANDING NATO MARITIME GROUP 1, com empenhamento na operação “OCEAN SHIELD”, enquanto flag-captain. No quadro da União da Europa Ocidental (UEO), participou na operação “SHARP VIGILANCE” e, no âmbito nacional, na operação CRUZEIRO DO SUL.

Em terra, serviu no Gabinete do Chefe do EstadoMaior da Armada, no Serviço de Informação e Relações Públicas, no Centro de Instru-

ção de Táctica Naval, sendo responsável no Gabinete de Análise Desenvolvimento e Treino pela área de luta AntiSubmarina, e no Comando Naval como Chefe da Divisão de Comunicações e Sistemas de Informação e da Divisão de Operações e, posteriormente, como Chefe do Estado-Maior. Prestou igualmente serviço na Divisão de Planeamento do Estado-Maior da Armada, como Oficial Adjunto para o Planeamento Estratégico e de Forças, e no NATO HQ Supreme Allied Command Transformation, em Norfolk, como Branch Head Operational Command and Control. Como Comodoro comandou o Corpo de Fuzileiros e, promovido a Contra-almirante, exerceu as funções de Subchefe do Estado-Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares. Como Vice-almirante exerceu as funções de Comandante Naval, de Chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares e de 2.º Comandante Operacional das Forças Armadas.

Ao longo da sua carreira, foi agraciado com a medalha da Ordem Militar de Avis, com medalhas militares de Serviços Distintos, de Mérito Militar, da Cruz Naval, de Comportamento Exemplar, com medalhas comemorativas de comissões de serviço especiais e com medalhas evocativas de operações da NATO e da UEO.

Texto e Fotografia Marinha Portuguesa
Almirante Jorge Manuel Nobre de Sousa

Notícias da Marinha

Assinatura do Regulamento das Marcas de Qualificação da Marinha Portuguesa e do Contrato de Dois Novos Navios

Reabastecedores

Navio reabastecedor de Esquadra e Logístico

No dia 17 de dezembro, realizou-se a assinatura do regulamento das Marcas de Qualificação da Marinha Portuguesa com a IdD Portugal Defence e a assinatura de dois Navios Reabastecedores de Esquadra e Logísticos, na Casa da Balança, localizada nas Instalações Centrais de Marinha, em Lisboa.

Acerimónia foi presidida pelo então Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, tendo esta-

do presentes o Presidente da IdD, Engenheiro Carlos Félix, o Professor Haluk GÖRGÜN, Secretary of Defence Industries, entre outras entidades.

As Marcas de Qualificação, promovidas pela Marinha e pela idD, distinguem produtos e tecnologias testados para utilização em ambiente ma-

rítimo ou naval, garantindo o seu desempenho e conformidade.

O antigo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, presidiu esta cerimónia

A idD Portugal Defence é uma sociedade de capitais exclusivamente públicos com tutela conjunta do Ministério da Defesa Nacional e do Ministério das Finanças que tem, entre outras missões, promover o desenvolvimento da Base Tecnológica e Industrial de Defesa, atuando como uma interface inteligente e ativo entre a Defesa e a Economia, em colaboração e explorando sinergias, com outros parceiros nacionais e internacionais. Relativamente aos dois novos navios reabastecedores de Esquadra e Logísticos, estes visam aumentar a ca-

pacidade da esquadra e o apoio logístico sustentado em missões nacionais e internacionais.

Os navios terão a capacidade de efetuar o transporte e reabastecimento no mar de unidades navais com combustível, combustível para aeronaves, água potável e carga sólida geral e munições, assim como outras funções logísticas, e caso necessário, funções hospitalares acrescidas, para apoio a catástrofes.

As principais características dos navios são 137 metros de comprimento, 11 000 toneladas de deslocamento e velocidade máxima superior a 18 nós, propulsão híbrida (diesel e elétrica), capacidade de ter uma guarnição de 50 militares com alojamento extra guarnição para 50 elementos e alojamento temporário para mais de 100 elementos.

Projetados para atender da melhor forma aos objetivos estratégicos e requisitos operacionais da Marinha Portuguesa, os navios contarão com um design único, capaz de realizar projeção de forças conjuntas, operações anfíbias e funções de reabastecimento no mar.

Sob a liderança da STM, dois Navios Reabastecedores de Esquadra e Logísticos (NRE+) projetados para a Marinha Portuguesa serão cons-

truídos na Turquia. É a primeira exportação de uma plataforma naval da Turquia para um país membro da União Europeia (UE) e da OTAN.

A entrega dos navios à Marinha está prevista ocorrer em 2028.

Navio Reabastecedor de Esquadra e Logístico

O Navio Reabastecedor de Esquadra e Logístico (NRE+), conhecido internacionalmente como Auxiliary Oiler Replenisher and Logistics Ship (AOR+), é uma embarcação multifuncional de apoio projetada com casco deslocante do tipo monocasco e estrutura

A entrega dos navios à Marinha está prevista para 2028

de duplo casco. A sua missão é fornecer suporte logístico às plataformas navais no mar, tanto em carga seca quanto líquida, durante tempos de paz e de guerra.

Comparados a outros na-

vios similares, essas embarcações oferecerão maior velocidade e capacidade de carga, além de fornecer suporte logístico e capacidades de comando e controle para operações conjuntas.

Os navios contarão com um design único

Equipados com um Sistema Integrado de Comunicações (ICS), os navios permitirão uma coordenação avançada

da frota, por meio de recursos modernos de comando e controle.

As embarcações contarão

com configurações avançadas de sensores e sistemas de armas, projetadas para todos os principais tipos de guerra naval, com ênfase especial na Guerra Antiaérea (AAW).

Em conformidade com normas e padrões navais internacionalmente reconhecidos, a plataforma será equipada com um Sistema de Propulsão Diesel-CPP com Motor Elétrico (PTI/PTO), garantindo eficiência operacional e desempenho superior.

Dimensões Principais

- Comprimento Total (LOA):

Fornecer suporte logístico às plataformas navais no mar

137,06 m

- Comprimento na Linha d’Água (LWL): 128,76 m

- Boca (B): 19,10 m

- Calado de Projeto (TDESIGN): 6,70 m

- Deslocamento (Δ): 11.000 toneladas

Características Gerais

- Velocidade Máxima com Propulsão a Diesel: 18+ nós

- Velocidade Máxima com Propulsão Elétrica: 6+ nós

- Velocidade de Cruzeiro: 14 nós

- Alcance: 14.000+ milhas náuticas a 14 nós

- Autonomia: 90 dias

- Tripulação: 50 pessoas, Acomodações para 50 pessoas adicionais, Acomodações temporárias para 100 passageiros

Capacidades de Carga

- F-76 (Combustível Diesel): 4.000 m³

- F-44 (Combustível de Aviação): 350 m³

- Água Potável: 650 m³

- Carga Geral: 700 m³

- Contêineres: 6 x 20 pés

- Óleo Lubrificante: 50 – 60 barris

- Barril de Gasolina: 4 x 2,5 m³

- Munições: +

A maquete do navio reabastecedor de Esquadra e Logístico
Capacidade de carga e transporte elevada

Capítulo Perfeito powered by Billabong

A Derradeira Despedida de Saca Acontece no Capítulo Perfeito

A Lenda do Surf Nacional vai Inaugurar a Final, a derradeira despedida de Tiago “Saca” Pires vai acontecer na 11ª edição do Capítulo Perfeito powered by Billabong.

OCapítulo Perfeito powered by Billabong, competição internacional de surf que reúne

anualmente os melhores surfistas nacionais e internacionais, especialistas em tubos, no melhor dia de ondas do

inverno português, vai prestar uma homenagem especial a Tiago “Saca” Pires, uma das maiores lendas do surf portu-

Uma homenagem especial a Tiago Pires, uma das maiores lendas do surf português

guês e um nome incontornável na história do evento. A iniciativa será realizada durante a final da 11ª edição, assinalando o encerramento oficial da carreira competitiva do surfista. Saca, que foi o primeiro surfista português a aceder ao Championship Tour da WSL, foi também o grande vencedor da primeira edição do Capítulo Perfeito, em 2012, sendo reconhecido pela sua mestria nos tubos tanto em competição como no free surf. A sua carreira nos circuitos profissionais foi pautada por performances brilhantes que reforçaram a sua reputação internacional de tuberider, com destaque para as notas 10 (pontuação máxima) alcançadas em Pipeline (Monster Energy Pro, 2005) e em Teahupoo (Billabong Pro Tahiti, 2008). Entre

Tiago “Saca” Pires

as suas melhores prestações em ondas tubulares, conta-se também o histórico 3º lugar alcançado no Rip Curl Pro Search de 2008, em Bali, onde dominou os tubos de Uluwatu eliminando pelo caminho nomes sonantes do surf mundial, como Kelly Slater.

Já no free surf, Tiago sempre mostrou um apetite especial por desbravar ondas inexploradas, pesadas e tubulares. Em 2005, foi um dos primeiros surfistas a fazer towin na Nazaré e, antes disso, já tinha sido um dos primeiros a surfar a tenebrosa onda da Cave, considerada uma das mais perigosas do mundo.

Depois de ter anunciado a sua retirada dos circuitos profissionais em 2016, Tiago manteve algumas participações excecionais em eventos especiais, com destaque para o Capítulo Perfeito powered by Billabong. No dia do evento, terá a honra de inaugurar a final, juntandose aos quatro finalistas no lineup para apanhar a primeira onda e dar início ao heat decisivo. Este momento simbólico celebra não só o seu contributo para o surf português, mas também a sua ligação especial ao Capítulo Perfeito, onde, além do título conquistado, protagonizou performances memoráveis e foi distinguido com o troféu Ricardo dos Santos Atitude em 2015.

Para Rui Costa, organizador do Capítulo Perfeito, “Homenagear o Saca nesta edi-

Fotografia: Andre Carvalho
Fotografia: Miguel Soares
É um nome incontornável na história do Capítulo Perfeito
Saca, foi o primeiro surfista português

ção é reconhecer o impacto que ele teve no surf nacional e internacional, e na própria essência do Capítulo Perfeito. Ele é um exemplo de dedicação, talento e coragem, qualidades que queremos sempre enaltecer no nosso evento.”

Sobre o Capítulo Perfeito

O Capítulo Perfeito é um campeonato internacional de surf que reúne anualmente os me-

lhores surfistas nacionais e internacionais, especialistas em tubos, no melhor dia de surf do inverno português. Inserindose na categoria de specialty events, a prova tem como premissa realizar-se estritamente em condições consideradas

perfeitas: ondas grandes e tubulares, o ex-libris da modalidade. Nesta competição especial só os tubos (manobra-rainha do surf) são pontuados, não sendo considerada nenhuma outra manobra para o score dos competidores.

O Capítulo Perfeito tem um período de espera de dois meses entre janeiro e março, sendo que o alerta para a realização da prova é dado com apenas 72 horas de antecedência, após um acompanhamento e apreciação detalhados das previsões do mar e da atmosfera. Desta forma, a organização assegura a realização do campeonato num só dia de ondas perfeitas, proporcionando aos fãs do surf o espetáculo mais aguardado da temporada: os melhores surfistas nas melhores ondas.

O Capítulo Perfeito é um evento móvel que, ao longo dos anos, tem tido lugar em

Foi o grande vencedor da primeira edição do Capítulo Perfeito, em 2012

diferentes praias do país, todas elas reconhecidas internacionalmente pela qualidade das suas ondas, como são os casos da praia de Supertubos em Peniche (2012 e 2013), praia do Norte na Nazaré (2016 e 2017/2018) e praia de Carcavelos em Cascais (2014, 2015, 2019/2020, 2022, 2023, 2024). Em 2025, a prova terá novamente lugar em Carcavelos, onde celebrará a sua 11ª edição, num período de espera que se estenderá de 11 de janeiro a 11 de março.

Entre as meias-finais e a final da 11ª edição, realizarse-á o Special Women Heat, um side event que vai reunir algumas das melhores surfistas portuguesas.

Surfers

List - Total

De 16 Atletas

● Aritz Aranburu (ESP)

● Balaram Stack (EUA)

● Bruno Santos (BRA)

● Clay Marzo (HAV)

● Craig Anderson (AUS)

● João Guedes (PT)

● João Maria Mendonça (PT)

● Miguel Blanco (PT)

● Nic von Rupp (PT)

● Noa Deane (AUS)

● Noah Beschen (HAV)

● Pedro Boonman (PT)

● Rob Machado (EUA)

● Santiago Graça (PT)

● Tiago Stock (PT)

● Wildcard Performance (A anunciar)

Surfistas Portugueses

Substitutos (Por ordem)

● Guilherme Fonseca

● Martim Carrasco

● Martim Fortes

● Guilherme Ribeiro

● António Cardoso

● Luís Perloiro

Women Special Heat

● Camila Cardoso

● Francisca Veselko

● Mafalda Lopes

● Yolanda Hopkins

Um exemplo de dedicação, talento e coragem
Fotografia: Nuno Cardoso
Fotografia: Pedro Mestre

Notícias

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Notícias Transinsular

Transinsular Reforça Capacidade Transporte para Cabo Verde

A Transinsular, empresa do Grupo ETE, introduz a partir do dia 23 de Janeiro o Navio Ponta do Sol em conjunto com o navio Lagoa, na rota Cabo Verde / Portugal Continental, aumentando significativamente a capacidade de transporte para 420 TEUS.

Com esta nova oferta do serviço Cabo Verde Expresso – agora designado a capacidade de transporte nas ligações marítimas regulares e diretas desde Portugal para Cabo Verde (Praia, Mindelo, Sal e Boavista), continuando o melhor tempo de transito do mercado a nível internacional e a assegurar a distribuição regular e eficiente inter-ilhas no arquipélago.

- Melhor tempo de transito no mercado, ligando Portugal a Cabo Verde em 6 dias.

- Único armador a realizar um serviço direto sem transbordo para as ilhas do Sal e Boavista (Portos de Palmeira e Sal Rei).

- Fiabilidade e previsibilidade a cada 10 dias.

- Único armador com serviço regular que manuseia carga geral até 65 toneladas /unidade.

- Capacidade de Transporte de Carga de Projeto, Carga Especial, Carga Geral e Viaturas.

- Rotação diferenciada para atender às necessidades do mercado (permitindo escalas adicionais).

- Serviço com navios de bandeira cabo-verdiana, equipamentos e tripulações próprias (e locais).

- Agências próprias nos principais portos de Cabo Verde (Sal, Boavista, Praia e Mindelo).

Com uma taxa de cumprimento de itinerário superior a 95 % e com o menor tempo de transito do mercado entre Por-

tugal e Cabo Verde – 6 dias - o serviço Cabo Verde Expresso, assegura as ligações marítimas diretas (sem transbordo) entre estes dois países, nomeadamente aos principais portos de Cabo Verde (Sal, Boavista, Praia e Mindelo).

Com agências próprias e equipas especializadas nesses portos, a Transinsular, aproveita sinergias com ou-

tras empresas do GRUPO ETE para oferecer soluções integradas aos seus clientes. Esses serviços combinam transporte marítimo e logística internacional com cabotagem nacional (entre ilhas), assegurando assim o fluxo normal do abastecimento contínuo das populações e dos agentes económicos do arquipélago. Cristiano Sampaio, atual Diretor Comercial da Transinsular, relembra ainda que “os mais de 30 anos de existência da Transinsular a operar no mercado de Cabo Verde, são prova de um contributo fundamental que a empresa representa para a economia do país, sobretudo para o equilíbrio da sua balança comercial (exportações e importaçõ-es). A atualização do já existente Serviço Cabo Verde Expresso para uma nova versão com maior capacidade de transporte, reflete o compromisso da Transinsular em melhorar continuamente os seus serviços e atender às crescentes necessidades dos seus clientes.”

Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com - Tlm:91 964 28 00

Editor: João Carlos Reis - joao.reis@noticiasdomar.pt - Tlm: 93 512 13 22

Publicidade: publicidade@noticiasdomar.pt

Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com

Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia

Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, André Santos, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing

Navio Ponta do Sol

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