Pescador para o Mar
O semi-rígido Hydrosport RIB COACH, com 6,06 metros de comprimento, construído pelo estaleiro nacional Hydrosport Performances RIBs, devido às suas características e dimensões de 6 metros no comprimento, é o barco ideal para os pescadores no mar, pesca submarina no litoral e também para apoio as escolas de vela.
Como característica principal, o Hydrosport RIB COACH tem o casco Hydrosport RIB, em V extremamente profundo da proa à popa, onde termina com um ângulo de 24 graus. Tem lateralmente “steps”, cortes nos robaletes formando pequenas rampas, que facilitam a formação de bolhas de ar, que ajudam a reduzir o atrito e o barco descola muito melhor da água. O casco tem também à proa e a meio, um pequeno ressalto que se desenvolve como plano de estabilidade lateral, Steps que ajudam a reduzir o atrito e o barco descola muito melhor da água
formando um pequeno túnel no início e largo à popa. Um dos efeitos deste túnel é ajudar a deflectir bem a água para fora e não salpicar para dentro.
Em virtude dos Hydrosport RIB disporem destes cascos especiais que dão grandes performances, as potências dos motores são aconselhadas mais reduzidas. No que respeita ao consumo, graças aos cascos, os barcos precisam de 15-30% menos combustível do que os cascos convencionais, para percorrer a mesma distância na mesma velocidade.
Os Hydrosport RIB, têm os cascos construídos em Poliester reforçado com fibra de vidro e os tubos são fabricados em Neoprene/Hypalon e colados por fora ao casco e por dentro às cobertas, fi-
À frente tem bastante espaço para os equipamentos e lugar ainda para um açafate
cando assim os barcos mais compactos e os tubos não vibram atrás com o barco em andamento.
A experiência da equipa da Hydrosport, permite construir e exportar embarcações para pesca profissional, transporte, combate a incêndios, poluição e marítima-turística e de acordo com as encomendas dos clientes.
A Hydrosport constrói diferentes semi-rígidos, pois o mesmo casco pode ser equipado com um elevado núme-
ro de acessórios para o barco servir para os mais diferentes fins.
Todos os barcos seguem uma linha elegante e desportiva com uma proa estreita e a popa larga.
Hydrosport RIB COACH
O Hydrosport RIB COACH, uma embarcação com 6 metros de comprimento, tem todas as características que permitem bater-se sem qualquer problema contra as nortadas e navegar até aos pesqueiros com a máxima segurança e conforto.
Para os pescadores submarinos, os tubos são reforçados nas zonas de entrada e levam pegas. Com uma lar-
gura interior de 1,33 metros, tem bastante espaço para os equipamentos e lugar ainda para um açafate ou geleira
para guardar o peixe.
O Hydrosport RIB COACH tem a elegância da marca e acessórios que permitem uma
polivalente utilização. Com o convés livre ou com diferentes tipos de consola de condução central e de bancos, apoia a
Especificações
Comprimento
5,65m - 6,06 m
Boca 2,27 m
Largura interior 1,33 m
Diâmetro do tubo 0,47 m
Peso a partir de 260 kg
Lotação 8
Capacidade de peso >700 kg
Capacidade de combustível 90 litros opcional
Autonomia >150mn
Tipo de casco V 24 graus popa
Motor recomendado 25 – 90 HP
Preço do barco a partir de 11 900 € com IVA
Preço barco com motor Suzuki DF70 a partir de 22 900 € com IVA
pesca lúdica ou serve para os grandes passeios, sempre muito secos, com bastante gente porque tem uma lotação de oito pessoas e tem um grande solário à proa na hora dos banhos de sol.
Na proa o Hydrosport RIB COACH dispõe da roldana de proa e porão para o ferro. Tem também para guardar palamenta um grande porão.
O Hydrosport RIB COACH tem o convés autoesvaziante e pode estar fundeado por largos períodos de tempo.
Todos os Hydrosport são fabricados por encomenda com escolha de cores e acabamentos pelo cliente.
Carta ao Primeiro-ministro
Ocean Campus um Cluster de atividades ligadas à economia azul e ao mar
O Ocean Campus é um espaço de inovação, Investigação e empreendedorismo que preconiza a requalificação da frente ribeirinha ocidental, de Pedrouços ao Jamor, incluindo a Docapesca, a sua Doca e abrangendo os concelhos de Lisboa e Oeiras, para ser um Cluster de atividades ligadas à economia azul e ao mar.
Dr Luis Montenegro
Inglesismos à parte, o Sr. Primeiro-ministro anunciou no congresso do PSD a implementação de uma me-
dida lançada em 2019 pelo Governo socialista que, curiosamente tinha um Ministério do Mar.
Nada de anormal, pelo con-
trário, a humildade de admitir que projetos de outros possam ser importantes para o País é algo que deveria fazer escola.
Ocean Campus abrange os concelhos de Lisboa e Oeiras
O problema é que a patologia se mantém, quando maior é a iliteracia sobre o tema, maior é a tendência para projetos de megalómanos de centenas de milhões de euros, umas festarolas pelo meio e uns dinheirinhos da União Europeia para olear a máquina.
Se o Governo acordou agora para o tema do mar, ainda bem, mas deve atuar em consonância e começar por criar um Ministério do Mar e um titular do cargo com currículo a condizer.
Se não seguirmos o caminho do envolvimento dos cidadãos nesta temática, nomeadamente, adotando medidas para a criação de massa crítica, tudo será em vão.
A epopeia marítima é a imagem de marca dos portugueses que deram novos mundos ao mundo, internacionalmente reconhecida, e que ainda alimenta o nosso ego, contudo, o Portugal marítimo de hoje é uma ténue memória de um passado cada vez mais distante.
Os Países mais desenvolvidos do mundo têm no mar um dos fatores com mais peso na sua economia e com um contributo muito relevante para o índice de felicidade das suas populações. O segredo é simples, a aposta na criação de massa crítica através de soluções integradas de aproximação ao meio náutico das pessoas que possam suscitar prazer e interesse.
O gosto pelo mar constróise através da vivência, da informação e da aprendizagem contínua ao longo da vida, que só é possível, nomeadamente, através das associações náuticas que se constituem como verdadeiras pontes de acesso ao mar. A isto chamase de Cultura Náutica e é o
fator mais importante que suporta todo o desenvolvimento sustentável da economia do mar.
Portugal há muito que desistiu do mar entregando esses assuntos complexos à Marinha (de guerra), desenvolvendo ao mesmo tempo um forte preconceito relativa-
mente a todas essas matérias por razões que se prendem com uma certa ideologia política preconceituosa e uma persistente iliteracia sobre o tema. O problema é que o mar é uma área fundamental há muito na agenda a nível mundial e nós, sempre atrasados, pretendemos, sem saber
como, embarcar num navio há muito tempo a navegar. Só assim se compreende o estado de negação dos responsáveis políticos portugueses que, em face de um sentimento impotência em função da sua própria ignorância, tendem a reagir tal qual os meninos ricos que compram
os melhores ténis do mundo achando que assim compensam a sua inabilidade ou falta de preparação para o atletismo.
É imitando as ideias e projetos megalómanos para Portugal, mas perfeitamente normais noutras paragens que se celebra o sucesso das politicas do mar, desenvolvendo uma espécie de síndrome do
papagaio com a proliferação de eventos quanto mais caros melhor, como a clássica regata à volta do mundo que por cá andou, conferencias várias, projetos e programas à volta da agora imagem de marca “Azul” e outros expedientes que sem deixarem qualquer legado, é por onde circulam milhões de euros dos contribuintes justificados
com uma qualquer análise retorno à medida.
E não adianta tentar enganar os portugueses, afirmando que vamos possuir uma enormíssima plataforma continental, ou seja, ter jurisdição sobre um espaço marítimo que no total ultrapassa os 3,8 milhões de quilómetros quadrados, mais de 41 vezes a área do território emerso, mas
onde todas as estruturas marítimas; capitanias, ISN, Instituto Hidrográfico, etc., continuam a ser geridas por uma entidade militar, onde continuamos sem possuir uma guarda costeira adequada e as escolas profissionais na área do mar a funcionarem com um baixo índice de frequência e em que os licenciados acabam por seguir outras profissões.
Organizámos o grandioso Ocean´s Meeting onde pretendíamos influenciar compromissos a nível global na área da investigação, do uso sustentável do mar, da recolha do lixo marinho, da implementação de programas de recuperação do oceano, de ligar a saúde do oceano à nossa saúde produzindo novos medicamentos, assumir uma liderança de sensibilidade mundial, intervir na proteção das espécies marinhas em risco, etc., enquanto
os nossos pescadores ainda morrem afogados por causa de hábitos terceiro-mundistas de não usarem coletes de salvação em todo o tempo e de roupa inadequada durante a faina, ou adormecerem durante a navegação e morrerem ao embater em qualquer rocha ao longo de uma costa portuguesa já chamada de “negra” nos meios náuticos internacionais por manifesta falta de infraestruturas, nomeadamente portos de abrigo e de recreio, de barras com condições de segurança mínimas e ainda da inabilidade do pessoal militar de interagir no meio náutico civil.
A Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (FRONTEX) não deixará de se interrogar sobre a lógica portuguesa de abdicar de constituir uma Guarda Costeira adequada como em qualquer Pais evoluído do mundo ocidental, preferindo entregar aos militares missões e tarefas que não lhes compete. Sem menosprezar o trabalho dos militares, que é meritório, é urgente iniciar um
Os países mais desenvolvidos têm no mar um dos fatores com mais peso na sua economia
longuíssimo processo de separação das águas quanto à gestão marítima, nomeadamente, das Capitanias, instituto de Socorros a Náufragos, Policia Marítima, Instituto Hidrográfico, etc., como forma de alargar o leque de oportunidades de interação das populações com o mar, potenciando o papel das escolas náuticas para a criação de oportunidades de emprego.
Portugal tem excelentes condições para se afirmar como potência marítima, mas infelizmente caberá apenas
à sociedade civil adormecida pela retórica inconsequente dos atores políticos, criar a necessária onda de fundo
sem o qual continuaremos a ser um País de navegadores não praticantes.
José Leandro
O gosto pelo mar constrói-se através da sua vivência
A epopeia marítima é a imagem de marca dos portugueses
Notícias da Universidade de Coimbra
Remover Poluentes de Águas Residuais com Microalgas
a eficácia e eficiência da utilização de microalgas
Projeto testa aplicação de microalgas para remover poluentes de águas residuais convertendo essa biomassa em produtos verdes.
Oprojeto “NABIANew Approach to Bioremediation using Algae”, liderado por Telma Encarnação e Abílio Sobral, investigadores do Centro de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FC-
TUC), está a testar a aplicação de microalgas para remover poluentes de águas residuais, aproveitando essa biomassa para a produção de produtos de base biológica.
«Este projeto aborda a necessidade de encontrar uma potencial solução para
o problema da poluição da água por poluentes emergentes e propõe a descontaminação de águas residuais com recurso a microalgas, com uma abordagem baseada na geração de biomassa e na sua respetiva valorização económica», começa por
explicar Telma Encarnação.
A investigação, continua a química, «focou-se na biorremediação de águas residuais geradas pela transformação de lentes oftálmicas na indústria ótica, usando como casos de estudo empresas parceiras. Uma vez que estes materiais estão na sua maioria protegidos por patentes e segredo industrial, analisámos a sua composição», revela.
A equipa de investigadores começou por identificar os químicos ambientais persistentes em fontes de águas residuais e avaliar a eficácia e eficiência da utilização de microalgas na biorremediação de produtos químicos sintéticos. Neste momento, os especialistas estão a testar a viabilidade da transformação da biomassa em produtos inovadores, tais como lentes oftálmicas “verdes” e ainda um fotobioreator,
Descontaminação de águas residuais com recurso a microalgas
otimizando o processo para maximizar o conteúdo de biomateriais das microalgas.
«Com o NABIA, pretende-se não só solucionar problemas emergentes relacionados com poluentes em águas residuais, mas também incentivar o desenvolvimento económico sustentável, promovendo uma economia circular através da valorização de recursos biológicos», conclui a investigadora da FCTUC.
O projeto NABIA conta com o apoio das empresas parceiras Farmi, Mlab, Moldetipo, Opticentro e PTScience, podendo ser acompanhado através deste site: https://nabiaproject.pt/projeto/.
Promovendo a saúde e bemestar através da sustentável transformação de poluentes emergentes
O projeto NABIA (Nova Abordagem de Biorremediação através de Algas) aborda a
necessidade de se obter uma solução para o tratamento dos poluentes emergentes, propondo a descontaminação das águas residuais usando microalgas, utilizando uma abordagem baseada na formação de biomassa, e na sua respectiva valorização económica.
NABIA tem como objetivo estudar a obtenção de produtos de valor acrescentado que possam atrair investimento e, por conseguinte, acelerar o desenvolvimento da tecnologia das microalgas.
Este estudo informa sobre a viabilidade e a sustentabilidade do conceito de economia circular utilizando uma biorrefinaria de microalgas. O objetivo final do projeto NABIA é desenvolver um sistema integrado utilizando microalgas para descontaminar águas residuais e águas de consumo, tendo por base o conceito de economia circular.
NABIA utilizará uma abordagem multidisciplinar com os objetivos específicos:
– Descontaminar águas residuais e de consumo através do uso de microalgas (tratamento de água através de microalgas);
– Captura de CO2 e outros gases de efeito estufa usando microalgas;
– Produzir produtos de base biológica ecologicamente melhorados, com valor acrescentado, a partir de biomassa;
– Promover a consciencialização sobre a conservação e o uso sustentável dos ecossistemas, reduzindo disruptores endócrinos na água, minimizando os efeitos adversos no meio ambiente e à saúde humana;
– Propor e promover futuras políticas de tratamento de águas residuais, fornecendo evidências, dados e informações robustos.
Notícias da Marinha
Manutenção do NRP Sagres em Doca Seca
O Navio Escola Sagres da Marinha Portuguesa encontra-se realizar uma intervenção planeada de reparação, manutenção e modernização dos principais sistemas de bordo, de modo a dar a necessária disponibilidade operacional do navio para futuras missões.
ONRP Sagres, da Marinha Portuguesa, iniciou um período de manutenção planeada
e de modernização dos principais sistemas de bordo, em convergência com os atuais padrões ambientais, energé-
ticos, ergonómicos e de qualidade. O navio encontra-se estacionado no estaleiro da Naval Rocha S.A. na Rocha
do Conde de Óbidos, em Lisboa.
O Navio-Escola Sagres está em doca seca até à primavera do próximo ano, onde após a conclusão dos trabalhos de restauro, o NRP Sagres tem como primeira missão em 2025, a participação especial na Expo Osaka, no Japão, com uma duração prevista entre oito e nove meses, fora da Base Naval de Lisboa.
Com 87 anos acabados de fazer, 62 dos quais ao serviço da República de Portugal e com a última manutenção em doca seca em 2019, é agora tempo para uma modernização mais profunda da embarcação. A NRP Sagres iniciou esta docagem em Julho deste ano, nos termos do
contrato assinado a 21 de Maio de 2024.
Entre os trabalhos a realizar no navio está a limpeza do casco onde residem organismos marinhos vivos e mortos que presisam ser retirados com a ajuda de um robô de limpeza, reparar algum dano que exista e dar nova proteção e pintura ao casco, com a intensão de o manter e dar velocidade a embarcação.
Substituição de aço no costado e tanques, limpeza de tanques de combustível. Melhorar o acesso as Estações de Tratamento de Águas Residuais biológicas (ETAR) no costado, a manutenção preventiva à motorização e a instalação de duas ETAR de Águas Vivas (AV) e Águas Residuais (AR).
Considerando que o navio apresenta diversos compartimentos cujas condições de habitabilidade urgem ser melhoradas e renovadas para padrões de referência em segurança e conforto da guarnição. No projecto está ainda com-
preendido o tratamento de superfície ao pavimento e anteparas da coberta de cabos, a modernização do quadro eléctrico principal e a instala-
ção de três novos grupos eletrogéneos, implementação de sistema de télegrafos de ordens, circuito de vigilância CCTV, substituição sistema
de extinção incêndios dos espaços de máquinas, entre outras. Todas estas actualizações visam dar ao navio os mais atuais padrões ambientais, energéticos, ergonómicos e de qualidade.
O Despacho n.º 6405/2024, de 7 de junho, autoriza a Marinha a realizar a despesa com a remodelação dos espaços habitacionais do navio-escola Sagres e delega no Chefe do
Estado-Maior da Armada os poderes para a prática de todos os atos subsequentes. Considerando que o navioescola Sagres (NRP Sagres) constitui uma plataforma de ação diplomática e de cortesia com alcance global, reunindo ainda um conjunto de ativos preciosos, tanto na instrução prática de marinharia e navegação, como pelo elevado valor histórico.
NRP Sagres
O atual navio-escola Sagres foi construído nos estaleiros da Blohm & Voss, em Hamburgo, em 1937, tendo, na altura, recebido o nome Albert Leo Schlageter. Era o terceiro de uma série de quatro navios encomendados pela Marinha Alemã (Kriegsmarine).
No final da 2ª guerra, aquando da partilha dos des-
pojos pelos vencedores, o Horst Wessel e o Albert Leo Schlageter couberam aos Estados Unidos. No entanto, apesar dos esforços do Comandante americano da Base Naval de Bremerhaven, não foi possível encontrar, nos Estados Unidos, uma instituição que quisesse ficar com este navio. Pelo que, ao fim de três anos, acabou por ser cedido à Marinha do Brasil, com o intuito de fazer face aos danos causados pelos submarinos alemães aos seus navios, durante a guerra. Em 1961 foi adquirido por Portugal, no sentido de substituir a antiga Sagres, que, curiosamente, também havia sido navio alemão.
Desde 27 de Setembro de 2024 sob comando do Capitão de Fragata José Sousa Luís, conta com uma guarnição completa, transporta 9 Oficiais, 16 Sargentos, 103 Praças e 66 cadetes.
Embaixador de Portugal no mundo, dá apoio diplomático, participa em grandes regatas. O NRP Sagres já visitou em 62 anos ao serviço da Marinha Portuguesa, 62 países, 164 portos e 101 fundeadouros e fez três voltas ao mundo.
Notícias do Mar
Notícias do Politécnico de Leiria
Em Peniche Destaque para a Aquacultura e Estratégia Nacional para o Mar
Na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche a Aquacultura e Estratégia Nacional para o Mar estiveram em destaque no dia 9 de outubro com a Diretora-geral de Política do Mar a participar na aula inaugural do mestrado em Aquacultura.
AEscola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Politécnico de Leiria promoveu uma aula inaugural do mestrado em Aquacultura, com a participação da direto-
ra-geral de Política do Mar, Marisa Lameiras da Silva, que debateu o tema ‘Sustentabilidade e Crescimento Azul: A Aquacultura e a Estratégia Nacional para o Mar’. A iniciativa teve lugar no passado dia 9 de outubro, com a presença de cerca de 50 estudantes, docentes e investigadores.
Centrando-se no papel da aquacultura no desenvolvimento sustentável e na Estratégia Nacional para o Mar, um dos pilares do crescimento azul em Portugal, Marisa Lameiras da Silva promoveu uma reflexão alargada sobre o impacto da aquacultura na sustentabilidade dos oceanos e as suas oportunidades para o futuro.
A Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 é o instrumento que traça o rumo para a política pública do mar na próxima década, baseandose na importância do conhecimento científico, na proteção do oceano, na valorização dos serviços dos ecossistemas marinhos e no reconhecimento do seu papel como vetores de desenvolvimento sustentável e, em paralelo, na robustez dos setores tradicionais e emergentes da economia azul.
“A presença da diretorageral de Política do Mar nesta sessão foi um importante contributo para a formação e a sensibilização da nossa comunidade académica so-
Aquacultura sustentável
bre os desafios e as estratégias de sustentabilidade do setor marítimo em Portugal”, afirma Sérgio Leandro, diretor da ESTM, salientando que a Escola “renova o compromisso com o desenvolvimento de um setor de aquacultura inovador e ambientalmente responsável, alinhado com os objetivos de preservação dos oceanos” O impacto da aquacultura na sustentabilidade dos oceanos
Pesca
Pesca Lúdica Embarcada
Sentidos dos Peixes O Olfacto - Parte III
Quando saímos a pescar, nem sempre as águas estão limpas, com visibilidade de muitos metros.
IÀ frente do olho e por baixo da “bandolete” dourada podem ver um orifício.
sso é frequente na Madeira, Porto Santo, e nas nossas ilhas dos Açores, onde a limpidez é remarcável, mas diria que na nossa costa continental raramente assim é.
De tal forma a visibilidade é escassa que nos melhores dias não excede a dezena de metros, enquanto que noutras latitudes ela pode mesmo ultrapassar as quatro dezenas.
Por cá, em situações nor-
mais, o habitual excesso de sedimentos diluídos no meio líquido impede a luz solar de penetrar em profundidade. Quanto mais fundo pior porque a capacidade de penetração dos raios solares diminui a cada metro, é absorvida, e por isso em baixo pode estar um breu quase absoluto.
Muitas vezes existe colada ao fundo uma absurda concentração de massa vegetal depositada, espessa, que im-
É
o início do seu canal olfactivo
possibilita mesmo a respiração a seres que dependem do oxigénio captado para sobreviver.
Quando lançamos uma amostra a um peixe e esperamos que ele a veja, muitas vezes não estamos a fazer mais que a pedir um milagre. O fundo do mar pode ser um lugar difícil para se estar. E, mesmo durante o dia, muito… escuro!
Isso dificulta ou pode mesmo obviar a que o sentido
da visão possa ser utilizado para além de uma ínfima distância.
Exactamente por isso mesmo, aos peixes nem sempre lhes é possível conseguir discernir aquilo que está à sua frente, e porque disso depende a sua alimentação e em fim de linha a sua própria segurança, eles estão equipados com uma série de outros órgãos de alta sensibilidade e precisão. E utilizam-nos. Aquilo que não seria entendível era que os peixes tivessem de esperar a regularização das condições para terem de novo possibilidades de se alimentar.
Porque a duração desses fenómenos não tem um prazo marcado, acontecem quando menos se espera e desaparecem quando as condições o propiciam. Assim, se por algum motivo a visibilidade das águas altera para níveis insuficientes, por exemplo à conta de uma repentina chuvada, e da natural escorrência de rios ou riachos afluentes, ou por força de uma descarga de barragem, por força de uma enorme tempestade de vento a levantar ondas a muitos metros e partir muitas algas, com a consequente turbidez das águas, ou por uma proliferação anormal de fito ou zooplâncton, (facto que ocorre sobretudo no verão com águas muito quentes), pode acontecer que os peixes realmente sejam forçados a prescindir da sua visão e necessitem de alternativas sensoriais.
É aí que entra a sua hipersensível linha lateral, o seu ouvido e o olfacto, os quais, em situações limite, equilibram qualquer momentânea baixa de acuidade visual.
Através das narinas os peixes conseguem captar as partículas de odor, os cheiros, e fazem-no quer em movimento, quer mesmo quando parados, já que a corrente também lhes traz a si essa informação.
O epitélio olfativo está localizado na frente da cabeça, é uma cavidade nasal visível do exterior e protegida por mucosas. Trata-se de um tecido ultra sensível, carregado de células receptoras em constante contato com o ambiente aquático e que ligam por intermédio de ramificações nervosas ao cérebro do peixe.
Em condições de escassez de luz, ou águas muito tapadas, o olfacto pode ser mes-
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com
mo ser muito mais importante que a visão. Nas noites mais escuras, em que a luz da lua não brilha, aqueles que pescam ao fundo com isca sabem que o peixe irá encontrá-la, e seguramente não o fazem à conta dos olhos.
As nossas douradas são absolutamente incríveis na sua capacidade de detecção de odores. Mas não estão sós. Testes feitos em salmões, indicam que o seu olfato permite distinguir moléculas odoríferas na concentração de 1ppb, ou seja, 1 molécula num bilião de
moléculas. É incrível! Trata-se de distinguir 1 em 1 000 000 000 moléculas. É ser capaz de detectar uma em mil milhões de moléculas!
Para nós resulta estranho que assim seja já que não conseguimos sequer cheirar debaixo de água. Mas eles
Nesta dourada é perfeitamente visível a linha lateral esquerda, a qual vai da cauda à mancha escura, junto ao opérculo. Reparem no pontilhado escuro que percorre todo o flanco do peixe. É isso. Existe uma imensidão de ramificações nervosas, uma…”cablagem”, que liga todos estes pontos ao sistema nervoso central
fazem-no e algumas espécies utilizam até esse factor para passar informação a outros do mesmo cardume, quando em situações de perigo ou possível stress, libertando uma substância chamada ‘schrecksoffen’. Essa composição química serve como alarme aos outros peixes, indicando que existe perigo iminente. Os sargos fazem isso na perfeição, quando, por exemplo, se alimentam sobre os bancos de mexilhão e surge repentinamente um predador.
Para quem mergulha e tenta caçá-los é fácil entender isso, porque ao sermos dete-
ctados por um deles, todos mudam de atitude, e, sem nos verem, é como se já tivessem obtido a informação de que estamos ali.
Convém pois pensar no peixe como um ser portador de vários sistemas de apreensão de dados. Não nos é conveniente tentar entendêlos como formas de processamento de informação separadas, independentes, já que a “artilharia” de meios sensoriais é frequentemente utilizada em bloco, de forma conjunta.
A linha lateral é outro dos sistemas e será objecto de
Em frente ao olho deste peixe podem ver perfeitamente uma das entradas das suas duas narinas
sodinium rubrum, têm um pigmento chamado ficoeritrina, que em grande densidade podem deixar a água avermelhada.
análise em separado, noutro artigo. Vejam-na em baixo.
Assim, temos que o mar de cor acastanhada acontece porque essa cor é comum em áreas próximas à desembocadura de rios, onde há uma grande quantidade de sedimentos de minerais ricos em ferro, os quais dão à água uma cor lamacenta.
Esses sedimentos desprendem-se das rochas quando elas são lavadas pela água e se acumulam nos riachos, indo depois por efeito da gravidade para o mar, conferindo-lhe os vários tons de castanho.
Já o mar de cor verde, aquela cor esverdeada típica das águas quentes, acontece dada a presença de muita matéria orgânica dissolvida ou de fitoplâncton, conjunto de algas microscópicas que vivem dispersas na água e constituem a base da cadeia alimentar marinha.
Esses organismos possuem clorofila, o pigmento responsável pela fotossíntese, que todos sabemos apresentar-se na cor verde.
Já o mar vermelho, é chamado assim porque organismos do plâncton, como algumas cianobactérias, o dinoflagelado Gymnodinium sanguineum e o ciliado Me-
Também a concentração de posturas de caranguejo pilado, Polybius henslowii, quando em concentrações de milhões de indivíduos, pode, por força da biomassa que flutua em suspensão, originar “marés vermelhas/ laranjas”. Algumas entradas de algas, sobretudo quando o mar mexe bem e as parte, arrancando-as do fundo, podem também pintar o mar com a sua cor muito característica. Nestas condições acima referidas, quando a concentração de elementos diluídos na água excede em muito o razoável, o sentido da visão deixa de ser um factor preponderante e passa a algo perfeitamente secundário. Para um predador, alguém que vive de ser eficaz a caçar outros seres que se movem, que procuram escapar-lhe, a questão “falta de visibilidade” é algo que o poderia matar de fome. E no entanto, eles sobrevivem.
A audição, o olfacto e a linha lateral podem colmatar a falta de um sentido que a nós humanos nos parece imprescindível.
Mas atentem nisto: um humano invisual aprende rapidamente a utilizar outras forma de se deslocar, de entender o mundo que o rodeia. A necessidade a isso obriga, e ao peixe, as condições ambientais adversas levam-no a recorrer a outros meios. Nomeadamente ao olfacto.
Peguem num qualquer robalo que venham a pescar e analisem o posicionamento das narinas. Estas, bem visíveis para quem tem o peixe na mão, consistem em um par de pequenas ranhuras, uma de cada lado da cabeça. Vejam-nas no exemplo da imagem ao lado.
Pesca Lúdica Embarcada
Sentidos dos Peixes O Olfacto - Parte IV
É verdade que eu podia escrever tudo aquilo que leram anteriormente num só artigo, condensando, reduzindo, omitindo informação. Pareceme bem mais razoável dividir por troços, segmentar, até porque isso me possibilita esmiuçar um pouco mais alguns detalhes.
Por isso vamos já com quatro partes neste tema, e nada garante que fiquemos por aqui. Mas adiante.
Vamos continuar a ler informação sobre os nossos queridos peixes, das suas aventuras e desventuras, porque a sua vida efectivamente dá um livro.
Ok, uma coleção de milhares de livros...
Os peixes são dotados de um excelente olfacto e isso é mais um adicional, um plus, na procura de alimento.
Quando a capacidade de detecção é muito exacta, qualquer ínfimo aminoácido libertado pela presa é referenciado. Eles fazem isso porque estão muito bem equipados de série.
As fossas nasais são revestidas com dobras de pele, ajustadas de forma a proporcionar uma maior área de superfície de contacto com os
cheiros. Podem assim transmitir mais e melhor informação aos órgãos do paladar e do olfato.
Os nossos peixes detectam odores que nós humanos nunca seríamos capazes de entender.
Podemos usar isso a nosso favor!
Quando pescamos em águas menos limpas, dar ao peixe uma referência olfactiva pode ajudar.
Imaginem que estão a pescar com um vinil e um cabeçote de chumbo leve. Estão a fazer pesca ligeira, a lançar para longe e a fazê-lo rocegar o fundo.
Com água turva, é conveniente abrandar a recuperação, para dar mais tempo ao predador para detectar a amostra, e se ele estiver nas imediações, irá encontrá-la.
Mas podemos fazer mais, podemos ajudar a que a encontrem.
Imaginem que guardam alguns dos vossos vinis numa caixa estanque onde introduzem ração para alimentação de peixe, durante meses.
Sim, esse granulado escuro, de cheiro ultra intenso, o qual serve para alimentar robalos e douradas nas piscifactorias. Há empresas a produzir isso no nosso país e não vos é difícil encontrar os vendedores.
Já entenderam. Esse alimento não é mais que um mix de fontes de proteína, possivelmente sardinha, cavala, carapau, em suma peixes baratos e que entram na composição da maior parte dos granulados para aquaculturas.
Para além da proteína e gordura de que são feitos, também são ricos em aminoácidos, o que os torna bastante sedutores para os nossos peixes.
O vinil irá guardar em si o cheiro desse composto, e irá
libertá-lo aos poucos. Os peixes são capazes de o detectar a longas distâncias e vai daí...
Como vimos anteriormente noutros capítulos desta série, é verdade que por força das alterações climáticas, a acidez dos nossos mares está a aumentar.
Isso reduz drasticamente a capacidade de cheirar do robalo, mostra um estudo recente, tornando muito mais difícil farejar tanto a comida como eventualmente o perigo se surgir por perto um predador.
O nosso robalo europeu (Dicentrarchus labrax) já perdeu parte do seu olfato porque está hoje exposto a níveis muito mais elevados de CO2.
Níveis crescentes de dióxido de carbono levam a oceanos mais ácidos – o CO2 extra dissolvido na água cria ácido carbónico.
Para a elaboração deste trabalho, socorri-me de alguns estudos de uma equipe liderada por Cosima Porteus, uma simpática e bonita canadiana, pós-graduada da Universidade de Exeter, no Reino Unido.
Diz ela: “Sou fisiologista de peixes e estou interessada em saber como os peixes sentem, interagem e respondem ao seu ambiente, ligando as mudanças ou desafios ambientais à fisiologia, comportamento e ecologia de todo o animal.
O meu trabalho inicial centrou-se nos efeitos do baixo nível de oxigénio (hipoxia) nas respostas cardiorrespiratórias dos peixes e nos seus efeitos no desenvolvimento. Isso despertou em mim o interesse no controle neural da respiração dos peixes.
O meu doutoramento concentrou-se no papel dos quimioreceptores de oxigênio na resposta à hipoxia em peixes que respiram água e ar. Durante o meu trabalho de pós-doutoramento tenho estudado os efeitos das alterações climáticas na fisiologia dos peixes, particularmente os efeitos da acidificação dos oceanos no olfato e na detecção de som (envolve uma estreita colaboração com o Dr. Steve Simpson, um especialista nos efeitos do ruído antropogénico nos peixes).
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com
No meu trabalho actual descobri um novo mecanismo fisiológico de como a acidificação dos oceanos afeta o comportamento dos peixes”
Devemos dar valor a quem o tem.
Bem sei que vivemos num país onde dizer mal é sempre mais fácil que emitir uma posição de admiração e respeito por quem sabe mais que nós.
Sinto que relativamente a esta senhora estamos a dever-lhe algo pelo seu esforço de pesquisa, por ter dedicado muitos anos da sua vida a tentar saber mais sobre os incríveis seres que nós pescamos à linha.
Ela estudou o comportamento do nosso robalo europeu (Dicentrarchus labrax) em águas com duas vezes e meia o nível atual de CO2 –o nível que os especialistas
As nossas amostras apelam a muitos sentidos que conhecemos, ou julgamos conhecer, e a outros que só agora estamos a conseguir desvendar
preveem para o final deste século.
Rastreou também as respostas nervosas dos peixes. Embora se preveja que o aumento do CO2 diminua o pH do oceano em apenas 0,3 a 0,4 unidades de pH, os efeitos são claros: na água mais ácida, o robalo teve que estar 42% mais próximo de um objeto com cheiro intenso para o detectar.
Isso quer dizer que podemos esperar ter cada vez mais dificuldades para conse-
guir obter bons resultados de pesca. A seguir, e porque tudo o que movimenta dinheiro faz evoluir as técnicas e os materiais, a industria irá responder fornecendo equipamentos que possam obviar a essa crescente limitação. As amostras e os jigs com cheiros estão a chegar.
Irão juntar-se aos vinis porque esses de há muito são fabricados com odores de aminoácidos atrativos.
Preparem-se, o futuro vem aí!
O Tejo Piscoso
Esta é a Quarta parte do “Tejo maior que o pensamento...”, segundo Carlos Salgado, amigo do Tejo, “Navegando nas minhas memórias”, diário 6. Este diário conta-nos da abundância de recursos de pesca do Tejo desde cedo na sua história, e dos povos que ai se instalaram. Notícias
As Artes e os Processos Usados na Pesca no Tejo
Égrande a diversidade de artes de pesca usadas no Tejo, quer a montante quer no estuário, bem assim como nos seus afluentes, nos esteiros e nos braços do rio. Tanto as mais antigas, que continuam em uso, como as mais recentes, cada vez mais eficazes, foram concebidas para capturarem maior quantidade de pescado. Mas o peixe, sobretudo para montante do estuário está a escassear devido a vários factores tais como a qualidade da água que foi piorando devido ao chama-
do progresso (industrialização, agricultura intensiva, com o uso cada vez maior e indiscriminado de pesticidas, e também às barragens que dificultam a passagem dos peixes para montante, ou porque não estão dotadas de “escadas de peixe” ou se estão, não funcionam por estarem mal concebidas ou por não as quererem pôr em funcionamento. Perante esta situação alguns grupos de pescadores começaram a praticar um tipo de pesca pouco escrupuloso, selvático e destruidor, tanto na cap-
tura dos alevins (peixes bebés), que está cada vez mais incrementado e que provoca a diminuição drástica dos stocks de algumas espécies com valor comercial, logo a partir do estuário, o que impede que cresçam e atinjam a idade da reprodução. Outros há que, no estuário, estão a recorrer à pesca intensiva com redes fora de medida, que tanto apanham o peixe adulto, como o peixe miúdo, ainda em crescimento. Tudo isto não pode deixar de estar na origem da, cada vez maior, escassez de peixe (como se usa dizer: eles comem tudo e não deixam nada).
Posto isto, passo a fazer referência ao maior número de artes de pesca do Tejo que me foi possível conhecer ao vivo e de outras que encontrei descritas nos arquivos que consultei sendo que, curiosamente, algumas delas são conhecidas por nomes diferentes de sítio para sítio (geográfico) onde são usadas. Mas também encontrei tipos e formas de artes a que dão o mesmo nome mas que são diferentes na forma e na armação.
É evidente que as artes de pesca foram criadas, tanto na forma como no tipo de armação, dependendo da espécie de peixe que se pretende capturar, assim como a maneira como são utilizadas e com que frequência, consoante o sítio em que são armadas ou usadas.
Segundo apurei, a grande variedade das artes de pesca estão divididas técnica e/ou cientificamente, nas seguintes categorias:
1. Aparelhos de rede de emalhar;
2. Aparelhos de rede envolvente;
3. Aparelhos de rede de estacada;
4. Aparelhos de anzol ou fisga;
5. Aparelhos de armadilha; 6. Outras variedades de artes que pelas suas características não se enquadram nos grupos anteriores, tais como: Remolhão; Chalreu; Tento; Camaroeiro e Rapeta, Rede mosquiteira ou Rabichel e outras radicalmente criminosas como o uso de petardos ou de veneno para além da pesca submarina intensiva e ilegal (não desportiva).
Na prática ou na gíria, são chamadas pelos pescadores como eles bem entendem, o que é preciso é que sejam eficazes na captura do pescado.
Espécies do Rio Tejo
» Espécies residentes: Charroco e a Corvina-legítima.
» Espécies que utilizam o estuário como viveiro (nursery): Robalo, Linguado, Sargo, Dourada, Choupa, Ruivo, Patruça, Faneca, Polvo e Lula.
» Espécies migradoras anádromas (espécies que habitam águas marinhas mas migram para os estuários para se reproduzirem): Sável, Savelha ou Saboga, Lampreia, Taínha-liça, Taínha-garrento, e Choco.
» Espécies migradoras catádromas (espécies que vivem nos estuários e na água doce mas que reproduzem-se no mar: Enguia, Tainha e Taínhafataça.
» Espécies ocasionais: Carpa, Barbo, Safio ou Congro, Carapau, Raia-lenga, Raia-curva, Pata-roxa e Cação.
A comunidade varia em função da época do ano e são raros os peixes que habitam no estuário em permanência. Há os que utilizam o estuário como viveiro, os anádromos, os catádromos e os ocasionais.
Nota Final, para Alertar as Consciências
A complexidade do processo migratório dos peixes no rio
Tejo, para montante do estuário é influenciada por uns quantos factores exógenos e endógenos. Entre os exógenos são determinantes as variações da velocidade da corrente, a temperatura da água e a intensidade da luz, a distância a percorrer entre o estuário e o sítio da captura, as zonas de desova e também a data do início da migração.
Registos antigos fazem referência às pescarias do salmão entre Abrantes e Belver, no tempo em que não existiam as barragens. Falam também na existência do esturjão em quantidade no Tejo. Hoje, é mais que evidente que poucos indivíduos conseguem subir para montante da barragem de Belver, e não é sabido com precisão, qual tem sido a influência que o dique do açude de Abrantes tem causado na diminuição do número de indivíduos que conseguem passar para montante.
Sabe-se que até à barragem de Belver ainda consegue chegar uma quantidade interessante de indivíduos com valor comercial apreciável, como a lampreia e o sável. Segundo os dados que consegui apurar e que datam do ano de 1987 (já lá vão 27 anos) a quantidade declarada da captura junto à barragem de Belver foram: 1.634 savelhas (sabogas), 1.364 lampreias, 996 bogas, 549 taínhas (fataças), 200 enguias, 90 sáveis e 55 barbos. Presumo que hoje em dia as capturas em número de indivíduos, com valor comercial, deve ser consideravelmente inferior. Termino com uma mensagem produzida há 25 anos, que reputo de muito importante e que continua a ter toda a actualidade, com a qual eu estou em perfeita concordância:
“Para que o Tejo volte a constituir um ecossistema vivo e funcional e os seus recursos aquáticos sirvam, em primeiro
lugar, a pessoa humana e a comunidade, é necessário tomar decisões que, para além da necessidade de estarem de acordo com a realidade concreta actual, exijam, igualmente, que se faça o ponto da situação, quanto à administração das pescas e dos recursos, de modo a conhecer e a avaliar as lacunas e os erros do passado que, de algum modo, nos ajudem a compreender os comportamentos e dificuldades do presente e a lançar as bases correctas
do futuro, que permitam uma exploração responsável, adequada e eficiente das águas e das riquezas do rio Tejo, seus afluentes, esteiros e estuário, que tão mal temos aproveitado e defendido como se de bem alheio se tratasse” (Carlos Lopes Bento – Professor da Universidade Internacional – in 1.º Congresso do Tejo. 1987).
Perante esta mensagem de há 25 anos, que continua a ter valor actual, não resisto a repetir o que escrevi na minha crónica do mês de
Fevereiro de 2013 no Notícias do Mar, que intitulei de “O Tejo Está a Saque”, da qual transcrevo algumas passagens:
(…) A situação está a ser agravada pela quantidade de pescadores e marisqueiros que está a aumentar, cada vez mais, mas duvido que haja licenças que cheguem para tantos. (…)
1. Mas a riqueza natural do Tejo, uma riqueza que é nacional, continua a ser delapidada criminosamente pela
captura desmedida do meixão (enguia bebé) que é contrabandeado para o estrangeiro sem qualquer benefício para o país, e trata-se de um negócio de milhões de Euros. (…)
2. (…) Ainda não se erradicou este crime ecológico e económico porque não há vontade ou coragem política a sério (o que no mínimo é suspeito) (…) e está-se a gastar os dinheiros públicos, que o estado nos anda a sacar sem dó nem piedade, em rusgas da guarda no rio, que continuam a resultar em nada. É em terra que se apanham estes criminosos, pois é por terra que o produto circula em território nacional e sai do país.
3. È no mínimo ridículo que, quando a guarda encontra redes do meixão na margem ou no cais, a serem reparadas pelos prevaricadores a céu aberto, a lei por ser omissa,
impede-a de actuar criminalmente.
4. Outro caso está a acontecer, amplamente divulgado na comunicação social, com a apanha da amêijoa dita japónica, contaminada, que continua a ser apanhada desmedidamente e vendida à população directamente o que é, para além do mais, um autêntico atentado contra a saúde pública. A frenética apanha desta amêijoa até já chegou ao cúmulo de haver mergulhadores bem equipados a apanhá-la, enquanto os políticos ainda andam a pensar na legislação a aplicar para a proibição da sua captura, porque só servem para impor uma austeridade cega aos cidadãos contribuintes, depenando-os, e por conseguinte, não têm olhos para mais nada.
5. Se continuar a delapidação criminosa dos nossos recursos naturais, corremos o risco de se esgotarem essas
riquezas, o que para além de provocar ainda mais a falência do país, acaba por impedir-nos de pouco ou nada deixarmos aos vindouros.
Tem toda a razão o meu amigo Gilberto Domingos, poeta, humanista, e grande amigo do Tejo, quando no seu livro intitulado Ode ao Rio que Passa, reflecte o seguinte sentimento:
“ Oh embarcação que sirgas de vante meus olhos de consciência!
Vejo de revés as bóias criminosas dos piratas negros em bateiras negras, Semeando veneno emalhado no rio.
Oh hienas do Tejo, noctívagas, encobertas pelas capas dos escribas,
Que das angulas heróicas fazem volfrâmio de ganância!
Oh depredadoras, ladras, miseráveis, que sobem ao castelo
Uivando o desaforo da sua
bestialidade!
Oh pescadores do antigo mar!
Que quereis vós!?
Encher os bolsos dos traficantes espanhóis?
Enfraquecer o rio que vos deu casa?
Vos deu cama? Vos deu pão?
Este rio que já não vos importa? (…)
(…) Embora cantem a singeleza antiga
- Oh pescadores do antigo mar!
Não vos nego quantos de vós o rio mereceu.
Mas deixai-vos ficar em memória das bem-intencionadas e românticas criaturas
Que com vossas palavras fizeram versos
E teceram elogios às incertas verdades da vossa vida.
Resgatai-vos do mal.
Não se mascarem nesta festa como bastardos.
Oh minha ânsia de fúria, açoites e raiva! “ GOD
O Tejo a Pé voltou ao Geoparque Oeste
Entre Colinas e Vales, com o Mar ao Fundo
A praia de Porto Dinheiro foi o ponto de encontro das três dezenas de caminheiros que responderam ao convite do colectivo Tejo a Pé para mais uma caminhada no Oeste, realizada no passado dia 27 de Outubro. Notícias
Bruno Pereira, geólogo, Geoparque Oeste, guiou-nos e fez inúmeras explicações do que fomos encontrando e vendo
As condições não podiam ser melhores. Exceptuando a neblina e o cacimbo que caíram brevemente sobre a praia (e os participantes...) no final da caminhada de aproximadamente 10 quilómetros, a temperatura amena, a suave luminosidade e as impressivas cores outonais conjugaram-se para fazer desta caminhada um momento que será duradouramente evocado por quantos tiveram a oportunidade de nele participar.
“Dos dinossauros à rocha” era a proposta dos organizadores para o percurso circular que teve o seu início na já mencionada praia, terra de pescadores e importantes achados paleontológicos, passando, entre outros pontos, pelo antigo posto da guarda fiscal, miradouro do dinossauro e, já em Ribamar, Fonte Velha e Poço da Quinta. Ao
longo do percurso, a GR 11E9 nunca esteve longe e, por vezes, o nosso roteiro coin-
do Sino, que permitiu a fruição das soberbas paisagens sobre a costa e o percurso já Assim é o Oeste, sobe e desce, num repente uma aplanação encaixada que a geologia explica
cidiu mesmo com o traçado daquela rota. Outro ponto a referir é o Cabeço da Pedra
Um pouco de tudo, incluindo vegetação abundante
percorrido, num ambiente fortemente povoado e também criteriosamente cultivado –tudo aquilo que faz desta região um exuberante e muito produtivo território agrícola, com as culturas de vegetais no inverno-primavera e de cereais no verão.
Como guia, Bruno Pereira, do Geoparque Oeste, foi incansável nas explicações de enquadramento geológico e nas respostas às inúmeras perguntas colocadas pelos participantes. Levou-nos por paisagens mais acidentadas e escarpadas a sul, descendo sobre rochas calcárias mais duras (enquadrados por eucaliptos e pinheiros mansos), depois de experimentarmos pisar terrenos mais argilosos e arenosos. Na confluência das PR 3 e 4, entrámos com ele pelo belo vale que ali se configurou, que vai até Porto Novo. Subindo e descendo percursos geralmente aces-
Também se andou…
síveis e com grau de dificuldade baixo (mas que não impediu algumas escorregadelas e desequilíbrios sem consequências de maior...), Bruno Pereira trouxe-nos de novo até à aprazível praia de Porto Dinheiro, onde a caminhada foi concluída com um animado almoço-piquenique que não deixou indiferentes as muitas gaivotas da zona.
No fim, de volta à praia, o excelente convívio no habitual almoço
Notícias Nautel
Novo Absorvedor Termoacústico de Ruído e Calor Dynacore
Chega a Portugal o absorvedor termoacústico de ruído e calor à base de fibra da DYNAMAT chamado ‘DynacoreTM, um material leve e flexível que dissipa as ondas sonoras e absorve o calor.
Os produtos da Dynamat enquadramse no reforço do conforto a bordo pela redução a mínimos das vibrações e barulho provenientes da casa das máquinas de embarcações de maior porte.
Este material leve e flexível oferece a estrutura única necessária para dissipar as ondas sonoras e absorver o calor. Ótimo para compartimentos de motor, carenagens externas, carcaças de gera-
dores/máquinas e gabinetes de compressores/bombas de água. O Dynacore™ é o par-
ceiro perfeito para o material de amortecimento Dynamat Xtreme e atende aos requisitos de 240 horas do padrão derivado da classificação de névoa salina ASTM B117-19, em conformidade com os padrões UL94, MVSS302, UL HF1, UL HBF.
O DynaCore é a nossa fibra termoacústica, concebida para ir onde quer que o Dynamat Xtreme vá, para absorver a reflexão de ruído restante e o calor mecânico. Melhora
a qualidade dos sistemas de som, reduz o sobreaquecimento e absorve o ruído residual transportado pelo ar.
Fibra Termoacústica com Núcleo Preto
O Dynacore oferece a estrutura única necessária para dissipar as ondas sonoras e absorver o calor no ambiente marítimo. Para além das suas excelentes proprieda-
des de absorção sonora, é leve, flexível, compressível e termicamente isolante. O núcleo preto à base de fibras oferece excelentes propriedades de absorção de baixa frequência, resistência térmica até 177° C (350° F).
Compartimentos de motores
O Dynacore é utilizado para revestir as superfícies refletoras de som dentro das caixas do motor. Absorvem o calor do motor e as ondas sonoras criadas, minimizando o ruído.
Compartimento do gerador
Utilize o dinacore para revestir as superfícies internas dos armários dos geradores de energia e dos compressores de ar. Absorvem o calor e as ondas sonoras da área fechada.
Reduza o ruído, o calor e as vibrações indesejados
O Marine Dynamat pode ajudar a alcançar um ambiente marítimo confortável e silencioso, eliminando as vibra -
ções provenientes da estrutura e o ruído conduzido. O ruído marítimo pode ser extremamente irritante e reduzir o prazer de qualquer viagem. Os produtos de isolamento acústico marítimo Dynamat podem reduzir eficientemente o ruído na fonte, normalmente; isolamento acústico da sala de máquinas do barco, geradores, vibração estrutural, redução de ruído de ondas, redução de ruído de propulsor, migração de ruído para áreas de cabine ou convés e vibração do casco e outras estruturas.
Compreender se a aplicação requer amortecimento, desacoplamento, bloqueio ou isolamento da fonte de ruído leva-nos a utilizar o Dynamat Xtreme, Dynapad ou Dyna-
box ou uma combinação para resolver o problema.
DynaCore é autocolante para trabalhar duro para chegar a lugares e é um excelente material para utilização atrás de altifalantes montados para eliminar a distorção da onda traseira.
Caraterísticas do Dynamat Dynacore e especificações
• High Tack Auto-Adesivo, absorvente de ruído e calor.
• Fibra preta termo-acústioca compressível.
• Resistência térmica: -40 °F / -40°C a +350 °F /177°C.
• Satisfaz 240 hr ASTM B117-19 sal-névoa.
• Cumpre padrões UL94, MVSS302, UL HF1, UL HBF.
• 1 folha 32” x 54” 24 Sq. Ft / 810 x 1370mm, 1.11 m2, total.
• Disponível em ½” (12.7mm) Part no. DYN11901 & 1” (25.4mm) Part No. DYN11902.
• Fibra resistente a fogo com revestimento de tela PET.
• Peso/massa: 0.6kg/m2.
Mercury Marine Melhora as Prestações do Sistema de Pilotagem por Joystick
A Mercury Marine®, uma divisão da Brunswick Corporation, anunciou uma atualização de software para o seu sistema SmartCraft®, com novos e poderosos recursos no Sistema de Pilotagem por Joystick.
Agora, o sistema pode neutralizar automaticamente os efeitos do vento, das ondas e da corrente enquanto o capitão dirige com o joystick, dandolhe a capacidade de atracar e manobrar com precisão, sem qualquer esforço.
Por mais de uma década, a Mercury evoluiu e expandiu a oferta de pilotagem por joystick para permitir o controlo preciso de 360 graus e a manobrabilidade a baixa velocidade em todos os principais tipos de propulsão. O sistema facilita a realização de manobras complexas, como atracagem ou navegação em espaços confinados.
“Estamos entusiasmados por continuar a melhorar a nossa oferta, líder de mercado, de pilotagem por
joystick com este lançamento de novo software”, disse Jeff Becker, Diretor sénior no segmento de motores de 175 CV e superiores. “Os Mercury continuam a simplificar a navegação e os recursos incluídos no novo software proporcionam um desempenho muito mais intuitivo e consistente na operação de barcos a baixas velocidades. A atualização também posiciona também a tecnologia e o sistema para a evolução futura rumo à navegação autónoma.”
Novas funções e caraterísticas principais
Controlo de velocidade com feedback
O sistema SmartCraft pode agora detetar se o vento, as ondas ou a corrente estão a fazer com que o barco se desvie do curso durante as manobras com joystick. Permite ajustar imediatamente o acelerador e a direção para neutralizar a força, para que o capitão não precise de correções adicionais. Tal proporciona um nível de controlo e facilidade de manobra sem precedentes, ajudando a manter o barco no curso desejado pelo utilizador. Por exemplo, durante manobras laterais e de viragem, os pa-
drões de navegação podem sofrer uma redução de até 74% na deriva indesejada da proa para a popa.
Operação com joystick baseada em velocidade O software usa agora um joystick que tem por base a velocidade do barco, em vez do sistema anterior que tinha por base as rpm. Anteriormente, quando o nauta movia o joystick, os motores aceleravam até um nível de rpm que correspondia ao movimento do joystick. Se o barco encontrasse uma força como vento de proa ou popa, a velocidade resultante seria
Ajuda a manter o barco no curso desejado pelo utilizador
afetada. As ações do joystick são agora traduzidas em velocidade real no solo. Caso o sistema detete uma altera-
ção, aumenta ou reduz automaticamente a aceleração para manter a velocidade desejada pelo utilizador.
O sistema pode neutralizar automaticamente os efeitos do vento, das ondas e da corrente
Controle de deslizamento para motores V12
Para motores V12, a atualização de software também permite o controle de deslizamento. Tal permite que os discos de transmissão deslizem até 90% quando necessário para reduzir as rotações da hélice e controlar com mais precisão os movimentos do barco. O resultado é 25% menos no desvio e uma redução de 20% no erro de rumo durante a operação por joystick ou durante a ancoragem digital com o recurso Skyhook. O novo software atualizado passa a ser o standard as novas instalações de pilotagem por joystick multi-motor da Mercury, Mercury Diesel, MerCruiser e Mercury Racing, com acelerador digital de última geração e controlos de mudança. Os clientes devem verificar com seus revendedores ou fabricantes de equipamentos originais a disponibilidade e a capacidade de instalação da atualização de software.
Para mais informação sobre o Mercury Joystick Piloting visite o site: https://www.mercurymarine.com/eu/en/gauges-and-controls/joystick-piloting
Notícias do Politécnico de Leiria
Peniche Celebra 25º Aniversário da ESTM
A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), no dia 18 de outubro, em Peniche, reuniu a comunidade académica para celebrar o 25.º aniversário.
Carlos Rabadão, presidente do Instituto Politécnico de Leiria, defendeu durante a ceri-
mónia comemorativa do 25.º aniversário da (ESTM) “a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) é
uma peça-chave na estratégia do Politécnico de Leiria, para promover a inovação, o desenvolvimento sustentável e a investigação aplicada em áreas cruciais para as economias portuguesa e europeia”
Carlos Rabadão salientou
que a ESTM “afirma-se cada vez mais como uma escola de referência nacional e internacional, nas áreas do turismo e das tecnologias do mar, apresentando uma resposta efetiva à comunidade local e regional, bem como ao setor empresarial”
Anunciando o objetivo e a ambição de, a curto prazo, serem iniciados programas doutorais em Peniche, o presidente do Politécnico de Leiria destacou ainda o papel e
o trabalho desenvolvido no MARE-IPLeiria - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e no CITUR - Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo.
“Estas unidades de investigação são fulcrais quer para o território, do ponto de vista de transferência de conhecimento, quer para a formação de quadros especializados, que depois ajudam as nossas empresas e instituições a alavancar a sua atividade e qualidade.”
Por sua vez, o diretor da ESTM começou por enaltecer a história e as conquistas da Escola ao longo dos últimos 25 anos. “É uma Escola que se afirma claramente pela inovação, tecnologia e empreendedorismo, e que será certamente um contributo importante para a economia azul desta região”, destacou Sérgio Leandro.
A cerimónia comemorativa
contou também com a presença da secretária de Estado do Mar, Lídia Bulcão, que realçou que a ESTM “tem
vindo a consolidar-se como um dos pilares do ecossistema de inovação da economia do mar”.
“Esta Escola não é apenas um pilar da educação, mas é um verdadeiro farol onde a tradição e a inovação se encontram para moldar o futuro”, afirmou Lídia Bulcão, destacando ainda a construção do edifício Smart Ocean Open Labs, no Porto de Pesca, numa parceria entre o Politécnico de Leiria, o Município de Peniche, a DOCAPESCA – Portos e Lotas SA e o Biocant.
“Este investimento vai permitir a dinamização de programas de aceleração no âmbito da economia azul incubação de empresas em fase inicial de crescimento, por forma a desenvolverem tecnologia, processos, serviços e produtos, promovendo oportunidades para o desenvolvimento de contextos de cocriação e inovação aberta no seio do cluster marítimo regional e nacional.”
Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
IPMA Distinguido na Categoria “Impulso à Pesca Sustentável”
Os galardoados na primeira edição dos Prémios Mar Para Sempre do MSC
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recebeu o galardão “Impulso à Pesca Sustentável” na primeira edição dos Prémios Mar Para Sempre do Marine Stewardship Council (MSC).
Como objectivo de reconhecer empresas e indivíduos que se destacaram pela excelência e liderança na promoção da pesca sustentável em Portugal, a iniciativa realizouse no dia 14 de novembro, no Palácio da Rocha do Conde D’Óbidos, em Lisboa, e contou
com a presença da Secretária de Estado das Pescas, Dra. Cláudia Monteiro de Aguiar.
Divididos em sete categorias, os Prémios Mar Para
Sempre foram também entregues ao Lidl Portugal na categoria “Supermercado Líder em Pesca Sustentável”, à Sonae MC na categoria
O Presidente do IPMA recebe o galardão “Impulso à Pesca Sustentável”
“Peixarias Certificadas MSC”, à Aldi Portugal na categoria “Compromisso com a Pesca Sustentável Certificada” e, nas categorias dirigidas às marcas fabricantes, à Riberalves na categoria “Marca Líder em Pesca Sustentável” e à Iglo Portugal nas categorias “Gama Produtos de Pesca Sustentável” e “Comunicação em prol da pesca sustentável”. Foram ainda atribuídas duas menções honrosas pelas contribuições de exceção para a causa da pesca sustentável ao primeiro Embaixador Azul do MSC, o chefe de cozinha Ricardo Luz, e à Gelpeixe.
Os Prémios Mar Para Sempre visam recompensar o compromisso com a sustentabilidade e os esforços daqueles que se dedicam à preservação dos recursos marinhos. Esta primeira edição realizou-se no âmbito das comemorações da
o compromisso com a sustentabilidade e os
que se dedicam à preservação dos recursos marinhos
IV edição da Semana #MarParaSempre, iniciativa que decorreu entre os dias 11 e 17 de novembro, sob o lema “As Tuas Escolhas, o Nosso Futuro”.
O MSC é “uma organização internacional não gover-
namental sem fins lucrativos, que desenvolve um programa de certificação de pesca sustentável”. O Selo Azul MSC oferece aos consumidores a garantia que o pescado é obtido com a preocupação de minimizar o impacto ambien-
tal das pescas e assegurar a abundância de peixe para as gerações futuras.
Acerca do MSC
O Marine Stewardship Council (MSC) é uma organização internacional sem fins lucra-
tivos. Reconhecemos e premiamos os esforços levados a cabo para proteger os oceanos e salvaguardar o abastecimento de produtos do mar para o futuro.
Queremos que as gerações futuras possam desfrutar de produtos do mar e de uns oceanos cheios de vida, para sempre.
A nossa visão contempla um Oceano cheio de vida, e a salvaguarda do abastecimento de produtos do mar para esta geração e para as gerações vindouras.
A nossa missão é usar o nosso selo azul e o programa de certificação de pescarias para contribuir para um Oceano saudável, reconhecendo e premiando práticas de pesca sustentável, influenciando as escolhas dos consumidores ao comprar pescado e trabalhando com os nossos parceiros de formar a transformar o mercado dos produtos do mar num modelo de base sustentável.
Joint Workshop on Marine Sciences IPMA-IMR”
Especialistas do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) e o Instituto Norueguês de Investigação Marinha (IMR) participaram em “Joint Workshop on Marine Sciences IPMA-IMR”, organizado entre os dias 5 e 7 de novembro, no âmbito do Memorando de Entendimento firmado pelos dois organismos. Notícias
Ainiciativa bilateral arrancou no pólo de Algés com a realização de um seminário aberto à comunidade científica nacional, que contou com a presença da Chefe de Missão Adjunta da Embaixada da Noruega em Portugal, Karina Asbjørnsen que sublinhou a importância da cooperação entre os dois países, nomeadamente na área do mar. Seguiram-se as intervenções do presidente do IPMA, Professor José Guerreiro, e do diretor-executivo do IMR, Professor Nils Gunnar Kvamstø, que apresentaram os respetivos institutos e enumeraram os principais projetos em curso. Registou-se ainda um importante conjunto de intervenções de investigadores,
as temáticas abordadas ao longo do evento foram as seguintes: sistemas de observação atlântica, bancos genéticos marinhos - biobancos azuis, aquacultura, valorização do pescado e seguran-
ça alimentar, planeamento de campanhas oceanográficas e gestão de navios de investigação, caracterização geofísica e monitorização para a instalação de energias eólicas offshore.
No segundo dia, os investigadores das duas instituições começaram por visitar o Departamento do Mar e Recursos Marinhos do IPMA, incluindo os Laboratórios de Patologia de Animais Aquá-
ticos e de Experimentação Animal (LABVIVOS), dividindo-se, de seguida, em dois grupos. Um dos grupos continuou a visita aos Laboratórios de Geologia Marinha, de Recursos Pesqueiros e de Fito-
plancton e depois subiu a bordo do Navio de Investigação
Mário Ruivo. O outro grupo foi conhecer a Estação Piloto de Piscicultura de Olhão. A tarde foi preenchida com reuniões dos diferentes grupos de trabalho, que permitiram uma melhor compreensão sobre os projetos e iniciativas relevantes nas diversas áreas de investigação.
Apoiado pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, através dos EEA Grants, o evento “Joint Workshop on Marine Sciences IPMA-IMR” culminou no dia 7, com a visita aos
laboratórios do polo de Algés, ao Navio de Investigação
Mário Ruivo e à Estação Piloto de Piscicultura de Olhão (EPPO). A apresentação das conclusões e a identificação
dos próximos passos para o desenvolvimento de um programa de trabalho entre os dois institutos, considerados líderes no domínio das ciências marinhas nos seus países.
A iniciativa procurou impulsionar a colaboração de longa data entre as instituições e reforçar as relações bilaterais entre Portugal e a Noruega, que este ano completam um século, nomeadamente na área do mar. O trabalho de investigação e inovação a realizar futuramente favorecerá o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, fomentando a economia azul sustentável em ambos os países e contribuindo para os objetivos da Década das Ciências do Oceano para a Sustentabilidade.
Notícias do Clube Naval de Sesimbra
Ouro e Prata no Mundial para os Atletas do CNS
Atletas Conquistam duas Medalhas de Ouro e uma de Prata no Mundial de Fotografia e Vídeo Subaquático no Campeonato do Mundo CMAS.
Atletas do Clube Naval de Sesimbra conquistaram duas medalhas de ouro e uma de prata no Campeonato do Mundo CMAS de Fotografia e Vídeo Subaquático, que se realizou de 7 a 12 de outubro, em Saranda, na Albânia.
O Clube Naval de Sesimbra orgulha-se pela conquista das duas duplas de atletas que integraram a Seleção Nacional no Campeonato do Mundo CMAS, o 20.° de Fotografia e o 6.° de Vídeo Subaquático 2024.
Nuno Gonçalves e Ana Gomes, que defendiam o título de dupla Campeã do Mundo de
Fotografia Subaquática, na categoria Peixes, conquistado em 2023, em Cuba, voltaram a vencer, este ano, a medalha de ouro na categoria Peixes e conquistaram mais uma medalha de ouro na categoria de Grande-Angular com Mergulhador.
Joel Machado e Mariana Chilão alcançaram a medalha de prata na categoria
Documentário, tornando-se vice-campeões no Campeonato do Mundo de Vídeo Subaquático.
As duplas do Clube Naval de Sesimbra integraram as 70 duplas de atletas presentes neste mundial CMAS, das quais 60 duplas de fotógrafos e 10 de videógrafos subaquáticos, em representação de 22 países, de quatro continentes.
SEA.AI Offshore
A Nautiradar traz até si as soluções SEA.AI, empresa pioneira no desenvolvimento das melhores câmaras de segurança Náutica com Inteligência Artificial, disponíveis no mercado.
ASEA.AI destaca-se no mercado com suas câmaras de segurança náutica com IA, oferecendo navegação mais segura e tranquila. Diferentemente das câmaras térmicas tradicionais, os sistemas SEA. AI automatizam a análise de imagens. Com capacidade de deteção, classificação e alerta, detetam diversos objetos
em qualquer período do dia. A inovação reside na combinação de câmaras térmicas e a cores. A gama SEA.AI Offshore é ideal para barcos à vela, enquanto a Sentry atende a yachts, barcos comerciais e aplicações governamentais. A tecnologia avançada presente nos modelos SEA. AI Offshore e SEA.AI Sentry proporciona uma experiência
de navegação segura, offline, com interfaces de usuário diversificadas e fácil acesso às imagens.
Offshore ONE
Sistema revolucionário, com design “tudo-em-um”, indicado para veleiros, que combina uma câmara e unidade de processamento de dados numa só unidade compacta,
para instalação em mastro. Conecte o Offshore ONE ao sistema bus da sua embarcação e eleve a navegação a todo um novo nível de segurança.
A cada atualização de software, refina ainda mais a sua inteligência, melhorando continuamente a sua capacidade de identificar e classificar objetos. Em situações em que possa faltar certeza, a SEA.AI rotula o item como um “objeto desconhecido”, garantindo clareza e facilitando a tomada de decisões informadas.
O Sistema Offshore ONE da SEA.AI combina a mais elevada e recente tecnologia de câmara com inteligência artificial e oferece reconhecimento de objetos com base em IA, para navegação costeira e em mar aberto. O desenvolvimento e crescimento contínuo da sua base de da-
dos, permite ao sistema SEA. AI identificar de forma fiável objetos flutuantes na sua trajetória, o SEA.AI deteta objetos flutuantes antecipadamente, utilizando câmaras térmicas e óticas para captar até mesmo objetos que escapam de sistemas convencionais como o Radar ou o AIS: embarcações não sinalizadas, obstáculos flutuantes, contentores, bóias, insufláveis, caiaques e pessoas ao mar.
SEA.AI funciona em ondas altas O SEA.AI possui uma IMU (Unidade de Medição Inercial) incorporada. O IMU ajuda o SEA.AI a saber em que direção e com que aceleração se movem as câmaras e o barco. Como segundo ponto de referência para a estabilização de imagem e compensação de movimento, o SEA.AI utiliza a deteção de horizontes baseada em IA. Esta é a razão pela qual o SEA.AI também funciona em más condições de mar.
Como o SEA.AI é normalmente montado no ponto mais alto do barco (nas embarcações à vela, o SEA.AI é montado no topo do mastro), pode ver por cima das cristas das ondas. As ondas influenciam frequentemente a inclinação e o balanço do barco, e a tripulação terá dificuldade em identificar até mesmo objetos próximos. Assim que o barco
cai na calha de uma onda, é normalmente impossível ver atrás da onda seguinte. A altura de montagem já tornará o SEA.AI muito mais fiável do que um tripulante pode ver.
SEA.AI pode “ver” à noite
Sim, os sistemas SEA.AI estão equipados com câmaras térmicas, o que lhes confere capacidade de visão noturna. Mesmo em condições climatéricas adversas, as suas câmaras térmicas superam o olho humano. Considerando as tarefas habituais realizadas por uma tripulação – seja leme, navegação ou outras funções, os sistemas SEA.AI permanecem firmemente vigilantes, como “homens de barris” vigilantes no topo do mastro. A sua vigilância consistente garante alertas em tempo real na presença de potenciais perigos.
Detetar Objetos Flutuantes no Mar
Assim que o sistema deteta um objeto flutuante, identifica-o e acompanha a sua trajetória e distância. Caso ocorra uma colisão de trajetórias, o sistema SEA.AI alerta a tripulação e protege a embarcação de perigo.
Controlo via APP
Controle o sistema SEA.AI
com a APP SEA.AI no seu smartphone, tablet, chartplotter ou computador existente a bordo. Rastrear objetos detetados com a aplicação, regularmente atualizada, transforma a prevenção de colisões para veleiros algo fácil e fiável.
Como Funciona
O sistema SEA.AI analisa dados gerados pelas câmaras térmicas e de baixa luz, recorrendo à recente tecnologia Machine Vision, as melhores capacidades de aprendizagem na sua categoria e uma base de dados própria de milhões de objetos marítimos anotados.
Aumenta a Consciência
Situacional
Vigia inteligente e sem descanso, durante 24 horas, com funções inteligentes de alar-
me que apresentam informação relevante à segurança da embarcação e de uma forma simples de compreender.
Vê melhor que o Olho Humano Deteção, identificação e monitorização de obstáculos flutuantes de qualquer dimensão ou tipo, durante o dia ou noite, mesmo nas condições mais adversas.
Tome Melhores Decisões e Mais Informadas
Câmaras a bordo com processamento de imagem integrado e uma interface intuitiva oferece um melhor entendimento digital dos arredores da embarcação na água.
Para mais informações contacte-nos via 213 005 050 ou via www.nautiradar.pt
Notícias Ocean Cascais
Curso de Patrão de Alto-Mar em Cascais
A Ocean Cascais - Marine training Centre, empresa de formação náutica, vai em parceria com o Clube Naval de Cascais, dar o Curso de Patrão de Alto Mar e aulas práticas a navegar a bordo do veleiro “Senhora do Mar III.
Ocurso resulta da parceria do Clube Naval de Cascais com a OCEANCASCAIS-Marine Training Centre e tem por
objetivo preencher uma necessidade há muito sentida de oferecer à náutica de Cascais a possibilidade de obter localmente a mais elevada gradua-
o Patrão de Alto-Mar Vasco Pereira, e com o Vice-Almirante Jorge Novo Palma, com experiência de formação náutica para Patrão de Alto-Mar, que será também o coordenador técnico-pedagógico do curso.
ção das cartas de navegação de recreio.
O curso conta com formadores credenciados já presentes no âmbito da formação náutica no Clube Naval de Cascais, nomeadamente
Como factor diferenciador do curso a realizar, indo de encontro às necessidades percebidas pelos formandos, complementa-se os conteúdos programáticos previstos na legislação com uma componente prática alargada de formação no mar e à noite, dirigida ao desenvolvimento mais robusto das competências e da autonomia dos futuros patrões de alto-mar. Para garantir a maior qualidade na formação prática, as aulas de mar são dadas no veleiro “Senhora do Mar III”, um Jeanneau Sun Odyssey 45.
Para todas as informações: Curso de Patrão de Alto-Mar - CNC (cncascais.com) https://cncascais.com/pt/cursodepatraodealto-mar/
“Solyd Properties Developers” Foi o Grande Vencedor
A Cascais J70 Winter Series 2024-2025, que também serve como Campeonato Nacional Português, terminou Domingo dia 13 de Outubro, com uma vitória decisiva para os velejadores portugueses do “Solyd Properties Developers”.
Aregata de três dias, organizada pelo Clube Naval de Cascais de 11 a 13 de Outubro, contou com dezasseis J70s de Portugal, Espanha, Grã-Bretanha, Brasil e Países Baixos, cinco nações competindo em condições desafiadoras, mas justas. Os ventos variaram de 6 a 12 nós, soprando consistentemente de leste a sudeste. A frota completou o programa completo, navegando todas as nove regatas conforme planeado.
Os resultados gerais destacaram o desempenho excepcional das equipas portuguesas. O primeiro lugar geral foi para o campeão europeu de
J70 de 2023, “Solyd Property Developers”, comandado por Vasco Serpa, com Afonso Domingos, Paulo Manso e Gonçalo Lopes. Em um final dramático do evento, os vencedores começaram o último dia em quarto lugar e superaram um déficit de 12 pontos no dia, garantindo o título português ao subir 9 posições com um vento a morrer na última bolina da última regata. O segundo lugar foi para os britânicos “XCELLENT”, comandados por John Pollard, com Jack e Henry Wetherell e Oscar Cawthorne. Completando os três primeiros estava a equipa do norte de Portugal “Another Affair”, comandada por Tiago Morais, com Miguel Oliveira, Francisco Oliveira e João Oliveira.
O primeiro Corinthian, primeira equipa amadora, foi o barco galego “Abril Verde”, comandado por Luis Perez Canal, Cesar Torné Vasquez, Pablo Espinosa, Juan de Comingues Carvalho e Luis da Rocha Rial, um testemunho do forte desempenho dentro desta classe.
O campeonato recebeu apoio generoso de vários parceiros, incluindo a Câmara Municipal de Cascais, Turismo de Cascais, Vista Alegre, Sagres, Marina de Cascais e SailCascais. As suas contribuições foram fundamentais para o sucesso deste evento de prestígio.
A regata exibiu uma com-
petição intensa e excelentes performances na navegação. As classificações finais demonstram a consistência da frota local de Cascais, particularmente nas classificações gerais, enquanto os competidores internacionais apresentaram fortes desafios. O evento foi um sucesso retumbante, mostrando tanto o espírito competitivo da classe J70 quanto a beleza da costa de Cascais.
Classificações
Notícias do Surf Clube de Viana
A Semente do Olas Pro Europe foi Lançada em Viana do Castelo
O Encontro Final do “Semillero Olas Pro Tour 2024”, um dos principais circuitos de surf júnior da América Latina, estreou-se em Portugal de 9 a 18 de outubro.
Oarranque foi em Viana do Castelo com um programa potenciador do desenvolvimento global dos atletas: com treino, competição, cultura, experiências turísticas e sustentabilidade. Segundo Martin Passeri, ex-campeão argentino e treinador internacional de surf, os atletas tiveram um ótimo programa focado em consciencializar para uma rotina de treino, que beneficiou das excelentes valências do Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo, e também focado num campeonato, que registou altas ondas. Este evento marcou uma nova etapa no desenvolvimento do surf júnior mundial.
O Arranque desta edição
portuguesa do circuito “a Olas Pro Tour” da World Surf Cities Network (WSCN) e a primeira fora da América Latina, organizada também em colaboração com o Surf Clube de Viana (SCV), teve o CAR Surf de Viana, onde se respira surf 24 horas por dia, por centro logístico. Viana do Castelo, de 9 a 14 de outubro, contou com a presença dos vencedores do circuito “Semillero Olas Pro Tour 2024” nas categorias Sub 10, Sub 12, Sub 14, Sub 16 e Sub 18, tanto masculinos como femininos.
Em Viana do Castelo, os 80 atletas participantes, oriundos de nove países, tiveram oportunidade de viver um programa recheado de surf, com dois dias de training camp, com o famoso treinador ar-
gentino Martin Passeri, com workshops sobre surf, com o icónico treinador Martin Dunn, e sobre resgate e como evitar situações de risco no surf, com Joel de Oliveira, do Surfing Medicine International, e ainda dois dias de competição, onde puderam colocar em prática o que treinaram nos dias anteriores, mostrar o seu valor em ondas vianenses, competir com novos adversários e, em simultâneo, vivenciar experiências de camaradagem.
O programa vianense foi preparado para potenciar o desenvolvimento global dos atletas, seguindo a matriz da WSCN. Além do treino e da competição, foram acolhidos com cultura vianense. Fizeram visitas culturais e turísti-
cas a pontos-chave de Viana do Castelo e ainda viveram um arraial minhoto na Quinta de Santoinho. Também a sustentabilidade, que é marca do SCV, esteve em destaque no dia a dia dos participantes e numa ação de limpeza de praia. Foi um vasto programa de integração, pensado para os atletas, pais e treinadores. Inclusão também integrou esta iniciativa. Em conjunto com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão de Viana do Castelo, foi organizada uma categoria de Para Surfing. Ainda foi organizada uma categoria Master, possibilitando às referências mundiais presentes, agora como treinadores e organizadores do Olas Pro, também competirem.
Viana do Castelo: cidade-chave para o desenvolvimento global do surf Roberto Mezza, diretor do circuito Olas Pro, José Paulo Ferreira, presidente da Federação de Surf do Estado de São Paulo, Felipe Rodriguez, representante da WSCN, e Martin Passeri foram unânimes em considerar que este evento em Viana do Castelo foi muito positivo, tendo contado para isso com as fantásticas valências do CAR Surf de Viana, com as consistentes ondas vianenses, com a competência técnica do SCV e com o apoio do Município de Viana do Castelo que criaram um programa excelente para o desenvolvimento integral dos atletas.
Segundo Roberto Mezza, em Viana do Castelo foi lançada a semente que, a curto prazo, espera que se traduza não só num intercâmbio de atletas portugueses, espanhóis e franceses no Perú mas também na possibilidade de ser criado um circuito Olas Pro Europe e com início
em Portugal.
José Paulo Ferreira, o primeiro a criar um centro de treino na América do Sul, entende que, em resultado das ótimas condições que encontrou no CAR Surf de Viana e do bom trabalho que desenvolve, em breve, surgirão grandes nomes do surf “made in” CAR Surf de Viana.
Martin Passeri defende que
“para os atletas foi uma experiência inesquecível, pois beneficiaram de um programa focado em consciencializar para uma rotina de treino, que foi sendo ajustada e melhorada com a ajuda de vídeo-análise e com o apoio de Martin Duun, e ainda um campeonato, que serviu, sobretudo, para colocar em prática o que treinaram.”
Segundo Martin Passeri, o CAR Surf de Viana, graças às suas excelentes instalações e equipamentos, potencia o desenvolvimento do surf no geral, não apenas o de alto rendimento mas também para surfistas e treinadores de outros níveis.
O evento foi encerrado com uma emocionante cerimónia de entrega de prémios, prece-
dida pela performance plástica sonora “Ondulasom”, de João Ricardo Oliveira. Na entrega de prémios de Para Surfing, foi cumprido um minuto de silêncio em homenagem a Asdrubal Sotomaior, amigo, sócio e ex-diretor do SCV, recentemente falecido.
Partindo de Viana do Castelo, o Encontro Final do “Se-
millero Pro Tour 2024” fez uma breve passagem pela Nazaré e cumpriu, até 18 de outubro, o programa na Ericeira, a primeira Reserva Mundial de Surf na Europa.
Aloha
Resultados Finais
Surf Sub 12 Fem
1.ª Emma Marsano − Perú
2.ª Colomba Almuna − Chile
3.ª Josefa Melus − Chile
4.ª Leonor Vasconcelos − Portugal
Surf Sub 12
1.º Guilherme Goulart − Brasil
2.º Grisha Leushkin − Portugal
3.º Jet Abate − Nicarágua
4.º Pedro de Brito − Portugal
Surf Sub 14 Fem
1.ª Júlia Stefani − Brasil
2.ª Maeva Guastalla − Brasil
3.ª Paula Stefani − Brasil
4.ª Eduarda Stefani − Brasil
Surf Sub 14
1.º Vini Palma − Brasil
2.º Teo Garcia − Espanha
3.º Nicolas Oliveira − Brasil
4.º Martinho Barros − Portugal
Surf Sub 18 Fem
1.ª Victoria Larreta − Argentina
2.ª Brianna Burns − Perú
3.ª Miriam Julião − Portugal
4.ª Núria Maganinho − Portugal
Surf Sub 18
1.º Thiago Pezzati − Argentina
2.º Alejandro Bernales − Perú
3.º Gabriel Leitão − Portugal
4.º Samuel Cerne − Portugal
Master
1.º Martin Passeri − Argentina
2.º Felipe Rodríguez − Equador
3.º José Paulo − Brasil
4.º Roberto Mezza − Perú
5.º João Zamith − Portugal
Para Surfing
1.º João Fernandes
2.º Sebastião Garcia
3.º José Luís Jesus
4.º João Matos
Guilherme Ribeiro e Gabriela Dinis Vencem em Supertubos
Guilherme Ribeiro e Gabriela Dinis conquistaram no domingo, 27 de outubro, o triunfo no Bom Petisco Peniche Pro, quinta e última etapa da Liga MEO Surf 2024, a primeira divisão do surf nacional.
Com ondas de qualidade na praia de Supertubos, a derradeira jornada em Peniche ficou marcada, igualmente,
pela conquista do título nacional masculino por parte de Guilherme Ribeiro, depois de Teresa Bonvalot já ter conquistado o título feminino de
forma antecipada, na etapa dos Açores.
Com a ação a retomar bem cedo em Supertubos, a prova masculina foi a primeira a ir
para a água e com o título em jogo. Guilherme Ribeiro, que chegou a Peniche na liderança do ranking masculino, venceu o heat inaugural, com um score de 13,00, e assegurou a passagem aos quartos-definal.
A pressão ficou, assim, do lado de Tomás Fernandes, o outro candidato ao título, que competiu no heat 3. Numa bateria que foi dominada por Afonso Antunes, com um total de 17 pontos, fruto de dois belos tubos, Tomás não se encontrou com o mar e acabou eliminado. Dessa forma, Guilherme Ribeiro sagrou-se automaticamente campeão nacional, fazendo a festa na areia.
Já com o título assegurado, Guilherme Ribeiro continuou a superar rondas na prova, vencendo nos quartos-de-final o júnior Jaime Veselko. Nesta
mesma fase, Joaquim Chaves superou Martim Nunes, Afonso Antunes voltou a encontrar saída aos tubos para derrotar João Moreira e, por fim, e Guilherme Fonseca triunfou frente a Francisco Almeida.
As meias-finais colocaram frente a frente o recém-coroado campeão nacional, Guilherme Ribeiro, com o campeão deposto, Joaquim Chaves, com o triunfo a sorrir a Guilherme, que garantiu a quarta final consecutiva em etapas da Liga MEO Surf. Na outra meia-final, Afonso Antunes prolongou o momento positivo e levou de vencido Guilherme Fonseca, com mais um score elevado: 14,50.
Apesar de ter chegado à última etapa arredado das contas pelo título Afonso Antunes, que é o atual vice-líder do ranking europeu, chegou à final com a possibilidade de assaltar o 2.º posto do ranking masculino da Liga MEO Surf. Para tal, Afonso tinha de vencer a final frente ao campeão nacional Guilherme Ribeiro. Contudo, Guilherme entrou mais forte e acabou por segurar a vantagem até final, vencendo a disputa com 12,50 pontos, contra 10,15 de Afonso Antunes.
“É a terceira vez seguida que venço em Peniche”, lembrou o surfista da Caparica, de 22 anos. “Embora não seja uma onda em que passe muito tempo, acabo por ter uma boa conexão com o mar aqui. Nos dois últimos anos foi no Lagido, este ano em Supertubos. Ambas as ondas são em Peniche, mas são muito diferentes, o que significa que a minha capacidade de adaptação está cada vez melhor”, concluiu Guilherme, que venceu a quinta etapa da carreira na Liga MEO Surf.
Na prova feminina as surfistas mais experientes dominaram a ronda 3, com Kika Veselko e Teresa Bonvalot
a conseguirem triunfos rumo às meias-finais, sendo acompanhadas por Gabriela Dinis e Teresa Pereira. Nas meiasfinais Kika Veselko somou 15 pontos para vencer Teresa Pereira, enquanto a campeã
nacional Teresa Bonvalot foi surpreendida por Gabriela Dinis, numa bateria decidida por somente 0,05 pontos.
Na final, Kika Veselko entrou de forma mais ativa, enquanto Gabriela Dinis foi mais pacien-
faculdade, queria apenas fazer bom surf. Apesar de no futuro querer continuar a investir nos estudos, vou continuar a vir às etapas da Liga MEO Surf e competir no circuito europeu de qualificação. Vamos ver como corre o próximo ano”, frisou a jovem surfista lisboeta.
O dia final do Bom Petisco Peniche Pro ficou marcado ainda por um heat especial entre três jovens promessas do surf angolano, com Júlio Baleia a vencer a concorrência de Baita Júnior e Edilson Beto.
Eduardo Luz vence
Fantasy Surfer
te. Embora, a vice-campeã nacional tenha estado na liderança durante muito tempo, na reta final da bateria, Gabriela Dinis aplicou a mesma receita que já lhe tinha dado o triunfo na meia-final e operou nova reviravolta, vencendo com 9,40 pontos contra 8,75, rumo à segunda vitória da carreira na Liga MEO Surf.
“Estou super feliz”, começou por afirmar Gabriela Dinis, de 20 anos. “No início do campeonato não tinha grandes expectativas. Como tenho investido muito tempo nos estudos e na
Eduardo Luz conquistou o primeiro lugar do Fantasy Surfer do Bom Petisco Peniche Pro, na quinta e última etapa da Liga MEO 2024.
Um triunfo com base num palpite bastante certeiro, que incluiu os dois vencedores da etapa, valendo-lhe um relógio de marés Rip Curl.
Para chegar ao lugar mais alto do pódio e ao prémio, Eduardo Luz, além dos dois vencedores da etapa, Guilherme Ribeiro e Gabriela Dinis, acertou ainda nos finalistas vencidos, Afonso Antunes e Francisca Veselko, juntando ainda na equipa outros sur-
fistas que tiveram uma performance positiva nas ondas açorianas.
Bom Petisco
Peniche
Pro resultados
Final masculina: Guilherme Ribeiro 12,50 pontos x Afonso Antunes 10,15 pontos
Final feminina: Gabriela Dinis 9,40 pontos x Kika Veselko 8,75 pontos
Best Wave: Afonso Antunes, 9,50 pontos
Bom Petisco Girls Score: Kika Veselko, 15 pontos
Waversby Round: Afonso Antunes, 17 pontos
Go Chill Expression Session: João Mendonça e Camila Cardoso
Waikiki Junior Award: Jaime Veselko
Peniche Best Surfer: Guilherme Fonseca e Ana Mel
Heat especial Angola: Júlio
Baleia 12,25 pontos x Baita Júnior 11,35 pontos x Edilson Beto 6,90 pontos
Classificações
1º Lugar
- Guilherme Ribeiro, Afonso Antunes, Francisco Mittermayer, Matias Canhoto, Francisca Veselko e Gabriela Dinis
- 334.60pts (96% máxima pontuação)
Equipa de Máxima Pontuação
- Guilherme Ribeiro, Afonso Antunes, Jaime Veselko, Martim Nunes, Gabriela Dinis e Francisca Veselko
- 347.35 pts
Em termos de classificação geral, cujo vencedor anual será premiado com uma prancha Polen, houve mudança na
liderança da tabela, com Nuno Água a ultrapassar Joana Faustino na “remada” final.
Ranking após 5.ª etapa
1º lugar - Nuno Água
1.490,40 pontos
2º lugar - Joana Faustino
1.466,95 pontos
3º lugar - Carolina Santos
1.429.80 pontos
4º lugar - Artur Fernandes
1.420,05 pontos
5º lugar - João Pedrosa 1.412,05 pontos
O Fantasy Surfer chegou, a-
ssim, ao final em 2024, prometendo regressar para o próximo ano, para mais uma edição da Liga MEO Surf.
A Liga MEO Surf 2024 é uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Fire!, com o patrocínio do MEO, Bom Petisco, Allianz Seguros, Somersby, Go Chill, Corona, Waikiki, Rip Curl, o parceiro de sustentabilidade Jerónimo Martins, o apoio local da Câmara Municipal de Peniche e o apoio técnico do Península de Peniche Surf Clube e Federação Portuguesa de Surf.
Campeonato do do Mundo de Para Surfing
Marta Paço Conquista o Tetra de Ouro e Camilo Abdula Vice-Campeão Mundial
Um triunfo para uma equipa de apenas três elementos que traz para casa a medalha de prata de Camilo Abdula (Stand 1) e um honroso 9º lugar para Afonso Fraia (prone 2).
Asurfista portuguesa Marta Paço fechou com chave de ouro a participação portuguesa no ISA World Para Surfing Championship da Califórnia, ao vencer pela quarta vez consecutiva o título mundial da classe VI 1 para atletas cegas, batendo por larga margem as francesas Valentina Moskoteoc e Juliette Mas, mais a espanhola Carmen Lopez.
Marta Paço celebrou efusivamente esta conquista, comparando-a à primeira, há quatro anos: “Elas são todas diferentes, especiais à sua maneira, mas este foi um dos campeonatos em que me senti melhor, em que consegui surfar melhor e gerir melhor a ansiedade.
Foi marcante como o meu primeiro título.”
Tiago Prieto, Selecionador Nacional de Para Surfing e treinador de Marta Paço, elogia a sua pupila: “Hoje vimos uma Marta mais madura, que controla melhor as suas emoções e que surfou muito bem. Isto é o concretizar do trabalho que temos feito durante todos estes anos.”
Camilo Abdula vice-campeão mundial de Para Surfing O surfista português Camilo Abdula sagrou-se vice-campeão no ISA World Para Surfing Championship, na divisão Stand 1, perdendo por muito pouco (14.50 - 14.80) para o japonês Shingo Kato, o novo campeão mundial da categoria, numa bateria marcada pela escassez de ondas.
“Estive em terceiro na maior parte do heat, passei para segundo já perto do fim e não consegui o 6 que precisava para o ouro”, lamentou Camilo, confessando um misto de sentimentos: “Há o dever cumprido, mas também alguma frustração por não ter conseguido o ouro. Fundamentalmente, sintome feliz por ter trazido mais uma medalha para Portugal. Foi um ano difícil para mim em termos pessoais, mas esta medalha dá-me alguma felicidade.”
Recorde-se que Camilo
Abdula foi quarto (cobre) em 2021, campeão mundial em 2022 e o ano passado arrecadou o bronze.
O técnico nacional acrescentou, em jeito de balanço do trabalho da Seleção: “Viemos com três atletas e levamos duas medalhas e um 9º lugar. Objetivos cumpridos, superando os resultados do ano passado. Gostaria de realçar que estas medalhas não teriam sido possíveis sem o apoio desta extensa equipa que vai além de mim e dos atletas e que sempre esteve unida em torno do sucesso comum.”
O líder desta comitiva e presidente da Federação Portuguesa de Surf, João Aranha,
conclui: “A Marta conseguiu um feito histórico, alcançando o quarto título mundial e obliterando a concorrência. Foi a melhor maneira de terminar este ano com uma campeã, um vice e um nono mundial. Não temos uma equipa completa pelo que a
classificação global da equipa não será a melhor. Concentrámo-nos nos objetivos individuais enquanto fazemos prospeção de novos talentos. Finalmente, gostaria de agradecer aos nossos patrocinadores que tornaram tudo isto possível.”
Última
Notícias de Aveiro
Moliceiros Movidos a Energia Elétrica a Partir de 2025
Até ao final de 2025 todos os moliceiros em Aveiro serão elétricos numa mudança que permitirá eliminar 400 toneladas de CO2 por ano na Ria de Aveiro.
Oprimeiro moliceiro 100% Elétrico já iniciou a sua atividade regular pela Ria de Aveiro.
É o primeiro passo para que, até ao final de 2025, todas estas embarcações passem a ser movidas exclusivamente por motores elétricos, reduzindo a emissão de cerca de 400 toneladas de CO2 por ano.
A viagem inaugural do primeiro moliceiro elétrico, organizada pela Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e a empresa Aveiro MomentsAlvorada Comum Unipesso-
al, teve lugar na quinta-feira, dia 31 de outubro, e contou com as presenças do Presidente da CMA, José Ribau Esteves, e do novo Capitão do Porto de Aveiro, Ricardo Guerreiro.
O autarca diz que a transição começou e vai concretizar-se nos próximos meses.
“Os moliceiros 100% elétricos são o culminar de um trabalho pioneiro da Câmara Municipal de Aveiro em termos ambientais, tecnológicos e turísticos. Esta aposta da CMA para que estas embarcações tenham zero emissões de CO2 está
em linha com a estratégia do Executivo Municipal, que diariamente cuida dos valores ambientais do território para garantir a sustentabilidade e o futuro económico e social do Município e da Região de Aveiro”, afirma Ribau Esteves.
O novo motor utilizado, com uma potência de 4kW, é alimentado por duas baterias que asseguram uma operação de ininterrupta durante cerca de dez horas.
A concessão de moliceiros e mercantéis para os próximos cinco anos (2025 - 2029) já contempla a conversão
dos motores destas 27 embarcações que atualmente operam em Aveiro para a propulsão 100% elétrica até ao final do próximo ano. O moliceiro 100% elétrico é um dos objetivos definidos no Aveiro STEAM City, que tem como objetivo criar uma cidade mais inteligente e amiga do ambiente, com uma economia baseada no conhecimento e na sustentabilidade.
O sistema de carregamento elétrico desta embarcação foi financiado pelo programa europeu UrbanInnovative Actions.
Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com - Tlm:91 964 28 00
Editor: João Carlos Reis - joao.reis@noticiasdomar.pt - Tlm: 93 512 13 22
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Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com
Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia
Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing