Um Motor Poderoso para Muitos Barcos
Na Marina de Oeiras, a Grow Iberia apresentou e testou o novo Honda, um motor de 8 cilindros V8 com 350 HP
Na Marina de Oeiras no dia 26 de julho, a Grow Iberia, importador exclusivo dos motores Honda para Portugal, apresentou e testou o novo e mais poderoso motor fora de borda da Honda, um motor de 8 cilindros V8 com 350 HP, montado num semi-rígido Astec PB 800 e do conhecido modelo italiano Levanzo 25.
Na Marina de Oeiras estava também um semi-rígido 3DTender XPRO 589 equipado com o Honda BF 100.
Honda BF V8 350
O motor fora de borda Honda BF V8 350 é o modelo topo de gama Honda, equipado com as melhores capacidades técnicas e tecnologias exclusivas Honda.
O Honda BF 350 é um motor de 4 tempos V8 com 32 válvulas, SOHC 60°, com 8 cilindros, uma cilindrada de 4.952 cc e o peso de 350 kg.
O novo Honda BF350 V8 é um marco histórico na Honda e
o primeiro motor V8 produzido como um fora de borda e projetado para servir as necessidades dos clientes atuais, que querem barcos maiores e com capacidade de viajar mais longe da costa.
O Honda BF350 tem um novo design que realça a sua elegância e é muito prático no seu funcionamento.
O BF 350 foi desenvolvido para fornecer potência máxima com enorme eficiência de combustível.
O Honda BF350 oferece tudo o que os clientes procuram num motor, potência extraordinária, velocidade excecional e alta aceleração.
O BF350 também oferece uma economia de combustí-
vel impressionante, como característica, um excelente desempenho e uma variedade de recursos e funções encontrados apenas em motores fora de borda Honda.
O BF350 é adequado para realizar operações profissionais que exigem grande potência e servir como motor de barcos offshore e navegação no mar.
O BF350 tem uma velocidade impressionante e a sua aceleração rápida proporciona uma operação emocionante de alta propulsão, com resposta suave e um torque excecional.
A alta capacidade de impulso proporciona manobrabilidade e controle de barcos de grande porte.
O Honda BF 350 tem um funcionamento muito silencioso, mesmo em velocidade de cruzeiro, pode-se conversar descontraidamente a bordo e o convívio social é mais agradável.
Tecnologias
VTEC (Controlo Electrónico do Comando a Abertura Variável das Válvulas) - PGMFi (Injecção programada de combustível)
BLAST (Binário aumentado a baixa rotação)
ECOmo (Motor de economia controlada)
Tilt automático
Cruise Control
Support T
Trim
NMEA2000
VTEC
A tecnologia VTEC, é o controlo electrónico do comando da abertura variável das válvulas exclusiva da Honda oferece uma combinação superior de potência, torque e economia de combustível.
PGM-Fi
O motor tem o sistema PGMFI, a injeção programada de combustível, que faz o controlo da injeção de combus-
tível, permitindo um superior controlo da combustão, reduz o consumo e aumenta a performance no arranque. BLAST
A revolucionária e exclusiva tecnologia BLAST da Honda ajusta a relação ar/combustível e o ponto de ignição para aumentar a potência e o binário do motor para oferecer acelerações rápidas. Isto re-
sulta numa performance forte em aceleração.
Deste modo obtém-se acelerações rápidas principalmente no arranque, para as embarcações planarem mais rapidamente.
Esta tecnologia patenteada nos motores fora de borda a quatro tempos é o padrão dos motores Honda.
ECOmo
Especificações Honda BF V8 350
O sistema ECOmo diz respeita à eficiência de combustível, pois consegue baixos consumos em velocidades de cruzeiro em rotações entre as 3.000 rpm e 4.500 rpm.
A eficiência de combustível otimizada amplia o alcance e reduz os custos operacionais, superando a eficiência de combustível da concorrência em cruzeiro em 12% e o cus-
Motor Tipo 4 tempos, SOHC, 60° V8, 32 válvulas
Cilindrada 4.952 cc
Diâmetro x Curso 89 x 99,5 mm
Regime recomendado 5.000 - 6.000 Rpm
Potência máxima 350 HP a 5.500 Rpm
Sistema de refrigeração Por água
Alimentação PFM-Fi
Sistema de ignição PGM-FI
Sistema de arranque Elétrico
Sistema de escape Pelo hélice
Relação de transmissão 1,79:1
Potência do alternador 93 Amps
Capacidade de carga da bateria 70 A
to em 22%. Mudança e aceleração
O sistema drive-by-wire iST (Intelligent Shift and Throttle) exclusivo da Honda, garante um controlo de mudança e aceleração excelente e sem esforço, além da instalação plug-and-play do sistema de joystick Optimus 360 by Dometic.
Trim
O Trim funciona automaticamente com base na velocidade do motor ou do barco. As predefinições podem ser ajustadas.
Tilt
A inclinação automática é controlada por botão, para cima ou para baixo quando atracado, com apenas dois toques de botão.
Cruise Control
O controle de cruzeiro permite manter a velocidade de cruzeiro ou as rpm necessárias nos desportos aquáticos, na pesca ao corrico e na entrada nas marinas.
Ligação NMEA 2000
O motor é totalmente compatível com as normas NMEA 2000®, simplificando a ligação a outros dispositivos compatíveis com esta norma. poderá instalar uma grande diversidade de equipamento electrónico sofisticado, tal como sistemas de GPS, chart plotters e sonares.
Os instrumentos Honda mostram informações de funções vitais incluindo a rotação do motor, o ângulo da inclinação, os avisadores de serviço, a temperatura do motor, os níveis de carga da bateria, a pressão do óleo entre outros parâmetros de gestão do motor.Tem o indicador “Eco Light” exclusivo da Honda, que informa ao utilizador da embarcação quando o motor está em modo ECOmo/combustão pobre e, portanto, na sua maior eficiência de combustível.
Levanzo 25 com Honda BF V8 350 O Levanzo 25 é importado para Portugal em exclusivo pela Motolusa.
Com 7,90 metros de comprimento e uma impressionante boca de 2,54m, é um modelo construído pelo estaleiro Lilybaeum Yacht de
Itália.
O excelente desempenho dá lugar ao conforto e ao luxo!!!
O LEVANZO 25 oferece espaços incríveis para desfrutar de dias inesquecíveis no mar… 7,90m de puro luxo.
O seu casco e deck aberto, resulta de um projeto de
engenharia naval de alto nível, onde foi dada toda a atenção meticulosa em cada detalhe. Resulta numa combinação única, compacta e elegante.
Feito à mão com os melhores componentes disponíveis no mercado náutico, cada barco Lilybaeum, é tra-
tado como uma peça única, um “produto italiano de excelência”, feito para navegar no tempo e perdurar no segmento de luxo.
Uma mistura perfeita de elegância e potência, conforto e versatilidade.
A equipe de design criou um produto tecnológico de alto desempenho, que se destaca dos demais barcos, graças à sua aparência verdadeiramente exclusiva e intemporal.
Um barco que dá nas vistas pela sua elegância e glamour.
A distinta proa alta e as linhas do casco, permitem que navegue sob condições difíceis de mar com total segurança. As laterais altas, proporcionam uma excelente estabilidade e um deck seco, perfeito mesmo em águas agitadas. O desenho da prôa, inspirado das embarcações de pesca Offshore, produz uma deflexão perfeita das ondas, transmitindo segurança e poder, na navegação. O novo motor Honda de 350HP V8, imprime toda a potên-
cia necessária para tornar isto tudo realidade, deixando também saborear o ADN desportivo que o caracteriza, com uma agradável surpresa nos consumos.
É um barco luxuoso no equipamento e no acabamento característico da mão de obra italiana. No seu interior, todos os detalhes de construção confirmam o seu segmento luxuoso. Acabamentos em pele e o emprego de materiais, topo de gama, fazem deste barco um pleno de sofisticação e requinte inigualável. Facilmente encontramos materiais nobre como a fibra de carbono da luz 360 ou dos mastros do bimini, ou a âncora em aço polido.
A par com a sua grande estabilidade, as zonas laterais compreendidas entre as alhetas e as amuras, oferecem uma característica ímpar neste barco. Desenhadas para o aproveitamento total
são generosas e planas em forma de plataforma, o que permitem que se possam aproveitar todos os dois com-
primentos, para apanhar sol, mergulhar ou mesmo transitar em pé, sobre elas.
O Levanzo 25 oferece espa-
ços muito amplos no posto de comando, no poço e à frente, permitindo a maior comodidade dos passeios de mar com Porão no poço
Comprimento
Deslocamento
Lotação
Depósito
Depósito
Classe
Potência
Preço
a família e os amigos, numa embarcação de 25 pés.
O posto de comando tem um alto para-brisas e está protegido por um Hard-top. A sombra do Hard-top com um toldo adjacente, cobre o solário.
O piloto tem um banco para condução de pé e dispõe de um painel de instrumentos equipado com toda a eletrónica necessária. Carregador de telemóvel, rádio topo de gama da Fusion, luzes de cortesia, buzina, etc.
Um lavatório e um frigorífico oferecem a possibilidade de otimizar o convívio a bordo.
Na ré, existe um amplo solário bastante confortável com uma vista plena e com acesso à grande plataforma de banho, com escada.
Levantando a tampa do solário, acionado por amortecedores hidráulicos encontra-se um enorme porão para guardar as almofadas, toda a palamenta e demais acessórios, tal como toda a bagagem dos passageiros.
À frente da consola de comando há um banco em U, com uma mesa central e o espaço converte-se também em solário.
Na proa está montado um ferro em Inox polido, com um guincho elétrico.
m
O fundo em Teka em todo o deck, plataforma de banho e laterais, conferem o que falta, para classificar o Levanzo 25, como um barco único, capaz de o elevar a um patamar de alta exigência, no setor náutico. Não fizesse o Lylibaeum parte do “coque luxe” dos barcos italianos. Os prémios de Design e Performance, de que é detentor, são espelho disso mesmo.
Teste Levanzo 25 com motor Honda BF V8 350 Por não estar com o hélice adequado montado, não se mediram as performances
Astec PB 800 com Honda
BF V8 350
As embarcações Astec são vendidas em Portugal pelo fabricante italiano Astec Boats.
O estaleiro Astec fabrica seis gamas de semi-rígidos, das quais a série PB foi pensada para a actividade profissional, com três modelos dos 10 aos 12 metros.
O Astec PB 800, com 7,99 metros de comprimento, está equipado para a navegação náutica turística com 12 bancos jockey e uma consola de condução protegida por um Hard-top.
O Astec PB 800 tem o casco em V profundo da proa à popa. O estaleiro garante que os barcos são rigorosamente produzidos com componentes adequados para uma utilização intensiva e diária no mar.
O Astec PB 800 tem plataforma antiderrapante, um tampão de drenagem no convés e para arrumações um porão à proa.
Teste Astec PB 800 com Honda BF V8 350
Devido às condições dos planos de água e do mar, por questão de segurança, não permitirem as medições das velocidades máximas, me-
Especificações Astec PB 800
Comprimento total 7,99 m
Boca 3,33 m
Comprimento interior 6,63 m X 2,10 m
Diâmetro do tubo 0,56 m
Compartimentos 7
Peso 820 kg
Depósito combustível 300 L
Lotação 20
Classe CE C
Potência máxima 500 HP
Motor recomendado Honda BF V8 350
dem-se os motores noutras rotações e estimam-se as performances.
Velocidade às 5.000 rpm 38 nós.
Velocidade de cruzeiro às 3500 rpm 28 nós.
Com o motor nas 6000 rpm a velocidade máxima poderá ser 42/45 nós.
3D Tender XPRO 589 com Honda BF 100 O semi-rígido XPRO 589, com 5,89 metros de comprimento,
pertence à gama de prestígio e polivalente XPRO, da marca Francesa 3D Tender, ideal para a pesca lúdica e pequenos cruzeiros familiares.
Com o casco em V profundo são barcos muito rápidos, estáveis e manobráveis. Devido à suas dimensões, cerca dos 6 metros de comprimento, o XPRO 589 é um barco muito seguro a navegar no mar e com comodidade. Pode bater os pesqueiros do litoral, para levar os pescadores à pesca, porque está classificado na Classe C da CE. Estas embarcações têm também o tamanho adequado para fundearem nas pequenas enseadas para os pescadores submarinos fazerem as suas caçadas de peixe.
O XPRO 589 tem a consola XPRO com compartimento de arrumação. O piloto tem um assento para a condução de pé. À proa o barco tem um grande porão,
para a palamenta, à prova de água.
Nos passeios até às praias, com a família e os amigos. o XPRO 589 pode levar muita gente, porque tem de lotação 16 pessoas.
Pelas suas características e equipamento, estes barcos oferecem a melhor relação qualidade/preço no mercado.
A 3D Tender fabrica os semi- rígidos com cascos em fibra de vidro e cascos de alumínio.
Quanto aos tubos, são fabricados em tecido PVC Valmex. É um tecido de qualidade fabricado na Alemanha pela marca Mehler.
Os tubos podem ser também fabricados num tecido Hypalon Orca que é um tecido de qualidade que resiste a temperaturas extremas, aconselhado para as zonas tropicais.
Os semi-rígidos para ficarem mais compactos, têm os tubos completamente colados por fora ao casco e por
dentro à coberta.
A gama XPRO é uma gama completamente modular e adaptável de acordo com os desejos e a necessidade do cliente. O assento do piloto, a consola e os acessórios são colocados onde ele quiser.
Equipamento standard Console de direção, Assento reforçado Xpro com caixa de armazenamento, Rolo de proa, Armário dianteiro, Plataforma antiderrapante, Faixa
Especificações 3D Tender XPRO 589
Comprimento 5,89 m
Boca 2,52 m
antiderrapante dupla, Faixa de proteção de arco, Cobertura integral de inverno, Apertos duplos, Inflador, remos e kit de reparo.
Opções Banco duplo (B02), Ban-
Dimensões interior 4,72m x 1,33m
Diâmetro do tubo O, 57 m
Número de câmaras de ar 6
Peso 400 Kg
Pressão de inflação do tubo 0,25 barra
Lotação 16
Carga máxima 1.400 Kg
Eixo do motor Longo
Categoria de design CE C
Potência máxima 120 HP
Motor recomendado Honda BF 100
Preço barco XPRO 589 Hypalon com Honda BF 100 C/IVA 32.989 €
Honda BF 100
OHonda BF100 exibe um elevado nível de performance recorrendo a tecnologias mundialmente comprovadas. Com baixo peso e design compacto, o motor oferece óptima performance com os mais baixos consumos.
O Honda BF 100 tem um design elegante e aplica o máximo proveito de diversas tecnologias exclusivas e avançadas de motores da Honda, pelas quais a marca é reconhecida.
VTEC Controlo Electrónico do Comando e Abertura Variável das Válvulas.
BLAST Binário Aumentado a Baixa Rotação.
ECOmo Motor de Economia Controlada. Controlo de Rotação para Pesca ao Corrico.
Cruise Control permite um controlo de precisão de baixa velocidade, com ajustes automáticos em incrementos de 50 rpm, ideal para as manobras de pesca e de baixa velocidade.
Ligação NMEA 2000.
co duplo (B03), Banco duplo (B04), Assento com barra de segurança (R13), Escada tubular (A12).
Teste 3D Tender XPRO 589 com Honda BF 100 Por questão de segurança, a velocidade máxima foi medida apenas às 5000 rpm. Velocidade às 5.000 rpm 30 nós
Velocidade de cruzeiro às 3500 rpm 22 nós
Estimamos que às 6000 rpm a velocidade máxima seja de 36/38 nós.
Especificações Técnicas
Tipo do motor 4 cilindros, 16 válvulas SOHC VTEC™
Cilindrada 1.496
Diâmetro e Curso (mm) 73 x 89,4
Regime recomendado (rpm) 5.500 – 6.300
Potência [kW (CV)] [73,6 (100)]
Sistema de refrigeração Refrigerado por água (com termóstato)
Alimentação PGM-Fi (Programmed Fuel Injection Injecção Programada de Combustível)
Sistema de ignição Electrónico, PGM-IG
Sistema de arranque Arranque eléctrico
Sistema de escape pelo hélice
Relação de transmissão 2,33
Potência do alternador 44 amperes
Capacidade de carga da bateria 35 amperes
Conformidade com a norma NMEA 2000</b> Sim
Altura do painel de popa (mm) L: 537/X: 664
Peso a seco (com hélice) L: 166/X: 172
Sistema de ajuste e inclinação (Trim & Tilt) Eléctrico
Dimensões gerais (C/L/A)
746/449/1.566 (L) /1.693 (X)
Notícias
Notícias do Porto de Lisboa
Mais Cruzeiros em Julho
O Porto de Lisboa teve um extraordinário aumento de visitas de Cruzeiros, com o melhor julho de sempre em Passageiros de Cruzeiro sendo batido anterior recorde de 2023.
OPorto de Lisboa alcançou um marco histórico no mês de julho de 2024, com o maior número de passageiros de cruzeiro de sempre para este mês, registando um total de 58.141 passageiros, o que corresponde um aumento de 6% em relação ao anterior recorde, de 2023, com 54.992 passageiros.
O principal motor deste recorde foi o impressionante crescimento de 35% de passageiros de cruzeiro em trânsito, equivalente a uma subida de 39.245 para 52.797 turistas nesta categoria, entre 2023 e 2024.
Estes resultados são a consequência de um maior número de escalas em trânsito e do aumento da capacidade média dos navios que atracaram em Lisboa, durante o passado mês de julho. Durante este mês, o Porto de Lisboa registou um total de vinte escalas de cruzeiros, um aumento de 5% em comparação com as 19 escalas do mesmo mês, no ano anterior.
O valor alcançado reflete a confiança das companhias
de cruzeiros na capacidade de Lisboa para receber navios de maior porte, como ficou demonstrado com as 15 escalas realizadas por navios de capacidade superior a dois mil passageiros.
O presidente da APL, Carlos Correia, sublinha a importância deste marco: «Este recorde evidencia não apenas a atratividade crescente da cidade de Lisboa como destino de cruzeiros, mas também o nosso compromisso
“ILMA”, o mais recente e inovador navio de cruzeiros ultraluxuoso, já esteve em Lisboa
O Porto de
continua a investir na melhoria das infraestruturas e serviços portuários
em continuar a investir na melhoria das infraestruturas e serviços portuários do Porto de Lisboa, promovendo um turismo sustentável e de qualidade.»
Além do recorde de passageiros em Lisboa, julho de 2024 ficou igualmente marcado pela primeira escala do navio de cruzeiros ILMA, o mais recente e inovador navio de cruzeiros de ultraluxuoso da Ritz-Carlton Yacht Collection. Recorde-se que o ILMA, equipado com tecnologias avançadas de eficiência energética e sistemas de tratamento de água, reforça um compromisso que também é do Porto de Lisboa, com a sustentabilidade ambiental.
Este desempenho recorde de julho, no Porto de Lisboa, destaca-se assim como um sinal positivo para mitigar a sazonalidade na atividade de cruzeiros, durante o verão, por ser um período tradicionalmente menos ativo para o setor. O Porto de Lisboa continua, assim, a consolidar a sua posição entre os principais destinos de cruzeiros na Europa.
Yamaha Jetfish, Eleve a Sua Pesca
A evolução da pesca em waverunners Yamaha, descubra o Pack Jetfish, transforme a sua waverunner numa máquina de pesca.
Descubra a aventura e pesca em alta velocidade com o Pack Jetfish para Waverunners Yamaha. Projetado para pescadores apaixonados e aventureiros do mar, este pack transforma a sua experiência de pesca, combinando inovação e desempenho superiores.
O Pack Jetfish equipa as nossas Waverunners com tecnologia de ponta, garantindo estabilidade e manobrabilidade, mesmo nas condições mais adversas. Quer esteja a explorar novos mares ou à procura da captura perfeita, a Yamaha oferece a solução ideal para aqueles que desejam aven-
tura e eficiência no mar.
Descubra como o Pack Jetfish eleva a sua experiência de pesca com acessórios exclusivos que maximizam o conforto e a funcionalidade.
Destaques do Pack Jetfish: Desempenho Superior: Motores potentes que garantem velocidade e eficiência.
Estabilidade e Segurança: Construção robusta para na-
vegar com confiança.
Inovação Tecnológica: Equipamentos modernos que melhoram a sua experiência de pesca.
Personalização: Opções de acessórios para personalizar a sua Waverunner.
As Waverunners equipadas com JetFish permitemlhe que desfrute convenientemente das características únicas da pesca com uma moto de água, incluindo o
fácil lançamento e recuperação por meio de um único operador, velocidade até ao local de pesca, fácil manobrabilidade e acesso a águas pouco profundas, juntamente com a emoção tradicional
que acompanha as lendárias Waverunners Yamaha.
Aos preços mencionados deve-se acrescentar 20,0€ + IVA, referente ao transporte internacional, para entregas diretas na loja do Concessionário, válido para Portugal Continental e Arquipélagos.
Os preços apresentados já incluem a taxa de IVA em vi-
gor, atualmente de 23%. Todos os nossos preços podem ser modificados, sem aviso prévio. A Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal reserva-se o direito de alterar ou suprimir, sem aviso prévio, as caraterísticas dos seus modelos. Aconselhamos a contatar um Jet Center (Concessionário Oficial especializado em Waverunners) para mais informações.
O JetFish Pack não inclui Sonda nem Transdutor.
Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal Rua Cidade de Córdova, 1 2610-038 Amadora Tel. 00 351 211 450 395 (custo de chamada de rede fixa nacional) apoioaocliente@yamahamotor.pt
www.yamaha-motor.eu/pt
Pesca Lúdica Embarcada
Defender o Peixe da Nossa Costa dos Barcos Profissionais
Quero começar por fazer um esclarecimento que me parece necessário: a frota pesqueira profissional desempenha um papel fundamental no abastecimento de pescado fresco à população portuguesa. A todos nós.
Este mar não é das redes, mas também não é das linhas...
Também quero dizer que não me movem sentimentos revanchistas de nenhum tipo quanto às pessoas que praticam a pesca profissional, de resto tenho amigos que são pescadores por profissão. E com eles aprendo muito do que é a arte de procurar peixe, de conhecer mar, de aguentar sem um queixume uma vida dura e muito mal remunerada.
Pela voz deles sei daquilo que se sofre para apresentar
pão em cima da mesa.
Também vos digo que aquelas pessoas têm família, têm filhos que estudam, têm compromissos com rendas de casa e carros, têm medicamentos para pagar.
E para isso têm de pescar peixes.
Dito isto, parece-me importante referir que há um espaço para a pesca profissional e outro para a pesca lúdica, a nossa pesca à linha.
E é aqui que me parece ser
importante trabalhar para evitar crispações, más vontades, e problemas que podem chegar a ser sérios.
Já todos nós tivemos encontros de 3º grau com barcos de pesca que pura e simplesmente não respeitam os direitos dos pescadores de linha.
A mim já me cercaram por completo com uma rede, e eu não tive forma de sair de lá sem ser passar-lhe por cima, com o motor desligado e levantado...
Hoje trago-vos uma ideia que está longe de ser nova, longe de ser milagrosa, mas que poderia ajudar muito a que todos pudessem cohabitar sem as fricções que vão acontecendo todos os dias. Todos já vimos redes lançadas a duas dezenas de metros da praia ou da rocha. Isso impede o peixe de se alimentar, mas tal facto não demove quem as coloca naquele local.
Há algum tempo foi lançada uma sugestão pelos pescadores lúdicos franceses no sentido de proibir a colocação de redes de emalhar nas primeiras três milhas de costa.
Não preciso de vos dizer que caiu o Carmo e a Trindade por isso, as poderosas organizações profissionais vieram a terreiro bater-se pela sua dama e contestaram toda e qualquer forma de lhes impôr limitações.
Nitidamente queriam continuar a ser livres de lançar redes onde quisessem.
Não obstante, e tendo esta questão chegado aos tribunais, estes viriam a dar razão aos pescadores lúdicos.
A frota profissional explodiu de raiva e contestaram, interpondo recursos sucessivos.
E repetidamente os tribunais confirmaram a aceitação dos argumentos da pesca à
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com
linha. Até porque estes não apresentaram uma proibição total e fundamentalista, pelo contrário, seriam permitidas
nessas primeiras três milhas artes de pesca não dizimadoras, malhas mais largas, no fundo todas as que poupam
peixes juvenis, peixes migratórios e espécies ameaçadas mas incapazes de se desenvolverem e de prosperarem
se ameaçadas pelas redes não selectivas.
Nessa faixa seriam também permitidas actividades como a pesca com aparelho de anzol, os covos para cefalópodes, a pesca à linha lúdica e até o mergulho amador.
O objectivo não é proibir a pesca, é restaurar a pesca, dar verdadeiras chances de
todos poderem reclamar a sua parte.
Falamos de preservar o mar, de gerir aquilo que ainda existe, de deixar algo às gerações futuras.
A inspiração vem dos Estados Unidos, onde esta política permitiu a recuperação completa de habitats, o desenvolvimento de grandes stocks de
peixe, e, por consequência, a colonização de outras profundidades por peixes nascidos e criados nesta estreita faixa costeira.
Não se trata de estabelecer uma reserva ecológica, trata-se de ajudar a natureza a prosperar, a dar um empurrão forte na criação de mais e melhor peixe. E a seguir,
esse peixe já adulto sai e vai para onde pode ser capturado pela frota pesqueira profissional.
A proliferação de pescadores de linha permitiu a cobrança de licenças de pesca e esse valor acrescido foi o suficiente para equipar a Polícia Marítima local, dandolhes meios de fiscalização eficazes.
Todos pescam, há muito peixe, mas evitam-se as mortandades de peixe para venda, a “pesca à linha lúdica” encapotada.
Garantir a existência de peixe disponível é compatível com uma gestão cuidada dos recursos, dizem eles. E provam-no. As multas são draconianas, altíssimas, e vai tudo apreendido: é barco, é material de pesca, é tudo arrestado. E isso é muito “motivador”…de bons princípios.
Demarcar uma faixa ecológica de três milhas é proteger a pesca sustentável, selectiva, é atribuir importância aos viveiros de peixe (peixe miúdo cria-se na costa, não em alto mar…) e aos corredores migratórios que são essenciais para a evolução das espécies.
Acaba por ser uma relação win-win, positiva para todos os envolvidos no processo. Todos ganham.
É possível conciliar a pesca e a preservação dos habitats marinhos.
Mais peixe disponível para a pesca lúdica, mais peixe para a frota de pequenas embarcações de pesca artesanal, mais peixe adulto para ser pescado pelos profissionais. Quem faz melhor?
A mantermos a gestão zero das nossas espécies, no fundo aquilo que fazemos hoje, um dia vamos querer fazer melhor e já não haverá nada para proteger.
Fica a ideia, e a vontade de debater razões de ambas as partes.
Pesca Lúdica Embarcada
Em Cima da Pedra ou... Perto da Pedra?
Tenho para mim que 99 em 100 pescadores nacionais olha para o seu GPS e vê nas pedras marcadas a forma, a única forma, de conseguir alguns peixes.
Quando um barco de pesca lúdica sai ao mar, não haverá a bordo um único capitão que não aponte proa de forma decidida às suas marcações GPS. Aos seus pontos, diligentemente acumulados ao longo dos anos.
Cada uma das cruzes corresponde invariavelmente a uma pedra, ou a um cantinho especial da pedra e o assunto não tem discussão.
Entendo que assim seja. É certo e sabido que em cima de qualquer estrutura fixa haverá sempre peixe, por pequeno e desinteressante que este seja. Mais que isso, quando se chega ao local a primeira acção é sempre a de deitar ferro ao fundo, o que resulta infrutífero se a âncora não prende na pedra. Decididamente é sempre de pedra que falamos!
E porque os olhares treina-
dos do mestre apenas focam a cruz marcada e a distância que falta para lá chegar, até é normal que durante o percurso a sua atenção se desligue e vire para outros temas.
Todos sabemos que a conversa incide muito mais em torno de futebol ou mocinhas loiras desinibidas, leiase figurinhas encaloradas de calendários de oficina, e muito menos em… cotações da bolsa ou física quântica.
Não tem de ser assim.
Devemos ter o espírito suficientemente receptivo a algo diferente. E a diferença aqui é sermos capazes de ir pelo peixe e não pelo ponto GPS.
É certo que as pedras recebem os favores de visitas regulares de muitos e bons peixes, mas se aceitamos que hoje exista peixe em cima de uma pedra e amanhã nem tanto, isso quer dizer que ele se movimentou.
Se “está” e a seguir “deixa de estar”, …ou bem que foi pescado na totalidade, ou foi … para outro lado.
Partindo do princípio que as pedras não são infinitas, haverá um momento em que esse peixe se deslocou de uma pedra para qualquer outro lado. Não está lá, saiu da zona da nossa marcação.
Pensarão os indefectíveis defensores da valia dos pontos GPS/ pedra que obviamente se saiu de uma pedra foi certamente para ir para outra. Volto a repetir: não tem de ser assim…
Temos uma tendência nata para ver as coisas a preto e branco, e muitas vezes não é nem uma nem outra cor, há muitas matizes de cinza que podem ajustar-se bem mais à verdade. O peixe pode apenas afastar-se momentaneamente da pedra e não querer ir para outra.
As pessoas que fazem mergulho têm uma noção mais exacta daquilo que é a movimentação diária do peixe, em função das marés, das suas horas de caça, dos seus momentos de repouso, da busca frenética de comida ou da sua plácida permanência encostado a uma pedra, debaixo de uma solapa, ou bem protegido dentro de uma fresta escura. O peixe a seguir ao seu tempo de alimentação, descansa, abranda o ritmo.
Há um padrão bem definido que pode ser adivinhado pelo pescador de costa, aquele que vê a água subir com a maré e vê o brilho das escamas do peixe que começa a mariscar bem junto a si. E que horas depois o vê sair para o largo para o seu merecido descanso.
Os mais pessimistas pensarão que foi embora e já não volta, os mais optimistas Vinis …sempre eficazes
vão ficar e esperar por ele, na esperança de o ver retornar. O peixe cumpre apenas o seu ciclo alimentar e nada mais que isso. Vem e vai.
É o pescador que tem pressa, é ele que quer prolongar o momento, e se calha a ser pessoa de fé, irá ficar de olhos fixos rezando a todos os santinhos que lhe traga aquela dourada enorme que ali esteve a esfregar-se na rocha.
Para o pescador não há dúvidas, há sempre condições para o peixe ficar. Pese embora a exiguidade de água que ficou a lamber as pedras descobertas onde horas antes havia mais três metros de altura, se o pescador quer que fique o peixe tem de ficar!
Também o pescador que actua ao largo, longe da costa, sente que há diferenças de posicionamento do peixe, em função das marés.
Volto a insistir na ques-
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com
tão dos famosos “ciclos de alimentação” por entender que são eles que marcam o ritmo. Para quem vai poucas vezes ao mar ou para quem é mais distraído, tudo se resume a dias em que o peixe “dá” e outros em que “não dá”.
É uma forma simplória de ver as coisas. Ao longo do dia o peixe passa por diversas fases, e algumas delas correspondem a períodos activos de alimentação, outras a períodos de descanso passivo.
Por nós, estaríamos em permanência na crista dos períodos frenéticos de alimentação. Queremo-los entusiasmados com as nossas iscas e as nossas amostras, …sempre.
Mas os horários são sempre os deles, não são os nossos…
Quando estamos no local
certo no momento certo, podemos esperar fazer pescas interessantes em muito pouco tempo. E se querem saber, os momentos certos têm alguma possibilidade de ser previstos, se soubermos ler o mar e soubermos algo sobre o peixe. Mostro-vos um curto filme de um desses momentos, em que eu estava lá quando devia estar:
https://peixepelobeicinho. blogspot.com/2024/07/emcima-da-pedra-ou-perto-dapedra.html
O conceito é este, o de tentarmos perceber a lógica de comportamento do peixe que queremos pescar. Podemos pensar todos em voz alta e tentar chegar a uma conclusão.
Um predador inspira sempre temor, medo, pavor, às frágeis presas que com ele se cruzam. Por ser uma potencial ameaça à sua exis-
tência!
Imaginem um cardume de pequenos peixes que se encontra estacionado em cima de uma pedra. E agora vamos colocar um pargo de 8 kgs a um metro desse cardume. O cenário é este.
Percebam que a pressão sentida por esse cardume só pode baixar de duas formas: ou o predador se afasta, ou o cardume se afasta.
Não há forma de fazer coabitar estas duas realidades a um metro uma da outra sem que o mais frágil não se sinta incomodado.
Se o pargo decidir afastarse, o cardume pode ficar no local. Se isso não acontecer, mais minuto menos minuto, mais hora menos hora, a tensão predador / presa fará estalar o chicote e o cardume acaba por ter de sair.
Nesse caso, o predador perde o contacto com a sua
Os peixes seguem instintos que são seus e que devemos tentar entender, para os conseguirmos pescar
alimentação, por se ter mantido demasiado próximo, por ter excedido o limite de tensão admissível para o cardume de pequenos peixes. Perde mais que isso, perde também a possibilidade de ficar num local que conhece, que eventualmente poderá até ter boas condições de caça.
E é forçado a deslocar-se, a sair da “sua” pedra. Eventualmente irá seguir o cardume, ou tentar encontrar outro.
Agora vejam uma forma diferente de fazer: o predador ataca o cardume, come, e afasta-se dele. Não vai para longe, apenas se afasta da pedra o suficiente para não ser considerado uma ameaça permanente. Para o cardume de pequenos peixes, após um momento de tensão máxima, chega a altura em que pode baixar os níveis de stress, voltar a confiar na vigilância de grupo e dedicar-se a comer.
Não tem o predador à vista e muito menos a escassos centímetros de si. A tensão baixa a níveis aceitáveis e por isso mesmo fica por ali. Em linguagem fácil, mundana, o predador abandona a cozinha, desloca-se para a sala e deixa o cardume de peixes, a comida, no frigorífico. Acessível, controlada, …fixa.
Faz diferença?
Por isso mesmo, eu encontro muitas vezes os peixes não em cima da pedra, sítio onde toda a gente os vai procurar, mas nas imediações, não longe da pedra.
Reconheço que é necessário um pouco mais de paciência, de saber procurar, de saber ler a sonda. Mas quando estou a fazer isso, estou concentrado no que faço, não estou a tratar de futebol nem a ver fotos de calendários de oficina de bate-chapas...
Notícias
O Tejo Piscoso
Esta é a segunda parte do “Tejo maior que o pensamento...”, segundo Carlos Salgado, amigo do Tejo, “Navegando nas minhas memórias”, diário 6. Este diário conta-nos da abundância de recursos de pesca do Tejo desde cedo na sua história, e dos povos que ai se instalaram.
A pesca fluvial ocupava grande parte das gentes
Mas houve tempos em que a captura no mar e nos rios era abundante e a circulação do pescado fazia-se por todo o reino, e ultrapassava as fronteiras. A pesca das diferentes espécies exigia uma diversidade de artes e de maneiras de captura. As espécies mais apreciadas eram o salmão, o congro, o linguado, a lampreia, o sável, e o solho.
D. Dinis, para desenvolver as pescas criou Póvoas Marítimas e Póvoas Fluviais, ou seja, deu benefícios aos homens do povo que quises-
sem viver junto do mar ou dos rios para se dedicarem à pesca. O rio de Alpiarça, afluente do Tejo, aparece sempre associado à abundância de peixe.
Há notícia de que em 1436 o povo do concelho de Santarém fez uma petição ao rei para que no rio Alpiarça se pudesse pescar com covões (covão era um cesto comprido de vime), pois pescar com cana não era rentável, e o rei D. Duarte cedeu ao pedido autorizando a utilização dos covões em determinadas zonas. Passados três anos o concelho de Santa-
rém, nas Cortes de 1439, volta a manifestar-se contra a coutada real do rio Alpiarça, alegando que os rios são livres e que todos deveriam ter direito de pescar. O povo manifestava-se contra alguns poderosos que proibiam de pescar ali na época do sável.
Em 1442 o regente D. Pedro declara livre a pesca no rio Tejo, no entanto o rio Alpiarça continua a ser coutada real, e permaneceu a sê-lo desde o reinado de D. João I até ao século XVIII.
Era muito comum os monarcas usufruírem de terrenos próprios para a pesca e para a caça, que eram coutadas reais, onde unicamente o rei podia caçar ou pescar. Outros, para o poderem fazer ali também, tinham obrigatoriamente que ter uma autorização especial do rei.
Migrações de Pescadores da Costa Atlântica para o Tejo
As motivações para os movimentos migratórios de pes-
cadores no nosso território, sobretudo para o Tejo e para o Sado, não difere das constatadas para os restantes grupos populacionais na busca de melhores condições de vida em locais diferentes dos da sua origem. Particularizam-se, porém, as populações que retirarem o seu sustento do meio aquático, para extrair os recursos vivos que nele vivem, caracterizados por serem de propriedade comum e de ocorrência e acessibilidade variáveis no espaço e no tempo.
A esta motivação primordial acrescentam-se outras relacionadas quer com a industrialização da pesca (nomeadamente no período de desenvolvimento da indústria conserveira, que criou oportunidades de trabalho nos portos mais importantes), quer com as limitações ou restrições legais a esta actividade.
As principais migrações internas de pescadores em Portugal Continental estão representadas no mapa anterior.
O papel de ílhavos, murtoseiros e varinos na colo-
Mapa dos movimentos migratórios das populações marítimas Portuguesas, de Henrique Souto
nização do litoral Norte e Centro de Portugal (e o seu “cruzamento” com algarvios), oriundos de uma das regiões que mais migrantes originou, a da laguna de Aveiro (vulgo “Ria de Aveiro”), parece ter a sua génese em alterações no meio lagunar que, ora proporcionava boas condições de vida ora tornava-a extremamente difícil, fenómeno muito comum até ao início do século XX, altura em que se estabilizou a ligação ao oceano, precisamente porque as alterações na laguna
dependiam essencialmente das condições dessa ligação. Sendo assim, não é de estranhar que ílhavos, murtoseiros e varinos se tenham transformado no grupo que mais se movimentou e estabeleceu no litoral português até ao Tejo e ao Sado, tendo a particularidade desses movimentos se fazerem por mar.
Estas comunidades penetravam nos rios Tejo e Sado na época da pesca do sável, ao que tudo indica utilizando artes de pesca semelhantes
às usadas nos seus locais de origem (o sável era capturado com uma rede designada saveira), semelhante às redes envolventes-arrastantes usadas em lagunas ou no mar, mas adaptada ao ambiente dos rios. No Sado não há sinais do seu estabelecimento, mas alguns ficaram pelo Tejo, encontrando-se ainda hoje naturais e descendentes destes pescadores.
Baldaque da Silva refere “quarenta barcos varinos, denominados batis-batis, tri-
pulados por oitenta homens, número médio d’estas embarcações, que do districto de Aveiro emigram para o Tejo; trinta barcos ilhavos, tripulados por quatrocentos e cincoenta homens, que depois da pesca costeira à tarrafa, vão pelo rio acima para a pesca do savel (...)
Terá sido a grande piscosidade do Tejo a atrair também pescadores da Praia da Vieira de Leiria.
Outra região que viu os seus pescadores saírem para outras praias foi o Algarve.
De vários locais partiram populações pobres que se foram estabelecendo pela costa Sul até à Costa de Caparica, onde se fixaram. Nesta localidade cruzaram- se com os ílhavos que aí também se sedentarizaram (Lisboa, 1951). Ainda hoje é possível constatar na Costa da Caparica, junto dos pescadores, esta dualidade de origens, traduzida por uma grande rivalidade entre os descendentes de algarvios e os descendentes de pescadores do Norte, que se traduz, ainda hoje, por uma grande “depreciação” do grupo contrário.
Relativamente os algarvios não se sabe bem a motivação para o movimento migratório, que parece ter sido mais intenso nas primeiras décadas do século XX.
“ A pesca neste nosso maior rio terá sido praticada pelos naturais das terras ribeirinhas até ao século XVIII. O certo porém, é que, mais tarde, os borda d´água começaram a dar preferência à exploração da terra, deixando a pesca para a gente de fora, surgida na esteira do sável.”
Os Varinos
Em data imprecisa, mas porventura não muito anterior a 1730 começaram a surtir no Tejo longilíneas embarca-
ções conduzidas por marítimos de outras regiões pesqueiras.
Os recém-chegados, provindos da zona da ria de Aveiro, principalmente de Ovar e Murtosa, mas também de Estarreja e de Ílhavo, chegavam ao Tejo em viagem que durava oito a dez dias a fio, em briga com o mar.
Povoavam o rio e enchiam as vielas dos burgos ribeirinhos com o clamor da vozearia e do donaire da sua garridice. Passaram a designá-los por VARINOS, conquanto a si próprios se denominassem apenas pescadores” (Maria Micaela Soares investigadora e etnóloga).
Os varinos não se limitavam a viver da pesca pois estabeleceram desde muito cedo uma rede de comercialização do sável na região de Ovar, o que aparece referido em diversos relatórios do início do século XX efectuados por oficiais da Marinha. Num desses relatórios encontrase mesmo anotado que em Ovar, mesmo em períodos de carência de peixe na laguna, nunca faltava o sável, pois era trazido do Tejo por comerciantes da terra. Esta propensão dos varinos (sobretudo das mulheres) para o comércio do peixe agarrou-se-lhes de tal forma que ainda hoje, no norte do
país, as comerciantes de peixe são designadas por varinas, qualquer que seja a sua origem.
Mas as varinas de Lisboa, particularmente, fizeram história na capital.
Os Varinos, para além estenderem a sua actividade piscatória até ao Cabo Espichel, também subiam o Tejo para capturar o sável. Enquanto os homens pescavam ou faziam navegação de cabotagem de mercadorias, gado, pessoas e bens, as mulheres, conhecidas por “varinas” ou “vareiras”, palmilhavam as vielas de Lisboa e arredores vendendo o pescado.
Eram gente trabalhadora e ordeira que se integrou facilmente e foi bem aceite
pela gente de Lisboa. Ainda é recordada a figura da varina que percorria Lisboa com a canastra à cabeça, gritando o seu característico pregão “Oh Viva da Costa”. À medida que o tempo pas-
sava, as varinas também se dedicavam a outras tarefas, sobretudo relacionadas com o porto de Lisboa, em trabalhos de cargas e descargas e nos arsenais.
Cesário Verde, um gran-
de poeta que é ingratamente esquecido, soube retratar bem as Varinas de Lisboa no poema que transcrevo: Vazam-se os arsenais e as oficinas;
Reluz, viscoso, o rio, apres-
sam-se as obreiras; E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras, Correndo com firmeza, assomam as varinas.
Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-se pilastras, E algumas, à cabeça, embalam nas canastras, Os filhos que depois naufragam nas tormentas.
Descalças! Nas descargas de carvão, Desde manhã à noite, a bordo das fragatas (,,,) Almada Negreiros imortalizou as Varinas nos seus famosos painéis da Gare Marítima de Alcântara.
Notícias Nautel
O Sistema SmartBoat
A Nautel apresenta o Sistema SmartBoat® da Airmar® Technology Corporation que facilita a integração de dados de sensores com componentes eletrónicos, Rede NMEA 2000, Módulos SmartBoat, e novos sensores de fluxo de combustível diesel.
Osistema SmartBoat® com certificação NMEA 2000® constitui o método mais fácil e económico de integrar dados de sensores novos ou existentes com componentes eletrónicos da atualida-
de. Os módulos SmartBoat conectam sensores marítimos analógicos, independentemente do protocolo de saída, a uma rede NMEA 2000. Cada sensor pode ser controlado para alertas personalizados, automação e
filtragem PGN por meio da interface intuitiva e orientada por menus do SmartBoat. Sensores baseados em CAN oferecem desempenho preciso e integração Plug & Play.
Por outro lado a Airmar®
Technology Corporation, líder mundial em transdutores ultrassónicos e tecnologia CHIRP, tem o prazer de anunciar o lançamento de sua mais recente inovação, os medidores de fluxo diesel (DFMs) digitais SmartFlex™. Esses sensores de última geração são projetados especificamente para funcionar perfeitamente com os Módulos Airmar SmartBoat® (ASMs), fornecendo informações precisas sobre combustível por meio de análises precisas de fluxo, temperatura e outros parâmetros.
O que diferencia o SmartBoat?
Os módulos SmartBoat são certificados para utilização com redes NMEA 2000 e
concebidos especificamente para aplicações marítimas (classificação IP67). São os componentes marítimos dos novos produtos do sistema SmartFlex™ da Airmar que suportam vários padrões de rede em muitos mercados.
Todos os módulos SmartBoat partilham um conjunto comum de características, incluindo suporte integrado de rede sem fios e configuração e gestão baseadas no browser.
Com um processador integrado baseado em CAN, os medidores de diesel SmartFlex da Airmar oferecem precisão incomparável na monitorização e gestão da queima e consumo de diesel nas embarcações. Os dados recolhidos são facilmente acessíveis na rede NMEA 2000®, permitindo a integração com vários dispositivos, incluindo monitores multifunções (MFDs) NMEA 2000.
O objetivo da Airmar com os medidores de diesel SmartFlex é fornecer a solução mais simples e precisa para os proprietários de embarcações controlarem o seu uso de combustível diesel” e tudo numa verdadeira integração “plug and play” a um preço competitivo.
A interface baseada no browser, SmartFlex View, pode ser acedida a partir de qualquer portátil, tablet ou dispositivo móvel, que apresenta uma navegação intuitiva orientada por menus para configuração,
controlo e gestão de sensores e redes ligadas.
Os alertas e a automatização líderes do setor através do SmartFlex Alert e do SmartFlex Filter proporcionam a capacidade de configurar diretamente sensores com interface para reportar, alertar e filtrar dados através de parâmetros programados pelo utilizador.
O sistema SmartBoat é ideal para construtores e instaladores de embarcações. As definições do sistema são facilmente guardadas e clonadas para duplicação em instalações futuras.
Sobre a Airmar
A Airmar ® Technology Cor-
poration é líder mundial no design e fabrico de sensores de alto desempenho para aplicações marítimas e industriais. Fabricamos ultrassons avançado transdutores, sensores de fluxo eletromagnético, instrumentos WeatherStation® e monitorização de sensores sistemas utilizados para uma ampla variedade de aplicações. Marinha de
recreio, pesca comercial, meteorologia, investigação oceânica, controlo de processos e deteção de proximidade são apenas alguns dos nossos mercados.
Fundada em 1982, a sede da Airmar está localizada em Milford, New Hampshire, com 11 unidades de venda e gabinetes de suporte técnico em 7 países.
Porto Maritime Week
Concessões Portuárias Aumenta para 75 anos
O prazo de concessões portuárias aumenta para 75 Anos, foi anunciado pelo Governo, seguindo uma nova estratégia portuária.
OSecretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espirito Santo, anunciou, durante a abertura da Porto Maritime Week, que o prazo máximo das concessões portuárias irá aumentar dos atuais 30 para 75 anos.
Hugo Espirito Santo referiu que em breve será publicado o Decreto-lei que define a estratégia para os portos nacionais, que está sustentada no plano 5 +: mais crescimento, mais transição energética, mais intermodalidade, mais digitalização e mais cooperação e integração.
Hugo Espirito Santo revelou que “queremos garantir um maior crescimento do setor e, para isso, precisamos de
maior investimento público e privado. Ao aumentarmos o prazo máximo das concessões para 75 anos, vamos permitir que os privados possam recuperar o investimento realizado nos terminais”. O governante salientou, ainda, que espera a entrada de novos players no setor e uma coordenação e visão global entre todos os portos.
Hugo Espirito Santo, que elogiou a Porto Maritime Week, como: “referência e plataforma privilegiada para a ligação entre os profissionais do setor”, referiu que em breve todas as administrações portuárias irão apresentar à Tutela um plano de investimentos sustentado nesta estratégia e na própria visão portuária.
Hugo Espírito Santo divulgou que em Leixões o foco terá de ser o aumento da capacidade da carga contentorizada, em Aveiro será ao nível da expansão geográfica, na Figueira da Foz a procura de novas oportu-
nidades de negócio, em Lisboa a expansão da simbiose entre porto e cidade, em Setúbal o aumento do potencial do porto através de um
plano de investimentos mais agressivo e, finalmente, em Sines, a expansão do terminal de contentores.
A quinta edição da Porto
Maritime Week, organizada pelo Transportes & Negócios, decorre entre 23 e 27 de setembro, no Auditório Infante D. Henrique, no Porto de Leixões, fiel ao compromisso de ser o ponto de encontro dos principais stakeholders do setor. Um encontro para abordar temas de grande relevância para a indústria, como os planos de investimento dos portos, a estratégia europeia para o setor, a indústria de cruzeiros, a digitalização, a descarbonização e a promoção da intermodalidade.
Notícias do Mar
Notícias do Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
Investigadores do Técnico
Produzem os Primeiros
Filetes de Robalo em Laboratório
O prato que Diana Marques segura contém quatro filetes de robalo criados em laboratório através de bioimpressão 3D
Investigadores do Técnico estão a produzir primeiros filetes de robalo cultivados em laboratório a nível mundial. Carne e peixe desenvolvidos em laboratório a partir de células pluripotentes de animais poderão combater impactes ambientais da pecuária e pesca.
Épescado que nunca foi ‘pescado’, o prato que Diana Marques segura contém quatro filetes de robalo criados em laboratório através de bioimpressão 3D, um feito inédito a nível mundial conquistado por investigadores do Instituto Superior Técnico num laboratório do Instituto de Bioengenharia e Biociências (iBB), situado no polo de Oeiras. Foi desta aluna de doutoramento em
Bioengenharia inserida no iBB que partiu a ideia, em 2019, de fazer sushi em laboratório, no âmbito de um projeto para a unidade curricular de Empreendedorismo. Anos mais tarde, o desenvolvimento da iniciativa já acolheu teses de mestrado (incluindo a do mestrado de
Diana) e de doutoramento e conta com uma equipa que, de quatro investigadores em 2020, passou para cerca de 15, e os resultados estão à vista, empratados para que o mundo os veja.
“Os últimos dois anos têm sido maravilhosos em termos de progresso”, rela-
Superior
Universidade
Fotografia Gonçalo Gouveia/Técnico/Universidade de Lisboa ta Frederico Ferreira, professor do Técnico e investigador do iBB que tem liderado os projetos associados a esta investigação, como foi o caso do Algae2Fish, financiado em 215 mil euros em 2022 pela organização não-governamental Good Food Institute. Começando por fazer um sashimi (peixe servido com corte fino) nas primeiras tentativas, os investigadores estão hoje capacitados para produzir filetes que atingem os seis centímetros de espessura, tendo já a textura característica do peixe. E não é só a textura que invoca o pescado ‘convencional’ em função das microalgas selecionadas para as tintas utilizadas na bioimpressora, é possível produzir o cheiro pretendido, tendo o odor a mar ou peixe que procuram. “Às vezes, quando se entra no laboratório, já cheira a peixe; há pessoas que até já brincam, dizendo que estamos numa lota”, conta o investigador.
Ao avanço da investigação científica junta-se outra motivação, ambientalmente, a produção de peixe e carne em meio laboratorial poderá
A investigadora Diana Marques
vir a revelar-se uma alternativa mais ecológica às indústrias da pecuária e da pesca. Frederico Ferreira fala mesmo de uma ‘quarta revolução agrícola’. “As pessoas vão ter de comer um pouco mais de vegetais, vão ter de comer um pouco menos de proteína animal e vão, provavelmente, ter de procurar outras proteínas animais, e é aqui que nós entramos:
temos o papel de fornecer às pessoas proteína animal que não sacrifica animais e que tem um impacto ambiental menor”, explica o docente.
Da célula até ao prato através de uma impressora
O processo de produção em laboratório foge às etapas mais poluentes tradicional-
mente associadas a processos ‘convencionais’ de obtenção de proteína animal. “Começamos com células, geralmente estaminais, que têm o potencial de diferenciar-se em tipos de células presentes na carne e no peixe, como a célula de músculo e a de gordura”, explica Diana Marques, que destaca que a obtenção destas células é feita sem sofrimento
animal, uma das motivações para desenvolver a sua investigação nesta área. “A seguir, vem o passo de processamento do alimento, temos uma biomassa, um conjunto enorme de células, e podemos juntálas todas e criar produtos simples como é o caso de um douradinho ou um nugget. Se quisermos fazer um produto mais estruturado e se aplicarmos técnicas como a bioimpressão 3D, conseguimos fazer o tal filete de peixe ou um bife”, prossegue a investigadora. Para esta bioimpressão 3D, são essenciais dois ‘ingredientes’, uma bioimpressora capaz de completar a tarefa e biotintas adequadas para consumo humano. Estas últimas foram desenvolvidas por Diana durante a sua tese de mestrado e a bioimpressora é fruto do trabalho de Afonso Gusmão, aluno de doutoramento do Técnico e investigador do iBB que, durante a sua tese de mestrado, adaptou uma impressora 3D comercial para uso neste projeto. “O meu objetivo é ir testando as várias tintas que foram
sendo desenvolvidas, cada uma delas tem parâmetros como viscosidade e tem-
peratura de impressão diferentes da anterior”, explica Afonso. De microplásticos a
impressora passou a operar com as biotintas contendo células de robalo, umas para material muscular e outras para a gordura naturalmente presente em filetes deste peixe.
Enquanto investigador de doutoramento, o aluno está agora a desenvolver biorreactores dentro dos quais as culturas de células são expostas a pequenos choques elétricos, estimulando-as a
alinharem-se ao longo de uma direção (eletrofiação ou electrospinning, no termo inglês). “Se estamos a criar estas fibras, podemos estar a oferecer texturas e estrutura ao filete que não
conseguiríamos de outra maneira”, comenta, aspeto que pode ter um impacto positivo na experiência do consumidor.
Feita a diferenciação entre as células de músculo e
O próximo passo para este alimento produzido em laboratório depende da evolução da legislação
de gordura na cultura de células, está tudo pronto para incorporá-las nas respetivas biotintas que, inseridas nas seringas da bioimpressora, estarão na base do fabrico do filete. Servido e empratado, o próximo passo para este alimento produzido em laboratório depende da evolução da legislação e dos apetites de quem poderá vir a comprá-lo.
Próximas etapas o “poder vender” e o “querer comprar”
“Vivemos em democracia e as pessoas têm a liberdade de comer aquilo que quiserem, longe de nós querer alterar isso”, clarifica Frederico Ferreira. “Temos é de ‘educar’ as pessoas e criar produtos de alta qualidade, de forma a que elas queiram introduzir esta comida na sua dieta”, esclarece. Em função da chamada ‘curva de adoção’, que retrata o ritmo de adesão de pessoas a um novo produto ou conceito, o docente avança que “daqui a cinco anos [este conceito] poderá começar a ter uma expressão no mercado”
Para isso, há que aguardar por desenvolvimentos não só técnicos, mas também ao nível da legislação europeia. Em países como Singapura e Estados Unidos, já houve a aprovação da intro-
De microplásticos a impressora passou a operar com as biotintas contendo células de robalo
dução deste tipo de alimentos cultivados no mercado, ainda que apenas para a alimentação de animais. “Atualmente, no espaço europeu, não é permitida a prova pública a não ser na Holanda; é preciso que mais países aprovem leis que nos permitam dar isto a provar aos consumidores em segurança”, explica o investigador do iBB, que defende que “para clareza e transparência junto do consumidor, é importante que este possa provar o produto”. “Da parte dos Estados, é preciso que isto seja uma prioridade nacional; é preciso que escrevam nos seus planos nacionais que podemos e devemos fazer inovação nesta área”, complementa, recordando que países como a China já o fizeram.
Para já, a equipa tem o próximo objetivo bem definido, uma colaboração com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no âmbito da qual serão feitos os primeiros testes destes protótipos. Um painel qualificado na caracterização e prova de pescado (geralmente para fazer comparações entre o de alto mar e o de aquacultura) irá experimentar estes filetes impressos.
Os investigadores estão hoje capacitados para produzir filetes que atingem os seis centímetros de espessura, tendo já a textura característica do peixe
Veja os videos
“Precisamos, neste momento, de uma maneira de produzir carne e peixe que seja sustentável” , recorda Diana Marques: “essa é a nossa primeira base” Frederico Ferreira reforça a ideia. “Vamos fazer tecidos animais, para consumo, para conseguirmos, de forma mais sustentável, ir ao encontro das necessidades [alimentares] que teremos nas próximas décadas”
Frederico Ferreira | Robalos desenvolvidos em laboratório: https://www.youtube.com/watch?v=c-oS_apCGLU Diana Marques | Robalos desenvolvidos em laboratório: https://www.youtube.com/watch?v=ZzsU_LhvRyY
Afonso Gusmão | Robalos desenvolvidos em laboratório: https://www.youtube.com/watch?v=DEm_Ek9JQIY
Notícias da Marinha
O Exercício REPMUS 24 Começou!
Depois do sucesso da edição do ano passado, a 14ª edição do exercício REPMUS conta com mais participantes que se juntam para dar início ao maior exercício internacional de drones.
Oprimeiro dia do exercício REPMUS – Robotic Experimentation and Prototyping with Maritime Unmanned Systems, que decorre até dia 27 de setembro em Troia e Sesimbra foi marcado por momentos de entusiasmo, inovação e de reencontros. A 14ª edição conta com mais de 2000 participantes de 30 países que se reúnem, a partir do dia 9 de Setembro, para dar início ao maior exercício intencional de drones do mundo, demonstrando o compromisso e a colaboração entre as nações presentes para o desenvolvimento, em conjunto, destas novas tecnologias.
Na cerimónia inaugural foram hasteadas em simultâneo as Bandeiras Nacionais de todos os países participantes e observadores, dando início a uma longa série de testes para preparar o futuro no âmbito da segurança e defesa marítima.
Este exercício conta ainda com mais de 100 entidades participantes e com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o Centre for Maritime Resear-ch and Experimentation (CMRE), o NATO Joint Capability Group Maritime Unmanned Systems (JCGMUS) e, pela primeira vez, a European Defence Agency (EDA) como co-organizadores.
O exercício terá a presença de mais de 2000 participantes englobando marinhas, indústrias, academias e várias entidades nacionais e internacio-
nais.
No REPMUS serão testadas tecnologias e drones que abrangem os vários ambientes que caracterizam o domínio marítimo, sejam de superfície, de subsuperfície, aéreos ou terrestres.
Notícias da Marinha
Marinha Apoia Limpeza do Mar na Ilha Selvagem Pequena
NRP Tejo apoia na recolha de 70 kg de lixo-marinho na ilha Selvagem Pequena, em colaboração com a Direção Regional da Ambiente e Mar.
AMarinha Portuguesa, através do NRP Tejo colaborou, na semana passada, com a Direção Regional do Ambiente e Mar numa ação de limpeza de lixo-marinho na ilha
Selvagem Pequena.
Esta ação resultou na recolha de cerca de 70 quilos de resíduos, sendo que 94% foram plásticos como, por exemplo, tampas, garrafas, cabos, cordas, pedaços de redes, entre outros.
Os resíduos recolhidos foram transportados a bordo do NRP Tejo e desembarcados no Porto do Funchal.
A monitorização de lixo-marinho na ilha Selvagem Peque-
O NRP Tejo
na está integrada no Programa Regional de Monitorização de Lixo-Marinho em Praias da Madeira e é desenvolvida pela Direção Regional do Ambiente e Mar desde 2019 no âmbito do Projeto Free litterAT.
O principal objetivo do programa é proteger e preservar a biodiversidade e reduzir a poluição através do desenvolvimento e implementação de abordagens inovadoras para prevenir e reduzir o lixomarinho.
A Marinha constitui-se como um parceiro proteção e preservação do meio marinho, contribuindo para a defesa do Oceano num planeta mais azul e sustentável.
Notícias Zelim
Zelim Apresenta o Guardian
O Guardian é o primeiro veículo de resgate não tripulado, URV(Unmanned Rescue Vessel), de próxima geração, foi projetado para garantir o resgate mesmo nas condições meteorológicas mais adversas.
AZelim, uma inovadora empresa de sobrevivência no mar sediada em Edimbur-
go, revelou na Feira SMM em Hamburgo, o Guardian, o primeiro veículo de resgate para pessoas na água, não tripula-
do e controlado remotamente.
O Guardian é uma Embarcação Rápida de Resgate (FRC) de última geração, com um casco de alumínio de 8,4 metros de comprimento e 2,5 metros de largura, especificamente desenhada para ser rapidamente desdobrada de um navio e recuperar tanto vítimas conscientes como inconscientes que caíram ao mar. A embarcação pode operar em condições marítimas desafiantes ou demasiado perigosas para soluções de resgate convencionais.
Após quatro anos de inves-
Recuperação rápida com o Zelim Swift
tigação e desenvolvimento, com contributos da Agência Marítima e da Guarda Costeira do Reino Unido e dos Estados Unidos, o GUARDIAN integra o sistema SWIFT, um dispositivo de resgate rápido aprovado, e o software inteligente ZOE, que otimiza a deteção durante as operações de busca.
Durante um evento de “homem ao mar”, o GUARDIAN é imediatamente lançado na água através do guindaste LARS instalado no nível do convés. Movido por um mo-
tor Bukh VGT de 400HP, que alimenta um propulsor de jato de água Alamarin AJ285, o FRC atinge velocidades superiores a 30 nós, com um alcance de 15 milhas náuticas e uma autonomia de seis horas.
À medida que se aproxima da vítima, o GUARDIAN baixa o sistema SWIFT, que recupera as pessoas da água de forma segura, minimizando os riscos associados à perda de pressão hidrostática. O sistema SWIFT é capaz de resgatar duas pessoas simultaneamente, reduzindo o risco para os socorristas.
Estima-se que cerca de 40% dos incidentes de “homem ao mar” resultam em fatalidades, com mais de 1.000 pessoas a caírem ao mar anualmente. A eficiência e simplicidade do GUARDIAN em missões de resgate são, portanto, de importância vital.
“O tempo é crucial para a sobrevivência no mar, mas as condições meteorológicas adversas podem impedir o lançamento de embarcações de resgate tripuladas, resultando em vidas perdidas desnecessariamente”, afirmou Sam Mayall, fundador da Zelim. “O GUARDIAN foi projetado para garantir que mais pessoas possam ser resgatadas, mesmo nas condições meteorológicas mais adversas.”
Com capacidade para 11 sobreviventes (nove, se operado por uma tripulação de duas pessoas), o FRC leve também beneficia de um sistema de deteção e alerta baseado em IA, que facilita a localização de pessoas na água.
Peter Lloyd, Diretor de Busca e Resgate da Zelim, destacou a importância da velocidade na operação de resgate: “Encontrar a vítima rapidamente é essencial para o sucesso do resgate. A busca no mar é notoria-
Projetado para garantir o resgate mesmo nas condições meteorológicas mais adversas
mente difícil, com o desempenho humano sujeito a distrações, especialmente em buscas prolongadas.
A ZOE, a nossa ferramenta de software, foi desenvolvida para automatizar esta tarefa crítica.”
O GUARDIAN pode ser operado com ou sem tripulação e possui uma capacidade avançada de consciência situacional de resgate. Com o mesmo espaço ocupado por embarcações convencionais, pode ser facilmente armazenado e desdobrado usando guindastes existentes.
Além das missões de resgate de “homem ao mar”, o GUARDIAN pode desempenhar vários papéis em segurança e salvamento marítimo, incluindo patrulhas de segurança, buscas e recuperação.
A Zelim defende que o GUARDIAN deve ser instalado em todos os navios de longo curso, navios de cru-
zeiro, e plataformas offshore como uma medida de precaução essencial.
Casos de Utilização
Recuperação de Pessoas na Água (PIW)
Capacidade de lançamento instantâneo de localização na
nave-mãe ou em terra, minimizando tempo de trânsito e de socorro, aumentando a hipótese de sobrevivência.
Segurança e deteção de ameaças
Integra-se com o sistema de deteção inteligente ZOE
Equipado com ZOE, o GUARDIAN pode patrulhar um área, seguir um ativo ou ser enviado para investigar, sem coPode operar com tripulação completa, com um só tripulante ou sem tripulação
Funções convencionais Concebido para caber em berços existentes de embarcações de resgate rápido, o Guardian pode conduzir todas as principais funções das embarcações FRC, em modos tripulados, remotos ou autónomos, bem como todos os anteriores referidos.
Benefícios
- Elimina o perigo de vida em todas as operações marítimas.
- Maior envolvimento operacional em comparação com CRF tradicional.
- PIW operado remotamente ou com uma só mão e recuperação de equipamentos.
- Remove as limitações da tripulação a bordo, como a fadiga, enjoo e risco.
- Opção para operar com tripulação completa, com um só tripulante ou sem tripulação.
- Consciência situacional melhorada com ZOE, deteção inteligente a bordo.
- Recuperação rápida e sem complicações de PIW e equipamentos com o Zelim Swift.
- Enquadra-se no mesmo espaço de uma embarcação de resgate rápido convencional.
locar o humano em perigo e eliminando a questão de restrições do tempo da tripulação de bordo . Otimização de pesquisa Implantado num padrão de pesquisa com automação PIW ou outra deteção de objetos para aumentar capacidades de busca, vigilância e patrulha.
- Capacidade de endireitar em caso de capotamento.
- Integra-se com o sistema de deteção inteligente ZOE instalado no navio ou em estação terrestre.
- Capacidade de espera autónoma para fornecer suporte em proximidade da ação.
- Área de tratamento protegida para vítimas a bordo.
Capacidade para 11 sobreviventes, nove, se operado por uma tripulação de duas pessoas
Notícias Nautiradar
Novidades Scanstrut
A Nautiradar traz até si as novidades da Scanstrut que inclui o ATMOS, um compressor integrado para uma inflação rápida e sem esforço, o FLIP PRO Carregadores Rápidos USB, a nova gama de Passa Cabos Estanques de Baixo Perfil DS-LP, e os suportes para Sistemas Starlink.
ATMOS, Revolucione a Sua Experiência Náutica
ATMOS, da Scanstrut, irá revolucionar a experiência náutica da sua família. Este compressor integrado, elegan-
temente desenhado vai maximizar a qualidade do seu tempo passado na água.
Com um simples premir de um botão, o ATMOS está pronto para encher as suas pranchas de paddle, barcos insufláveis e muito mais: basta definir a pressão pretendida e deixar que o ATMOS faça o trabalho difícil.
Possuindo tecnologia de compressor de última geração, o ATMOS oferece uma
inflação rápida e sem esforço (e deflação) para os seus brinquedos a usar na água. Compacto e elegante, o ATMOS cabe em praticamente qualquer painel a bordo como assentos, consolas ou junto à plataforma de banhos. Agora tem ar pronto a
usar, exatamente onde precisa, para uma ainda maior diversão familiar na água. Assuma o controlo com os botões Soft Touch TPE e ecrã LCD com tecnologia de ponta. Especialmente concebido para o desafiante ambiente marítimo, os botões apresentam uma textura aderente que oferece uma superfície tátil,
mesmo com mãos molhadas e o ecrã brilhante com amplo ângulo de visão, dá-lhe uma visão excelente em qualquer lugar a bordo, mesmo nos dias mais brilhantes. O ecrã possui também um útil mostrador de Voltagem em tempo real, para que possa rastrear facilmente a saúde da bateria da sua embarcação.
ATMOS com Tecnologia sem Motor de Escova – liberte o poder, eficiência e fiabilidade do inovador sistema de bomba de duas fases, desenhado para utilização no exigente ambiente marítimo. A primeira fase apresenta um motor de ventoinha altamente eficiente, seguido de uma robusta bomba de pistão, ambos desenha-
dos especificamente para o exigente ambiente marítimo. O ATMOS combina ambas as bombas num compressor à prova de água e de utilização fácil, alternando automaticamente a 1.1 PSI da bomba HVLP (High-volume, low-pressure) para a bomba HPLV (High-pressure, low-volume).
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
FLIP PRO Carregadores Rápidos USB
Com vista a facilitar a utilização e carga de aparelhos eletrónicos a bordo, a Scanstrut apresentou três novos modelos de carregadores rápidos USB – Flip Pro Max USB-C/C, o Flip Pro
12V Socket e o Flip Pro Multi. A gama de carregadores USB FLIP Pro da Scanstrut apresenta-se como uma solução perfeita para carga de aparelhos eletrónicos, com tecnologia de ponta, oferecendo uma carga USB fiável e rápida a bordo do seu barco ou autocaravana. Estes carregadores combinam um fabrico durável, tecnologia USB avançada e um design
intuitivo para garantir uma experiência de carga livre de dificuldades.
FLIP PRO MAX USBC/C - Concebido para uso em 12V ou 24V, possui duas portas de carga USB-C e 60W e tampa com proteção IPX4. FLIP PRO 12V TOMADA 12V - Um novo nível de energia de 12V, proteção IPX4 e potência máxima de 150W num sistema de 12V.
FLIP PRO MULTI COMBI TOMADA 12V & USB-CCombina a potência do Flip Pro Max com e a tomada de isqueiro 12V Power Socket para uma solução inovadora de carga.
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
Nova Gama de Passa Cabos Estanques de Baixo Perfil DS-LP
Concebido com precisão, o inovador design acomoda cabos de diferentes dimensões, garantindo uma solução compacta e de baixo-perfil que não só melhora a estética a bordo como permite uma instalação 100% estanque.
Fabrico Premium Fabricado com atenção ao detalhe, a sua construção em alumínio de nível marítimo é esteticamente atraente e ao mesmo tempo resistente ao ambiente exterior. O alumínio possui uma excecional resistência à corrosão e du-
rabilidade, sendo a escolha perfeita para resistir aos elementos, garantindo que a sua instalação se mantém intacta, mesmo nas condições mais difíceis. O acabamento elegante deste design em alumínio adiciona um toque de sofisticação às suas instalações a bordo, elevando não só a
forma como a função de uma instalação de cabos.
Design de Baixo-Perfil
Este design compacto foi concebido a pensar numa redução geral da altura de montagem de um passa cabos em 73%, comparando com a gama DS-P. Isto traduz-se num aspeto mais refinado e limpo.
Instalação
Estanque Alcance paz de espírito com uma instalação verdadeira-
Suportes para Sistemas Starlink
Está preparado para levar a sua experiência Starlink ao próximo nível? Não procure mais, pois a Scanstrut – líder de mercado em soluções ma-
rítimas inovadoras e fiáveis tem a solução. Os suportes
Starlink da Scanstrut são desenhadas para otimizar o desempenho do seu sistema
Starlink, garantindo que tem a
mente estanque. A borracha com furação cónica garante uma vedação segura e todas as unidades estão equipadas com uma base de estrutura de células fechadas para uma garantia de 100% de estanquidade. Todos os modelos são sujeitos a rigorosos testes e aprovação IP68, para garantir a sua utilização no exterior.
Instalações
Simples
Porcas de fixação cativa simplificam a montagem e permitem instalações repetitivas fiáveis. Cada unidade é fornecida com borrachas préfuradas e não furadas. Além disso, não há necessidade de remover o conector de cabos durante a instalação, graças à conveniente opção de vedante duplo.
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
melhor conectividade à internet, independentemente de onde se encontre na água.
Características
- Desenhado para se encaixar no Starlink Flat de elevado desempenho.
- Furos de instalação pré feitos permitem o encaixe direto do hardware na cunha de suporte.
- Passa cabos Scanstrut integrados garantem uma instalação estanque.
- Não é necessário cortar os conectores Starlink para instalação.
- Não necessário qualquer vedante marítimo.
- Acabamento da pintura cumpre com o sistema único de pintura de 4 etapas da Scanstrut.
- Fabricado com o melhor alumínio para utilização marítima.
- Disponível em duas versões: cunha e power tower.
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Deputados Noruegueses a Bordo do NI Mário Ruivo
Delegação norueguesa
A escala da Missão PRR no Porto de Aveiro do NI Mário Ruivo, no decorrer da campanha de mar do projeto “Technical studies for offshore energy potential” , recebeu a delegação parlamentar norueguesa.
Representantes da Câmara Municipal de Ílhavo e Porto de Aveiro
ONavio de Investigação (NI) Mário Ruivo recebeu na quarta-feira, dia 6 de Setembro a delegação parlamentar norueguesa, liderada pela embaixadora da Noruega em Portugal, Hanne Bruscetto, aquando da escala efetuada no Porto de Aveiro, no decorrer da campanha de mar do projeto “Technical studies for offshore energy potential” inserido na componente C2107 – REPowereu, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência PRR).
O presidente do Instituto Português do Mar e da At-
mosfera (IPMA), Prof. José Guerreiro, e a vogal do Conselho Diretivo, Dra. Maria Ana Martins, acompanharam a visita, que se reveste de especial significado, uma vez que, em 2024, se assinalam os 100 anos de cooperação entre os dois países na área da investigação oceanográfica. No mesmo dia, também os presidentes das câmaras municipais de Aveiro e Ílhavo, Eng. José Ribau Esteves e Eng. João Campolargo, respetivamente, o presidente do Concelho de Administração do Porto de Aveiro, Dr. Eduardo Feio, e o coordenador científico do CESAM - Centro
de Estudos do Ambiente e do Mar, da Universidade de Aveiro, Prof. Amadeu Soares, subiram a bordo do navio multidisciplinar de pesquisa oceanográfica e pesqueira, assim como os grupos de investigadores e técnicos do CESAM e da Universidade Sénior “Academia de Saberes de Aveiro”.
O investigador principal do IPMA e responsável de campanha, Doutor Pedro Terrinha, apresentou as diferentes áreas de aquisição de dados técnico-científicos do NI Mário Ruivo e seus equipamentos aos visitantes, explicando os estudos geofísicos que
Representantes da Câmara Municipal de Aveiro
estão a decorrer, até ao final de setembro, em duas áreas de dois mil quilómetros qua-
drados, e que se destinam a facilitar a instalação de energia eólica offshore.
Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Banda Desenhada sobre Aquacultura
Divulgação de Ciência promovida pelo IPMA na “Feira da Dieta Mediterrânica de Tavira” com o lançamento da banda desenhada “O Caminho para a Aquacultura” no âmbito dos projetos INTEGRATE e AZA4ICE.
OIPMA promoveu a divulgação de ciência com o lançamento da banda desenhada
“O caminho para a Aquacultura”, que foi objeto de apresentação pública, no dia 7 de setembro, na “Feira da Dieta
Mediterrânica de Tavira”.
Apesar da Aquacultura ser uma produção milenar, o público em geral tem pouco co-
nhecimento sobre este setor, contribuindo para que exista alguma desconfiança sobre a qualidade destes produtos. De facto, atualmente poucos se questionam se a carne que comem é selvagem! Na verdade, já não caça-
mos no dia a dia, mas ainda pescamos. É por isso importante explicar o impacto desta atividade e como é cultivado o peixe em Aquacultura, a um público mais vasto.
É neste contexto que surge a banda desenhada “O caminho para a Aquacultura”, produzida pelo IPMA no âmbito dos projetos INTEGRATE (INTERREG-Espaço Atlântico) e AZA4ICE (INTERREG -EuroMED), com autoria de Bruno Pinto e ilustrações de Quico Nogueira. Dado que uma imagem vale mais do que mil palavras, a banda desenhada, foi o vetor escolhido para disseminar o conhecimento sobre diferentes tipos de Aquacultura, diferentes etapas de produção, quais os desafios e as preocupações do setor.
A apresentação pública da
20
Ilustração retidada da BD “O Caminho para a Aquacultura”, página 29
Oceano: Aquacultura e Sustentabilidade”, onde um painel de especialistas, irá conversar sobre a importância da aquacultura para o desenvolvimento económico, bem-estar animal, quais as leis que regulam esta atividade, quais os desafios que enfrenta, a elevada qualidade nutricional, qual o contributo para o sistema alimentar, entre outros. Existem alguns exemplares da versão impressa para distribuição, limitada ao número de exemplares existentes.
A BD está disponível online na versão portuguesa e inglesa pelo seguintes links: Versão Portuguesa: https://www.ipma.pt/resources.www/docs/publicacoes.site/eppo/BD-Aqua-online-PT.pdf Versão Inglesa: https://www.ipma.pt/resources.www/docs/publicacoes.site/eppo/BD-Aqua-online-EN.pdf banda desenhada decorreu na Feira da Dieta Mediterrânica de Tavira (Espaço Mercado) no sábado dia 7 de setembro, entre as 15:00 e as 16:00 integrada na tertúlia “Ecos do
Objetivos do Projeto INTEGRATE
- Reforçar a rede colaborativa em torno de técnicas de aquacultura ecoeficientes.
- Comunicar os princípios e benefícios da IMTA (ecoinovação e ecoeficiência) e aumentar a sensibilização para a abordagem holística da IMTA.
- Alcançar a consolidação do mercado de produtos do mar sustentáveis na UE.
- Cumprir os objetivos regionais do Espaço Atlântico e da UE à medida que a indústria transita para tecnologias eficientes em termos de recursos: promoção do crescimento verde e azul na aquacultura.
Projeto AZA4ICE
AZA4ICE- Allocated Zones for circular Aquaculture to trigger the transition to an Inclusive and Circular Economy in aquaculture sector fostering new business opportunities and eco-consciousness society (Zonas atribuídas para aquacultura circular, para desencadear a transição para uma economia inclusiva e circular no sector da aquacultura, fomentando novas oportunidades de negócio e uma sociedade eco-consciente).
O projeto AZA4ICE dedica-se a promover práticas de aquacultura sustentáveis e circulares que protejam os ecossistemas e preservem os recursos aquáticos. Abordamos a necessidade de abordagens inovadoras para identificar e gerir áreas de aquacultura adequadas em águas costeiras e interiores, considerando aspetos de conservação, ambientais, sociais e económicos. Ao promover ambientes participativos multi-atores e ao utilizar o planeamento espacial da aquacultura através de Zonas Alocadas para a Aquicultura Circular (C-AZA), pretendemos melhorar a gestão sustentável da água e construir resiliência e competitividade no setor.
Notícias FeelViana Sport Hotel
FeelViana Sport Hotel
Recebeu Campeões Mundiais de Desportos Náuticos
James Casey e Pieter Bilj partilharam experiências na Praia do Cabedelo, sob a forma de clinics destinadas a praticantes já experientes ou iniciantes. Primeiro encontro aconteceu de 29 de agosto a 1 de setembro, com Casey. Bilj esteve em Viana de 10 a 15 de setembro.
James Casey e Pieter Bilj, dois nomes grandes dos desportos náuticos, estiveram entre o final de agosto e meados de
setembro no FeelViana Sport Hotel para partilhar as suas experiências com todos os amantes do windsuf, stand up paddle e wing foil nas águas
da Praia do Cabedelo. James Casey, recorde-se, é o atleta de elite com mais títulos e recordes mundiais na modalidade de wing foil. Conquistou a prova mais prestigiada do mundo, a travessia entre as ilhas havaianas de Molokai e Oahu. O desportista detém o Recorde Mundial do Guinness
masculino de distância em sup foil downwind, após ter percorrido 213 km em cerca de 11 horas.
De 10 a 15 de setembro, Pieter Bijl monitorizou uma clinic de wave sailing e outra de performance freeride slalom, de dois dias cada, com datas específicas que foram conhecidas mais perto de 10 de setembro, altura em que existiram mais certezas sobre as condições climatéricas ideais para a realização dos eventos. O neerlandês tem toda uma vida dedicada ao windsurf, quer na vertente competitiva quer no desenvolvimento de equipamentos e treino. É esta última valência que vem partilhar ao FeelViana Sport Hotel com todos os interessados, trabalhando com as pessoas na água, ajudando os participantes a aprimorar as suas técnicas, a melhor maneira de surfar e de se aproximar das ondas.
James Casey, campeão mundial multidisciplinar, e treinador em Sydney, esteve a ministrar três clinics no primeiro hotel temático do País dedicado aos desportos náuticos. Decorreu de 29 de agosto a 1 de setembro, di-
vididas entre foil (wing foil), nas ondas da Praia do Cabedelo, stand up paddle foil, no FeelViana Wakepark da Praia do Cabedelo, e pump foil, também no Feelviana Wakepark.
Sobre o Feelviana Sport Hotel
Entre o pinhal e o areal da Praia do Cabedelo, em Viana do Castelo, emerge o FeelViana Sports Hotel, a primeira uni-
dade hoteleira temática dedicada aos desportos náuticos e de aventura. Perfeitamente enquadrado na paisagem, o hotel é simultaneamente glamoroso e funcional, com várias valências, proporcionando estadias relaxantes para os amantes do wellness e do turismo ativo e de aventura. O complexo dispõe de 55 quartos, de quatro tipologias
diferentes: standard, suites, suites juniores e bungalows. Todos com a beleza funcional das coisas simples, uma decoração minimalista e áreas muito generosas, e vistas para o pinhal ou para o mar. SPA, piscinas exterior e interior (com banho turco e jacuzzi) e um centro náutico (o maior do País) são outras das valências do hotel.
O objetivo é trabalhar com as pessoas na água, para encontrar a melhor maneira de surfar e de se aproximar das ondas
Lusíadas Saúde Porto Sailing
Mafalda Pires de Lima e Mariana Lobato Vencem Regata do Infante
As velejadoras Olímpicas Mafalda Pires de Lima e Mariana Lobato venceram a maior competição nacional de vela feminina, a histórica Regata do Infante que levou 61 Cruzeiros a navegarem nas margens do Rio Douro, no passado dia 16 de setembro.
Afrente atlântica do Porto, Gaia e Matosinhos foi o campo de regatas para um dos maiores eventos de vela em Portugal, a Lusíadas Saúde Porto Sailing, que contou no seu programa com a Regata do Infante e o principal campeonato português de vela feminina, num evento que contou com o envolvimento de 670 pessoas entre participantes e organização. Organizada pela BBDouro Nautical Experiences, a Women On Water - HeyDoc Clínicas Dentárias foi disputada no Rio Douro, contando com 12 equipas em competição
nos radicais Melges15, num total de 24 velejadoras, que ao longo do fim-de-semana realizaram 21 regatas, passando pelas fases de apuramento e qualificação para a final, aonde marcaram presença as 4 melhores equipas.
A vitória foi para a “Team Fitch” das olímpicas Mafalda Pires de Lima, do Clube de Vela Atlântico, e Mariana Lobato, do Clube Naval de Cascais. O segundo lugar foi para as velejadoras da equipa “We Do Sailing”, Francisca Cunha com Joana Azevedo à proa, tendo Patrícia Bastos (Clube de Vela Atlântico) e Gabriela Pereira (Sport Clube do Porto) completado os lugares do pódio.
Na Regata do Infante, a competição destinada aos barcos da classe Cruzeiro, marcaram presença quase 350 velejadores entre as 61 embarcações inscritas, que navegaram no Atlântico, desde Matosinhos até ao Porto, com a tradicional chegada junto à zona histórica da Ribeira, no Rio Douro.
No final das duas regatas realizadas, na classe ANR1, a vitória foi para o “Sea Soul” de Rui Freitas (Clube Naval Povoense), enquanto na categoria ANR2, Manuel Lopes (We Do Sailing) ao leme do “Ojo Piojo” liderou, tendo o “Yess” de Rui Ramada Barros (We Do Sailing) vencido a divisão ANR3.
Entre os Platu, o “Cheers” de Filipe Pedrosa (Yate Clube do Porto) chegou na frente, tal como o “Rum” de Tomás Pacheco (Yate Clube do Porto) entre a frota de Sportsboat. Outra vertente importante desta prova, é ser inclusiva e acessível a todos. Neste sentido, o Barco Lusíadas For All voltou a marcar presença, contribuindo para alargar a prática de vela a toda a população, envolvendo esta ação 50 passeios solidários. Pelo terceiro ano consecu-
tivo, a Lusíadas Saúde Porto Sailing foi certificada pelo programa Clean Regattas, da associação mundial Sailors For the Sea, que distingue a organização de eventos baseada em materiais sustentáveis, em todas as suas dimensões. A par desta certificação, foi realizada uma recolha de lixo, com a colaboração de voluntários, na zona adjacente à Douro Marina, em Vila Nova de Gaia.
Segurança nos Portos
Aumento da Criminalidade nos Portos Europeus
Associações europeias do setor marítimo portuário apelam a maior prevenção para evitar aumento da criminalidade nos portos europeus.
As associações europeias do setor marítimo-portuário estão muito preocupadas com o fenómeno do aumento da criminalidade nos portos europeus e em toda a cadeia logística de transportes.
Durante a Porto Maritime Week, que decorre no Porto de Leixões, Marco Tak, presidente da ECASBA, associação que representa os agentes de navegação europeus, salientou que o aumento da criminalidade nos portos e ao longo da cadeia logística é um dos grandes desafios que o setor terá de enfrentar, referindo que é necessário tomar medidas a nível europeu para prevenir este fenómeno.
O mesmo foi referido por Godfried Smit, da ESC –European Shippers Council, que alertou para o facto de «a criminalidade nos portos ir aumentar nos próximos anos se nada for feito». O representante dos carregadores europeus disse que o problema já não se coloca apenas a nível portuário e que se alastrou à área de influência geográfica dos portos: «A criminalidade, nomeadamente o tráfico de droga, está dentro das cadeias logísticas, principalmente na área da armazenagem. Por outro lado, é necessário proteger os trabalhadores do setor, que muitas vezes são ameaçados por estes grupos organizados. A solução passa pela prevenção e alertar os trabalhadores para estes
perigos. Neste domínio, há um caminho muito grande a percorrer e que necessita da atenção das autoridades europeias»
Atualmente, a Comissão Europeia tem implementado políticas para aumentar a segurança nos portos e outros regulamentos que exigem que os portos europeus adotem medidas robustas para evitar atividades criminosas, incluindo a criação de áreas de segurança e a supervisão de mercadorias. No entanto, conforme adiantou Lamia Kerdjouj, da FEPORT, associação que representa as empresas privadas que operam terminais portuários na Europa, «não nos devemos concentrar apenas nos portos e na proteção dos portos. É importante que todos
os stakeholders que fazem parte da cadeia logística estejam atentos e envolvidos neste problema de modo a prevenir estas questões»
A quinta edição da Porto Maritime Week, organizada pelo Transportes & Negócios, decorre entre 23 e 27 de setembro, no Auditório Infante D. Henrique, no Porto de Leixões, fiel ao compromisso de ser o ponto de encontro dos principais stakeholders do setor. Um encontro para abordar temas de grande relevância para a indústria, como os planos de investimento dos portos, a estratégia europeia para o setor, a indústria de cruzeiros, a digitalização, a descarbonização e a promoção da intermodalidade.
Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com - Tlm:91 964 28 00
Editor: João Carlos Reis - joao.reis@noticiasdomar.pt - Tlm: 93 512 13 22
Publicidade: publicidade@noticiasdomar.pt
Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com
Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia
Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing