Notícias do Mar n.º 420

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Náutica

Notícias Touron

Mercury Marine Galardoada com Prémio Inovação CES 2022 pelo Fora de Borda Verado V12 600 HP

Mercury Verado V12, sensacional para empurrar barcos pesados e rapidamente planarem A Mercury Marine foi galardoada com o Prémio de Inovação do Consumer Electronics Show (CES) 2022 na categoria de Veículos e Transporte pelo motor fora de borda Verado V12 de 600 HP.

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ste é o segundo Prémio de Inovação CES con-

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secutivo para a Mercury. Em 2021, a tecnologia 1st Mate Marine System da Mercury ganhou de Best of Innovation (na categoria In-Vehicle Entertainment & Safety) e o CES Innovation Award (na categoria Vehicle Intelligence & Transportation). O fora de borda V12 Verado oferece excepcional poupança de combustível e, simultaneamente, reduz significativamente as emissões de dió-

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xido de carbono através da combinação de diferentes tecnologias Mercury líderes no sector, tais como: a primeira transmissão automática, na náutica, num motor fora de borda; dupla hélice de contra-rotação; estratégia de gestão de combustão - Advanced Range Optimization (ARO) - da Mercury; controlo de combustível em circuito fechado. Para além disso, o motor oferece níveis extraor-

dinariamente baixos de ruido e notável suavidade, superando largamente toda a concorrência. Nos testes de mar, usando um barco de 43 pés com uma parelha de foras de borda Verado de 600 HP, verificou-se 20% mais de poupança em combustível, a velocidade cruzeiro, quando comparado com uma motorização fora de borda tripla de 425 hp da concorrência, superando, esta últi-


Náutica

ma, tanto em aceleração como em velocidade de ponta. O avançado sistema de gestão de combustível do V12 Verado oferece todas estas ventagens de performance e sustentabilidade, recorrendo a combustível de 87 octanas, largamente disponível e menos dispendioso. “Estamos encantados com a atribuição do Prémio de Inovação CES pelo segundo ano consecutivo”, afirmou Dave Foulkes, CEO da Brunswick Corporation. “O Mercury V12 Verado

Mercury Verado V12 600 HP 2021 Dezembro 420

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Náutica

O melhor desempenho em barcos de luxo

Mercury Verado V12 600 HP 4

de 600 HP é o motor fora de borda mais inovador e de maior rendimento do mundo que reduz o impacto ambiental ao oferecer uma excelente eficiência no consumo e baixo ruido. Este prémio é o reconhecimento mundial da elevada qualificação da equipa da Mercury. O nosso foco disciplinado e de Design Thinking para desenvolver novos produtos, bem como a execução da nossa estratégia ACES, continua, e continuará, a conduzir o futuro da náutica para outros patamares”. “É uma honra incrível, para Mercury Marine, ganhar outro Prémio de Inovação CES, um dos principais prémios de inovação no mundo”,

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O primeiro fora de borda V12 do mundo


Náutica

O mais poderoso e inovador motor fora de borda Cilindros e Cambotas

disse Chris Drees, Presidente da Mercury Marine. “Esperamos mostrar dois destes motores, agora galardoados, na exposição da Brunswick no CES 2022, brindando os visitantes de todo o mundo com a oportunidade verem o que muitos chamam de motor mais inovador da indústria marítima, sendo o fora de borda mais potente por nós jamais construído”. O motor fora de borda

Bloco do Verado V12 2021 Dezembro 420

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Náutica

V12 Verado, lançado em Fevereiro de 2021, inclui as seguintes inovações: • O primeiro fora de borda V12 do mundo, o motor Verado de 600 HP tem um bloco de quatro cames de aspiração natural que gera um binário impressionante, permitindo acelerar rapidamente, e de forma mais eficiente, embarcações mais pesados à sua velocidade de planar;

• A primeira transmissão automática integrada na náutica, que optimiza a performance do motor e a poupança no consumo, tanto em aceleração como em cruzeiro; • Hélices duplas hidrodinâmicas avançadas em contra-rotação (4 pás na parte dianteira, 3 na parte traseira) que proporcionam uma elevada área total de pá, disponibilizando binário de

Seção Média Avançada

A primeira transmissão automática integrada na náutica 6

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A Transmissão


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Náutica

A primeira caixa de mudanças direccionável 8

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forma eficiente; • A primeira caixa de mudanças direccionável instalada num fora de borda que gira de forma independente debaixo de água, enquanto a cabeça motriz do motor permanece numa posição compacta e fixa, tal disponibiliza mais espaço para instalações múltiplas de motores e um ângulo de direcção mais amplo, permitindo um condução mais ágil; • Um novo e completo sistema de gestão de ruido e a última geração do Advanced MidSection (AMS) convertem o motor V12 Verado no fora de borda de alta potência

Hélices duplas hidrodinâmicas avançadas em contra-rotação

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Náutica

O Mercury Verado V12 é o motor ideal para ir à pesca

Capô de serviço inovador para mudanças de óleo 10

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mais silencioso e suave jamais construído. O programa CES Innovation Awards, propriedade e gestão da Consumer Technology Association (CTA)®, é uma competição anual que honra o design e a engenharia em produtos de tecnologia de consumo, divididos 28 diferentes categorias. Um júri, constituído por uma elite de peritos da indústria (incluindo membros dos meios de comunicação, designers, engenheiros, entre outros), avaliou as apresentações dos candidatos sob o prisma da inovação, a engenheira, da funcionalidade, da estética e do design.


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Notícias do Mar

Pesca

Salvar oTubarão Anequim

Tubarrão anequim considerado pela ONU uma espécie que se encontra em vias de extinção Houve uma decisão histórica para salvar o tubarão anequim, frequente nas águas portuguesas, porque foi recentemente considerado pela ONU uma espécie que se encontra em vias de extinção.

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O tubarão anequim chega a medir 3,5 metros e abunda no nosso litoral 12

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m estudo “Saving mako shark - how to help the fastest shark escape extinction”, desenvolvido pela Associação Natureza Portugal / World Wide Fund ANP|WWF, com o apoio da Fundação Oceano Azul e com a contribuição de especialistas nacionais e internacionais, mostra o perigo e as causas da mortandade a que se encontra sujeito o tubarão anequim. Este estudo numa “factsheet” encontra-se disponível no site.da ANP|WWF. O tubarão anequim, espécie icónica de tubarão de mar alto e existente no mar


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português, foi recentemente considerada a nível global como espécie ameaçada e, especificamente a sub-população do Atlântico Norte, nos últimos 70 anos viu a sua abundância decrescer em 79% devido à elevada mortalidade por pesca. Portugal é o segundo país do mundo com mais capturas de tubarão anequim provenientes do Atlântico Norte depois de Espanha, e juntos são responsáveis por 70% do volume desembarcado nos últimos 30 anos. Na frota palangreira, quase 90% das capturas de anequim são indivíduos imaturos que não conseguiram ainda reproduzir-se, facto que, aliado à baixa capaci-

Barbatana de tubarão cortada

Tubarão anequim em postas pode ser confundido com carne de espadarte

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Notícias do Mar

Tubarão anequim nos últimos 70 anos viu a sua abundância decrescer em 79%

dade reprodutiva desta espécie, explica a acentuada diminuição das populações a nível mundial e em particular no Atlântico Norte Depois de vários anos sem medidas de gestão adequadas e de muitos apelos por parte de investigadores e ONGAs, finalmente temos boas notícias

Espanha e Portugal representam 70% das capturas reportadas de tubarão anequim no Atlântico Norte 14

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Tubarões juvenis no porto de pesca de Vigo em Espanha

excessiva de anequins e reverter o declínio dramático desta população no Atlântico Norte. Em Portugal as embarcações que pescam o tubarão anequim são da arte do palangra, tanto da pesca local como da pesca industrial. A pesca local não dirige o tubarão anequim como alvo, mas alguns são capturados nos anzóis atraidos pelo isco. Mas a pesca industrial que pesca em águas longínquas internacionais tem maiores capturas. Aliás, a maioria

Fotografia: Jacob Degee WWF-Hong Kong

sobre o futuro do tubarão anequim no Atlântico Norte. Foi durante a reunião anual do ICCAT (International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas), 52 nações pesqueiras, incluindo a União Europeia, aprovaram uma decisão considerada histórica para uma espécie de tubarão, a adopção de um programa de recuperação para o tubarão anequim do Atlântico Norte. A ANP|WWF congratula esta decisão e considera-a como a ferramenta mais eficiente para travar de imediato a pesca

Mergulho com tubarões é uma actividade recente no arquipelago dos açores 2021 Dezembro 420

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Fotografia: naturepl.com / Richard Robinson / WWF

Notícias do Mar

Não sendo o alvo da pesca local, os tubarões e outros predadores são atraídos pelos iscos

de anequim da frota portuguesa que pesca no Atlântico Norte são descarregados em portos nacionais. A maioria mais de 50% é descarregado directamente em Vigo, Espanha, que depois vende para o resto do mun-

do. Também exporta para a União Europeia, nomeadamente Itália, que é o maior importador de carne de tubarão, assim como também para a América do Sul, nomeadamente o Brasil, que tem aumentado as importa-

Fotografia: naturepl.com / Todd Pusser / WWF

das capturas de anequim são feitas em águas internacionais do Atlântico Norte por palangreiros que visam o espadarte e o atum. Segundo o que a ANP |WWF conseguiu apurar, apenas 30% das capturas

As capturas são feitas em águas internacionais do Atlântico Norte por palangreiros que visam o espadarte e o atum 16

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ções de carne de tubarão. Nos portos portugueses o tubarão anequim é desembarcado apenas 30% do volume pescado, em peso 5.636 toneladas. Do total, 56% em Sesimbra, 33% em Peniche, 4% em Olhão. Nas ilhas, 4% em Ponta Delgada, <1% no Funchal. Do tubarão anequim, os principais produtos são a carne e as barbatanas. A carne é especialmente apreciada e tem um valor elevado de mercado, quando comparado por exemplo com a carne de tintureira (o tubarão mais comercializado do mundo) e pode até ser confundido com a posta de espadarte. Também as barbatanas deste tubarão são muito apreciadas, especialmente as das fêmeas, e vão principalmente para o sudeste asiático. Outros produtos do tubarão anequim são o fígado, do qual se retira o esqualeno e também a pele e a mandíbula.


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Pesca Desportiva

Pesca Lúdica Embarcada

A Questão dos Comprimentos e Cores das Amostras

Vimos anteriormente alguns dados relativos à pesca com amostras nas desembocaduras dos rios, e das vantagens e desvantagens de pescar com ou sem amostras de pala.

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á duas questões que são pertinentes e que merecem a nossa atenção: os ruídos que estas fazem e a visibilidade que têm ou não têm.

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Vamos ver por partes. Num mar agitado, as ondas que batem contra a costa rochosa, ou que rebentam na areia, fazem barulho. Mais afastados da costa, em peões de pedra que saem

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fora de água temos a mesma situação. Mesmo ao largo, e sem pedras por perto da superfície, ainda assim temos, em dias com algum vento, vagas que emitem sons, ruídos.

O peixe conhece bem isto. Sabe o que são movimentos de águas, correntes, espuma, etc. Nasceu por ali. Em condições de temporal, o ruído que as nossas amostras fazem, soma ao


Pesca Desportiva

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com/

barulho ambiente. Quando em casos extremos, pode mesmo acontecer que o predador nem se aperceba da passagem da nossa amostra. Claro que podem ser interceptadas caso passem perto, mas dificilmente numa situação de turbulência máxima poderemos contar que a nossa amostra faça chegar a si um peixe vindo de longe. Nestas condições mais difíceis, as amostras de pala são mais eficazes que as outras. Emitem vibrações de baixa frequência e isso passa no meio líquido com facilidade, logo é entendido de muito longe por quem está muito atento a essas …”anomalias”: o nosso robalo. Contando com este dado, resta-nos tirar partido dele e escolher correctamente a nossa amostra. A grande

questão é mesmo essa escolha, como decidir qual o modelo certo, aquele que nos pode proporcionar melhores resultados.

Poderemos criar mentalmente uma escala de valores, em que temos mar muito alto, mar médio e mar baixo.

Não adianta comprar sem critério Nem sempre teremos condições extremas, e por isso nem sempre será necessário recorrer a amostras de pala. Deixamos isso para dias em que pescamos na rebentação, em que está mar formado, e estamos a passear a nossa amostra num reboliço de espuma. Há que considerar que as possibilidades que o mercado nos oferece são suficientes para quaisquer condições de mar. Isso é ponto assente. Temos mesmo muito por onde escolher, mas atenção: não adianta comprar sem critério.

Mar muito forte, elevado Com mar muito forte, elevado: a tradicional amostra de pala leva vantagem. A sua recuperação é linear, não adianta muito inventar qualquer outro tipo de acção. O tamanho a eleger deverá andar na ordem dos 14 a 18 cm, o que já pode ser considerado grande. Considerando que temos mar alto, seguramente que os peixes que se aguentarem nele terão de ter algum tamanho, algum peso. Não irão achar que os 18 cm são grandes, podem até pelo contrário achar…pequeno. Em mar difícil só lá anda quem tiver condições para

isso. Assumimos que a visibilidade pode ser muito reduzida, pelo que é de considerar a utilização de amostras com esferas dentro. Porque lançam mais longe, e porque fazem aquilo que se denomina de “rattling”, um ruído que chama a atenção de peixe, em situações de mar formado. É mandar-lhes com o arsenal de amostras grandes que tivermos, e ter muita fé que um peixe pode vir a “encalhar” com uma delas. As linhas a utilizar não têm de ser finas. Pelo contrário, é o momento de “carregar” um pouco mais no diâmetro, já que não estamos por robalos pequenos. Devemos conseguir lançar longe, e recolher devagar, deixando a amostra fazer a sua parte. Esta é uma pesca que exige alguma paciência,

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Pesca Desportiva

a procura vai no sentido de um bom exemplar, com tudo o que isso tem de imponderáveis. A recuperação deve ser lenta, dando tempo a um peixe que está às cegas e depende de tudo menos da sua vista para caçar. Mar médio, com vaga Com mar médio, com vaga: aqui passamos a ter

muito mais certezas. Aumentam as possibilidades de podermos controlar aquilo que se passa à nossa frente. Podemos aligeirar as amostras, as linhas, até porque a água tem alguma visibilidade. Para quem pesca de costa, lançar atrás das ondas, atrás da rebentação, pode dar uns peixes de bom tamanho. É tempo de passarmos a amostras que lançam

longe, bem balanceadas, eventualmente com pistons internos, e que aproveitam a menor força do vento para voar mais longe. Também, mercê de linhas mais finas, teremos mais facilidade em as colocar longe. O comprimento não tem necessariamente de ser curto, acima de 12 cm vai sempre bem, mas os 16 cm parecem perfeitos. Todavia,

Estes são modelos Haluca da marca japonesa Smith, distribuídos em Portugal pela Go Fishing. Com águas limpas, ou próximo disso, devemos privilegiar cores naturais. 20

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são amostras com menos peso e atrito que as que utilizaríamos em mar forte. A particularidade é que podemos trabalhar com um outro tipo de pala. Já não é decisivo que o apêndice bucal seja demasiado largo, passamos ao que se convencionou chamar de um “jerkbait”, com uma natação irregular, a chamar ainda assim a atenção do nosso robalo de uma distância considerável. A pala mais estreita já nos permite introduzir variações de velocidade de recuperação. A pala curta é menos reactiva à pressão da água, e isso permite uma natação mais “doce”, mais suave, menos agressiva quando recuperamos linha a uma velocidade regular. O apoio na água é menor que nas grandes amostras, e isso pode ser interessante porque não assusta os peixes mais desconfiados. Não é amostra para mar forte com demasiada corrente. Nesses casos, a amostra pode perder a sua linha de natação muito rapidamente, atinge os seus limites técnicos muito depressa. Para além disso, há que considerar que à medida que aceleramos a recuperação, também aumentamos a produção de vibrações, e isso pode ser negativo. No limite, se recuperamos linha demasiado depressa, pode acontecer que o robalo nem queira gastar energia a correr atrás de uma amostra que vai rápido demais, que demonstra vitalidade a mais. Queremos o jerkbait para pescar em mares médios, e a resposta é francamente boa, se acertarmos com a velocidade correcta. O factor velocidade pode ser decisivo. Ter a velocidade certa é importante, e para a encontrarmos devemos antes de mais, meter a mão na água. Está fria, está quente? Com essa res-


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Pesca Desportiva

Exemplos da marca Smith posta, sabemos se o peixe está para corridas, ou se pelo contrário, com a água gelada, devemos dar-lhe um pouco mais de tempo. Fazer a recuperação mais lenta pode ajudar. Se estamos num local com robalos e não picam, seguramente estamos a fazer algo que não devemos. As amostras são estas: Mar calmo, liso, ou quase liso, à superfície Com mar calmo, liso, ou quase liso, à superfície: aqui dependemos muito mais de nós e das nossas opções, do que em qualquer das duas situações referidas acima. É o tempo de olhar de frente para o mar e perceber se temos de ir lá abaixo procurar o peixe, em pesqueiros mais fundos, ou se pelo contrário, ele está mesmo à superfície, bem ao nível do nosso barco, ou da praia de onde pescamos. Se temos fundos importantes, e se o peixe está fundo, não há muito que saber, há que ir buscá-lo lá abaixo. Para isso, utilizamos uma amostra com pala mais comprida, que nos oferece a possibilidade de, sustentada

pela tracção que fazemos com a nossa linha, afundar mais e mais a cada manivelada. Os fabricantes fazem testes e normalmente na embalagem reportam isso. Podemos saber a que profundidade irá descer e assim podemos decidir por esta ou aquela amostra. São amostras que descem, e que podemos armar com duas fateixas, dois triplos bem afiados. Queremos que o primeiro contacto seja decisivo. Não há que poupar nas fateixas, a sua qualidade tem de ser irrepreensível. Testem as Nogales, da Varivas e entenderão o que é uma fateixa que espeta facilmente. O peixe toca e fica preso. Eis acima dois bons exemplos, da marca Smith Estas amostras emitem vibrações persistentes, e podem ser muito úteis em situações em que necessitamos de chamar a atenção do peixe. Mas pode não ser sempre assim. Nem só de vibrações vive a nossa pesca. Há muitos outros factores que entram em linha de conta. Tenho

para mim que as amostras devem ser utilizadas com inteligência, com conhecimento do peixe, do pesqueiro, das condições em que pescamos. Consideremos águas mais baixas, um pesqueiro pouco profundo. Pode estar lá um robalo grande! Os peixes grandes visitam regularmente os pesqueiros baixos, para comer porque é aí que está a sua alimentação mais fácil. E para pescar baixo, já não podemos pensar em amostras com palas largas, mas sim algo diferente. Pode acontecer que a amostra certa seja outra, diferente de todas as que apresentei acima. Parece-me importante analisar o mar, entendê-lo, e partir daí para a escolha da amostra indicada. Que pode ser uma... sem pala. E aqui chegamos a um outro campeonato! Pescar com amostras sem pala já não é para todos, é para quem conhece o peixe e as suas reacções. Falamos de dinâmica de recuperação, de intercalar períodos em que recolhemos linha, com alguns breves segundos em que paramos a amostra por

completo. Volto a repetir: pensem pelo lado do peixe! Uma presa que está perdida, que nada alguns metros e de repente fica sem forças, que pára, que volta a tentar fugir mas… não consegue, é um peixe fraco, debilitado e que pode ser capturado sem esforço. Aqui, o estímulo de predação é máximo: num caso destes, um peixe que se encontre activo, a caçar, dificilmente não morde. Quando temos situações em que há ausência de vento, lançar amostras leves pode ser mais complicado. Sempre que possível devemos tentar colocar-nos na posição que nos é mais vantajosa, que é precisamente a de lançar a favor de alguma réstia de vento que exista. Um pescador cauteloso, avisado, leva consigo vários tamanhos, cores e pesos diferentes de amostras. Decide em função daquilo que está a observar no local. Se estamos a pescar numa zona muito queimada, muito apoquentada por pescadores, a melhor estratégia para conseguir uma caixa de peixes pode ser fazer tudo ao contrário deles. Sabemos que

Exemplos de duas amostras Smith que funcionam muito bem com robalos, com lírios, etc. As cores naturais reproduzem as presas que o robalo caça habitualmente. 22

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Pesca Desportiva

a maior parte das pessoas pesca com linhas demasiado grossas. É aquilo que chamo de “coeficiente de cagaço”… o medo de deixar ir embora um peixe grande. Por isso, colocam no carreto linhas com diâmetro máximo, grossas, fortes. E começam aí os problemas! Porque logo a seguir, estão limitados na distância a que conseguem lançar. Lançam perto porque a linha não flui nos passadores, na ponteira da cana. É rija, trava, e oferece muita resistência a sair da bobine, e mais ainda a voar pelo ar. Solução: o artista coloca uma amostra pesada, que leva tudo à frente, que sai, nem que seja à força de um estiramento no ombro. E chega o momento dessa amostra aterrar na água. O efeito é o da queda de um bloco de cimento. E não há

picadas. O peixe quando desconfia, faz aquilo que nos desarma por completo: fecha a boca, não come. Sem isso, tudo o que fizemos antes resulta em zero. Estamos a esquecer que as presas dos robalos tentam, acima de tudo, passar despercebidas, logo não fazem uma natação agressiva, sobressaltada. Há mesmo quem coloque chumbos fendidos na linha, para atirar mais longe. E tudo começou num erro de casting: a pessoa comprou a linha errada. Tudo o que decorre daí é afectado por um primeiro erro. Aquilo que resulta para o robalo em spinning é algo entre o PE1 e o PE1.5. Uma baixada entre o 0.28 e o 0.33mm, em fluorocarbono, e está bem. Mais que isso e já estamos a falar de uma corda que pode pescar, mas

Algo como isto: um peixinho sozinho, abandonado, perdido do seu cardume. Está a pedir…dentes. também pode rebocar um camião. Tudo tem o seu ponto de equilíbrio, a sua potência e resistência certas. Decidir sobre a peça certa pode ser diminuir o tamanho da amostra, reduzir o ruído do impacto na água, tornar a amostra tão discreta quanto possível.

Não imaginam aquilo que é possível fazer num cardume de robalos, com uma amostra pequena, silenciosa. Como esta, da Smith: Quando se quer comprar uma única amostra e já está, ….pois está tudo decido antes mesmo de sair de casa. Mas há outras formas de pensar e executar.

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Notícias do Mar

Notícias do Porto de Lisboa

Toneladas de Carril

O Porto de Lisboa recebeu 4.74 4 toneladas de Carril , adquiridas pela IPInfraestruturas de Portugal, destinadas à obra para a duplicação da Linha do Oeste. Uma operação logística de grande complexidade técnica, nomeadamente no desembarque do material.

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o longo duma semana foram desembarcadas 823 unidades, sendo 760 de 108 metros e 63

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unidades de 72 metros. No total, forão descarregados carris de dois navios, um no mês de novembro e o outro no mês

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de dezembro, somando aproximadamente 9.500 toneladas de carris. Este material foi transportado até Portugal por

via marítima desde Piombino, Itália. A operação de descarga de carris realiza-se diretamente do porão do navio para a composição ferroviária, ficando assim os carris imediatamente prontos a sair do terminal, sem necessidade de movimentações adicionais e, consequentemente, de mais tempo de espera. De salientar que o Porto de Lisboa é o único porto português que pode realizar este tipo de operações de descarga direta do navio para as composições ferroviárias Esta operação de descarga, foi feita desde o navio até ao vagão ferroviário, na linha de cais doTerminal da ERSHIP (TMB-Terminal Multiusos do Beato), Plataforma Oriental do Porto de Lisboa. O navio Rolldock Storm, que transportou a carga até Lisboa, é agenciado pela Luís Branco, Navegação e Trânsitos, Lda. e a operação logística do transporte deste equipamento, desde a descarga no Porto de Lisboa até ao destino final, no Entroncamento, está a cargo da Empresa Andrade & Ramos. Para 2022 estão previstas mais descargas de carris, destinados à obra da Linha de Évora.


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

O Tejo Sem Água…

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omo se não bastasse já ao rio Tejo, do lado de cá da fronteira, estar a trazer cada vez menos água, precisamente por isso a poluição vai aparecendo mais à superfície, como é evidente, e todos os responsáveis por isso, quer os poluidores, quer as entidades fiscalizadoras e até o próprio governo fazem nada que se veja ou saiba, para mitigar e resolver estes problemas que estão a matar o nosso Tejo! E então com esta recente crise política que foi aberta, como o País paralisa, ainda menos se pode esperar qualquer reação para resolver o problema, durante largos meses, até que a casa fique com al26

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Notícias do Mar

guma arrumação, vamos ver até quando?… Mais recentemente uma poluição espumosa tem sido verificada à superfície das águas deste nosso rio, uma mais densa proveniente de montante, a partir da região de Vila Velha de Ródão, e outra menos densa, mas também espumosa, que tem vindo a ser trazida durante a enchente da maré, desde jusante até Valada do Ribatejo. Do que temos vindo a saber pela comunicação social, registamos o seguinte: 1- As análises à poluição espumosa de montante, mais recente, indicam que a sua origem é proveniente das empresas da indústria da pasta de papel. Mas também outras indústrias têm vindo a contribuir para outro tipo de poluição dessa região, nomeadamente a Fabrióleo. Não obstante ter sido já anteriormente anunciado que o Primeiro Ministro António Costa, comprometeu-se a alterar as licenças das descargas da indústria da pasta de papel, para travar a poluição no Tejo. 2- Entretanto a Fabrióleo já anunciou que vai contestar as medidas cautelares que incluem o encerramento da exploração, determinadas na sequência da vistoria entretanto realizada. 3- A APA tem admitido que a principal fonte de poluição são as indústrias do papel, o ministro do Ambiente explicou que parte do Rio Tejo está morta. 4- O Ministério Público está a investigar as empresas de celulose, entre elas a Celtejo, a Navigator e a Paper Prime.

5- Os pescadores do Tejo desta região apresentaram entretanto, queixa no Tribunal Europeu. Querem ser compensados pelos prejuízos que têm há vários anos causados pela poluição do rio.

6- António Costa defendeu que o caudal do rio e os efeitos das condições climáticas não permitem que as empresas de celulose mantenham o mesmo volume de descargas no Tejo.

Mas nâo consta que tenha sido resolvido qualquer destes problemas, entretanto, e agora devido à nova crise, tudo para, menos a poluição do Tejo(?!).

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Notícias do Mar

Voo Guarda-rios

Zonas Húmidas, Quanto Valem?

Quanto vale uma zona húmida ou qual é a importância de uma zona húmida como infraestrutura verde húmida, definida pela comissão europeia como uma rede estratégicamente planeada de espaços naturais e seminaturais?

O

Guarda Rios continua nos seus voos mais ou menos rasantes, a procurar manter-se informado com atualidade, sobre tudo o que diz respeito ao rio Tejo e a

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outras zonas húmidas de Portugal, porque entende ser preferível manter o seu papel de transmissor do que vê, ouve e lê realmente, a bem da verdade, para dar a conhecer aos cidadãos

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portugueses, para contrapor aos “bla, bla, blas” cheios de inverdades que andam a proliferar por aí, inquinando a verdade democrática. Nesse sentido escolheu o tema das Zonas Húmidas e da sua importância como um património natural que é fundamental preservar e promover a todos os níveis: 1- As zonas húmidas são áreas inundadas ou alagadas com água, podendo ser permanentes ou sazonais. Nas zonas húmidas incluem-se os pântanos, charcos, lagos, rios e pauis. As zonas húmidas costeiras incluem os estuários com os seus sapais, vasas, mangais, sistemas lagunares e até recifes

de coral, e os viveiros de peixes, arrozais e salinas também constituem zonas húmidas criadas pelo homem. 2- Segundo Hugo Agostinho Cunha Gomes, Mestre em Educação Ambiental, a vasta complexidade dos ecossistemas existentes nas zonas húmidas assegura um vasto património natural que se traduz num largo sistema de funções e valores essenciais à vida, um património que é fundamental preservar e promover a todos os níveis. A Comissão Europeia define que uma Infraestrutura Verde Húmida é uma rede estrategicamente planeada de espaços naturais


Notícias do Mar

e seminaturais, oferecendo suporte a uma economia verde que estimula o desenvolvimento local, criando oportunidades de trabalho e favorecendo a regeneração dos recursos naturais, com características ambientais que proporcionam uma ampla variedade de serviços de ecossistema. Esta rede pode, portanto, fornecer espaços adequados para recreação e contribuir para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos cidadãos (das populações ribeirinhas, acrescentamos nós). 3- Outros há que afirmam que enfrentamos uma crise hídrica crescente que ameaça a vida no planeta, sendo que usamos mais água potável do que a natureza pode repor, e estamos a destruir os ecossistemas de ZONAS HÚMIDAS, dos quais a água mais dependem, e a própria vida. 4- Segundo a LPN, o Dia Mundial das Zonas Húmidas é assinalado no dia 2 de fevereiro, com o objetivo de alertar para a importância vital desses habitats e para a riqueza da sua biodiversidade, para além de promover a conservação das Zonas Húmidas, é essencial para assegurar o equilíbrio e a viabilidade dos ecossistemas e para fazer face às alterações climáticas, sobretudo tendo em conta que nalgumas regiões do mundo, perderam-se já mais de metade das trufeiras, pântanos, áreas ribeirinhas, zonas litorais e planícies de inundação. 5- Desde 1900, estimase que mais de 64 por cento das Zonas Húmidas, tenham desaparecido. 6- O primeiro tratado internacional, foi a Conven-

ção de Ramsar, relativa à conservação e o uso sustentável das Zonas Húmidas, a qual foi assinada no dia 2 de fevereiro de 1971 na cidade iraniana de Ramsar, que entrou em vigor em 1975 e conta atualmen-

te com 169 países em todos os continentes. O Estado Português assinou esta Convenção em 1980, tendo-a ratificado a 24 de novembro de 1981. O Dia Mundial das Zonas Húmidas foi celebrado pela

primeira vez em 1997. Atenção: o nosso Tejo está cada vez mais a fazer parte das zonas húmidas que correm o risco de desaparecer, por falta de água!

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Notícias do Mar

O Tejo a Pé

Texto e Fotografia Carlos Cupeto

Lourinhã,

na terra dos dinossauros

A chegada a Porto Dinheiro não engana, o grupo aproveitou para a foto de família

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A caminhada começa numa estrutura que possibilita a observação de registos fosseis dos famosos bichos 30

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o primeiro domingo de dezembro cerca de vinte e cinco caminheiros juntaramse na praia de Porto Dinheiro (Lourinhã) para mais uma caminhada do Tejo a pé. A chuva e o vento diziam não, mas, no Tejo a pé o tempo está sempre bom: chuva ou sol, com ou em vento. O importante é a atitude de cada um e o certo é que ninguém se incomodou, pouco depois, o dia veio a revelar-se fantástico para caminhar. A história geológica daquelas rochas é fabulosa, muito para além dos dinossauros, ou outros fósseis, que não vimos. O sinalizar, mostrar ou não, uma jazida fossilífera é sempre um grande dilema. Todavia, a simples paisagem


Notícias do Mar

O PR4 está bem sinalizado, que possibilita a qualquer pessoa fazer o percurso em autonomia e segurança das falésias conta-nos muito e isso nos bastou. De resto o PR 4 LRN (Pequena Rota 4, Lourinhã) “dos dinossauros à rocha” são cerca de 10 km tipicamente “Oeste”, o sobe e desce constante com mais ou menos casario, per-

corridos em boa cavaqueira. Contrasta, pela positiva, o vale da Pedra, que encheu a alma até ao andarilho mais distraído. No fim todos estavam satisfeitos com um dia bem passado no campo onde predomina o verdadei-

No vale da Pedra a natureza assume a sua melhor expressão ro companheirismo enquadrado na autêntica dimensão espaço-tempo. O Tejo a pé é tudo isto, que procuramos e vivenciamos, cada um à sua maneira. Todos os meses, uma caminhada acessível

a todos, sem custos, onde a motivação é o viver a natureza. Para caminhar no Tejo a pé basta enviar um mail a cupeto@uevora.pt. No final de janeiro andaremos, provavelmente, mais uma vez, em Monsanto (Lisboa).

No fim alguns escolheram o magnífico cenário da praia para o habitual almoço onde nunca falta um copo de vinho e as famosas Areias da Ericeira que a generosidade da Luísa nos oferece desde há muitos anos (Célia Barroso) 2021 Dezembro 420

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Notícias do Mar

Notícias do Porto de Lisboa

Terminal de Cruzeiros de Lisboa Conquista “Clean And Safe”

O Porto de Lisboa anuncia que o Terminal de Cruzeiros de Lisboa foi distinguido com o selo “Clean and Safe 2021”, na tipologia de Terminais de Cruzeiros, uma certificação atribuída pelo Turismo de Portugal, passando assim, igualmente, a estar abrangido pelo European Tourism Covid-19 Safety Seal.

Terminal de Cruzeiros de Lisboa

O

selo “Clean and Safe 2021” implicou um investimento de 10 mil euros para a redução dos riscos de contaminação por COVID19, tendo já beneficiado 50 637 mil dos 100 mil passa-

geiros previstos, até ao final de 2021, nas 100 escalas previstas para Lisboa. Para 2022 estão previstas 390 escalas de navios de cruzeiros e 600 mil passageiros, através do Terminal de Cruzeiros de Lisboa.

Terminal de Cruzeiros de Lisboa 32

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Ricardo Medeiros, administrador da APL - Administração do Porto de Lisboa, destacou nesta conquista «o trabalho conjunto da APL, da LCP – Lisbon Cruise Port e dos restantes stakeholders, para que fosse possível voltar a ter um ambiente seguro indispensável à retoma e recuperação da atividade, num esforço permanente de resposta às necessidades manifestadas pelas autoridades competentes e pela indústria». Duarte Cabral, Diretor Geral da LCP – Lisbon Cruise Port afirmou que «a atribuição deste selo reconhece a responsabilidade e o esforço da LCP em criar um

ambiente seguro para gerar confiança e segurança aos navios, passageiros e tripulantes de cruzeiro». A atribuição do selo “Clean and Safe 2021” reconhece a aplicação das diretrizes e recomendações emitidas pela Autoridade Turística Nacional, em articulação com as orientações da Direção-Geral da Saúde, para reduzir riscos de contaminação com a Covid-19, designadamente: -Implementação de um Plano de Contingência Covid-19; -Formação e capacitação de todos os Colaboradores enquanto “Agentes de Saúde Pública”; -Materiais e informação disponibilizados; -Gestão adequada dos Colaboradores, garantindo a proteção e a promoção da sua Saúde e Segurança; -Articulação com Parceiros e Fornecedores; - Uso adequado dos espaços e a sua reconfiguração funcional, quando da responsabilidade da Empresa; -Cumprimento das indicações da DGS referente à lotação dos espaços; -Ventilação e higienização adequada dos espaços; - Promoção de adequados procedimentos individuais de Proteção e Higienização para Clientes; -Correta gestão de casos possíveis, prováveis ou confirmados de Covid-19; -Promoção de uma adequada gestão e uso dos espaços, quando da responsabilidade da empresa.


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Electrónica

Notícias Nautel

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Electrónica

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Notícias do Mar

Economia do Mar

Expansão Repsol em Sines A Repsol assinou contratos de expansão do Complexo Industrial de Sines na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).

Com a Repsol contrato de investimento de 657 milhões de euros

A

Repsol contratualizou, no Centro de Negócios da (ZILS), o direito de superfície de mais 51 hectares, e a reserva de direito de superfície de mais 23 hectares, na ZILS, com a aicep Global Parques. A cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhantes Dias, do Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba,

do presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas e do vicePresidente da CCDR Alentejo, Aníbal Reis Costa. De acordo com a AICEP Global Parques, em comunicado, cerca de 38 hectares são para expansão, que se somam aos já 143 hectares que a multienergética ocupa, tendo sido ainda reservados 23 hectares para futuros desenvolvimentos, alinhados com a estratégia de des-

Repsol em Sines com cerca de 38 hectares para expansão 36

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carbonização e transição energética da Repsol. Com esta expansão, a taxa de ocupação da ZILS sobe para 72%, com 274 hectares ocupados. Em outubro, numa cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro, António Costa, o Governo assinou o contrato de investimento de 657 milhões de euros com a Repsol. Considerou o projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) e contratou incentivos fiscais ao investimento no valor de até 63 milhões de euros. O maior investimento industrial dos últimos 10 anos em Portugal contempla a construção de duas novas fábricas, uma de polipropileno e outra de polietileno linear. Cada unidade terá uma capacidade de produção de 300.000 toneladas por ano, com o início de laboração previs-

ta para 2025. Os novos produtos são 100% recicláveis e podem ser utilizados para aplicações altamente especializadas, alinhadas com a transição energética nas indústrias farmacêutica, automóvel ou alimentar. O investimento de 657 milhões de euros gerará 75 empregos diretos e cerca de 300 indiretos e permitirá o fornecimento de proximidade de polímeros de alto valor acrescentado a um amplo leque de clusters nacionais exportadores, desde os componentes automóveis aos dispositivos médicos, passando pelos produtos alimentares. Em linha com a sua estratégia de descarbonização e de transição energética, a Repsol prevê outros investimentos complementares em energia, incluindo parque de painéis solares, interligações elétricas, tancagens e pipelines. Este investimento, em conjugação com a localização estratégica da ZILS, a proximidade ao porto de Sines e a criação de novas instalações logísticas, como a anunciada pela IP de Portugal para a reabilitação do Ramal do Complexo Industrial de Sines, permitirá desenvolver mais sinergias na área industrial da empresa, melhorar a conexão ao mercado europeu e reduzir a pegada de carbono do transporte dos produtos.


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Pesca Desportiva

Pesca Lúdica Embarcada

Espírito de Pargo

Como um presidiário com pena perpétua, riscamos traços nas paredes, para nos entretermos. Para passar o tempo.

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ontamos os dias que faltam para podermos sair a pescar. Confinados a quatro paredes, após dias e dias, meses e anos, chegamos a um ponto em que já nos falta o ar para respirar. É verdade que estamos com a família, estamos em casa, em paz com o mundo, nas melhores condições possíveis, mas falta-nos a excitação e a incerteza da pesca. Falta-nos a água salgada, falta-nos o mar,… o seu azul 38

profundo, a sua longínqua linha de horizonte. A dada altura, há que sair. Com melhores ou piores resultados, aquilo que temos a fazer é mesmo pegar na mochila dos acessórios, na bolsa das canas, e entrar para um barco e largar ferro. Nem sempre temos a sorte de conseguir pescar peixes grandes. A ser assim tão simples, provavelmente nem seria tão estimulante. Sabemos isso quando, ao fim de um determinado número de peixes fáceis, deixamos de

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achar interessante continuar a pescá-los. Demasiado fácil não estimula, aborrece. Bom mesmo é termos de ultrapassar os nossos limites, ir ao fim dos nossos conhecimentos técnicos, para conseguirmos um bom peixe. Se tivermos a sorte desse exemplar ser um pargo grande, então a felicidade é extrema. Há, à volta do pargo, um clarão de luz, uma aura brilhante, que muitas outras espécies de peixes não têm. Seja pelas lindíssimas com-

binações de cores vermelho rosado, seja pela força que consegue desenvolver, pelo tamanho que atinge nas nossas águas, pela sua perspicácia, mas também pela violência dos seus ataques, há algo que o torna absolutamente especial para a pesca. O pargo na pesca vertical, a par do robalo na pesca de spinning, são sem dúvida os peixes que mais procuramos pescar. Não os deixamos crescer. A exemplo do que fazemos com outros espáridas, e a


Pesca Desportiva

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com/

As nossas mulheres não deveriam querer-nos em terra. Tornamo-nos moles, malandros…e aborrecidos dourada é um bom exemplo disso, temos a terrível doença de gostar tanto deles que somos incapazes, depois de os termos nas mãos, de os deixar de novo ir à sua vida, no fundo do mar. É uma pena que assim seja. Uma dourada de 19 cm, ou um pargo de 20 cm, são apenas projectos do grande peixe que aí vem, o animal que nos dará um dia uma alegria imensa. Quando ficamos com eles, quando os fazemos morrer com esse tamanho diminuto, estamos a abdicar de um dia conseguirmos esse peixe com 90 cm de

Este conseguiu vencer todos os obstáculos até ao peso de 10.9 kgs. Neste dia, bateu contra um jig de 30 gr…da Shimano 2021 Dezembro 420

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Pesca Desportiva

comprimento. E necessariamente com outro peso, com reprodução feita. Todavia, é legal Todos vós sabem que sou frontalmente contra os tamanhos mínimos legais dos peixes que capturamos no nosso país. O Anexo XII do Regulamento (CE) nº 850/98 e Portaria nº 27/2001 regulamentam-nos. O método de determinação dos tamanhos mínimos dos peixes, moluscos e crustáceos é o estabelecido pelo Regulamento (CE) nº 850/98 [Artº 48º, nº 3 do Decreto Regulamentar nº 43/87]. Complementarmente, alguns métodos de determinação de tamanhos míni-

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mos encontram-se também estabelecidos pelo Anexo à Portaria nº 27/2001. Pois por mim, bem podiam limpar as mãos à parede com as medidas mínimas legais. Nunca irei considerar que um pargo de 20cm é um opositor forte, com capacidade para me dar luta, e ao qual eu terei de aplicar os meus conhecimentos, tudo o que sei, para o fazer morder uma isca. Pelo contrário, trata-se, a meu ver, de um pequeno peixe juvenil, que muito provavelmente ainda não viveu o suficiente para poder ter qualquer tipo de desconfiança, de manha, de saber, para me poder desfeitear. O mais normal é que sucumba à apresentação de um isco.

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Todavia, é legal. Resta-nos a consolação de pensar que não os iremos nunca pescar a todos, e que alguns chegarão a adultos, a ser os peixes que tanto queremos imortalizar em foto. E que orgulho justificado temos num pargo de 6, 7 ou 8 kgs! Pescar um pequeno peixe de 20cm não nos dá isso. Aquilo que trazemos infelizmente não é um pargo, é um projecto de futuro grande pargo. Sendo forte para o reduzido tamanho que tem, não teve ainda tempo de desenvolver as suas capacidades máximas de luta, de força, porque essas só lhe iriam chegar quando mais velho.

Para quem não sabe a diferença, para quem os pesca quando eles têm 500 gramas, e os acha fortes, espere pelo dia em que terá a picada de um com 10 kgs, e saberá entender o quanto pode ser diferente. É verdade que há muito mais pargo na nossa linha do que aquele que estamos a matar. Há mais peixe, mais genética, resistência,… mais pargo, que afinal não trazemos. Muito do peixe que julgamos trazer para nossa casa, afinal fica no mar, livre, a sobrevoar as pedras, a controlar os cardumes de peixe miúdo, a perpectuar a resistência que trouxe esta espécie até aos dias de hoje.


Pesca Desportiva

Há todo um legado de força, de capacidade de sobrevivência, que não trazemos. Felizmente não acaba tudo com a morte de um só daqueles pequenos peixes rosados. O seu espírito de espécie resistente perdura, fica por lá, nas pedras, nas correntes, nas marés. Outros pargos irão colocar-nos dificuldades, incertezas, interrogações, irão

levar-nos a um perfeito estado de desespero por não sermos capazes de os enganar. Os mais importantes serão sempre aqueles que nos escapam, os que não picam. É com esses que aprendemos. São precisamente esses que irão fazer perdurar o espírito de pargo: a força, os ataques violentos, mas

também a subtileza, a capacidade de escapar a iscos, às nossas amostras, e pior que isso, ser capaz de nadar para longe dos quilómetros e quilómetros de redes. Não será fácil ser pargo em lado nenhum do mundo, e seguramente não o será em Portugal. Mesmo um minúsculo ser que a lei considera como suficiente para que a sua pesca seja legal,

já passou por muitas dificuldades. Mas dos 20 cm até aos 90 cm que podem atingir, dos 200 gr até aos 12 kgs de peso máximo se falarmos de “Pagrus pagrus”, vai toda uma distância. Vão quase 10 anos de distância. Por favor, libertem os juvenis, os peixes de 20 cm, para podermos amanhã ter pargos grandes.

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Notícias do Mar

Notícias Ministério do Mar

Nas Quotas 2022

Mais Bacalhau, Menos Pescada Os ministros com a Pasta das Pescas da União Europeia estiveram reunidos numa maratona para decidir as quotas de pesca para o ano de 2022.

decidido uma redução de 5% em relação ao ano passado, quando Bruxelas propunha um corte de 16%. No documento divulgado após as negociações, o ministério do mar afirma que “foi compreendido que as duas unidades funcionais deste recurso onde o setor português das pescas atua estão em bom estado biológico, como reportam os pareceres científicos”.

Cardume de bacalhau

N

o caso de Portugal foi possível atenuar alguns dos cortes propostos pela Comissão Europeia, em relação à pescada, ao linguado e a lagostim. Ainda assim, mantêmse reduções significativas, comparativamente com os

totais admissíveis de captura relativos ao ano passado. A pescada sofre uma redução de 8% face ao total admissível de captura de 2021. Bruxelas propunha um corte de 15%. “Neste caso, foi reconhecida a argumentação portuguesa de que a proposta inicial se

encontrava desajustada à realidade deste manancial, pois com base na avaliação de uma única espécie extrapolava-se a redução para as várias espécies de linguado, que não são avaliadas”, refere uma nota do Ministério do Mar. No caso do lagostim, ficou

Mais bacalhau em 2022 42

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Mais bacalhau A nota refere ainda que “na Organização de Pescas do Atlântico Noroeste foi possível um aumento de 168% da quota do bacalhau, para as 786 toneladas, ou seja mais 493 toneladas do que a quota em 2021”. No documento divulgado após a reunião, o Ministério do Mar destaca também o caso das Pescas da Noruega, onde se regista uma redução de 5 toneladas na quota do bacalhau capturado na respetiva zona económica exclusiva. Em relação ao bacalhau do arquipélago de Svalbard, onde Portugal tem uma quota importante, decorrem ainda as negociações, não se prevendo uma decisão antes de janeiro de 2022. Na Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico regista-se uma redução de 10%, de cerca de 310 toneladas, na quota de atum patudo e de 20% na quota de voador no Atlântico Sul, de cerca de 127 toneladas.


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Electrónica

Notícias Nauttiradar

Icom Apresenta Novo Rádio de VHF Marítimo IC-M510E com DSC e Controlo via Smartphone O IC-M510E é um novo rádio fixo de VHF marítimo com DSC da Icom, cheio de estilo e que oferece controlo do rádio via smartphone com a aplicação RS-M500 (iOS / Android).

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odem ser utilizados até três smartphones como controlos remotos, através da conetividade Wireless (WLAN) do rádio. É ainda possível usufruir de uma função de intercomunicação entre o seu smartphone e o rádio em si. A apresentação do ICM510E em conjunto com o recentemente lançado IC-M94DE, marca uma nova geração de rádios marítimos. É também uma indicação de que a Icom é um líder em eletrónica marítima com a sua tec-

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nologia de ponta e design ergonómico carregado de estilo. O novo design compacto do IC-M510E é ideal para montagem em painel ou em suporte. O rádio possui uma profundidade de apenas 71.2 mm, que permite uma instalação simples na sua embarcação. O deslumbrante ecrã LCD TFT a cores, oferece um ângulo de visibilidade de quase 180º. O display amplo apresenta caracteres de elevada resolução e ícones de função. O ecrã de modo noturno garante uma visibilidade em

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condições de luz fraca. O IC-M510E apresenta um áudio impressionante e o seu altifalante interno melhora o som recebido. O altifalante à prova de água oferece um som de qualidade superior com uma ampla frequência para um som poderoso e claro. ao lançamento da unidade IC-M510E

seguir-se-á mais tarde o lançamento do opcional CT-M500, uma caixa de interface wireless que permite conectividade NMEA2000 e funcionalidade de Megafonia. O CT-M500 e o rádio ICM510E podem conectarse via WLAN. O radio de VHF modelo IC-M510E será comercia-


Electrónica

lizado em duas versões. A AIS integrado é esperada primeira já está disponível para meados de Dezeme a segunda versão com bro.

PVP: € 575,61 s/IVA Para mais informações sobre este novo produto da ICOM, por

favor visite o site www. nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Luzes Subaquáticas Hella

H e ll a m a r i n e r e d e f i n e a i lu m i n a ç ã o d e e n t r e t e n i m e n to co m as Lu z es Subaquáticas Apelo.

A

Hella marine apresenta as luzes subaquáticas Apelo, que incorporam

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Inteligência Ótica, materiais avançados e fabrico robótico para um brilho e

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durabilidade superiores. As luzes subaquáticas Apelo permitem-lhe fazer tudo.

Selecione entre um branco incrivelmente intenso ou um azul vibrante para experiências de iluminação fantásticas ou, assuma o controlo completo e escolha qualquer cor que pretenda com a Apelo RGB. Pode-se confiar nas Apelo para definirem o ambiente perfeito na doca ou estimular a vibração de uma festa a bordo. A Inteligência Ótica da Hella marine oferece mais luz com um feixe horizontal amplo sobre a popa e compete com outras luzes que oferecem classificações de lumens mais altos, e consumindo menos energia para alcançar os mesmos níveis de brilho. As luzes Apelo estão disponíveis em modelos que produzem 1800 ou 3000 lumens de luz inten-


Electrónica

sa branca/azul ou RGB e, marcam a estreia da tecnologia Edge Light: iluminação elegante e distinta no rebordo frontal da luz. Concebidas com habilidade, fabricadas com precisão e rigorosamente

testadas nas instalações da Hella marine na Nova Zelândia, as Apelo são suportadas por uma garantia líder no mercado de 5 anos. Projetadas para um funcionamento fora de água e com uma fiabi-

lidade de estanquicidade absoluta, a eletrónica inteligente deteta o seu ambiente para regular a potência e controlar o calor no interior. As luzes Apelo são completamente seladas e certificadas com

IP68 e IP69. Para mais informações sobre este novo produto da Hella marine, por favor visite o site www.nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.

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Notícias do Mar

Notícias da DGRM

Obras no Porto da Ericeira Decorrem a Bom Ritmo

Com o Investimento de 1,6 Milhões de Euros as obras de reforço do quebra-mar do Porto da Ericeira, a cargo da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), estão a decorrer a bom ritmo.

Porto da Ericeira em Obras

A

s obras estão já em fase avançada, com o transporte dos enrocamentos de grande dimensão, provenientes de três pedreiras da zona centro de Portugal, para a zona da obra. Foi também iniciado o assentamento desses enrocamentos na zona de coroa-

mento da cabeça do molhe, através da utilização de uma grua de grande porte. Estes trabalhos têm como âmbito a colocação de 4.800 metros cúbicos de enrocamento da gama 100 a 150 KN na zona de maior desgaste da cabeça do quebramar, proporcionando uma maior robustez e segurança

desta obra de proteção do porto. Foram também já realizados os trabalhos iniciais de levantamento topo-hidrográfico da bacia e da área de acesso ao porto, com vista à realização das necessárias dragagens de manutenção. As dragagens contemplam a retirada de 201.000

Porto da Ericeira em Obras 48

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metros cúbicos de sedimentos de constituição arenosa da bacia portuária e a regularização da praia emersa, de forma a reestabelecer as condições de segurança marítima do porto de pesca e do movimento de saída e retorno das embarcações da faina. As dragagens decorrerão sequencialmente nas diversas zonas previstas, desde o canal de acesso até à zona da praia, estando também contemplado o transporte dos sedimentos e a sua imersão em meio marinho, em zona da deriva litoral, de forma a promover a alimentação de praia e combate á erosão costeira. O investimento total representa um investimento de 1,6 Milhões de Euros, proveniente integralmente do Orçamento do Estado de 2021.


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Notícias do Mar

Notícias do Ministério do Mar

87 Milhões de Euros de Investimento para a Economia do Mar

Biotecnologia marinha

Foi apresentado pelo Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, o Hub Azul, Rede de Infraestruturas para a Economia Azul. O Governo vai investir 87 milhões de euros em 6 centros de investigação e desenvolvimento para economia do mar.

O

ministro explicou que o investimento visa “potenciar

o setor da transformação do pescado e a biotecnologia e promover uma

maior ligação entre a investigação científica e as indústrias do setor”.

Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos 50

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O Governo vai investir 87 milhões de euros em centros de investigação e de desenvolvimento de produtos para a economia do mar no Algarve, Lisboa, Oeiras, Peniche, Aveiro e Porto, disse em Peniche o Ministro do Mar. O Hub Azul, com financiamento de 87 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “são infraestruturas para instalar no Algarve, Peniche, Aveiro, Porto e uma parte mais central em Lisboa e Oeiras para desenvolver as grandes tecnologias e promover a ligação entre as academias e as indústrias e os empreendedores em contex-


Notícias do Mar

Biotecnologia marinha

tos da biotecnologia azul, das energias oceânicas, robótica submarina, das engenharias, construção naval”, afirmou Ricardo Serrão Santos. O ministro falou na abertura da Expo Fish Portugal, a primeira feira internacional virtual de pescado fresco ou transformado e ex-

plicou que o investimento visa potenciar o setor da transformação do pescado e a biotecnologia e promover uma maior ligação entre a investigação científica e as indústrias do setor. Mais do que centros de investigação, o ministro disse que vão ser centros

Robótica 2021 Dezembro 420

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Notícias do Mar

Investigação

de produção de produtos na parte da biotecnologia azul, para aumentar o nú-

mero de patentes nacionais. Neste momento, estão a

ser formados consórcios e os anúncios vão ser lançados em janeiro.

Energias oceânicas 52

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O Hub Azul, Rede de Infraestruturas para a Economia Azul, vai ter infraestruturas novas ou existentes costeiras, com acesso à água, laboratórios e zonas de teste, locais para prototipagem, scale-up pré e industrial e espaço de incubação e alavancagem de empresas, criando uma plataforma física e virtual em rede para dinamizar a bioeconomia azul e outras áreas emergentes da economia do mar descarbonizante em Portugal e na Europa. Este Hub Azul pressupõe ainda uma estreita ligação às universidades nacionais, principalmente às escolas com formação superior direcionada para o mar, e aos centros de formação profissional do mar.


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Notícias do Mar

Economia

Conferência Regulação e Mobilidade

Que Futuro?

Ana Paula Vitorino Ana Paula Vitorino quer promover literacia sobre mobilidade, com um Ciclo de Conferências da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes AMT , das quais a 1ª é Conferência da Regulação e Mobilidade: Que Futuro?

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Transporte fluvial com barcaças 54

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residida por Ana Paula Vitorino, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) iniciou um Ciclo de Conferências, no dia 9 de dezembro, que decorrereu no Auditório da Gare Marítima de Alcântara, no Porto de Lisboa. A primeira sessão, com o tema “Regulação e Mobilidade: Que Futuro?”, teve início às 14 horas com uma nota de boasvindas da Presidente do Conselho de Administra-


Notícias do Mar

Porto de Lisboa

ção da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, Ana Paula Vitorino. A abertura foi feita pelo Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e encerrada pelo Ministro de Estado da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira. De acordo com Ana Paula Vitorino «A realização deste ciclo de conferências responde ao compromisso que assumi, perante a Assembleia da República, de abrir a AMT às empresas e aos cidadãos, designadamente através da disseminação do conhecimento e da promoção de uma verdadeira literacia sobre a mobilidade. Uma das formas de o fazer será, precisamente, através da realização

de conferências e encontros com a academia, com as empresas, com outras entidades públicas, com personalidades de reconhecido mérito, que “pensem” a

mobilidade e os transportes e contribuam para a sua evolução num contexto de transição ambiental e digital, com constante mutação e incerteza.

Esta Conferência é um dos primeiros passos neste sentido, em que a discussão conjunta de matérias de maior relevância para o país permitirão à AMT prestar

Porto se Setúbal 2021 Dezembro 420

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Notícias do Mar

Porto de Sines Terminal XXI

um melhor serviço aos cidadãos e à economia, contribuindo para um verdadeiro desenvolvimento sustentável.» A Conferência “Regulação e Mobilidade: Que Futuro?” foi constituída por dois painéis sobre os temas “Concorrência: A Caminho da Sexta Geração” e “A Mobilidade em Tempos de Transição”. Participam no 1.º painel, Eduardo Lopes Rodrigues – Vice-Presidente do Conselho de Administração da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, que fez a apresentação do livro “Concorrência: A Caminho da Sexta Geração”; José da Cruz Vilaça – Professor nas Universidades Católica Portuguesa, Nova de Lisboa, Coimbra e Lusíada de Lisboa, e Eduardo Paz Ferreira – Professor Catedrático da Faculdade de

Direito de Lisboa (FDUL). No segundo painel, às15h45, participaram Miguel Moura e Silva – Vogal do Conselho de Administração da AdC e Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Paula Meira Lourenço – Vogal do Conselho de Administração da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) e Professora Auxiliar e Doutora pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Tânia Cardoso Simões – Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) e, numa apresentação conjunta, Ana Pereira Miranda – Diretora do Gabinete de Assuntos Jurídicos da AMT e Hugo Oliveira – Divisão de Avaliação de Políticas Públicas e Monitorização Setorial da AMT.

Porto de Aveiro 56

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Notícias do Mar

Notícias da DGRM

Alargamento do VTS

em todo o Mar Português

VTS do Porto de Lisboa A Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) realizou os trabalhos finais com vista à conclusão do estudo de alargamento do Vessel Traffic System and Service (VTS) a todo o mar português, designadamente às sub-áreas da Madeira e dos Açores.

A

Alargamento do VTS em todo o Mar Português 58

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última etapa foi a visita às Ilhas Selvagens para estudo da melhor localização e condições para instalação dos sensores no território emerso mais a sul de Portugal. A deslocação contou com a imprescindível colaboração da Força Aérea e da Direção-Geral da Autoridade Marítima, que participaram na visita ao IFCN – Instituto das Florestas e Conservação da Natureza e a APRAM da Região Autónoma da Madeira. Este estudo visa preparar a fase seguinte de implementação, de forma a que Portugal, enquanto


Notícias do Mar

Estado Costeiro, passe a disponibilizar em todo mar português a obrigação de controlar e monitorizar o tráfego marítimo, com a função também de prestar informações à navegação através da adoção dos serviços VTS em todo o território. Em termos de segurança marítima a adoção de um serviço e sistema VTS, à escala nacional, permitirá estabelecer mecanismos de segurança, nomeadamente de esquemas de separação de tráfego e de áreas a evitar nas Regiões Autónomas, perfeitamente integradas e harmonizadas com as existentes no continente. Igualmente importante é a extensão dos sistemas de alerta automático de segurança entre navios e terra, como por exemplo, de aviso prévio de colisão ou de aproximação excessiva a determinada

zona. Complementarmente, o VTS será também uma ferramenta de apoio ao salvamento marítimo, à monitorização da futura Rede Nacional de Áreas Marinhas Protegidas e à inspeção das pescas. A implementação do sistema seguirá todas as orientações e requisitos da Organização Marítima Internacional (OMI) e da Associação Internacional de Autoridades para o Assinalamento Marítimo e VTS’s (IALA), devendo funcionar como um sistema virtuoso com vários propósitos a coberto dos seus sensores e das capacidades de integração com outras fontes de informação, que permitam fundir e analisar de forma conjunta todos os dados para permitir o melhor resultado para apoio à decisão. Assim, será possível obter informação captada por sensores locais e

Ilhas Selvagens 2021 Dezembro 420

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Notícias do Mar

A DGRM nas Ilhas Selvagens

O Sistema AIS 60

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por sensores remotos que, no seu conjunto, permitirão monitorizar toda a ZEE – Zona Económica Exclusiva nacional e plataforma estendida. Para os sensores locais, destaca-se tudo o que é estático, nomeadamente os equipamentos RADAR (de superfície e meteorológicos), as estações AIS e VMS (sistema de identificação automática), as câmaras de videovigilância, os radiogoniómetros (RDF) e as estações meteorológicas. No campo dos sensores remotos, serão utilizados meios satélite, nomeadamente de fotografia e radar por satélite, bem como a criação de interfaces para interoperar com aeronaves e embarcações (tripuladas e não tripuladas) e sondas e sensores.


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Motonáutica

Texto Gustavo Bahia Fotografia P1 Powerboat by Ronny-Mac

P1 Powerboat - HUSKI Powerboat Team

Equipa de Steve Curtis é Comprada por Novo Patrocinador na América

Steve Curtis já com a camisa da nova Equipa HUSKI CHOCOLATE

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nquanto a Motonáutica sufoca na Europa e Médio Oriente, por falta de provas, e, principalmente Patrocinadores, nos Estados Unidos as coisas vão indo a toda velocidade, impulsionadas pela organização de Campeonatos consistentes pela Powerboat P1 sob o comando de Azam Rangoonwalla.

Azam Rangoonwala and Steve Curtis Huski Powerboat Team 62

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HUSKI Powerboat Team apresenta Equipa para participar em Key West e no Campeonato 2022 O Grupo Sueco dono das marcas HUSKI CHOCOLA-


Motonáutica

Mercury Racing 1100 Competition, soma-se ao 540 MTI Catamaran já existente. A dupla terá Carlos de Quesada como piloto sob o comando de Steve Curtis como Throttleman. Quesada é um experiente piloto

TE e HUSKI WEAR revelou no fim de outubro passado os planos de investimento em patrocínio da mais famosa Equipa de Class One nos Estados Unidos, onde o corre o multi Campeão Mundial Sir Steve Curtis, considerado o melhor Throttleman do mundo. A Empresa anunciou os planos para participação em 2022 nos eventos de Class One da APBA – American Powerboat Association e em novembro 2021 nas provas do 40º Campeonato Mundial Anual em Key West (de 7 a 14 de Novembro). A expansão da Equipa HUSKI com o totalmente reconstruído Catamaran de 47 pés propulsionado por 2 motores

de carros esportes e está ancioso pela estréia na Equipa em Key West. Co-Fundador da HUSKI CHOCOLATE destaca como

prioridade as provas de Offshore Robin Hallberg, Co-Fundador da HUSKI CHOCOLATE afirmou:”Nõs acreditamos que Offshore Racing é uma das melhores plataformas

Robin Hallberg, Co-Fundador da HUSKI CHOCOLATE 2021 Dezembro 420

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Motonáutica

Layout do barco da Equipa HUSKI CHOCOLATE para promover nossos produtos e aumentar o conhecimento da nossa marca no mercado americano (onde temos grandes interesses) e internacionalmente. Nós já participamos como patrocinadores em outros esportes, como: Futebol, Corridas de Automóveis e Esportes de Inverno. Pretendemos investir e trabalhar juntamente com a Powerboat P1, para atingir nossos objetivos de

negócios e com a participação em Class One”. CEO Azam Rangoonwala vê um future brilhante para Class One Powerboat P1 CEO Azam Rangoonwala está muito otimista com a nova Equipa patrocinada por um Grupo Sueco de grande importância para o Campeonato. Desde

que adquiriu os direitos da Class One da UIM por 10 anos, tem trabalhado para dar todas as condições para a retomada dessa espetacular Class Offshore ao seu devido lugar. Nos Estados Unidos já tem um Campeonato que em 2021 apesar do Covid promoveu 7 etapas e o otimismo é grande para um maior número em 2022. Nos seus planos está a futura internacionalização do Campeonato.

Steve Curtis sempre em alta O mais famoso Throttleman do mundo, Steve Curtis, está otimista com a preparação da nova Equipa e espera um desempenho vencedor em Key West. Para tal vem desenvolvendo testes com o barco MTI 540 enquanto o ex-Geico cumpre com toda sua reconstrução e várias novidades tecnológicas implementadas.

Logotipos da Huski 64

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Surf

Surf de Ondas Grandes

Parceria Quicksilver e Tó Cardoso

A Quiksilver e o Tó Cardoso, carismático surfista da Nazaré, anunciam parceria para os próximos anos.

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om 29 anos e uma já grande carreira reconhecida no Bodyboard Nacional e Mundial, Tó Cardoso tem-se dedicado ultimamente a surfar em Tow-in as maiores ondas do planeta na sua praia natal. Sendo ainda um dos poucos verdadeiros locais da Praia do Norte a entrar em mares gigantes, o Tó con-

ta agora com toda a experiencia adquirida a surfar e a competir nesta praia no passado para guiar a mota de água neste palco que é conhecido como “O Sitio mais difícil de guiar e salvar surfistas”. Depois da parceria com a Mercedes-Benz e Sérgio Cósmico a Quiksilver reforça assim a sua presença no

line up da Nazare. Ficam abaixo algumas palavras do Tó Cardoso: Com que idade começaste no bodyboard? Aos 12 anos comecei com uma prancha de bodyboard na Praia da Nazaré, onde nasci. Acompanhei um grupo de bodyboarders mais experientes nas competições, onde mais

Tó Cardoso 66

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tarde me sagrei campeão nacional e europeu. Mais tarde, aos 21 terminei a licenciatura e dediquei-me durante 5 anos ao circuito mundial. Ganhei a prova GSS do Mundial na Nazaré em 2017. Com uma vontade maior de freesurf, viajei para Austrália durante 3 meses em busca do swell e ondas perfeitas. A natureza deu-me esta onda. Com que idade começaste a surfar depois? Aos 26 anos. Em 2019 regressei da Austrália e dediquei-me apenas ao surf. Nasceste e viveste sempre na Nazaré? Sim. Objetivos para os próximos anos? Continuar com este ritmo. Explorar cada vez mais as minhas capacidades no surf, principalmente na Praia do Norte. Certamente que irei voltar à Indonesia.


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Surf

Notícias do Surf Clube de Viana

Exemplo Europeu as Atividades Náuticas Vianenses

As atividades náuticas vianenses são exemplo europeu de boas práticas de sustentabilidade e educação ambiental nos desportos outdoor.

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Surf Clube de Viana (SCV) organizou o 2º exchange meeting do projeto Sustainability and Environmental Education in Outdoor Sports (SEE), financiado pelo Programa Erasmus+ Sport. Reuniu parceiros do proje-

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to e especialistas externos, oriundos de Portugal, Espanha, França, Reino Unido, República da Irlanda, Países Baixos, Suécia, Roménia e Sérvia, na cidade de Viana do Castelo entre 8 e 11 de novembro. Tendo partilhado com grande êxito boas

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práticas de sustentabilidade e educação ambiental nos desportos outdoor no território, bem como possibilitado a experienciação de um vasto leque de atividades outdoor. Esta partilha de boas práticas nos territórios dos dife-

rentes parceiros do SEE conduzirá ao desenvolvimento de uma metodologia pedagógica prática que será partilhada e implementada em toda a Europa, junto dos profissionais de desporto outdoor, incluindo nas federações e nos clubes. Conduzindo, assim, ao aumento das competências em sustentabilidade e educação ambiental dos agentes do desporto outdoor e garantindo que os impactos dessas atividades sejam minimizados e mitigados. O programa vianense, que teve o Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo (CAR Surf) por base logística, deu destaque às atividades náuticas, sobretudo de surfing, pelo SCV, e de canoagem com o Darque Kayak Clube. Também realizaram-se visitas guiadas ao


Surf

Geoparque do Litoral de Viana do Castelo, por Ricardo Carvalhido, ao CMIA - Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viana do Castelo e ao Parque Ecológico Urbano de Viana do Castelo. Entre as boas práticas partilhadas, ainda constaram o SCV como a primeira instituição no mundo a obter a certificação de turismo de surf sustentável ao mais alto nível: STOKE “Melhores Práticas” (STOKE Best Practice), a Surfrider Foundation Europe, cuja primeira Delegação funcionou no SCV, o movimento cívico ambientalista “Não Lixes” que tem Fernando de Paiva (Joca) por responsável, que tenta chamar a atenção para a pegada que cada um deixa no planeta, e que tem vindo a desenvolver várias atividades com o clube vianense. Com vista a mitigar o impacto da pegada de carbono das viagens deste meeting, estimada em cerca de 13 toneladas de CO2, foram ainda plantadas árvores na área do CAR Surf e, em parceria

com a Associação Plantar Uma Árvore, está prevista, a curto prazo, a plantação de mais espécies autóctones promovendo também a conservação e promoção da floresta nativa e de sustentabilidade da biodiversidade das espécies autóctones. Para Noel Doyle, chefe de fila do SEE, da Leave No Trace Ireland e que nunca tinha estado na Princesa do Lima,

“neste intercâmbio, focado nos desportos náuticos e na criação de relações com a terra e os impactos que as nossas atividades podem ter, Viana do Castelo superou as expetativas”. Segundo João Zamith, presidente do SCV, a única instituição portuguesa que integra o SEE, “todos os objetivos foram cumpridos e as condições me-

teorológicas excecionais também contribuíram para aumentar a notoriedade de Viana do Castelo ao nível da sustentabilidade e educação ambiental nos desportos outdoor”. O próximo exchange meeting vai ser subordinado ao tema inverno e já está agendado: de 14 a 18 de fevereiro próximo em Linköping, na Suécia.

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Notícias do Mar

Última

Notícias do Ministério do Mar

S

ob coordenação da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), vai realizar-se o Webinar de apresentação do Projeto “NAVSAFETY - Tecnologias emergentes de deteção remota no suporte em tempo real à segurança da navegação em zonas portuárias” no próximo dia 20 de dezembro, entre as 10h00 e as 13h00, no qual serão apresentados os principais resultados obtidos no decurso dos dois anos de investigação dedicada. Este projeto, cofinanciado

pelo Programa Fundo Azul, foi desenvolvido numa parceria entre a Universidade de Aveiro, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Porto da Figueira da Foz, Simbiente e a DGRM. O Navsafety é uma plataforma tecnológica (http://navsafety.web.ua.pt/#home) que visa gerar informação de alta frequência em tempo quase real, sob a forma de indicadores morfológicos (localização de barras submersas, largura e posição do canal de navegação) e oceanográficos (altura de onda, período e direção de onda) na entrada dos portos.

Este projeto visa ainda permitir uma melhor gestão do tráfego marítimo na embocadura dos portos, e, por conseguinte, uma melhoria da rentabilidade económica do porto, um aumento da sua competitividade, assim como melhorias a nível ambiental, pela redução de emissão de CO2 face à redução do tempo de espera dos navios para aceder ao porto. Este projeto permite ainda fornecer informação sob a forma de indicadores morfológicos para os domínios adjacentes ao porto, visando uma melhor gestão de

dragagem, aspeto particularmente relevante para o caso de portos situados em litorais expostos a intenso transporte sedimentar. Com este Webinar, pretende-se dar a conhecer o projeto e fazer uma reflexão sobre as várias abordagens adotadas e as principais soluções que têm vindo a ser obtidas no que respeita à estimativa de indicadores relativos à morfologia do fundo na zona da embocadura dos portos, tendo como estudos de caso o Porto da Ericeira e o Porto da Figueira da Foz.

Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com Paginação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00

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