Notícias do Mar n.º 427

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Notícias do Mar

Conferência dos Oceanos das Nações Unidas

Fotografia: Eskinder Debebe/UN Photo

Conferência dos Oceanos aprova Declaração de Lisboa

Na abertura, António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, Marcelo de Rebelo de Sousa e Muhammadu Buhari, Presidentes da República de Portugal e Nigéria A Conferência dos Oceanos que se realizou em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho iniciou com o apelo a uma ação urgente para enfrentar a “Emergência nos Oceanos”, do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, aos delegados, na abertura da Conferência.

Fotografia: Eskinder Debebe/UN Photo

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Chefes de Estado dos países participantes 2

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ntónio Guterres salientou “Infelizmente, tomámos os oceanos como garantidos e hoje enfrentamos o que eu chamaria de “Emergência nos Oceanos”, temos de inverter a maré. Oceanos saudáveis e produtivos são vitais para o nosso futuro comum”. No primeiro dia da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que tinha como tema “Intensificar a ação nos oceanos tendo por base a ciência e inovação, para a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14: balanço, parcerias e soluções”, o secretário-geral da ONU deu nota de boas


Notícias do Mar

Soluções arrojadas e inovadoras Na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas mais de 25 chefes de Esta-

Coral arrancado por um arrastão de grandes profundidades do e de Governo, juntamente com milhares de jovens, empresários, cientistas e representantes da sociedade civil, apresentaram soluções novas, arrojadas e inovadoras para impulsionar uma mudança transformacional para enfrentar eficazmente os desafios que os oceanos enfrentam. Além das sessões plenárias, a Conferência contou com oito diálogos interativos, que aprofundaram áreas relevantes como a poluição marinha, a acidificação, a desoxigenação, o aqueci-

Fotografia: Gonçalo Boerges Dias/UN Photo

notícias. A criação de um instrumento juridicamente vinculativo sobre a conservação e a utilização sustentável da biodiversidade marinha de áreas fora da jurisdição nacional. Um novo tratado que está a ser negociado para enfrentar a crise mundial de plásticos que está a sufocar os nossos oceanos. Um acordo da Organização Mundial do Comércio alcançado há uma semana sobre o fim dos subsídios prejudiciais à pesca. Marcelo de Rebelo de Sousa disse: “Os oceanos são fundamentais no balanço geopolítico do poder”, reforçando a mensagem do secretário-geral. “Cuidados de saúde, recursos económicos, energia, mobilidade, migrações, desenvolvimento científico e tecnológico, alterações climáticas, tudo isto está presente no contexto ou em resultado da pandemia, da guerra ou da crise Temos de recuperar o demasiado tempo que perdemos e dar uma oportunidade à esperança, uma vez mais, antes que seja tarde”.

Durante uma sessão

Lixo plástico nas praias 2022 Julho 427

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Fotografia: António Pedro Santos/UN Photo

Notícias do Mar

António Costa a cumprimentar mento dos oceanos e a promoção e reforço de economias sustentáveis baseadas nos oceanos, em particular para Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e Países Menos Desenvolvidos. Declaração de Lisboa O subsecretário-geral das

Nações Unidas para os Assuntos Jurídicos, Miguel de Serpa Soares, fez um balanço positivo da Conferência e agradeceu os contributos e experiências dos intervenientes, que “podem ajudar a deixar um legado de oceanos prósperos e saudáveis para as gerações futuras”. É um sinal de “esperan-

ça sobre a vontade política de salvaguardar o futuro dos nossos oceanos”. Serpa Soares defende que “não é demasiado tarde para quebrar o ciclo de declínio da biodiversidade, aquecimento dos oceanos, acidificação e poluição marinha, mas temos de nos apressar.” “A declaração política

adotada durante esta Conferência envia um forte sinal sobre a necessidade de agir de forma decisiva e urgente para melhorar a saúde, a utilização sustentável e a resiliência dos nossos oceanos” explica ainda o subsecretário-geral da ONU. Miguel de Serpa Soares mencionou os “acordos históricos sobre o desenvolvimento de um instrumento internacional juridicamente vinculativo para acabar com a poluição plástica na Assembleia das Nações

Os tubarões anequim estão a desaparecer 4

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Fotografia: Rodrigo Cabrita/UN Photo

Notícias do Mar

Lixo plástico à superfície

Presidente de França Emmanuel Macron

Unidas para o Ambiente e sobre a redução de subsídios prejudiciais à pesca na Organização Mundial do Comércio”. Eventos futuros como a Conferência Intergovernamental sobre um Tratado sobre Biodiversidade Marinha de Áreas Fora da Jurisdição Nacional, as negociações do Quadro Global de Biodiversidade Pós-2020 na Convenção para a Biodiversidade COP15 e as negociações para um maior financiamento do clima e ações de adaptação na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas COP27, no Egito, constituem oportunidades para demonstrar os compromissos e ambição de inverter a maré. O presidente de França, Emmanuel Macron, anunciou a candidatura conjunta de França e Costa Rica para organizar a próxima Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em 2025. As Prioridades Novos investimentos na restauração e conservação dos ecossistemas costeiros, proteção das mulheres que, apesar de serem parte significativa no setor, continuam a enfrentar desigualdades salariais e aposta em sistemas alimentares sustentáveis, são algumas das priori2022 Julho 427

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Notícias do Mar

Lixo plástico no fundo las dependem e de forma a aumentar a resiliência dos oceanos e a biodiversidade marinha. Parcerias ambiciosas, transparentes e responsáveis com as partes interessadas são parte do caminho, que passa ainda por promover a cooperação internacional para encontrar instrumentos de financiamento privado e modelos híbridos para trabalhar em prol da saúde dos oceanos. Os Compromissos de Portugal O primeiro-ministro de Por-

tugal, António Costa, transmitiu quatro compromissos para ajudar que a Conferência se torne “um marco no reencontro da Humanidade com os Oceanos”. O conhecimento científico vai estar no “centro da ação”, aproveitando a centralidade atlântica dos Açores e continuando a investir em redes de colaboração científica. O primeiro-ministro anunciou, neste contexto, a criação, até ao final deste ano, do gabinete da Década das Nações Unidas das Ciências dos Oceanos para o Desen-

Fotografia: Twitter State House Kenya

dades cujo trabalho vai além da Conferência. A ciência e a inovação nos oceanos, o mote deste evento, estão no centro de um planeta azul sustentável. Os decisores vão assegurar que todos os países possam empreender investigação científica e participar em colaborações para utilizar de forma sustentável os oceanos no setor económico, social e cultural. As áreas marinhas protegidas vão ser geridas de forma a beneficiar as comunidades locais que de-

As individualidades presentes na Conferência dos Oceanos em Lisboa 6

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volvimento Sustentável. “Dispondo da maior biodiversidade marinha da Europa, comprometemo-nos a assegurar que 100% do espaço marítimo sob soberania ou jurisdição portuguesa seja avaliado em Bom Estado Ambiental e, até 2030, classificar 30% das áreas marinhas nacionais.” Não esquecendo a relação entre o clima e os oceanos, Portugal vai “apostar na produção de energias renováveis oceânicas com vista a atingir 10 gigawatts de capacidade até 2030” e na criação de “uma zona piloto de emissões controladas no mar português”. O último compromisso está relacionado com a economia azul, “elemento central na estratégia de desenvolvimento”. Costa promete duplicar o número de startups na economia azul, bem como o número de projetos apoiados por fundos públicos. Os esforços dos Estados-membros Tal como Portugal, vários países expressaram e anunciaram as suas ambições para ajudar a reverter o declínio da saúde dos oceanos: - Proteger e ter 30% das zonas marítimas nacionais até 2030; - Alcançar a neutralidade carbónica até 2040; - Reduzir para zero a poluição plástica até 2050; - Aumentar a utilização de energias renováveis; - Assegurar que 100% dos stocks de peixe sejam mantidos dentro de limites biologicamente sustentáveis; - Alocar mil milhões de dólares à investigação sobre acidificação, projetos de resiliência climática e monitorização, controlo e vigilância.


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Náutica

Notícias YachtWorks

YachtWorks Nomeada Masterdealer YANMAR Incluindo Algarve

É com enorme satisfação, e sentido de responsabilidade, que partilhamos que a YachtWorks foi nomeada Masterdealer Yanmar para a região do Algarve.

mento do trabalho que tem vindo a desenvolver desde 2009, ano em que foi criada pela primeira vez a figura de Masterdealer Yanmar e em que foi nomeada pela primeira vez.

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esde o passado dia 1 de Junho de 2022 que a Yachtworks passou a ser Masterdealer também para a zona do Algarve, alargando assim a sua cobertura geográfica de Aveiro a Vila Real de Santo António, mantendo igualmente as Ilhas (Arquipélagos da Madeira e Açores). Na qualidade de Masterdealer a YachtWorks atuará essencialmente como distribuidor de zona, cabendo 8

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aos serviços oficiais locais, a responsabilidade de efetuar vendas e manutenção de produtos Yanmar perante os clientes finais. A YachtWorks passará assim a fornecer motores, acessórios e peças aos agentes locais e terá igualmente responsabilidades ao nível do programa de garantias da marca e a prestar todo o apoio técnico necessário. Esta nomeação é para a YachtWorks um reconheci-

Para mais informações: www.yanmar.com/marine/ www.yachtworks.pt


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Notícias do Mar

Notícias do Porto de Portimão

Alargamento do Porto de Portimão Deve Estar Concluído até 2026 Processo Arrasta-se Há Dez Anos O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, José Apolinário, espera que, até 2026, as obras de alargamento do porto de Portimão possam estar concluídas.

Porto de Portimão

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epois de a Agência Portuguesa para o Ambiente (APA) ter dado parecer favorável, com condicionantes, à declaração de impacto ambiental, o responsável considera que é uma boa notícia para a região e que este projeto teve um desfecho positivo, mas

para avançar ainda faltam muitos passos. O processo arrasta-se há dez anos. Foi chumbado em 2018 e, de reformulação em reformulação, finalmente teve agora um parecer favorável, mas é preciso que o projeto responda a algumas condições, como revela o

Cruzeiro para atracar no Porto Portimão 10

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presidente da Comissão de Coordenação da Região do Algarve. “Articular com os municípios de Portimão e Lagoa e com a administração do porto de Sines e do Algarve o procedimento e financiamento relativo à pesquisa arqueológica subaquática necessária como condição prévia, que calculo que demorará entre um a dois anos, defender com o Governo e com fundos europeus a descarbonização e requalificação ambiental do Porto é algo que gostaríamos de fazer até 2024 e que envolve cerca de 12 milhões de euros de investimento. Por outro lado, reforçar e aumentar a utilização do porto, nomeadamente

de embarcações de navios de cruzeiro de pequena dimensão. Atualmente o porto tem embarcações de 210 metros, no futuro passara para 273 metros”, explicou José Apolinário. O alargamento e aprofundamento de oito para dez metros do canal do porto de Portimão vai permitir que os navios de maior porte possam aceder ao cais. Todo o processo vai ser acompanhado pela Direção-Geral do Património Cultural, visto que o rio Arade é uma área de vasto património arqueológico subaquático. As areias dragadas serão repostas nas praias de Lagos, Portimão e Lagoa. José Apolinário lembra que o consenso entre todas as partes foi determinante para avançar com o processo. “Quero também sublinhar que no momento crítico houve um documento conjunto assinado pelas autarquias de Portimão, Lagoa e Ferragudo no sentido de manifestar ao Governo o interesse estratégico para a região do Porto”, acrescentou o presidente da CCDR. Segundo o presidente da CCDR, há empresas espanholas interessadas em aumentar o ritmo de navios de cruzeiro que partirão de Cádiz passando por Sevilha, Portimão e Lisboa. Em 2016, o estudo feito sobre o retorno económico destas obras apontava para uma ordem de 40 milhões de euros.


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Notícias do Mar

Cine-ONU “baleia mais solitária do mundo”

‘The Loneliest Whale’ leva centenas de pessoas ao cinema em Lisboa

A procura pela baleia dos 52 Hertz Na sexta-feira que antecedeu o início da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, o Centro Regional de Informação da ONU para a Europa Ocidental apresentou, no Cinema de São Jorge, em Lisboa, o filme ‘The Loneliest Whale: the search for 52’, juntamente com a Embaixada dos EUA em Portugal, a Câmara Municipal de Lisboa e a Fundação Oceano Azul.

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audiência foi saudada pela Chefe do Desenvolvimento Sustentável na ONU, Francyne Harrigan, que moderou o painel de discussão e abriu a sessão com uma menção ao momento oportuno da sessão de cinema e própria Conferência. “A conferência dos oceanos da ONU representa uma oportunidade vital para fazer soar o alarme sobre o que acontecerá se continuarmos a tirar mais do oceano do que ele pode dar”. O Cine ONU recebeu vá12

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Fotografia: Filipe Faleiro

Notícias do Mar

A apresentação no Cinema de São Jorge, em Lisboa, teve uma boa afluência do público, mais de 500 pessoas felizmente, a ação para os oceanos ainda não está próxima da ação climática”, reiterando a importância de fóruns como a Conferência dos Oceanos da

ONU como veículos para “colocar a os problemas dos oceanos no centro das discussões e das prioridades económicas e políticas”.

Fotografia: Filipe Faleiro

ções Unidas, Miguel de Serpa Soares, que expressou que “este é um momento de urgência, mas também um momento de possibilidades”. Para o vereador da Cultura, Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa, Diogo Moura,”o azul é o novo verde”. Lisboa desempenha um papel relevante num novo capítulo global de conservação dos oceanos. ”Acreditamos que Lisboa pode ser pioneira como centro europeu para a economia da tecnologia azul”. O CEO da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha, defendeu que “in-

Francyne Harrigan

Randi Charno Levine

Fotografia: Filipe Faleiro

Fotografia: Filipe Faleiro

rios intervenientes que apresentaram o filme e destacaram a importância do tema. A embaixadora dos EUA em Portugal, Randi Charno Levine, elogiou a afluência do público, mais de 500 pessoas, como um farol de esperança para a ação futura nos oceanos, observando que “a força e diversidade deste público mostra que a mensagem está a ecoar, que o público também reconhece a importância dos oceanos e da sua proteção”. O otimismo da embaixadora foi partilhado pelo subsecretário-geral para os Assuntos Jurídicos das Na-

Miguel de Serpa Soares 2022 Julho 427

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Fotografia: Filipe Faleiro

Fotografia: Filipe Faleiro

Notícias do Mar

Diogo Moura

Tiago Pitta e Cunha

A baleia dos 52 Hertz aproxima as pessoas dos oceanos

Tempo de agir A sessão de cinema antecedeu um painel de discussão com o realizador do filme. Refletindo sobre um dos principais temas da sessão, Joshua Zeman partilhou o seu percurso na exploração dos efeitos da poluição sonora nos oceanos na vida marinha. ”Não fizemos o filme por causa da poluição sonora, a questão surgiu a partir do filme. Estes animais não podem escapar, não podem desligar o som que fazemos. Tornouse uma questão profunda e importante”.

Conscientizar as pessoas sobre a importância dos oceanos continua a ser um grande desafio 14

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Notícias do Mar

Fotografia: Thomas Kelley

Ana Brazão, da Fundação Oceano Azul, destacou a necessidade de mudanças em larga escala para levar a cabo os compromissos internacionais para melhorar a saúde dos oceanos. ”Compreendemos que as áreas marinhas protegidas por si só, sem alterar a nossa economia, não são suficientes. Temos de substituir o modelo atual por uma economia circular e regenerativa”. “Os jovens são muitas vezes deixados de fora e não são ouvidos”, defendeu a campeã da campanha Plastic Tide Turner, do programa das Nações Unidas para o meio ambiente, Pamela Kiambi. “Um importante apelo à ação é ter os jovens no palco com as suas ideias e soluções. Temos um desejo de agir e temos

Francyne Harrigan, Joshua Zeman, Ana Brazão, Pamela Kiamber, Afonso Castanheira

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Miguel de Serpa Soares, Randi Charno Levine, Joshua Zeman, Diogo Moura e Tiago Pitta e Cunha de junho, e acabou no dia 1 de julho. A procura pela baleia dos 52 Hertz, “que os cientistas acreditam ter passado a vida toda a comunicar numa frequência diferente das outras baleias” é a história central do documentário que conta com a produção-executiva do ator e mensageiro de Paz da ONU, Leonardo DiCaprio, e do embaixador do Programa da ONU para o Meio Am-

biente, Adrian Grenier. Zeman explica que falar sobre a solidão era um tabu até a pandemia covid19. No entanto, num mundo pós-covid, este tabu está a desmoronar-se e agora, Zeman espera, mais pessoas entendem o seu fascínio por baleias que demonstram “uma maneira de se expressarem emocionalmente, mesmo estando isoladas pela escuridão do mar,

através de frequências que viajam longas distâncias”. Joshua Zeman destaca que, apesar da vida ter começado nos oceanos, conscientizar as pessoas sobre a importância dos oceanos continua a ser um grande desafio. A baleia dos 52 Hertz aproxima as pessoas dos oceanos pois desencadeia um sentimento de empatia por este animal gigante, que se simplesmente se sente só.

Fotografia: Filipe Faleiro

de o fazer”, disse. Na entrada para o cinema o público teve oportunidade de ver a instalação artística de Afonso Castanheira, uma baleia feita com plástico tirado dos oceanos. Como este material não pode ser reciclado, “o melhor é tentar usar para ajudar as pessoas a perceberem a quantidade de lixo que vem da indústria pesqueira”, explicou. O Cine-ONU que nesta edição apresenta um documentário sobre a “baleia mais solitária do mundo”, o realizador do filme, Joshua Zeman, comentou no paralelismo entre o sentimento de solidão da baleia dos 52 Hertz e das pessoas durante o confinamento. Esta sessão de cinema marcou o início da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que começou no dia 27

Fotografia: Filipe Faleiro

Notícias do Mar

O realizador do filme, Joshua Zeman

Baleia feita com plástico tirado dos oceanos, do artísta de Afonso Castanheira 2022 Julho 427

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Náutica

Notícias Motolusa

Motolusa com Novo Impulso Novidades e Estratégias

Equipa Motolusa A Motolusa apresenta respetivos posicionamentos, novidades e estratégias.

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Francisco Sales Galhoz, o novo Diretor Geral da Motolusa 18

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Motolusa Lda., empresa do Grupo Auto-Industrial, presente no mercado desde 1980, está localizada no Complexo da Marina Monsanto, em Lisboa, e na Figueira da Foz. A Motolusa é especialista na importação, distribuição e comercialização de motores (marítimos, industriais e agrícolas), embarcações de várias marcas conceituadas, bem como de outros equipamentos e acessórios náuticos. Dispõe, também, de uma área dedicada ao comércio de máquinas e ferramentas. O Serviço Pós-venda, um dos pilares da Motolusa, dis-


Náutica

ponibiliza: Assistência Técnica, Oficina, Manutenção de equipamentos, Serviço de Peças e Parqueamento na Marina de Monsanto. Francisco Sales Galhoz, o novo Diretor Geral da Motolusa Desde maio de 2022, Francisco Sales Galhoz é o novo Diretor Geral da Motolusa Lda. Tendo iniciado a sua atividade profissional como técnico comercial, no ramo automóvel, desde essa data tem desempenhado várias funções no sector, passando pelo cargo de diretor comercial, dando continuidade ao seu percurso profissional na área de vendas e marketing. Francisco Sales Galhoz afirma que “as suas características pessoais incluem um grande sentido de responsabilidade, rigor, firmeza, persistência, ponderação, dinamismo, adaptabilidade, flexibilidade, preocupação com quem o me rodeia e sentido de humor. Não esquecendo o meu foco nos resultados”. “É com uma grande honra, desafio e responsabilidade que aceitei este novo desafio profissional. O período que vivemos nos dramáticos últimos 2 anos, faz-nos querer afirmar que estamos preparados para reforçar a nossa presença no mercado focando-nos na nossa elevada qualidade de serviço de vendas e após-venda nos mais variados sectores de atividade representados pela Motolusa. Queremos, de forma ativa, acompanhar e apostar na 2022 Julho 427

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Náutica

FERRET - RIAMAR SIRIUS – OBE FISHER – DIPOL – VANGUARD YAM – HONWAVE - Motas de Água: YAMAHA - Acessórios: YAMAHA – HONDA - Máquinas e Ferramentas: HONDA – VILLAGER - KUBOTA

eletrificação das embarcações e armazenamento elétrico”, conclui o novo Diretor Geral da Motolusa. Um Novo Impulso, Estratégia e Posicionamentos Motolusa

Marcas representadas pela Motolusa - Motores: PERKINS – BETA MARINE – ISUZU – YAMAHA – HONDA – TOHATSU - Geradores: BETA MARINE – HONDA - Barcos: B2 CAP

Relativamente às principais estratégias da Motolusa: “pretendemos transmitir um cheiro a mar e férias, não só porque vendemos embarcações e motores, mas porque desejamos reforçar o valor do segmento de negócio com outros complementos nomeadamente: equipamentos de auxílio à navegação e equipamentos de segurança. Pretendemos aumentar a nossa oferta de embarcações de recreio, inclusive com motorizações elétricas e reforçar a importância do Parqueamento na Marina de Monsanto apostando numa melhor qualidade de acessos 24h e limpeza do espaço, que representam uma mais-valia para a grande cidade de Lisboa”, desta-

ca Francisco Sales Galhoz. Mas, as estratégias não ficam por aqui. A Motolusa está focada no estabelecimento de “novos acordos de agenciamento locais, com mais representação nacional, para estarmos mais perto do cliente final. Também, queremos inovar com a distribuição de uma marca de baterias de Lítio, que sirva não só o sector náutico, como outros veículos de mobilidade urbana e industrial”, refere Francisco Sales Galhoz. Abertura Nova Loja Motolusa na Figueira da Foz Para ficar mais perto dos clientes e os ajudar a tirarem o máximo proveito de cada momento passado na água, a Motolusa ampliou a área de influência para mais uma localização com a abertura de uma loja sita na Figueira da Foz. A abertura deu-se no início do mês de novembro de 2021. Trata-se de um ponto de venda oficial Yamaha, em que os clientes podem ter acesso a toda a gama de produtos Yamaha Marine. Esta nova loja, na Figueira da Foz, tem como objetivo abranger os clientes do distrito de Coimbra, bem como os das zonas das águas interiores com as barragens de Castelo de Bode, Cabril e Agueira. Localização da loja na Figueira da Foz Rua Arnaldo Sobral nº37 - 3080-048 Figueira da Foz. Nova Loja Catálogo Online Numa ótica de continuação de expansão da Motolusa, e para oferecer um melhor

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Náutica

serviço aos seus clientes, no final do ano de 2021, foi disponibilizada uma nova loja online, onde a Motolusa disponibiliza o seu catálogo de produtos: - Motores: fora de borda, motores a gasolina, a diesel, marítimos industriais, agrícolas, de geração de energia entre outras atividades. - Barcos: Uma vasta gama de barcos: dos mais requintados aos mais radicais! - Máquinas/Ferramentas: o melhor serviço e as melhores máquinas profissionais ao melhor preço do mercado, em toda a gama. Com a criação da nova loja online a Motolusa permite aos clientes a escolha dos seus produtos com muito mais facilidade. Link da loja online: lojaonline.motolusa.pt Sobre o Grupo Auto-Industrial O Grupo Auto-Industrial foi fundado em 1920 por um conjunto de investidores portugueses e tem sido pioneiro no setor automóvel em Portugal. Atualmente está presente em diversas áreas de atividade: Comércio Automóvel, Importação e distribuição de Tratores e Máquinas Agrícolas, Importação e distribuição de Motores (marítimos e industriais) e Equipamentos Náuticos, Importação e distribuição de motociclos elétricos. Com sede em Coimbra emprega cerca de 630 trabalhadores e tem um volume de negócios agregado que ultrapassa os 220.7 milhões de euros por ano. Contactos: https://motolusa.pt/ administrativos@motolusa.pt 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

Notícias da Universidade de Coimbra

Estudo Alerta para os Impactos da Poluição Antrópica na Plataforma Continental do Algarve Metais pesados e contaminantes orgânicos foram detetados ao longo da zona litoral do Algarve, entre Sagres e Portimão, indica um estudo publicado na revista Marine Pollution Bulletin.

Metais pesados e contaminantes orgânicos foram detetados ao longo da zona litoral do Algarve

O

trabalhado reporta a presença de vários poluentes inorgânicos e orgânicos relacionados com a atividade humana, entre os quais,

diferentes metais pesados e até microplásticos, comprovando que «a presença humana tem deixado uma assinatura poluente na zona costeira do Algarve,

O cientista Pedro Costa, coautor do artigo científico 22

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com impacto negativo, por exemplo, ao nível da biodiversidade. Os dados obtidos parecem indicar que nos anos 1960s notou-se um pico de poluição, mas, curiosamente, nos últimos anos, essa poluição parece estar a abrandar ligeiramente, à exceção da zona do rio Arade, devido a descargas regulares que são efetuadas», relata Pedro Costa, do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), coautor do artigo científico. Considerando as alterações climáticas, é expectável que «passemos a ter mais eventos de alta energia, quer em precipitação quer em tempestades, o que vai causar fenómenos erosivos mais intensos. Em Portugal, há já uma série de zonas sob pressão, o

que significa que este problema vai agudizar-se inevitavelmente. Sempre tivemos poluição, mas com os forçamentos climáticos em mudança e com os níveis energéticos destes eventos extremos (tsunamis, tempestades e cheias), fenómenos que seriam de pouca intensidade podem vir a provocar graves consequências negativas e desequilíbrios graves nos sistemas costeiros», salienta o investigador da FCTUC. Este estudo foi desenvolvido no âmbito de um projeto internacional pioneiro que reúne mais de duas dezenas de investigadores, designado OnOff, que é liderado por Pedro Costa. Este projeto efetuou a cronografia dos eventos extremos (tsunamis e tempestades) e dos efeitos da contaminação humana nesta zona de Portugal ao longo dos últimos 12 mil anos. Além da Universidade de Coimbra (UC), o projeto OnOff integra a Universidade de Lisboa (UL), a Universidade do Algarve (UAlg), o Instituto Hidrográfico e a Agência Portuguesa do Ambiente, em Portugal; a Universidade de Aachen (Alemanha) e o Serviço Geológico dos Estados Unidos (United States Geological Survey). Iniciado em 2018, o OnOff visa essencialmente reconstruir integralmente os eventos extremos, como tsunamis e tempestades, e os seus impactos na costa portuguesa,


Notícias do Mar

com base em evidências geológicas, ou seja, «procura ir buscar informação aos fundos submarinos para efetuarmos a reconstrução de eventos extremos, quer de tsunamis quer de tempestades ou cheias, e também de fenómenos mais recentes, como os de poluição», explica o líder do estudo. Para esta reconstrução histórica dos eventos extremos no mar ser possível, os cientistas realizaram uma série de campanhas de mar (sondagens submarinas) ao longo da costa do Algarve, recolhendo amostras de água, sedimentos e dados geofísicos entre os 500 metros e os 30 metros de profundidade. «Este é o aspeto inovador do projeto, porque mostra um arquivo diferente a que normalmente não se prestava atenção e que permite reconstruir detalhadamente a evolução desta região. A informação obtida no mar é conjugada com os dados obtidos em terra, em zonas lagunares e estuarinas do Algarve», refere Pedro Costa. Seguramente, este projeto contribui para «a compreen-

são dos processos morfodinâmicos e hidrodinâmicos associados às ondas de tsunami e tempestades que atingem a costa portuguesa e, por analogia, em outros cenários semelhantes a nível mundial», frisa. Além disso, finaliza, contribui para a «produção de cenários prováveis de inundações por tsunamis e tempestades para a costa de Portugal (que é a região tsunamigénica mais ativa do Atlântico), apoiando assim a gestão das áreas costeiras pelas autoridades governamentais com dados úteis no planeamento, no ordenamento e também na operacionalização». O projeto OnOff é cofinanciado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), por fundos europeus e ainda pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), Brasil. O artigo científico publicado na Marine Pollution Bulletin, intitulado “Contemporary pollution of surface sediments from the Algarve shelf, Portugal”, está disponível em: https://doi.org/10.1016/j. marpolbul.2022.113410.

Os cientistas realizaram uma série de campanhas 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

Notícias da Marinha

Navio da Marinha participa num dos maiores exercícios de luta anti-submarina da NATO

A Fragata Corte-Real

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A Fragata Portuguesa está integrada na Força Naval da NATO, SNMG1- Standing NATO Maritime Group 1 24

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Fragata Corte-Real, da Marinha Portuguesa, integrada na Força Naval da NATO, a “Standing NATO Maritime Group 1 (SNMG1)” participou, juntamente com um avião de patrulha marítima P3-C, da Força Aérea Portuguesa, num dos maiores e mais desafiantes exercícios de luta anti-submarina realizados pelos países aliados da NATO, o “Dynamic Mongoose 2022”. Este complexo exercício, que se realizou na região compreendida entre a Islândia, Reino Unido e Noruega, estrategicamente conhecido como GIUK-Norway Gap, decorreu num teatro de operações exigente, quer pela sua extensão geográfica, pela


Notícias do Mar

meteorologia adversa e pelas condições oceanográficas prevalecentes. Durante cerca de duas semanas, onze navios de superfície, três submarinos, dezasseis aeronaves de patrulha marítima e sete helicópteros orgânicos provenientes de nove nações aliadas participantes, realizaram treino e desenvolveram táticas, técnicas e procedimentos no âmbito da luta anti-submarina. Prosseguindo a sua missão, a Fragata Corte-Real, participou, igualmente, num exercício de defesa aérea com as modernas aeronaves da NATO “Lockheed Martin F-35 Lightning II”, que aliam a sua tecnologia stealth a um leque vasto de diferentes armas que pode empregar. A Fragata Corte-Real e a sua guarnição de 177 mili-

As modernas aeronaves da NATO, o F35 Lightning II tares prosseguem missão, integrados no SNMG1, até ao próximo dia 16 de setembro, com o objetivo de promover a segurança marítima

no Atlântico Norte, Mar do Norte e Mar Báltico, e realiza, frequentemente, exercícios de oportunidade com meios aéreos, tanto de paí-

ses NATO como de países amigos, permitindo assim testar e elevar as capacidades operacionais dos navios da força.​

O exercício Dynamic Mongoose 2022 incluíu diversos navios e aeronaves de vários países aliados da NATO 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

Notícias da Marinha

1ª Conferência de Hidrografia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em Lisboa

Realizou-se em Lisboa, de 4 a 6 de julho, a 1ª Conferência de Hidrografia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) organizada conjuntamente pelo Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa e pelo Secretariado Executivo da CPLP.

​O

Os participantes na Conferência CPLP

Mesa da Conferência CPLP 26

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evento contou com as presenças do Secretário Executivo CPLP, Zacarias da Costa, da Ministra da Defesa Nacional de Portugal, Helena Carreiras, do Chefe do EstadoMaior da Armada Portuguesa, Almirante Gouveia e Melo, do Representante Permanente de Angola junto da CPLP, Oliveira Encoge, do Diretor-Geral do Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa, Contraalmirante Simões Marques, do Secretário-geral da Organização Hidrográfica Internacional, Mathias Jonas. Esta conferência contou também com a participação da Organização Hidrográfica Internacional (OHI), da International Association of Marine Aids to navigations (IALA) e da Escola de Autoridade Marítima, com o objetivo de elaborar um documento que alinhasse uma estratégia de cooperação para o desenvolvimento da hidrografia nos países da CPLP e, como mote, abordar a relevância da Hidrografia para a conservação e exploração sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos. Nesta conferência destacou-se a mensagem transversal de todos realçando a necessidade fulcral de cooperação e de capacitação na área da Hidrografia e nas áreas científicas dentro da comunidade, para incrementar a segurança da navegação e para o desenvolvimento dos serviços hidrográficos nacionais.​


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Pesca Desportiva

Pesca Lúdica Embarcada

A Importância de Ser Azul...

Temos a firme convicção de que com azul é que é. Razões? Deve haver... seguramente que há, mas a maior parte das pessoas não sabe explicar o porquê. Que estranho fetiche se esconde por detrás do sucesso das amostras em cor azul?

São peixes magníficos, de cores muito bonitas, e com força suficiente para nos fazerem duvidar das nossas linhas finas… Fiz este pargo em Junho de 2022. O sitio onde os fotografo é sempre o mesmo, o banco da frente, mas as opções num semirrígido não são muitas

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orventura porque imita vagamente o azul/prateado de uma sardinha, um carapau, uma rutilante cavala? Ou será porque todos os pescadores têm pelo menos meia dúzia de jigs nesta cor? Pensamos por nós, sabemos o que fazemos e os porquês ou …seguimos os outros? Até que ponto os outros pescadores condicionam os nossos gostos? Tenho para mim que depois de tudo, a razão principal que justifica a utilização do azul por milhares de pessoas é… porque sim. Isto pode parecer-vos absurdo, mas não é. Sendo apenas uma questão de crença, de fé, (e isso é sagrado, não se toca), de preferências pessoais, em si já seria o suficiente. As pessoas, por fé, 28

compram jigs azuis e não compram… roxos! E se os preços são idênticos, se ambos existem, então somos levados a pensar que é feita uma escolha, baseada em qualquer indecifrável critério. Acreditamos que com cor azul, é possível. Essa opção é todavia muito condicionada pela imagem de sucesso que temos pré formada no nosso subconsciente. E sendo isso, o nosso instinto, já deveria chegar como explicação. Mas não é preciso recorrer a explicações esotéricas: há razões muito objectivas e científicas para que essa cor resulte bem. Nada do que acontece de bom na pesca é por acaso e vamos ver aqui o porquê! O tema de hoje é este: a cor azul. A certeza com que pes-

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camos com jigs azuis advém da quantidade de bons peixes que pescamos, ano após ano, (e vemos outros companheiros pescar), com esta tonalidade. E esse é o primeiro passo para que tudo resulte: a aposta num jig, a crença. O primeiro click acontece na loja, quando, entre muitas opções, decidimos sobre esta ou aquela cor. Que estranha alquimia é essa que nos induz a optar pelo azul? Acaso essa escolha se baseia em razões objectivas, ou é apenas uma opção pessoal, um feeling sem qualquer outro fundamento? Eu quero que o meu jig seja visto Dentro das caixas de acessórios, nada pesca, por maior qualidade que tenha.

Há que experimentar, que os lançar à água. As peças utilizadas regularmente, melhores ou piores, acabam sempre por nos dar uma alegria. Quando saio ao mar com clientes para fazer jigging, costumo ser eu a definir o peso, o formato, e isso é feito em função das condições de corrente, vento, profundidade, etc. Mas dou-lhes a escolher a cor do jig, colocando à sua disposição uma centena de peças de cores variadas. E o azul é a escolha prioritária e instintiva de mais de 90% dos pescadores. Muitos deles a pescar jigging pela primeira vez, e isso já de si é elucidativo da tendência natural. Eu fico-me mais por detalhes que aos outros não dizem nada, critérios que têm a ver com a quantidade de luz que


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Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com/

penetra na água (não é igual estar sol ou um dia fortemente nublado…), a quantidade de suspensão nesse dia, a época do ano em que estou e aquilo que penso que os peixes poderão estar a procurar de alimentação naquela área, e outras coisas que me parecem bem mais importantes. Pesco convictamente com um metalizado, um branco, rosa, ou um verde, se a profundidade não for demasiada. Centro as minhas atenções no equipamento que tenho, se vou fazer slow-jigging ou jig casting, se a cana que tenho na mão é mais rija ou macia, se a linha é suficientemente fina para deixar descer facilmente o jig. Se os assistes terão o peso e comprimento certo para não interferir negativamente com o trabalho do jig. E só no fim me verão preocupado com a …cor.

Pesquei este pargo de 3 kgs com o imbatível jig da Shimano, o COLTSNIPER, neste caso uma versão azul de 40 gramas, equipado na cauda com um assiste duplo da Shout Mas não desprezo os seus efeitos, porque a cor afecta os resultados da minha pesca. Eu quero que o meu jig seja visto e por isso mesmo tenho de dar essa oportuni-

dade a um peixe que está muitas dezenas de metros abaixo da linha de água. À superfície, eu vejo todas as cores, mas o peixe não está à superfície, está debaixo

dos meus pés, numa zona de penumbra onde a luz não chega da mesma forma. E isso quer dizer que terei de ser eu a adaptar-me ao peixe, não o peixe a mim e

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E outro, desta vez na versão 30 gramas, equipado com triplo e duplo assiste à cabeça. Este pargo teria cerca de 5 kgs e pesquei-o a cerca de 28 metros à cor que mais me agrada. São eles que irão morder o jig, não eu. E isso leva-nos a uma diferente questão: os fabricantes deverão fabricar, passe a redundância, para nós humanos, ou para os peixes? Se é verdade que as pessoas é que decidem que cor irão comprar, também por outro lado apenas conseguem comprar aquilo que os

fabricantes aceitam produzir. E no fim, a ilusão de possuir o jig miraculoso, e a necessidade de vender casam e todos ficam felizes para sempre: o pescador tem a sua peça e o fabricante faz o seu negócio. Juntam-se vontades. E chegamos pois a uma encruzilhada: compramos jigs para nós, bonitinhos, para ter numa caixa de relí-

quias e mostrar aos amigos, ou… para lançar aos peixes? Qual é o critério?! Devem as fábricas vender jigs bonitos que as pessoas compram facilmente, ou vender jigs que funcionam, e que levem as pessoas a comprálos pela sua eficácia?! A beleza dos jigs vendeos na loja, mas na minha opinião, nada resiste ao

Estes peixes frequentam locais com pouco mais de 15 metros de fundo. Não deixa de ser uma surpresa ter um toque de um peixe destes a profundidades insuspeitas 30

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crivo dos resultados. Tenho para mim que os fabricantes estão cada vez mais sensíveis a princípios técnicos e menos a questões de gostos pessoais. E têm razão. Eles têm de fabricar aquilo que resulta, porque é isso que, a longo prazo, lhes traz fama, e resultados. Penso que era ainda mais importante nós sabermos o porquê das coisas, entender as razões. É por isso que me bato, que luto há anos: saber o que se está a fazer, o porquê de uns funcionarem e outros não. Mas para lá chegar, é necessário percorrer um caminho que passa por entender as razões técnicas de funcionamento. A questão da cor, da luz e da sua percepção à medida que os metros de água aumentam é muito importante. Vamos voltar a ver isso, porque me parece importante entender o princípio. Se o conseguirmos, estaremos mais perto de poder utilizar a cor dos nossos jigs a nosso favor, em proveito próprio, em vez de mudarmos de jig por palpite, por “fezada”, que em coisas de pesca serve tanto como zero. Falamos de ciência, de factos, não de ter uma caixa cheia de jigs e experimentar todos “a ver se dá”… Quem faz isso é um “pardal de telhado” que não tem qualquer critério que não o de atirar à sorte. Investigação e desenvolvimento de jigs Uma fábrica de jigs que pretende ter uma divulgação global enfrenta desde logo um problema crítico: o mesmo jig será eficaz nas Filipinas, em Espanha e na Costa Rica? Pode acontecer que aquilo que é bom para Portugal tenha de o ser em todo o mundo? Pescamos todos à mesma profundidade? As águas têm todas a mesma


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visibilidade? Os peixes têm todos as mesmas reacções? Nem por sombras. Logo, como podem os fabricantes garantir eficácia em todos os quadrantes? Partindo do princípio de que os pescadores irão ajustar o peso dos jigs à profundidade a que querem e têm de pescar, ficam a faltar outros detalhes, entre eles a questão da qualidade da

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água. Nas Maldivas eu tive visibilidades extremas, de muitas dezenas de metros, mas pesco correntemente em águas com pouco mais de 3 a 4 metros, aqui na minha zona de Setúbal. Porque tenho o rio Sado a despejar sedimentos todos os dias. E isso altera tudo. Para um fabricante, é virtualmente impossível agradar a gregos e troianos. Eles fazem o que

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podem para universalizar os seus productos, mas é uma missão espinhosa. Alguns fabricantes de jigs, com departamentos de investigação e desenvolvimento de productos bem estruturados, vão um pouco mais longe. Pegam nas cores que desaparecem por último no espectro de cores e misturam-nas entre si, de forma a que o seu grau de

visibilidade seja máximo a profundidades significativas. É o caso do jig Coltsniper, na cor apresentada nas fotos, e que tantos pargos me tem dado. A Shimano pegou nos critérios técnicos e seguiuos: o corpo do jig é feito em azul, a cabeça é preta e isso garante visibilidade muitas dezenas de metros abaixo. A outra face da amostra é espelhada, apelando aos resultados a menores profundidades. Na verdade este jig é mesmo muito polivalente, e “inventa” peixes por onde passa. O Coltsniper está pensado para ser eficaz numa grande diversidade de situações. Para mim, é dos mais universais jigs já produzidos, e a razão é simples: segue os princípios técnicos que deve seguir. Eu pesco tanto com eles que facilmente consigo recolher nos meus arquivos uma selecção de imagens de peixes capturados a diferentes profundidades e condições de mar. Com 40 gramas, e dependendo da intensidade da corrente, é perfeitamente possível pescar até aos 60 metros. Até cotas na ordem dos 40/45 metros, prefiro utilizar 30 gramas, desde que disponha de um carreto equipado com linha PE 1,2, PE 1,5. Menos peso, mais pica-


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das… Todos nós temos uma resma de capturas feitas com jigs azuis. Quando resolvo desfolhar o meu álbum de fotografias, e que tantas vezes me serve para ir buscar fotos de suporte aos meus textos, encontro com a maior das facilidades registos de boas pescas feitas com jigs desta tonalidade. E se há um denominador comum, é fácil de entender que basta seguir a pista e iremos encontrar aquilo que motiva todas estas capturas: o azul dos jigs. E porquê? A luz do sol contém todas as cores que variam em função da profundidade A resposta é muito mais simples do que poderia esperar-se: porque o azul mantém-se visível muito de-

pois das outras cores desaparecerem. Sabemos que a cor nada mais é do que um comprimento de onda refletido por um objeto. Debaixo de água, alguns comprimentos de onda são filtrados pela água mais cedo do que outros. As ondas de energia mais baixas são absorvidas mais depressa. É o caso do vermelho, o que desaparece primeiro, a cerca de 10 metros. O laranja desaparece a seguir, a cerca de 15 metros. Segue-se o amarelo, a cerca de 30 metros. O verde permanece visível por mais tempo e o azul ainda por mais tempo. É por isso que as coisas nos parecem mais e mais azuis, quanto mais fundo descemos. Isto é assim desde que a água esteja clara, com pouca suspensão. Em águas turvas há menos penetração de luz e as coisas complicam-se,

tendem a parecer amareloesverdeadas, mas isso apenas nos reduz a visibilidade do jig, mantendo-se o princípio técnico. Digamos que transporta para níveis acima aquilo que poderia, em caso de águas claras, acontecer muito mais abaixo. Mas a base de raciocínio é a mesma. Quanto a cores, gostaria que fixassem os seguintes princípios gerais: A água pura é perfeitamente clara, se quiserem transparente, mas se houver muita água, se a água for muito profunda, de modo que não haja reflexos vindos do fundo do mar, a água aparecerá aos nossos olhos como um azul marinho muito escuro. A razão pela qual o oceano é azul deve-se à absorção e dispersão da luz do sol e cor da atmosfera. A luz solar que consegue pe-

netrar na água, a que não é reflectida de volta, interage com as moléculas de água que encontra e sabemos que a absorção é forte no vermelho e fraca no azul. A luz vermelha é absorvida rapidamente, a exemplo de outras cores que paulatinamente irão desaparecendo à medida que aumenta a profundidade a que pescamos. Os comprimentos de onda vermelho, laranja, amarelo e verde da luz solar são sequencialmente absorvidos pelas moléculas de água no oceano, ficando por fim o azul e o violeta. A partir de uma determinada profundidade, a luz restante que vemos é composta de azuis e violetas de comprimentos de onda mais curtos. Se houver partículas suspensas na água, (e na zona onde pesco há mesmo muitas, o rio Sado encarrega-se disso),

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elas irão aumentar a dispersão da luz e tudo passa a acontecer mais acima. Nas áreas costeiras, o escoamento dos rios, a suspensão de areia e lodo do fundo movimentados pelas marés, as ondas, as tempestades, e uma série de substâncias químicas podem alterar a cor das águas próximas à costa. A luz do sol contém todas as cores do nosso es-

pectro visível; essas cores combinadas parecem brancas. A luz vermelha tem o comprimento de onda mais longo e, portanto, a menor quantidade de energia no espectro visível. O comprimento de onda diminui e a energia aumenta à medida que passa da luz vermelha para a violeta através do espectro de cores, na seguinte ordem: vermelho, laranja,

amarelo, verde, azul e violeta. Vejam abaixo. Quando a luz branca (contendo todas as cores do espectro) atinge um objeto, alguns comprimentos de onda são absorvidos; comprimentos de onda que não são absorvidos refletem de volta aos nossos olhos. Isso é o que percebemos como sendo a cor desse objeto. Quando atingido pela

Aqui mais um pargo que se rendeu aos encantos de um jig da Cultiva 34

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luz branca do sol, um peixe vermelho à superfície reflete a luz vermelha e absorve todas as outras cores e, portanto, parece-nos vermelho. É o caso dos rascassos. No entanto, se por absurdo mergulharmos com o peixe na mão, quanto mais fundo formos, menos vermelho o peixe nos irá aparecer, porque há cada vez menos luz vermelha disponível para refletir no peixe. A 100 metros, a luz vermelha não penetra e, a esta profundidade, um peixe vermelho é difícil, senão impossível de ver. Em vez disso, o peixe parece enegrecido porque não há luz vermelha para refletir nessa profundidade, e o peixe absorve todos os outros comprimentos de onda de cor. Como a cor azul penetra melhor na água, isso explica porque não há muitos peixes azuis nas regiões de profundidade média e funda no oceano. Os seus corpos refletiriam a luz azul e seriam altamente visíveis para os predadores. Passamos aí para o domínio dos peixes vermelhos, pretos e cinzas, os azuis ficaram todos cá para cima, junto à superfície. Entendem o critério? Jigs que brilham mais e mais quanto mais profundo sejam lançados E agora falta-nos saber usar isto que lemos acima, para melhorar as nossas pescas. Se sabemos que a maior parte das cores é absorvida a cotas muito baixas, vale a pena utilizá-las nas cores dos nossos jigs, quando pescamos fundo? Depende pois da profundidade do pesqueiro a escolha acertada da nossa amostra. Quanto mais acima, mais junto à superfície, maiores possibilidades temos de acertar com cores visíveis.


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Se pescamos dos 50 metros para baixo, a nossa opção deve recair nos tons cuja cor ainda pode ser percebida pelos peixes. Na circunstância, alguns verdes, azuis e violetas. Quanto mais pescarmos abaixo, mais se “afunila” a nossa opção certa, mesmo que as águas sejam muito limpas. Vejam abaixo. Por isso obtemos melhores resultados com os azuis. E por isso temos no nosso subconsciente que com azul é que é! A profundidade da água não afeta apenas as cores da luz que são perceptíveis debaixo de água, mas também afeta a intensidade ou a quantidade de luz. Nos primeiros 10 m, a água absorve mais de 50% da energia da luz visível. Mesmo em águas tropicais claras, apenas cerca de 1% da luz visível – principalmente na faixa azul – penetra até 100 m. A diminuição gradual da intensidade da luz à medida que viaja através da matéria também não nos ajuda. Mas estamos cá para pensar e encontrar respostas. E temos respostas. Os jigs Glow, por exemplo, brilham mais e mais quanto mais profundo sejam lançados. Na GO Fishing em Almada têm à disposição muitos modelos que contam com essas características. Na foto abaixo, o olho do jig é luminescente. Trata-se de um jig da Cultiva, Owner. Há em stock versões em 20/ 30 / 40 e 65 gramas. Pesco com estes jigs agulha, estreitos e longos, em momentos de forte corrente, quando preciso de chegar fundo, mas muito rápido. Todos os jigs têm utilização, independentemente da sua cor. Acontece que alguns deles serão visíveis a profundidades muito baixas, e por isso limitam-nos muito em termos de eficácia. To-

davia, os peixes não deixam de os ver, apenas as cores que para nós são evidentes à superfície, (à luz branca do sol), abaixo passam a gradientes de cor cinza, menos atractivos. Mantêm as vibrações, a deslocação de água, o movimento, e isso são características que os peixes consideram, mas falta-lhes um pouco de cor, de visibilidade. Quanto mais fundo pescarmos, mais van-

tagens podemos tirar das cores ainda visíveis. No fim de tudo, ficam-nos os azuis como melhor solução, mas nunca desprezem as outras cores, porque também pescam. Necessitam é de um enquadramento certo, e são mais limitadas. Ter uma caixa de jigs de diversas cores permite-nos responder a cada uma das situações. Eu pesco peixes bem interessantes a menos de 15 me-

tros…. Nunca esqueçam que é precisamente nos baixios que abundam os peixinhos forragem, a comedia que os maiores procuram. E se é aí que eles vão, ….é aí que pescamos. Tudo depende da época do ano e da temperatura das águas. Está tudo ligado… Em caso de dúvidas, tenho muito gosto em voltar ao tema.

O azul e sempre o azul…, neste caso um jig da Zeake, marca japonêsa. À venda na GO Fishing 2022 Julho 427

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Entrevista a Carlos Salgado

Entrevista Antero dos Santos

“Tejo, maior que o pensamento”

Um compêndio de biblioteca e de família, para ser consultado, viajando nele...

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Carlos Salgado 36

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eu caro Carlos Salgado, o Notícias do Mar não podia deixar de estar atento e até a acompanhar a evolução que se verificou, a partir da primeira Edição do Autor, de há um ano, do teu completíssimo livro “Tejo, maior que o pensamento”, e ficámos surpreendidos quando soubemos que estás a preparar uma segunda Edição de Autor. Podes explicar-nos a que se deve esta tua decisão? Meu caro Antero, o que aconteceu foi simplesmente eu ter preferido não divulgar este meu trabalho, pelo canal tradicional das editoras e livrarias, livro que como

sabes, conta a história e a vida deste maior Rio luso-espanhol, durante uma viagem que fiz desde a sua nascente em Espanha até à foz, em Portugal, e portanto, optei por experimentar fazer essa divulgação, começando por oferecer um exemplar pessoalmente a alguns amigos, ou a envialo pelo correio a outros, quer eruditos quer especialistas nas mais variadas matérias abordadas neste trabalho didático e sem fins lucrativos, àqueles que entendi serem os líderes de opinião mais indicados, e o resultado dessa, passe o termo, estratégia, não podia deixar


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de ter um resultado positivo. Como entretanto comecei a ver que os exemplares da minha primeira edição, estavam com tendência a esgotar-se, devido à procura que se verificou, voltei de novo a recorrer aos amigos, aos que já tinha, mas também aqueles que este meu livro foi conquistando, e o resultado dessa tentativa, colheu os seus frutos. Não posso deixar de aproveitar esta oportunidade, para agradecer a todos aqueles que me apoiaram e incentivaram, desde o início, mas também graças a outros amigos que estão a apoiar esta nova edição, presentemente, com um particular destaque para

a Câmara Municipal de Lisboa, Secretariado Geral e a Imprensa Municipal, graças aos quais, já se encontra em produção a segunda edição do autor, com um número de exemplares bastante mais significativo do que a primeira. Mas Carlos, como te conheço, e acompanhei tudo aquilo que tu tens feito de muito positivo em prol do Tejo, durante décadas, até através deste jornal Notícias do Mar, o que me leva a concluir que aquilo que conseguiste, não foi por acaso nem por sorte, porque há quem diga que “A sorte favorece os audazes”, ou aqueles que vivem intensamente e pugnam pelas causas que abraçam, porque também

não é por acaso, que és conhecido por “Senhor Tejo”. Mas o que me interessa, basicamente, nesta entrevista que te faço, é que me contes de viva voz, os porquês do êxito deste teu Livro, “Tejo, maior que o pensamento”… Meu caro Antero, não sou eu que te vou responder, devem ser aqueles que foram tecendo opiniões e pareceres, sinceros, até por vezes bastante elogiosos, sobre este meu trabalho, como segue: » O autor deste belíssimo livro, Carlos Salgado, aventurou-se num ambicioso e apaixonante projeto, viajando cerca de 1000Km, desde a nascente do rio Tejo, na serra de Albarracin, lugar de Fuente Garcia, em Aragão,

Espanha, até à sua foz na nossa Lisboa… Pesquisando com atenção e pormenor, fotografando, desenhando, escrevendo e descrevendo fauna, flora e geografia, socorrendo-se oportunamente da História e da Literatura… Carlos Salgado revelase-nos como um artista talentoso e multifacetado!... Com efeito, nesta sua obra, o autor partilha, generosamente, connosco, o seu muito saber, a sua aventura, a sua sensibilidade, e a paixão pelo Tejo, justificando logo no início, a razão de ser deste seu livro, num poema da sua autoria.(Revista da Marinha)… » Ao Bom Amigo e principalmente ao colega categorizado e multiface-

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tado Artista, pelas expressivas representações de talento e técnica nas suas ilustrações, com excelente resultado… » Caro amigo Carlos!!! Acabo de recibir el libro Tejo. Maior que o pensamento y es una maravilla, toda una joya. Es el mejor regalo de reyes que he tenido!! Me ha emocionado mucho ver el libro y todo lo que significa. Y la dedicatoria tan entrañable, me ha llegado al corazón. Es siempre muy entrañable ver cómo has dado forma a este libro que es tu vida, el Tejo es tu vida, Carlos y es impresionante ver, en este libro tan bien hecho, el resume de tu vida. Sinceramente, apasionante… 38

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» O seu livro Tejo, maior que o pensamento, é um deslumbrante e poderoso testemunho biográfico sobre o nosso rio peninsular. Como dizem os espanhóis, um “regalo” para o olhar. Profusamente documentado com imagens tanto de paisagens como de detalhes…e quão essencial é a imagem, sem desprimor para os textos, que, com aquelas, formam um conjunto muito bem equilibrado. Não deixo de realçar o poder imagético das Portas de Ródão, também aqui escolhidas para representarem, afinal, o rio Tejo, numa perspetiva menos habitual… » Trata-se de uma edição muito cuidada e enri-

quecida com ilustrações do Autor, que dão a conhecer o Tejo com muito realismo e até sentimento… » Estamos perante um livro de coleção, por ser tão realista e tão completo, fora do comum, quer pela paginação quer pelos desenhos e pinturas, também do autor. » Gostei muito. É uma verdadeira viagem pelo Tejo. Algo que me surpreendeu foram os seus desenhos. Não sabia que também desenhava. Achei muito bons. O livro é de facto como diz, um documento didático de grande valor. Vejo que é uma edição de autor. Uma iniciativa bem arrojada, ainda mais tendo em atenção a

dimensão e a qualidade do trabalho. Seria necessário que o mesmo fosse mais divulgado. » O triste é que o Tejo continua a ser o rio privado dos irrigadores valencianos e murcianos, o esgoto de Madrid e o cocó de leite da Iberdrola, sem que possamos fazer nada a esse respeito. Só a UE poderia deter esta pilhagem, mas nem a Espanha nem Portugal parecem estar interessados. (Entre outros pareceres) Não há dúvida, Carlos Salgado, de que este teu trabalho foi muito apreciado!... Mas então, como pensas proceder desta vez, porque o número de exemplares é mais significativo,

para o partilhares com os potenciais interessados? Boa pergunta, meu amigo Antero Santos, mas posso-te adiantar que estou a procurar encontrar a maneira mais prática e expedida de o fazer, até porque devido ao número de exemplares desta segunda edição do autor, ser muito superior, conseguiu atingir uma economia de escala, para um custo inferior, e posso até talvez admitir usar uma distribuição mista, ou seja, por via postal e/ou pelo canal tradicional (!?). Para já deixo aqui o meu contacto eletrónico: carlos.odaglas@gmail. com, para os interessados me contactarem…

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Voo do Guarda-Rios

Aleluia! Os Golfinhos Voltam ao Tejo! Será Para Ficarem?

Roaz-corvineiro O Guarda-Rios (GR) tem sido um colaborador permanente ao informar-nos com atualidade sobre tudo o que vai detetando relacionado com o rio Tejo, durante os seus voos mais ou menos rasantes, a nós, cidadãos portugueses amigos do Tejo (AAT). O seu alerta mais recente foi o da entrada no Tejo de uma família de golfinhos nos fins do passado mês de junho, num número mais significativo, o que nos leva a ter a esperança de que isso possa dever-se ao facto das águas do rio, estarem eventualmente, a ficar com melhor qualidade, mas pode significar também, por outro lado, que a cadeia alimentar desta espécie, possa estar a ser reposta. Não foi por acaso que a insígnia original da AAT – Associação dos Amigos do Tejo, a figura do golfinho está bem evidente!

A Roaz-corvineiro (Tursiops truncato) 40

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comunicação social não perdeu tempo a anunciar este acontecimento, dando bitates de que os golfinhos, já têm andado a fazer tentativas para entrar, etc, etc, etc. Mas este acontecimento, não deixa de dar-nos alguma esperança, porque sempre nos interessámos pela presença destes cetáceos no Tejo, porque desde jovens

adolescentes, velejadores de Alhandra, a partir dos finais dos anos 50, princípios dos anos 60, que fomos, alguns deles, mais tarde, aqueles que fundaram a AAT- Associação dos Amigos do Tejo, no ano de 1984, que por mérito, sete anos depois foi reconhecida e declarada oficialmente, como entidade de Utilidade Pública. Em boa verdade, os pri-


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mórdios da AAT, ou melhor dizendo, o seu espírito original, teve origem, como dissemos acima, quando em adolescentes, já víamos in loco, durante as nossas navegações que o estado de degradação da água do Tejo, particularmente a do estuário, estava de dia para dia a ficar mais suja e malcheirosa, devido às indústrias químicas pesadas instaladas no estuário, cujos efluentes sem qualquer tratamento, deveras letais, eram lançados ao Tejo pela Soda Póvoa, a CUF do Barreiro, a Lisnave e mais tarde os Nitratos de Portugal e outras indústrias, o que coincidiu com o aparecimento, cada vez em maior quantidade, de peixes mortos à superfície, e foi sem duvida essa poluição, que também causou a destruição da cadeia alimentar dos simpáticos golfinhos do Tejo, o que acabou por provocar a sua debandada para o mar, e lá ficaram durante décadas. Mas essa mesma poluição letal, contribuiu igualmente, para a destruição dos ricos bancos de ostras, bivalves esses que nesse tempo eram uma riqueza significativa para o País, pela sua qualidade superior, conhecidas internacionalmente por “Les Portugaises”, as mais preferidas em França, particularmente em Paris. Esta espécie de cetáceos, a que a imprensa chamou recentemente golfinhos comuns, por ignorância, pertence seguramente à família do “roaz corvineiro”, aquela que outrora habitou no Tejo, que nós já conhecíamos, sempre irrequietos, a sulcar o rio de jusante para montante e no sentido contrário, a mesma família daqueles que se encontra protegidos e com bilhete de identidade individual, no rio Sado. É a mesma espécie, que

Delfim, raramente entra nos rios andou espalhada por todo o estuário, a fazer acrobacias, para deliciar os espectadores, quando diariamente, estes cetáceos costumavam perseguir os cacilheiros, entre Lisboa e Cacilhas, mas o

maior espetáculo, com grandes saltos e piruetas, davase sempre quando os barcos cacilheiros, após acostarem aos cais de ambas as margens, ficavam à espera durante o intervalo em que os

passageiros, uns saíssem para outros entrarem. Mas agora a situação é outra, devido ao fenómeno do aquecimento global, com temperaturas nunca vistas, que também devido à subida

Delfim (Delphinus delphis) 2022 Julho 427

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Toninha ou Boto (Pontoporia blainvillei)

Toninha também entrava no Tejo

do nível da água do mar, deu origem a que, já há alguns anos, começassem a entrar no estuário do Tejo, espécies de peixes caracteristicamente de água salgada, como o sargo do Senegal e outras espécies daquelas paragens, para além das corvinas que em grandes cardumes, são curiosamente, o pitéu preferido destes mamíferos. Por outro lado, por estar a acontecer uma redução muito significativa e preocupante, do caudal de

Golfinho-de-bico-branco (Lagenorhynchus albirostris) 42

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água doce do Tejo vinda de montante, retida pela Espanha, esse caudal que outrora era fortíssimo, deixou de ter competência para impedir que a cunha salina suba cada vez mais para montante, do que resulta que, para além desse aumento de salinidade da água para a rega, que está a causar elevados transtornos aos agricultores das lezírias, por outro lado, está a contribuir para que se ande já a pescar corvinas em Valada do Ribatejo, quase em Santarém. A propósito de estarmos a falar de golfinhos, aproveitamos para dar a conhecer aos nossos caros leitores, que desconheçam, de que há várias espécies diferentes de golfinhos, e até as Orcas assassinas são uma das espécies de golfinhos, mas relativamente àqueles cujas imagens aparecem no presente artigo, vamos começar pelo Roaz-corvineiro, aquele que permaneceu no Tejo, outrora, que será da mesma família do que entrou recentemente em maior número, no nosso Tejo: Este Roaz-Corvineiro (Tursiops truncato) também conhecido por (Beltlenose Dolphin) golfinho-nariz-de-garrafa, que é da mesma família daquele que ainda permanece no rio Sado, tem atraído a atenção do mundo inteiro, talvez devido aquela famosa série de televisão “Fliper”, mas não deixa de ser por esta espécie, se encontrar distribuída ao longo das águas costeiras. A Toninha ou Boto (Pontoporia blainvillei) que costuma aparecer também na zona costeira adjacente aos estuários dos rios, o seu nome varia de região para região, como por exemplo, boto no sul e golfinho ou toninha no norte, que faz parte dos cetáceos odontocetos, ou seja, mamíferos aquáticos que


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possuem dentes diferentes dos outros, e que vive, quer na água salgada quer na água doce. O golfinho (Delphinus delphis), mais conhecido por “Delfim” (coroado Rei), é a espécie mais comum da família Delphinodae, e existe em número superior relativamente a qualquer outra das espécies destes cetáceos, nas águas temperadas dos oceanos Atlântico e Pacífico, mas também pode ser encontrado nos mares do Caribe e do Mediterrâneo, podendo viver em agregações de centenas, ou mesmo de milhares de indivíduos. São nadadores rápidos, atingindo 60Km/h, e são grandes acrobatas. O golfinho-de-bico-branco (Lagenorhynchus acutus) é da família dos delfinídeos que se encontra nas águas frias do Atlântico Norte. Historicamente estes golfinhos são mortos por caçadores numa região entre a Noruega e a Terra-Nova, mortandade que foi cessando nos últimos anos, mas não deixa de ocorrer ainda, em menor escala nas ilhas Farue, onde a sua carne e a gordura estão em alta conta como alimento. O outro golfinho-de-bicobranco (Lagenorhynchus albirostris) é um cetáceo da família das baleias dentadas, é um dos golfinhos maiores, que nasce com 1,1m a 1,2m de comprimento, mas cresce até atingir uns 3m, em média, na idade adulta. Este golfinho é caracterizado pelo seu bico curto e espesso de cor branco-creme, assumindo uma barbatana dorsal bastante falcada (em forma de foice). Encontra-se distribuído a norte do Atlântico em grupos, próximo do cabo Cod, a sudoeste da Gronelândia, perto da Islândia. Se efetivamente, esta família que regressou ao Tejo

Golfinho-de-bico-branco (Lagenorhynchus albirostris) recentemente, tiver condições para ficar, é um sinal de que as águas estão com melhor qualidade, ou se, como acima foi referido, a sua cadeia alimentar foi entretanto reposta, ou até superada, vamos aguardar com esperança. Mas o perigo está sempre à espreita, porque presentemente, por estar a verificarse um certo descontrolo nas pescas do rio Tejo… Vamos ver se os golfinhos escapam?

Golfinho-de-laterais-brancas-do-atlântico (Lagenorhynchus acutus)

Golfinho-de-laterais-brancas-do-atlântico 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

O Tejo a Pé

Arrábida

Texto Carlos Cupeto Fotografia Vários

Arrábida (Carlos Cupeto)

A Arrábida foi o cenário escolhido para a última caminhada da temporada. A escolha não foi inocente, a Arrábida é sempre a garantia de ótimas paisagens.

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Notícias do Mar

Paisagens largas onde os calcários predominam (Carlos Cupeto)

A

ssim foi mais uma vez. A localização da Arrábida é excelente, entre o interior, de onde às vezes nos visitam, como foi caso do SER Ca-

minheiros de Évora, e a origem da maioria dos participantes, Lisboa - Cascais Oeste - Vale do Tejo. Acresce, como às vezes acontece no Tejo a pé, um almoço

num restaurante típico de Setúbal. Setúbal está mesmo ali e é das melhores terras portuguesas para se comer bom peixe. Antes, os cerca de 50 caminheiros,

guiados pelo J P Calheiros da SAL, que há 25 anos começou a operar na Arrábida, tiveram oportunidade de fazer um percurso circular com cerca de 10 quilóme-

Apesar das boas paisagens são as pessoas que fazem a diferença (Frias Reis Art) 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

Pausa para mais uma explicação (Carlos Cupeto) tros, onde a paisagem foi diversificando, entre vistas largas e a beleza do lugar que pisamos. O tempo fresco, do fim de junho, ajudou a mais uma manhã muito bem passada. Na verdade,

muito para além dos bons trilhos e paisagens, no Tejo a pé, o mais significativo e que faz a diferença são as pessoas. Alguns regressos de há muito tempo mesclaram-se com as novas pre-

SER Caminheiros vieram de Évora (Carlos Cupeto) senças num são convívio. Este excecional ambiente perlongou-se pelo almoço onde mais uma vez Setúbal comprovou a sua fama com uns divinos carapaus e sardinhas.

Voltamos no final de setembro. PS: O Tejo a pé é um grupo informal de amigos que se junta para andar. Para ser convidado basta enviar um email: cupeto@uevora.pt

O grupo (JP Calheiros) 46

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Electrónica

Notícias Nautel

Trim Tabs Elétricos Compensadores Num conceito de produto que já não é de agora, a Dometic Seastar criou um novo padrão.

O

objetivo deste equipamento é tornar o mais simples possível a interacção entre o barco e a pessoa que vai ao leme. Tem os atuadores elétricos (10 a 16VDC - 5A) protegidos contra ingresso de água: IP66M, IP68M,IP69K. Controlador intuitivo e estanque (IP56). Chapa do compensador, em aço inox. Forças suportadas: 1.000lbf. Botões acima/abaixo para “Pitch” e “Roll” ajustado rodando o anel no controlador. Botão de recolhimento automático à posição normal. Recolhimento automático após chave desligada. LEDs para indicação do ângulo/posição dos compensadores. Tecla estrela : guardar a posição favorita. Ajuste automático do brilho por via de sensor. Composição dos Kits : 2 chapas compensadoras (tabs) , 2 atuadores, 2 kit de fixação, controlador e 2 arneses de interligação controlador/atuador com 6m (20 pés). Existe um gama Standard e outra adaptativa para in48

terligação aos sistemas de direção Eletrónica (EPS e Optimus) da Seastar. Dometic xtreme power assist A Xtreme Power Assist Steering é como se fosse um cilindro de direção hidráulica mas de base elétrica. Foi projetado para proporcionar fácil e suave pilotagem da embarcação, tendo também por princípio o de ser uma direção assistida. Serve a uma ampla gama de barcos de motor fora de borda, incluindo pontões, “runabouts”, Semirígidos/RIBS, barcos de pesca de alumínio

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e de consola s central. Esta é uma solução acessível e fácil de instalar que oferece uma experiência de direção mais agradável. Nada de passar mangueiras, bomba etc, como nas direções hidráulicas.

E, na Direção Hidráulica, para se ter direção assistida seria preciso acrescentar uma bomba elétrica ref PA1200. Tudo pois muito simples com Xtreme Power Assist.


Electrónica

www.nautel.pt

A IRIS Innovations Lança uma Nova Câmara e Sistema de Gestão de Alarme para Embarcações IRIS INNOVATIONS, especialistas em câmaras marítimas do Reino Unido, anunciam com orgulho o lançamento da sua nova linha CMAC de sistemas de gestão câmaras e alarmes integrados com o aplicativo IRIS CONTROL HTML5 para a plataforma OneHelm da Garmin e de outros em breve..

suas câmeras, o IrisControl possui um painel de controle dedicado para controlar o uso do gravador do CMAC. A partir daqui, os usuários podem controlar e rever as gravações do seu sistema de câmaras.

T

rata-se do lançamento do primeiro sistema de comando e controle totalmente integrado da indústria, para câmaras e alarmes de barcos, acompanhado pelo IrisControl, um novo aplicativo HTML5 incrível para usar no OneHelm™, uma plataforma de aplicativos de terceiros da Garmin®. O CMAC é compatível com câmaras analógicas, IP e analógicas HD e combina todos os elementos principais de um sistema de segurança e controle totalmente caracterizado em uma consola muito elegante, completa com conectores à prova d’água, “bochechas” com efeito de madeira. O sistema possui gravação de vídeo digital, gestão de alarmes, tratamento de dados para redes e um bloco de disco rígido removível e à

prova de choque, além de hospedar a aplicação IrisControl. O aplicativo permite que os utilizadores carreguem seus próprios planos de deck e fotos e, em seguida, configurem-nos com ícones para representar a posição das câmeras, alarmes e ‘pontos de acesso’ predefinidos que, quando selecionados, enviam câmeras automaticamente para as posições pré-configuradas favoritas com o toque de um botão. O controle de “pan tilt” e zoom das câmeras é obtido principalmente por meio do joystick virtual super-sensível, e o Iris também possui uma interface de toque USB para que os usuários possam dirigir suas câmeras a partir da janela de vídeo em tela inteira, se preferirem. Além de alternar as entradas de vídeo e controlar

As mais pequenas e resistentes câmaras de revestimento inoxidáveis Nova linha de câmaras de domo estático em miniatura de aço inoxidável 316 de graduação marítima. A linha de câmara SX60 da Iris, em miniatura de aço

inoxidável está disponível em vários formatos e oferece vídeo da mais alta qualidade para se adequar à sua aplicação. A gama compreende uma solução analógica de alta resolução projetada para compatibilidade máxima com a maioria dos plotters de cartas marítimas (IRISS060), um modelo de TVI de alta definição que oferece resolução de 1920 × 1080 em tempo real (IRISS160) e uma câmera IP de 2MP de alta definição que é diretamente compatível com plotters gráficos Raymarine (executando o software LH2 / LH3) e firmware Furuno TimeZero v4.1 e superior.

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Notícias do Mar

Notícias da Universidade de Coimbra

Cientistas Criam Dispositivo Inovador para Produção de Energia a Partir das Ondas

Dispositivo REEFS, energia elétrica renovável a partir do mar Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu um dispositivo inovador para converter a energia armazenada nas ondas do mar em energia elétrica. A invenção já está protegida por patente internacional.

Os cientitistas da esquerda para a direita Daniel Oliveira, Aldina Santiago e José Lopes de Almeida 50

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Notícias do Mar

O

dispositivo, designado REEFS, acrónimo de Renewable Electric Energy From Sea (energia elétrica renovável a partir do mar), resulta de oito anos de investigação desenvolvida no Laboratório de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente do Departamento de Engenharia Civil (DC), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). Este conversor de energia das ondas desenvolvido na UC, já com patente internacional concedida, é um dispositivo costeiro modular que fica totalmente submerso, invisível à superfície do mar. «É apoiado em pilares e o resto do fundo do mar fica livre para todo o tipo de processos marinhos», explica o líder do projeto, José Lopes de Almeida. Por outro lado, sublinha, é um dispositivo que «procura utilizar tecnologias que já existem, nomeadamente as turbinas de ultrabaixa queda que são aplicadas

O dispositivo aproveita os desníveis criados pelas ondas nos aproveitamentos minihídricos e que recentemente se tornaram competitivas em termos comerciais. É possível migrar essa tecnologia para o mar e aplicála precisamente para aproveitar os desníveis criados pelas ondas, que na nossa costa ocidental apresen-

tam frequentemente alturas de 1 a 5 metros». Basicamente, sintetiza o cientista, «o que o dispositivo faz é transformar o movimento alternado das ondas do mar num fluxo de água contínuo no interior do conversor REEFS. Esse fluxo, criado entre a

crista e a cava das ondas, pode ser usado para acionar as referidas turbinas mini-hídricas de ultrabaixa queda», o representa um salto tecnológico considerável, pois «não precisamos de desenvolver uma tecnologia de raiz, podemos adaptar uma tecno-

O dispositivo fica totalmente submerso, invisível à superfície do mar 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

logia hidroelétrica já existente». Além disso, esta tecnologia contribui para mitigar a erosão costeira, uma vez que pode funcionar como um recife artificial, induzindo a rebentação precoce das ondas para assim retirar, logo à partida, alguma da sua energia antes que atinjam a linha de costa. José Lopes de Almeida lembra que a investigação nesta área assume hoje particular relevância tendo em conta a atual conjuntura internacional causada pela guerra na Ucrânia. «A situação atual chama a atenção para a extraordinária vulnerabilidade da Europa em relação à sua dependência energética. Por exemplo, no caso de Portugal, o país importa ainda hoje cerca de 2/3 dos seus recursos energéticos.

Portanto, olhar para os recursos endógenos marinhos e procurar utilizá-los, criando valor para a economia, é um desiderato que se impõe, particularmente em Portugal, porque é um país que tem uma linha de costa bastante extensa relativamente à sua área territorial». No entanto, para que esta solução tecnológica possa chegar ao mercado, ainda são necessários novos estudos e testes, esclarece o coordenador do projeto: «o conceito está provado. Demonstrámos em laboratório a transformação de toda a cadeia – desde a onda até à produção de energia elétrica. Contudo, para chegar à fase comercial, o dispositivo tem de ser otimizado e testado a escalas sucessivamente maiores

até instalarmos um projeto piloto no mar, só depois é que poderemos passar à fase de comercialização da tecnologia». Nesse sentido, a equipa, que, além de José Lopes de Almeida, integra Fernando Seabra Santos, Aldina Santiago, Maria Constança Rigueiro e Daniel Oliveira, está a concorrer a financiamentos, com o apoio da UC Business – Gabinete de Transferência de Tecnologia da UC –, que permitam efetuar uma instalação no mar, na costa portuguesa, «um passo muito importante para testar, em condições reais, a performance do dispositivo e avaliar todas as condicionantes que poderão advir da sua instalação em ambiente marinho». Apesar do caminho que

o projeto ainda tem pela frente, a estimativa é que, quando o produto estiver apto a ser instalado no mar, evoluirá em competitividade, como ocorreu com a energia eólica. «Do ponto de vista concorrencial, tem um potencial comparável ao da energia eólica, embora o mercado não seja tão abrangente, com a vantagem de não ter impacto paisagístico, proporcionar maior previsibilidade na produção e se localizar no litoral onde usualmente se concentra a maior parte da atividade económica», conclui José Lopes de Almeida. O vídeo de apresentação do projeto está disponível em: https://www.facebook. com/UCBusinessGlobal/ videos/1900365786829431

O dispositivo pode funcionar como um recife artificial 52

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Notícias do Mar

Notícias Instituto Nacional de Estatística

A Frota Portuguesa Capturou 185.417 Toneladas de Pescado em 2021

Barco de pesca de cerco, pesca sardinha, cavala ou carapau A frota pesqueira portuguesa capturou 185.417 toneladas de pescado em 2021, o que relativamente a 2020 representou um acréscimo de 13,2% na produção da pesca nacional.

O

A sardinha, com 26.697 toneladas capturadas, foi o peixe mais pescado, aumentou 83,8% 54

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aumento global do volume de pesca derivou exclusivamente do maior volume de capturas em águas nacionais (+24,8%), uma vez que as capturas em pesqueiros externos (38 399 toneladas) diminuíram 16,6% face a 2020, explica o Instituto Nacional de Estatística (INE) na sua publicação “Estatísticas da Pesca – 2021”. Do total capturado no ano em análise, 140.562 toneladas corresponderam a pescado fresco ou refrigerado, transaccionado em lota (110.454 toneladas em 2020), no valor de 335.044 mil euros (262.233 mil euros


Notícias do Mar

Lota de pescada em 2020), o que representou um acréscimo de 27,3% em volume e de 27,8% em valor. Revela ainda o documento estatístico do INE que o aumento ocorreu tanto no continente, com 123.520 toneladas (+26,2% face a 2020) como nas regiões autónomas, com as capturas dos Açores (11.851 toneladas) superiores em 54,3% e as 5.190 toneladas da Madeira a representaram um acréscimo de 6,7%. Para o aumento registado no volume destas capturas a nível nacional, contribuiu de

forma decisiva o acréscimo de 26,7% ocorrido nos peixes marinhos relativamente a 2020, correspondendo a um total de 117.323 toneladas capturadas. Captura de sardinha aumenta 83,8% Foi especialmente significativo o aumento da sardinha, com as 26.697 toneladas capturadas a um acréscimo de 83,8% e a contabilizarem cerca de 23% do volume total de peixes marinhos capturados, e mais 7,1 % comparativamente ao peso

Plataforma continental Portuguesa, até 200 metros de profundidade, é a mais rica do mundo

A cavala com 22.929 toneladas ficou em segundo lugar 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

As 16.634 toneladas de carapau com mais 13,9% foi o terceiro peixe mais capturado assumido em 2020. A maior captura resultou do facto da recuperação da espécie ter sido reconhecida

cientificamente, tendo sido possível a Portugal e Espanha decidirem aumentar as possibilidades de pesca,

com Portugal a dispor de 27 mil toneladas no ano 2021. Constituíram igualmente acréscimos as 16.634 tone-

O polvo com mais 37,9%, atingiu as 7.208 toneladas, acabou em quarto lugar 56

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ladas de carapau (+13,9%), as 11 781 toneladas de atuns (+72,7%) e as 9.630 toneladas de biqueirão (+75,9%)


Notícias do Mar

Lota de Sagres capturadas no ano em análise. Algumas espécies com peso no volume total das capturas nacionais de pescado registaram, no entanto, um decréscimo, sendo de salientar a cavala (-3,1%), que com 22.929 toneladas representou menos 6,0 % face ao peso assumido no volume total de peixes marinhos em 2020.

O volume de moluscos contabilizou 20.963 toneladas, tendo sido superior em 30,8% face a 2020. O aumento significativo resultou de capturas superiores para espécies como o polvo (+37,9%), que atingiu as 7.208 toneladas e o choco (+13,3%), com 1.436 toneladas. Igualmente significativa a maior captura de potas (passou de 64 toneladas em

Lagostins na lota de Sesimbra 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

A iscar para a pesca de palangre 2020 para 2.519 toneladas) e de bivalves, de que são exemplo as 3.921 toneladas de berbigão (+18,7%) bem como as 1.402 toneladas de amêijoas (+38,1%).

Organizações de produtores Em 2021 estavam reconhecidas 17 organizações de produtores da pesca (OP), das quais 14 sediadas em

portos do continente. Estas OP contaram com 2.059 embarcações aderentes em 2021 (mais 60 que em 2020), correspondente a 52,9% do total de embarcações licen-

ciadas em Portugal. As descargas de pescado efectuadas pelas embarcações aderentes às OP tiveram como segmento mais representativo a pesca do cerco, mantendo-se a sardinha, a cavala e o carapau como as principais espécies em volume de pescado descarregado, contabilizando 99,0% da sardinha, 78,6% da cavala e 100% do carapau descarregados em portos nacionais no ano 2021. O volume de descargas de pescado fresco ou refrigerado efectuado pelas OP do Continente em 2021 contabilizou 94 mil toneladas, um acréscimo de 30,6% face a 2020, resultante sobretudo da maior descarga de sardinha (+85,4%), carapau (+46,6%), sarda (+44,1%) e outras espécies (+25,0%). Pelo contrário, as OP reduziram as suas capturas de verdinho e cavala em 36,0% e 6,9%, respectivamente.

Barco de pesca local com pargos 58

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Notícias do Mar

Notícias do Instituto de Soldadura e Qualidade

Projecto Português vai revolucionar a produção de Hidrogénio

Revolução na produção de Hidrogénio, com um novo electrolisador Um projecto portugês de referência mundial, é uma revolução na produção de Hidrogénio, com um novo electrolisador que vai permitir obter hidrogénio, através da conversão directa da energia solar.

O

Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) irá acompanhar um projecto inovador e de referência mundial que vai revolucionar a produção de Hidrogénio já que o novo micro electrolisador permitirá um custo de produção bastante competitivo, um marco que só se esperava alcançar no final desta década.

Através da conversão directa da energia solar obtem-se hidrogénio 60

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ISQ e TUV SUD certificam solução para Hidrogénio Verde O ISQ e a TUV SUD irão dar início à certificação de parâmetros operacionais para o novo electrolisador HevoSolar da Fusion Fuel, empresa portuguesa especializada


Notícias do Mar

Pedro Matias, presidente do ISQ em soluções de energia solar e hidrogénio verde. Este novo electrolisador é, conceptualmente, inovador já que permite obter hidrogénio através da conversão directa da energia solar. A instalação das primeiras unidades Hevo Solar serão feitas em Évora. “O serviço será realizado por uma Joint-venture entre a TUV SUD e o ISQ permitindo agregar diversas capacidades técnicas destes dois grandes grupos industriais do sector das TIC, Testing, Inspection and Certification”, explica Pedro Matias, presidente do ISQ. O ISQ irá assim acompanhar um projecto inovador e de referência mundial que vai revolucionar a produção de Hidrogénio já que este micro electrolisador permitirá um custo de produção bastante competitivo, um marco que só se esperava alcançar no final desta década. O ISQ tem sido o player de confiança no mercado do hidrogénio apoiando os seus parceiros ao nível do licencia-

mento, análises de risco, supervisão de construção, comissionamento e certificação de sistemas, equipamentos e fábricas de hidrogénio verde. De assinalar que a experiência em matéria de H2 se iniciou em 2004, através da participação do ISQ no pioneiro projeto europeu Naturally que investigou os efeitos da introdução de misturas de hidrogénio com gás natural para transporte na rede eu-

Rodrigo Cunha, responsável do departamento de soluções integradas de engenharia ropeia. A oferta de soluções do ISQ para o Hidrogénio Verde é abrangente, cobrindo as várias fases da cadeia de valor, que vão da produção, à distribuição e utilização e tem como foco a maximização da segurança, fiabilidade e sustentabilidade. “A produção de hidrogénio verde de forma descentralizada e acessível estará disponível breve-

mente e o ISQ está comprometido com o sucesso desta nova abordagem”, salienta Rodrigo Cunha, responsável do departamento de soluções integradas de engenharia. O ISQ integra o consórcio GreenH2Atlantic, um projeto que visa demonstrar a viabilidade do hidrogénio verde numa escala de produção e aplicação tecnológica sem precedentes em Sines.

O Hidrogénio verde vai ser produzido em Sines 2022 Julho 427

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Vela

Mundial da Star Sailor League

Portugal Apurado Para a Final

Um final emocionante levou velejadores nacionais à vitória no apuramento da Ronda 4 da Qualifying Series, no Lago de Neuchâtel, na Suíça, entre os dias 9 a 13 de Junho.

A

equipa portuguesa participou pela primeira vez na Star Sailors League Gold Nations

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Cup, ganhando o direito de participar em Novembro numa final com as melhoes equipas do Mundo, já apuradas.

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Uma competição similar ao modelo da Liga das Nações de Futebol (até nos equipamentos), onde o país

é posicionado numa competição de qualificação (Qualifying Series) ou passa diretamente para a fase final (Final Series). Disputado por barcos fornecidos pela organização, os modelos SSL47, são monocascos de 15 metros de comprimento. Nesta Competição, a seleção da equipa envolve o Ranking Individual de cada velejador e, visto que, este novo conceito envolve o Ranking Global Mundial entre os atletas das 56 Nações selecionadas, é possível compara-los entre si e caracterizar o país. Os selecionados foram os atletas olímpicos João Rodrigues (capitão de equipa), Afonso Domingo (leme e team manager), Mariana Lobato, Diogo Costa, Pedro Costa e Bernardo Plantier


Vela

como tripulantes. A estes velejadores juntaram-se José Paulo Ramada (tático) e os tripulantes Filipe Silva, Mafalda Pires de Lima e Paulo Manso. O grupo de Portugal para o apuramento foi a República Checa, Bulgária e Turquia. Depois de um mau início, com dois últimos lugares, nas 4 regatas seguintes, Portugal venceu duas e obteve dois segundos lugares. Para a última regata ficou a decisão do apuramento, aonde Portugal teria de se classificar nos dois primeiros lugares. Não largando bem, os portugueses fizeram uma regata de recuperação que era liderada pelos búlgaros seguidos dos checos. O excelente trabalho de equipa, com melhores manobras da embarcação e opções táticas mais assertivas, permitiram passar para primeiro a escassos metros da linha de chegada. João Rodrigues realça o esforço da equipa na derra-

deira regata final “tiveram paciência para esperar pela sua oportunidade, que surgiu mesmo no final da penúltima perna do percurso. Foi muito intenso assistir a isto desde o barco dos espetadores onde me encontrava.”

“Tenho que dar os parabéns à minha tripulação, fizeram um ótimo trabalho de equipa. Estou mesmo muito orgulhoso da forma como lidaram com toda a regata, com toda a pressão inerente, e da forma como agarraram a oportunidade

quando ela surgiu.”, realça o capitão da equipa. Apurados para a final, que será realizada em Novembro no Bahrain, Portugal vai disputar o título mundial contra a Nova Zelândia, Austrália, Brasil, EUA, França, Itália e Espanha, entre outras nações.

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Notícias do Mar

Economia do Mar

Repsol Investe em Sines

Expansão do Complexo Petroquímico de Sines com investimento extrangeiro de 760 milhões.

João Gomes Cravinho, Ministro dos Negócios Estrangeiros, presidiu à cerimónia da assinatura do contrato

O

Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, presidiu à assinatura do contrato de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol, localizado em Sines, afirmando que se trata de um investimento global de 760 milhões de euros. «Estamos a falar de um investimento que terá como consequência o aumento

de exportações em cerca de 400 milhões de euros, a diminuição de importações em outros 400 milhões e um valor acrescentado na ordem dos 200 milhões de euros», disse o Ministro no final da cerimónia, que decorreu em Lisboa. Gomes Cravinho referiu que os documentos assinados são «protocolos simples, como contratos em

relação a terrenos, que representam uma aposta no topo da gama de tecnologia em termos de transformação de plásticos». «Temos aqui investimentos intensivos em capital e tecnologia, com enorme output e valor acrescentado, que criarão centenas de empregos. Além do enorme efeito multiplicador que se fará sentir na criação de

Repsol investe em Sines 64

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riqueza, produção e emprego na indústria de Norte a Sul do país», evidenciou o Ministro. O projeto vai construir duas fábricas que vão utilizar o etileno e o propileno produzidos e que, comummente, são exportados. As duas fábricas vão transformar o etileno em polietileno de alta densidade (usado em tubagens, embalagens de plástico para higiene ou produtos alimentares ou películas) ou em polietileno de baixa densidade (usado em espumas, cabos elétricos). Com este aproveitamento, a empresa espera aumentar a sua produção para até 850 000 toneladas por ano, sendo que 310 000 toneladas deverão ser exportadas através do porto de Sines, 220 000 toneladas para Espanha e 220 000 toneladas para o resto da Europa, sendo 100 000 toneladas utilizadas em Portugal. Portugal vai, assim, passar a ter fábricas de dois produtos que, presentemente, são importados. O polipropileno e o polietileno de alta densidade representam 67% da procura de poliolefinas em Portugal. A Repsol prevê que a procura nacional destes polímeros deverá ser satisfeita com a construção destas duas fábricas. A importação destes materiais representa um défice de 400 milhões de euros para a balança comercial portuguesa. A sua exportação representará um excedente de 400 milhões de euros. O projeto de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, deverá arrancar no primeiro trimestre do próximo ano e estar concluído no início de 2025.


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Pesca Submarina

Notícias da Federação Portuguesa das Actividades Subaquaticas

André Domingues Vence Nacional de Pesca Submarina

Pódio Individual

Realizou-se no passados dias 25 e 26 de Junho o Campeonato Nacional de Pesca Submarina 2022, organizada pelo Grupo Desportivo Estoril Praia e a FPAS.

A

Pódio Feminino 66

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prova contou com a participação de 12 clubes e 35 atletas masculinos e 4 atletas femininos inscritos. A prova a nível individual foi ganha pelo atleta André Domingues pertencente ao Clube SPEARLAND. O resto do pódio foi ocupado pelo atleta Rui Antunes do Clube Estoril Praia - Marisco na Praça em segundo lugar e pelo atleta João Peixeiro do Clube Vasco da Gama – Suzuki Marine em terceiro lugar. Nas atletas femininas o primeiro lugar foi obtido pela atleta Beatriz Lopes do Clube Vasco da Gama – Suzuki Marine. O resto do pódio foi ocupado pela atleta Rita Teixeira do Clube Vasco da Gama


Pesca Submarina

– Suzuki Marine em segundo lugar e pelo atleta Catarina Santos do Clube Estoril Praia - Marisco na Praça em terceiro lugar. O atleta Salvador Silva do Clube Centro Treino Mar obteve o primeiro lugar no escalão Sub-24. O resto do pódio foi ocupado pelo atleta Erik Carvalho do Clube Naval da Nazaré em segundo lugar e pelo atleta Henrique Stehn do Clube Estoril Praia - Marisco na Praça em terceiro lugar. O pódio de clubes foi ocupado pelo Clube Estoril Praia – Marisco na Praça em primeiro lugar, pelo Clube Naval de Peniche em segundo lugar e pelo Clube Vasco da Gama – Suzuki Marine em terceiro lugar. O troféu do maior exemplar foi para o atleta André Domingues do Clube SPEARLAND, com um exemplar de Abrótea com 2.708 gramas de peso. A FPAS congratula todos os participantes e clubes que estiveram presentes, em especial ao clube organiza-

Pódio Sub23 dor, Grupo Desportivo Estoril Praia, bem como aos voluntários que se deslocaram a título benévolo para ajudar

na organização da prova e ao juiz de prova Rui Macatrão. As classificações e resultados podem ser consultados

na integra no site da FPAS http://www.fpas.pt/noticia/879Campeonato-Nacional-dePesca-Submarina-2022

Pódio de Clubes 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

Notícias Marinha

Marinha Portuguesa e Município de Oeiras Promovem Inovação de Empresas Sediadas no Concelho

O Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, e o Chefe de EstadoMaior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo, visitaram durante a manhã do dia 6 de julho, três empresas ligadas à Tecnologia e Inovação, uma iniciativa da Marinha Portuguesa no âmbito do Roadshow EA-IDEIA 2022.

​​​​​​​​O

Roadshow EA-IDEIA tem como objetivo promover a cooperação com a Indústria e a Academia, estabelecendo parcerias e iniciativas de cooperação e promovendo a

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identificação de oportunidades de projetos de inovação aberta e colaborativa. Em 2022, após a realização do Roadshow EA-IDEIA na Madeira, realiza-se agora uma segunda edição anual

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em parceira com o Município de Oeiras. As visitas começaram no ISQ – Instituto da Soldadura e Qualidade, no Taguspark, passando pela Edisoft e pela Almadesign, ambas em Paço de Arcos. Para o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, incluir empresas do concelho num programa ligado à Inovação e excelência “faz todo o sentido” e, acrescentou, “é um orgulho constatar aquilo que produzem e os projetos que têm para o futuro”. “As melhores empresas estão sediadas no nosso concelho. Qualquer destas empresas que visitámos é prova disso. Cada uma na sua área provou a excelência, tecnologia e inovação

do seu trabalho. Além disso, apercebi-me que todas elas assumiram a marca Oeiras Valley que é ligada à inovação e beneficia as próprias empresas”, sublinhou Isaltino Morais. Para S. Exa. o Sr. Chefe de Estado-Maior da Armada, “estas iniciativas são vitais para a concretização da minha visão para a Marinha. Pretendo uma Marinha significativa nas suas capacidades de modo a poder desenvolver a utilidade que Portugal dela precisa. E tecnologicamente avançada, catalisando a exploração de uma nova fronteira azul e tecnológica, essenciais para o desenvolvimento económico. Por isso, estamos aqui, em conjunto com a Câmara Municipal de Oeiras, a promover a inovação, com empresas, instituições públicas e a Academia, a dar um sinal claro que a Marinha está pronta a assegurar segurança no mar para a inovação, é parceira para o conhecimento e quer ser, no futuro, destinatária dos produtos tecnológicos produzidos.” O programa prolongou-se durante a tarde, com visitas ao Instituto Superior Técnico, à Oracle (Lagoas Park), à BladeInsight (Taguspark) e à CISCO (Lagoas Park).


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Náutica Copydesk Gustavo Bahia Fotografia Otávio Madeira

Internacional Bombarco Show 2022

Mais de 20 mil pessoas participaram do Internacional Bombarco Show

Stand da FlexBoat um dos melhores fabricantes de semi-rígidos no Brasil O evento realizado em Brasília (DF) gerou em torno de R$ 100 milhões de negócios, entre os efetivados e os em andamento. Organização afirma que deve repetir a edição em 2023 às margens do Lago Paranoá.

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O Clube Náutico COTA 1.000 é um dos vários Clubes e Iate Clubes às margens do Lago Paranoá 70

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úblico nacional e internacional marcou presença para conferir de perto as novidades em serviços e embarcações da primeira feira híbrida do Brasil que encerrou no último dia 12 de junho. Foi transmitida ao vivo e pela internet (português e inglês) e realizada às margens do Lago Paranoá. De acordo com o levantamento da organização, a primeira edição do Internacional Bombarco Show contabilizou um público de mais de 20 mil pessoas (presencial e online). Desse número, apro-


Náutica

Barcos de até 55 pés estiveram em exposição com a possibilidade de test drive ximadamente mil visitantes eram procedentes do exterior especialmente dos Estados Unidos, este que está no topo do ranking mundial em compra de embarcações. Em termos de negócios, segun-

do o Bombarco, que também é o responsável pelo principal canal de negócios náuticos do país, foram gerados durante a feira cerca de R$ 20 milhões, porém, com as negociações estabelecidas

e contatos em andamento, a estimativa é chegar a aproximadamente R$ 100 milhões. “Escolhemos Brasília para receber pela primeira vez uma grande feira náutica porque sabemos do po-

tencial de consumo e navegação das regiões Norte e Centro-Oeste do país. A náutica vem crescendo, porém, ainda temos 80% do Brasil inexplorado. Brasília merecia essa visibilida-

Anoitecer magnífico no Lago Paranoá, em Brasília 2022 Julho 427

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Náutica

Marcio Ishihara (Esq.) da Bombarco com integrantes da Capitania Fluvial da Marinha do Brasil

O Surf a motor já é uma realidade no Lago Paranoá 72

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de tanto pela localização estratégica para o acesso, próxima a outros estados; pela gama de serviços e atrações disponíveis para receber o público de eventos, e pelas suas características naturais como é o próprio Lago Paranoá, cartão postal da cidade”, diz Márcio Ishihara, idealizador do evento. “Sabemos que a realização da primeira edição de um evento deste porte é um grande desafio, mas acreditamos em Brasília e, felizmente, obtivemos a alta aceitação do empresariado, dos expositores e também do poder público, de autoridades como o Ministério do Turismo e a Secretaria de Turismo do Distrito Federal. Temos certeza do apoio para a nova edição que pretendemos realizar em 2023, até porque o mercado náutico reflete de forma significativa no desenvolvimento de vários outros setores e geração de empregos”, complementa.


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“A realização de eventos com a magnitude do Internacional Bombarco Show, acontecendo no Lago Paranoá, comprovam o potencial e relevância deste atrativo turístico para a economia da cidade. Movimentam todo o trade de turismo, promovendo a geração de emprego e renda, atraem visitantes e empresários, potencializam o surgimento de empreendimento, e vai ao encontro com as políticas públicas e dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pela SETUR/DF para o segmento náutico”, afirma William Almeida, Secretário de Turismo do DF. Para o Ministro de Turismo interino José Medeiros Nicolau, o evento reforçou ainda mais a vocação de

Brasília para o turismo náutico. “Temos aqui a quarta maior frota de barcos do país, um ambiente propício para receber eventos e ações voltadas ao desenvolvimento e fortalecimento do turismo náutico e o Ministério do Turismo está atento a esse cenário. Prova disso foi que lançamos aqui em Brasília, em março, um pacote de ações para o setor com iniciativas voltadas para o fortalecimento do segmento”. Segundo dados do Ministério do Turismo, os eventos em geral são responsáveis por 34% dos turistas que visitaram Brasília nos últimos anos. Especialmente em 2021, mesmo com a pandemia, o setor de eventos

movimentou cerca de R$ 30 milhões no Distrito Federal. Além do Ministro o Turismo e Secretário de Turismo do Distrito Federal, o Internacional Bombarco Show contou com a presença da Marinha do Brasil, Capitão da Fragata Gúbio de Oliveira entre outras autoridades. Evento apresentou ampla programação Durante a feira, cerca de 30 barcos de até 55 pés foram apresentados, entre veleiros, motoaquáticas, lanchas, barcos para pescas e esportes náuticos, novos e seminovos e sistemas inéditos como o híbrido de propulsão para barcos de 25 a 40 pés e prancha de surf motorizada. Test drives, vi-

sitas a bordo, serviços náuticos, além de experiências gastronômicas, artesanatos, shows e atividades que envolvem a sustentabilidade como é o caso da campanha “Barco sem Plástico”, promovido pelo movimento Voz dos Oceanos da Família Schurmann. Entre os expositores, marcas como: NX Boats, Fibrafort, Flexboat, Millenium, Magma Yachts, Espadarte, Coral, Villa Nautica com embarcações VCat e Sea Doo, Mibjet e Jeteiros do Brasil com motoaquáticas Sea-Doo, Jetsurf, além de carros de luxo como Jeep e Volvo e serviços como: AppBoats, Boatlux, Agro Química São Gabriel, Ecomac, Brancante, Essor, Growdeck, Pier Brasil, Netuno, Seariver, Unifisa, Kapazi, Kamell, Rb Parts, La Argentina.

Vista de uma dos corredores com expositores na Bombarco 2022 2022 Julho 427

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Notícias do Mar

Última

Notícias da DGRM

DGRM Assina Protocolo Com WavEC

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António Costa Silva, Ministro da Economia e do Mar, presidiu à cerimónia

m cerimónia presidida pelo Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e com a presença do Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, foi assinado um protocolo de colaboração entre a DireçãoGeral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e o Centro de Estudos e Transferência de Conhecimento WavEC Offshore Renewables, que irá permitir o trabalho conjunto entre as duas entidades. O âmbito previsto no protocolo tem como mote as diferentes atividades da Economia Azul, que inclui projetos e atividades de formação, investigação e desenvolvimento das Energias Renováveis Offshore, Aquacultura Offshore, Ambiente Marinho, Plataformas Multiusos, Orde-

namento do Espaço Marítimo, entre outras. A transferência de conhecimento científico e a aproximação entre a academia e a regulação setorial são aspetos essenciais na valorização do interesse nacional relativamente aos assuntos do mar, nomeadamente os que promovem a economia

azul sustentável. Assinaram o protocolo o Diretor-Geral da DGRM, José Carlos Simão, e o Professor Doutor António Sarmento, tendo o Ministro da Economia e do Mar procedido à homologação do mesmo. A DGRM tem como missão o desenvolvimento da segurança e dos serviços

marítimos, incluindo o setor marítimo-portuário, a execução das políticas de pesca, da aquicultura, da indústria transformadora e atividades conexas, a preservação e conhecimento dos recursos marinhos, bem como garantir a regulamentação e o controlo das atividades desenvolvidas nestes âmbitos.

Professor António Sarmento e José Carlos Simão

Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com Paginação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00

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