Medalha de Ouro para Filomena Sá Pinto e Carla Siopa no Europeu de Fotografia Subaquática
Adupla do Clube Naval de Sesim bra (CNS), Filo mena Sá Pinto (fotógrafa) e Carla Siopa (modelo/ assistente), que integrou a Seleção Nacional de Fotografia Subaquática 2022, conquistou a medalha de ouro na categoria de pei xes e a de bronze na gran de angular com mergu lhador, no III Campeonato Europeu CMAS e também o segundo lugar da classi ficação geral e a melhor fo
tografia de peixe do I Open internacional de Fotografia e Vídeo Subaquático, que tiveram lugar de 3 a 8 de outubro, na Madeira.
Concorreram cerca de 90 participantes, em repre sentação de 13 países e Portugal com quatro equi pas, no conjunto das pro vas de fotografia e vídeo subaquático.
As provas foram realizadas entre o Cabo Girão e Machico, a fotografias a concurso comtemplaram as seguintes categorias: Pei xes, Macro, Grande Angular, Grande Angular com Mer gulhador, Criativa e Tema, no final, as fotografias foram
julgadas pelo Júri nomeado pela CMAS.
A organização do evento esteve a cargo da FPASFederação Portuguesa de Actividades Subaquáticas e da ANM - Associação de Natação da Madeira, sob supervisão do Comité Des portivo da CMAS – Confe deração Mundial de Actividades Subaquáticas.
Nesta modalidade desportiva não é permitido, aos atletas fotógrafos, edi tarem as suas imagens e, dessa forma, garantir que mostram a beleza real do fundo do Mar da Madeira.
A Filomena Sá Pinto já tinha sido Campeã Nacio
nal de Fotografia Suba quática em 2012, mas não entrava em competições desde 2014. Este ano que
decidiu voltar, integrando o CNS e fazendo dupla com a experiente modelo/assis tente Carla Siopa, viram
reconhecido o seu traba lho, conquistaram o título de Bicampeãs Nacionais e, ao serviço da Seleção
Nacional da modalidade, a medalha de ouro na ca tegoria peixes no Europeu 2022, Madeira.
Porto de Lisboa Renova Título de Melhor Porto de Cruzeiros da Europa
Écom muito orgulho que a APL – Admi nistração do Porto de Lisboa, S.A. recebe a notícia de mais uma distinção internacional. É mais uma ex celente notícia para o turismo em Lisboa, a par da recupe ração da indústria de cruzei ros em 2022 e da valorização e qualificação desta atividade na capital portuguesa, uma vez que, segundo um estudo da Netsonda, os passagei ros de cruzeiros que visitam a capital portuguesa gastam na cidade uma média de 82 euros por pessoa, valor su perior aos números conheci dos até agora.
Para a APL, este é o mo mento de lembrar que es tamos perante um sucesso
coletivo, fruto da resiliência à adversidade, da capacidade, e do esforço coletivo de inú meros operadores que, diaria mente, persistem em torno do objetivo comum de potenciar o porto e a cidade de Lisboa, como um destino sustentável de cruzeiros de excelência.
O Porto de Lisboa distin guiu-se numa competição onde concorreu com os por tos de Antalya, Barcelona, Copenhaga, Ege, Amsterdão, Heraklion, Istambul, Marse lha, Pireus, Southampton, Split e Veneza.
Lisboa: melhor destino de cruzeiros da Europa
A APL congratula-se tam bém pela eleição de Lisboa, pela quinta vez, como me lhor destino de cruzeiros da Europa, numa competição em que venceu as cidades de Amesterdão, Atenas, Bo drum, Cannes, Copenhaga, Dubrovnik, Edimburgo, Izmir,
Kusadasi, Oslo e Veneza. Desde 2009, ano em que a cidade de Lisboa foi eleita como melhor destino de cru zeiros da Europa, nos World Travel Awards Europa realizados em Óbidos, o porto
e a cidade de Lisboa têm sido consecutivamente nomeados para este galardão, tanto a nível europeu como mundial.
O Porto de Lisboa arrecadou o prémio de Melhor
Porto de Cruzeiros Europeu nas edições de 2014, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021 e a cidade de Lisboa de Melhor Destino de Cruzei ros Europeu nas edições de 2009, 2014, 2016 e 2020.
Exposição de Algas e Microalgas
Patente na Sala Berlengas da ESTM, em Peniche, até dia 30 de novembro, está uma exposição que dá a conhecer algas e microalgas criadas no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria.
artes, um dos raros momen tos de atenção e curiosidade para com as algas. Ao realizar o herbário em cianotipia, Anna Atkins tornou-se na primeira mulher a criar imagens fotográficas não só de algas, mas também do seu próprio texto manuscrito, indicando os propósitos do herbário organizado em livro, os nomes das várias espécies em latim e até de dicatórias», justifica Samuel Rama.
«Quer estejamos em terra ou no mar, qualquer alga re quer a presença do elemento água, mesmo que seja por um período relativamente curto, como costuma acon tecer com algumas espécies na terra. Mas é no mar com a sua água salgada com di ferentes salinidades, tempe raturas, correntes, profundi-
Produzida pelo Poli técnico de Leiria, a exposição “AZUL MARE – Arte e Ciência” pre tende ser um percurso de conhecimento das algas e suas propriedades e, simul taneamente, um percurso meditativo sobre as condi ções de produção das pri meiras imagens fotográficas realizadas pela técnica da cianotipia*. Reúne fotogra fias realizadas nos labora tórios de criação de algas e microalgas do MARE - Cen tro de Ciências do Mar e do
Ambiente do Politécnico de Leiria, da autoria de Ema nuel Brás, docente e inves tigador da Escola Superior de Artes e Design das Cal das da Rainha (ESAD.CR), cianotipias elaboradas por estudantes da Escola Supe rior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), em colabo ração com o Instituto Portu guês da Juventude de Lei ria, textos de Teresa Mouga, investigadora do MARE, e um algário criado a partir de algas recolhidas ou reunidas pelo investigador Marco Le
mos, investigador do MARE do Politécnico de Leiria e docente na ESTM.
A exposição está patente na Biblioteca e Sala Berlen gas da ESTM do Politécni co de Leiria, em Peniche, até dia 30 de novembro. Os curadores da exposição são Samuel Rama, docente da ESAD.CR, e Teresa Mouga, investigadora do MARE do Politécnico de Leiria e do cente na ESTM.
«Quisemos glosar o her bário de Anna Atkins, por que foi no contexto das
dades e ecossistemas que ocorre a maior variedade de algas com diferentes escalas, formas e propriedades», destaca Samuel Rama, acres centando: «Dependendo da espécie, ao longo da exposição podemos verificar nos textos de Teresa Mouga, as seguintes propriedades: antioxidantes, antimicrobianas, anti-helmínticas, anti bacterianas, anti tumorais, anti-inflamatórias, algicidas, antifúngicas anticoagulantes, anti-protozoárias, anti virais, tonificantes, alimentares, ricas em vitaminas e sais minerais, e propriedades gelificantes, espessan tes e estabilizantes.»
Esta exposição retrata não só as algas, mas também o mar, com as suas múltiplas características, elementos e propriedades. «É urgente uma perspetiva cultural e artística sobre os mares, por forma a densificar o conhecimento e sabedoria coletivos, ativos funda mentais na refundação da comunidade humana uni-
da pelo cuidado do planeta Terra», defende Samuel Rama.
Cianotipia foi um proces so fotográfico inventado em 1842 por um matemático, astrónomo, químico e inven tor, Sir John Herschel. Con siste numa emulsão sensí vel à luz que contém sais de ferro que reagem aos raios ultravioleta, este processo permitia de uma forma relati vamente simples fixar numa superfície as sombras numa cor Ciano também conheci da como cor água.
Yamaha
A Yamaha Motor Europe Apresentou Novas Parcerias e Tecnologias no Salão Náutico de Génova
A Yamaha Motor Europe é há muito tempo uma força motriz no mercado marítimo graças ao desenvolvimento de motores fora de borda, WaveRunners e pneumáticos de alta qualidade com acabamentos com os mais elevados padrões. A marca é fiel à sua promessa de acelerar os corações ao proporcionar experiências de cliente emocionantes.
Nos últimos anos, verificaram-se novos desenvolvimentos tecnológicos, como o lançamento recente da se gunda estação remota Helm Master EX e a expansão da tecnologia XTO icónica para a gama V6, que permitiram à marca passar de fabri cante de motores marítimos para fornecedor de sistemas de navegação integrais, o que implica uma mudança significativa na forma como
funciona o mercado.
A Yamaha Motor Europe esteve encantada por mos trar a sua excelência em en genharia no Salão Náutico Internacional de Génova em setembro de 22 a 27. Este é um evento essencial tanto para o mercado internacional de iates como para os apai xonadas pelo mar: uma pla taforma global para o setor, pensada para a promoção das interações institucionais, técnicas e comerciais.
Motores
fora de borda e equipamento
A satisfação do cliente é uma prioridade para a Ya maha Motor. Por isso, todos os motores fora de borda estão divididos em segmen tos dedicados para irem ao encontro das experiências e necessidades específicas dos clientes. O segmen to de motores Premium da Yamaha (XTO V8 de 425 hp – V6 de 225 hp) foi con
cebido para as grandes em barcações de cabine e os cruzeiros de alto-mar, que proporcionam aventuras emocionantes e tempo de lazer elegante com a mes ma facilidade. O segmento High-Power (200 hp – 90 hp) adapta-se tanto aos idílicos cruzeiros pela costa como ao desporto náutico cheio de adrenalina, enquanto o segmento Mid-Power (80 hp – 30 hp) é o parceiro perfeito para passar dias agradáveis
a explorar as águas locais com a família e os amigos.
O segmento Versátil (25 hp – 8 hp) é ideal para um amplo espectro de necessi dades dos clientes, desde os pescadores aos proprietários de embarcações para passeios de família, passan do pelas embarcações de segurança e de apoio desportivo. Ultraleve e fácil de transportar, a gama Portable da Yamaha (6 hp – 2,5 hp) alia motores simples e leves à robusta qualidade, durabi lidade e fiabilidade. Além de silenciosos, os motores de
transmissão elétrica (Electric Drive) da Yamaha também são incrivelmente fáceis de operar, o que melhora ainda mais a diversão de qualquer viagem. E com várias opções disponíveis para água doce, salobra e salgada, estes motores elétricos poderão ir mais longe do que se espe ra.
O V6 de 300 hp como protagonista em Génova
A família de motores V6 da Yamaha, elegante e plena de funcionalidades, inclui
motores de 300 hp a 225 hp que se impuseram como es colha para uma vasta gama de grandes embarcações com um ou vários motores fora de borda. Totalmente desenvolvido como parte da oferta da Yamaha para 2022, a conceção do mo tor Yamaha V6 avançado inspira-se no emblemático XTO e oferece novas fun cionalidades, incluindo a Di reção Elétrica Digital (DES), Escape de marcha-à-ré que melhora a propulsão (TERE) e a exclusiva funcionalidade TotalTilt™ da Yamaha. Co
nheça de perto o V6 de 300 hp que ocupa o ponto cen tral do expositor da Yamaha em Génova.
Melhoria da manobrabilidade com Helm Master EX
Lançado em 2020 para per mitir à Yamaha passar de
líder em motores fora de bor da para um verdadeiro for necedor de sistemas de na vegação, o Helm Master EX recebeu outras melhorias im portantes em 2022. Graças a um segundo joystick do Helm Master EX, que pode ser montado praticamente em qualquer lugar da embarca ção, os clientes podem ago
ra desfrutar de um ponto de vista melhor na amarração e nas manobras em espaços estreitos. Os pescadores po dem controlar a sua embar cação perto do corrimão e os iates com grandes motores podem controlar o barco a partir dos flancos. E tudo isto sem um acelerador ou leme adicional. Além disso, o ca
pitão e a tripulação podem agora desfrutar do aumento do conforto, uma vez que a melhoria da Assistência late ral compensa o efeito do ven to e da maré, o que mantém a proa no seu rumo original.
WaveRunners
A Yamaha integrou muitas das suas mais recentes e
mais avançadas tecnologias e funcionalidades na gama WaveRunners de 2023, o que permite a cada vez mais con dutores desfrutar da melhor excelência em engenharia e fiabilidade garantida para que mais clientes descubram todo um novo mundo de ex periências emocionantes.
A segmentação da gama WaveRunner foi feita para facilitar a descoberta e para ajudar os clientes a navegar na gama para encontrar a moto de água perfeita. O segmento Recreation é sinó nimo de diversão, emoção e prazer, uma emocionante experiência na água para os pilotos de qualquer nível. A gama Cruising permite ao piloto empreender grandes aventuras com maior con forto e com a mais recente tecnologia. Finalmente, o segmento Sport foi concebi do para o piloto que procura o máximo desempenho.
Novo modelo para 2023
O mais recente FX Cruiser SVHO foi lançado numa edição limitada nas cores carbono e menta, com ele mentos gráficos renovados,
com acabamentos de pintu ra premium, enquanto a Je tBlaster® regressa com um estilo moderno e discreto. A FX SVHO também foi reno vada e conta agora com um sistema de áudio integrado de forma elegante na zona dos pés. Finalmente, a FX Cruiser HO, a FX HO e a VX Cruiser HO foram melhora das com um deck NanoX cel2® para desfrutar de uma construção ultraleve, mas extremamente robusta que melhora a relação peso-po tência e a manobrabilidade.
Descubra a SuperJet®
A SuperJet® é uma máqui na revolucionária dotada do ADN e competição da Ya maha, mas com uma facili dade de utilização adequada a quem procura emoção fora da comunidade profissional. Além disso, os visitantes po dem vê-la em Génova. Ae rodinâmica e leve, oferece velocidade e aceleração ver tiginosas, e uma manobrabi lidade sem paralelo. Pensa da para os pilotos amadores e profissionais, este premia do motor marítimo TR-1 de três cilindros a quatro tem
pos e com um casco fluido e leve oferece potência e agilidade. Para os pilotos que não querem começar a fundo, o L-MODE® reduz a
performance do motor para ajudar a criar confiança nos pilotos principiantes, e ofe rece um casco mais amplo e mais estável ideal para um
uso recreativo.
Novas parcerias em embarcações
A recente evolução da Ya maha Motor para um fornecedor de sistemas de navega ção completos topo de gama está alinhada com a estraté gia de parcerias com os melhores construtores de barcos da Europa para proporcionar experiências excecionais aos clientes. A Yamaha assegura que os seus sistemas estão alinhados na perfeição com cada embarcação e que oferecem a máxima perfor mance ao cliente. Assim, os construtores de barcos
podem contar com uma pla taforma única para os sistemas de propulsão, controlo e monitorização marítima, a par de formação e colabo ração. Um aspeto relevante das parcerias desenvolvidas pela Yamaha nos tempos recentes é a grande diver sidade dos construtores de barcos associados, desde os barcos de pesca leves e de alta performance até aos cruzeiros de luxo e RIBs, passando pelos barcos de apoio dos super-iates. Este amplo espectro de aplica ções para a tecnologia da Yamaha permite à marca dar uma melhor resposta aos re
quisitos de uma ampla gama de clientes.
As parcerias recentes in cluem uma colaboração com os construtores de barcos escandinavos topo de gama, a Windy Boats, e outra parce ria com a inovadora Quarken e os seus barcos modulares. A gama Windy Boats incluirá motores dos segmentos Pre mium e High-power, incluin do o XTO V8 de 425 hp a 200 hp, enquanto a Quarken está focada no V6 de 300 hp com a integração da tecnolo
gia Steer by Wire para equi par os seus barcos de 27 pés (8,2 metros).
A Salpa Nautica junta-se à família Yamaha
A mais recente parceria foi estabelecida com o estaleiro naval Salpa Nautica, que reforça a marca Yamaha como líder em soluções náuticas. Com esta parceria, a Yamaha Motor irá tornar-se o fornece dor privilegiado de motores fora de borda da gama Salpa
de embarcações abertas, in cluindo o emocionante novo Avantgarde 35 e os RIBs (de 42 a 18 pés e de 850 a 40 cavalos).
Uma das principais vantagens da parceria para os clientes é a integração per feita a bordo e da maior va riedade de opções, desde o equipamento totalmente personalizável até à coorde nação da conceção entre os sistemas do barco e a res tante embarcação.
A parceria também per
mite ao cliente desfrutar da melhoria da performance. Durante a fase de conceção e produção, os parceiros par tilham um grande volume de conhecimentos, como os tes tes exaustivos às hélices, que permitem melhorar a perfor mance global da embarcação final. Além disso, cada cliente poderá adaptar na perfeição a embarcação aos seus re quisitos.
Conheça a gama de pneumáticos YAM
Ideais para os dias em fa mília, as aventuras com os amigos ou mesmo compe tências simples de apoio, os pneumáticos YAM são du radouros, leves e com uma excelente manobrabilidade. Os nossos insufláveis premium possuem muitas das características que seriam de esperar de um barco de apoio de luxo, aliadas a uma engenharia de excelência e a uma construção de quali dade intransigente.
Os modelos “T” são compactos e leves, pelo que são a escolha ideal para utilizar como embarcação de apoio de iates, em que o espaço de arrumação é limitado. Os modelos “Air” contam com um convés de alta pressão para melhorar a navegabilidade, sem comprometer as dimen sões de armazenamento e o tempo de enchimento para os colocar rapidamente na água. Finalmente, a gama “S” in clui painéis inferiores ripados e interligados que conferem rigidez à embarcação, o que melhora a navegabilidade. Conta também com um con vés plano para arrumação e a tripulação.
Recentemente reformula do com cascos em alumínio, os mais recentes reforços das séries 270TAf, 310TAf e 350TAf oferecem eficiência graças a uma redução do peso, à solidez, e à durabi
lidade e rigidez. Descubra pessoalmente esta fantásti ca embarcação no expositor da Yamaha em Génova.
Capoforte & HARMO: seja o primeiro a mergulhar nesta ligação elétrica No início de 2021, a Yamaha Motor Europe anunciou uma nova parceria com a Asche nez Srl, um fabricante pre miado pelas inovações e o luxo dos seus barcos, à qual irá fornecer motores fora de borda para a série Invictus Yacht T e os barcos Capo fort, a nova marca italiana do grupo. Os modelos Invictus Yacht e Capoforte são ele gantes, sofisticados e total mente personalizáveis à me dida das necessidades e dos desejos de cada proprietário. O compromisso da Yamaha com a inovação tecnológica, a engenharia avançada e os altos padrões de performan ce fizeram da nossa marca a parceira perfeita para ofere cer inovação e fiabilidade que cada cliente extremamente exigente e seletivo exige. Apresentado e em antevi são no expositor da Yamaha Os Capoforte são elegantes, sofisticados e totalmente personalizáveis
no Salão Náutico de Génova, o primeiro modelo elétri co da Capoforte é o SQ240i, um modelo de 7,38 metros alimentado pelo motor fora de borda elétrico Yamaha HARMO Rim-Drive de 3,7
kW. Impulsionar uma embarcação desta dimensão com motores elétricos é um feito significativo e indica um ver dadeiro avanço no mercado da propulsão elétrica. O ino vador sistema de propulsão
Yamaha HARMO foi esco lhido em parte pela sua tec nologia de propulsão por aro para proporcionar uma pro pulsão elétrica muito eficien te, em comparação com uma hélice da mesma dimensão. Conta também com um sis tema de propulsão que as segura a máxima facilidade de manobra, inclusivamente em espaços apertados.
Outro fator que motivou esta escolha é o acabamento de alta qualidade dos controlos, bem como a coerência com a filosofia harmoniosa, pacífica e que melhora o con forto que caracteriza o barco.
Para este modelo elétrico, o designer Christian Grande imaginou formas concebidas especificamente para a mo torização elétrica. Explicounos: “As linhas não devem expressar velocidade, mas devem ser harmoniosas, intimamente ligadas a um tipo de navegação relaxa do e relaxante. Capoforte também conseguiu interpretar a alma do seu pro prietário, que não procura velocidade. Do ponto de vista da engenharia, foi escolhida uma estrutura e uma estratificação especí ficas adaptadas para atin-
gir a melhor performance em termos de eficiência, o que as torna adequadas para o tipo de propulsão elétrica.”
Lançada no ano passado em Génova e disponibiliza da pela primeira vez pelo construtor de barcos italiano Venmar na sua embarcação Respiro, a HARMO é um inovador sistema de controlo da direção e de unidade de propulsão elétrica integrada. O motor oferece uma expe riência de grande fluidez, tanto em água doce como em água salgada, para os clientes poderem desfrutar verdadeiramente da tranquili dade do ambiente que os ro deia. Trata-se de um pacote de tecnologia inteligente de ponta a ponta, composto por uma unidade de propulsão elétrica, uma caixa remota e um joystick para uma opera ção mais intuitiva.
A Yamaha deu as boas-vindas aos visitantes em Génova
Os mais recentes reforços à gama da Yamaha Motor Eu rope, como os motores V6 avançados, o Helm Master EX e a HARMO, são uma demonstração clara de que a Yamaha concebe, desenvol ve e constrói produtos que mexem com as emoções e aceleram corações em todo o mundo. A combinação da inovação pioneira com a ex celência de engenharia e a fiabilidade garantida assegu ra o seu lugar de líder no se tor marítimo e é testemunho da aspiração permanente da marca de que todos des frutem do tempo passado na água. Tanto a imprensa como o público juntarem-se a nós em qualquer um dos nossos expositores em Gé nova: em espaços interiores no piso térreo, Expositor BC1, Corredor B e no exte rior no expositor BA81.
Pesca ao Robalo
Cada Vez Mais Pessoas Querem o que Há Menos…
Mas aquilo que queremos são robalos, são pargos, são douradas e todos os ou tros peixes que fazem brilhar os olhos e enchem de inveja a quem espreita a nossa cai xa, ao chegarmos ao cais.
Valorizamos mais aqueles que são julgados mais mediáticos, mais apetecidos, até pelo estatuto de ordem técnica que aportam ao pes cador. Na verdade, ninguém se orgulha sobremaneira de fazer uma pescaria de bo gas, mas quando passamos a robalos, podemos sentir o peito inchado daqueles que os trazem a terra.
E todavia, as possibilida des de sucesso serão cada vez menores. A pressão de pesca, quer a lúdica quer a profissional são tremendas,
dia e noite, e os peixes têm cada vez menos condições para manter estável o nú mero de efectivos.
Em zonas mais remotas, menos visitadas, é ainda possível encontrar alguns peixes, e entre esses, alguns robalos de bom porte. Obri gam a um tipo de pesca mais específico, mais dirigido.
De tal forma a sua pes ca é diferente da pesca ao robalo pequeno, que nem sempre as pessoas estão disponíveis para sacrificar o seu tempo, a sua paciên cia, inclusive a ter despesas, para tentar a sorte a um pei xe que pode nem aparecer, ou se quisermos ser justos, quase nunca aparece.
É bem mais fácil procurar robalos de 1 kg que de 8 ou 9 kgs….
Os primeiros encontramse porque são muitos, tropeçamos neles, os segundos são cada vez mais raros e acabam por fazer valer os seus 20 anos de vida... e fazem-se merecer.
Todos comem, mas não exactamente como poderia supor-se
Os peixes mais velhos não se pescam da mesma for ma que os seus congéne res mais modestos. Porque nem sequer têm o mesmo comportamento em acção de caça, são bem mais re servados.
Tenho vindo a reparar, e com bastante frequência, que num episódio de mar muito corrente, uma corre
ria desenfreada de robalos de tamanho médio a caçar por todos os lados, a fazer levantar peixe forragem, (as famosas “passareiras”, com peixe miúdo aos saltos fora de água), aquilo que se fer ra é peixe que não excede determinado peso. Nesses momentos, seria natural que se conseguissem alguns exemplares de maior porte. Mas não, não é aí que as coisas acontecem.
Parece que todos apro veitam o momento, as gai votas, os cagarros, e os ine vitáveis alcatrazes, a fazer voos picados na direcção do desesperado cardume de miudezas, e uma imensidão de espécies de peixes que são oportunistas e aprovei tam a situação, metros mais abaixo.
Todos comem, mas não exactamente como poderia supor-se. A agitação de um ataque de robalos poderia sugerir-nos que fosse nesse spot, nesse ponto localiza do, que toda a acção tivesse lugar. E não é.
Acontece sim, mas um pouco ao lado. Os pargos e robalos grandes não seguem os mesmos instintos dos “im berbes” robalinhos de 1 ou 2 quilos. Esses, aparecem, quer pesquemos em zonas baixas com amostras ou vi nis, quer em zonas um pouco mais fundas, com jigs.
Mas se utilizarmos a mes ma técnica, a que nos dá os peixes de tamanho médio, o mais certo é que não consi gamos um bom peixe, mas sim uma multitude de peixes mais pequenos. Teremos muitas picadas que nos en tretêm, mas não aparece o grande...
Sabemos que os robalos mais jovens reagem rapidamente aos nossos artificiais, e sempre de uma forma mais franca e expedita que os “grandalhões”. Exactamente porque são novos, lançam-se desabridos sem olhar a consequências, exci tados pela presença de isca, e pela concorrência que os procura suplantar. Mordem …e depois se verá.
A saída do Tejo é local de peregrinação e passagem de robalos grandes...
Os grandes não reagem assim. Reparo muitas vezes que me aparecem manchas na sonda que se encontram isoladas, a algumas dezenas de metros do ponto quente. Normalmente encontram-se do lado para onde a corren te se dirige, o que em si já é uma pista.
Tenho vindo a explorar esta ideia, e os resultados são animadores. Encontra
mo-los em zonas onde, por comparação aos spots onde se encontram as majoas de robalinhos, parece nem te rem vida.
Normalmente acontece por termos deixado o barco des cair um pouco com a corren te, ou com o vento, e quase sempre em situações em que já nem contamos com a picada.
Essa acontece por vezes
de forma inesperada, quantas vezes já completamente fora das pedras, em zonas vizinhas afastadas algumas dezenas de metros, onde se poderia supor um vazio de peixe, até porque a carga de vida na sonda é muito me nor, ou inexistente. Pois é aí que eles se ferram.
Um detalhe que me pare ce importante e que muitas vezes é negligenciado por muitos de nós, é a “ressaca” de um ataque de golfinhos
a um cardume de carapau ou cavala. Quantas vezes já me aconteceu sentir os gol finhos a caçar junto ao meu barco, encostando os car dumes à superfície, provo cando alguns segundos ou curtos minutos de frenesim, de alvoroço, e quando tudo acaba, quando parece que já não se passa nada e tudo vai voltar à calma, eis que no fundo aparecem manchas de peixes. São pargos, são robalos, são bicas, a apro
veitar os restos daquilo que sobrou.
É comida fácil para eles, são metades de peixes cor tados pelos dentes dos cetá ceos, são peixes que ficaram atordoados com as pancadas das caudas, e caem em folha seca na direcção do fundo. Isso é comida que não se perde, porque é …fácil.
Nestes casos, lançar um jig para o fundo, é muitas vezes sinónimo de peixe grande na linha.
Acredito que os grandes exemplares apreciam a cal ma, a tranquilidade, o sos sego de um lugar onde pare ce não se passar nada, mas passa. Os grandes peixes têm uma autonomia tremen da em termos de captura de alimento.
Um robalo de 9 kgs de peso engole facilmente uma tainha com 1 kg, e isso dá-lhe para uns dias. Por que têm um poder de fogo acrescido, não precisam de
caçar em grupo, e por isso não os vemos misturados com os “jovens” que ainda estão a desenvolver as suas capacidades. E isso explica a razão de não estarem no centro da acção. Não pre cisam. Comem quando as condições de luminosidade lhes são mais favoráveis, normalmente pela caída da noite, ou ao raiar do dia. Também os momentos em que surge uma tempestade, com levantamento de vaga, ajudam a que se decidam a caçar. Ou estas passareiras, em que decididamente não querem ser os protagonistas principais. Ficam de lado, a observar, e aproveitam o que lhes chega de mão beijada.
Quando tratamos de peixes adultos Bem sei que gostariam que
eu vos desse uma receita milagrosa, algo como “os ro balos grandes picam sempre que acontece isto ou aquilo”, mas a verdade é que as vari áveis são às dezenas e não há uma fórmula exacta que provoque o efeito que todos ambicionamos: ter robalos grandes a comer à desfila da, sem qualquer cuidado, a engolirem tudo aquilo que lhes mandamos. A pesca é sempre uma questão de oportunidade, de momento, e esqueçam as possibilida des de terem os peixes dis poníveis para nós, dia e noi te, sempre de boca aberta.
São ciclos de alimentação, uns dias em períodos mais longos que outros, de poucos minutos a algumas horas, e que acontecem mediante a existência das condições ide ais para os peixes. As marés,
as correntes e os seus níveis de força influenciam decisi vamente a entrada em acção dos predadores. A um deter minado momento, é como se houvesse um click, e todos começam a comer. Os que são comidos deixam a sua postura indolente e tratam de tentar escapar, e garantir mais algumas horas de vida. Peixe grande come peixe pe queno, e a dado momento, todos correm.
Nós somos a carta fora do baralho, não contamos quando os peixes decidem comer, ou não comer. E isso custa-nos, porque somos de um egocentrismo atroz, so mos humanos e queremos que o mundo gire em torno das nossas conveniências. Bom mesmo era a pesca começar quando chegamos e acabar quando decidimos
dar à chave do barco e vir embora. Mas a natureza tem regras que não são essas, e ainda bem que assim é.
Quando tratamos de pei xes adultos, fartos desses carnavais de redes das trai neiras, de amostras, de li nhas e anzóis, a expectativa que possamos ter de os en contrar a lutar contra a cor rente forte, de os vermos a correr à superfície atrás dos peixinhos miúdos, é algo que faz pouco sentido. Eles são os grandes e esses têm regras próprias, e podem ser pescados, mas cumprin do outros parâmetros. Pode mos procurá-los em zonas com obstáculos naturais, como pontas de rocha, pe dra partida com buracos ou furnas que garantam refúgio seguro, porque para estes peixes velhos, a segurança
conta bastante. Por algum motivo chegaram a velhos...
Provocar
o click que faz o peixe interessar-se pela nossa isca Devemos iscar com algo que seja de facto atractivo: um pequeno choco, uma lula, uma cavala, um carapau. Vivos, obviamente. Algo que os faça reagir, que os des perte da sua modorra, que os anime a avançar e abrir a sua enorme boca.
Os grandes exemplares necessitam de um estímulo extra, e nós damo-lo, apresentando algo que faça parte da sua dieta habitual, no seu melhor estado: a mexer e com o handicap da prisão da linha. Os peixes sabem bem o que é uma presa limitada e interessam-se por ela.
Provocar o click que faz o
peixe interessar-se pela nos sa isca, seja uma amostra ou uma isca viva, é já de si bastante compensador. Por vezes temos picadas que não resultam, por isto ou aquilo, em capturas. Por vezes a ca vala desaparece-nos, após um esticão violento, e ficamos
a olhar para o anzol limpo.
É voltar a tentar com âni mo. E outra vez e outra.
Pode não ser suficiente, pode acontecer que mesmo assim, nada consigamos, mas pelo menos sabemos que estivemos o mais perto possível de oferecer as me
lhores condições possíveis a um peixe, que se deixou se duzir pela nossa estratégia.
Os robalos grandes são peixes muito astutos, são velhos e sabem muito, mas, ainda assim, dependem do seu alimento para viver. Eles têm de comer.
Um Berro de Água…
Introdução
1- O Guarda-Rios, (GR), um dos pioneiros dos Ami gos do Tejo suspendeu as suas férias por sentir que não podia adiar por mais tempo este seu BERRO que tem por principal desíg nio o de vir expor a essên cia da verdade sobre o tra balho em prol do Tejo que tem vindo a deixar história e vai passar a usar o plural majestático para esclarecer e informar os cidadãos por tugueses e os ribeirinhos do Tejo em particular, sobre o passado, o presente e o futuro em perspetiva da causa que abraçámos já lá vão 66 anos.
2- Após 29 anos de ter mos dado início a um movi mento informal de amizade ao Tejo, por sentirmos ser
o momento de devermos e podermos levantar mais a voz para ela chegar aos ouvidos dos patamares mais elevados, decidimos formalizar-nos por escritu ra pública no ano de 1984, com registo no SNPC, como uma associação cívi ca de defesa do ambiente e da cultura ancestral do rio Tejo, sem fins lucrati vos, denominada Associa ção dos Amigos do Tejo, adiante designada por AAT, a qual 7 anos depois foi por mérito reconhecida e declarada no Diário da Re pública como Entidade de Utilidade Pública, que por sua vez, após 28 anos da AAT ter percorrido um ca minho em prol do Tejo com paixão, imaginação, pers picácia, alguma diplomacia e até denodo, um caminho com empenho e desempe nho que conseguiu obter resultados significativos.
3- Mas nós ainda, os mi litantes da AAT, 22 anos de pois de termos já um currí culo apreciável e profícuo e de termos já realizado o 1.º Congresso do Tejo no ano de 1987 e posteriormente o 2.º Congresso do Tejo de 2006, cujas conclusões di taram que devíamos avan çar para uma Candidatura do Tejo Luso-Espanhol a Património Mundial da Hu manidade da Unesco, que intitulamos de Tagus Uni versalis, a partir de termos feito uma parceria com uma ONG de Espanha, a Tajo Sostenible, avançamos para fazer a Proclamação desta Candidatura e uma Declaração de Intenções, internacionalmente, na Expo Mundial´2008 em Sarago ça, Espanha, e passamos a prosseguir de mãos dadas para a preparação e reali zação do 2.º Encontro Lu
so-espanhol em Vila Franca de Xira, em junho de 2009, para concluirmos este ciclo, teve lugar um 3.º Encontro Luso-espanhol em Talavera de La Reina, em setembro de 2009, onde foi celebrado um protoloco de geminação entre a AAT e a Tajo Sos tenible, que deu origem à Candidatura Tagus Univer salis Ibérica
4- Mas em data anterior já a AAT tinha entretanto avançado com uma ope ração diplomática junto de entidades oficiais de Portu gal e da Espanha, ligadas ao Tejo para obtermos a creditação desta Candidatura e outros eventuais apoios futuros, das quais recebemos respostas mui to gratificantes, elogiosas e até a estimularem-nos para avançarmos com a iniciati va, ficando estas entidades a aguardar notícias da evo lução do nosso trabalho…
5- Como todo este traba lho de marketing e até insti tucional colheu frutos, para
podermos passar à fase se guinte da fundamentação e justificação técnica e cien tífica desta Candidatura, entendemos de boa-fé, ser mais aconselhável convi darmos técnicos e cientistas dos mais habilitados, come çando pelos portugueses, para podermos avançar com a segunda fase depois de termos conseguido, pas se o termo, estender uma verdadeira passadeira ver melha para os continuado res deste dossier.
6- Mas para nosso es panto, quando reunimos com estes novos colaboradores da parte científica, toda aquela passadeira vermelha que lhes estendemos foi por eles simplesmente ignorada, mas para além disso, até entenderam ser preferível voltar as costas à Espanha e passar à forma lização de uma candidatura autónoma e independente da AAT, a ATUP- Associa ção Tagus Universalis Por tuguesa, que curiosamente
entendeu passar a usar o mesmo técnico de contas, da sua exclusiva respon sabilidade, ao qual a AAT entretanto tinha resolvido retirar a sua conta por ele não cumprir os prazos.
7- Mas nós da AAT, ain da por cima ficamos mal vistos perante todas aque las entidades oficiais lusoespanholas que acredita ram na Tagus Universalis, a original, conduzida por nós, que até nos tinham lisonjearam e estimulado a prosseguirmos mas enfim.
8- Como resultado da quela atitude, os novos sapientes entenderam reduzir a importância daquela Candidatura baixando-a significativamente para um nível apenas nacional, o que lhe tirou força e ao optarem por eleger outras valências, passe o termo, apenas do Tejo português, que ao cabo de 10 anos acabou por ser chumbada pela Comissão Nacional da Unesco. Paz à sua Alma!
Caros amigos do Tejo, tanto os pioneiros como todos aqueles que se foram juntando à nossa cau sa em prol do Tejo nos primeiros 20 anos, a partir de 55, que por terem entrado já na idade, sobretu do os navegantes e seus tripulantes, não significa que não voltem a despertar para voltarmos a ir À DESCOBERTA DO TEJO. Com a particularidade de como bem sabem, nessas navegações há sempre algo de novo para se descobrir neste Rio, pelo que torna-se sempre interessante registar essas novi-
O Apelo do Tejo
1- Foi a partir de termos sen tido desde crianças, nós os genuínos pioneiros dos Ami gos do Tejo, nascidos em Alhandra, que nunca mais deixámos de pugnar pelo nosso rio permanentemente, já lá vão 66 anos, movidos por uma força anímica que vem de dentro, uma força única e persistente porque o nosso rio Tejo também é único e marca a diferença, o que nos ajudou a encetar o caminho que decidimos percorrer e que foi sendo cimentado pela nossa des medida paixão por ele, pros
seguindo com um empenho e desempenho que foi dei xando uma história, que não podia deixar de ser reco nhecida como profícua e até assertiva, que está também na origem deste BERRO DE ÁGUA incontido, como mais adiante compreenderão.
a) Foi devido a termos sentido aquele significativo e forte Apelo do Tejo que na segunda metade dos anos 50, ainda adolescen tes principiantes de despor tistas náuticos, mas com a particularidade de sermos velejadores filiados na já prestigiada Secção de Vela
dades em fotografia ou vídeo e até complementado por uma reportagem escrita, do tipo de Diário de Bordo, desafio extensível aos seus descendentes e outros amigos mais jovens, porque nós dispo mos de meios para os divulgar amplamente.
A bem da revitalização do nosso Tejo, torna-se essencial criar novas frotas amigas do Tejo, tanto de motocruzeiros como de veleiros, insistimos, para voltarmos a ir À DESCOBERTA DO TEJO.
do Alhandra Sporting Club, decidimos ir à “Descober ta do Tejo” começando por navegar no nosso barco chamado Ozanan, ligeiramente mais comprido que um Snipe, mas de boca mais aberta, velejando para montante e para jusante do rio Tejo aos fins de semana e nas férias todos os anos logo a partir do princípio de março até ao fim de outu bro, indo em busca de co nhecermos o nosso rio bem melhor do que muita gente, porque aproveitámos tam bém para nessas viagens visitarmos outras gentes da
borda d´agua e a conviver com elas, conhecendo os seus usos, costumes e mis teres, mas nunca deixámos de ter o principal objetivo de detetarmos os abusos e as malfeitorias praticados por aqueles que afinal não eram poucos, começando pelas indústrias químicas e outros, não só do estuário, cujos efluentes ainda não eram tratados nessa altura, como aliás também não o eram os efluentes urbanos de todas as localidades ri beirinhas para além de ou tros, porque ainda hoje não são poucos aqueles que continuam a não trata-los. Mas as mais responsáveis foram sem duvida as in dústrias químicas pesadas que andavam a envenenar a água do Tejo ao ponto de chegarem a aparecer à su perfície milhares de peixes mortos, mas também foram as mesmas, as responsá veis pelo desaparecimento dos simpáticos golfinhos para o mar, que até ali eram eles um símbolo da salu bridade das águas do Tejo, para além dessas indústrias terem causado também a destruição e a morte de toda aquela riqueza dos bancos de ostras, conhecidas in ternacionalmente por “Les portugaises”, que Portugal costumava exportava anu almente por elas serem as mais apreciadas em Paris e noutras capitais da Europa.
b) Mas para irmos mais longe à Descoberta do Tejo, aventurámo-nos no ano de 1962 a empreender uma viagem/aventura a partir de Alhandra em duas embar cações e sete tripulantes, 4 no Noite Azul, uma nova aquisição do GR em se gunda mão, que já estava empregado e até tinha dei xado de fumar para poupar dinheiro, e outros 3 tripu lantes no velho Ozanan, ambos só à vela, contornando cabeços de areia, mouchões e outros baixios, mas graças às nortadas de agosto lá fomos conse guindo ir à bolina rio acima até Valada, mas a partir daí passamos a navegar sem pre contra a força da cor rente descendente, e ob
viamente aos bordos, mas para o leitor poder ter uma ideia daquilo por que na realidade passámos nesta aventura, só ao cabo de 9 dias de luta permanente é que conseguimos avistar ao longe a Ponte da Cha musca… Como entretanto, devido à demora na subida do rio, esgotou-se a maior parte dos mantimentos, fo mos forçados a entrar num regime de sobrevivência, garimpando na areia um tipo de amêijoa esverdea da, mas também caracóis das margens, porque tinha sobrado algum arroz, du rante os 2 dias gastos apenas na viagem do regresso a Alhandra, com a corrente e o vento sempre a favor.
c) Este BERRO DE ÁGUA
tem para nós uma importân cia significativa para que os mais velhos não esque çam, porque nós também não nos esquecemos que muitos deles colaboraram connosco, mas não deixa de ter igualmente o objetivo de alertar os mais novos, particularmente aqueles a quem o Tejo passa à por ta diariamente, que devem procurar sentir também o Apelo do Tejo como nós sentimos, para começarem a interessar-se pelo seu Rio e a quererem conhecelo mais e melhor, passan do a desejar fruí-lo e até a senti-lo como seu, porque ninguém ama ou protege aquilo que desconhece, e a partir daqui ficarem também sensibilizados para quando,
como nos aconteceu a nós, se aperceberem que Quem de Direito deixou de fazer o suficiente e necessário para proteger, salvaguardar e até mesmo valorizar este Bem Natural extraordinário que é o Tejo, ao ponto de chegarem a ignora-lo, en quanto ele mesmo assim desprezado continua a não ser ingrato, continuando a criar alguma vida e riqueza para as suas populações, como fez em maior escala no tempo em que ele foi um rio vivo e vivido ao longo de toda a nossa história, e até mesmo ainda hoje estando ele cada vez mais debilitado, vir a poder mesmo assim ser capaz de conseguir revigorar-se se for devida mente ajudado.
À medida que fomos progre dindo com determinação e criatividade, como movimento informal de amizade ao Tejo, dada a evolução posi tiva que o nosso trabalho foi conseguindo concretizar na defesa e na salvaguardar do
nosso Rio, chegou a altura de começarmos a compre ender que não devíamos continuar a ser sozinhos a ter a seu cargo a defesa do Tejo, porque ele não deixa de ser também dos outros cida dãos, o que nos levou ime diatamente a querer passar
a partilhar tudo aquilo que tínhamos descoberto, expe rimentado e conhecido sobre o Tejo, com os outros jovens e menos jovens ribeirinhos e os seus parentes, amigos e outros conterrâneos, para que pudessem passar tam bém a conhecer o seu rio
melhor e a sentir o interesse de conviver mais com ele, para puderem passar a sentir o Apelo do Tejo, e foi a nossa própria experiência que nos indicou que a melhor manei ra de consegui-lo na prática, era levá-los a navegar no Tejo, para conhecerem-no in loco e ficarem mais atraí dos por ele, e a partir daí não descansámos enquanto não conseguimos concretizar na prática esse objetivo.
1- Por termos reconheci do que essa partilha podia ser a mais indicada para ob ter o resultado pretendido, procurando levar as gentes ribeirinhas a conhecerem melhor o seu Tejo, dirigimonos à Direção da nossa Sec ção de Vela em exercício, para fazermos-lhe o desafio dela passar a organizar com a nossa ajuda, anualmente, a partir do ano de 1966, um Cruzeiro do Tejo, que ela por fim aceitou, e esse festival náutico que era um misto de regata desportiva e de um salutar, fraterno convívio e passeio turístico também para os acompanhantes, fa miliares, amigos e não só, com a predominância de bar cos de vela e com os acom panhantes embarcados nos primeiros anos num barco cacilheiro e posteriormente em barcos típicos do Tejo das Câmaras Municipais ribeiri nhas, com ficada e pernoita numa localidade a montante, a uma distância entre 20 e 30 milhas náuticas, conso ante os anos e o estado do tempo, que nos recebia de braços abertos e num am biente de festa, alegria, cor dialidade e até fraternidade, tendo sido a primeira anfitriã destes Cruzeiros iniciais, até à revolução do 25 de Abril de 1974, a nossa querida amiga Vila da Azambuja, na sua Vala Real junto ao antigo palácio da Mala Posta ou da Rainha ou até das Obras No vas, que era antecedido por
uma sumptuosa avenida de palmeiras a montante, que o tempo ou a incúria do ho mem contribuíram para que ela tenha desaparecido com pletamente.
2- Não podemos deixar de fazer aqui uma referência a algumas peripécias ou con trariedades que, como não podia deixar de ser numa movimentação humana e de embarcações tão signi ficativa, a uma parcela da Natureza quase próxima da intacta, com a carência dos meios logísticos disponíveis de hoje, tendo duas dessas peripécias, entre outras que aconteceram, uma delas verificada quando depois do sol-posto, a nossa diva, a magnífica atriz Eunice Mu nhoz, que todos ainda recor dam com saudade, por ter vindo a bordo de um barco participante neste cruzeiro, teve que ser evacuada de emergência numa embarca ção para Azambuja, por es tar a sentir as dores de parto, e a outra peripécia que não deixava de ser uma contrariedade, foi motivada devi do àqueles eventos iniciais realizarem-se teimosamente nos fins de setembro, que coincidia com o Equinócio do Outono que inevitavelmente ocasionava umas das ma rés vivas mais altas do ano, o que impedia durante um bom par de horas o acesso por terra das refeições para a malta do cruzeiro, mais o rancho folclórico e algum povo da Azambuja que vinha também para a festa, que ficavam impedidos de pas sar porque a altura da maré transformava aquela parcela de território onde se situava o Palácio numa autêntica península, mas até acabava por ter a sua graça, porque durante toda a noite ninguém pregava o olho, havia anima ção que chegasse e até ul trapassasse alguns, mas no dia seguinte logo pela manhã
cedo, dava-se a largada de regresso a Alhandra, porque a bela caldeirada à fragateiro cozinhada pelo Manuel Go mes, não podia requentarse e depois de degustada, seguia-se o anúncio das classificações dadas pelo júri, que até por vezes era vaiado, seguida da respetiva distribuição dos prémios com os vivas da ordem a este e àquele… Viva o Cruzeiro do Tejo, Viva Alhandra, Adeus até para ano.
3- Em boa verdade este grande evento náutico che gou a ser internacional com a participação num destes cru zeiros iniciais a Azambuja, de uma frota do Real Club Náu tico de Sevilha, mas todos estes Cruzeiros do Tejo che garam também a ser o maior festival náutico de águas in teriores de Portugal durante largos anos. Mas quando em dada altura, como já era de esperar, ao começarem a surgir novos dirigentes da Secção de Vela do A.S.C., que exigiram que o Cruzei ro do Tejo deixasse de ser gerido por aquela comissão independente de sócios mais
entendidos na matéria desde o primeiro cruzeiro, para pas sar a ser gerido pela própria direção com o propósito cla ro de interesse económico, que até chegou a levantar algumas suspeitas pela mas sa associativa, o que ditou a partir daí a morte anunciada deste evento, como se usa dizer hoje: A espuma dos dias encarregou-se de, ob viamente, ir diluindo-o até à extinção deste que foi um magnífico festival náutico 4- Não obstante, o nome de Cruzeiro do Tejo, que nunca pode esquecer-se que foi ele o genuíno, o original e o inconfundível desde 1966, o que até parece ser intolerá vel é que sejam os da casa a denegrirem o bom nome do Cruzeiro do Tejo, numa das mais pálidas imagens que até desonra aquela que foi a grande Glória do passa do, quer da Secção de Vela do A.S.C., quer do próprio Alhandra Sporting Club e até da fama que a Vila de Alhan dra chegou a conquistar pe los seus participadíssimos festivais náuticos, desde o seu genuíno, original e fan
tástico Cruzeiro do Tejo e até pelas regatas e campeona tos das classes Moth e de Vaurien, com a desculpa de que o desporto da vela está em crise, mas se está, afinal a quem se deve?, quando as marinas (fluvinas) de Alhan dra e Vila Franca de Xira e até as de Lisboa, estão a abarrotar de barcos de cru zeiro de vela, mais do que es tagnados, solitários e tristes, a aguardar melhores dias, se calhar até talvez pelos donos nem saberem velejar, mas nós os pioneiros Amigos do Tejo nunca deixamos de velejar quer no Tejo quer em mar aberto, em singraduras no mar dos Algarves desde Vila Moura até ao Cabo de Sagres, Olhão, Ria de Tavira, Vila Real de Santo António e entrando depois no mar da Andaluzia Espanhola rumo a Mazagon-Huelva, Sanlu car de Barrameda, subir o rio Guadalquivir até Sevilha, voltando ao mar andaluz ru mando a Chipiona, Rota, El Puerto de Santa Maria e até Cádis, regressando a Vila Moura. As imagens ilustrati vas falam por si.
Monitorização Ambiental do Instituto Hidrográfico, Sistema MONIZEE
Os valores são em tempo real e po dem ser consul tados por qualquer pessoa
no site do Intituto Hidrográ fico. A rede de boias do sis tema integrado de monitori zação ambiental do Instituto
Hidrográfico (MONIZEE) re gistou, em julho de 2022, um aumento significativo da temperatura da superfície do
mar, coincidente com a onda de calor que se fez sentir em Portugal continental, entre os dias 7 e 14 de julho.
A partir do dia 8 de julho, as boias de Leixões, Sines e Faro registaram, de modo consistente, valores da tem peratura da superfície do mar acima da média dos últimos 20 anos, tendo Faro chegado aos 24.8°C (4.4°C acima da média), no dia 22 de julho.
A temperatura da super fície do mar registada em Faro no dia 22 de julho de 2022 ficou abaixo do má ximo histórico medido em Faro, de 26.6°C, no dia 6 de agosto de 2010.
A observação sistemáti ca, e por longos períodos, da rede de boias do sistema integrado de monitorizaçãoConsulta de dados em tempo real no site do Instituto Hidrográfico
ambiental do Instituto Hidro gráfico (MONIZEE) permite calcular a média conside rando 20 anos de dados de temperatura da superfície do mar, garantindo, assim, uma maior confiança nas análi ses e estudos efetuados.
MONIZEE, Sistema de monitorização e previsão operacional para o oceano costeiro português
O conhecimento das condi ções que se fazem sentir ao largo da costa, a cada ins tante, é de importância fun damental para a segurança das populações costeiras e comunidades náuticas, para o apoio às atividades ma rítimas e na resposta em caso de catástrofes no mar, ou para a exploração sustentável do oceano. É tam bém condição indispensável para poder prever, com rigor, a evolução futura dessas mesmas condições.
O Instituto Hidrográfico tem estado empenhado na implementação de uma ca pacidade nacional de mo nitorização do oceano cos teiro português, capaz de dar resposta às diversas necessidades. Este esfor ço permanente ganhou um novo fôlego na viragem para o século XXI, com a união das capacidades de moni torização e de previsão das condições oceanográficas ao largo. Nasceu, assim, o con ceito de sistema integrado de monitorização e previsão operacional da Zona Econó mica Exclusiva portuguesa (MONIZEE).
Tomando o pulso ao oceano português Atualmente, o Instituto Hi
drográfico mantém em ope ração, no quadro do siste ma MONIZEE, um conjunto de redes de monitorização do oceano costeiro ao lar go de Portugal Continental, designadamente redes de monitorização in-situ - que medem diversos parâmetros oceanográficos e/ou meteorológicos no local onde se situam os equipamentos de medida - e redes de monito
rização remota - que medem os parâmetros oceanográ ficos de interesse em áreas distantes do local onde se situam os equipamentos de medida.
Redes de monitorização in-situ que integram o sistema MONIZEE - Rede de boias multiparamétricas, constituída por 4 boias instaladas em águas
profundas ao largo de Lei xões, Nazaré e Faro, que monitorizam diversos parâ metros oceanográficos e me teorológicos, com observa ções que se estendem aos primeiros 200 m de profun didade. Estas boias trans mitem, com periodicidade horária, os dados colhidos para o Instituto Hidrográfico. - Rede de boias ondó grafo direcionais, constitu
ída por 3 boias instaladas na plataforma continental média ao largo de Leixões, Sines e Faro, que medem os parâ metros da agitação marítima ao largo e transmitem os da dos a cada 10 minutos.
- Rede de estações ma regráficas costeiras, que medem as variações do ní vel do mar nos principais portos nacionais (Continen te e Regiões Autónomas), mantidas pelas autoridades
regionais.
- Rede de estações meteorológicas costeiras, des-ti nada a apoiar a investigação dos processos costeiros, compreendendo 3 estações localizadas em Viana do
Castelo, Ferrel e Tavira.
Redes de monitorização remota que integram o Sistema MONI ZEE
- Rede de estações radar HF costeiras, que medem a
corrente de superfície numa área de várias dezenas de quilómetros ao largo da cos ta e cobre, atualmente, a área dos cabos da Roca e Espichel e a totalidade da costa algarvia.
O Instituto Hidrográfico tem acompanhado a evolu ção tecnológica, equipando as redes de observação com novos tipos de sistemas, pla taformas e sensores. Como exemplos, podemos refe rir os desenvolvimentos ao nível da rede maregráfica, com a instalação de senso res radar e com a automati zação das estações, o esta belecimento de estações de medição de área de corren tes costeiras com tecnologia Radar HF e a instalação de boias multiparamétricas, que permitem a medição de parâmetros da agitação marítima, meteorológicos e oceanográficos à superfície e de sub-superfície (até aos
200 m).
Estes novos sistemas trazem vantagens aos utili zadores, nomeadamente o incremento da qualidade e
da resolução temporal dos dados e do cálculo de deriva, permitindo melhorar a informação disponível aos decisores, com vantagens
na mitigação de acidentes no mar e nos meios empregues em busca e salvamen to. Em particular, as boias multiparamétricas permitem
monitorizar as influências oceânicas que afetam as águas costeiras e evidenciar a interação entre a margem continental portuguesa e as margens continentais adja centes (Espanha e Marro cos), através dos mecanis mos específicos que agem na zona de transição cos teira. A monitorização desta zona de transição é funda mental não só para o acom panhamento da evolução de acidentes de contaminação no mar, mas também para aprofundar o conhecimento da dispersão regional de espécie marinhas, nomeada mente de espécies em risco ou invasoras.
Acresce que estas boias poderão ser equipada com sensores específicos para monitorização do ruído acústi co e detecção da presença de cetáceos. Combinando estes dados com modelos numéri cos da propagação acústica no oceano, é possível realizar uma monitorização alargada da presença de comunidades marinhas importantes e dos potenciais impactos da ativi dade humana sobre essas comunidades.
Unindo os pontos de um vasto oceano
A presença de plataformas de monitorização localiza das em pontos específicos
ao largo da costa é, por si só, muito importante, mas deve ser potenciada para alargar o conhecimento das condições do mar a toda a região oceâ nica costeira.
Modelos numéricos com capacidade de assimilação de dados permitem combinar as observações colhidas pe los sistemas de monitoriza ção com outras observações disponíveis (e.g. imagens obtidas por satélite ou por meios aéreos), possibilitando a construção de uma ima gem tridimensional da situa ção atual do oceano costeiro global. Estes modelos come çaram a ser implementados no Instituto Hidrográfico em 2000. As capacidades de assimilação de dados têm vindo a ser desenvolvidas no âmbito de vários projetos europeus em que este Insti tuto tem estado envolvido.
As ações de manutenção da rede de plataformas, man tida pelo Instituto Hidrográfi co ao largo da costa, consti tuem uma oportunidade para adquirir informação adicional, nomeadamente nas áreas não cobertas. No quadro do sistema MONIZEE privilegiase a utilização e desenvolvimento de sistemas capazes de realizar medições na co luna de água com os navios a navegar (perfiladores acústicos de casco, unidades ferry-box, sistemas CTD re bocados, etc.), bem como a articulação das plataformas de monitorização com siste mas autónomos que operem ao largo da costa por perío dos alargados de tempo.
Monitorizar para melhor prever O conjunto de dados recolhi dos e transmitidos em tem po-real pelas diversas redes de monitorização do sistema MONIZEE são utilizados para melhorar as previsões da evolução futura do estado do oceano costeiro. Uma
peça fundamental nesta capacidade de previsão é o recurso a modelos com as similação de dados, dotados da possibilidade de utilizar as observações do estado presente para construir pre visões consistentes com a evolução real do oceano.
Compromisso nacional
A capacidade de monitori zação e previsão do oceano costeiro português assegura das pelo Instituto Hidrográfico, têm-se revelado essenciais no apoio a um diversificado leque de ações no mar. Fre quentemente discreta, no quadro do apoio às missões da Marinha ou na disseminação de produtos destinados aos utilizadores do mar, a impor tância vital desta capacidade emerge para a opinião públi ca durante as situações de crise no mar. Foi o caso do incidente com o navio tanque “Prestige”, em novembro de 2002, a maior catástrofe am biental que ameaçou a costa de Portugal e Espanha, em que esta capacidade foi utili
zada para planear muitas das ações de mitigação do derra me. Ou durante os eventos meteorológicos extremos que afetaram o litoral português, como os de 2013.
O sistema MONIZEE cons titui também um dos pilares da contribuição do Instituto Hidro gráfico para a implementação nacional da Diretiva-quadro da Estratégia Marinha euro peia. A monitorização perma nente das áreas oceânicas
ao largo da costa portuguesa e a capacidade de estender a informação sobre as con dições observadas à área de interesse nacional, através da utilização de modelos matemáticos com assimila
Exemplo de estação meteorológica costeira
ção de dados, são vetores essenciais na avaliação das condições ambientais atuais e no acompanhamento da evolução dessas condições em resultado das medidas de gestão implementadas.
Um esforço articulado nos planos europeu e internacional O progressivo desenvolvimento da capacidade de monitori zação em tempo-real e previ são operacional que o Instituto Hidrográfico presentemente assegura tem sido realizado recorrendo a fontes de finan ciamento diversificadas e em permanente diálogo com os principais parceiros europeus e entidades internacionais.
Os apoios no quadro de projetos do 6.º e do 7.º
Framework Program, EEA Grants 2004-2009, Horizon 2020 e INTERREG têm-se revelado fundamentais para a implementação desta ca pacidade.
O desenvolvimento das valências do sistema MONI ZEE tem sido realizado no âmbito de grandes projetos europeus, como o “Observa tório Oceânico da Margem Ibérica” (RAIA), o “Transregional Radars for environ mental aplications” (TRADE) e o “Joint European Research Infrastructure network for Co astal Observatory” (JERICO),
assegurando-se, assim, uma permanente articulação com os parceiros de referência a nível europeu.
As diversas capacidades do sistema MONIZEE contri buem para grandes progra mas internacionais, como o “Global Sea Level Observing System” (GLOSS) e o “North East Atlantic and Mediterra nean Tsunamy Early War ning System” (NEAMTWS). Num plano mais alargado, a inserção do Instituto Hidro gráfico no “European Global Ocean Observing System” (EuroGOOS) e na sua com
ponente regional, o IBIROOS – “Ireland, Biscay and Iberia Regional Ocean Obseving System”, tem assegurado que a implementação deste sistema se inscreve no es forço comum de construção de uma capacidade europeia de monitorização e previsão operacional do domínio oce ânico de interesse comum.
Passos futuros
No futuro próximo, o eixo central do desenvolvimento do sistema MONIZEE é com pletar a cobertura da margem continental portuguesa. Esse desígnio passa por instalar duas boias multiparamétricas oceânicas adicionais, uma ao largo de Setúbal e a segunda entre o Cabo de S. Vicente e o Banco de Gorringe, e por completar a cobertura nacio nal da rede de estações com tecnologia Radar HF. Em pa ralelo com este objetivo prin cipal pretende-se ampliar a capacidade de monitorização das boias multiparamétricas, estendendo as observações em tempo-real até ao fundo marinho e procedendo à arti culação entre estas platafor mas e os sistemas de obser vação autónomos (gliders e AUV).
Nautel
Nova Gama de Baterias de Lítio
Esta nova gama começa nos 20Ah e vai até 200Ah.
Com exceção da de 20Ah todas têm: BLUETOO TH BMS, para usar com a App SMART BMS para An droid.
Bateria de fosfato de ferro de lítio 12V 60Ah / 80Ah / 100Ah / 120Ah com BMS e desligamento de segurança.
Especificações gerais dos seguintes modelos: LiFePO4 12V (nominal) 60Ah / 80Ah / 100Ah / 120Ah 25 graus C Ciclo profundo de lítio.
Taxa máxima de carga
contínua = 50A / 60A / 70A / 80A.
Taxa máxima de descarga contínua = 120A / 140A / 150A / 150A.
A bateria deve ser carre gada com segurança dentro dos parâmetros das unida des.
Carga máxima V = 14,6 V, recomendada = 14,4 V, Float V = 13,8 V.
Tensão de corte 11 V /
temperatura de corte de 60 graus C.
Curva de carga estilo CC / CV.
Temperatura operacional 0Deg a 60 ° C (ajustável).
Consumo interno: Ope racional = 10mA, Inativo 0,1mA.
Podem ser colocadas em série 12V | 24V | 36V | 48V.
Nova gama de carregadores bateria a batéria de alto débito A série BBX é o culminar de anos de experiência no se tor de distribuição de ener gia e apresenta tecnologia em que a Sterling acredita firmemente que é superior a tudo o que o mercado tem a oferecer atualmente.
O BBX é um carregador de bateria bidirecional de alta potência, altamente eficien te e altamente personalizá vel, permitindo um controlo
de um sistema DC, mesmo em diferentes tensões (V). Existem 12-12V, 12-24V, 2424V e carregador 24-12V, para atender a uma ampla variedade de necessidades do cliente - e sua capacida de bidirecional significa que podemos mover a potên cia perfeitamente regulada, sempre que necessário.
Novo inversor de 48vdc, onda sinusoidal pura
Os inversores “Pure Sine”
destinam-se a replicar per feitamente a Corrente Al terna conforme se obtém da rede elétrica, garantindo que todos os seus aparelhos de 230 V possam funcionar como normalmente.
Estes inversores de 48V complementam a gama que
a Sterling já tem a 12 e 24VDC, sendo que cada vez há mais grupos de baterias e aplicações a estarem a 48VDC.
2000W: 325 × 252 × 101 mm. 5,5Kg
4000W: 535 × 252 × 101 mm. 8,5Kg
Autocarro Caetano a Hidrogénio Validado Pelo ISQ
ACaetanoBus, fabri cante de chassis e carroçarias em Portugal, recorreu ao LEE — Laboratório de Ensaios Especiais do ISQ (em Caste lo Branco) para a realização de testes e validação técni
ca do veículo H2.City Gold. Trata-se do novo autocarro Caetano elétrico a hidrogé nio que contribui para uma sociedade descarbonizada, sem comprometer os requi sitos operacionais. Recorrendo a câmaras
climáticas de grandes di mensões, e para determinar o funcionamento efetivo do equipamento nas condições mais desfavoráveis, o LEE avaliou durante vários dias as temperaturas exteriores às quais o veículo pode es
tar sujeito, entre -25 °C e 45 °C. Foi ainda solicitada a implementação de sistemas de carga térmica no interior dos veículos e monitoriza ção de mais de 80 pontos de temperatura.
A nova energia limpa Considerado o novo com bustível, o hidrogénio é um elemento que o engenho humano há muito vem adap tando às suas necessida des, utilizando-o de muitas formas. Apresenta-se ago ra como transportador de energia fiável e sustentável, como por exemplo a eletri cidade. Apresenta desafios, mas conta também com vá rias metodologias de respos ta já utilizadas em diversas
aplicações e em diferentes indústrias.
É o elemento mais abun dante do Universo e lem bramo-nos de o encontrar no topo da tabela periódica. Das aulas de química, re cordamos que, por ter só um eletrão, junta-se com facili dade aos outros elementos. Ficámos também a saber que não é possível encontrálo isolado no nosso planeta, não sendo, portanto, uma fonte primária, mas sim um transportador de energia tal como a eletricidade, o que exige consumo de energia para o obter isolado. Tratase do hidrogénio, que é um gás muito leve à temperatu ra e pressão normal e que tem o menor conteúdo em energia por volume mas o maior conteúdo em energia por peso, comparado com os combustíveis mais co muns.
Até há pouco tempo, na sua forma combinada com carbono, permitiu que houves se “desenvolvimento”, ainda que à custa da transferência de quantidades maciças de hidrocarbonetos do subsolo, transformados em dióxido de carbono que foi parar à atmos fera.
Recentemente, o cenário mudou. Surgiu uma nova for ma, considerada revolucio nária por alguns, de utilizar o enorme potencial energético do hidrogénio, desta vez sem estar associado ao carbono.
Esse potencial permite dar resposta às necessidades básicas da humanidade, pro duzir calor ou, aproveitando a energia resultante da sepa ração do eletrão na molécula do hidrogénio, utilizar como eletricidade para os fins de mobilidade, aquecimento, mas também para a nova necessidade humana de co nectividade, entre outras.
Trata-se de uma forma de utilização que coloca de safios bem definidos, mas perfeitamente ao alcance do conhecimento técnico e das diversas ferramentas de que atualmente dispomos.
Formas de utilização do hidrogénio
A queima do hidrogénio é um processo bem conhe cido, também por libertar principalmente vapor de água e não libertar dióxido de carbono. Contudo, devido à elevada velocidade da fren te de chama na queima de hidrogénio no ar (300 cm/s para 30 cm/s para o meta no), atingem-se temperatu ras mais altas que favore cem o aparecimento local de óxidos de azoto (NOx). Existem formas em desen volvimento de minorar este aparecimento do NOx. Tam bém são já bem conhecidas as condições de segurança para realizar a combustão do hidrogénio. Isto porque este elemento tem um inter
valo alargado de inflamabili dade quando misturado com ar (vai dos 4% aos 75% de mistura com o ar), ou seja, é muito fácil existir uma com bustão, uma vez que, numa mistura com um intervalo de inflamabilidade como o do hidrogénio, a quantidade de energia necessária para este processo é reduzida.
Outra forma bem conheci da de utilização do hidrogé nio é para obtenção de amo níaco, neste caso unindo o hidrogénio ao azoto (o ar que respiramos é composto por cerca de 79% de azoto). Este é utilizado atualmen te em muitas indústrias: na farmacêutica, na agricultura como fertilizante, como flui
do refrigerante em refrigera ção industrial, no fabrico da pasta do papel substituindo o cálcio, nos processos de obtenção de semiconduto res, entre outras.
O hidrogénio é ainda mui to importante na redução da quantidade de enxofre du rante a refinação do petróleo para obtenção dos combus
tíveis de origem fóssil que ainda utilizamos.
Percebe-se, assim, que o hidrogénio é um elemento que o engenho humano foi adaptando às suas neces sidades, usando-o de mui tas e variadas formas, mas sempre associado a ou tros elementos. Daí que os principais desafios técnicos colocados a esta nova utili zação do hidrogénio como combustível sejam desafios para os quais existem já diversas metodologias, ex perimentadas em diferentes indústrias e aplicações. No entanto, será necessário ge rir bem esta mudança.
Engenharia
ao serviço da nova utilização do hidrogénio
As formas de utilização do hidrogénio no futuro próxi mo recorrerão a tecnologia conhecida, pelo que irão ser necessárias adaptações, mu danças e avaliações quanto à sua sustentabilidade a mé dio prazo.
O ISQ participou já em
projetos de investigação para a utilização do hidrogénio, como o projeto Naturalhy e o projeto SyM. Além disso, o
ISQ integra o laboratório co laborativo para o hidrogénio verde (HyLAB), em que participam os principais players
nacionais neste tema. Tem também experiência na rea lização de diversos serviços de inspeção e de engenharia
com vista à avaliação da in tegridade nos equipamentos que utilizam, armazenam e transportam hidrogénio ou os seus compostos mais co muns antes referidos em am biente industrial.
Para contribuir para as soluções que será neces sário colocar ao dispor dos operadores e utilizadores em condições adequadas e se guras, promovendo e explo rando as sinergias existen tes ou a desenvolver pelas diferentes entidades, o ISQ dispõe de competências e conhecimento adquiridos ao longo dos anos no apoio aos diversos players na indústria da energia. Estes passam pelo know-how em matéria de sustentabilidade, mate riais e fiabilidade, sensoriza ção e algoritmos, tratamento de dados, metodologias de garantia de qualidade para a enorme quantidade de da dos que os novos sistemas irão gerar e que terão de serPosto de abastecimento de hidrogénio
analisados.
O ISQ dispõe também de competências em avaliação de risco e segurança, forma ção e qualificação, garantia e controlo de qualidade, supor te regulamentar e aos licen ciamentos, entre outras áreas técnicas de engenharia, como a aplicação de metodologias de fiabilidade (por exemplo, a gestão da mudança), que permitem maximizar a dispo nibilidade das instalações e dos sistemas na abordagem às alterações necessárias que terão de ocorrer nas mais di versas instalações.
É claro que a utilização em larga escala e para varia das aplicações do hidrogénio exige que sejam testadas e experimentadas todas as no vas condições em que este vai ser usado. Será também necessário antecipar todas as situações mais perigosas que possam surgir, prevenin do-as, e desenvolver soluções para mitigar os efeitos e as potenciais consequências da sua operação e utilização.
Será um campo de aplicação por excelência das metodo logias de melhoria contínua e de gestão da mudança, de forma que se defina inequi vocamente as condições ri gorosas que a mudança terá de respeitar, para que todo o processo decorra com nor malidade, segurança e com o envolvimento de todos os intervenientes e de todas as partes interessadas.
Esforço à escala global Existe um grande esforço internacional na Europa, na América do Norte e na Oceânia para aproveitar os conhecimentos sobre mate riais e processos operacio nais adquiridos ao longo das últimas décadas e desen volvê-los, estendendo-os às aplicações do hidrogénio no curto e médio prazo. É um esforço que se pretende rá pido e para o qual se junta o domínio de diversos espe cialistas de todo o mundo. Em Portugal, conta-se com
a participação do ISQ, atra vés da Comissão Técnica do IPQ n.º 203 — “Gás natural, biometano, hidrogénio, ou tros gases de origem reno vável e suas misturas”, cujo âmbito é a qualidade do gás natural, as suas misturas com os gases renováveis e as tecnologias associadas, para a gestão da integridade e segurança nas diferentes infraestruturas, tendo como objetivo a adaptação às al terações climáticas”.
Na Europa, existem diver sos grupos de trabalho que interessa acompanhar, pois reúnem muito conhecimento e determinarão alguns dos principais requisitos para as infraestruturas do hidrogé nio. Destacam-se o “CEN/ CLC/JTC 6 — Hydrogen in energy systems” e o “CEN/ TC 234 — Gas infrastrtuctu re”, embora haja outros que, de forma mais discreta, vão adicionando conhecimento e experiência sobre a utiliza ção do hidrogénio nas infra estruturas existentes.
É possível que o principal desafio seja orientar e con gregar todo o conhecimento existente para que seja dis ponibilizado à comunidade e utilizado exaustivamente para rapidamente podermos utilizar o hidrogénio e me lhorar o ambiente na nossa casa comum.
Avaliação da mistura de hidrogénio e gás natural na rede europeia A possibilidade de transpor tar uma mistura de hidrogé nio com gás natural através da própria rede de gás na tural foi posta em prática, assumindo-se desde logo como um projeto pioneiro em Portugal e na Europa. Esta é uma forma de disponibilizar aos consumidores europeus um combustível competitivo que, a longo prazo, irá ga rantir uma menor dependência dos países da Europa em relação ao petróleo e ao gás natural.
O ISQ participou no projeto NATURALHY, que investigou os efeitos da introdução de misturas de hidrogénio com gás natural para transpor te na rede europeia de gás natural. Este programa teve especial incidência nas com ponentes de avaliação de materiais, metodologias de
inspeção, de análise de ris co na sua utilização, de ava liação do ciclo de vida e da adequação das instalações existentes à introdução de misturas de gás natural com hidrogénio. Tendo decorrido entre 2004 e 2009, contou com 39 entidades, importan tes operadores energéticos
(Gasunie, Gaz de France, Total) e diversos parceiros tecnológicos europeus.
A importância de armazenar hidrogénio
A capacidade de armazenar energia é um fator da maior relevância para a sustentabili
dade de um sistema energéti co, tornando-o mais eficiente. Só desta forma conseguimos anular a intermitência e a im previsibilidade das fontes de energia renovável. Podere mos dizer que está ao mes mo nível de importância da própria geração.
Existem, neste momento, várias tecnologias para o exe cutar (ver gráfico, Joakim An dersson / Stefan Grönkvist). Este armazenamento pode ser feito pela liquefação do hi drogénio, pelo arrefecimento, pela compressão, adsorção ou armazenagem química (hidretos). Além disso, o hidro génio pode ser armazenado por longos períodos, existindo assim a possibilidade de termos grandes quantidades de energia disponíveis nas fases de maior necessidade.
A investigação em tecnolo gias menos comuns (adsor ção e hidretos) é de grande importância para o sucesso na utilização das renováveis e para se poder atingir os ob jetivos “verdes” pretendidos.
Electricidade para 300 Casas da Energia das Ondas
Asueca Corpower, juntamente com a Maersk e a Die seko, instalaram em águas
portuguesas a primeira ân cora que fará parte do proje to de demonstração de ener gia das ondas HiWave 5.
A âncora foi submersa a 4 quilómetros da Aguçadora, na região Norte de Portugal, sendo um dos componentes
do projeto HiWave 5, e ser vindo para fixar os conver sores de energia das ondas que a Corpower irá testar.
De acordo com a Corpo wer, a solução técnica en contrada, com esta âncora, permite reduções significati vas de custos e uma menor pegada ambiental em com paração com as colunas de fixação usadas em alguns projetos para produzir ener gia no mar.
O equipamento que fun cionará como âncora pesa 43 toneladas, tem 1,6 me tros de diâmetro e 24 metros de comprimento. Uma co luna de fixação convencio nal pesaria 153 toneladas, segundo o comunicado da Corpower.
Esta âncora irá fixar a pri meira de quatro unidades de produção de energia das ondas previstas no projeto HiWave 5.
Cada uma destas quatro unidades terá uma potência de 300 kW, o que dará ao parque de energia das on das uma capacidade total de 1,2 megawatts (MW). A título de comparação, o primeiro parque eólico português no mar, o Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo,
tem uma capacidade insta lada de 25 MW, repartidos por três aerogeradores.
Este projeto de demons tração de energia das ondas implica um investimento de 16 milhões de euros, que conta com financiamento da Agência de Energia da Sué cia e de fundos do programa Portugal 2020.
A CorPower Ocean apon ta para novembro a inje ção na rede elétrica de 300 quilowatts (kW) de energia
das ondas, suficiente para abastecer 300 casas, com início de funcionamento do primeiro de quatro conver sores produzidos em Viana do Castelo.
Com sede na Suécia, a Corpower tem também es critórios em Portugal, na No ruega e na Escócia.
Miguel Silva, o director da Corpower em Portugal, adiantou que “o primeiro conversor de energia das
ondas, com o formato de uma boia, com nove metros de diâmetro, vai ser colocado dentro da água, em meados de novembro, a cerca de seis quilómetros de terra, na Praia da Aguçadoura, na Póvoa de Varzim”
Segundo o responsável, “já se encontra instalada no local a âncora que vai fixar o dispositivo e o cabo submarino elétrico que transportará a energia, desde o ponto da produ ção, até a uma subestação situada na Praia de Barranha, na Aguçadoura. Nesta fase, estamos a colocar esse dispositivo desta geração também para aprendermos um pouco com os dados que vamos reco lhendo ao longo do tempo. Se virmos que é necessário continuar com ciclos de aprendizagem, de recolha de dados ou mesmo há a possibilidade de estender o prazo do título privativo de utilização do espaço marítimo, que termina em 2030”, especificou.
Portugal Pretende Acordo para Gestão de Stocks Pesqueiros Entre União Europeia, Reino Unido e Noruega
No Conselho Agricultura e Pescas da União, que decorreu em Bruxelas, foram discutidas as orientações para a fixação das possibilidades de pesca para stocks partilhados com Reino Unido, Noruega e Estados Costeiros para 2023.
meixão encontra-se proibida desde o ano 2000.
A produção e logística agrícola na Ucrânia e liga ções à União Europeia, foi outro dos temas da reunião, onde esteve presente o Mi nistro da Agricultura da Ucrâ nia Mykola Solskyi. Portugal salientou a necessidade de solidariedade e pragmatis mo no momento crítico que vivemos.
Portugal defendeu que estas consultas anu ais deverão ser con cluídas até ao Conselho de dezembro, de forma a provi denciar estabilidade ao setor pesqueiro da União. Consi derou, assim, que a Comissão deverá envidar todos os esforços necessários para obter acordos positivos e
equilibrados para os pesca dores europeus em 2023.
Naquelas que são as prioridades nacionais, Portugal acompanhará de perto as consultas bilaterais entre a União Europeia e o Rei no Unido, especificamente quanto às espécies de pro fundidade, que são da maior importância para as Regiões
Foi ainda discutido o es tado do stock da enguia europeia, tendo os Estados Membros, incluindo Portu gal, têm sido unânimes na necessidade de implemen tar medidas adicionais a nível europeu, para proteger este stock. Refira-se que, em Portugal, a captura de
Relativamente à situação de mercado, Portugal desta cou que as decisões de pro dução no território nacional estão a ser comprometidas pelos custos e disponibilida de de fatores de produção e pelas condições climáticas, caracterizadas por uma seca prolongada, associadas ain da à incerteza quanto ao preço no momento da co lheita, com consequências negativas na viabilidade e o investimento nas explorações agrícolas.
Portugal salientou tam bém a responsabilidade da União Europeia para com a cooperação humanitária, nomeadamente para com países em desenvolvimento, em particular em África, com maiores carências de abas tecimento, destacando ainda a manutenção dos elevados preços do petróleo e do gás, com impacto no aumento do preço dos fertilizantes e, por conseguinte, no preço dos alimentos, aumenta a pres são na segurança alimentar, sobretudo nas economias mais frágeis.
Portugal Alcança Quarto Lugar
Portugal alcançou um honroso quarto lugar no Mundial de Surf da ISA que terminou em 24 de Setembro em Huntington Beach, com Guilherme Fonseca a alcançar também a medalha de cobre para o quarto melhor surfista masculino da competição.
Teresa Bonvalot foi sexta classificada e Yolanda Hopkins 7ª, com a carreira de Teresa neste Mundial a ser abrupta mente interrompida por uma lesão, mais especificamen te uma luxação num joelho. Lesão felizmente pouco gra ve, mas dolorosa, e que a impossibilitou de participar na final de qualificação. Si
tuação que, conjugada com a eliminação de Yolanda Ho pkins na penúltima ronda de repescagens, colocou ponto final nas aspirações nacio nais de vencer a competi ção feminina por equipas e, assim, conquistar a primeira vaga olímpica para Portu gal.
Guilherme Fonseca con gratulou-se com a medalha
de cobre do quarto lugar, confessando que veio em boa altura na sua carrei ra: “Fui para a Indonésia durante dois meses para treinar e optei por não competir nos QS [Circuito de Qualificação da WSL].
Cheguei a este Mundial com bastante ritmo, mas não estava a ter bons re sultados. Felizmente, as
coisas foram mudando e fui acreditando cada vez mais. Não fiz a final que queria, mas preparei-me muito durante o ano longe das câmaras e fui mui to criticado por quem não via o meu trabalho. Mas o Desporto é assim e eu vou continuar a ser eu mesmo, a trabalhar para repre sentar Portugal. Tenho 25
anos e muito para dar.” Teresa Bonvalot, afirmou, abalada pela lesão que a impediu de dar o contributo à equipa: “Depois de ava
liada pela equipa médica, chegámos à conclusão que, aparentemente, não é uma lesão grave. Mesmo assim, decidimos em con
junto que a decisão mais acertada era não competir, pois existia a possibilidade de agravamento da lesão. Assim sendo, com
muita pena e frustração, abandono a competição do ISA com o foco de me preparar para as competi ções futuras.”
Por seu turno, Yolanda Hopkins lamentou: “Acho que tive uma boa performance, globalmente. No meu último heat sinto que podia ter dado um pouco mais de mim e isso cus
tou-me a passagem para a final das repescagens.
Fiquei triste porque quero sempre ganhar, individual mente, mas também pela equipa.”
Finalmente, João Aranha,
presidente da FPS e líder da comitiva fez o balanço final: “Foi um campeonato muito duro mas a Seleção esteve ao mais alto nível e mostrou uma entrega extraordinária. Infelizmente, tive
mos a lesão da Teresa que a afetou muito e à Seleção. O quarto lugar soube-nos a pouco, mas para o ano há mais, no Mundial ISA de El Salvador, onde vão ser discutidas as vagas olímpicas regionais [para os melhores surfistas de cada continente] e voltaremos ainda mais fortes. Isto não acabou aqui.”
Na classificação final do Mundial, os EUA foram os campeões, seguidos de Austrália e França. Portugal fe chou o pódio com o quarto lugar e a medalha de cobre.
A Seleção Nacional
Frederico Morais (CRC Quinta dos Lombos )
Guilherme Ribeiro (ASCC)
Guilherme Fonseca (Ass. Sealand)
Teresa Bonvalot (Sporting)
Yolanda Hopkins (CN Por timão)
Francisca Veselko (CRC Quinta dos Lombos)
Tomás Freitas Sagra-se Vice-Campeão do Mundo Júnior
Oatleta de para sur fing do Surf Clube de Viana (SCV) estreou-se em grande numa competição mundial. Mesmo com condições de mar difí ceis e sendo o único compe tidor com deficiência, sagrouse vice-campeão do mundo na categoria Júnior nos Kne eboard Surfing World Titles.
“Estou muito feliz! Atingi todos os meus objetivos: divertir-me, conhecer no vas pessoas e ter um bom resultado em juniores”, re fere o Tomás, acrescentan do “este campeonato foi a minha grande motivação para treinar todos os dias este verão”
O jovem atleta do SCV e elemento da sua equipa de para surfing tem 17 anos eTomás Freitas
espinha bífida. Em 2019, estreou-se na modalidade. Tudo começou com o pro grama “Náutica para Todos”, promovido pela Câmara Mu nicipal de Viana do Castelo e pela APPACDM − Associação Portuguesa de Pais e Ami gos do Cidadão Deficiente Mental de Viana do Castelo, em parceria com os clubes náuticos locais. O “Náutica para Todos” pretende promo ver a prática dos desportos náuticos junto da população portadora de deficiência.
Para João Aranha, presi dente da Federação Portuguesa de Surf, “o resultado conseguido pelos nossos atletas foi muito bom e a qualidade de surf do Tomás valeu um resultado histórico para Portugal.”
Considera também que o feito do Tomás frente a atle tas sem deficiência “poderá motivar mais jovens a pra ticarem para surfing”
É com emoção que Tomás
Freitas recorda também a sua participação na catego ria Open Men nesta edição Costa Nova Kneeboard Sur fing World Titles. “A minha entrada num mar agreste de três metros, valeu-me
uma grande ovação e mui tos aplausos”
Agradece todo o apoio que tem tido do SCV, dos seus treinadores, Tiago Prie to e Marco Areias, da sua equipa e da sua família, so
bretudo do seu pai. Agradece também a Pedro Velhinho, presidente da Associação de Surf de Aveiro, o convite para participar no Mundial de Kne eboard, que se realizou pela primeira vez em Portugal.
Americanos Dominam Mundial M32 em Cascais
O“Convexity” ven ceu o Campeo nato do Mundo de M32 que terminou no dia 9 de outubro em Cascais e conquista o terceiro título mundial consecutivo, num Pódio inteiramente ameri cano, separado por apenas 4 pontos.
O Campeonato do Mun do de M32 terminou num final emocionante, com o pódio inteiro a ser decidido apenas na última etapa da última regata.
“Convexity”, com Don Wil son ao leme, conseguiu de fender mais uma vez o seu título mundial, tendo agora vencido 3 consecutivos. Em bora tenham chegado a este campeonato como a equipa a vencer, o título esteve lon ge de ser fácil de conquistar.
Onze equipas vieram de todo o mundo a Cascais, para 19 regatas em condições que variaram de 10 a +25 nós de intensidade de vento, e de águas calmas ao swell Atlân tico. Do início ao fim, foi uma luta incrível pelo título, não ha vendo nunca mais de 7 pon tos a separar as três primeiras equipas todos os dias.
No final dos quatro dias de competição, Convexity conquistou a vitória com 79 pontos, após vencer 5 das regatas disputadas. Os ame ricanos tiveram alguns altos e baixos e chegaram a ocupar o 5º lugar no final do segundo dia, mas conseguiram manter o foco, acabando por alcan çar o ouro.
Em segundo lugar, com 80 pontos, ficaram os também americanos Extreme2, que
apesar de ser o melhor barco hoje na água, viu o título es capar por apenas um ponto.
Em terceiro lugar, com 83 pontos, terminou o Midtown, que teve a maior reviravolta da frota depois de se encon trar em apenas 6º lugar após o primeiro dia.
Apesar de não ter havido velejadores portugueses em
competição, houve quatro no papel de treinadores, a dar apoio técnico às equi pas: Bernardo Freitas e Francisco Andrade, diplo mas olímpicos em Londres 2012, estiveram, respetiva mente, com as equipas Gra vedigger e Convexity, Gon çalo Ribeiro com Catapult e Paulo Manso com Pursuit.
Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com
Paginação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt
Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia
Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00