Criação da Hub4Food
Criada a ‘Hub4Food’ Plataforma de Inovação para Tornar mais Competitiva a Indústria Alimentar na Região do Atlântico, em parceria com o MAREPolitécnico de Leiria.
Criado por alunos do Politécnico de Leiria, já temos o pão do mar, um papo-seco feito com farinha de bivalves
e sem sal, gelado artesanal de algas e kefir, paté de lapa com medronho, azeite para saladas aromatizado com algas, almôndegas de cava-
la Hambúrgueres de salmão, cavala, tintureira e pescada Agora, num Projeto com a parceria do MARE - Politécnico de Leiria preten-
de impulsionar a inovação, tornar a indústria alimentar na região do Atlântico mais competitiva e garantir a sua sustentabilidade a longo prazo. Este é o propósito do ‘Hub4Food – Hub de Inovação Alimentar do Atlântico’, um projeto europeu promovido em parceria com o MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria, que visa a criação de um hub de inovação, onde grupos agrícolas, alimentares e de investigação trabalhem em conjunto para melhorar as ligações e as capacidades da indústria alimentar, especialmente no fabrico de novos e melhores produtos alimentares, com destaque para os produtos do mar.
O projeto arrancou oficialmente no mês de janeiro e objetiva não só a criação de Pão do mar
um programa orientado pelas necessidades do mercado, que irá testar e aprovar novas tecnologias na indústria alimentar, assim como a disponibilização de serviços de apoio às empresas do setor alimentar, ajudandoas a ultrapassar desafios e a satisfazer as suas necessidades.
O ‘Hub4Food’ pretende incluir todos os envolvidos no processo – investigadores, decisores políticos e público – para garantir que a sua abordagem é abrangente. Numa primeira fase do projeto serão identificadas algumas das principais necessidades e oportunidades e estabelecidas colaborações com PME sob a forma de projetos-piloto de I&I (Investigação e Inovação), estando o MARE - Politécnico de Leiria envolvido na sua seleção.
Uma das etapas seguintes é o desenvolvimento de um roteiro tecnológico que indique o potencial de inovação e de crescimento da indústria alimentar no espaço Atlântico, servindo de base de dados das organizações nessa área.
A decorrer até final de 2026,
o ‘Hub4Food’ representa um investimento de 3,08 milhões de euros, contando com um financiamento de 2,31 milhões de euros de fundos europeus.
O projeto é liderado pela Asociación Cluster Alimentario de Galícia (Espanha) e, além do MARE – Politécnico de Leiria, tem como parceiros: Asociación Nacional de Fabricantes de Conservas de Pescados y Mariscos –Centro Técnico Nacional de
O projeto pretende impulsionar a inovação e tornar a indústria alimentar na região do Atlântico mais competitiva
Conservación de Productos de la Pesca (Espanha); EIT Food Basque S.L. (Espanha); InovCluster – Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (Portugal); Associação Centro Apoio Tecnológico Agro Alimentar (Portugal); Valorial (França); Laboratoire d’Essais des Matériels et Produits Alimentaires (França);
BIA INNOVATOR CAMPUS CLG (Irlanda); PRAXENS (França); Teagasc – Agriculture and Food Development Authority (Irlanda).
Para informação adicional, por favor, contacte:
Cristiana Alves (cristiana.alves@on-it.pt | 917 868 534) On-It! Comunicação
Alimentos criados por alunos do Politécnico de Leiria
Vários produtos saídos do laboratório do Politécnico de Leiria já ganharam alguns prémios e podem ser encontrados à venda em espaços comerciais seleccionados.
Vamos conhecê-los melhor.
Pão do Mar
Em vez do tradicional pão de trigo ou centeio, lhe pusessem à mesa um papo seco feito com farinha de bivalves e sem sal? O Pão do Mar, criado por alunos do Politécnico de Leiria (em parceria com o grupo Calé, Lda) já é uma marca registada e faz parte de um novo conjunto de produtos gastronómicos originais, que tem como base o mar. Destaca-se por ter baixo teor de gordura, não ter qualquer adição de sal e, adicionalmente, ser uma fonte de ácidos gordos ómega 3.
Pão d’Algas
“O pão sem sal que não é insonso” garante o Grupo de Investigação em Recursos Marinhos (GIRM-IPLeiria), que criou este pão em parceria com a empresa ALGAplus, para o Grupo Calé. Como o Pão do Mar, o
Pão d’Algas é uma marca registada e assume-se como uma alternativa mais saudável ao pão tradicional, uma vez que, a fazer as ve-
zes do sal, estão algas marinhas. Assim, este é um produto “nutricionalmente mais sau-dável, podendo ser um aliado em regimes restriti-
vos deste condimento/mineral”, diz o GIRM.
Gin Nautilus
“Destilado” pelo Marine and Environmental Sciences Cen-
tre (MARE-IPLeiria), também em parceria com a ALGAplus, para a Oficina dos Espíritos, este gin é apresentado como «distinto e soberbo». Feito com tripla destilação, obtido
a partir de produtos naturais, este gin é aromatizado com algas marinhas.
Gelado artesanal de algas e kefir
Desenvolvido pelo Grupo de Investigação em Recursos Marinhos (GIRM-IPLeiria) para a Geladaria Emanha, é caracterizado como “único, inovador e saudável”. Adequado para quem é intolerante à lactose, este gelado nasceu a partir de um projecto de investigação desenvolvido no âmbito de financiamento promovido pelo
QREN/IAPMEI/MaisCentro (Vale Inovação).
Azeite para saladas aromatizado com algas
Este projecto deu origem a dois novos produtos de tempero alimentar à base de azeite virgem extra: azeite virgem extra com adição de manjericão, limão e macroalga Undaria pinnatifida, e azeite virgem extra com adição de gengibre, funcho e macroalga Chondrus crispus. “As ervas aromáticas encontram-se nas paisa-
gens da região Oeste, sendo que a adição de macroalgas teve como objetivo a maximização das propriedades antioxidantes e nutritivas do azeite”, sublinha o Marine and Environmental Sciences Centre (MAREIPLeiria), grupo responsável pelo desenvolvimento deste produto.
Hambúrgueres de salmão, cavala, tintureira e pescada
O GIRM-IPLeiria criou estes hambúrgueres de subprodutos, partes subvalorizadas de pescado e espécies subvalorizadas para a empresa de congelados Nigel.
Segundo o grupo de investigação e desenvolvimento do IPL, este produto tem
“vantagens claras em termos nutricionais, em comparação com o tradicional hambúrguer de carne de vaca”, devido a ser uma “excelente fonte de proteínas de alto valor biológico, vitaminas e minerais”
A baixa concentração de gorduras saturadas e a elevada concentração de gorduras polinsaturadas (como o ómega 3) faz com que seja um alimento capaz de fazer baixar os níveis de colesterol plasmático, prevenir o aparecimento de doenças cardiovasculares e ajudar a baixar a pressão sanguínea.
O Semi-rígido 3D Tender XPRO 535 é um Campeão de Polivalência
semi-rígido 3D Tender XPRO 535, com 5,35 metros de comprimento, com o casco em V profundo, está equipado para ser muito polivalente, muito seguro a navegar no mar.
Distribuído em exclusivo para Portugal e Espanha pela Grow Iberia, o semi-rígido 3D Tender XPRO 535, com 5,35 metros de comprimento, com o casco em V profundo, está equipado para ser muito polivalente, muito seguro a navegar no mar e servir bem os pescadores submarinos, o mergulho, a pesca à linha e os passeis com a família e os amigos.
A gama XPRO é uma gama de prestígio da marca Francesa 3D Tender, composta por quatro modelos dos 4,45 metros aos 5,89 metros de comprimento, XPRO 445, XPRO Barco adequado para a pesca lúdica submarina e a linha
3D Tender XPRO 535
490, XPRO 535 e XPRO 589. Com o casco em V profundo são barcos muito rápidos, estáveis e manobráveis. Devido à suas dimensões,
os XPRO 535 são as ideais para navegarem no mar com comodidade e segurança para ir à pesca nos pesqueiros do litoral, pois pertencem
Amplo à proa com um assento
à Categoria C da CE. Estas embarcações têm o tamanho adequado para a pesca submarina nas pequenas enseadas e fazerem passeios em família até às praias. Pelas suas características e equipamento, estes barcos oferecem a melhor relação qua-
É um barco muito seguro a navegar no mar
Assento encosto para a condução de pé
lidade/preço no mercado. A 3D Tender fabrica os semi-rígidos com cascos em fibra de vidro e cascos de alumínio.
Quanto aos tubos, são fabricados em tecido PVC Valmex. É um tecido de qualidade fabricado na Alemanha pela marca Mehler.
Os tubos podem ser também fabricados num tecido Hypalon Orca que é um tecido de qualidade que resiste a temperaturas extremas, aconselhado para as zonas tropicais.
Os semi-rígidos para ficarem mais compactos, têm os tubos completamente colados por fora ao casco e por dentro à coberta.
A gama XPRO é uma gama completamente modular e adaptável de acordo com os desejos e a necessidade do cliente. O assento do piloto, a consola e os acessórios são colocados onde ele quiser.
XPRO 535
O XPRO 535 caracteriza-se por ter uma ampla consola de comando central XPRO e uma excelente distribuição dos espaços e circulação, permitindo o acesso fácil para o poço.
Os tubos têm as pegas laterais bem fixadas para a entrada dos pescadores submarinos no poço ou à frente.
A consola de comando
tem um alto para-brisas, um assento à frente e um compartimento com grande espaço para arrumação. O piloto tem o assento reforçado Xpro para a condução de pé com caixa de armazenamento estanque.
Á proa o XPRO 535 tem um porão para o ferro e espaço para guardar palamenta. Junto e em cima tem um cabeçote com a roldana de proa.
Como acessórios standard o XPRO 535 tem também plataforma antiderrapante, faixa dupla, arco de proteção do banco, cobertura integral de inverno, pegas duplas, bomba de enchimento, remos e Kit de peças
Quanto a acessórios opcionais o XPRO dispõe de diversos bancos e assentos para facilitar e dar maior conforto à atividade do cliente.
Distribuição
A Grow Iberia é o distribuidor oficial da 3D Tender em Portugal e Espanha.
No caso de questões adicionais, por favor entre em contacto. 3dtender.pt
Grow Iberia Distribuidor oficial 3D Tender
Beloura Office Park, R. Centro Empresarial 3, Piso 1, Escritório 8, 2714-693 Sintra Tel : +351 21 130 3000 (Chamada para rede fixa nacional)
Tohatsu Corpotation e Ilmor Marine
Fazem
Parceria Inovadora
na Tecnologia de Motores Fora de Borda Elétricos
A Tohatsu, o mais antigo fabricante japonês de motores fora de borda, exibiu o protótipo do seu motor elétrico de 4.0 kW no Miami International Boat Show de 2024.
Omotor de 4,0 kW da Tohatsu foi projetado e desenvolvido pela Tohatsu Corpora-
tion, com lançamento previsto para 2025. “Estamos entusiasmados em apresentar a gama de
propulsão elétrica Tohatsu”, disse Isami Hyuga, presidente da Tohatsu Corporation. “ A nossa gama de propulsão
elétrica começará com o motor fora de borda de 6,0 kW este ano em parceria com a Ilmor Marine. O motor elétrico de 4,0 kW será lançado em 2025. A Tohatsu está comprometida com uma linha de produtos sustentáveis e estamos ansiosos para incluir agora motores fora de borda elétricos.”
A Tohatsu especializou-se em projetar e fabricar motores fora de borda desde 1956, com mais de 100 anos de experiência em engenharia, produzindo os produtos mais confiáveis e fáceis de usar.
O motor fora de borda Tohatsu de 4,0 kW vai ser desenhado para produzir aceleração semelhante a um motor Tohatsu de 4 tempos e 8 HP. Está preparado para ser fornecido com punho ou direção remota com uma opção de coluna curta, coluna longa e coluna ultralongo para uma variedade de tipos de barcos.
O fora de borda elétrico de 4.0kW será projetado e desenvolvido para ser o mais simples possível para uma operação amigável para o utilizador. A configuração do modelo de punho inclui controlo de mudança e aceleração para uma operação intuitiva. Um indicador LED na frente do capô mostra o nível
restante da bateria e alertas, e um ecrã LCD a cores embutido no punho fornece o nível da bateria, velocidade, distância e horas restantes. Cada aspecto será projetado com a mesma atenção à qualidade, durabilidade e confiabilidade de todos os produtos Tohatsu.
Marina de Portimão Galardoada com as 5 Âncoras de Ouro
A Marina de Portimão® foi distinguida uma vez mais pela The Yacht Harbour Association em conjunto com a Marina Industries Association, com o galardão das 5 Âncoras de Ouro, que representam o nível máximo de qualidade das marinas a nível mundial.
Este galardão tem como base critérios de natureza ambiental, de segurança e
de conforto, assim como as boas práticas de gestão de toda a equipa desta marina. Os parâmetros de qualidade
tanto a nível de infraestruturas como dos serviços prestados aos clientes, são outro dos principais critérios na
avaliação e atribuição desta prestigiada certificação.
Sendo um símbolo de referência de qualidade que os clientes reconhecem e valorizam, é igualmente o resultado do desempenho diário de uma equipa, que trabalha a pensar no conforto de todos aqueles que visitam esta marina.
A Administração da Marina de Portimão®, considera que este é um prémio inteiramente merecido e que premeia o trabalho que tem sido desenvolvido, na melhoria contínua desta infraestrutura náutica, tendo em vista melhores níveis de qualidade, inovação digital e sustentabilidade ambiental.
Robalos Senhores de um Mundo só Seu
O robalo e sempre o robalo. Esse incrível peixe que nos obriga a cada instante a ser melhores, a saber mais e mais sobre a sua fisiologia, hábitos de vida e estratégias de caça. Saber mais é ...pescar mais.
Visitámos nos últimos artigos aspectos relacionados com a questão da mistura de águas nos estuários, e a forma como a sua salinidade afecta o seu comportamento.
Com algum detalhe, foram abordados aspectos que se prendem com o posicionamento vertical dos robalos na coluna de água, a localização num sector preciso do rio, e as razões que os obrigam a fazer assim.
Hoje, parece-me oportuna uma aproximação a um tema que pode ter ficado menos claro nos trabalhos anterio-
res: falta-nos saber a razão pela qual os robalos não entram decididos rio acima, e se tornam no peixe de água doce que, em termos fisiológicos, poderiam perfeitamente ser.
Sabemos que se trata de um bem sucedido peixe de mar, de águas bem salgadas, sabemos que pode entrar nos estuários, e até sabemos que pontualmente são encontrados robalos de bom porte a mais de 50 km da foz dos rios.
Eles podem estar em todo o lado, se assim o desejarem. Mas podem eles assumir uma
permanência firme e decidida em água doce? E se podem, porque não o fazem?
Pois sim, estamos na presença de um peixe oportunista, que vive entre dois mundos, concretamente a água salgada marinha e a água doce pura. No intervalo compreendido entre estas duas realidades distintas, há todo um espaço que comporta uma infinidade de questões cuja resposta não pode ser tão extremada quanto um Não ou um Sim.
Se os robalos conseguem entrar rio acima, terão eles alimento suficiente à dispo-
sição? Têm os rios peixe miúdo, lagostins, rãs, e outros que bastem a quem tem um apetite incontrolável?
Terão saudades das suas sardinhas, cavalas e carapaus …”jaquinzinhos?”…
Na verdade, assim que adentra o estuário, o robalo entra num mundo de mistura de águas que desencoraja de segui-lo muitos dos potenciais concorrentes por alimentos. E isso é uma tremenda vantagem.
Peixes predadores mas não eurialinos, ou seja, sem capacidade de tolerância a diferenças de salinidade, fi-
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com cam para trás. Se podem fazer concorrência ao robalo em mar aberto, os pargos, os atuns sarrajões, as sardas, os lírios, os meros, os atuns, etc, todos esses ficam para trás. Todos são incapazes de fazer aquilo que para o robalo é um “passeio de rio”.
Se há rios com fortes possibilidades de fornecer alimento em abundância, nomeadamente com bastantes locais de procriação de alevins, outros serão menos produtivos, e isso deixa alguma apreensão a quem pode competir por alimento mesmo que em zonas de ressaca de ondas, de mar formado, sem qualquer dificuldade. Cá fora, o robalo não se sente diminuído por ser quem é.
Podem ver um robalo a caçar em vagas altas, na espuma, na rebentação da onda, mas dificilmente poderão assistir a isso no caso de se tratar
de um pargo. Mas o desgaste energético de caçar na ressaca da onda não é comparável ao comodismo de abrir a boca e ter peixe dentro, algo que fazem facilmente no estuário.
Assim, o conjunto de razões que levam os robalos a entrar na foz de um rio não poderão nunca estar demasiado longe desta ideia simples: entram porque aí encontram menos concorrência e ao mesmo tempo uma enorme concentração de peixe miúdo, de caranguejos, de camarões, até de pequenas enguias e ….safios minúsculos, com meia dúzia de centímetros, os quais adoram. É uma mera questão de conveniência. Os estuários sim, porque são mais proveitosos. Os estuários sim porque permitem obtenção de alimento fácil.
Concretamente falamos de um espaço muito preciso
onde os robalos encontram um acumulado de vantagens máximas. Não é fora, porque dividem alimento com muitos, não é demasiado dentro, porque perdem o contacto com inúmeras oportunidades de estar no meio dos..”inocentes”. Mais que isso, …com o “frigorifico cheio”, repleto, só por sua conta.
Os “outros”, os que poderiam fazer-lhe frente, ficaram fora e abrem alas para quem
pode permanecer num mundo diferente, de muitas oportunidades, com muitas possibilidades de capturas fáceis, pouco trabalhosas.
Também para nós pescadores o facto de haver muita comida “à descrição” pode ser um inconveniente pois isso quer dizer que não teremos muito tempo para o pescar, ou pelo menos teremos muito menos que em águas abertas, em mar. A razão?
É simples: porque os robalos podem conseguir alimento quando querem, os seus ciclos alimentares são curtos, …demasiado curtos. Podem durar minutos, durante todo um dia.
Tudo isto se joga entre troços do rio. Temos a zona interior, o rio puro, temos o estuário e a seguir a foz e por fim o mar. Há uma zona intermédia que é a boa. É aí que devemos pescar, porque é aí que quase tudo se passa.
E aí, estamos no limiar das possibilidades e conveniências de muitos tipos de peixes, e das suas presas: sabemos que fora do estuário todos batem nos peixes pequenos. Todos sem excepção os perseguem e matam sem restrições. Já dentro do rio há a considerar o factor salinidade, limitante para aqueles
que não estão adaptados a esse tipo de habitat. Esse factor não deixa entrar demasiado o peixe miúdo de mar, não lhes permite fugir de vez do martírio que é ser perseguido a cada instante. E esse é o dilema da comedia, do peixe forragem.
Por mais que queiram, não podem entrar mais dentro do rio, mas permanecer fora, em mar aberto, acarreta riscos enormes. Por isso mesmo, os cardumes de alevins procuram a sua segurança em águas intermédias, e preferencialmente mais superficiais, mais longe dos fundos onde todos podem chegarlhes. Não será fácil viver ali.
De uma ou outra forma, os peixes juvenis são “empurrados” para dentro por todos aqueles que os esperam lá fora, em mar aberto,
e ribeiros para o rio, que os nossos robalos vivem.
de dentes afiados e goelas abertas. E dentro, os robalos esperam-nos.
É neste meio termo, nesta zona de indefinição que se joga diariamente o estranho jogo da vida e da morte, que se entra e sai de zona em função da entrada e saída da água das marés, da presença ou não de um nível certo de salinidade.
Todos querem entrar para comer ou escapar de ser comidos, mas no fundo, todos necessitam de garantir haver ou não condições ambientais para ali estarem. Todos? Todos não, o robalo pode reclamar para si um estatuto especial, de peixe que pode decidir se entra ou sai do estuário.
Ali, ele escolhe o que pôr na mesa para a refeição.
Penso ser de toda a conveniência encarar a presença de vida marinha num estuário, e concretamente de peixes predadores como o robalo, como algo que é absolutamente inevitável.
Há robalos no rio durante todo o ano, e em algumas alturas do ano, essa carga aumenta exponencialmente.
É deste jogo de entrada e saída de águas da maré, da saída regular de águas fluviais, ocasionalmente vindas da queda de chuva e da escorrência de riachos
Eles estarão preferencialmente nas zonas limite de influência das marés, pois é aí que se concentram todos aqueles que vivem neste incrível habitat que é cada um dos estuários do nosso país. A mistura de águas, com os seus diferentes níveis de posicionamento, motiva a presença de todos os que tiram partido de grande quantidade de partículas em suspensão, uma quantidade enorme de fitoplâncton, e toda a cadeia alimentar que aí começa. Os peixes de pequeno porte alimentam-se aí, e por isso mesmo todos os outros são forçados a segui-los.
Para pescarmos com algum grau de certeza, teremos de saber identificar estas zonas limite, saber entender que a cada momento de maré elas mudam mais para baixo ou mais para cima, consoante a maré esteja a baixar ou a subir.
Se queremos pescar no rio, se queremos estar onde estão os peixes predadores, teremos forçosamente de estar onde se encontra a comida, os minúsculos peixes que fazem pequenos círculos concêntricos à superfície, quando as águas estão calmas.
Em Setúbal, e para aqueles que amam ficar na muralha do Clube Naval à espera dos barcos que chegam do largo, esses peixinhos podem estar debaixo dos seus pés.
Não é raro que entrem mesmo dentro da doca do clube milhares e milhares de juvenis de diversas espécies, com o “tamanho certo”, os 6 a 7 cm de comprimento, em corpos esguios, franzinos, mas decididos a querer crescer, a ser “gente”.
Tão decididos a crescer quanto os seus predadores estão decididos a não os deixar chegar a ser grandes.
E Quando Podemos Obter Melhores Resultados aos Robalos?
Se quisermos ser sinceros, embora seja possível pescar robalos todos os dias, há momentos do ano bem melhores que outros.
Temos dois períodos óptimos para os pescarmos: o Outono, e as suas águas já agitadas mas ainda quentes, e a Primavera, quando eles regressam das suas incursões por águas profundas e chegam a cotas que nos são acessíveis. A sua chegada em massa aos baixios oferece-nos possibilidades de pesca muito favoráveis, pois estamos a enfrentar um oponente algo fragilizado pela sua permanência durante demasiado tempo em fundos que podem chegar aos 120/ 130 metros, e onde a quantidade de comida disponível é francamente inferior.
Quando as condições de temperatura permitem o re-
gresso, (os meses de Março e Abril já são meses quentes entre nós), eles estão numa forma física periclitante, estão magros, e por isso ávidos de comida.
Nesta altura, é de bom tom que sejam libertados todos aqueles que nos chegam meio depauperados de forças, com a cabeça demasiado grande para o esguio corpo que exibem.
O robalo passa dois momentos críticos da sua existência: a reprodução, iniciada em Dezembro, e a chegada das águas frias, geladas, que o empurram para baixo durante três meses. Tudo isso lhe provoca um corte significativo na sua taxa de gordura corporal, e por isso mesmo, por ter passado pri-
vações na sua dieta diária, estará mais exposto a deixarse convencer pelas nossas amostras ou jigs. Pescamolo com muita facilidade, mas isso também nos aumenta a responsabilidade de sermos pescadores sérios e aceitarmos libertar quem tantas alegrias nos dá.
Os postos de caça dos robalos bons, são sempre bons, desde que nas mesmas condições de mar.
Aquilo que leva um robalo a estar ali naquele momento de maré, com aquele coeficiente de água, com aquela temperatura ambiente, aquela luminosidade, etc, etc, será o mesmo que levará outro robalo a decidir estar ali em tempo futuro. Podemos sempre pescar mais
que um robalo num determinado spot, assim saibamos trabalhar o sítio.
Aquilo que eu faço é memorizar a zona, as condições de mar, de pesca, e a partir daí, passo a validar regularmente a sua presença, passando com o barco pelo local, fazendo um ou outro lançamento, pescando um ou outro peixe.
Procuro não esgotar o potencial da zona. Os sítios desertos tendem a permanecer desertos, sem vida, os sítios com peixe tendem a acumular mais peixe. Chegam a ser mesmo muitos, se não acontecer nada de grave, se não passar uma rede, se o sítio não for invadido por barcos. Porque pesco em lugares remotos, afastados dos gran-
des centros populacionais, isso raramente acontece, e consigo manter stocks regulares de peixe disponível. Mas…”poupo-os”….não pesco até ao último.
Assim sendo, e fazendo um uso parcimonioso de cada um destes locais conhecidos, a minha gestão garante-me continuidade.
Com alguma certeza, visitando meia dúzia de sítios destes, é-me possível encontrar peixes que cumprem o seu desígnio de predadores e acodem ao chamamento de uma amostra lançada no sítio certo.
Sei que em determinadas condições de mar, a pesca acontece. E memorizo-as. Não adianta esperar dos peixes o mesmo comportamento, quando as condições mudam substancialmente.
Os resultados pioram se há variantes mais pobres, di-
gamos versões menos boas das melhores condições possíveis. Há um nível máximo, obtido em condições óptimas, e a partir daí, em função do que existe de menos bom, os resultados baixam.
Falamos de águas mais ou menos oxigenadas, mais ou menos luz disponível, carga de sedimentos em suspensão, predação natural, redes, etc. Tudo aquilo que possa transformar o ponto de pesca ideal em algo parecido, mas menos bom.
Tenho um local emblemático, uma zona de robalos absolutamente fantástica, com condições excelentes, mas que é visitado pontualmente por caçadores submarinos. Quando isso acontece, os meus resultados de pesca durante uma ou duas semanas são fracos. O peixe fica “ escaldado” e sai da zona.
Se houver um temporal e
a água ficar tapada, logo sem condições para mergulhar, os robalos voltam, estabilizam, e o local em alguns dias volta a ser aquilo que é: um fantástico spot de pesca!
Como vos disse acima, o Outono e a Primavera são momentos de grande agitação para os robalos. No Outono a pesca é mais produtiva nas horas de rarefacção de luz, nascer e pôr-do-sol, na Primavera, as horas a meio do dia são mais convenientes. Isso prende-se com razões de temperatura das águas, e o inevitável desgaste energético que significa trabalhar em temperaturas baixas. Por isso eles preferem movimentar-se nos verdes meses a meio do dia.
Ao mesmo tempo, estes tempos primaveris favorecem a chegada de muita comedia interessante: as galeotas, o peixe-rei, os inevitáveis cara-
paus e sardinhas miúdas. Se houver caranguejo pilado ou cavala miúda também lhes interessa.
Nas pontas rochosas mais batidas pelo mar não é difícil encontrar robalos. Patrulham a costa à procura de alimento e ficam à distância de um lançamento da nossa amostra.
Estes são meses, quer o Outono quer a Primavera, em que tradicionalmente chove muito!
O mês de Maio é conhecido pelas suas trovoadas fortes, com raios que caem onde calha e sobretudo onde não devem. É tempo de termos a devida precaução porque estamos a trabalhar com um elemento que é particularmente perigoso porque atrai esses raios eléctricos: o carbono das nossas canas. Nunca esqueçam isto: uma cana de pesca é um pára-
raios nas nossas mãos.
Considero mais seguro colocar uma maçã na cabeça e permitir a um desconhecido que dispare uma bala a essa maçã, que ter uma cana na mão e continuar a pescar quando uma trovoada passa sobre nós.
Nestes casos, e não havendo outra solução, a primeira medida é deitar as canas sobre o piso do barco, de um lado, e ocupar o outro. E conduzir imediatamente no sentido de encontrar
uma zona menos perigosa, menos carregada de nuvens, em suma, ...”menos negra”.
Os robalos estarão muito activos junto à costa, isso é certo, mas devemos ser suficientemente inteligentes para perceber se há ou não condições para estarmos junto ao mar com uma cana na mão. Cuidado!
Se insistirmos demasiado podemos não ter a possibilidade de corrigir e voltar a pescar...
Os robalos jogam com
todos os elementos disponíveis a seu favor.
Irão modificar os seus hábitos alimentares assim que o calor do meio dia for excessivo. Nessa altura, para Julho e Agosto, estarão a comer sobretudo no ciclo alimentar nocturno, tendo actividade residual durante o dia e sobretudo resumida aos períodos crepusculares, com menos luz e por isso, menos calor.
Estarão bem mais activos e por mais tempo em Setem-
bro e Outubro, o Outono do nosso contentamento, já que é aí que mordem os maiores exemplares, os robalos a avizinhar os 8/ 10 kgs de peso.
E novamente nesta altura temos longos períodos de chuva, ou não é assim?
A chuva desempenha um papel importante na vida do robalo…o frio, a geada, empurram-nos para baixo, para longe do nosso alcance.
Aproveitemos os momentos em que eles estão disponíveis.
Carregadores de Baterias da Sterling Power
A Nautel apresenta ao mercado os carregadores de baterias UBC1210 universal e o carregador da Serie AQ à prova de água da Sterling Power.
OUBC1210 é um dispositivo plug and play. Nenhuma configuração é necessária. Basta conectar os cabos croc aos respectivos terminais na bateria. Se não estiver claro a polaridade da bateria, use um voltímetro. Depois que os clipes de crocodilo estiverem conectados, conecte o carregador à rede elétrica. Carregador UBC1210 - o medidor de energia simplesmente demonstra que o carregador está carregando. Quanto mais LEDs verdes estiverem mostrando sugere que a bateria está ficando mais
cheia. Tensão de carga: 14,4V. Tensão de flutuação: 13,5V. Corrente de carga: 10ª. Como o cabo CA é substituível - um plugue de estilo alternativo pode ser instalado.
UBC1210
Carregador de baterias, simples, económico e universal O UBC1210 foi projetado para ser uma solução simples e económica para pequenos sistemas que precisam operar em qualquer lugar do mundo. Com uma gama de tensões de entrada de 100-250 VAC, pode
ser usado veículo ou barco onde quer que esteja, América, Europa, Japão ou mesmo aquele pequeno gerador no campo ou barco... Haverá energia…. Ideal para veículos/barcos de recreio que viajam por toda parte, mas não precisam de um sistema de carga complexo para manter suas baterias de arranque, ou perfeito para garagens e showrooms em qualquer lugar do mundo!
12V | Carregador de bateria global 10A 100VAC250VAC UBC1210
Entrada CA 100 VCA - 250
VCA 40-70 Hz
Tensão alvo de saída: flutuação de 14,4 V a 13,5 V
Tempo de absorção: Varia de acordo com o estado da carga.
Corrente contínua de saída: 10A
Curva de carga: Corrente constante até 14,4V
Plugue CA instalado: C13 com rede elétrica do Reino Unido (plugue tipo G)
Terminações DC: Clipe de crocodilo x2
Comprimento do cabo CC: 1160 mm
Comprimento do cabo CA: 960 mm
Dimensões da unidade, LWD (mm): 175 x 75 x 45
Compatível com lítio: Sim.
Período de garantia: Dois anos a partir da compra
AQ Series
Carregador de baterias, profissional, à prova de água e com múltiplas saídas isoladas
A série de carregadores AQ foi concebida para tornar sua energia facilmente controlável e disponível. Uma entrada verdadeiramente à prova d’água e global significa que é a solução ideal para os utilizadores, independentemente de onde se esteja ou do que se esteja a fazer.
Com seu design elegante, tamanho compacto e caixa à prova d’água, o carregador da série AQ é o companheiro de viagem perfeito para lazer ou trabalho. Perfeito para sistemas com múltiplas baterias - vários bancos de baterias que precisam ser mantidos individualmente ou bancos de baterias em série (24V, 36V, 48V, 60V) onde se precisa de cada linha de bateria balanceada e mantida individualmente. Carrega as baterias até 100% em qualquer lugar do mundo, com uma tensão de entrada tão baixa quanto 100 VAC até 250 VAC. A linha de carregadores AQ possui indicadores LED claros em cada linha de carga isolada, para que se saiba exa-
tamente quando as baterias estão carregadas ou até que ponto o processo de carga está, com apenas uma vista de relance. Verdadeiramente à prova d’água, verdadeiramente à prova de poeira e verdadeiramente resistente. A gama de carregadores AQ foi concebida para condições adversas como mar aberto, tempestade ou deserto... Se o seu carregador necessita de resistir entre utilizações (ou mesmo durante a utilização...) a gama de carregadores AQ será perfeita. Um perfil comum, adequado para a grande maioria dos tipos de bateria (até mesmo para baterias LiFePO4 em repouso) significa que você não precisa se preocupar com a configuração do seu sistema. Conecte, prenda e as baterias carregam.
Touron Assinou Acordo de Colaboração com a Educação Azul
Touron junta-se a este projeto social como parceiro patrono para promover as profissões do mar, os seus valores e a sua conservação.
ATouron, empresa de distribuição líder no sector náutico em Espanha e Portugal, chegou a acordo para se juntar à associação Blue Education para contribuir como Patrono no desenvolvimento dos propósitos da Associação.
A Educación Azul é uma associação que promove a aproximação da sociedade a tudo o que está relacionado com o mar e as suas potencialidades. É uma organização transversal, composta por profissionais de diferentes áreas que se mobilizaram face ao grande desconhecimento geral que existe sobre o ambiente marítimo e o quanto ele oferece à economia e à sociedade. A sua missão é promover o mar, os seus recursos, os seus valores e a sua conservação, através da educação, sobretudo entre os mais jovens.
De acordo com o acordo
de adesão assinado pelas duas entidades, a Touron vai colaborar, através da marca de motores elétricos Mercury Avator, na realização de ações de formação conjuntas, tendo como objetivo dar visibilidade às profissões do setor marítimo e ao impacto positivo da economia azul na nossa sociedade.
Fernando Giquel, Diretor Gerente da Touron, comentou o acordo: “Estamos muito felizes por poder colaborar com a Associação Educação Azul, com quem compartilhamos ideias e valores fundamentais. É muito importante criar sinergias com este tipo de iniciativas para promover a vela como uma boa opção para o turismo sustentável e desenvolver a educação especializada para impulsionar o setor náutico e as suas profissões, muitas vezes
desconhecidas de grande parte da população” “Sabemos que nossa experiência e conhecimento nos tornam líderes, por isso temos a certeza de que a capacitação é algo muito necessário, assim como a criação de espaços de encontro para profissionais e amantes da vela”, afirmou María Lougedo, diretora da Área de Marketing e Comunicação da Touron. “Além disso, acreditamos que nossa marca de motores elétricos Mercury Avator, baseada nos princípios de sustentabilidade e acessibilidade, representa perfeitamente os valores e mensagens que a Educação Azul pretende transmitir, com os quais estamos 100% em sintonia.”
Por sua vez, Mercedes Pardo, presidente da Educación Azul, comentou: “Saudamos calorosamente a Touron
como patrono. A partir de agora, contaremos, sem dúvida, com a sua liderança na náutica de recreio para o desenvolvimento de diferentes atividades de treino e desenvolvimento. Queremos expressar a nossa gratidão pelo seu empenho para que os nossos jovens saibam o que o mar lhes pode oferecer no seu futuro”
O compromisso da Touron com a responsabilidade social corporativa e o desejo de contribuir para o bem-estar das comunidades refletem os valores fundamentais da empresa. Ao juntar-se como patrono da Iniciativa de Educação Azul, a Touron demonstra o seu firme compromisso com a causa e a dedicação para construir um futuro mais brilhante atrvés da educação. O objetivo desta união é promover a educação como principal meio de transformação social para contribuir para a sustentabilidade dos oceanos e da economia azul. Além disso, trabalhamos em colaboração com os centros educativos e a sua comunidade, fornecendo os recursos educacionais necessários e possibilitando novas experiências de lazer ligadas ao mar.
Ambas as organizações estão entusiasmadas com os resultados positivos desta colaboração e esperam inspirar outras empresas a juntarem-se à causa.
Para mais informações ou para colaborar com a Educación Azul: https://educacionazul.com/
Para mais informações, não hesite em contactar-nos para geral@touronsa.pt.
Invertebrados Aquáticos Alimenta-se de Macroplásticos
Estudo de Verónica Ferreira mostra que grupo de invertebrados aquáticos explora macroplásticos como “campo de alimentação”.
Um estudo de Verónica Ferreira, investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), sugere que um grupo de invertebrados aquáticos, os raspadores, utiliza os ma-
croplásticos como “campo de alimentação”, já que este substrato suporta o crescimento de algas das quais se
alimentam.
Esta investigação, publicada na revista Environmental Pollution, tem como foco os efeitos da poluição por macroplásticos nos rios e ribeiros e reúne 18 estudos sobre a decomposição de detritos vegetais, mas também a analise de resultados na perspetiva do plástico.
«A poluição ambiental por lixo antropogénico é uma preocupação global, mas são escassos os estudos que abordam especificamente a interação entre macroplásticos e macroinvertebrados em riachos. Através de uma meta-análise, que consiste na compilação da evidência científica, comparei a colonização do plástico e de detritos vegetais por estes organismos», explica a investigadora do Centro de Ciências do Mar e
do Ambiente (MARE) do Departamento de Ciências da Vida (DCV).
Inicialmente, «pensava-se que o plástico não seria colonizado da mesma forma que as folhas, apenas como habitat e não como alimento. No entanto, curiosamente, o plástico pode ser um substrato muito interessante para os raspadores, que o colonizam da mesma ma-
neira que as folhas», revela a investigadora.
Os raspadores raspam as algas da superfície das folhas e das pedras e podem fazer o mesmo no plástico, pois este permite o desenvolvimento de algas à sua superfície, podendo ser um substrato muito mais duradouro/permanente, uma vez que as folhas acabam por se decompor.
Ao contrário, este estudo mostrou que a maioria dos invertebrados aquáticos, principalmente aqueles de dependem de folhas como recurso alimentar, coloniza o plástico em menor número que as folhas.
«Apesar da presença dos plásticos nos rios e ribeiros
continuar a ser negativa e prejudicial para a maioria dos organismos que ali habitam, alguns grupos conseguem adaptar-se à presença do plástico e tirar partido do mesmo», considera a investigadora. No entanto, destaca, «mesmo no caso dos raspadores, esta
a sua decomposição. Porém, se os raspadores preferirem o plástico, por ser mais duradouro e permitir um maior desenvolvimento das algas, tal pode levar a uma retardação na decomposição das folhas, que é um processo fundamental para a circulação do carbono e dos nutrientes», alerta.
questão pode ter efeitos negativos para a decomposição das folhas caso estes organismos não façam distinção entre as folhas e os plásticos como “campo de alimentação”.
«Ainda que não comam diretamente as folhas, ao rasparem a superfície para retirar as algas, estes animais acabam por facilitar
Verónica Ferreira observa ainda que esta meta-análise orienta futuros estudos empíricos. «Essas investigações deverão ter em consideração as áreas geográficas mais afetadas pela poluição por macroplásticos e os tipos de plástico mais frequentemente encontrados nos cursos de água», conclui.
O artigo científico “Macroplastic litter colonization by stream macroinvertebrates relative to that of plant litter: A meta-analysis” po-de ser consultado em: https://www. sciencedirect.com/science/article/pii/S0269749123021103
Ode ao Rio Que Passa…
Tinha eu os meus 18 anos quando conheci o Gilberto Oliveira Domingos, o GOD, num café em Alhandra, sendo ele um forasteiro e já chefe de família com os seus 26 anos e logo ali estabelecemos uma empatia entre ambos que gerou uma forte e duradoura amizade de 66 anos até hoje.
Orio Tejo foi sem dúvida o principal elo dessa ligação tão forte e prolongada, çalmas foi a este Rio
grande que o GOD entendeu dedicar quer em verso quer em prosa, a sua paixão plasmada num livro seu intitulado “ODE
AO RIO QUE PASSA”, mas não só…
Porque o GOD foi sempre um grande e dedicado amigo meu, com a particularidade de ter sido também um grande cancioneiro do Tejo quer em verso quer em prosa, já lá vão 66 anos, VIVA QUEM CANTA, VIVA O GOD !
Ele continuou a ser o seu
grande cancioneiro e juntos fomos desenvolvendo um trabalho muito interessante em prol deste nosso maior Rio, mas para além disto ele nunca deixou de ser também um grande Amigo do Tejo, desde a primeira hora em que nos conhecemos!
Oh Tejo !
Que a noite abraça! abraças
Nos teus braços meus pés enlameados
Onde as rãs coaxam E o silêncio é esse coaxar ritmado
Embalando meus sentidos!
Pressinto-te lá fora, soberano das várzeas
Destemido mercador de sonhos
E sigo no teu braço vestido de musgo
O apelo das águas absorvidas.
Corres, meu Tejo verdadeiro.
Meu rio inteiro.
Meu rio…
Num infinito correr
Passas e ficas, não vais. Assim te vejo agora como te viram os poetas, Os antigos eremitas, os ascetas.
GOD
Mas mais disse... Que me perdoem os grandes mestres da expressão literária onde me aventurei nesta secreta viagem…
Não era minha intenção fazê-la assim, a descoberto, desnudando meus sentimentos e minhas emoções.
Contudo, se eles, os mestres, navegam em rotas de mar profundo, não poderia eu, ao menos, deixar à vista de terra um sinal da minha passagem?
Uma pequena ilha arborizada de pensamentos e emoções, não é verdade?
Mas quantas hesitações, quantos pudores, me afetaram a vontade!?
Senão quando, num momento de meditação me chegou a ânsia de existir pela voz escrita e se deu o inesperado surgimento de uma série de poemas exclusivamente provindos de uma relação com este rio.
Em suma, sentindo com o pensamento e vendo como poeta, o autor fecundou o
gérmen, a composição surgiu sob o princípio da diversidade formal e da liberdade absoluta da expressão verbal, para além de ter nascido assim uma pequena literatura de recordações, um desfiar de sensações e desvarios emocionais, numa sensual relação do autor com a Natureza, sua madre que procura e a quem
se entrega (Lisboa, Maio de 1998).
Estou no Cais de Pedra nesta manhã de Junho
E olho as balizas de Alverca.
O rio preguiça, dilata-se e na neblina da foz surgem velas.
Olho e vejo-as como no passado as viram daquele cais Corroído pelo tempo
O rio cresce com a maré e traz nas suas águas embarcações de Lisboa. Outras acamaram na margem, vindas na véspera, Mais em pouso do que em repouso, Na densa escuridão da noite.
O vento, na sua suavíssima Trouxe com ele a manhã e no rio tudo se move,
Subitamente, como se porventura chegasse a hora. A hora em que se chega e se parte.
O tempo do começo e do regresso.
Aquele minuto singular que marca a diferença Entre o ir e o ficar.
Os barcos já velejam entre balizas.
to e sou, de entre todos, o mais liberto.
Embarquei no passado, estou no convés do sonho.
Navego nas ondas cinzentas daquele rio que corre dentro de mim…
O que poderei eu acrescentar a esta singela homenagem ao meu grande amigo Gilberto Oliveira Domingos?
Espreitam-se, mudam de bordo, descobrem-se, Para serem os melhores nas refregas ou nas partidas.
Rapidamente me conver-
Penso que talvez bastem as ilustrações que acompanham esta minha singela mas sentida homenagem ao meu grande amigo GOD, para dizerem o resto do que eu deixo por dizer, aqui pela palavra escrita?! Viagens na nave São Domingos, durante a década de 2000 a 2010 nos mares dos Algarves e da Andaluzia de Espanha, desde Vilamoura, Sagres,Vila Real de St.º António, Mazagon - Huelva, San Lucar, Sevilha, Chipiona, El Puerto de Santa Maria, Puerto Sherry e Cádis
No Estuário do Tejo
Àsegunda foi de vez, depois de no passado outubro o mau tempo nos ter impedido, a 25 fevereiro, o Tejo a pé cami-
nhou nas margens do Tejo entre Lisboa e Loures no novo e fascinante passadiço. Pelas “ameaças” dos meteorologistas só compareceram
30 pessoas, cerca de metade dos inscritos. O tempo colaborou, não nos molhámos e a habitual saturação de pessoas ao fim de semana não
aconteceu o que nos possibilitou caminhar mais tranquilamente como a natureza e o passadiço pedem.
O nosso encontro foi às
A multiplicidade de interfaces, água – terra, biótico – abiótico, oferece-nos imagens como esta
9 horas, no estacionamento do lado de Lisboa, no final do Parque das Nações, junto à nova ponte pedonal sobre o rio Trancão. Passada a barreira natural que sempre dificultou, e muito, a ligação pedonal entre os dois concelhos, designadamente para chegar a Fátima a pé de forma segura, caminhámos “sobre” o rio e sapal cerca de seis quilómetros até à “fronteira” com o concelho de Vila Franca, onde tantas vezes já andámos. No total foram 12 quilómetros muito prazerosos com vistas muito diversas em ambos os sentidos. No fim, como sempre acontece, ficou-nos a satisfação dos presentes. Novas caminhadas se anunciam, falta saber quando e onde.
O Tejo a pé é um grupo informal de amigos que se junta, desde há 16 anos, uma vez por mês, para caminhar no campo, cada vez mais um passeio tertuliante. Para participar basta enviar um email: cupeto@uevora.pt
A ponte Vasco da Gama nunca deixou de estar presente, mas não incomoda, antes pelo contrário, fica bem na relação com a natureza e mostra que, quando se projeta e trabalha bem, é possível compatibilizar usos que à partida podem parecer conflituosos
As vistas no regresso
Dos Golfinhos no Tejo à Cogestão de Pescarias
A portaria que cria o Comité de Cogestão para a pesca do polvo no Algarve foi publicada no dia 6 de março em Diário da República.
Depois de uma intensa recolha de assinaturas, mais de 75% dos titulares de li-
cenças para as artes de pesca dirigidas a este recurso concordaram com a criação deste comité inovador na
região e que incluirá representantes da administração, pesca, ciência, organizações não governamentais e socie-
dade civil.
A celebrar a instalação do comité de cogestão
É importante o Comité de Cogestão para a pesca do polvo no Algarve
Na sexta-feira dia 15 de março, mais de 50 pessoas, representando as centenas envolvidas. reuniram-se para celebrar a instalação deste comité de cogestão, o segundo de uma pescaria em Portugal, depois do trabalho pioneiro da Cogestão da Apanha de Percebe na Reserva Natural das Berlengas. Este avanço resulta do projeto ParticiPESCA, liderado pela ANPlWWF em parceria com o IPMA, o CCMAR e EDF, financiado pelo Programa Operacional
Trabalho pioneiro a Cogestão da Apanha de Percebe na Reserva Natural das Berlengas Percebes das Berlengas
Mar 2020 e cofinanciado pela Fundação Oceano Azul, cujo apoio foi também crucial para assegurar todo o processo de recolha de assinaturas.
Ainda no âmbito da cogestão, representantes da comunidade da Lagoa de Óbidos reuniram-se na última semana de fevereiro para o Fórum Final Co-Pesca Da Lagoa De Óbidos, projeto promovido pela ANP|WWF é financiado pelos EEA Grants que desde 2023 promove a discussão e capacitação comunitária sobre modelos participativos associados à cogestão da lagoa. O vídeo do projeto CoPesca da Lagoa de Óbidos, com declarações de representantes da comunidade, está disponível em: https://youtube/goT714YwPuw
Juntando ao rol de boas notícias, neste mês de março o voto Solidário da MB Way
escolheu a nossa causa do Observatório Golfinhos no Tejo para uma competição de votos! Por cada donativo, ficamos mais perto de receber o prémio do mês de março, que vai 100% para podermos estudar a presença dos golfinhos no Estuário do Tejo e contribuir para a sua proteção.
Como Votar? Abrir a App
MBWay | Selecionar “Ser Solidário” | Escolher ANP|WWF no menú “Voto Solidário” (logo a primeira opção) | Fazer um donativo, que equivale a 1 voto.
As inscrições para o pro-grama de voluntariado do Observatório Golfinhos no Tejo continuam abertas em: https://forms. gle/ZJVKh5FXzd2xVFK58. Fu-
turos voluntários, especialmente com background científico e/ou interesse na observação marinha, terão a oportunidade de saber mais sobre cetáceos e metodologias de observação marinha e fazer parte deste projeto pioneiro em Portugal. Apelamos, por isso, à partilha junto de potenciais interessadas/os.
Campanha de Remotorização
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Esta campanha promocional é válida de 22 de março de 2024 a 21 de abril de 2024 exclusiva a concessionários aderentes YAMAHA Motor, para modelos disponíveis para entrega durante a validade da campanha, não acumulável com outras campanhas ou promoções que estejam em vigor. Todos os preços já incluem IVA à taxa de 23% atualmente em vigor. Aos preços apresentados deve-se acrescentar 20€+IVA (para
os motores fora de borda do 30cv ao 100cv) referente ao transporte internacional, para entregas diretas na loja do Concessionário, válido para Portugal Continental e Arquipélagos. Estes preços já incluem o seguro de transporte desde os Armazéns Centrais da Yamaha Motor até à loja do Concessionário. A Yamaha Motor Europe e suas sucursais reserva-se o direito de alterar, suprimir ou modificar, sem aviso prévio, caraterísticas dos seus
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Raymarine Apresenta as Suas Novidades
A Raymarine anunciou uma gama impressionante de novos produtos, incluindo a gama Axiom® 2 Pro, uma poderosa série de chartplotters multifunções, o módulo de sonda CHIRP RVM1600, novas cartas LightHouse com cobertura expandida e a câmara de visão diurna e noturna IP CAM300.
Axiom® 2 Pro
Onovo Axiom 2 Pro é o mais poderoso chartplotter Axiom já desenvolvido pela Raymarine, proporcionando uma experiência de navegação fluida e altamente intuitiva. Este novo display tudoem-um, alimentado pelo mais recente sistema operativo
LightHouse 4, integra uma rede de navegação Raymarine avançada que inclui cartas de radar, piloto automático e Lighthouse, bem como a tecnologia de visão noturna térmica da FLIR. O processador atualizado de seis núcleos permite percorrer mais rapidamente a carta, e aumenta a resposta instantânea e a capacidade de executar várias aplicações em simultâneo.
O Axiom 2 Pro foi desenvolvido com o exclusivo revestimento HydroTough™ da Raymarine, que repele a água para um controlo fiável de ecrã tátil em todas as condições. Os utilizadores também beneficiam dos controlos de teclado personalizáveis em todos os modelos de todos os tamanhos, incluindo uma opção de controlo de piloto automático ou teclas programáveis O Axiom 2 Pro S com sonda High CHIRP integrada, foi pensado para navegação à vela e a motor.
Concebido para pescadores, o modelo Axiom 2 Pro RVM tem incorporada a nova sonda RealVision® MAX. Esta sonda Premium baseia-se na já impressionante tecnologia da Raymarine, permitindo que os utilizadores vejam mais fundo e com mais clareza do que nunca.
RVM1600
O
RVM1600 é uma solução de módulo de sonda montada remotamente para a família de displays Axiom da Raymarine. O RVM1600 integra a tecnologia de sonda RealVision MAX CHIRP, proporcionando mais clareza e uma melhor imagem dos peixes. Os entusiastas também apreciarão as capacidades de sonda multicanal. Os modos de sonda DownVision, SideVision, 3D e CHIRP convencional foram atualizados com um alcance alargado e resolução superior, graças aos novos e melhorados transdutores de sonda RealVision MAX CHIRP.
de passagem e objetos cartográficos diretamente no display de vídeo de alta definição da Axiom.
Novas cartas LightHouse
CAM300
Aminicâmara IP diurna/ noturna CAM300 também faz a sua estreia. Equipada com um sensor de vídeo HD, a CAM300 transforma o Axiom num poderoso sistema de observação de vídeo a bordo. Esta câmara compacta pode ser combinada com
o sensor AR200, permitindo a Realidade Aumentada ClearCruise™, uma experiência impressionante que sobrepõe alvos AIS, pontos
ARaymarine também lançará novas cartas regionais para o LightHouse. Criadas a partir de fontes hidrográficas oficiais, as cartas LightHouse oferecem máxima legibilidade, navegação intuitiva e qualidade superior. Com uma assinatura Premium, os navegadores têm acesso a uma biblioteca de pontos de interesse sempre em expansão, permitindo que encontrem rapidamente marinas locais, locais de reabastecimento de combustível, restaurantes, supermercados e muito mais. As cartas beneficiam da velocidade de desenho melhorada e encontram-se disponíveis em cartões microSD précarregados. As novas regiões incluem a Europa Ocidental, o Norte da Europa, o Mediterrâneo, a Austrália e a Nova Zelândia, enquanto as cartas da América do Norte foram atualizadas.
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
Novos displays de Navegação de Elevado Desempenho da Raymarine
Os Displays de Desempenho da Nova Série Alpha e a Tecnologia Smart Wind Oferecem Apoio À Tomada de Decisões de Nível Especializado a Navegadores de Lazer e de Competição.
ARaymarine traz hoje, uma adição arrojada ao mercado da navegação de alto desempenho com o lançamento do display da Série Alpha™, a nova Tecnologia Smart Wind™ e atualizações de navegação de alto desempenho ao sistema operativo LightHouse para chartplotters Axiom.
Esta poderosa combinação de cartas eletrónicas, monitorização do vento de precisão de próxima geração e displays táteis táticos eleva o conhecimento dos comandantes através de monitores de navegação intuitivos e dinâmicos, tanto no chartplotter como no display remoto
da Série Alpha.
Com a oferta de um novo nível de inteligência de navegação graças à inovadora Tecnologia Smart Wind e aos sensores de Vento da Série RSW da Raymarine, os recentes sensores de vento da série RSW são sensores inteligentes de calibração automática, que oferecem medições da velocidade do vento e da direção ultra precisas. Os navegadores podem beneficiar de cálculos avançados de vento, velocidade e polares para tomarem decisões de navegação de corrida e de alto desempenho
mais inteligentes quando estas são mais necessárias.
A Série Alpha oferece tecnologia de ponta, repleta de inteligência poderosa, para oferecer aos navegadores um apoio de navegação líder de mercado.”
Os Displays da Série Alpha
Instrumentos com ecrãs táteis táticos de elevada visibilidade de 7 e 9 polegadas com painel de instrumentos totalmente personalizável e elementos
gráficos para ajudar a uma tomada de decisões de navegação mais inteligente.
Concebida para uma montagem no leme ou no mastro, a Série Alpha é controlada e personalizada através de um ecrã tátil ou remotamente a partir de um chartplotter Axiom da Raymarine.
Os displays da Série Alpha podem ser montados na horizontal ou na vertical e requerem apenas um único cabo para dados e alimentação.
Sensores de Vento da Série RSW
Com uma experiência de navegação por instrumentos com mais de 40 anos, os sensores de Vento RSW e a Tecnologia Smart Wind representam o culminar do profundo conhecimento da Raymarine sobre a medição do vento de precisão combinada com o sensor de movimento 3D.
O resultado é um sensor de vento aperfeiçoado por AHRS, de calibração automática, que se adapta ao seu ambiente para fornecer dados de vento de precisão, incluindo cálculos de vento verdadeiro ultra precisos. Para mais informações visite www.nautiradar.pt
Notícias
Frota Inaugural de 12 Porta-Contentores
Biocombustível a Metanol
A Ocean Network Express (ONE), assinou contratos de construção marítima com a Jiangnan Shipyard e a Yangzijiang Shipbuilding, para a construção total de doze navios porta-contentores de 13 mil TEU biocombustível e metanol.
Cada estaleiro de construção construirá seis navios, com entrega prevista a partir de 2027. Este marco significativo representa a frota inaugural da ONE em navios de combustível duplo de metanol e representa um papel fundamental no alcance dos objetivos de sustentabilidade da ONE, como parte da Estratégia Verde.
Os navios foram projetados com a capacidade de flexibilidade e agilidade, que se integrarão na rede global e dinâmica e em evolução da ONE. Este investimento e compra estão alinhados com a rigorosa política de aquisi-
ções da ONE, com o objetivo de satisfazer a procura dos clientes e ser adaptável a qualquer mudança futura nas cadeias de abastecimento globais sustentáveis. No atual panorama marítimo, prevê-se que o metanol tenha um potencial significativo nas reduções de emissões. Além de que estes porta-contentores terão tecnologias de ponta, como o desenho otimizado do casco, sistemas de recuperação dos gases de escape e da colocação à proa de um “pára-vento”. Os navios selecionados, serão equipados com um sistema de lubrificação do ar e um gerador de eixo, para ajudar a explorar potenciais melhorias na eficiência de combustível e na redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE). Estas inovações podem ajudar a acelerar os esforços de descarbonização da ONE e garantir que o cumprimento está alinhado com os regulamentos do setor de transporte marítimo.
“A nossa decisão de in-
vestir em navios de combustível duplo a metanol está alinhada com a Estratégia Verde da ONE como parte de nossas principais iniciativas. A nova frota é fundamental para alcançar o nosso objetivo de operar com os primeiros navios de combustível alternativo até 2030 e marca um passo significativo na nossa jornada em direcção a uma indústria marítima mais verde e sustentável”, sublinhou Jeremy Nixon, CEO da
ONE.
A ONE Green Strategy tem o objetivo ambicioso de alcançar emissões líquidas zero (GEE), abrangendo os âmbitos 2 e 3, até 2050.
Para alcançar esse objetivo, a transição do combustível convencional para combustíveis alternativos é definida como pilar-chave das iniciativas verdes da ONE, e é consistente com a Eficiência Operacional, Investimento Verde e Combustíveis Alternativos nas nossas iniciativas chave.
da Marinha
Recolha de Lixo Subaquático em Troia
O Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM) e a X31, associaram-se ao projeto da ONG Ocean Alive
Militares da Marinha colaboram com a ONG Ocean Alive na recolha de mais de 200 kg de lixo subaquático em Troia.
Duas unidades da Marinha, o Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM) e a X31, associaram-se ao projeto da ONG Ocean Alive e realizaram no dia 05 de Março, uma atividade de mergulho por forma a conhecer a pradaria marinha situada a Sul das instalações do CEOM em Tróia. Na ocasião realizou-se ainda uma limpeza subaquática do local e da praia adjacente, que resultou na recolha de 216 Kg de lixo.
Durante o mergulho, foi também possível encontrar um cavalo-marinho graças ao conhecimento e experiência na área de um dos militares da guarnição, pelo que a OCEAN ALIVE, com o CEOM e o X31, batizaramno de “Muchacho”, em homenagem ao militar que colaborou na identificação do cavalo-marinho.
Centro de Experimentação Operacional da Marinha
O CEOM (Centro de Experimentação Operacional da Marinha) tem por missão apoiar exercícios e campanhas de experimentação operacional na Marinha. Combina o conhecimento, pesquisa, desenvolvimento e capacidade operacional da Marinha e outras entidades parceiras, visando o desenvolvimento tecnológico, a interoperabilidade e o emprego operacional de sistemas marítimos não tripulados (MUS - Maritime Unmanned Systems) e outras tecnologias disruptivas emergentes (EDT - emerging and disruptives technologies).
Ocean Alive
A Ocean Alive é a primeira cooperativa em Portugal dedicada à proteção do oceano.
A sua visão é um oceano
saudável protegido pelas comunidades costeiras. Vivendo em missão, promovendos a proteção do oceano através da educação marinha e da transformação de com-
munidade piscatória Guardiãs do Mar.
A sua ação desenrola-se através de um programa de educação marinha, de campanhas de sensibilização e de um programa de monitorização e avaliação de impacto do projeto nas pradarias marinhas.
portamentos.
O projeto da Ocean Alive é focado no estuário do Sado, onde as pradarias marinhas são o habitat berçário das presas de uma população residente de golfinhos e do peixe e marisco da comunidade piscatória.
Tem como objetivo proteger as pradarias marinhas envolvendo mulheres da co-
O projeto da Ocean Alive tem a UNESCO como parceiro institucional. Contribui para o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 14, sobre a conservação e uso sustentável do oceano, para o ODS 5, sobre a igualdade de género e o empoderamento das mulheres, para o ODS 13 sobre adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas, e para o ODS 4 por uma educação de qualidade para todos.
Exercício REPMUS 2024
O CEOM (Centro de Experimentação Operacional da Marinha)
Agência Europeia de Defesa junta-se como co-organizador do exercício da Marinha Portuguesa REPMUS.
AAgência Europeia de Defesa (EDA) tornou-se um Coorganizador do Exercício de Experimentação e Prototipagem Robótica de Sistemas Marítimos Não Tripulados (REPMUS), da Marinha Portuguesa, juntando-se assim à Universidade do Porto (FEUP), ao Centro da NATO para Investigação e Experimentação Marítima (CMRE) e ao NATO Joint Capability Group Maritime Unmanned Systems (JCGMUS).
Ao juntar-se ao exercício REPMUS como coorganizador, a EDA poderá envolver-se juntamente com diversos stakeholders rele-
vantes no maior exercício de sistemas marítimos não tripulados em todo o mundo e apoiar o planeamento do exercício desenvolvendo cenários que abordarão diretamente atividades-chave estabelecidas nas novas prioridades de desenvolvimento de capacidades específicas para o mar da União Europeia, facilitando a sua implementação de forma colaborativa. Esta iniciativa também está em linha com o compromisso da EDA com o avanço da Investigação e Tecnologia (R&T) e também pode ser utilizada como um local para os serviços do Hub para Inovação em De-
fesa da UE (HEDI) no campo dos sistemas marítimos não tripulados, como “prova de conceito” e/ou “adoção de inovação”.
O exercício é projetado para permitir Experimentação Operacional em larga escala, onde as comunidades operacionais cooperam com a indústria e a academia para, no domínio marítimo, testar novas capacidades em sistemas criados para emprego militar, integrar os mais recentes sistemas comerciais “Off-The-Shelf”, experimentar o Comando, Controle, Comunicações e Computação (C4) em MUS de forma interoperável e ainda validar novas Táticas e Técnicas de emprego destes sistemas, de forma a resolver Problemas e Lacunas Operacionais.
Ter a EDA como co-organizador do REPMUS permitirá ainda à comunidade marítima e aos seus vários públicos-alvos abordar sistemas marítimos não tripulados de
uma perspectiva regulatória e de segurança, encontrando também uma oportunidade anual para criar experimentações personalizadas e fortalecer os laços entre fabricantes, pesquisadores e usuários finais.
O exercício REPMUS con-
firma-se como um local ideal para a experimentação de conceitos, táticas e procedimentos de acordo com a abordagem de Desenvolvimento e Experimentação de Conceitos (CD&E), como os milhares de participantes e os crescimento do exercício, ao longo das 13
edições já realizadas, o atestam.
A 14ª edição do REPMUS 24, que ocorrerá de 9 a 27 de setembro, contará, uma vez mais, com uma forte participação nacional e internacional e de múltiplos stakeholders de várias áreas.
As Rotas dos Peixes Estão a Mudar Por Causa das Alterações Climáticas
Cerca de 45% dos stocks de peixe vão mudar as suas rotas de migração devido às alterações climáticas até ao ano 2100.
Isto pode gerar um conflito internacional porque, segundo o estudo da Universidade da Colúmbia
Britânica (UBC), 81% das zonas económicas exclusivas
(ZEE) verão, pelo menos, uma mudança nos stocks –caso não hajam quaisquer mudanças.
A investigação analisou a variação de mais de nove mil
stocks de peixe, que integram 80% das capturas nas ZEEs. Em 2030, essa mudança migratória já será notada em 23% dos stocks.
“Esta não é apenas uma questão de stocks que estão a sair ou a chegar a novas ZEEs, mas de stocks que são partilhados entre países, a mudar completamente a sua dinâmica”, explica o principal autor do estudo, Juliano Palacios-Abrantes. alerta o especialista.
Como veremos mudanças ainda mais dramáticas até 2030, dadas as taxas de emissões atuais. Muitos dos acordos de gestão de pesca feitos
para regular stocks partilhados foram estabelecidos há décadas, com regras que se aplicam a uma situação mundial que não é a mesma de hoje”, al, os cientistas defendem que os países devem unir-se e trabalhar em conjunto para evitar potenciais conflitos, de forma a manter a indústria sustentável e lucrativa, beneficiando todas as partes. Mitigar os efeitos das alterações climáticas, estabelecer novos acordos de cotas de captura ou negociar a permissão de frotas pesqueiras a pescar em águas vizinhas, são algumas das recomendações dadas na publicação.
Louise Racing Vence no Regresso a Cascais
Decorreu de 15 a 17 de Março a 2ª Cascais Dragon Winter Series, organizado pelo Clube Naval de Cascais.
Com três regatas programadas para o primeiro dia de campeonato e com uma previsão meteorológica nada animadora a frota composta por 13 dragões, vindos 7
nações, conseguiu cumprir o programa com o vento do quadrante sul dos 6 aos 9 nós de intensidade por vezes com leve nevoeiro.
O Louise Racing capitaneado por Grant Gordon e
coadjuvado pelo medalhado olímpico Luke Patience, Faye Chatterton e Elliot Hanson, não deixaram grande margem aos restantes concorrentes ao vencer duas das três regatas do primeiro
dia. A equipa escocesa estava bastante feliz ao terminar o primeiro dia no lugar mais alto do pódio. “É optimo estar de volta a Cascais mesmo com o tempo um pouco nublado. Estamos bastante contentes com os nossos resultados especialmente porque estamos a estrear um PetitCrow 6.1 que colocamos na água pela primeira vez há dois dias. Estamos muito felizes com a velocidade do barco e a equipa está a fazer um trabalho fantástico.” comentou Grant Gordon.”
Ao fim do dia inicial a segunda posição foi preenchida pela equipa belga do Herbie de Xavier Vanneste e completada pelos velejadores olímpicos locais Gustavo Lima e Frederico Pinheiro de Melo. A fechar o pódio no final desse dia estava o barco de Pete Cooke com Torvar Mrisky, Peter Nicholas e Harry Durcan.
2º Dia
Já no segundo dia da 2ª Cascais Dragon Winter Series a previsão meteorológica ditava que a única janela de oportunidade para existirem regatas era bem cedo, tendo a Comissão de Regata determinado que o horário da primeira regata seria para as 10h de sábado. Com o vento do quadrante leste e na casa dos 7 nós de intensidade, tal como estava previsto, foram iniciados os procedimentos de largada para única regata disputada no segundo dia.
Na primeira tentativa de largada a frota puxou demasiado a sua sorte, ao aproximar-se demasiado cedo da linha de largada, tendo os concorrentes sido enviados trás numa chamada geral. Na segunda e derradeira tentativa, e desta vez com a bandeira U, quatro barcos foram desclassificados por largada adiantada, estando entre eles o Louise Racing de Grant Gordon, e Meteor de Pete Cooke, respetivamente líder e terceiro da classificação geral ao fim do primeiro dia de regatas.
A vitória da quarta regata do campeonato, a única disputada no segundo dia, foi para a equipa britânica do Blue Haze, de Ivan Bradburry com Lars Hendriksen e George Leonchuck. Que lideraram a regata desde o início até cruzarem a linha de chegada.
Lars Hendriksen explicou que “Não vínhamos a Cascais há 5 anos e estamos a treinar uma nova técnica de largada. Tentamos cruzar a linha de largada com o máximo de velocidade. Este é um tipo de largada que nos serve muito bem e desde o início da regata em que vamos com o máximo de velocidade seguimos limpos a nossa vida fica bastante facilitada. Lideramos a regata desde o início até ao fim onde fomos trabalhando os saltos de vento e o posicionamento relativo da frota. Pareceu fácil mas nunca é fácil (vencer a regata).” Ao final do segundo dia a equipa do Louise Racing, de Grant Gordon, continuava na liderança. O barco do Royal
Yach Squadron manteve a posição pois mesmo com a desclassificação na quarta regata, por largada adiantada, foi salva pelo descarte da pior regata na soma da classificação final. Na segunda posição ficou o vencedor da única regata disputada na segunda jornada, o Blue
Haze de Ivan Bradburry. Já o Herbie de Xavier, caiu para o último lugar do pódio ao terminar a regata do segundo dia na terceira posição.
3º Dia
Para o último dia de campeonato, com três regatas programadas, e as 7 melhores
equipas separadas 8 pontos entre si todos os cenários eram possíveis. Infelizmente depois de 2 horas de espera,
em terra, para que as condições de vento chegassem para navegar e ainda de uma ida infrutuosa à água da frota
a Comissão de Regata decidiu dar por terminado o dia e consequentemente o campeonato.
Sem alterações à classificação geral, o Louise Racing de Grant Gordon tornou-se assim o vencedor da 2ª Cascais Dragon Winter Series. A
equipa escocesa foi seguida pelo Blue Haze de Ivan Bradburry e em seguida pelo barco belga Herbie de Xavier Vanneste. O primeiro barco conrintio, ou seja a primeira equipa amadora, foi a equipa White Pearl de Guy Celis com Katrien Lagey e Steven Vermiere.
A próxima prova do Circuito das Cascais Dragon Winter Series será o Troféu Sua Majestade Rei Juan Carlos que se disputará de 19 a 21 de Abril em Cascais. São esperadas as melhores equipas do mundo da classe dragão que disputaram o um dos mais prestigiados troféus da classe Dragão.
Este campeonato contou com o apoio da Camara Municipal de Cascais, da Associação de Turismo de Cascais, da Marina de Cascais, da Vista Alegre e da Pettitcrows.
Tiago Stock Vence Capítulo Perfeito
Praia de Carcavelos em apoteose perante domínio de surfistas locais.
Oportuguês Tiago Stock venceu a 10ª edição do Capítulo Perfeito powered
by Billabong na praia de Carcavelos, em Cascais, derrotando na final Rob Machado (2º), Dylan Graves (3º) e Ba-
laram Stack (4º).
Com sets sólidos de 2 metros e o vento offshore a fazer-se sentir especialmente da parte da tarde, Carcavelos foi mais uma vez palco desta competição especial de tubos, com mais de 20 mil pessoas a deslocarem-se à praia para assistir ao vivo às performances de alguns dos melhores tube riders do país e do mundo. Ao longo do dia, viram-se algumas pranchas serem partidas pela força do mar, com os melhores atletas em prova a recorrem a uma criteriosa seleção de ondas para conseguirem avançar na competição.
Naquela que foi a sua estreia no Capítulo Perfeito powered by Billabong, Tiago Stock beneficiou do conhecimento especial que tem da
praia onde aprendeu a surfar para escolher os melhores tubos, perante uma multidão apoteótica que não conteve a emoção na hora de celebrar a vitória do surfista local de Carcavelos. Com este triunfo, Stock, de apenas 18 anos, açambarcou o cheque da vitória no valor de 20.000 euros e tornou-se no primeiro trialista a conquistar o evento, ele que foi também o vencedor da prova de triagem que decorreu na mesma praia em janeiro.
“Foi um dia incrível, com bom tempo, boas ondas e
a praia cheia de gente para nos ver. Estou muito contente por ter começado bem a final e ter conseguido manter a vantagem até ao fim. Vencer em casa, rodeado da minha família e amigos, é um sonho tornado realidade. Sinto que atingi o auge e espero que venham muitos mais momentos como este”, disse o vencedor.
O domínio dos surfistas locais estendeu-se igualmente à nova geração, com Salvador Vala a vencer o New Generation Special Heat depois de, com apenas 16 anos, ter alcançado as meias-finais da prova principal. Uma onda na casa do excelente (8.25 pontos em 10 possíveis) colocou o também surfista de Carcavelos na liderança destacada da bateria, superiorizandose a Salvador Catarino (2º), Jaime Veselko(3º), Martim Fortes (4º) e Simão Prazeres (5º). Pela vitória, Vala foi contemplado com um prémio de 1.000 euros da cidade_fm, um cheque-viagem de 500€ da Globalis e uma estadia
de 7 dias no Hiddenbay Resort nas ilhas Mentawai, na Indonésia. O jovem surfista foi ainda distinguido com o prémio de Maior Wipeout by Nixon no valor de 500 euros. Para a organização, esta foi uma forma especial de celebrar o 10ª aniversário do evento, com dois surfistas
locais a brilharem perante a multidão que encheu o areal de Carcavelos.
“Consideramos que a nossa missão foi cumprida. O offshore não entrou tanto como queríamos, mas ficamos contentes por ter havido pelo menos um bom tubo em todos os
heats e várias notas acima da média. Recebemos uma lenda como o Rob Machado e escrevemos história com a vitória de um herói local, que veio dos Trials para ganhar o evento. O feedback que tive ao longo do dia foi de que só existem dois campeonatos
enquanto ex-campeão do evento (2015).
Entre os surfistas, destaque ainda para o brasileiro Lucas Chianca, que pela sua atitude e consistência nos poderosos tubos de Carcavelos conquistou o prémio Ricardo dos Santos Atitude by Corona no valor de 2000 euros, alcançado as meiasfinais.
Uma última menção honrosa é devida a Francisca Veselko, atual bicampeã nacional, que apesar de não ter avançado para além da ronda de repescagem, onde inclusivamente partiu a prancha ao tentar completar um tubo, fez história ao tornar-se na primeira mulher a competir no Capítulo Perfeito powered by Billabong.
Da lista de surfistas que disputaram a 10ª edição do Capítulo Perfeito powered by Billabong fizeram Anthony Walsh, Aritz Aranburu, João Maria Mendonça, Nathan Hedge, Nic von Rupp, Pedro Boonman, Tiago Pires e William Alliotti.
Estatísticas
Final
O Pódio
Troféus
Melhor Tubo
Melhor Score
Melhor Wipeout
Premio Ricardo dos Santos
New Generation
Bruno Santos
Bruno Santos
Salvador Vala
Lucas Chianca
1º Salvador Vala POR
2º Salvador Catarino POR
3º Jaime Veselko POR
4º Martin Fortes POR
5º Simão Prazeres POR
Main Event
1º Tiago Stock POR
2º Rob Machado USA
3º Dylan Graves USA
4º Balaram Stack USA
com uma moldura humana como a que tivemos hoje em Carcavelos, as provas do circuito mundial do Rio de Janeiro e de Peniche”, afirmou Rui Costa, organizador do Capítulo Perfeito powered by Billabong.
Quem também esteve em grande evidência foi o brasileiro Bruno Santos, protagonista da melhor onda (9.90 pontos) e melhor pontuação combinada (16,90 pontos) de toda a competição logo no primeiro heat do dia. Santos conquistou, assim, os prémios Best Tube by 58SURF no valor de 2500 euros e Best Score by Go Chill no valor de 2000 euros, honrando da melhor forma o convite que lhe foi dirigido
Tiago Stock (9.75) x Rob Machado (5.25) x Dylan Graves (2.60) x Balaram Stack (1.25)
Ex-campeões
Tiago Pires (2012), Nic von Rupp (2013), Nic von Rupp (2014), Bruno Santos (2015), Aritz Aranburu (2016), William Aliotti (2018), Anthony Walsh (2020), Aritz Aranburu (2022), Nic von Rupp (2023).
Melhor Tubo
Bruno Santos (BRA) 9.90
Maior Score
Bruno Santos (BRA) 16.90
Maior Wipeout
Salvador Vala (PRT)
Prémio Ricardo
dos Santos Atitude
Lucas Chianca (BRA)
Vencedor
New Generation
Salvador Vala (PRT)
Clube Naval de Sesimbra Reforça Necessidade de Expandir Marina
Na cerimónia do 25.º aniversário do Porto de Recreio, foi dada a informação sobre o projeto de ampliação do Porto de Recreio de Sesimbra, que tem início previsto para 2025.
Aampliação irá ocupar uma área entre o cais 1 e 2, com a criação de mais 100 lugares de amarração, incluindo 35 para embarcações marítimoturísticas. A conclusão da obra está programada para 2026.
A revelação foi feita pelo presidente da Direção do Clube Naval de Sesimbra (CNS), Fernando Silva, na cerimónia do 25.º aniversário do Porto de Recreio, realizada a 16 de março, no Hotel do Mar. O evento contou com várias
intervenções e serviu para reafirmar a Marina de Sesimbra como um equipamento de enorme importância para o turismo e para a náutica de recreio.
A necessidade de ampliação do Porto de Recreio com
a criação de mais postos de acostagem foi reforçada por vários oradores, tendo em vista satisfazer as pretensões dos associados do CNS e dinamizar o turismo e a economia local, existindo uma lista de espera de cerca de 200 pessoas.
Fernando Silva, que prestou homenagem aos pioneiros do desenvolvimento do turismo sesimbrense e aos homens que fundaram e trabalharam em prol do CNS, também frisou ser necessário aumentar o edifício-sede para proporcionar melhores condições de convívio e de trabalho a todos os atletas, familiares e trabalhadores, dado o edifício se encontrar sobrelotado.
O CNS pretende assumirse como um clube autónomo económica e financeiramente, estando a atravessar
uma fase de grande dinamização das atividades subaquáticas, de canoagem, de vela e de pesca. O objetivo do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido é aumentar a oferta dos serviços desportivos de grande qualidade, estando em curso um projeto-piloto em parceria com as escolas do concelho para promover o contacto dos jovens com os desportos náuticos.
Numa cerimónia de partilha de histórias, memórias e desejos para o futuro, vários oradores consideraram ser urgente que todos os operadores se sentem à mesa para criar sinergias com vista a um consenso sobre a utilização articulada do Porto de Abrigo de Sesimbra e que sejam criados postos de acostagem para embarcações visitantes que apenas conseguem passar ao largo de Sesimbra, por não terem onde acostar.
O antigo administrador da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Caldeira Lucas, falou da evolução que o Porto de Sesimbra e a náutica de recreio tiveram nos últimos anos, enquanto interveniente direto na aprovação da concessão da Marina e do espaço para a construção do edifício-sede do CNS.
O percurso evolutivo do Porto de Recreio de Sesimbra do passado até à atualidade foi apresentado por Luís Vasconcelos Dias, da Ahlers Lindley. Já Isolete Correia, da Associação Portuguesa de Portos de Recreio (APPR), destacou a relevância das Marinas em Portugal e partilhou o exemplo da Marina de Vilamoura e do projeto de expansão em curso na zona sul do país.
A vereadora do Turismo da Câmara Municipal de Sesimbra, Argentina Marques, destacou o grande aumento que o turismo náutico regis-
tou de 2004 para 2024, com grande impacto na economia sesimbrense, e revelou alguns dos projetos a desenvolver no futuro, nomeadamente um local de acostagem para passantes.
A vice-presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Felícia Costa, realçou o trabalho desenvolvido pelo CNS ao longo de mais de 90 anos, bem como o seu contributo enquanto agente dinamizador do mar e salientou a enorme importância da Marina, não só para a náutica de
recreio com o envolvimento de muitos jovens nos desportos náuticos, como para o desenvolvimento do turismo e da economia local.
O ordenamento do Porto de Abrigo, a revisão do regulamento do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, como a autorização para a realização de eventos desportivos subaquáticos e a abolição da proibição da Pesca Submarina, que o CNS considera ser uma inadmissível discriminação negativa perante todas as outras formas de pesca permitidas no
parque, bem como a criação de zonas de segurança para a navegação entre o Portinho da Arrábida e Sesimbra foram outros dos temas abordados na cerimónia.
O vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Sesimbra, Márcio Souza, e o presidente da Assembleia Municipal de Sesimbra, João Narciso, também marcaram presença no evento, que terminou com um almoço-convívio entre todos os convidados e o tradicional bolo de aniversário.
Porto de Setúbal Marcou Presença na WindEurope 2024
OSetor das eólicas e offshore é prioridade para o Porto de Setúbal, por isso a APSS esteve presente na WindEurope 2024, em Bilbao.
Este salão é considerado o maior evento europeu da indústria eólica on-shore e offshore e respetiva cadeia de valor. Entre 20 e 22 de março, mais de 12 mil profissionais do setor puderam assistir a cerca de 40 conferências e ouvir 250 palestrantes, ficando a conhecer as principais novidades do mercado eólico, a nível eu-
ropeu e mundial.
Para o Porto de Setúbal, representado no evento pela Vogal do Conselho de Administração da APSS, Isabel Moura Ramos, e pelo Diretor de Engenharia, Infraestruturas e Ambiente da APSS, Pedro Ponte, o evento traduziuse num enorme sucesso e uma excelente oportunidade para alavancar um setor que já é uma das grandes prioridades para a Península de Setúbal ao nível dos investimentos industriais.
Segundo Isabel Moura Ramos, «foram realizados
mais de 100 contactos empresariais, institucionais e governamentais, que demonstram que o Porto de Setúbal consolida o seu posicionamento como infraestrutura crítica nacional para o sucesso e promoção das energias renováveis oceânicas no contexto europeu»
O Porto de Setúbal participou também no momento promovido pelos Portos de Portugal, em que estiveram presentes a Embaixada de Portugal na Noruega, Wavec Offshore, Norwegian Offshore,
Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com
Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt
Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com
Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia
Norwegian Inovation, ETERMAR, e WindEurope Ports Platform.
A nova estratégia do Porto de Setúbal 2030 – Hub2 Green Setúbal, pretende diversificar o negócio e a oferta de serviços logísticos para as indústrias e energias verdes, transformando o Porto de Setúbal num hub económico de desenvolvimento sustentável. Atualmente, a APSS está a desenvolver dois projetos que têm como objetivo impulsionar o negócio das eólicas offshore, assim como dos seus parceiros, nomeadamente através da construção do TW - Terminal Wind2Sea Offshore e de uma Área Logística de Apoio ao Offshore, no Sapal do Moinho Novo.
A previsão dos investimentos industriais para a Península de Setúbal, que inclui projetos em áreas como os biocombustíveis, eólicas offshore, bioindústria, reparação naval sustentável, entre outros deverá atingir os cerca de 3 mil milhões de euros durante os próximos anos e fará do Porto de Setúbal um parceiro imprescindível para a melhoria da competitividade e internacionalização da economia local, regional e nacional.
Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00