Ainda Não Acabaram com o Arrasto de Fundo
Pesca de arrasto, a destruição do fundo do mar!
Nova campanha quer por fim à pesca destrutiva nas águas “protegidas” da União Europeia, que ainda acontece em 90% delas.
Exemplo da destruição provocada pela pesca de arrasto
Várias organizações da sociedade civil lançaram no dia 16 de abril uma campanha que apela à União Europeia (UE) para que tome medidas mais duras contra os estados membros que ainda permitem a pesca de arrasto de fundo nas suas áreas marinhas protegidas (AMP), depois de um novo relatório revelar que esta prática de pesca destrutiva continua a ser praticada em 90% das AMP da UE. O relatório pode ser consultado em: https:// speak.us13.list-manage.
com/track/click?u=6b25789 b7054c59a125587e99&id=f 1a077c64a&e=76183ef183. O relatório, elaborado em coautoria pela Marine Conservation Society, Seas At Risk e Oceana, mostra que, nos sete países analisados, aparentemente foram permitidas 4,4 milhões de horas de pesca de arrasto de fundo nas AMP entre 2015-2023o equivalente a mais de 500 anos de pesca de arrasto. Utilizando dados compilados pela Global Fishing Watch, a extensão e as horas de atividade de pesca foram calculadas na Dinamarca, Alemanha, Irlanda, Países Baixos, Portugal, Espanha e Suécia. Os Países Baixos têm o maior número de horas de pesca de arrasto de fundo registadas nos locais de AMP estudados, seguidos da Alemanha, Dinamarca e Espanha. O lançamento deste relatório coincide com
a divulgação de um parecer científico crucial pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES)3, que demonstra que o encerramento de 30% das águas do Mar do Norte da UE, Mar Céltico e Mar Báltico à pesca de arrasto de fundo resultaria apenas numa redução das
capturas entre os 0,1% e os 6,6% ao ano, mas com benefícios consideráveis para os ecossistemas marinhos de que dependem as espécies capturadas para fins comerciais.
A Seas At Risk e a Oceana juntaram forças com a Only One, uma plataforma
de defesa dos oceanos, para lançar uma campanha à escala da UE e publicar um mapa interativo que revela o que está a acontecer nas AMP da UE, para instar a Comissão Europeia a proibir os métodos de pesca destrutiva como o arrasto de fundo em todas estas
O arrasto é um dos métodos de pesca mais destrutivos
áreas. Atualmente, o Plano de Ação para o Meio Marinho da UE pede aos países que estabeleçam roteiros nacionais para proibir a pesca de arrasto de fundo nas AMP, começando pelas que apresentam características ecologicamente importantes do fundo do mar até ao final de 2024, e em todas as AMP até 2030. O primeiro prazo para a apresentação de roteiros nacionais terminou em 31 de março, mas até agora só alguns países da UE cumpriram o pedido e é difícil saber se algum dos roteiros apresentados foi tornado público, como solicitado pela Comissão Europeia.
Tatiana Nuño, especialista sénior de Políticas Marinhas na Seas At Risk, afirmou: “A nossa campanha está a pôr fim ao “longe da vista, longe do coração” quando se trata do que os governos da UE estão a permitir nas águas supostamente protegidas. Enquanto os políticos da UE perdem tempo precioso com posturas populistas pré-eleitorais, as crises da biodiversidade e do clima continuam a agravar-se. As eleições devem marcar um novo começo para os líderes da UE protegerem efetivamente os mares da Europa, o que beneficiaria não só a biodiversidade marinha, mas também a sustentabilidade dos pescadores e das comunidades que dependem deste sector. É tempo de parar de destruir o fundo do mar e de proibir de uma vez por todas a pesca de arrasto de fundo nas AMP da UE”
Nicolas Fournier, Diretor da Campanha de Proteção Marinha na Oceana na Europa, afirmou: “A análise de hoje revela uma tragédia silenciosa de uma década que atinge os mares e os
92% de todas as rejeições de peixe da UE provêm de capturas de arrasto de fundo
pescadores da UE: a maioria dos países ignoram impunemente a legislação da UE em matéria de natureza, permitindo as práticas de pesca mais destrutivas nas águas mais sensíveis e protegidas. O Plano de Ação para o Meio Marinho da UE oferecia uma via para pôr fim a esta situação, mas, ao defenderem
os interesses da pesca industrial, os países estão a manter o status quo. Se quiser cumprir os seus objectivos em matéria de biodiversidade marinha até 2030, a próxima Comissão Europeia não tem outra opção senão impor de uma vez por todas a proibição do arrasto de fundo nas AMP da UE.”
Maissa Rababy, Responsável pelas Campanhas da Only
One, afirmou: “Já é mais do que altura para os pescadores costeiros e seus aliados por todo o continente tenham suas vozes verdadeiramente ouvidas em Bruxelas e pelos governos nacionais. Fiquem atentos pois eles irão fazer-se ouvir junto de quem decide repetidamente, nos momentoschave - até que a pesca de arrasto de fundo seja proibida nas AMP da UE.”
Nas águas portuguesas o Arrasto de Fundo não ocorre nas áreas marinhas protegidas
Gonçalo Carvalho, coordenador executivo da Sciae -
na, afirmou: “Em Portugal ainda estamos longe de ter uma gestão efetiva das nossas áreas marinhas protegidas. E se é verdade que outros tipos de pesca causam impactos e têm de ser devidamente regulamentados e monitorizados, temos que
assegurar que o arrasto de fundo não ocorre nas áreas marinhas protegidas, pois esta atividade não é compatível com a salvaguarda da biodiversidade.
A pesca de arrasto de fundo é um método de pesca que envolve um ou mais
barcos que puxam redes de pesca pesadas ao longo do fundo do oceano, num esforço para capturar peixes e outras espécies marinhas, como o camarão. É um dos métodos de pesca mais destrutivos, resultando na perda de ecossistemas, na libertação de carbono armazenado no fundo do mar e em elevados níveis de capturas acessórias e rejeições de peixe (92% de todas as rejeições de peixe da UE provêm de capturas de arrasto de fundo). Esta situação tem um impacto negativo tanto na sustentabilidade das populações de peixes como no próprio sector das pescas, especialmente nos pescadores de pequena escala e de baixo impacto, que representam 80% da frota europeia ativa e 50% dos empregos no sector”
Notícias
Notícias do Porto de Setúbal
Electrificar os Acessos para Aumentar o Volume de Mercadorias
O investimento será de 17,5 milhões de euros
O Porto de Setúbal vai avançar com um projecto, o FIFIPROJECTO que vai electificar acessos ferroviários nos terminais portuários que vai aumentar o transporte do volume de mercadorias por comboio.
Descarbonização do interface ferroviário e o aumento da capacidade de receção de comboios
Oconcurso público para a electrificação do “last mile” ferroviário, de acesso aos terminais portuários do Porto de Setúbal, já foi lançado e irá permitir reduzir os constrangimentos existentes na ligação dos terminais à rede ferroviária nacional. Esta obra compreende a eletrificação dos ramais e canais de acesso aos terminais, facilitando a etapa final do transporte (last mile) e a reformulação do layout ferroviário para permitir manobras entre o porto e o complexo
de mercadorias de Praias do Sado.
O investimento será de 17,5 milhões de euros, o prazo para apresentação de propostas decorre até 1 de julho e o período previsto para a realização dos trabalhos é de 420 dias.
A empreitada agora a concurso faz parte do Projeto Rail2Green, que está a ser desenvolvido pela APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, em conjunto com a IP – Infraestruturas de Portugal, e abrange um conjunto de intervenções que vão garantir melhorias operacionais e de segurança, permitindo ainda a receção/expedição e circulação de composições com 750 metros e o aumento do volume de mercadorias transportadas por ferrovia com origem/destino no Porto de Setúbal.
De acordo com o Presidente da APSS, Carlos Correia, A eletrificação do “last mile” ferroviário vai possibilitar a melhoria das acessibilidades ferroviárias
O FIFIPROJECTO vai electificar acessos ferroviários nos terminais portuários
A empreitada agora a concurso faz parte do Projeto Rail2Green,
«Designámos este projeto com marca Rail2Green, este é um dos projetos estruturantes que está a ser desenvolvido pelo Porto de Setúbal, no âmbito da nossa estratégia “Hub2Green”, e que tem como principal objetivo transformar o porto num “hub” económico de desenvolvimento sustentável na cidade, na região e no País. A eletrificação do “last mile” ferroviário vai possibilitar a melhoria das acessibilidades ferroviárias à zona central do porto, a descarbonização do interface ferroviário e o aumento da capacidade de receção de comboios. Iremos, também, diminuir os tempos da operação ferroviária e obter uma maior eficiência das condições de operação com segurança e sustentabilidade, naquele que é já o segundo porto nacional que mais comboios movimenta».
A eletrificação do “last mile” ferroviário vai possibilitar a melhoria das acessibilidades ferroviárias
Notícias Grow Iberia
Semi-rígido 3D Tender Dream 655 Criado para Segurança e Conforto Familiar
Semi-rígido 3D Tender Dream 655
0 semi-rígido 3D Tender Dream 655, com 6,55 metros de comprimento, tem uma dimensão e comporta um equipamento que faz dele ser um barco imponente e com o casco em V muito profundo, garante a maior segurança e comodidade a navegar no mar.
Amarca 3D Tender é francesa e distribuída em exclusivo para Portugal e Espanha pela Grow Iberia.
O semi-rígido 3D Tender Dream 655 foi desenhado e equipado para oferecer muito conforto no interior e servir bem os passeis com a família e os amigos com solários para os banhos de sol e mesa para os piqueniques.
A gama Dream realça a linha elegante e de alta qualidade da marca Francesa 3D Tender e é composta por seis modelos dos 4,40 metros aos 8,50 metros de comprimento, Dream 440, Dream 500, Dream 550, Dream 6, Dream
655 e Dream 850.
Pelas suas características e equipamento, estes barcos oferecem a melhor relação qualidade/preço no mercado.
A gama Dream são semirígidos elegantes que o estaleiro desenvolveu com o objectivo de serem barcos rápidos e desportivos para darem o máximo conforto no uso familiar.
A 3D Tender fabrica os semi-rígidos com cascos em fibra de vidro e em cascos de alumínio.
Quanto aos tubos, são fabricados em tecido PVC Valmex. É um tecido de alta qualidade, fabricado na Alemanha pela marca Mehler.
Os tubos podem ser também fabricados num tecido Hypalon Orca que é um tecido de qualidade que resiste a temperaturas extremas, aconselhado para as zonas tropicais.
Outra característica dos semi-rígidos 3D Tender é para ficarem mais compactos. Têm os tubos completamente colados por fora ao casco e por dentro à coberta. Assim, a navegar não vibram.
A gama Dream é uma gama completamente modular e adaptável de acordo com os desejos e a necessidade do cliente. O assento do piloto, a consola e os acessórios são colocados onde ele quiser.
Dream 655
O modelo 655, devido ao comprimento do casco com 6,55 metros e o V muito profundo, com 34 graus à proa e um ângulo de 24 graus à popa. tem um desempenho
que permite navegar no mar litoral com a máxima segurança, faz excelente manobra na condução e o casco corta a água com suavidade, oferecendo grande conforto. Principalmente realça-se neste modelo o equipamento standard que enriquece o barco.
O Dream 655 é um imponente semi-rígido, onde se destaca a elegante consola de condução central, com grande arrumação no interior e um assento à frente, o amplo solário, o poço com banco assento do piloto,
para a condução de pé, e um banco á popa com três lugares.
Para dar mais diversão, o espaço à frente é convertível num solário ou monta-se uma mesa retrátil de piquenique. A mesa também se pode montar no poço e o solário fica livre
A entrada para o barco quando está na água é pela popa a bombordo onde está a escada e um chuveiro de água doce que tem um tanque de 40 litros. Para apoiar
Especificações
Dimensões interiores 5.80 m x 1,50 m
Diâmetro do flutuador 0,58 m
Compartimentos de ar 6
Pressão do flutuador 0.25 bar
Peso 850 Kg
Lotação 12
Carga máxima 1.250 Kg
Tanque de combustível 100 litros
Tanque do chuveiro 40 litros
Ângulo painel de popa 24 graus
Categoria CE C
Potência máxima
Tipo de coluna
Motores recomendados Honda
Motores recomendados Tohatsu
mergulho ou caça submarina, a entrada é à frente da consola, onde estão as pegas para os mergulhadores se agarrarem.
O piso e as e as passagens laterais sobre os tubos têm revestimento anti-derrapante EVA preto.
Como o poço é autodrenante, o barco é seco no interior.
Para arrumações de palamenta e equipamentos há um enorme espaço sob o banco da popa. Também existe um grande porão sob o piso, onde cabe um açafate para guardar o peixe, quando há jornadas de pesca.
Na proa está fixado um cabeçote com roldana para o ferro e em baixo encontrase o porão do ferro.
Como acessórios standard, o barco tem também o anti-ragging strip, faixa de proteção dupla, alças de transporte, bomba de enchimento.
Pesca Lúdica Embarcada
Para um Pescador, Quanto Vale um Robalo de Aquacultura?
Aquacultura de robalos
Na verdade, não muito.
Poderão os mais distraídos pensar que robalo é robalo, não interessa a sua proveniência, o seu passado genético, porque no fim é apenas peixe. Não concordo nem por sombras.
Aquilo que um robalo verdadeiro, lutador, legítimo, nascido e criado no mar, representa para nós que o pescamos à linha nada tem a ver com um insosso e amorfo peixe cria-
do numa qualquer estação de aquacultura. Mais que tudo, porque lhe falta a alma selvagem de um robalo.
Por mais que seja embelezado, por mais que sobre ele incidam as luzes dos projec-
tores das bancas de venda, um peixe criado em cativeiro nunca será igual a um peixe que lutou pela sua vida e continua a fazê-lo com coragem, quando o pescamos.
Nunca será igual. A um
ser que nasceu num tanque, com uma infância programada, controlada, alimentado a ração e vacinado contra doenças, faltar-lhe-á sempre… brilho e alma.
A um robalo criado em cati-
Estação de aquacultura de robalos
veiro faltará sempre o carácter próprio de um peixe emblemático, arisco, com personalidade própria, e que nos faz levantar da cama bem cedo, muito antes do nascer do dia.
É por um robalo selvagem que aceitamos enfrentar as piores condições, o frio, o vento, a chuva, as mãos geladas.
É ele, o robalo selvagem, o peixe que nos motiva a fazer verdadeiras loucuras na compra dos melhores materiais, das melhores canas, carretos, linhas e amostras.
Se alguém duvidar da importância extrema que a picada de um robalo pode ter na vida de uma pessoa é tentar trocar meia dúzia de palavras com todos aqueles que fazem a chegada da noite numa ponta de rocha, ou o raiar do dia numa praia ...”robaleira”. Não há tempo para falar, não há tempo para conversas, por-
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com
Nós sabemos que estes robalos não são…”sérios”. Isto nada tem a ver com pesca
As luzes fazem reluzir as escamas, mas quem pesca robalos sabe que estas “lantejoulas” não são verdadeiras. Estes peixes são apenas…um producto que para os pescadores que tentam este peixe, todos os seus sentidos estão focados numa possível picada violenta, ao crepúsculo.
E se lhe falamos de robalos de aquacultura, …provavelmente o melhor que podemos obter será um murmúrio vago, um desinteressado encolher de ombros.
Visitei um mercado de peixe em Barcelona.
Robalos e douradas terão sido os pioneiros da aquacultura, mas hoje em dia já se fazem muitas outras espécies
A dada altura, a pessoa que apregoava os seus robalos como sendo de captura oceânica olhou para mim e a dada altura, na maior das imobilidades, sem dizermos uma única palavra, ambos entendemos que não valia a pena a tentativa de engano. Não por um dos peixes ter uma pequena placa em plástico cravada a dizer: “esteiros de Lubimar”, mas porque era demasiado evidente que os peixes eram produzidos e não capturados. Quem pesca sabe entender o que é verdadeiro ou falso, da mesma forma que alguém que lapida diamantes o consegue perceber num relance. O peixeiro, quando per-
cebeu que eu não pretendia comprar os seus peixes, acedeu a confessar o “crime”. Dizia-me ele algo como isto: “vendo peixes há tantos anos que sei reconhecer quando um cliente acredita ou não na veracidade dos meus peixes. Fazes pesca ao robalo?”…
Respondi-lhe que sim, e que estava de passagem apenas para dar uma vista de olhos pelas espécies que estavam disponíveis aos catalães.
Um sorriso cúmplice deixou o assunto resolvido. Um cliente aproximava-se e esse sim, era a pessoa certa a enganar. E comprou.
Os produtores de peixe apostam em espécies de alta rentabilidade como o pregado, sargo, corvina, linguado, etc. E muitas outras virão, não é impossível reproduzir peixes em cativeiro. Até as sardinhas estão na calha para isso. Nos últimos dez anos, a aquacultura regista um crescimento exponencial, meta-
de do peixe consumido por humanos já vem desse processo de produção.
Na União Europeia esse valor é mais residual, apenas 20% e concretamente em Portugal, a percentagem de peixe de aquacultura na alimentação da população é de 10%.
A aquacultura é um fim inevitável, dada a escassez de peixe no mar. Seria bom pelo menos que esse peixe fosse produzido em Portugal, nas nossas águas.
Não é. O peixe consumido é importado maioritariamente da Turquia e Grécia, o que não deixa de ser uma lástima, atendendo ao percurso feito e à evidente incapacidade de garantir frescura máxima.
Também é verdade que a produção de peixe necessita de alevins para criação. Em tempos, houve três maternidades nacionais, mas foram
todas fechadas.
Os peixes pequenos, entre seis e dez gramas, são importados de Espanha e França. É pena que não consigam subsistir empresas nacionais a fazer a reprodução em tanques.
Existe sim uma empresa que fabrica rações, aproveitando o desperdício das lotas e da indústria conserveira. Pelo menos em termos de alimentação, os nossos peixes de aquacultura comem “restos” portugueses. É todo um intrincado processo, em que a adição de antibióticos e vacinas não deixa de estar numa zona de penumbra.
Quando falamos de pesca ao robalo, e à dourada já agora, é bom que consigamos separar as águas, porque estamos a relacionar animais diferentes.
Uma coisa será o robalo produzido, o “producto”, e outra bem diferente será o robalo de mar, selvagem, combativo, manhoso, com as suas….”luas”.
O “nosso peixe” não responde a chamamentos de ração, distribuídos por tractores com dispensadores carregados de alimento que podem ser tudo o que o robalo de cultura precisa, mas não lhe fornecem a “garra” que devem ter.
Quando as redes das jaulas de aquacultura rebentam, o resultado é que os robalos fugidos para a natureza não sabem comportar-se, e muitos deles são capturados pelos pescadores em muito pouco tempo. Reagem à apresentação de comida.
Para quem lança linhas aos robalos, é bom saber que ainda temos alguns, e que eles estarão aí outra vez, em força, a partir do mês de Março.
É preparar as canas, lubrificar os carretos, e substituir os triplos das amostras!
Conhecer e Viajar Pelo Tejo Crónica
O Tejo e a Sua Fertilidade
Quero referir-me ao grande estuário, à região adjacente e à Reserva Natural do Estuário do Tejo, e devo esclarecer que considero que o grande estuário estende-se até onde chegam as águas da maré que sobe da foz até Santarém.
Quando D. Afonso Henriques conquistou Santarém aos Mouros repartiu as terras alagadas pelas enchentes e cheias do Tejo, as lezírias, para serem distribuídas pelos pobres para que delas tirassem o seu sustento.
Mas a partir do século XII, boa parte dessas terras acabou por ser cedida à Ordem do Templo e a ordens menores. Graças ao grande interesse que D. Dinis dedicou à
agricultura, decretou o retorno dessas terras e dos mouchões para a coroa, por troca ou imposição. O seu filho
D. João IV criou a Casa do Infantado, e as melhores terras foram transferidas para os infantes, seus filhos.
As lezírias mantiveram-se na posse da coroa até que em 1813, a coroa mostrou interesse em vender as terras das lezírias do Tejo e Sado, sob a condição que os interessados lhes fizessem as necessárias
obras de protecção e defesa contra às inundações e abrissem os valados convenientes, bem assim como a preparação apropriada dos campos de modo a viabilizarem uma produção agrícola melhor.
Em 1834 é decretada a venda dessas terras e do património acumulado sob o regime feudal. Em 1835 instituiu-se uma Companhia gerida por uma administração constituída pelos: Conde do Farrobo, Visconde das Pico-
as, José Bento Araújo, José Xavier Mouzinho da Silveira e José Pereira Palha. Na sequência disto foi formada em 1836 a Companhia das Lezírias do Tejo e Sado, com uma dimensão de mais de 40.000 hectares que se estendiam desde a Golegã até à Comporta de Alcácer do Sal, que graças a iniciativas pioneiras no domínio da exploração e gestão agrícola e florestal, potenciou o melhor aproveitamento dos recursos
naturais ao seu dispor, e introduziu novas culturas e desenvolveu novas tecnologias de cultivo, que contribuíram para um desenvolvimento agrícola que guindou toda esta região ao maior celeiro do país. As lezírias são porções de sedimentos fluviais que emergem pouco acima do nível médio das águas do mar e cuja fertilidade as elege como as preferidas tanto pelos homens como pelas aves migratórias.
Passados 170 anos da sua fundação, a actividade da Companhia das Lezírias do Tejo e Sado passou a desenvolver a sua actividade em apenas 20.000 hectares, metade da dimensão territorial, que ficou concentrada na Lezíria Grande de Vila Franca de Xira e na Charneca do Infantado.
Os objectivos da Companhia das Lezírias foram preservar o património e maximizar os resultados
Não obstante ter passado a ter uma dimensão territorial reduzida a metade, com as necessárias adaptações à mudança dos tempos, os objectivos da CL foram os de preservar o património e maximizar os resultados da exploração da terra e da floresta, garantindo condições de desenvolvimento sustentável e enfrentando os desafios que o futuro coloca, e que poderiam significar novas oportunidades de afirmação da referida Companhia. Tendo nascido como uma sociedade por acções detida por investidores privados, sofreu várias vicissitudes, tendo sido
nacionalizada em 1975 e posteriormente transformada em sociedade anónima totalmente detida pelo Estado.
É grande a diversidade de actividades agro-florestais que se aliam a uma enorme riqueza de animais, plantas e habitats e a uma paisagem que combina o montado e o pinhal aos pauis que rasgam a charneca e às zonas húmidas do Estuário do Tejo.
A CL procurou manter a interligação entre o espaço rural e o espaço urbano mas, enquanto que nos territórios rurais de grande dimensão os latifúndios, que são espaços de desertificação humana que permite produzir muito com poucos numa agricultura tecnologicamente avançada, neste caso, perante a realidade de gerir um território localizado a 30 Km da capital,
numa área de nidificação de aves migratórias, paraíso ecológico rodeado por núcleos urbanos em rápida expansão e corredores aéreos, ferroviários e rodoviários, optou por fazer os adequados ajustamentos em função das condições contextuais e continuar com a implementação da estratégia acordada com a tutela e o accionista para alargar o negócio para além das chamadas actividades tradicionais, integrando actividades valorizadoras do património da empresa que acrescentem valor aos bens produzidos tais como: o investimento na área de Turismo de Natureza; o alargamento da área de produção directa de arroz na Lezíria Sul; a reafirmação no mercado da carne produzida com marca CL; a certificação da produção florestal
sustentável como vantagem competitiva, nomeadamente na colocação da cortiça no mercado, sendo pioneira na certificação da gestão cinegética; a reorganização da política produtiva e comercial da oferta de vinhos da CL, tirando partido da nova região demarcada Tejo; a reorganização das actividades da coudelaria, com o objectivo de promover o ferro CL, e ao nível da diversificação de actividades, está a reanalisar o investimento num parque de aproveitamento de biomassa associado a uma central de produção de energia eléctrica para fornecimento à rede, e no que respeita ao Agro-Turismo e Turismo de Natureza e do Conhecimento, lançou o EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves, Enoturismo e Turismo Equestre. A Companhia das Lezírias
é a maior exploração agropecuária e florestal existente em Portugal, compreendendo a Lezíria de Vila Franca de Xira, a Charneca do Infantado, o Catapereiro e os Pauis (Magos, Belmonte e Lavouras). O território da CL está compreendido entre os rios Tejo e Sorraia e é dividida pela Recta do Cabo em Lezíria Norte e Lezíria Sul. A Lezíria Norte é constituída por cerca de 1.300 hectares explorados por rendeiros. Quanto à Lezíria Sul, que ocupa perto de 5.000 hectares dos quais cerca de 2600 ha estão arrendados e 2.200 ha são explorados directamente pela CL, sendo quase 1900 ha para pastagens e cerca de 320 ha de arroz que se cultiva também nos Pauis de Magos, Belmonte e Lavouras, mas só este último, com uma área de 240
ha, é explorado directamente pela CL. No que diz respeito à exploração directa, a Companhia faz ainda, em Catapereiro, uma média de 250 ha de milho (sob pivot), 140 ha de vinha e 70 de olival, e 3050 ha de prados permanentes. A Charneca do Infantado e os Pauis perfazem uma área de cerca de 11.500 hectares.
Santuário da biosfera classificado como um dos dez mais importantes da Europa.
O Tejo, para além de ter dado origem aos solos férteis das lezírias, é uma atracção cada vez maior para as aves migratórias e por isso é de registar que uma parte considerável da RNET- Reserva Natural do Estuário do Tejo, é um santuá-
rio da biosfera que está classificado como um dos dez mais importantes da Europa. O habitat dessa avifauna situa-se, em grande parte, no território da Lezíria Sul, e no delta formado pelos mouchões da Póvoa, do Lombo do Tejo e de Alhandra, com aves das mais variadas espécies com destaque para patos, flamingos, gansos, garças, maçaricos e outras espécies que se alimentam nos sapais envolventes, sapais esses que são também o berçário de bivalves e variadas espécies de peixes que vão povoar a zona costeira adjacente.
Não posso deixar de realçar as potencialidades do Tejo, da Reserva Natural do seu grande estuário, e das suas férteis lezírias, por resistirem à grande pressão das indústrias, algumas pesadas, das redes viárias de circula-
ção intensa, nomeadamente a ponte Vasco da Gama, da base aérea do Montijo e das urbanizações desmedidas que o circundam, que já se vão infiltrando para o interior, estando situados às portas da capital Lisboa. Quanto a mim, trata-se de um caso provavelmente único, da força da Natureza.
“Mais uma Nota” “Mais Uma Nota” vai passar a ser um espaço da nossa crónica dedicada à divulgação de acontecimentos ou iniciativas de relevante interesse para o Tejo, da parte de organizações ou instituições públicas e privadas. Na presente crónica quero divulgar alguns dos objectivos da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo – CIMLT.
A CIMLT que envolve 11 municípios, tais como Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Salvaterra de Magos, Santarém e Rio Maior, elaborou no início do ano de 2008 um Programa Territorial de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo, que serviu de base à contratualização, e que apresentava não só o quadro estratégico para a Região como a identificação de alguns projectos que cada um dos Municípios associados pretendia realizar. Esse Programa foi discutido com a CCDR Alentejo e mereceu também o parecer favorável da CCDR Lisboa, permitindo a contratualização entre a CIMLT e o Estado Português.
Os seus objectivos são, en-
tre outros:
- Dotar a Lezíria do Tejo de um conjunto de infra-estruturas indispensáveis à reestruturação e modernização do tecido produtivo regional, e ao acolhimento mais competitivo das actividades económicas e serviços.
-Colocar a Lezíria no panorama nacional como das NUT III mais avançados na modernização tecnológica do 1º ciclo do ensino básico.
- Converter para FER a fonte energética dos principais equipamentos públicos com elevados consumos energéticos.
- Promover acções de valorização de zonas fluviais e albufeiras, recuperação do património associado,
incluindo sinalização e infra-estruturas de apoio.
- Fomentar o Turismo da Natureza e a educação ambiental, dando a conhecer ao público e aos agentes de turismo as áreas classificadas, identificando as suas potencialidades e especificidades.
- Promover e melhorar a visibilidade e notoriedade da Lezíria, reforçando a sua competitividade dentro do quadro regional, nacional e internacional.
- Criar condições para uma administração pública local mais eficiente e eficaz, quer através da melhoria da qualificação do atendimento, quer na reengenharia e desmaterialização de processos relevantes para os cidadãos.
Touron Portugal Renova o Patrocínio da Mercury à Bass Nation Portugal
A Touron Portugal e a Bass Nation Portugal assinaram a renovação do contrato de patrocínio para a época 2024.
Patrocinador oficial da Bass Nation Portugal desde 2016, a Touron Portugal, distribuidor exclusivo da Mercury, congratula-se pela renovação desta parceria que tem vindo a consolidar definitivamente a pesca
do achigã como modalidade desportiva de excelência, com um calendário de provas cada vez mais alargado em todas as suas vertentes: embarcada, patos, margem e kayaks.
Carlos Costa Santos, Diretor da Touron Portugal, real-
çou o papel da Mercury como principal patrocinador e impulsionador do bass em todo o mundo, sublinhando o reforço da aposta no nosso país, resultado duma longa parceria de sucesso com a Bass Nation Portugal (BNP).
Flávio Jerónimo (Presidente da BNP) e Nuno Feijoca (Vice-Presidente da BNP) a-
gradeceram a confiança que a Mercury, através da Touron Portugal, tem depositado na Bass Nation Portugal e reforçaram o compromisso e empenho total no sucesso da parceria.
Para mais informações, não hesite em contactar-nos para geral@touronsa.pt
Notícias Nautel
A Minn Kota Está Em Grande!
A Nautel traz até si a nova gama de motores de proa de apoio à pesca em mar e águas interiores da Minn Kota com dezenas de modelos.
AMinn Kota anunciou sua nova gama de produtos de motores de pesca para 2024, e resulta que é uma lista impressionante que inclui as novíssimas séries de motores de proa de apoio à pesca em mar, ‘Riptide Instinct’, de motores sem escovas ‘Quest Series’ 24/36v, os Riptide Terrova, Riptide Ulterra, Riptide Powerdrive, e os novos comandos de mão “Advanced GPS Trooling System.”
Na mesma linha, todas estas séries têm modelos adaptados exclusivamente à pesca em águas interiores (achigã), às quais se junta a série exclusiva só para águas interiores: Ultrex.
Riptide Instinct
O novo todo poderoso Riptide Instinct da Minn Kota foi projetado para barcos de
pesca desportiva até 9m de mar, e outras situações com mais exigências de trabalho constante.
Inclui os seguintes recursos:
- Disponível em comprimen-
tos de haste de 60” (152cm), 72” (182cm), 87” (219m) e um de impressionantes 100” (253cm).
- Todos com arrear/içar auto-
Riptide Instinct
mático via comando de mão e com ajuste de altura também.
Usa motores sem escovas (mais silenciosos, melhor rendimento, e deixa de ser preciso comprar escovas de vez em quando).
- Graças à tecnologia QUEST/ Brushless os motores tanto funcionam a 24 como 36V, ajustando a sua força de saída em função da tensão que o está a alimentar.
- O motores podem ter opção de pedal, e são também comandados via interligação com um Multifunções HUMMINBIRD (One-Boat Network) .
- Aliás, os motores vêm com transdutor integrado de sonda/sonar, Mega Side Imaging , da Humminbird.
- Haverá uma nova e única App , One-Boat Network App, para controlo dos motores, das Humminbird etc.
- Vêm com o novo comando de mão, universal, sem fios “Advanced Remote GPS”.
- Sensor de rumo/GPS integrado e não à parte como era antes.
- Os motores estão disponíveis em preto ou branco, ambos para operar até nos mais exigentes ambientes de água salgada.
Riptide TerrovaA série Terrova pode simplificadamente dizer-se que é a Ulterra sem o sistema de içar/arrear automático (Auto stow/deploy). Por isso têm recursos praticamente iguais. São motores para continuar a pescar mantendo o pescador sempre livre sempre na luta. Os Minn Kota® Terrova® reagem instantâneamente contra correntes e ventos, para que nos possamos concentrar em lançar e apanhar o próximo peixe troféu. As hastes mais longas, com comprimentos de até 100” (2,54m), mergulham para uma forte fixação
do barco no ponto escolhido. Se as coisas ficarem difíceis, a precisão inabalável da sua âncora eletrónica GPS SpotLock® e o estabilizador BowMount garantem o não se sair da posição.
Riptide Ulterra Igualmente totalmente redesenhados. O Auto Stow/Deploy (içar/arrear automático) e o Power Trim da Ulterra têm há anos ajudado os pescadores a aproveitar ao máximo seus dias na água. Agora, este motor fácil de usar foi completamente re-imaginado
para lidar com exigências ainda mais difíceis.
O pescador pode guardar, implantar e ajustar o Ulterra a partir do comando remoto de mão ou do pedal, o que significa que nunca mais precisará tocar no motor.
Com um pedal programável, motor e montagem reprojetados, funcionalidade de GPS mais avançada (Advanced GPS Remote) do que nunca e até mesmo um modo ecológico para prolongar a vida útil da bateria, tudo o que se precisa fazer é escolher
se deseja Humminbird Dual Spectrum CHIRP integrado ou MEGA Side Imaging, no seu motor.
Riptide PowerDrive
Confiável, capaz, e totalmente capaz de lidar com qualquer
coisa que um dia de pesca traga. O PowerDrive™ aparece na rampa de lançamento todos os dias com tecnologia de ponta, potência confiável e operação fácil. Escolha entre a operação com um pedal ou um micro controle remoto
Minn Kota e entre na água. E com uma montagem resistente, elegante e construída para aguentar uma surra, ela continuará aparecendo dia após dia.
Entre e saia da água facilmente. Basta pressionar a alavanca para acionar o motor de pesca e, quando chegar a hora de se mover, ele será guardado com facilidade e segurança.
Os novos
Ultrex, com e sem escovas
A série Ultrex foi totalmente redesenhada. Tem uma sub-gama tradicional com os motores com escovas e as variantes QUEST, sem escovas. Mantêm o seu conceito inovador de pedal tradicional por cabos (mecânico) mais ao gosto dos pescadores exigentes pela sua reatividade mais natural aos movimentos do pé. Pisa-se o pedal Ultrex™ e sente-se o que um potente comando
faz com um motor de pesca. Em seguida, o toque no botão Spot-Lock® para permanecer num ponto de pesca automaticamente. Somente o Ultrex combina o pedal por cabo, o mais responsivo e intuitivo de todos os tempos, com o controle automático do barco por GPS.
O design patenteado “LiftAssist “da Ultrex reduz o peso de arrear/içar à agua pela metade. Apresenta uma mola de aço inoxidável carregada com gás nitrogênio.
“Steering Lock”: Quando se tira o pé do pedal do Ultrex, a cabeça do motor permanece apontada na direção em que estava. Sem recuo ou reajuste, apenas comando mais fácil todos os dias.
Novo comando remoto sem fios “Advanced GPS Remote“
O comando remoto i-Pilot padrão e o controle remoto iPilot Link com ecrã a côres e táteis, foram agora consolidados num só comando univer-
sal, redesenhado e passado a chamar-se “Remoto sem fio de navegação GPS avançado”: MinnKota Advanced GPS Remote.
O novo controle remoto GPS avançado inclui a capacidade de rede com Humminbird compatíveis, como
parte da “One Boat Network” de Minn Kota.
Esta App tem também um modo de monitorização da carga das baterias.
Essencialmente, isso significa que todos os novos motores incluirão o que antes era conhecido como i-Pilot Link, além de algumas novas funções.
O comando remoto também apresenta um novo layout de botões com botões programáveis para seus comandos favoritos, bem como ecrã monocromático.
Notícias
Notícias do Porto de Setúbal
Doca das Fontainhas com Posto de Carregamento Eléctrico para a Náutica de Recreio
A Administração do Porto de Setúbal e Sesimbra (APSS) e a Mobi.E assinaram, no dia 11 de abril, um protocolo de cooperação que contempla a instalação, na Doca das Fontaínhas, de um posto de abastecimento para embarcações elétricas de recreio.
OProtocolo de cooperação, assinado pelo do Presidente da APSS, Carlos Correia, e pelo CEO da Mobi.E, Luís Barroso, prevê o desenvolvimento e implementação de estruturas de carregamento de veículos elétricos, incluindo para efeitos do presente protocolo viaturas, ligeiras e pesadas, e embarcações de recreio, de pesca e de atividade marítimo-turística, nas áreas sob jurisdição da APSS” e pretende “dar o seu contributo para os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas, do Pla-
no ECO.AP 2030, do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030) e do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (RNC 2050).
Para o presidente da APSS, Carlos Correia, “a parceria que hoje concretizamos com a Mobi.E, não é apenas mais um evento ou uma ação singular, mas antes, a primeira de um conjunto de iniciativas que integram um roteiro de ações concretas para a descarbonização do Porto de Setúbal, um dos pilares da estratégia Hub2Green Setúbal. Uma estratégia que visa transformar o Porto de Setúbal num Hub Económico de Desenvolvimento Sustentável diferenciador a nível, regional, nacional e europeu, parte de cadeias logísticas sustentáveis e infraestrutura determinante para a criação de emprego, a atração dos novos clusters da reindustrialização, nomeadamente o papel do Porto de Setúbal para a estratégia nacional das energias renováveis oceânica, bem como outras das energias verdes e da economia circular, inovação e bioeconomia”
Por seu lado, o presidente da Mobi.E salientou que “o
protocolo que assinamos hoje é serviço público e responde a necessidades específicas, criando condições para termos um país ambientalmente mais sus-
tentável. A APSS e a Mobi.E têm os mesmos objetivos e a assinatura deste protocolo reflete a aposta cada vez maior na descarbonização por parte das duas entida-
des”. Luís Barroso destacou ainda “a celeridade e capacidade de resposta da Mobi.E pondo de pé em menos de dois meses este projeto, que permitiu ao Porto de Setúbal afirmar-
se como porto pioneiro na instalação de um posto de abastecimento elétrico para embarcações de náutica de recreio”
A Sessão incluiu ainda uma Mesa-Redonda sob o tema A
Mobilidade Elétrica: Rumo à Descarbonização, que contou com Isabel Moura Ramos, da APSS, Alexandre Videira, da Mobi.E, Manuel Novais, da Rodocargo, João Gouveia, da ANTRAM e Manuel Cos-
ta Braz, da SUNCONCEPT, tendo moderação do Professor Tiago Farias, do Instituto Superior Técnico. Para terminar foi inaugurado o posto de carregamento na Doca de Recreio das Fontainhas.
Notícias da Marinha
Marinha Liberta 300 Ruivacos-do-oeste no Rio Sizandro
Ruivacos-do-oeste
O Aquário Vasco da Gama (AVG), órgão cultural da Marinha Portuguesa, libertou 300 ruivacos-do-oeste no rio Sizandro, em Runa, Torres Vedras, no dia 9 de abril.
Estes peixes nativos pertencem a uma espécie nativa e única de Portugal que existe
exclusivamente nos rios da região Oeste: Sizandro, Alcabrichel e Safarujo. Os exemplares de ruivacos-do-oeste
(Achondrostoma occidentale) que serão libertados, são descendentes de peixes selvagens do rio Sizandro que se
Este Projeto de Conservação, tem como objetivos contribuir para o reforço das populações selvagens ameaçadas pelas secas extremas e a poluição
reproduziram em tanques ao ar livre no AVG.
Este Projeto de Conservação, aprovado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, tem como objetivos contribuir para o reforço das populações selvagens ameaçadas pelas secas extremas, pela poluição da água e pela destruição da vegetação nativa e sensibilizar as populações locais para a defesa do património natural constituído pela água dos rios, florestas ribeirinhas e seus habitantes.
Esta atividade contou com a participação dos alunos da Escola Básica de Runa e da Escola Profissional Agrícola de Torres Vedras, e contou com o apoio do Centro
de Educação Ambiental de Torres Vedras e da Junta de Freguesia de Runa.
Rio Sizandro Nasce em Satataria, no município de Sobral de Monte Agraço e atravessa este concelho de sul para norte, passando em vários pequenos aglomerados: Pêro Negro, Perna de Pau, Ponte Panasco e Gosundeira. No município de Torres Vedras, continua a seguir para norte passando por Feliteira, Dois Portos e Runa, após o que inflete para oeste atravessando a cidade de Torres Vedras e passando junto aos aglomerados de Ponte do Rol, Gibraltar, Ribeira de Pedrulhos, Bordinheira, Soito, Coutada, Figueiras e Foz, após o que desagua no atlântico, na praia Azul. O território atravessado por este rio tem um cariz agrícola de policultura, sendo que a partir do aglomerado de Runa tem associada uma área agrícola
de baixa aluvionar.
Estudo pioneiro sobre o Ruivaco-do-Oeste
O Ruivaco-do-oeste (Achondrostoma occidentale) é uma
espécie de água doce descoberta em 2005, que só existe em três pequenas ribeiras da Estremadura, entre Mafra
e Torres Vedras: Sizandro, Safarujo e Alcabrichel. É um peixe extremamente ameaçado porque os rios onde
Contou com o apoio do Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras e da Junta de Freguesia de Runa É um peixe extremamente ameaçado
O Ruivaco-do-oeste é uma espécie de água doce descoberta em 2005, que só existe em três pequenas ribeiras da Estremadura, entre Mafra e Torres Vedras, Sizandro, Safarujo e Alcabrichel
vive são pequenos e com caudal reduzido e por isso têm muita falta de água no verão e estão muito sujeitos à poluição.
Com o objetivo de reproduzir e manter espécies amea-
çadas de água doce da fauna e flora portuguesas, para posterior libertação, o Aquário Vasco da Gama desenvolve desde 2008, em parceria com o MARE-ISPA, a Quercus e a Faculdade de Medicina
Veterinária o projeto “Conservação ex situ de organismos fluviais”.
O Ruivaco-do-oeste é uma das espécies que tem sido reproduzida com sucesso, em tanques no Aquário, onde
O Ruivaco-do-oeste é uma das espécies que tem sido reproduzida com sucesso, em tanques no Aquário Vasco da Gama
se recriaram as condições do seu habitat natural. Desde o início do projeto foram já libertados na natureza milhares de ruivacos.
A manutenção e reprodução em cativeiro destes peixes proporcionou a oportunidade para o estudo pioneiro do desenvolvimento embrionário e larvar desta espécie, a partir de posturas realizadas num tanque de 1250 litros, com 27 exemplares adultos. O nascimento das larvas ocorre cerca de 8 dias depois da postura e as larvas recémnascidas medem cerca de 7 mm.
Com a colaboração de uma estagiária de mestrado e o apoio do ISPA, que ofereceu uma máquina de fotografia ao microscópio, foi realizado um trabalho de descrição dos ovos e larvas do ruivaco-do-oeste. O resultado deste trabalho foi divulgado no congresso 2020 da Sociedade Ibérica de Ictiologia, tendo sido produzido um poster apresentado num dos painéis de divulgação do congresso.
Pode consultar o poster apresentado no Congresso 2020 da Sociedade Ibérica de Ictiologia em: https://ccm.marinha.pt/pt/aquariovgama_web/multimedia_web/Documents/Poster%20congresso%20SIBIC2020.pdf
Pode também assistir ao nascimento de uma larva de Ruivaco-do-oeste em: https://www.facebook.com/watch/?v=274706887429022
Notícias da Marinha
Navegadores do século XXI
Isabel Bué, a Primeira Comandante de Veleiro da Marinha
A Comandante Isabel Bué, nascida em Torres Novas em 1982, fez história este ano ao tornar-se a primeira mulher a comandar um veleiro da Marinha Portuguesa, o NRP Polar.
Graduada em Ciências Militares Navais pela Escola Naval, especializou-se em Navegação e concluiu, também já
em 2024, o seu Doutoramento em Ciências Geofísicas e da GeoInformação.
Ao longo de sua carreira, a Comandante Bué tem acu-
mulado uma ampla experiência, tendo servido em diversos navios e desempenhado funções de destaque. Quando foi navegadora da fraga-
ta Corte-Real, participou em missões internacionais, incluindo combate à pirataria na Somália e apoio humanitário à Ilha da Madeira, após o aluvião em 2010. Desempenhou também funções no NRP Sagres, onde um dia sonha voltar.
A Comandante Isabel Bué tem contribuído, igualmente, na formação dos futuros oficiais da Marinha como docente na Escola Naval, onde lecionou aulas em disciplinas como Navegação Tática e Navegação Costeira. Atualmente, a Comandante Isabel Bué continua sua contribuição para a Marinha como docente no Departamento de Ciências do Mar da Escola Naval e comanda o NRP Polar.
NRP Polar
O navio-escola Polar (ex “ANNE LINDE”), foi construído em 1977 nos estaleiros Phoenix B. V., Westerbroeck, em Roterdão, teve o seu primeiro registo em Viersen (RFA) e foi usado em cruzeiros até 1982. O Polar foi incorporado na Marinha Portuguesa em 21 de outubro de 1983.
O navio-escola Polar é uma réplica do famoso iate América que atravessou o Atlântico para vencer a 100 Guinea Cup, em 1851, dando o seu nome ao troféu mais cobiçado do mundo.
Em 1983 foi adquirido pela «Windjammer fur Hamburg» para ser entregue à Marinha como contrapartida pela cedência da “Sagres I”.
O Polar e efetuou a sua primeira missão em abril de 1985, depois de um longo período de fabricos, substituindo, na instrução de cadetes da Escola Naval, o palhabote Sirius (1876), antigo iate real que o Rei D. Luís oferecera à Rainha D. Maria Pia. A bordo do Polar, os Cadetes e Aspirantes da Escola Naval têm a possibilidade de pôr em prática os conhecimentos adquiridos, especialmente nas áre-
as da navegação, marinharia e adaptação à vida no mar.
Patrono
O nome Polar tem origem na estrela Polar, que tem esse nome pelo facto de permanecer fixa numa posição coincidente com a projeção do eixo da terra. É utilizada, em termos de navegação, como um referencial na orientação, indicando o ponto cardeal norte. Desempenha ainda um papel importante na navegação astronómica, nomeadamente na determinação da latitude.
O navio-escola NRP Polar, substituiu na instrução de cadetes da Escola Naval, o palhabote Sirius (1876), antigo iate real que o Rei D. Luís oferecera à Rainha D.
Notícias
Notícias da Câmara Municipal de Portimão
Porto de Portimão Recebe 23 Escalas Entre Abril e Maio
Localizado estrategicamente entre o Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, o Porto de Portimão tem vindo a cimentar a sua posição privilegiada, estando já confirmadas para este ano 56 escalas de navios de cruzeiro, totalizando algumas dezenas de milhar de passageiros.
Destaque para as 23 escalas nos meses de abril (13) e maio (10), algumas das quais na mesma data, de onde sobressai o dia 14 de maio, quando Portimão receber os navios “National Geographic Explorer”, “Hamburg” e “Seadream I”.
No que toca ao número de passageiros, merecem referência os navios “Norwegian Dawn” (2340 – 11 de maio), “Carnival Legend” (2680 – 10 de junho), “Norwegian Pearl” (2394 – 18 de novembro), “Norwegian Star” (2348 – 4 de dezembro) ou “Explora II” (1473), este último com duas
escalas previstas para o Porto de Portimão, nos dias 15 de agosto e 12 de outubro. Mas em Portimão também irão atracar navios emblemáticos, como o “Sea Claoud Spirit” (19 de maio), o “Seven Seas Voyager” (17 de junho), ou o “Royal Clipper”, considerado um dos mais elegantes
veleiros da atualidade e que, depois da escala no passado dia 16 de abril, regressará à cidade já no próximo domingo, dia 21.
Toda esta movimentação contribui fortemente para a promoção turística do Algarve, dinamizando a economia regional.
Segurança
Simulacro de Colisão Entre Navios em Portimão
Um simulacro de uma colisão entre dois navios mercantes que provocou o derrame de combustível no porto de Portimão, serviu hoje para testar os meios de prontidão e combate à poluição por hidrocarbonetos no mar.
Durante o simulacro que testou 5 ocorrências em 5 áreas distintas, não foi detetada nenhuma situação preocupante na resposta dos meios O exercício Atlantic POLEX. PT, realizado anualmente pela Autoridade Marítima Nacional (AMN), integrou também um simulacro de derrame de combustível originado pela avaria no sistema de abastecimento no porto comercial, que “provocou” um ferido grave.
Face à “gravidade” do incidente de impacto regional foi ativado o segundo grau do Plano Mar Limpo, que prevê o reforço de material. O plano integra quatro graus, sendo o primeiro acionado para grandes acidentes com mobilização nacional de meios, o segundo com mobilização regional, o terceiro de resposta a pequenos eventos e o quarto que configura a prontidão dos meios.
No estuário do rio Arade,
caver, dado ser região sensível em questões ambientais e associadas ao turismo”, apontou.
em Portimão, foram montados cinco cenários de contenção e recolha de fuelóleo, proteção da marina, estaleiros e zona da Docapesca, e de recolha de aves e animais marinhos.
O produto derramado “dispersou-se em duas grandes manchas de poluição que derivaram para a entrada do porto, praias adjacentes e zonas importantes para a economia local”, cabendo às autoridades proceder à sua contenção e recuperação, através da colocação de mangas/barreira.
De acordo com o diretor-geral da Autoridade Marítima Nacional, o vice-almirante Carlos Ventura Soares, o exercício “que é feito em várias áreas do país, pretende que cada área esteja preparada para responder a acidentes de poluição no mar”. “Testamos este ano aqui no Algarve um conjunto de situações que importa pre-
Segundo o responsável, o simulacro revela-se de “extrema importância” em termos de cooperação de várias entidades e de integração de meios da Docapesca, autarquias, Administração dos Portos de Sines e Algarve e da proteção civil”. Trata-se de um plano nacional de emergência para o combate à poluição das águas marinhas por hidrocarbonetos e produtos perigosos e que estabelece um dispositivo de resposta a situações de derrames ou da sua iminência, define responsabilidades e fixa competências das autoridades.
Durante o exercício que testou cinco ocorrências em cinco áreas distintas, não foi detetada nenhuma situação preocupante” na resposta dos meios.
O principal foi operacionalizarmos todos os canais de comunicação das várias entidades, fazendo disto uma resposta integrada.
Participaram no simulacro da AMN um total de 219 elementos de várias entidades, entre as quais a Proteção Civil, a Administração dos Portos de Sines e Algarve, técnicos do parque aquático Zoomarine e do RIAS, da Universidade do Algarve, da Força Aérea Portuguesa, da Agência Europeia de Segurança Marítima e observadores da Lituânia, Espanha, Marrocos e da Estónia.
Notícias
Congresso Mundial de Pescas 2024
O IPMA, representado pelo investigador A. Miguel Santos, apresentou a comunicação oral “An Automatic Ocean Observing Systems on Board a Cod Trawler Fishing Vessel”, no 9º Congresso Mundial de Pescas.
Decorreu no passado mês de Março, o 9º Congresso Mundial de Pescas (3-7 de Março de 2024), na cidade de Seattle, EUA. Organizado, a cada quatro anos, pelo “Conselho Mundial das Sociedades de Pesca”, tem por objetivo a troca de ideias e perspetivas sobre
investigação, questões emergentes, avanços científicos e governança relacionados com a ciência, indústria, conservação e gestão pesqueira. Este
congresso é o maior encontro do seu tipo, tendo este ano mais de 1200 apresentações orais e posteres apresentados por investigadores de mais de 70 países. O IPMA esteve representado pelo investigador
A. Miguel Santos, que apresentou a comunicação oral “An Automatic Ocean Observing Systems on Board a Cod Trawler Fishing Vessel” (Fig.1) e foi co-autor de uma outra, apresentada por Cooper Van Vranken, Ocean Data Network, em nome da rede Fishing Vessel ocean Observing Network (FVON), intitulada “Democratizing Ocean Observation Via Fishing Vessel-Based Integrations to Improve Ocean Predictions” (Fig.2). Estas comunicaçõ-es foram feitas na sessão “Enhancing coastal and ocean observing networks for ecosystem and fisheries monitoring and prediction”.
Peixe e Pesca no Nexo
Alimentos-ÁguaEnergia
A cada quatro anos, investigadores de todo o mundo reúnem-se para trocar ideias e perspectivas sobre novas investigações, questões emergentes, avanços científicos e governação relacionados com a ciência, indústria, conservação e gestão da pesca.
Enquanto se explora o tema do congresso Peixe e Pesca no Nexus Comida-Água-Energia, estamos a preparar um programa composto por uma plenária de abertura, sessões gerais, workshops educativos e simpósios planeados relacionados com a sustentabilidade, os peixes e os ecossistemas aquáticos, as pescas e a sociedade, e as inovações nas pescas.
Como cidade anfitriã, Seattle é o local ideal para uma conferência internacional sobre pesca e pesca, com um
Figura 2. Dados de temperatura, oxigénio dissolvido e pH, recolhidos em duas experiências: uma para os Grandes Bancos da Terra Nova e a outra para o Mar de Barents.
Apresentação da rede FVON por Cooper Van Vranken
Como as artes de pesca descem pela coluna de água, pescam e depois são puxadas de volta para cima, elas podem fornecer uma plataforma de perfil para sensores que registram dados
aeroporto internacional, um sistema ferroviário leve e transporte público. Lar de vá-rios líderes acadêmicos, governamentais e industriais em peixes e ciências pes-queiras, Seattle tem um centro vibrante cercado por florestas verdejantes, montanhas cobertas de neve, lagos e rios, Puget Sound e vários parques nacionais.
Fishing Vessel Ocean Observing Network (FVON)
As observações oceânicas são a base da nossa compreensão dos processos oceânicos. Melhorar estas observa-
ções tem implicações críticas para a nossa capacidade de obter alimentos do oceano de forma sustentável, prever fenómenos climáticos extremos que prejudicam a vida humana e produzir os bens e serviços necessários para satisfazer as necessidades de uma vasta e crescente população. Embora tenha havido grandes avanços na monitorização operacional sustentada dos nossos oceanos, ainda existem lacunas importantes de dados que resultam numa gestão dos oceanos e em decisões políticas subótimas. A indústria pesqueira global representa uma vasta oportuni-
dade para criar uma mudança de paradigma na forma como os dados oceânicos são recolhidos: a extensão espaçotemporal das lacunas nos dados oceânicos sobrepõese significativamente às atividades dos pescadores; os navios de pesca são plataformas de oportunidade adequadas para alojar equipamentos de comunicações e sensores; e muitos navios de pesca conduzem efectivamente um perfil de profundidade através da coluna de água no decurso das actividades de pesca normais, representando uma poderosa oportunidade de recolha de dados subterrâneos.
Os locais de projetos piloto e de redes estabelecidos, que colaboram com os pescadores para coletar dados oceanográficos
Os dados oceânicos recolhidos pelos navios de pesca podem complementar as redes de observação oceânicas existentes, permitindo a recolha económica de grandes quantidades de informações oceânicas subterrâneas em regiões com dados escassos. Existe uma rede global emergente de navios de pesca que participam em esforços colaborativos para recolher dados oceanográficos acelerados por inovações em tecnologias facilitadoras. Embora existam oportunidades claras que surgem da parceria com navios de pesca, também existem desafios que vão desde diferenças geográficas e culturais nas frotas, métodos e práticas de pesca, processamento e gestão de dados heterogéneos, bem como envolvimento a longo prazo dos pescadores. Para promover a observação oceânica baseada em navios de pesca à escala global, a Fishing Vessel Ocean Observing Network (FVON) visa maximizar o valor dos dados, estabelecer melhores práticas em torno da recolha e gestão de dados e facilitar a aceitação da observação. Os objetivos finais da FVON são promover observações colaborativas baseadas em navios de pesca, democratizar a observação oceânica, melhorar as previsões e previsões oceânicas, promover a pesca sustentável e impulsionar uma economia azul baseada em dados.
Notícias Nautiradar
Novidades Raymarine
A Raymarine anunciou uma gama impressionante de novos produtos, incluindo a gama Axiom® 2 XL, com um desempenho poderoso de chartplotter, navegação elegante em grande formato, e o novo sistema de radar estado sólido banda-X, Pathfinder, indicado para embarcações SOLAS CAT2 e CAT3.
Os novos displays multifunções glass bridge Axiom 2 XL, o display de topo da famí-
lia Axiom que oferece um desempenho poderoso de chartplotter, navegação elegante em grande formato e a
elegante simplicidade do sistema operativo LightHouse
4. Pensados para todas as condições climáticas, os ro-
bustos, mas bonitos displays Axiom 2 XL encontram-se em casa em cabinas abertas ou estações de ponte de vidro fechadas. Melhorado com poderosos processadores 6-core, rede expandida e displays HydroTough ultrabrilhantes, o Axiom 2 XL é o chartplotter premium para comandantes que exigem o melhor. Os displays Axiom 2 XL encontram-se disponíveis nos tamanhos de 16, 19, 22 e 24 polegadas.
Controlo remoto
Adicione o teclado RMK-10 e disfrute de um controlo completo do teclado remoto de cada Axiom 2 XL na sua
estação de governo. Integração de vídeo avançada - A entrada HDMI, a saída HDMI e a entrada do ecrã tátil USB
permitem a integração com o Axiom 2 XL com computadores remotos e monitores HDTV. Displays HydroTough - Pensado para desempenho em ambientes extremos. A tecnologia de nano-revestimento HydroTough™ repele a água para um controlo de ecrã tátil de confiança e oferece cores melhoradas e visibilidade sob luz solar. Navegue com Inteligência - Chartplotter, sonda, radar, piloto automático e vídeo integrados com o intuitivo sis-
tema operativo LightHouse 4. Brilho Automático de Display - Um sensor de luz ambiente ajusta automaticamente o brilho do display para as condições de iluminação diurna e noturna. Trabalho em rede superior - Crie uma estação de governo glass bridge com
vários displays Axiom 2 XL e opções de vídeo expandidas, incluindo 3 portas Raynet power-over-ethernet para conectividade de câmara de vídeo.
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
Raymarine Define um Novo Padrão em Operações de Embarcações Comerciais
ARaymarine está a abalar o mercado marítimo profissional com novo sistema de radar estado sólido banda-X, económico, fácil de instalar e com certificação IMO –Pathfinder. Concebido com base na comprovada e premiada tecnologia de radar de estado sólido, o Pathfinder é indicado para embarcações
SOLAS CAT2 e CAT3.
Este revolucionário sistema de radar é ideal para embarcações até 10.000 toneladas, incluindo super- iates, megaiates e embarcações OSV/ águas profundas. Recorrendo a tecnologia de ponta de estado sólido, este sistema oferece uma resolução e capacidades de deteção excecionais, mesmo sob as mais desafiantes condições marítimas. Cumprindo com as normas de certificação da IMO IEC 62288 e IEC 62388, este radar destaca-se pela sua manutenção reduzida, longevidade melhorada e operação simples. O radar Pathfinder de Banda-X está preparado para redefinir a consciência situacional marítima, tornando as viagens em ambientes difíceis mais seguras e previsíveis.
Oferecendo uma clareza excecional e interface de utilizador intuitiva, o Pathfinder é movido por uma antena aberta de baixo perfil de seis pés. Apresenta às tripulações
Pathfinder com display de 16” para embarcações de CAT3
uma separação de alvos superior e uma resolução melhorada de longo alcance, usando compressão de pulsos CHIRP e tecnologia de aprimoramento de feixe. O transmissor de estado sólido oferece um desempenho que ultrapassa um magnetrão de 12kW e o sistema cumpre e ultrapassa todos os requisitos de desempenho IMO, para deteção de alvos.
Com metade do peso de sistemas de radar comerciais comparáveis, o sistema Pathfinder tem uma instalação simples e possui um cabo de pequeno diâmetro, simplificando a passagem de cabos e reduzindo o tempo de instalação em vários dias. Além disso, está disponível para instalação em consolas, suportes de convés ou suportes de secretária para um retrofit simples.
O sistema Pathfinder possui várias portas de conexão de entrada e saída, permitindo uma personalização completa e a capacidade de adicionar funcionalidade no futuro.
Os displays, disponíveis em versões de 16” ou 19” para embarcações de CAT3 ou, 22” ou 24” para CAT2, são os mais brilhantes no mercado, aumentando largamente a longevidade do sistema. Os displays estão protegidos com
Pathfinder com display de 19” para embarcações de CAT3
a tecnologia de nano revestimento HydroTough da Raymarine, que repele água e óleos enquanto apresenta uma resolução HD e uma excelente visibilidade debaixo de luz solar. Levando uma abordagem criada do zero à experiência
de utilizador, a Raymarine desenhou uma nova interface que permite acesso a características críticas, sem distrair do ecrã principal de radar.
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
Pathfinder com display de 22” para embarcações de CAT2
Pathfinder com display de 24” para embarcações de CAT2
Notícias
Notícias ONE
ONE Lança Solução de Transporte Ecológico ONE LEAF+
A Ocean Network Express (ONE), um dos maiores armadores de contentores do mundo, anuncia o lançamento do seu serviço de transporte marítimo com emissões reduzidas - ONE LEAF+.
Esta solução foi concebida para satisfazer as aspirações partilhadas de descarbonização do setor do transporte marítimo. O ONE LEAF+ oferece aos clientes a oportunidade de gerir proativamente as suas próprias emissões e minimizar o impacto ambiental em toda a cadeia de valor.
O ONE LEAF+ oferece aos clientes uma série de benefícios, incluindo:
- Redução da Pegada de Carbono: A ONE implantará combustíveis alternativos em
conformidade com a regulamentação nos navios designados, permitindo que os clientes reduzam as emissões de GEE do Protocolo “Âmbito 3” nas remessas com a ONE. - Transparência Adicionada: Com o ONE LEAF+, os clientes receberão certificação indicando as economias de CO2e verificadas por uma terceira parte independente que irá verificar as remessas com a ONE, permitindo-lhes acompanhar o seu progresso em direção aos objetivos de sustentabilidade.
- Parcerias reforçadas: A ONE continuará a colaborar com parceiros com os mesmos objetivos e empenhados em iniciativas de sustentabilidade.
“Na ONE, estamos totalmente comprometidos com a nossa meta de alcançar emissões líquidas zero de GEE até 2050.” afirmou Gilberto Santos, vice-presidente sénior de gestão global de serviços comerciais da ONE. “O lançamento do ONE LEAF+ reforça o nosso compromisso com a sustentabilidade e
fornece aos nossos clientes as ferramentas e a transparência de que necessitam para fazerem escolhas informadas sobre as suas emissões de GEE de Âmbito 3.” Os Combustíveis alternativos e a Gestão de Carbono servem como iniciativas-chave para a ONE atingir a sua ambiciosa meta de emissões líquidas zero de GEE, incluindo o “Âmbito 2” e o “Âmbito 3”, até 2050. A ONE continuará a implementar as ações delineadas no seu roteiro para atingir o Net-Zero até 2050.
Para mais informações sobre o serviço ONE LEAF+: https://www.one-line.com/en/csr-home?hTab=.sustainable-shipping-solutions&vTab=%23sub-tab-Introduction
Notícias
Notícias do Porto de Lisboa
Porto de Lisboa Cresce na Carga e nos Cruzeiros
Em 2023, o Porto de Lisboa registou uma subida de 8,7% nas escalas de navios de carga – 2045 escalas -, que movimentaram 11 milhões de toneladas, e mais 6% nas escalas de cruzeiros, que movimentaram o valor recorde de 758 328 passageiros.
Na carga, destaque para o crescimento de 11% na carga geral, para as 4,6 milhões de toneladas, e para a subida de 13% na carga contentorizada. O Terminal de Contentores de Alcântara, cujo projeto de investimento na modernização do mesmo se encontra na segunda fase, contribuiu para esta recuperação tendo registado um crescimento de 48% em toneladas movimentadas. Os novos serviços que em 2023 começaram a operar neste terminal, nomeadamente para a América do Sul, foram decisivos no aumento da oferta disponível para as
empresas que visam exportar a partir de Lisboa.
Quanto ao mercado dos granéis, movimentaram-se mais 9,6% de granéis líquidos, com grande destaque para o aumento de 600% no mercado de bancas (fornecimento de combustível ao largo a navios). De destacar nos granéis sólidos o crescimento em produtos como o trigo, cevada, colza e o açúcar, superior a 40%.
Melhor ano de sempre nos cruzeiros no Porto de Lisboa
Nos cruzeiros, 2023 foi o melhor ano de sempre, tanto em número de passageiros como em escalas. Superou-se pela primeira vez a barreira dos 700 mil passageiros (758 328), o que significou um crescimento de 54% face a 2022, ultrapassando o anterior recorde que datava 2018, ano que registou 577 603 passageiros de cruzeiro. Nas escalas o recorde fixa-
se agora nas 347, mais 20 do que em 2022. Também as escalas em turnaround registaram um novo recorde, 107, ultrapassando o máximo absoluto das 103 escalas contabilizadas no período homólogo.
Do total de passageiros, 204 mil são do segmento turnaround, ou seja, de cruzeiros que têm embarque e/ou desembarque no terminal de cruzeiros da capital portuguesa. Este número representa um aumento de 131% neste segmento. Destaque para a maior operação de sempre de turnaround no Porto de Lisboa, a 30 de julho, com a movimentação de 9 163 passageiros, dos quais 4 476 embarcados e 4 687 desembarcados.
Principais mercados emissores nos cruzeiros
Em 2023, a Europa mantevese o principal mercado emissor de passageiros de cruzei-
ros para Lisboa, com o Reino Unido a liderar, representando 38% do total. Os EUA superaram a Alemanha, agora em segundo lugar, com um aumento de 116% nos passageiros, representando 20% do total. A Alemanha apesar do
crescimento de 14% caiu para o terceiro lugar com 15%. O Canadá e Portugal ocupam, respetivamente, o quarto e quinto lugares, com aumentos significativos nos números de passageiros (+172% e + 88%) face ao ano anterior.
CNC Recebe Mais uma Edição do Encontro e Troféu Brisa, de Vela Adaptada
Durante os dias 12 e 13 de abril, o Clube Naval de Cascais voltou a organizar mais uma edição do Encontro e Troféu Brisa.
Na sexta feira, dia 12, teve lugar o 17º Encontro Brisa, que este ano consistiu
em vários passeios a bordo do catamarã adaptado “Inclusion”. Mais de 50 utentes das Instituições CERCICA,
Centro de Apoio Social do Pisão, CRID – Centro de Reabilitação e Integração de Deficientes - tiveram esta
experiência náutica, muitos deles pela primeira vez. Já no sábado, dia 13, foi a vez do 15° Troféu Brisa, um campeonato nos barcos Hansa que junta sócios do clube e utentes que frequentam os programas da vela sem limites durante a semana. O Troféu contou com 16 utentes do Lar da Boa Vontade, Centro de Apoio Social do Pisão, CRID, CERCICA e ainda particulares, que disputaram uma série de eliminatórias que culminaram numa final, na qual competiram quatro barcos.
Os grandes vencedores foram António Chuço e António Barros, seguidos por Paulo Gonçalves e José Pedro Monteiro - velejador olímpico em LA ‘84 - e Gil Évora, que velejou com Duarte Champalimaud. Fernanda Boné, a fazer dupla com Francisco Brito e Abreu / Carolina João - velejadora olímpica do clube -, terminaram no quarto lugar.
Na entrega de prémios, Franco Caruso, Diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Brisa, destacou que “é uma honra poder ser um dos patrocinadores do projeto Vela Sem Limites” e que “costuma dizer-se que o importante é participar, mas, no caso da vela sem limites, o importante é mesmo vencer: vencer as dificuldades e vencer os momentos mais difíceis, e, portanto, é um projeto de vencedores que merece sempre uma salva de palmas todos os dias”
Notícias da Associação Nacional de Surfistas
Martim Nunes e Maria Salgado Vencem Projunior Porto&Matosinhos
Martim Nunes e Maria Salgado venceram o Projunior Porto&Matosinhos e derrotaram Francisco Queimado e Gabriela Dinis na final.
Esta prova foi a etapa inaugural do Junior Tour, circuito dedicado aos surfistas Sub-20 que se realizou num fim-de-semana na praia de
Matosinhos. A prova integrada no Porto&Matosinhos Wave Series 2024 decorreu com ondas de 1m a 1,5m tendo o domingo contado com as melhores condições
de prova.
O atual bicampeão nacional Projunior defrontou na final Francisco Queimado tendo alcançado a vitória com um score de 12.90 pontos contra 10.75 do adversário. Sagrou-se tricampeão do Projunior Porto&Matosinhos repetindo assim o triunfo alcançado nas duas anteriores edições desta etapa tendo realizado nas meias-finais, juntamente com Tiago Stock no Round 1, a melhor onda do evento com 8.50 pontos.
“Estou muito feliz por ganhar a 1ª etapa do Junior Tour aqui no Porto e em Matosinhos”, afirmou o campeão. “A vitória surge após um início de ano que não gostei tanto porque tive dois resultados menos positivos. Por vezes, corre mal, e há coisas a melhorar. Mas agora sinto-me feliz por ter conseguido mostrar o meu surf com consistência, ter feito bons heats e divertir-me com alguns dos meus melhores amigos. Estão todos de parabéns, principalmente, o Francis-
co Queimado. Agradeço ao David Raimundo e ao Vasco Ribeiro por terem-me ajudado, foram incansáveis durante todo o campeonato. Um obrigado aos meus patrocinadores, aos meus amigos e à minha família que estava em casa a torcer e apoiam-me sempre em tudo. Voltamos na próxima semana para a Liga MEO para fazer um bom campeonato e mostrar bom surf”, finalizou.
O atual vice-campeão nacional Pro Júnior, João Roque Pinho, e Afonso Pinto chegaram às meias-finais alcançando um 3º lugar ex-aequo, tendo sido vencidos por Martim Nunes e Francisco Queimado nesta fase, respetivamente.
Na categoria Feminina, Maria Salgado derrotou na final a atual campeã nacional Pro Júnior, Gabriela Dinis, com o score de 10.00 pontos contra 7.85. A jovem surfista de 17 anos, local de Santa Cruz, repete a vitória alcançada nesta etapa em 2022, ano em que se sagrou vice-campeã nacional da categoria. Foi também a atleta que efetuou a melhor onda do evento com 8.75 pontos logo na ronda 1.
“O campeonato correu bem”, referiu a vencedora. “Houve uns heats melhores e outros piores. Estou muito contente com o meu resultado porque tenho andado a treinar imenso. Acima de tudo, diverti-me muito. Estive aqui a ser acompanhada por toda a equipa da APS e foi muito giro. Agora é continuar a trabalhar e de depois logo vemos no final do circuito. Agradeço à organização, aos meus treinadores, aos meus patrocinadores e à minha família, em especial, à minha irmã porque é muito importante tê-la aqui comigo”, concluiu.
Constância Simões e Erica Máximo chegaram às meias-finais perdendo para
Maria Salgado e Gabriela Dinis, respetivamente.
Martim Nunes e Maria Salgado partem para a próxima etapa na liderança do ranking. Depois do Porto e Matosinhos, o Junior Tour segue viagem para as ondas de Viana do Castelo onde se realiza a segunda etapa do circuito, a 18 e 19 de Maio.
Resultados Projunior
Porto&Matosinhos
Final masculina: Martim Nu-
nes 12,90 x Francisco Queimado 10,75 pontos
Final feminina: Maria Salgado 10,00 x Gabriela Dinis 7,85 pontos
Melhor onda masculina: Martim Nunes e Tiago Stock 8,50 pontos
Melhor onda feminina: Maria Salgado, 8,75 pontos
Integrada no cartaz do Porto&Matosinhos Wave Series 2024, a primeira etapa do Junior Tour foi uma prova organizada pela Onda Pura
Surf Center e pela Associação Nacional de Surfistas, com a colaboração das Câmaras Municipais do Porto e de Matosinhos e o apoio técnico da Federação Portuguesa de Surf. Esta prova teve o patrocínio da Gold Energy, da 58 Surf, da Ramirez, da Solinca, Presto Pizza, da Vitalis, do MEO e do Hospital de Santa Maria – Porto. E contou com os media partners Surftotal, Beachcam e ONFIRE Surf Mag.
A praia de Matosinhos
Economia do Mar
Investimento de 32 Milhões
para Modernizar a Linha de Leixões
Aempreitada da Linha de Leixões, que serve o porto homónimo em Matosinhos, no distrito do Porto, será integrada em futura candidatura no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual 20212027 da União Europeia.
A modernização da Linha de Leixões para o tráfego de mercadorias, que será candidatada a fundos europeus, custará até 32 milhões de euros.
Segundo um despacho do Conselho de Administração da IP divulgado hoje, a empresa pública deliberou “proceder ao lançamento do procedimento pré-contratual necessário à contratação da execução” da empreitada de modernização da Linha de Leixões, pelo valor de 32 milhões de euros.
O montante é repartido
pelos anos de 2025 (4 milhões de euros), 2026 (16,8 milhões) e 2027 (11,2 milhões).
A modernização da Linha de Leixões para mercadorias também traz benefícios para o tráfego de passageiros, cuja retoma está prevista para final deste ano e. enquadra-se no Programa de Melhoria em Terminais Multimodais do Programa Nacional de Investimentos 2030.
A fiscalização da empreitada custará até 3,8 milhões de euros, segundo a IP.
O estudo encomendado à TIS não faz qualquer referência ao tráfego de passageiros na Linha de Leixões, circular ferroviária do Porto, cujo serviço a passageiros, encerrado desde 1987 e reaberto parcialmente entre 2009 e 2011, deverá voltar a abrir no final do ano.
Numa primeira fase estão previstos até dois comboios por hora que servirão as paragens de Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João (novo apeadeiro), São Mame-
Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com
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Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia
de de Infesta, Arroteia (novo apeadeiro junto à Efacec) e Leça do Balio, partindo de Ovar ou de Campanhã.
Numa segunda fase, o serviço poderá ser estendido a Leixões/Senhor de Matosinhos, com paragem em Guifões e Araújo/Custió.
Por estação, a procura anual estimada é de 502 mil passageiros por ano para Campanhã, 24.500 para Contumil, 123 mil para São Gemil, 444 mil para o Hospital São João, 132 mil para São Mamede de Infesta, 115 mil para a Arroteia e 49 mil em Leça do Balio, segundo dados da CP.
A linha está inserida numa malha urbana de forte crescimento populacional da Área Metropolitana do Porto, abrangendo parte dos concelhos do Porto, Valongo, Maia, Gondomar e Matosinhos.
Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00