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Câmara Municipal cria rede de oleões no concelho
// O Município de Vila Nova da Barquinha procedeu à colocação de oleões para a recolha de óleos alimentares usados, em todas as freguesias do concelho, no dia 11 de janeiro.
A reciclagem de óleos oferece diferentes vantagens para o ambiente entre as quais se destaca a redução da carga poluente nas Estações de Tratamento de Águas Residuais e a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito de Estufa) para a atmosfera.
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O óleo alimentar tem propriedades aderentes que tornam a diluição extremamente difícil. Um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água. Quando despejado para as condutas, solidifica nas paredes das tubagens, dificultando o escoamento.
Atenta a esta situação, a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha disponibiliza uma rede de 12 “oleões”, situados em todas as freguesias do concelho. Estes recipientes têm sensores que detetam o estado de enchimento; a
// Localização dos oleões:
• Praia do Ribatejo: Rua do Mercado
• Madeiras: Rua N.ª Sr.ª de Fátima
• Limeiras: Rua Humberto Delgado
• Tancos: Rua 25 de Abril
• VN Barquinha: Rua do Lagarito
• VN Barquinha: Tv. dos
Descobrimentos
• VN Barquinha: Rua Dr. Joaquim Vitor Arnaut Pombeiro (Alto da Fonte)
• Moita do Norte: Rua 1.º
Dezembro
• Moita do Norte: Rua da Torrinha
• Cardal: Rua Miguel Torga
• Atalaia: Rua Mouzinho de Abuquerque (junto ao parque Dr. Eustáquio Picciochi)
Município à Agência Portuguesa do Ambiente, “é a variação significativa do caudal”. O presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha explicou que “de repente, temos dois metros acima do leito normal do rio e, logo de seguida, temos o leito dois metros abaixo. Isto deve-se a descargas completamente aleatórias por parte das barragens, recolha é depois feita por uma entidade licenciada contratada pela Câmara Municipal, a Hard Level.
Os oleões estão equipados com tecnologia IoT – Internet of Things; por um lado um sistema de sensorização que permite saber em tempo real o estado de enchimento dos equipamentos, por outro, interagir através de uma App com o munícipe permitindo-lhe assim contabilizar os seus depósitos de Óleo Alimentar Usado e habilitar-se a prémios no decurso das campanhas e sorteios a realizar em breve.
Existem algumas regras para que os óleos sejam depositados nos recipientes. A principal é que só se deposite óleo alimentar usado e azeite. O óleo alimentar usado, depois de arrefecer, deve ser colocado num recipiente de plástico limpo. Quando este estiver cheio deve ser bem fechado e depositado dentro do oleão. Produtos como manteiga, óleo lubrificante (motores), ou outros tipos de resíduos não devem ser colocados.
• Atalaia: Rua Patriarca D. José (junto à creche/centro de dia) / que por sua vez, tem a ver com a produção de energia”.
Neste caso em concreto, foi “a violência das correntes que se fizeram sentir”. Da parte das boas notícias esteve o cais de Tancos, “que também é novo, foi comprado o ano passado e que resistiu a esta intempérie”.
Nos Trilhos Panorâmicos do Tejo
“foram situações pontuais, nomeadamente na zona da margem direita do rio Zêzere uma parte do passadiço ficou alagado mas não sofreu danos, até porque a força maior da água vinha no sentido do Tejo. O que temos a fazer ali é uma questão de limpeza, retirar algumas pedras e obstrução dos trilhos mas são coisas sem valor significativo”.
O valor mais significativo, na ordem dos 100 mil euros, tem a ver com o cais de Almourol, “valores de 2021, quando fizemos a aquisição do cais de Tancos”.
Fernando Freire confirmou estar a ponderar o envio do montante dos prejuízos ao Governo pois, tal como em situações anteriores, “está-se a trabalhar no inventário dos prejuízos no Porto, em Lisboa e também no Alto Alentejo. Pela nossa parte também fazemos o nosso papel e vamos remeter à Administração central. Se houver fundos comunitários ou alguma gaveta do Orçamento Geral do Estado que possa comparticipar, para um concelho como Vila Nova da Barquinha, é sempre relevante”.
Questionado se poderia juntar-se a outros municípios ribeirinhos que tiveram estragos consideráveis devido à mesma situação de cheias, nomeadamente Mação, com a destruição parcial dos passadiços de Ortiga, Fernando Freire confirmou que é um assunto que irá levar à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Afirmou ainda já ter falado com o presidente Vasco Estrela, da Câmara de Mação, “para que possamos discutir todos, no âmbito da Comunidade Intermunicipal, e fazermos um inventário das respetivas despesas para remetermos para a tutela sobre estas situações”.
“Acho que uma ação concertada terá muito mais peso do que um ato isolado”, assumiu o presidente da câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha.