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CIEC assinalou 10 anos de promoção da ciência junto dos mais novos
São dez anos de trabalho na promoção das ciências junto dos mais novos. E passados 10 anos, o CIEC - Centro Integrado de Educação em Ciências promoveu as ciências de tal forma que os alunos que passaram pelo secundário e hoje já são universitários melhoraram as suas performances nas disciplinas ligadas às ciências.
Este centro começou a ser desenhado antes de 2013 e antes até de 2010 quando houve a possibilidade de se criar uma parceria entre a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, a comunidade escolar do concelho e a Universidade de Aveiro para a criação desta “Escola Ciência Viva”. Aliás, o CIEC tem como parceiros outros dois centros de ciência viva vizinhos, o Alviela e o Parque de Astronomia de Constância.
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O CIEC foi inaugurado em 2013 com um laboratório para ensino experimental de ciências, um centro interativo de ciência alicerçado em temas locais e aberto à comunidade, formação contínua de professores e investigação nas suas áreas.
O CIEC tem uma relação com a escola em contexto formal o que leva a que as crianças da educação pré-escolar e os alunos do primeiro ciclo tenham atividades regulares e formais nos laboratórios. Os jardins de infância têm visitas todos os meses para além de poderem ter atividades interligadas com o centro. Mas depois há um contexto não formal na relação entre o CIEC e as crianças de Vila Nova da Barquinha. São 12 oficinas que são disponibilizadas para as crianças, consoante as suas idades.
Paralelamente às áreas científicas e educacionais há depois um conjunto de ofertas e conhecimento para a sociedade, como a exploração do Castelo, ou a Barquinha, ou o Tejo, ou o voo.
Tudo em prol de um melhor desenvolvimento das crianças e por forma a aumentar o gosto pelas ciências, até porque há na exposição permanente jogos e atividades sensoriais.
Por exemplo, um desses jogos permite às crianças simular o controlo de caudais do rio Tejo para inundar ou não inundar Vila Nova da Barquinha.
As crianças são convidadas a “fazer” chover e consoante os volumes de chuva terão de gerir descargas de barragens. Para evitar a inundação de Vila Nova da Barquinha po- dem construir muros de proteção. E depois é gerir os três parâmetros num monitor. Caso Vila Nova da Barquinha fique inundada, no final do jogo aparece o presidente da Câmara com uma boia. É um jogo, mas no qual as crianças podem gerir duas variáveis (chuva e barragens) e têm ainda uma terceira (colocação de muros) para evitar um desastre.
Paula Pontes, vereadora com o pelouro da Educação do Município foi a anfitriã do 10.º aniversário do CIEC, “um espaço único focado no ensino experimental da ciência com vários projetos.” E, adiantou Paula Pontes, “há provas de que este trabalho tem resultados no aproveitamento escolar dos alunos.”
O CIEC tem um conjunto de financiamentos do PEDIME (Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal da Educação no Médio Tejo) sendo o mais recente o projeto “Cultivar-te” que tem uma Horta Pedagógica na escola para unir gerações.
O aniversário do CIEC, 10 anos, mistura-se com a criação da Universidade de Aveiro. Foi em 1973 que o então ministro da Educação Veiga Simão fundou a universidade Aveiro no mesmo dia que foi criado o CIEC.
Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro, esteve presente nesta cerimónia na qual mos- trou orgulho no trabalho profícuo de 10 anos em prol da educação.
Paulo Jorge Ferreira vincou que a “educação afeta aquela geração e a que se segue.”
Ana Rodrigues, investigadora da Universidade de Aveiro é considerada a “mãe” do CIEC, pois foi a sua tese de doutoramento que acabou por dar origem a este centro. A investigadora vincou o início do CIEC e o trabalho em equipa na altura com o presidente da Câmara Miguel Pombeiro.
Deixou uma nota clara, “que não se esqueçam dos princípios fundamentais, educação formal e informal e com atividades com a envolvência da população.”
E sublinhou o trabalho da Escola Ciência Viva de Barquinha que “é um bom exemplo de como poderemos educar as nossas crianças.”
Ana Rodrigues virou-se depois para o seu reitor para outro agradecimento: “obrigado à Universidade de Aveiro por acreditar nos seus investigadores.”
Miguel Pombeiro era, à altura, o presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha. Hoje, o secretário executivo da Comunidade
Intermunicipal do Médio Tejo, salientou a importância deste projeto. E depois, Miguel Pombeiro, revelou que o Plano de Recuperação e Resiliência prevê “apoiar projetos deste género e estamos em 2023. Este projeto [em Vila Nova da Barquinha] surgiu em 2013.” E acrescentou que a ”escola pública pode ter tanta qualidade como o privado.”
Fernando Freire, presidente da Câmara da Vila Nova da Barquinha está ligado ao CIEC, primeiro como vereador com o pelouro da Educação e Cultura, depois como presidente do Município.
Foi, precisamente, em 2009 que começou a ser desenhado este projeto. “Era eu vereador da Educação”, disse ao mesmo tempo que acrescentou que “o difícil não é fazer nascer o projeto, é manter o seu funcionamento.”
O autarca de Vila Nova da Barquinha explicou o início, mas também o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido e que tem já reflexos no aproveitamento escolar dos alunos que tiveram na sua formação a passagem pelo CIEC.
Recordou Fernando Freire que, na altura, como estava a ser desenvolvido o projeto da nova Escola foi feita a integração do CIEC na Escola, neste envolvimento com a comunidade escolar.
Entre o bolo de aniversário, uma visita ao final de uma aula com a presença de uma turma em laboratório os convidados para o 10.º aniversário do CIEC foram brindados com a presença da “Barquinha Saudosa” que cantou os “Reis” ou as “Janeiras” em diversas instituições de Vila Nova da Barquinha.
Quando ao Centro Integrado de Educação em Ciências de Vila Nova da Barquinha vai continuar a promover o gosto pela ciência nos mais novos, por forma a apurar vocações e a melhorar o aproveitamento escolar porque como diz do ditado “é de pequenino que se torce o pepino”.
Jerónimo Belo Jorge