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professor e músico

Palmeira tem 66 anos e reside na cidade de Santana do Cariri, Ceará. Desde criança, possui envolvimento com a música e uma variedade de instrumentos. Durante sua vida, foi um profissional da área musical, viveu diversas experiências enquanto artista e continua difundindo conhecimentos para outras pessoas, na sua casa e em toda a região do Cariri. Ele guarda uma história de dedicação e amor à música regional. Aprendeu sozinho, de ouvir e olhar, a tocar sanfona, violão, baixo, guitarra, bateria, teclado, cavaquinho e zabumba.

Chico

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Qual o seu nome completo?

Meu nome completo é um nome que eu sempre me repudiei. Eu gosto de usar é o meu nome de guerra: Chico Palmeira. Não gosto de usar o meu nome completo em nada que se refira a vida artística, em matérias que fale de mim como artista.

E de onde vem o nome “Chico Palmeira”?

No começo da minha vida artística, eu saí de Santana do Cariri com nove anos de idade para uma cidade chamada Palmeira dos Índios, já tocando violão. Então, lá em Palmeira, que é uma cidade de porte muito elevado, eu fui muito visto pela família Sampaio, que lá são os donos da rádio Sampaio. Quando eu cheguei lá tocando violão eu tive proveito na música, participei de vários conjuntos, que nesse tempo não se chamavam de bandas. Conheci pessoas formadas em música. Aí, deixando a rádio Sampaio, com 14 anos de idade, eu já sabia tocar sanfona, participei de muitos shows radiofônicos de lojas, aqueles shows em frente de loja, nas Casas Bezerra Gomes, nas Casas Paulistas, nas casas Gecunhas. E foi lá que eu criei essa fama, ganhei esse nome. Chico Palmeira. Meus pais também são naturais de lá.

E a vida artística aqui no Cariri, como começou?

Depois dos anos 70, eu voltei pro Cariri, e fui sanfoneiro no pé da serra e ocupei a super banda Quente Som daqui de Santana do Cariri. Depois a banda Santana Som, isso eu ocupei tocando dó, ré, mi, no dia 29 de dezembro, de 1978.

Como era o contato do senhor com a música durante a infância?

Ah, na época da infância não tinha estrutura musical, não tinha oportunidade. Mas, aí eu comecei tendo algum aproveito depois que passei a tocar em bandas, aprendi a cifrar, aprendi sobre partitura. Mas, na infância eu só sabia tocar violão.

Seu Chico, mas quais foram as principais influências para que o senhor tivesse essa vontade de aprender a tocar instrumentos?

A minha influência vem da minha genética. Vem do meu pai. Meu pai tocava pife, flauta, zabumba... aqui em Santana, numa fazenda no sítio Baixio, todo mundo gostava de ir ver tocando o filho de Zé Palmeira, com 9 anos de idade tocar, tocava o pife, tocava zabumba, fazia uma festa e o pessoal ia dançar nesse tempo. Só sei que na minha infância pra onde o meu pai ia, eu estava presente.

Por que foi o violão o primeiro instrumento que o senhor aprendeu a tocar?

Porque foi o primeiro que surgiu em casa, um violão comum, chamado caveira de pau, nessa época ninguém podia comprar instrumentos, né? E apareceu o violão nas mãos do meu irmão mais velho, Espedito. Meu pai comprou para o meu irmão, aí quando eu vi ele afinar o violão pela primeira vez, ele começou a passar o violão pra mim, e comecei logo a tocar. Aí quando depois ele comprou a sanfona, eu passei dele, e ele se aquietou, né? (risos) e passou a ser só cantor.

Então o senhor aprendeu a tocar o violão com seu pai ou com seu irmão mais velho?

Aprendi com Deus. Aprendia vendo. Aprendia ouvindo aqueles discos de carnaúba. No tempo isso era chamado de cópia, o que hoje é chamado de ensino e aprendizado. Mas na época era chamado cópia. Naquela época a gente copiava, porque não existia conhecimento, porque na região não existia nenhum lugar que a gente pudesse ir pra alguém ensinar a tocar alguma coisa. Tinha aqueles que sabiam tocar e a gente ficava olhando para onde iam os dedos. Ninguém sabia dizer o que era “sol”, o que era “lá maior”, não sabia dizer essas coisas. Eu aprendi essas coisas vendo. Teve até vezes que eu passava mal, lá em Palmeira dos Índios, quando alguém me perguntava as coisas e eu não sabia explicar da forma certa.

Seu Chico, nessa época em que o senhor ia conhecendo e aprendendo a tocar os instrumentos, tinha outras pessoas que também aprendiam?

Ah, tinha aqueles que tinham o interesse, que também aprendiam como eu, só vendo, porque não tinha a parte educativa como hoje. Mas também não era todo mundo que aprendia, porque o que eu digo é que a música é pra quem tem o dom. Eu me acho uma pessoa que tem esse dom, porque da sanfona e do violão, eu cheguei a tocar o baixo, a guitarra, a bateria, o teclado, o cavaquinho. Até porque com a estrutura que eu encontrei em Palmeira dos Índios me ajudou a montar uma sala de expansão na minha própria casa.

De fato, quantos e quais são instrumentos o senhor sabe tocar?

Baixo, guitarra, bateria, sanfona, teclado, violão, cavaquinho, zabumba, saxofone... e tantos outros que me falham a memória.

Tem algum que o senhor sabe tocar, mas não sabe ensinar?

Não, até porque é o seguinte... Nessa literatura aí, as armações dos instrumentos é que ensinam o professor a ensinar, só três claves instrumentais são suficientes, a clave de lá, a clave de fá e a clave de sol ensinam o professor a ensinar até aqueles instrumentos que ele não sabe tocar. Qual o instrumento que o senhor mais gosta de tocar? E qual o senhor é o mais difícil de tocar?

Olha, eu sou um pouco vaidoso, eu gosto de todos os instrumentos. Mas o que eu gosto mais é do violão, por dois motivos. Um é porque foi o primeiro que eu aprendi, e outro é porque eu gosto de mulher (risos). Sobre o instrumento mais difícil de se tocar, não existe isso. Como eu disse, tudo depende do dom e da determinação da pessoa. Certo, então não existe um instrumento que é mais difícil de tocar, tudo depende da determinação da pessoa?

Depende da determinação, não existe um instrumento mais difícil, na música não tem dificuldade, nem facilidade, o que existe é vocação… a perfeição do músico, aí quando ele tem a perfeição. O professor não tem como tocar ou ensinar sem conhecer música. Porque ele não tem diálogo, aquela coisa que eu dizia quando falei das claves. Conversando e observando é que se aprende, é que se ensina, é que vai repassando para os outros.

O que foi que mais motivou o senhor começar a ensinar outras pessoas a tocarem instrumentos?

Olha, o que mais me fez fazer isso foi a minha possibilidade e a razão de não ter aqui na minha terra e por amor a minha terra, eu passei a ensinar outras pessoas a tocarem. Se eu não tiver grandes oportunidades, não quer dizer que outras pessoas também não poderiam ter.

O senhor ensinou em outros lugares ou deixou isso ligado só a Santana, outras pessoas de outra cidade podiam aprender?

Não, não... eu já ensinei a pessoas do Crato, do Juazeiro, principalmente quando participava dos programas de rádio na Vale do Cariri AM, que hoje é a Verde Vale. Eu tinha o prazer de fazer um programa nordestino, quer dizer, fui parceiro do programa, chamado Sombra do Juazeiro. Através da rádio Vale do Cariri AM. Daí as pessoas passaram a me conhecer e a me procurar. Também já ensinei a gente de Nova Olinda e de vários distritos daqui de Santana.

É... para o senhor, qual a maior importância de ter ensino da música aqui na região do Cariri?

Bom, a importância é o seguinte, é dando que se recebe, né? E como diz o povo, o velho ditado, morre o homem e fica o nome.

Você pretende parar de tocar e ensinar música um dia, existe algo hoje que lhe desmotiva?

Não, não pretendo parar de tocar e nem de ensinar, apesar de hoje com o meu senso da música, eu acho mais maneiro tocar do que ensinar. Quem quiser saber o que é ensinar, vai ensinar. Quem quiser saber o que é a vida de professor vai ensinar, e o professor musical ele é mais, ele tem mais pesadelo que o professor educativo que ensina matérias de português ou matemática ou qualquer outra. Todo mundo quer ver é feito, hoje é muito comum um professor ensinar. Agora se um professor de música não ensinar e o povo não aprender, fica dizendo “aquela desgraça é professor, não sabe”… aí tem que ter um quebra de cabeça, pois é muito pesado ensinar.

Outra coisa, quando eu tô ensinando uma coisa e você não tá aprendendo aquele pânico fica em mim, hoje eu tenho um pânico, acho bom ensinar a pessoas que tem dedicação, leva a tarefa pra casa e traz direitinho e tal. O senhor já foi homenageado por um balneário do Crato. Conte essa história. O senhor fazia shows nesse balneário?

Eu tive o prazer de ter um balneário no Crato que colocaram o nome de Chico Palmeira, isso foi praticamente nos anos... esses anos que eu tô dizendo que ocupava em rádios da região do Cariri. Eu com um programa, participando do programa, um programa alegre, cheio de brincadeira, cheio de fofoca e muita audiência, no Cariri e no Exú, eu ganhei o carinho do dono desse balneário que hoje infelizmente não existe mais, mas isso me mostra que o meu nome em vida ficou. Nesse tempo, inclusive, até Luiz Gonzaga foi ouvinte do nosso programa. O senhor já teve algum contato direto com Luiz Gonzaga?

Tive contato direto com Luiz Gonzaga. Ele apresentou Chico Palmeiras, sanfoneiro do Ceará e o cantor Maranhão do Exu, pra ir fazer a missa, fazer a abertura da missa de Raimundo Jacó, em Serrita, Pernambuco. Então ele foi quem fez o contrato. Ele era ouvinte do programa da gente, né? E já me conhecia tocando carnaval, porque eu toquei carnaval em Exu. Ninguém nunca tocava Asa Branca, mas em carnaval, se tava o rei do baião, só tocava Asa Branca, eu fui um copiador do rei do Baião. Aí quando ele foi ouvinte da gente, na rádio Vale do Cariri, nos anos 80, ele escalou a gente lá pra fazer esse trabalho lá em Serrita, que é um trabalho histórico. presentar, só que eu não conheço ainda, não tenho conhecimento disso, eu queria… Quando eu ensino aos meus alunos, as primeiras matérias que eu costumo ensinar são as que perguntam “o que é música?” Como se divide a música? É… “quantos compassos tem a música? Quanto vale uma nota semi breve ou um compasso?” Porque isso foi o que eu tive a honra e mérito de levar até a ordem de músicos do Brasil, e até o momento presente ainda não vi um músico meu inscrito, a não ser alguém que esteja ocupando outras bandas por lá que por um motivo qualquer tenha feito isso, mas os daqui não tiveram, não procuraram, porque tem o costume de pegar a cópia da aprendizagem que é como capítulo de novela, cada dia é uma tarefa, aí pega, leva pra casa, quando lê aquilo ali, que decore ou não decore, pega e rasga. Não aprendeu e lá pra um futuro pode até dizer não que eu não sabia de nada. A maior honra que eu tinha era de ver um aluno meu chegar com a carteira dos músicos e dizer: “ó, professor, aqui”. Pra você que tanto ensinou e ainda hoje ensina e que vive de música por todos esses anos, qual o seu maior aprendizado?

É... a arte de fazer música e ensinar música, sempre foi a única renda do senhor?

Olhe... Eu sou agricultor. A pessoa que vive em Santana do Cariri disser que não é agricultor, é mentiroso. O meu pai trabalhava numa firma agrícola de Valdemar Ferreira, fibra, corda... Eu no tempo de pequeno trabalhava com ele e adquiri uma coisa muito prejudicial, eu não tenho uma visão perfeita hoje porque no tempo de eu garoto, eu carreguei muita fibra lá do motor, e adquiri esse problema na visão. Mas até hoje, a agricultura é minha fonte fixa de renda também. Isso quando o inverno também é bom.

Ao mesmo tempo em que o senhor e o pai do senhor trabalhavam, vocês também faziam música?

Era trabalhando de dia e de noite tocando, brincando.

O senhor pretende parar um dia de ensinar música?

Parar, a gente vai ter que parar, um dia a gente vai ter que parar, não sei quando, tocar vai ser o negócio que vai mais adiante porque quando não puder tocar um instrumento, eu toco outro mais maneiro, mais pequeno, que a tendência da gente é ficar velho e sem forças, né?

Eu sou assim, é aquela coisa que eu fico pensando, no céu vai quem merece, no mundo vale quem tem, eu não tenho dinheiro, mas tenho essa oportunidade, essa possibilidade que Deus me deu de aprender, fazer e ensinar algo que eu gosto.

Então, o que motiva o senhor a não desistir dessa arte aqui na região?

Eu não desisto dessa arte. Não só aqui na região, mas no Brasil, em qualquer lugar que me chamar eu vou, como já estive em alguns lugares daqui mesmo, Tocantins, Araguaiana.

E por que o senhor não desiste?

Não desisto porque gosto e hoje não vejo uma profissão que não seja essa. Hoje não é muito produtiva materialmente, materialmente que eu digo é no lucro, na renda, no capital, não tem muita produção, mas é a minha vontade, é a minha vontade de ser assim. Eu sou assim, é aquela coisa que eu fico pensando, no céu vai quem merece, no mundo vale quem tem, eu não tenho dinheiro, mas tenho essa oportunidade, essa possibilidade que Deus me deu de aprender, fazer e ensinar algo que eu gosto. Eu me orgulho com isso, essas coisas faz com que a gente vá mais adiante, mais motivado.

Depois de todos esses anos qual o maior ensinamento que o senhor tem prazer em passar para os seus aprendizes?

Sempre, o meu prazer de passar para os meus alunos, é a vontade de, um dia, quando eu partir daqui, eles me re-

O que eu aprendi, foi o que ensinei, tanto aprendi como ensinei. Ensinando é que a gente se mexe, né?

Seu Chico Palmeira, qual foi o seu maior sonho realizado?

Foi o rádio. Sabe porque foi? É porque todo começo são flores, o rádio foi no começo, eu quando vi o rádio, no meu tempo não tinha televisão, só assistia a Voz do Brasil no rádio, a coisa que eu mais achava bonito era a voz da rádio globo, da rádio do Rio de Janeiro, a rádio nacional de São Paulo, e eu já como criança, lá nas zonas rurais, eu achava bonito isso, o rádio é lindo, é bonito ser locutor, é bonito. Quando eu entrei na música que a música me levou ao rádio, eu me senti feliz, inclusive muita felicidade quando eu ocupava “A hora do fazendeiro” lá na rádio Sampaio, em Palmeira dos índios, eu me sentia muito feliz quando tocava sanfona lá no programa “A hora do Fazendeiro” na rádio Sampaio, assim, dando prosseguimento, toquei na rádio Vale do Cariri AM, conforme falei. Também toquei na Rádio Santana FM de Santana do Cariri, por mais de 12 anos, fiz um programa exclusivamente meu. Cheguei a trabalhar duas horas de programa na rádio Santana FM, aqui na cidade Santana do Cariri, e todo mundo conhece o programa “Festa na Roça”, tá até arquivado no computador.

O senhor foi empresário de duas bandas, a Quente Som e a Doce Desejo. A experiência como empreendedor foi positiva?

Dirigi, eu fui superintendente dessa banda “Quente Som”, a super banda Quente Som. Foi essa a banda, a primeira, que ocupei nos anos 70. Trabalhando como administrador nessa banda, eu vi que deveria comprar um equipamento e ser dono da minha própria banda. Depois, eu trabalhando achei bom e disse “vou ser dono de banda”. Aí comecei a comprar e investir nela. Inclusive comprei três quartos dos equipamentos, dessa banda e, quando foi em 2010 para 2012, criei outra banda, a Doce Desejo, que eu pude chamar de minha, a banda de Chico Palmeiras, já formada com meus alunos, com instrumentos, com tudo montado. Cantor, cantora, tudo. A Doce Desejo era completa.

O que o senhor acha da música regional hoje no Cariri? Como você enxerga a música na região do Cariri hoje?

A nossa música regional nunca vai morrer, porque isso foi uma cópia que essa música eletrônica tirou dela. Olhe, eu vou fazer só uma comparação, eu vou comparar a banda Magníficos, Calcinha Preta com Aviões do Forró. Porque ele me desculpe mas é questão de gosto, é um ponto de vista né? Então você prestar atenção, o próprio aviões, se alguém dissesse assim “eu quero Calcinha Preta”, ele cantava porque é um bom cantor, o Xand né? Então tem outras músicas forró romântico, Limão com mel, que também é, já faz parte da grande música, agora quando parte pro forró eletrônico, a batedeira , do jeito que aviões faz, não estou denegrindo a qualidade dele, porque Chico Palmeiras faz também. No tempo que eu mais ganhei dinheiro, foi no tempo que eu com música de forró eletrônico, coisa que não valia nada. Então foi no tempo que eu ganhei dinheiro, cheguei a crescer meu saldo bancário, que eu tocava música desse tipo porque é a questão do povo, se o povo quer, chego no palco e digo “Vocês querem forró pé de serra? Não”. Eu estava preparado com metal, três sax, trombone, pistolete, pra tocar bomba, mas também tava preparado pra tocar música delicada de Fábio Carneirinho, Dorgival Dantas, de Epitácio Pessoa, Ildelito Parente, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivulca, de muitos outros que a gente não tem palavras pra dizer, então tava praparado pra tudo, preparado, ensaiado com tudo. Agora falando de sentimento, Seu Chico Palmeira, qual a importância da música e do saber música tem na sua vida?

A importância da música foi a minha profissão, o meu ganha pão, a gente mesmo como agricultor, ti- nha uma profissão, nessa época dava pra ganhar o meu pão e ajudar a família, como eu fiz, trabalhei e ajudei os meus pais. Foi um dos presentes da música.

O que mais gosta de fazer como musico? Tocar ou ensinar as pessoas a tocarem?

De ambas as partes. Gosto de tocar e gosto de ensinar, tocar alguns instrumentos conforme falei, violão, quando eu estou assim... romântico, no meu silêncio eu pego o violão e vou fazer uns acordes. Quando eu tô me lembrando dos meus ídolos, como trio nordestino, pego a sanfona e toco forró, e assim por diante. Depois de realizar alguns sonhos, o senhor ainda tem algum sonho que não realizou e deseja compartilhar?

Olha, se eu for dizer o meu sonho que eu desejo realizar... o pessoal diz que tudo que se sabe não se diz né? (risos), é um sonho bíblico, religioso, é bíblico... Prefiro não compartilhar porque é o seguinte: às vezes as coisas agradam a gente e desagrada outras pessoas, coisas que desagradam eu não pretendo bater na tecla. Seu Chico, e o que mais te agrada? O que mais te deixa feliz?

O que mais me agrada é a minha inspiração e o que me deixa mais feliz é a vontade de publicar o que tem no coração pra fora, soltar pra fora, e a gente só publica se for através da música ou através da revista, como essa.

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