O Caminho da Graça
Que enfermidades em nós são para a morte? Caio Fábio
Primeiramente vamos ler no evangelho de João, capítulo 11, versos 1 a 11:
“Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta. Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor e lhe enxugou os pés com os seus cabelos. Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava. Depois, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judéia (onde ficava Betânia, o lugar onde esses três irmãos moravam). Disseram-lhe os discípulos: Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá? Respondeu Jesus: Não são doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo; mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo.”
Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu; e por vossa causa me alegro de que lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele. É interessante que aqui se diz que os amigos de Jesus mandam informar a ele que Lázaro, a quem ele amava tanto, com quem tinha uma relação íntima de amizade – bem como com as suas irmãs – estava enfermo, e Jesus, sabendo dessa notícia, permaneceu mais dois dia no lugar onde estava. E quando as irmãs de Lázaro mandaram a notícia, fizeram questão de mencionar o vínculo de amor do qual elas tinham certeza. Não de um amor universal, mas de um amor que criara processo de particularidade, de singularização de amizade entre Jesus e aquela casa, Jesus e aquele homem: Senhor, está enfermo
aquele a quem amas. E Jesus, ao receber a notícia, disse: Esta enfermidade não é para morte. Embora o verso 14 afirme que Jesus teve que lhes dizer claramente: Lázaro morreu. “Esta enfermidade não é para morte”. Mas “Lázaro morreu”. O que isso quer dizer? Um intérprete literário e histórico iria dizer: ora, Jesus disse que aquela enfermidade não era para a morte e depois acrescentou que Lázaro morreu, apenas porque ao dizer que a enfermidade não era para morte ele tinha em mente o fato de que ressuscitaria Lázaro da morte. Mas isso não explica o fato de que Lázaro morreu. Se Lázaro foi ressuscitado – como foi, depois de quatro dias morto, putrefato, absolutamente mal cheiroso e em franco e insuportável processo de decomposição – foi ressuscitado porque morreu. E se morreu, morreu. Mas Jesus disse: Esta enfermidade não é para morte. Ora, se Jesus disse: esta enfermidade não e para morte, mas Lázaro morreu, Jesus não
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No prosseguimento, os discípulos pensaram que Jesus havia dito que Lázaro tinha entrado num sono, num estado de hibernação. Não tinham entendido que Jesus falara que Lázaro morrera. E o verso 14 acrescenta: