Peniel é um lugar no seu ser!

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O Caminho da Graça

PENIEL É UM LUGAR NO SEU SER! Caio Fábio

Vamos ler o texto de Gênesis 32: 21 – 32: '

Nós temos esse homem Jacó diante de nós, que é uma das figuras mais repetidas, mais aludidas em toda a Escritura. No Velho Testamento, há pouca ocorrência para o nome de Jacó em citações na Antiga Aliança, e, no Novo Testamento, dos personagens da Antiga Aliança, indubitavelmente, ele é um dos mais

aludidos juntamente com seu avô Abraão. O que eu quero dizer a vocês hoje é que é uma coisa muito difícil ser neto de Abraão e filho de Isaque. É muito difícil. É uma coisa muito difícil ter história de fé atrás da gente. Eu fico vendo aqueles que não têm nenhuma história de fé e, como as coisas são mais fáceis para eles; como o nosso

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Levantou-se naquela mesma noite (Jacó é quem se levantou depois de ter saído da casa de Labão, seu sogro,e depois ainda de ter tido encontro com Labão que poderia ter sido trágico, mas ele conseguiu contornar; e depois também de ter preparado uma comitiva de presentes para abrandar a fúria do seu irmão Esaú por cujas terras ele iria passar na direção das terras de Canaã, mais especificamente na cidade de Siquém, onde primeiro ele iria morar, nesse seu retorno depois de décadas de fuga. Entre o envio desses presentes ao seu irmão que jurara matá-lo e o dia seguinte que seria o dia do encontro com seu irmão e que ele temia que pudesse ser um dia de morte, é que acontece o texto que aqui nos lemos e assim inicia). Levantou-se, naquela mesma noite, Jacó e tomou suas duas mulheres, suas duas servas, transpôs o vau de Jaboque, (é um pequeno ribeiro que hoje está na Jordânia) fez passar tudo que lhe pertencia, ficando ele só; e lutava com ele um homem até o romper do dia. Vendo este que não podia com ele,tocoulhe na articulação da Cox, deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem (que a Escritura diz mais adiante que era um Anjo, na luta de Jacó com o Anjo).Disse este (no caso o Anjo): Deixe-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: não te deixarei ir se não se não me abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. (que quer dizer: dissimulador, ou enganador ou aquele ser mimético.) Então disse o Anjo: (já não se chamaras 'mimético', já não te chamaras enganador,) já não te chamaras Jacó, e sim, Israel, (que quer dizer Príncipe do Deus altíssimo) pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali. Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel (esse lugar da salvação do caráter de Jacó na graça de Deus); e manquejava de uma coxa(da mesma coxa que o anjo lhe tocara, quando vira que com ele não podia e o sol já nascia).Por isso, os filhos de Israel não comem, até hoje, o nervo do quadril, na articulação da coxa, porque o homem tocou a articulação da coxa de Jacó no nervo do quadril (deixando-lhe uma marca no andar).


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Brasília, o programa do domingo de manhã, ouviu , foi ao La Salle e está aqui até hoje.Firme aqui conosco, sem historia, três anos! Parece que foi ontem'! Mas é mais fácil, porque não tem essa memória... O Bráulio tem dois anos que está aqui. Mas, há quatro anos começou a ler o site, a me ver na TV, e aparecer lá pelo Lá Salle, mas não havia nenhum vínculo, como ele costuma dizer: 'eu tava vindo lá da minha casa'! Achou legal, teve seus altos e baixos, até que um dia eu senti vontade de convidá-lo para ir fazer parte do 'Papo de Graça' fazendo umas matérias à tarde na rua. E, devagar ele foi ficando para comentar as matérias de rua, e foi ficando lá até participar do programa. Ele trabalhava na TV Brasilia e ele tinha de estar lá às 10 horas, mas já não conseguia sair do Papo-de-Graca, e foi começando a se encalacrar lá na TV. Chegou uma hora que ele já chegava à TV 10 minutos antes do programa entrar no ar, e a TV reclamando. E chegou um dia que ele falou 'eu estou numa sinuca de bico, que eu faço'? Eu disse: 'vai lá mais não rapaz, fica aqui que a gente dá um jeito nessa historia'. E ele foi ficando só para ler as comunicações nos chats, até que um dia, um programa muito especial entrou lá no coração dele, bombou o coração dele, ele passou uma semana chorando, desesperado, com medo de estar ficando doido, ele dizia assim: 'será que eu estou ficando doido, Caio'? E eu dizia: 'nada cara, é só o começo da maluquice'! Mas não tem essa história: não é neto de Abraão, não é filho de Isaque, é só o Bráulio, assim como vários outros aqui. Eu dei esses dois exemplos que estão mais à minha vista aqui, mas quantos aqui, por exemplo, não são netos de Abraão, nem

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amigo Valdir me contou outro dia, que foi presidente da associação Budista do Distrito Federal. Nenhuma história evangélica, católica atrás dele. Somente tinha essa tendência ao vínculo à filosofia Budista, e se tornou o presidente da associação, até que um dia, sem nenhuma explicação, sem que ninguém tivesse pregado a ele, estado com ele, feito uma apologia ao assunto, ele amanheceu o dia com uma decisão de romper com tudo sem saber por que. Pegou todos os seus apetrechos vinculados a orações, a preces, a suas devoções, aos exercícios mentais e espirituais, e devolveu-os para a organização, fez uma carta, (se não estou equivocado) renunciando à posição. Dos objetos todos, ele manteve apenas um, que era de um valor maior, como peça, e era um período que ele estava necessitado de dinheiro. E ele foi e encontrou quem comprasse, vendeu o objeto, para transformá-lo num valor numerário, por causa daquela circunstância especial de aperto financeiro naquele período, e ficou assim sem saber o que iria acontecer. Foi levado a uma igreja de profetizas, e lá havia um gazofilácio. A profetiza chamou as pessoas para dar o dízimo, e ele foi, não sabia nem o que era aquilo, enfiou a mão no bolso, tirou dez reais, e botou ali no gazofilácio. Quando a mulher viu, perguntou: é só isso que você entrega de dízimo? Qual é seu salário? E já lhe deu uma bronca por estar botando dez reais no gazofilácio, e ele falou: bom, aqui eu sei que não é o meu lugar! E ele foi lá num outro lugar e levou outro susto. Havia uma pessoa amiga, que o levou a um terceiro lugar. A esta pessoa ele disse que resistiu ao lugar uns três meses, um lugar evangélico, suportou o lugar, por causa da pessoa amiga, mais do que por qualquer outra coisa. E um dia, assistindo à TV


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ao ponto de imolar o menino e ele com os olhos abertos assistindo àquela loucura sem entender nada, e certamente perguntando: 'será que meu pai realmente ama mesmo a Deus assim, e se isso é necessário ou esta é a loucura das loucuras'? Até que um Anjo interrompeu o surto de adoração de Abraão, dizendo: Abraão, Abraão, Abraão, não facas mal ao menino, por que agora eu sei que tu temes a Deus, porque tu não negastes entregar teu filho Isaque, teu único filho em quem residem todas as minhas promessas para tua vida'. E Abraão, olhando ao lado, contemplou um cordeiro que tinha sido preparado, um animal substituto, e ele ofereceu aquele animal no lugar de Isaque. Isaque carregou a imagem dessa impressão, com um poder tão veemente dentro dele, com tanta profundidade que o Velho Testamento, depois daquela experiência, toda vez que alude a Isaque diz: ''o Deus de Abraão, o temor de Isaque, o Deus de Jacó''. Isso quando é o pai cujo trauma é o trauma de saber que Deus é o absoluto absoluto, a própria vida do filho está relativizada pelo amor sublime e supremo, é dedicada a Deus e que não fica sofrendo de fobia do divino; ao contrário, torna-se mais temente a Deus do que qualquer outro antes dele e vive uma vida pacatamente dedicada à serenidade de um dia depois do outro, diante do Deus que o trocara por um cordeiro, que o remira do altar e que fizera repousar sobre ele a sequência das promessas de Deus a seu pai Abraão. Mas quando é aquele Isaque traumatizado, que foi filho de um Abraão sacana, de um Abraão canalha, de um Abraão hipócrita, de uma Sara megera, aquele Abraão que não dava nada a Deus, que roubava a

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filhos de Isaque? Levantem uma de suas mãos. Quem que não tem nenhuma história evangélica atrás de si. Olha que bênção, aleluia, que Deus os abençoe, são os bem aventurados! Mas não se eximam do que vou dizer a todos, incluam-se também; mas os demais, vocês sabem, sabem com certeza não é verdade? É dureza ser neto de Abraão, filho de Isaque e irmão de Esaú. Não é moleza essa coisa do 'meu pai tinha um vínculo com Deus...Vovô teve a coragem de oferecer meu pai num altar em Moriá. Papai andou sem saber por onde ia pela fé. Papai tinha visões, revelações de Deus que falava com ele, era uma intimidade, Deus o chamou de 'meu amigo'! Isso quando a relação é boa, não é? Agora e quando é ruim? Meu pai dizia que era crente, mas era um canalha, safado, hipócrita, sem vergonha, batia na mamãe...Mamãe vivia cantando naquele coral, mas a língua dela percorria a terra, era uma víbora, cascavel, era um horror, já saia das reuniões descendo a mão em todo mundo, era uma invejosa, descontava nos outros todas as suas frustrações eróticas porque meu pai não comparecia nem em dias santos. Dentro daquela casa, ainda fingia que éramos felizes por que éramos de Jesus, foi uma miséria, um trauma, como é a maior parte das versões, é ou não é? E ser filho de Isaque? O bom Isaque, que se lembrava do seu pai Abraão e só fazia alusão ao seu Deus, que era o Deus do seu pai Abraão, como sendo o temor de Isaque, pois ele ficara tão impressionado com a paixão alucinada, absurda, tresloucada, inominável, para além de toda explicação moral e ética, que o pai dele dizia ter por Deus, ao ponto de pegar seu filho, seu único filho Isaque, com doze anos de idade, e levá-lo ao monte Moriá lá em Jerusalém, e atá-lo, amarrá-lo como se fora um cordeiro para o holocausto. E seu pai estava mesmo


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Senhor te abençoe...eu não, esse cara vai me dar o troco legal; e o que eu penso acerca de Deus e do que eu aprendi com meu avô e com o meu pai vou praticar aqui como teologia da prosperidade e teologia da dissimulação, eu estou pensando em sair daqui, mas não vou dizer nada não, vou preparar tudo em surdina, vou colocar aqui nas beiras dos rios, aqui aonde os animais vêm se alimentar, vou botar umas varinhas, vou cortar esses caniços e dos outros lados vou deixar caniços sem marca, e vou combinar com meu sogro. Veja, o arranjo que quero fazer é o seguinte:quando nascerem vacas, ou ovelhas malhadas são minhas, e as que nascerem com a pele inteira são tuas'... E eu vou levar tudo que é animal para beber água diante dos caniços que têm marca, e quando eles tiverem ali, bebendo aquela água, olhando para aquelas varas com aquelas marcas, eu vou iniciar um processo de somatizacao procriativa, e ― o cara é de engenharia genética de energias sutis ― elas vão beber. É um ato assim visceral beber água olhando aquilo ali, depois vão e transam com aquela impressão, vai mudar ate o gene. Ele tinha de dar aula aqui na UNB, o Jacó. Aí, depois de um tempo, tudo que era cria no rebanho do sogro era tudo malhado. E o Labão disse: ' não tá bom isso não. Vamos trocar. Agora é o seguinte, você fica com as inteiras e eu fico com as malhadas, só está dando malhada'. Aí, o Jacó: 'não tem problema sogrão'. Daí, ele botava só junco e sem marcas, vinham os animais e comiam aqueles juncos inteiros, sem nenhuma marca, aí as ovelhas, as crias e os rebanhos só davam animais de pele lisa e o Labão dizia: ' não é possível, vamos trocar de novo', e trocava as varetas, e 'vamos trocar de novo', e 'vamos trocar de novo'. É esse o Jacó, que ia às correntes de sextas-feiras de ovelhas de marcas, terça-feira da ovelha

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igreja, que sonegava tudo, que só tirava onda, que não dava 'ponto sem nó', filho daquele Abraão interesseiro e daquela Sara perversa, que cresceu aprendendo aquela malandragem. E mais, à medida que foi ficando adulto, foi ficando traumatizado a ponto de nem poder ouvir falar em Deus nem altar, nem circuncisão, nem holocausto, nem nada relacionado às práticas anteriores do seu pai porque eles não carregavam o temor de Deus. Eles carregavam, acerca de Deus, uma fobia do divino que os fazia rejeitar e repudiar qualquer que fosse a memória daquela memória anterior. Imagine o que é ser filho, positivamente ou negativamente, dessas duas histórias anteriores. É um peso enorme ser neto de Abraão, pelo amor de Deus, eu não sou meu avô não, cara, me dá uma folga aí. Vovô foi que saiu lá da Mesopotâmia, que jogou tudo pro alto, não sabia pra onde ir, mas eu não. Eu quero ter meu carro, quero ter minha casa própria, própria, propriadíssima, aquele negócio de ficar em tenda, de ficar de lá pra cá... Não, esperando uma promessa. Não, eu faço, quem sabe faz a hora, não espera acontecer, eu sou discípulo do Geraldo Vandré, não sou de Abraão, de jeito nenhum. E essa coisa de vai pra lá, vai pra cá, trabalhar para os outros, não ganhar nada, não é comigo não, até meu sogro vai ter de colaborar. Já me enganaram uma vez, me deram gato por lebre, eu me apaixonei por uma das filhas, por Raquel, me entregaram Lia, que tinha os olhos baços, só de manhã cedo que fui ver com quem que tinha casado. Ainda tive de trabalhar mais sete anos pra ficar com a segunda. Um sogro desse que se chamava Labão, que bem podia se chamar Lambão, era bem adequado a essa figura chamada Jacó, o dissimulador, mimético, enganador. Eu não tenho nada a ver com meu avô, meu avô teria abençoado Labão. Labão, que o


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ninguém. Conquanto ele fizesse isso com a intenção de roubar, de afanar; do ponto de vista científico, ele tinha sido o primeiro a ser gerado no ventre, era o primogênito por segundos antes, como hoje se sabe, mas não havia esse conhecimento genético, ele estava mesmo querendo tirar a bênção da primogenitura como pudesse. O outro foi negligente para com ela, ele saiu dizendo: 'agora a bênção é minha'. E ainda aprontou mais. Junto com a mãe, se vestiu do irmão, pois o irmão era peludo e ele era liso, e botou as roupas de Esaú, botou uns pelos pregados bem amarrados nos braços para que o pai dele, que já estava meio cego, Isaque, quando fosse abençoar o filho antes de morrer, pensasse que Jacó fosse Esaú. E lá vai Jacó no lugar de Esaú, quando Isaque disse: 'chamem por favor meu filho Esaú, para que eu o abençoe com minha bênção, para que eu me retire, porque eu vou me retirar para a Eternidade para os meus pais. Aí a Rebeca mandou e o Jacó se preparou com tudo que era de Esaú ― roupas, perfumes, simulou um homem muito peludo ―, e disse: 'estou aqui meu pai', e o pai muito cegueta, coitado, disse: 'não parece a voz de meu filho Esaú', mas ele disse: 'mas sou eu, papai, teu filho Esaú'. Olha só a cara de pau, aí o pai diz: ' vem aqui, com efeito a voz não é de Esaú, mas o cheiro é, é sim'...E abençoou Jacó com toda a bênção do primogênito que era um negócio maravilhoso. E Jacó disse: ' essa é minha e ninguém tasca'! Quando Esaú chegou do campo e ficou sabendo o que aconteceu, quis matar o cara e foi lá ter com o pai e disse: 'porventura tens tu só uma bênção'? E Isaque disse: ' não tenho duas, tenho três, mas aquela ali é irrepetível'; e o abençoou também, mas não era a mesma coisa. E

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sem marca, esse é o Jacó, cheio de mandinga, cheio de truque. Na hora de deixar o sogro ele não avisou nada, ele pensou: 'eu não vou avisar nada, depois esse cara fica doido e não me deixa sair'. Saiu de madrugada, escondido. Quase houve uma catástrofe no caminho porque Labão pegou todos os homens dele e foi atrás de Jacó; e Jacó teve de passar a conversa no sogro, e ajeitar pra cá, e ajeitar pra lá; Jacó era assim um Zé Carioca, um Ajeitador, um cara que levava tudo no bico, na conversa. Ele já havia deixado a casa dele por causa de um problema com o irmão Esaú, de quem ele roubou a bênção da primogenitura, o irmão veio do campo com uma fome danada,e ele preparou um guisado delicioso, e estava lá assim fingindo que comia aquilo com um prazer enorme! Esaú veio com uma fome enorme e diz: 'Jacó, me dá um tasquinho, que eu to caindo de fome, eu não como há não sei quanto tempo, estava caçando, e eu estou desesperado de fome, me dá uma colherada, duas, três, um pouquinho '. E Jacó diz: 'não, não, vamos fazer o seguinte, eu te dou a botija toda, mas me dá a tua bênção de primogenitura.' Esaú tresloucadamente disse: 'que adianta ter uma bênção de primogenitura se eu não vou viver para recebê-la? Com essa fome que estou eu vou morrer'. Ele foi irresponsável demais, e trocou o prato de lentilhas pela bênção da primogenitura. Jacó disse: 'aleluia, eu acredito na transferência, passou de lá para mim'. Ele só não sabia que, pela ciência mais moderna, ele era, de fato, mais velho que o irmão Esaú, pois, na antiguidade, o que nascera primeiro era considerado mais velho só porque saíra primeiro da madre, a bênção era para o primogênito. Sem que cientificamente ninguém soubesse que, na realidade, ele não estava roubando nada de


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E Jacó envia tudo isso e vem depois do quinto grupo de presentes. Jacó, vou te dizer, ele se formou em publicidade e marketing, ciências políticas e outras coisas mais, se ele fosse para o Itamaraty ele não teria deixado o Lula ficar de brincadeira com o Ahmadinejad, jamais! Que isso, rapaz, Hugo Chaves é muito perigoso nessa hora. Enfim, ele sabia com quem se relacionar, e ele sabia como aplacar as fúrias, e de modo que ele sabia como viria encontrar posteriormente o seu irmão. Eles se reconciliam, só que, entre aquela hora final e esta narrativa da noite que nós lemos aqui, havia passado apenas os presentes diante deles, e o encontro dele com seu irmão seria efetivamente no dia seguinte. Imaginem como ele está nesta noite: a aflição, a angústia, mil aflições. Ai ele faz passar as duas mulheres, as duas concubinas dele, com os filhos delas e os faz passar pelo Vau de Jaboque, deixa-os lá, se retira a um penhasco, um lugar mais acima, fica sozinho na noite, numa

inquietação enorme, vivendo uma crise que já tinha iniciado no coração dele há um tempo muito antes quando ele habitava a casa do seu sogro Labão, quando ele começou a ter experiências de outra natureza e um desejo enorme de voltar para casa, uma vontade de retornar às raízes, de reencontrar as pessoas que ele amara um dia. E aí, quando ele começa a querer sentir o cheiro da família, quando ele começa a querer retornar ao ambiente de Isaque, deseja ver se aqueles que tinham servido a seu avô e a seu pai ainda estão vivos, começa a querer ser ele próprio herdeiro das promessas que um dia ele ouvira e que corriam dentro daquela casa, daquela saga, daquela linhagem, daquela genealogia, daquele historiar de fé. Aquilo tudo começou a crescer dentro dele, e foram anos e anos até que ele foi se despertando mais vivamente para esse interesse. E lá vem ele... Vocês reconhecem que ser a terceira geração numa casa de crentes, em geral, não gera boa coisa, não é verdade, não reconhecem?! Mesmo quando o pai foi piedoso, e o avô também, a terceira geração, está assim meio de saco cheio, ou está traumatizada, ou então é aquele tipo que diz assim: 'meu pai era um santo piedoso, meu avô também, mas isso era para eles, para o tempo deles. Eu fiquei assim com overdose de culto, de pregação, overdose de mensagem, overdose de crente, de igreja, de reconciliações, ihhhhh...ser terceira geração numa casa de Abraões e de Isaques é meio complicado. Quanta história complicada que você ouve, quanto pastor que escandalizou, que traçou a irmãzinha do coral, e o cara é herdeiro de um álbum de tragédias também, ''até a vovô Sara teve um 'negócio' com o Faraó do Egito porque o

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Esaú jurou matar Jacó, por cuja razão Jacó foi embora peregrinar na casa do sogro, de onde agora ele está de volta, e agora quer preparar um encontro com seu irmão apavorado 'será que amanhã é o dia da minha morte? Já escapei do sogro, será que eu escapo do meu irmão?' E ele monta a seguinte estratégia: ele monta um bando de cabras, de ovelhas, de camelos de leite; chama seus servos e lhes diz: 'vão adiante de mim, bem espaçadamente, em relação um com o outro, quando vocês encontrarem Esaú que está vindo de lá pra cá, e que ele vier andando, e ele perguntar: ''a quem pertencem esses animais? Vocês dirão: Pertencem a teu servo Jacó que envia de presente ao meu senhor Esaú''! Porque Jacó pensava assim aplacar o coração do irmão!


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É muita historia, e muita mistura de Deus com a ambiguidade humana, com a contradição humana, e a terceira geração com essas memórias todas. Você, por exemplo, filho de pastor, pelo amor de Deus, mesmo dos mais piedosos, você deve tomar cuidado para não proteger a cabeça de seus filhos. Filho de pastor sofre como quem é criado num covil de cascavéis e cheio de veneno; pastor, pelo amor de Deus, quando sobrevive ao ministério é porque creu em Marcos 16: ''ainda que tu bebas coisas mortíferas e serpentes te mordam, tu não morreras”, porque é muita peçonha. E a filha do cara diz: em Jesus eu creio, mas me deixa fora de igreja, não quero nem saber desse negócio. E a maioria dos que estão aqui, chegou traumatizada das suas histórias com Abraão, com Isaque e com Jacó, com a pior versão de Abraão, com a pior versão de Isaque, e um Jacó cínico; muitos vindo de todas essas igrejas alucinadas e loucas, com experiências as mais tresloucadas. Eu me lembro da maioria de vocês, quando eu dizia: 'chegou o momento de trazer a oferta para o sustento do Caminho da Graça. A maioria olhava para o outro lado, porque muitos já tinham sido tão expropriados em barganhas, em correntes, em abusos, em coisas de todo tipo que estavam traumatizados de todos os modos; sem falar em dezenas de outras coisas que caracterizavam esse modo de viver o trauma, o bagaço, nessa moenda de coisas feias que muitas vezes se associam à fé. Repito, quando é o bom Abraão, o bom Isaque, ainda assim o indivíduo acha que,

por ser a terceira geração, ele adquire o privilégio por osmose, que ele carrega uma bênção inerente, que ele não tem de ter a vida dele direta com Deus, não tem de ter seu vínculo pessoal com Deus; que ele pode viver das heranças, dos ecos. Ele é herdeiro de uma graça, o que faz com que ele retarde absurdamente o encontro dele próprio com Deus, e vai arranjando suas desculpas para o fazer: “meu irmão não gosta de mim, eu não dei sorte lá entre eles”, “casei lá com uma das mulheres erradas da minha vida, graças a Deus a segunda é legal”, “trabalho numa empresa familiar que não deixa ninguém ser crente”, o cara vai arranjando todas as desculpas e vai atrasando todos os processos. E quando Abraão é ruim, Isaque é ruim, aí é que ele diz: “eu me tornei irreligioso, eu creio numa energia religiosa, agora e na hora da nossa morte, amém”. Meus irmãos, sejam Jacós, ou sejam donas Jacosas, olhem bem pra mim! Chega uma hora que não interessa se o seu vovô Abraão, seu pai Isaque era dos bons ou era dos maus. Chega uma hora em que a Palavra de Deus não voltará para Ele vazia, chega uma hora em que a bondade de Deus começa a militar contra a nossa natureza, chega uma hora em que Deus declara guerra ao nosso cinismo, em que as milícias celestiais, os anjos, decretam que o tempo de nós andarmos na dissimulação, no mimetismo, no conforto de quem diz 'eu creio, mas não precisa ser tanto' é findo. Chega uma hora em que os céus gritam e que você vai enfrentar a Deus, em que Deus mesmo se faz homem e vem brigar com você. Chega uma hora em que os anjos, de raiva apaixonada, vêm ao seu encontro, numa noite qualquer, tiram-lhe o sono, para lhe perturbar, para lhe molestar, para lhe incomodar. Chega uma hora em

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meu avô vacilou, meu Deus, com medo de perder a vida. Até mesmo com a minha mãe, o papai deu uma vacilada lá com Abimeleque e por pouco a mamãe não dança.


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estão aqui entre nós, e os que entre nós nem aqui estão, mas estão ali assistindo pela televisão, traumatizados de coisas boas ou de coisas más, como eles ficam tentando dar a vida a Deus em partes, em pedaços, cheios de reservas: “não, eu agora decidi que eu freqüento uma reunião de domingo”. “Eu decidi que agora eu apareço nas de quarta, passar disso já começa a ficar meio fanático, daqui a pouco eu estou no Monte Moriá com meu filho, para lá eu não vou não, chega!' Aí o cara vai tentando fazer gestão: “daqui a pouco eu vou me oferecer para servir sábado de manhã na vigília do telefone, pelo amor de Deus, que negócio é esse? Eu não, é tanta coisa, e as minhas happy hours? Daqui a pouco eu estou igual ao Caio, aquela vida lindamente desgraçada, aquela vida o tempo todo só ali, Papo de Graça, prega, desde dezoito anos não faz outra coisa, não sei como é que ele agüenta!” Aí o cara diz: “eu não quero não, ou se quero, quero assim, fazendo a minha gestão”. E faz como Jacó, organiza, reorganiza os reencontros, monta todas as cronologias, 'vai primeiro isso, depois aquilo, depois chego eu', está crente que vai conseguir, como bom dissimulador, como bom ser mimético, como bom enganador de circunstâncias, enganar a própria existência, enganar a vida, enganar a Verdade de Deus e sair vencedor. E o último ato dele é colocar a família do lado de lá, mas a angústia está tão grande, tão grande, que ele larga todo mundo e ele vai para a escuridão, para a escuridão de Jaboque, vai para o nada, some, desaparece, vai para um lugar onde ninguém pode vê-lo, ninguém pode encontrá-lo sob hipótese alguma. É ali, naquele lugar de escuridão, que vem, ao encontro dele, Deus com cara de um

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que a conspiração do Amor de Deus começa a se preparar de tal modo, que tudo em você é desconforto, que todas as coisas clamam e falam, por uma saudade daquilo que você repudia, por um desejo de aproximação daquilo que você antipatiza, por uma vontade de correr o risco de reentrada naquilo que antes você diria jamais voltar para aquilo. Chega uma hora em que uma coisa estranha, uma maldita saudade toma conta de você e você ganha razões absolutamente inexplicáveis para se aproximar daquilo de que você antes fugia. Chega uma hora que, com trauma ou sem trauma, com Abraão bom ou com Abraão mau, com Isaque que carregava o temor de Deus ou com o pai Isaque que tinha carregado fobia do Divino, chega uma hora que com Esaú amando você, ou odiando você, querendo você ou repudiando você, surge dentro de você poderes de uma latência tão poderosa e forte, que se tornam patentes as obrigações de andar num caminho de retorno; e por mais que você ainda engendre dissimulações, ainda tente fazer gestão desse processo de reencontro, de volta, de retorno; por mais que você prepare caminhos, presentes, por mais que você faça isso tudo, por mais que você se defenda, por mais que você venha apavorado, por mais que você diga “tomara que eu consiga passar, tomara que seja apenas uma experiência necessária, uma catarse psicológica, uma necessidade da alma, de completude, para que eu me reconcilie com meu passado, para que fique só nisso. Tomara que seja apenas isso, a chance para eu voltar paras minhas origens, para recompor o meu ser, mas sem nada mais profundo...” Tal coisa saíra do seu total controle pela misericórdia de Deus; como eu vejo até hoje essa terceira geração de Abraão, de Isaque, os Jacós que


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Jacó sabe que está brigando com alguém Divino, maior do que ele, que se deixa limitar na dimensão de uma briga possível com Jacó para que Jacó o vença e seja vencido. “Não te deixarei ir se Tu não me abençoares”. Aí o Anjo para e diz:'como é o teu nome'? Como se o Anjo não soubesse. A briga toda era uma briga para curar o caráter de um homem, cujo nome era a expressão exata do caráter dele. E ele disse: “meu nome é Jacó, meu nome é mimético, meu nome é dissimulador, meu nome é espertalhão, meu nome é liso, meu nome é enganador, meu nome é rei-da-cocadapreta, meu nome é bom-de-papo, meu nome é sedutor, meu nome é armador, meu nome é 1-7-1, esse é o meu nome! Aí o Anjo diz: “já não te chamaras 1-7-1, nem dissimulador, nem o mimético, nem o armador, nem o enganador, já não te chamaras mais 'o liso', mas de hoje em diante ISRAEL que quer dizer: Príncipe de Deus, pois com Deus e com os homens tu lutastes, e prevalecestes”. Mas antes que se

diga que o abençoou ali, o Anjo o tocou no nervo da coxa, e deslocou o tendão da coxa de Jacó, mais sério do que do caso do Ronaldinho; porque essa terceira geração vai ter de carregar essa marca do amor que fere, dessa graça que machuca, da salvação que faz a gente mancar ereto para que as próximas gerações lembrem-se e nunca mais comam do nervo da articulação da coxa, como um memorial eterno. E quem acha que por ser filho de Abraão e de Isaque, e acha que carrega uma bênção por osmose, e que basta ter nascido daquele de quem nasceu e, por isso, pode andar em dissimulação, fazer seu próprio caminho, pode engendrar seus próprios panos, pode fazer a administração da proximidade ou da distância de Deus ― como é a síndrome dessa terceira geração― para a geração dela própria, e para a salvação das que vêm, Deus frequentemente põe uma marca no andar da gente. Eu sou a terceira geração de uma família; A primeira, a minha avó; a segunda, a minha mãe que levou meu pai a Cristo. Eu sou a terceira, eu não era exatamente um Jacó, não fui de modo nenhum, Deus sabe, mas eu estava me tornando em um; eu poderia ter me virado um Jacó muito fino, muito educado, muito dissimuladamente piedoso, e chegou a hora em que eu achei que eu podia fazer meus próprios arranjos na minha vida. Todo mundo fazia coisas tão grotescas na vida, e eu não tinha feito nada, eu tinha sido sincero a minha vida toda, tinha chegado a minha hora de fazer pequenos arranjos, mas o Senhor me amava tanto, tanto, tanto, que não me deixou ficar décadas naquilo ali, não me deixou ficar nem anos, não me deixou nada. Ele veio logo como uma águia alucinada na minha direção, mal eu comecei a fazer os meus arranjos e o Anjo

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homem, um anjo, e eles saem no cacete, o pau canta, um janta o outro, atropela para lá, atropela para cá, é Jacó e o Anjo, é o Anjo e pernada em Jacó, é a noite toda. Eles saem no pau a noite toda, literalmente. O que eu acho maravilhoso desse texto é o seu elemento grotesco, e esse 'UFC', esse 'MMA' (Mixed Marshal Artes) entre Deus e o homem, esse 'VALE TUDO' não tem juiz, não tem contagem de round, não tem tempo para acabar, e eles estão lá, brigando, brigando. Quando o sol começa a nascer, o Anjo diz: “deixa-me ir” ― por que a esta altura Jacó, já sem fôlego algum está agarrado, cinturando o Anjo na corda, e não tem mais força para nada, nem para bater nem – bater cansa – para apanhar, e o Anjo diz 'deixa-me ir', e ele diz 'não te deixarei ir se tu não me abençoares'.


O Caminho da Graça

o homem a Ele se agarre de tal forma que Deus não se possa livrar, e tudo que o homem precisa é da bênção que o faça mancar lembrando a vida inteira a quem ele pertence de fato. Hoje eu olho para o meu caminhar e vejo que eu manco, e muita gente diz 'ali vai o manco', mas eu sei o que eu vi, eu sei o nome deste lugar, eu sei que o nome deste lugar na minha alma se chama Peniel, porque lutei com Deus e Deus lutou comigo, e eu vi a Deus face a face e a minha vida foi salva. Hoje, meu irmão, minha irmã, eu estou contando a você esta história de Jacó e dando este testemunho pessoal do meu ser na esperança de que os 'netos de Abraão, e os filhos de Isaque' não se tornem cínicos pelo caminho, sejam curados de toda a dissimulação, de todo o mimetismo, de todo o trauma de reservas ou de todo desejo de fazer gestão; fiquem curados de todas as lembranças, de todas as overdoses e que tomem hoje a decisão de que o mundo começa a partir do atravessar desse 'Vau de Jaboque' na sua alma, dessa noite só sua e de Deus, da escuridão desse encontro, desse conflito de Graça, e que as novas gerações olhem para nós com reverência, sejam salvas na lembrança de que, em nossas vidas, apesar de nós, nós nos engatamos com Deus e Deus nos abençoou e Ele nos salvou de nós mesmos, e nós vencemos Deus porque fomos vencidos pela bênção de Deus na nossa vida. E, se ficou alguma marca ― e essa é uma geração que carrega marcas diversas, marcas familiares, marcas conjugais, marcas morais, marcas emocionais, marcas psicológicas ―, nenhuma delas nos impedirá de andar na direção de todas as reconciliações que nós temos de fazer, e aqueles que nos assistirem verão o nosso manquejar como

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chegou doido, chegou louco, chegou doido, doido de ciúmes. Eu não digo que nós não brigamos, eu resisti como eu pude, Deus sabe que teve um dia que eu disse: “deixa ter um pedacinho de vida para mim, todo mundo vive as suas vidas para eles mesmos, eu tenho dado a minha vida a Ti desde que eu sou mocinho, me dá um pedacinho para mim, para eu fazer o que eu quiser. E o Senhor me agarrou e a gente se embolou nas noites escuras até que eu disse a Ele: “eu não te deixarei ir se Tu não me abençoares’. Em horas mais graves, fatídicas e finais do que vocês possam conceber, Ele me disse: “como é o teu nome”? E eu disse: “Caio que significa alegria e bordão, mas naqueles últimos tempos tinha se transformado exatamente aquilo que soa na língua portuguesa, 'Caio', e Ele disse: “tu te chamaras 'CAIO' para lembrança a ti mesmo, o que na tua língua é verbo, isso significa que és passível de cair, e te chamarás Caio pela bênção de teu pai, pela consciência do teu nome e o seu significado, porque eu te separei para que tu sejas um Bordão, e que tu sejas Alegria, fique em pé e Eu falarei contigo”. E nunca Deus falou comigo tanto como tem falado comigo; nunca, nunca os céus estiveram tão claros; nunca, nunca, tudo esteve tão meu. Eu sou muito feliz pela minha herança, pela minha vozinha que primeiro creu, pelos meus pais que amaram a Deus e me ensinaram o temor do Senhor, mas hoje não tem nada em mim em que necessite ou que recorra a eles, eu atravessei um vau do Jaboque só meu e dEle, sem mulher, sem filhos, sem parentes, sem ministério, sem ninguém, e nós nos engatamos e brigamos Aí se estabelece o paradoxo dessa bênção espiritual que é quando a vitória de Deus é ser vencido pelo homem e a vitória do homem e ser vencido por Deus, e quando tudo que Deus quer é que


O Caminho da Graça

uma liturgia do Amor de Deus, verão a marca que está sobre nós como um sinal da gravidade da Graça de Deus que não é barata, é gratuitamente cara porque para nós não custou nada, mas ela é o resultado do precioso sangue do Cordeiro, como sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, com efeito conhecido desde antes da fundação do mundo e manifesto a nós nesses dias. É uma Graça que resulta da

briga do Espírito Santo conosco, da revolta dos Anjos por amor a nós, e que nós todos digamos: eu não te deixarei ir se tu hoje não me abençoares, e não abençoares a minha vida e a minha casa. Chega de escamotear, chega de fugir, chega de escorregar. .

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Mensagem ministrada em 19/06/2011 Estação do Caminho - DF

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