O Caminho da Graça
O Senhor é meu esposo! Caio Fábio
Vamos ler Isaías 54 “Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta com alegre canto e exclama, tu que não
Há uns quatro meses, na minha reunião com os homens no programa Cabra Macho sim, Senhor, das segundas-feiras, eu disse a eles que todo bom cabra macho tem que se sentir esposa de Cristo. E eu vi que
alguns homens arregalaram os olhos. Porque a maioria dos homens leem Efésios, no capítulo 5, que diz que Cristo é o cabeça da igreja – e logo depois Paulo faz o aplicativo desse princípio recair tornando o
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tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária do que os filhos da casada, diz o SENHOR. Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas. Não temas, porque não serás envergonhada; não te envergonhes, porque não sofrerás humilhação; pois te esquecerás da vergonha da tua mocidade e não mais te lembrarás do opróbrio da tua viuvez. Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra. Porque o SENHOR te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus. Por breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias torno a acolher-te; num ímpeto de indignação, escondi de ti a minha face por um momento; mas com misericórdia eterna me compadeço de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor. Porque isto é para mim como as águas de Noé (como as águas do dilúvio); pois jurei que as águas de Noé não mais inundariam a terra, e assim jurei que não mais me iraria contra ti, nem te repreenderia (o meu dilúvio em relação a ti cessou para sempre). Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o SENHOR, que se compadece de ti. Ó tu, aflita, arrojada com a tormenta e desconsolada! Eis que eu assentarei as tuas pedras com argamassa colorida e te fundarei sobre safiras. Farei os teus baluartes de rubis, as tuas portas, de carbúnculos e toda a tua muralha, de pedras preciosas. Todos os teus filhos serão ensinados do SENHOR; e será grande a paz de teus filhos. Serás estabelecida em justiça, longe da opressão, porque já não temerás, e também do espanto, porque não chegará a ti. Eis que poderão suscitar contendas, mas não procederá de mim; quem conspira contra ti cairá diante de ti. Eis que eu criei o ferreiro, que assopra as brasas no fogo e que produz a arma para o seu devido fim; também criei o assolador (seja ele humano ou espiritual), para destruir. Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo (em qualquer forma de juízo, formal ou informal, humano ou espiritual), tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR e o seu direito que de mim procede, diz o SENHOR.”
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E isso de que o homem se sente o Jesus da mulher, o Cristo da esposa (assim como Cristo é o cabeça da igreja ele, marido, é o cabeça da mulher) é muito forte na cabeça masculina, numa perversão de compreensão do texto, onde a diferença entre o significado de Cristo ser o cabeça da igreja e o significado do homem ser o cabeça da mulher é abismal; mas para a maioria dos homens é conveniente que lhes pareça igual e idêntico. E mais do que isso, é também interessante aos homens que, emocionalmente, eles se sintam como pessoas que têm uma relação com Cristo diferenciada da relação que uma mulher teria com Cristo; porque fica mais fácil para uma mulher pensar em Cristo como o cabeça – e, portanto, como o marido –, do que para um homem, sendo apenas um membro da igreja – e, portanto, sendo apenas membro do corpo do qual Cristo é o cabeça – sentir-se igualmente na mesma condição que as mulheres naturalmente, emocionalmente, afetivamente, se sentem em relação a Jesus. É quase como se os homens tivessem uma permissão afetiva para em relação a Jesus serem os machinhos de Cristo na Terra. Por exemplo: Um texto como este aqui de Isaías 54, quando foi que vocês aqui, homens e mulheres – ou aqueles que me veem pela VVTV –, em algum momento na vida já viram ser pregado numa igreja e aplicado ao contexto de homens e de mulheres? Eu lhes digo como é que, em geral, as pessoas o leem e o aplicam: é na mesma perspectiva machista; ou, então, se fala do contexto histórico do texto de
Isaías, que tem a ver com Israel. Acontece que Israel, à semelhança da igreja, era formado de homens e de mulheres; e apesar de ser formado de homens e de mulheres, o tratamento que Deus dá a Israel através do profeta Isaías faz com que esse povo feito de homens e mulheres tivesse que se enxergar como tendo no seu Criador o seu marido, tanto fazendo se eram homens ou mulheres que ouviam essa palavra. Nós, todavia, ficamos habituados a ouvir Isaías 54 como sendo um texto feminino – “é o texto das mulheres”. Era o texto que me davam dezenas de vezes, quando eu era convidado para pregar em reuniões de mulheres pelo Brasil afora ou em lugares diferentes da Terra. Não raramente, a reunião de mulheres pré-agendada sempre me apresentava Isaías 54 como um dos textos que as mulheres gostariam de ouvir exposto por mim. 54. Porque fala da mulher estéril, que não dá a luz, frustrada porque não tem filhos; fala da mulher repudiada na juventude; ou da mulher que sofreu vergonhas e opróbrios no iniciozinho da vida e nunca mais foi objeto do amor de homem algum que lhe quisesse ser marido, em tempos antigos, tão preconceituosos; fala da mulher de espírito abatido, quebrado, quebrantado; fala da mulher enviuvada, da mulher sem amparo, numa época em que não havia pensão, nem plano de saúde, nem seguro de natureza alguma (o seguro de uma mulher era o seu marido, e se os filhos já fossem grandes e bondosos, eles, quiçá, se tornassem alguma forma de segurança para ela; do contrário tanto a viúva quanto o órfão eram candidatos absolutos ao estado de miséria, de degradação, de pobreza, de abandono e de toda sorte de perversidades social).
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homem cabeça da mulher assim como a igreja tem em Cristo o seu cabeça – e habituaram-se a imaginarem-se como o Cristo da esposa, como se a mulher fosse a igreja e eles fossem o Cristo delas.
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E todas essas designações que usam como ilustração a condição de uma mulher nesses estados aqui descritos fazem com que, quase de imediato, esse texto da palavra de Deus nos seja percebido como dedicado exclusivamente à alma feminina. Quantos homens aqui já leram esse texto e disseram: “Hoje o Senhor me falou em Isaías 54, me dizendo, de manhã: Ó tu, mulher estéril, canta alegremente, tu que não deste a luz, tu que não tiveste filhos, tu, mulher solitária, tu que não és casada; tu, mulher de espírito abatido, tu, mulher envergonhada, que sofreste o opróbrio na tua mocidade, alegra-te, canta, porque o teu Criador é o teu marido”? Você conhece algum homem que já lhe tenha citado esse texto, dizendo: “Hoje o Senhor me disse: Eu sou o teu marido. Aleluia!”? Não; ele vai dizer: “Se eu disser um negócio desses vão pensar que eu sou gay”. Até para com Deus o machismo é tão extraordinário, é algo tão desgraçado, que os homens não querem ser mulher de Deus! Ocorre que o texto de Isaías é um texto que faz de todo mundo esposa de Deus, mulher de Deus – homens e mulheres! Eu quero
lhes dizer que não tem aqui macho maior do que eu; se tiver, é do meu tamanho, mas eu quero dizer na presença de todos, em qualquer lugar: Vocês estão olhando para um homem que é mulher de Deus. O Senhor é o meu marido. O Senhor é o meu marido. E na mesma situação em que aqui há mulheres que se identificam com essas situações descritas no texto, se houver homens também que queiram deixar de se aviadar espiritualmente, reconheçam o seu estado espiritual de viverem as mesmas realidades. Esterilidade – quanto homem estéril há aqui, à semelhança de mulheres estéreis? Eu não estou falando de esterilidade seminal, assim como o profeta Isaías não estava falando de esterilidade do ponto de vista da incapacidade de dar à luz filhos. Ele estava falando era da incapacidade de se ter a vida venturosamente produtiva, geradora de coisas novas; que de tal ser se produzisse a realidade daquilo que dele, dela, emanasse como fruto de vida, na existência. É desse tipo de esterilidade – mental, emocional, afetiva, de amor, psicológica, produtiva, prática, de solidariedade, de ações, de atitudes; é desse tipo de esterilidade, de impotência, que se está falando. O que se está falando aqui é da viuvez de um estado espiritual, de gente que perdeu o sentimento de acolhimento, de proteção, de abrigo, de cuidado, de providência, de interferência do eterno nas contingências da nossa existência. E isso, pelo amor de Deus, é para homens e para mulheres, é uma carência de todos nós. Cada um de nós, diante da vida, diante da existência, enquanto não assume a sua condição de mulher estéril, enquanto não assume a sua condição daquele, daquela que não consegue dar à luz tudo que
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De modo que, aqui, essas caracterizações femininas são apresentadas: a estéril, a que jamais foi galardoada com a bênção de ter filhos; a que mora numa casinha pequenininha, numa tenda estreita com estacas fracas; a envergonhada, a viúva, a abandonada. O verso 6 fala da desamparada, de espírito abatido, e da repudiada, sem marido e sem candidato algum a querer abrigá-la. E mais adiante se inclui, aqui, a situação daquela que é mulher de espírito alquebrado e que não consegue guardar dentro do coração qualquer que seja a possibilidade de esperança como projeção para a sua vida hoje e no futuro.
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Eu sou um homem que tem um marido eterno, por isso em mim não haverá esterilidade. O meu marido garante a minha frutuosidade nesta vida. O meu marido garante que eu não serei um ser solitário nesta vida; que eu, ainda que não tivesse a condição de alguém casado, não viveria em solidão, porque o Senhor é o marido da minha alma. O Senhor não é a esposa da minha alma, não é a mulher da minha alma; é o marido da minha alma masculina. Isso faz de mim mais homem do que qualquer homem – essa condição de dizer: Eu tenho um marido eterno, e ele é o meu Criador. É ele quem me garante posteridade. Não apenas aquela que decorra da sucessão biológica, de DNA, de filhos, mas posteridade de sonhos, de projetos, de vida, de construção, de transferência do meu ser para outros, das minhas riquezas mentais, espirituais e psicológicas que se passem para outras pessoinhas. Essa é a minha herança, essa é a minha posteridade, porque eu tenho um marido eterno. Por causa disso eu não temo; por causa disso, à semelhança da mulher que pudesse ser envergonhada, eu não serei envergonhado. Porque o Senhor é o meu marido. E ele diz a mim: Não te envergonhes, levanta a tua cabeça, tu já não te lembrarás de nenhum opróbrio passado, de nenhum estado de abandono, porque eu, o Senhor, sou o teu Criador e o teu marido, sou o teu Redentor. Ele diz a mim: Eu sou o teu marido que te chamou como se tu foras uma mulher desamparada e uma mulher de espírito abatido (como aquela mulher tripudiada, largada porque fora estigmatizada pelos pecados da mocidade; e que fora repudiada por algum ato ilícito ou por algum capricho do marido – mas neste caso aqui é pelo ilícito da mulher).
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deveria, tudo que poderia; enquanto não assume sua frustração, enquanto não assume sua condição de esterilidade impotente e de impotência estéril, enquanto não assume a estreiteza dos mundos em que aceitou viver, enquanto não aceita e entende que assumiu existir numa tenda espiritual, psicológica, existencial ou afetiva estreita, encolhida, limitada; enquanto não assume que essa descrição recai sobre todos nós, alguns carregando vergonhas de tempos antigos, culpas antigas jamais tratadas, jamais recuperadas, jamais perdoadas, jamais plenamente saneadas e saradas na sua vida; enquanto não nos virmos, não nos enxergamos como pessoas que frequentemente andam com o espírito abatido e quebrantado, semelhantemente ao de uma mulher na antiguidade que vivia em um estado de desamparo absoluto não sabendo a quem recorrer nem onde encontrar auxílio; enquanto não nos enxergarmos frequentemente semelhantes à mulher repudiada em dias quando o repúdio do marido tornava a mulher um ser alienado, sem esperança, sem futuro, sem perspectiva, sem chance de refazimento da vida; enquanto não nos virmos assim, nenhum de nós vai experimentar a graça de dizer com um coração unissex diante de Deus (liberto do sexismo ao qual essa revelação preciosa ficou atrelada nas nossas mentes possessas de sexismos): O meu Criador é o meu marido. Porque eu digo com todo o meu coação: O meu Criador é o meu marido. É o meu marido. Eu tenho um marido eterno. Eu sou marido da minha mulher e reconheço que ela tem um marido maior do que eu. O meu Criador, que é o meu marido, é também o marido da minha mulher.
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Porque à semelhança do que eu prometi a Noé – que nunca mais viria dilúvio algum sobre a Terra – eu prometo a ti que essas calamidades já não voltarão sobre a tua vida. É o que te promete o marido a quem tu foste infiel, mas que é o teu marido eterno, o teu Redentor. É aquele que se volta para ti com todas as suas misericórdias e diz: Ó tu, alma masculina, feminina, cheia de ânimo – ou de animus, alma aflita, arrojada, jogada na tormenta, desconsolada, eis que eu assentarei os fundamentos da tua existência com argamassa colorida e te fundarei sobre safiras. Eu vou te erguer sobre fundamentos absolutamente novos; e tudo quanto significou desconstrução na tua vida, eu te asseguro e te assevero que estou refazendo tudo novamente, na tua existência. E serás estabelecida, ó alma humana, em justiça, longe da opressão, porque já não temerás. E também do espanto te botarei longe, porque ele não mais se chegará a ti.
Eis que poderão, outros, suscitar contendas contra ti, mas fica sabendo desde hoje e para sempre: se tu te aceitares como esposa, como mulher do Criador eterno – sejas tu homem, sejas tu mulher –, se tu te puseres humildemente nessa condição e aceitares o teu resgatador, o teu redentor, o teu perdoador, o teu provedor, o teu amor, o teu cônjuge eterno, o marido da tua alma; se tu aceitares essa condição para sempre, fica sabendo: eis que poderão alguns até suscitarem contendas contra ti, mas sabe que elas não procederão de mim. E sabe também: todo aquele que conspira contra ti cairá bem diante de ti. Quem está falando isto é o marido eterno do teu ser. Se tu te puseres nessa condição de te alegrares e cantares e rejubilares, e aceitares o convite da reconciliação para voltares, para viveres sob essa conjugalidade espiritual inquebrantável e indivorciável; se tu aceitares o perdão, se tu aceitares a inclusão, se tu aceitares a consolação, se tu aceitares o amor, se tu aceitares o fim da tua culpa e dos dias do teu repúdio, assim diz o Senhor: Eis que poderão suscitar contendas, mas não procederão de mim. E quem conspirar contra ti cairá diante de ti. O Senhor diz: Eu criei o ferreiro que assopra a brasa no fogo para produzir uma arma para o seu devido fim; e também fui eu que criei o assolador para destruir. Mas em relação a ti, fica sabendo: toda arma forjada contra ti não prosperará, porque o teu marido garante. Toda língua que ousar contra ti em juízo (qualquer que seja a natureza de juízo – seja a língua humana, seja a língua do diabo), tu te levantarás e a condenarás. Porque tu tens marido eterno, ele é o teu Criador, o teu garantidor; se tu aceitares essa condição, e se tu aceitares essa conjugalidade, e se tu quiseres viver sob as asas do meu acolhimento, me tendo
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Diz o Senhor: Eu te acolho, não te deixo neste desamparo; te resgato, mulher, te resgato, homem, te resgato, pessoinha minha, se tu tiveres no teu espírito – sejas tu mulher, sejas tu homem que esteja nessa condição – a condição de te identificares, dizendo: O Senhor, o meu Criador, é o meu marido. Porque por breve momento eu te deixei, nos teus pecados, na tua alienação, mas com grandes misericórdias eu torno a acolher-te. Num ímpeto de minha indignação – diz o meu marido eterno – eu escondi de ti a minha face por um momento, na tua rebelião, na tua dureza; mas com as ternuras da sedução do marido eterno que não te deixa, homem que sejas de fato homem, mulher que sejas de fato mulher, eu te digo hoje: Com misericórdia eterna eu me compadeço de ti, diz o Senhor, o teu marido, o teu Redentor.
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Essa é a herança dos servos do Senhor, sejam eles homens ou mulheres. Essa é a herança dos servos do Senhor e esse é o teu direito que de mim procede, diz o Senhor. Eu espero que as mulheres acolham tudo isto e que os homens se convertam, de coração. Quem lhes fala é um macho; eu não estou devendo nada a nenhum de vocês, nem aqui nem fora daqui, e lhes digo com essa cara de macho: Bemaventurado é o homem que hoje aceitar a condição de dizer que o Criador é o seu marido. Do contrário, vá se aviadar nas tristezas da sua macheza sem solução e na desgraça do seu orgulho sem perdão. Essa é uma palavra de Deus querendo nos trazer consolação a todos nós, homens ou mulheres, tanto quanto é uma palavra de Deus querendo salvar os homens dessa condição perversa que não os permite usufruírem a graça abundante de, como homens, se apresentarem diante de Deus, sem sexo, apenas na sua fraqueza, e dizendo: Tu, ó Criador, és o meu marido; me visita na minha esterilidade, me visita na minha vida solitária, enjeitada, abandonada, me visita no fracasso e na falência do meu mundo afetivo, me visita nas dores de alma que eu carrego por ter sido enjeitado, por não ter sido amado, por não ter sido querido. Ó meu Criador, me recebe e me consola, advoga a minha causa como se eu fora uma mulher viúva. Levanta-te em meu favor no meu total desamparo, na minha falta de poder de
enfrentar o que é maior do que eu. Perdoa os pecados da minha mocidade, restaura a minha sorte como tu restauras a sorte da mulher que foi repudiada por alguém em razão dos pecados que cometeu, numa sociedade que não perdoava as mulheres, mas a quem tu dizes que te tornas o marido dela; e eu te peço que na gravidade do meu pecado tu sejas o meu marido, e tu me acolhas, e tu me restaures e tu me refaças. Porque eu quero estar debaixo do teu telhado, assim como quero construir o fundamento da minha vida nessa fundação de argamassa colorida que a tua graça me promete. Eu me ponho diante de ti e rogo que tudo quanto vem sendo tramado contra mim caia por terra diante de mim; que tu sejas o meu Criador, o meu marido protetor. Ó Senhor, toda arma forjada contra mim seja quebrada, porque eu me incluo – eu, mulher, eu, homem – na herança dos servo do Senhor, eu aceito para mim que este é o meu direito se eu me fizer esposa do meu Criador, se, de fato, espiritualmente eu me tornar igreja de Deus, e se, de fato, Cristo é o meu cabeça. Essas são as tuas promessas para a minha vida hoje e para quem quer que delas esteja carente e delas precisando, para quem quer que as tenha ouvido como palavra de Deus (por mais veemente que eu tenha sido no uso de algumas expressões; e eu as usei com a mais profunda consciência e lucidez), para quem quer que as tenha ouvido e esteja nesse estado e queira ouvir este canto de redenção, que diz: Canta alegremente, ó estéril e que não deste a luz; exulta com alegre canto, exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque eu te garanto que, por graça e por misericórdia, serão muito mais os filhos da mulher que não tinha condições de procriar do que os daquela que fora casada. É o meu poder que se
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como o marido eterno do teu ser, sejas tu homem ou mulher, vendo-te apenas como parte, como uma criaturinha, como uma pessoinha diante de Deus, para quem sexo não tem nenhum valor.
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Bem-aventurado aquele que ficar livre de todas as condições diminutivas da percepção espiritual e não perder nenhuma promessa da Palavra, mesmo aquela que, para que se cumpra na sua lucidez mais absoluta em mim, demande que eu, que seja homem, me veja como esposa do meu Criador, dizendo: Eu sou um homem que tem um marido eterno. E de você, mulher casada, tendo a capacidade de amando seu marido, saber que acima dele, para além dele, você tem um marido. E que os nossos verdadeiros filhos não são aqueles que nós procriamos na carne; são os frutos que a nossa vida dá no Espírito, são os frutos do amor. Que a nossa potência não está em ereção, nem a nossa fertilidade está em parir biologicamente, mas está na capacidade de sermos potencializados no Espírito para que a nossa vida dê o fruto da produção da graça de Deus, que seja amor, alegria, paz, bondade, longanimidade, mansidão, domínio próprio, e o contágio fértil da semente da nossa vida enriquecendo outras existências. Esse é o nosso chamado; não é para que andemos em esterilidade nem nos sentindo enjeitados, rejeitados, abandonados, quebrados. E nem
tampouco para que a nossa potência seja apenas aquela da qual os homens se vangloriam do ponto de vista da sexualidade, ou que a capacidade de fertilidade das mulheres seja apenas aquela que se vincule à capacidade de parir – pelo amor de Deus, preás fazem isso, cavalos fazem isso. A palavra de Deus está falando, aqui, de uma dimensão eterna; onde todos os homens que geraram filhos podem ser ainda estéreis, todas as mulheres que pariram podem ser ainda estéreis, e todas as mulheres que não geraram filhos podem ser absolutamente férteis, e todos os homens que foram abandonados e mal queridos e mal amados podem ser de repente abraçados pelo marido eterno. Ah, meus irmãos, não há limite para quem se coloca debaixo da graça de Deus. Não há limites. E eu lhes digo – e é um macho quem vos fala: O Senhor, o meu Criador, é o meu marido. Isso me faz mais homem, na presença da minha mulher. Assim como eu tenho prazer em ouvi-la dizer: O Senhor, o meu Criador, é o meu marido. Isso a faz mais mulher, para mim. Assim como eu tenho prazer em ver as mulheres sem homem se levantarem sem carência, dizendo: Não é um homem que realiza o significado da minha vida, porque o meu Criador é o meu marido. Assim como me dá alegria ver homens que foram abandonados por mulheres a quem amavam levantarem-se sem nenhuma dor de cotovelo, sem nenhum sentimento de rejeição, dizendo: O Senhor, o meu Criador, é o meu marido. Ah, meus irmãos, nós somos apenas pessoinhas, somos apenas espíritos carentes, não somos nem homem nem mulher – em Cristo essas coisas acabaram. Somos espíritos diante do Pai da luzes, vivendo cada um as nossas próprias
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aperfeiçoará na tua fraqueza, sejas tu homem, sejas tu mulher. Tu vais ficar grávida, vais ficar grávido do meu Espírito. Com aquela macheza de Paulo que se tornou mãe dos gálatas, dizendo: “Ó gálatas, por quem de novo sinto as dores de parto”. Foi um macho que não teve pudor de se fazer parturiente de seres humanos que não vinham ainda à luz; e ele assumiu, na grandeza da sua varonilidade espiritual, a metáfora de ser uma parturiente de seres humanos que ele queria parir no amor de Deus.
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carências e necessidades. Porque ele é apenas o Pai dos espíritos, e nos chama a todos nós que tenhamos provado a esterilidade espiritual, psicológica, emocional, afetiva; a todos nós que não tenhamos até hoje, na vida, produzido aquilo que na existência dá significado para nós mesmos (e não são as produções designadas pelo mundo, mas as produções que nascem do espírito); a todos nós que tenhamos sido até hoje pessoas quebradas, esmagadas, envergonhadas, nos sentindo culpadas, rejeitadas, abandonadas, ou mal amadas, ou mal queridas, seja você mulher, seja você homem, seja você a mulher abandonada, seja você o homem enjeitado, o seu Criador quer ser o seu marido! Pelo amor de Deus...!
E bem-aventurado será todo aquele que se levantar e disser: O Senhor, o meu Criador, é o meu marido. A esses ele diz: Canta, exulta, rejubila, porque tudo quanto pelas vias naturais não te foi dado, pelas vias da graça te será acrescentado. Cessa com a vergonha, cessa com a culpa. Levanta a cabeça, não aceites a rejeição. Hoje é o dia da tua cura, mulher; hoje é o dia da tua cura, homem. Não aceites acusação, não aceites o que foi forjado contra ti, não procede de mim, diz o Senhor. Eu, que podia te condenar, decidi te justificar. Se eu sou por ti, quem será contra ti? E todas essas armas cairão quebradas diante de ti, porque esta é a tua herança, toma posse. Em nome de Jesus.
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Mensagem ministrada em 20/11/2011 Estação do Caminho - DF
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