Mergulho Diário - #04

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Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF | Juiz de Fora, Setembro de 2016 | Ano 2016 | Nª 04 Foto: Davi Carlos Acácio

Centenas de juiz-foranos vão às ruas contra o governo Temer Dia histórico em que ocorre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, manifestações fecham as principais avenidas de JF. Novos atos são esperados para hoje >>>P. 3 Esporte

XXIX Corrida Saúde Duque de Caxias de Juiz de Fora ocorre domingo e atinge trânsito>>>P. 14

Número de queimadas na cidade em 2016 já é superior ao ano passado >>>P. 9


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Opinião

Editorial Por Gabriella Weiss

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o ver uma pessoa com deficiência, muitos têm um sentimento de empatia, outros de pena. Alguns ainda veem neles um exemplo de superação. Pode parecer que essas reações se dão por não ser tão comum ter alguém com deficiência perto de nós. No entanto, elas estão sim em toda parte, vivem uma vida comum e não estão em pequeno número. Segundo dados do último Censo, 45,6 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população. Com as paralimpíadas, pessoas com alguma deficiência fogem do lugar comum, onde frequentemente são tratadas como invisíveis, para uma posição de destaque e admiração em uma das maiores competições esportivas do mundo moderno. Pessoas que lutam todos os dias para serem tratadas da mesma forma que

Expediente

as outras são atletas acima da média, com desempenho extraordinário e motivo de orgulho para seus países. Com o acolhimento de Juiz de Fora à delegação paralímpica do Canadá, devemos nos perguntar: tratamos as pessoas com deficiência da cidade da mesma forma? Calçadas com desníveis e buracos, semáforos não adaptados a deficientes visuais, funcionários não capacitados para o atendimento à pessoa com deficiência: muitos são os desafios encontrados no cotidiano juiz-forano. Segundo o Departamento de Políticas Públicas para a Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos da Prefeitura de Juiz de Fora, não há sequer uma unidade de saúde no município, pública ou privada, que seja plenamente acessível para o atendimento de pessoas com deficiência. Assim devemos nos questionar se

a acessibilidade na cidade de Juiz de Fora deve ser uma questão apenas para momentos como este, únicos em nossa história, de recebermos delegações paralímpicas de outros países, ou se deve passar a ser uma questão recorrente para que possamos garantir à população com deficiência que vive aqui condições de vida às quais ela tem direito. Nossa maior prioridade deve ser a criação de uma cidade que não crie barreiras. Um ambiente deficiente de acessibilidade ressalta as limitações que a pessoa pode ter, enquanto um ambiente plenamente acessível permite que todos recebam atendimento da mesma forma e anula as dificuldades. Não é a pessoa que possui algum tipo de deficiência, mas sim o ambiente, que pode apresentar barreiras à sua autonomia.

Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora produzido pelos alunos de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso. Reitor: Prof. Dr. Marcus Vinicius David

Projeto gráfico: Caio Gonzaga

Vice-Reitora: Profª. Drª. Girlene Alves da Silva

Diagramação: Cynthya Marangon, Laura Sanábio e Luiza Dias

Diretor da Faculdade de Comunicação: Prof. Dr. Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora da Faculdade de Comunicação: Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenadora do Curso de Comunicação Social diurno: Profª. Dra. Cláudia de Albuquerque Thomé Professores orientadores: Prof. Dr. Marco Antônio de Carvalho Bonetti Profa. Mestre Marise Baesso Tristão

Reportagem: Amanda Cadinelli, Amanda Padilha, Caio Gonzaga, Davi Carlos Acácio, Franco Ribeiro, Larissa Alves, Laura Conceição, Ludmilla Azevedo, Maria Fernanda Pernisa e Matheus Soares Editores de texto: Gabriella Weiss e Matheus Gouvêa Endereço: Campus Universitário de Martelos, s/n - Bairro Martelos 36036-900 - Telefones: (32) 2102-3601/2102-3602

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Setembro | 2016

Impeachment 3 Manifestação em JF Ato contra o governo Temer reúne centenas e fecha principais ruas de Juiz de Fora Organização afirma que mil pessoas participaram do protesto, que durou cerca de três horas Por Davi Carlos Acácio Foto: Davi Carlos Acácio

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entenas de pessoas foram às ruas de Juiz de Fora na noite de ontem em protesto contra o impeachment sofrido pela presidenta Dilma Rousseff. O ato, que ocupou as avenidas Rio Branco e Presidente Itamar Franco, durante cerca de três horas, provocou tumulto e engarrafamentos. Segundo os organizadores, cerca de mil pessoas participaram do ato, enquanto a Polícia Militar calculou em 500 manifestantes. Nesta quinta-feira, um novo protesto está sendo organizado pela Frente Popular de Juiz de Fora, no Facebook, para as 18h, no Parque Halfeld. No ato de quarta-feira, os integrantes também se reuniram no mesmo horário, em frente à Câmara Municipal. Com o auxílio de microfone e caixa de som, os militantes expunham sua indignação contra o impeachment aprovado pelo Senado, após a votação que teve 61 votos favoráveis e 20 contrários, pouco depois das 13h30. Qualquer pessoa presente no ato podia ir à frente e expor seu sentimento em relação ao acontecimento. Por volta das 19h15, os manifestantes saíram do Parque Halfeld e ocuparam a Avenida Rio Branco. Com cartazes escritos “Fora Temer”, bandeiras vermelhas, e, aos gritos de “Dilma guerreira da pátria brasileira”, “Não aceito o golpe” e “Fora Temer”, os populares percorreram a Rio Branco até a Itamar Franco. O trânsito no cruzamento entre as duas principais avenidas da cidade

Manifestantes ocupam Avenida Rio Branco na noite de ontem

ficou fechado por cerca de 15 minutos, até um policial militar pedir para que o ato seguisse. Empolgados, a cada bandeira vermelha que aparecia nos prédios e vaiando aqueles que supostamente não apoiavam o golpe das varandas de seus apartamentos, os manifestantes atravessaram a Itamar Franco até a praça do São Mateus. O protesto se manteve naquela região por cerca de 20 minutos, depois o grupo voltou à Itamar Franco, com o movimento se encerrando em frente à Justiça Eleitoral. Por que ir pra rua? Num momento delicado para a política brasileira. Sem saber qual rumo a democracia do país poderá tomar, é necessário que as pessoas se posicionem e mostrem que tem uma opinião e estão vendo aquilo que acontece na capital federal. Para Laiz Perrut, 25 anos, estudante da UFJF e militante, é importante se manifestar nesse momento e

mostrar a todos que a decisão de exonerar a presidente Dilma de seu cargo trata-se de um golpe contra a democracia. “Protestar contra o governo atual é mostrar a resistência das minorias sociais e daqueles que não aceitam o golpe.” As estudantes Ana Clara de Souza, 15, Clarice Abreu e Letícia Abreu, 17, que também estavam na manifestação, acreditam que é de suma importância mostrar que as pessoas presentes não compactuam com a decisão do Senado. Para elas, o momento de instabilidade política pede que as pessoas ocupem as ruas para mostrar sua força. Elas também destacam a relevância dos movimentos sociais e coletivos para o acontecimento da manifestação. Ambas entendem que o processo de impeachment é caracterizado como ilegítimo e machista. os gritos de “amanhã vai ser maior”, os militantes contra o golpe convocaram uma nova manifestação para esta quinta-feira.

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4 Impeachment Opinião

Continuamos em luta Por Gabriella Weiss

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ntre mortos e feridos estavam a democracia e justiça. Ensanguentadas, doloridas, cansadas mas não derrotadas, esperam urgentemente por reforços. Com a decisão do impeachment, abrimos precedentes para o desrespeito ao nosso voto, para comentários machistas sobre a presidência de uma mulher, para a dúvida e o medo do que está por vir. Não podemos acreditar que a separação de dois jornalistas globais seja assunto mais importante que o momento político ou então acreditar que o impeachment é sobre Dilma quando, na verdade, é sobre uma estrutura política falha, sobre um retrato do machismo, racismo e classicismo. Não entendo o impeachment como um julgamento jurídico, mas político, pautado não por provas, mas pelos interesses de um Congresso que não abrirá mão do poder e que não representa a diversidade de origens e pensamentos de uma sociedade. No fim das contas, não importa

se você votou em Dilma, Aécio ou em quem quer que seja. O que importa na democracia não é ganhar, mas é ter o direito de escolher e ter a garantia de que seu voto fez diferença. Não podemos deixar o voto no Brasil ser obrigatório, enquanto o respeito ao mandato é facultativo. Alguns podem acreditar estar de um ‘lado vencedor’ e, assim, já se perde. Perdemos todos, coletivamente, uma vez que uma escolha política não pode ser voltada para o próprio umbigo e atender unicamente aos privilégios que temos. Votamos por um país, por 206 milhões de pessoas que queremos que tenham as mesmas oportunidades que nós. Não venço se acredito estar vencendo sozinha. Nasci nos anos 1990. Sobre as crises, a repressão, as manifestações e lutas pelos direitos mais básicos, eu não tenho lembranças, tenho relatos. Tive a sorte de nascer em um período em que saíamos de uma crise longa em que o Brasil ficou marcado pela dura ação do tempo que viveu. Minhas maiores lembranças são de momentos

de prosperidade, de avanços, de empoderamento de oprimidos e de classes historicamente exploradas, de projetos sociais que beneficiavam a muitos. Minha geração não tem marcas do medo: temos medo do desconhecido, do que não sabemos o que esperar. As gerações mais antigas têm medo porque sabem exatamente o que temer. Já nós, nos acostumamos com o conforto, com a liberdade de dizer o que desejamos, de manifestarmos nossas crenças políticas e, por que não, fazer um textão no Facebook. Não fomos acostumados a lutar para termos conquistas políticas. O mundo é dos indignados que questionam, problematizam e lutam pela melhor versão da sociedade em que vivem. A democracia é frágil, mas continuamos em luta. Ela não está morta.

A repercussão nas redes socias

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Setembro | 2016

Impeachment 5

Opinião

Dar as costas aos oprimidos Por Matheus Soares

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impeachment da presidenta Dilma Rousseff é uma página negra na história da democracia brasileira. É uma afronta à vontade da maioria popular que a reelegeu em 2014. Os 61 senadores que votaram pela cassação do mandato de Dilma ignoraram a escolha da população nas urnas e jogaram no lixo o voto de mais de 54 milhões de brasileiros. É de se indignar assistir a um senador pró-impeachment afirmar que não houve crime de responsabilidade por parte da presidenta, mas votou a favor por não haver “governabilidade”, como fez Acir Gurgacz (PDT-RO). “Temos convicção de que não há crime de responsabilidade neste processo. Mas falta governabilidade”, declarou o senador à TV Senado após a votação. Senadores do PMDB votaram a favor do afastamento definitivo da presidenta, e, em seguida, decidiram votar contra a ilegibilidade de Dilma e o impedimento de ocupar de

cargos públicos durante oito anos. Talvez seja a voz da consciência, que pesa como chumbo neste momento. Isso, se consciência for algo que eles possuem. Como fica a tal “governabilidade” do presidente recém-empossado, já que o voto dos senadores de seu próprio partido na segunda votação desagradaram seus aliados do PSDB e DEM? O impeachment se iniciou no final de 2015 com a tramitação na Câmara dos Deputados, a mando do hoje afastado deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de envolvimento no escandaloso episódio do petrolão. Não é de se espantar a conivência da grande imprensa brasileira com o impeachment, enquanto veículos internacionais colocaram diversas vezes em dúvida as verdadeiras motivações do julgamento. “No fundo, o impeachment sempre foi político. Rousseff foi julgada (e condenada), entre outras coisas, por sua gestão”, afirmou o espanhol “El País”.

O processo foi amparado pela Constituição, porém, carece de fundamento. A acusação se valeu da retórica e não da verdade dos fatos. Trata-se de um golpe não só em Dilma Rousseff, mas em mais de 54 milhões de pessoas que a colocaram no poder através do voto, como deve ser. E principalmente, foi um golpe na democracia do Brasil. Uma meia dúzia de engravatados retirou do poder uma presidenta legitimamente eleita pelo povo, que não pode se resignar diante da injustiça, que não pode ficar parado olhando os cortes nas políticas públicas que afetarão os menos favorecidos. A defesa de Dilma Rousseff certamente recorrerá ao STF e não se entregará. Na noite de 31 de agosto de 2016, Dilma não dormiu mais como presidenta, mas, certamente, deitou sua cabeça no travesseiro com a consciência de que quem se curva aos opressores dá as costas aos oprimidos.

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6 Impeachment Temer assume

Dilma afastada em definitivo da Presidência após votação do Senado

Lewandowski aprova votação e ex-presidenta mantém o direito de se eleger e assumir cargos públicos Por Matheus Soares

plenário A votação sobre a permanência ou não do direito de Dilma Rousseff se eleger e ocupar cargos públicos foi aprovada pelo ministro Ricardo Lewandowski a pedido dos aliados da presidenta no Senado. O resultado da votação despertou o protesto de vários senadores, principalmente do PSDB, que argumentaram sobre o impeachment e a consequente ilegibilidade, segundo o que está na Constituição. “Não poderia ter havido o desmembramento da votação. Esse fatiamento merecerá uma reflexão profunda do STF. E a Constituição é clara 61 senadores votaram à favor do impeachment quando diz que a sanção é clara, a perda do mandato com a consequente perda plenário do Senado aprovou Congresso Nacional. nesta quarta-feira, 31, o O afastamento da presidenta ocorreu dos direitos políticos”, disse Aécio Neves, impeachment da presidenta em virtude das acusações de crimes de presidente nacional do PSDB. Dilma Rousseff (PT). Foram 61 votos a responsabilidade fiscal no Plano Safra, favor e 20 contra a cassação do mandato. ou “pedaladas fiscais”, e por decretos de Decisão pode gerar crise entre PMDB Além da votação do impeachment, os gastos sem contar com autorização do e PSDB Muitos senadores do PMDB que senadores também decidiram sobre Congresso Nacional. o direito de Dilma se eleger e assumir O processo, que se iniciou no final votaram a favor do impeachment, cargos públicos nos próximos oito anos. do ano passado com a tramitação na decidiram por não retirar os direitos A segunda votação contou com 42 Câmara dos Deputados, põe fim ao de elegibilidade e de assumir funções votos a favor da perda do direito e mandato de Dilma Rousseff, que estava públicas de Dilma. O morde-assopra 36 contra, além de 3 abstenções, não previsto para terminar no final de 2018. peemedebista com a ex-presidenta atingindo assim, o número mínimo de 54 A defesa da presidenta planeja recorrer pode estremecer fortemente as relações votos para aprovação. Os 81 senadores da decisão junto ao Superior Tribunal futuras com o PSDB. “O Brasil não comporta mais estiveram presentes na votação, que Federal (STF). terminou por volta de 13h35. Com o resultado, o presidente interino ambiguidades. É preciso que setores O afastamento da presidenta ocorreu em atividade, Michel Temer, assume do PMDB digam até que ponto estão em virtude das acusações de crimes de a Presidência da República de forma comprometidos com esse projeto, até que ponto estarão ao lado de reformas responsabilidade fiscal no Plano Safra, definitiva. preconizadas pelo presidente Michel ou “pedaladas fiscais”, e por decretos de gastos sem contar com autorização do Segunda votação gera polêmica no Temer e apoiadas pelo PSDB. Isso deixa dúvidas”, falou Aécio Neves. Foto: Agência Senado

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Setembro | 2016

Impeachment 7

Enquete

Repercussão do Impeachment na Faculdade de Comunicação UFJF Com esse golpe de estado, a gente vê um cara que traiu um modelo de governo, que vinha dando certo e errado há 13 anos. Eu acho que a questão das pedaladas fiscais não justificava o impeachment. Fico muito preocupado, agora não sei o que vai ser. Agora quero que o Temer saia porque ele não me representa.

Victor Dousseau – 22 anos - estudante de jornalismo

Elias Arruda, 20 anos - estudante de jornalismo

Eu fico triste pelo episódio de ontem, eu acho que é impossível a gente ficar feliz com o que aconteceu, mas eu acho que a gente tem duas formas hoje de acompanhar a situação: ou você age de alguma forma, manifestando, indo pras ruas, ou você aceita e vê como vai ser a repercussão. Infelizmente a gente não tem mais como saber como serão os próximos anos

Eu acho que do jeito que as coisas estão, o Temer não vai conseguir se manter no poder. É muito difícil. Eu preferia que ela (Dilma) tivesse ficado.

Creuza Bispo – 60 anos – faxineira

Jesualdo Castro, 54 anos técnico administrativo

Eu acho que ele (Temer) vai ter problemas de governo tanto com a base aliadas, por conta de alguns problemas que ocorreram pela falta da perda total dos direito políticos dela, isso vai ocasionar uma ruptura, principalmente do PSDB com relação a essa coligação do PMDB com a governabilidade do Temer. Além da população brasileira, dos quase 55 milhões de brasileiros que votaram na presidenta Dilma, que não aceitam que um presidente assuma o poder sem que seja pelo voto direto.

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Economia

8 Agora é todo Estado

CMC Jr monitora atividade econômica das cidades de Minas

Focado inicialmente na Zona da Mata, Indicador Econômico é ampliado para todo o estado Por Franco Ribeiro

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Foto: Reprodução Baby Benz Club

Conjuntura e Mercados Consultoria Jr (CMC Jr), empresa júnior da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora, apresentou os primeiros resultados do seu Indicador de Atividade Econômica Municipal (Iaem). Criado em julho deste ano, o projeto visa monitorar mensalmente a economia de todas as cidades da Zona da Mata mineira. No entanto, a ampliação do indicador permite agora Perspectiva de Juiz de Fora é recuperação ao longo prazo que os membros da CMC Cenário em Juiz de Fora apresenta melhora Jr acompanhem todos os 853 municípios de Minas Detentora do maior PIB de recuperação mesmo estando Gerais, com esta primeira edição divulgando os dados (Produto Interno Bruto) da Zona com saldo negativo na geração de da Mata, a cidade de Juiz de Fora empregos, teve queda no mês de referentes a maio deste ano. O Iaem considera permaneceu como o principal maio. De acordo com o Iaem, Juiz de informações referentes polo econômico da região durante Fora é uma cidade que possui uma ao comércio exterior, os cinco primeiros meses de 2016. movimentação bancária, Além da arrecadação municipal tendência de crescimento no longo finanças públicas e emprego. e atividade bancária, um fator prazo. Contudo, o fato de ser a Segundo a CMC Jr, os resultados importante para esse destaque única com alto nível de atividade do indicador podem auxiliar juiz-forano em relação às outras produtiva na Zona da Mata pode na formulação de políticas cidades foi ter um maior nível de ser uma justificativa para que a de desenvolvimento regional abertura econômica. Argentina, cidade não apresente o mesmo e na tomada de decisão para Espanha, Estados Unidos e Peru dinamismo econômico de outros a realização de investimentos são os principais parceiros do municípios com porte financeiro privado, fornecendo município na comercialização de, semelhante no estado. Todos os dados e análises informações para agentes por exemplo, automóveis para públicos, investidores, transporte de mercadorias, zinco estão disponíveis na página da pesquisadores, jornalistas e o em formas brutas e minérios Conjuntura e Mercados Consultoria (www.cmcjrufjf.wixsite.com/ de zinco. Já o mercado de Jr público em geral. trabalho, que apresentava sinais cmcjr).

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Setembro | 2016

Saúde

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Saúde Pública

Aumento no número de queimadas em JF oferece riscos para saúde da população Só este ano já foram 620 ocorrências. Tempo seco e fumaça agravam problemas respiratórios

Por Larissa Alves

Foto: Fotos Públicas

Índice de ocorrências de janeiro à agosto, supera contagem total do ano passado

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Corpo de Bombeiros atendeu a 17 ocorrências de queimadas em diversos pontos de Juiz de Fora apenas nesta semana. Só no domingo, 11 locais foram incendiados, como nos bairros Bonfim e Linhares, na Zona Leste, Vila Esperança, Zona Norte, Jardim do Sol, região Sudeste, Morro do Imperador, Zona Oeste, e na Avenida Rio Branco, no Centro. Segundo os registros, estão contabilizadas cerca de 620 ocorrências de janeiro a agosto, maior que o número

de 516 ocorrências em todo o ano de 2015. A coordenadora do laboratório de climatologia da UFJF, Cássia de Castro, esclarece que o período é muito propício para o aumento de focos de incêndio: “A menor incidência de chuvas contribui para a baixa umidade do ar, o que afeta diretamente a vegetação, que se apresenta geralmente mais seca nessa época do ano.” Outro fator importante é a maior atuação de massas atmosféricas quentes e secas que diminuem o índice de umidade no ar e de correntes

de ar, o que prejudica a dispersão da poluição e a saúde da população. A especialista em pneumologia, Barbara Oliveira, relata que, quanto maior a proximidade da queimada, maior o seu impacto na saúde: “O efeito pode ir de intoxicação até a morte por asfixia pela redução da concentração de oxigênio em níveis críticos e pela elevação no nível de monóxido de carbono, que compete com o oxigênio na sua ligação com a hemoglobina”. A moradora do Bairro Santa Luzia, Carolina Toledo, foi uma das pessoas prejudicadas pela queimada. Ela conta que ela e a família precisaram agir para que o incêndio não tomasse a casa. “O número de queimadas está tão grande que, quando ligamos para os bombeiros, eles não puderam vir porque estavam atendendo outra chamada. Além do risco, acho que o pior é a fumaça e a fuligem que fica” A situação é ainda mais complicada para pessoas que sofrem de problemas respiratórios, como asma ou rinite. Bárbara explica que o melhor é investir na hidratação e sempre buscar atendimento médico ao menor sinal de complicação.

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Cidade

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Ação Social

Professora organiza campanha online para doação de livros Campanha para suprir o déficit de leitura de alunos arrecada mais de 50 livros em 4 dias

Por Caio Gonzaga

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dificuldade de interpretação de textos e o déficit de leituras de alunos entre 15 e 19 anos levou a professora Joviana Marques a criar uma campanha no Facebook para arrecadação de livros de literatura. Professora da Escola Estadual Nyrce Villa Verde Coelho de Magalhães, do Bairro São Pedro, ela percebeu as dificuldades dos estudantes dentro de sala de aula quando pedia que eles fizessem textos argumentativos. “Essas lacunas ficaram muito evidentes”. Segundo a educadora, a proposta da campanha veio para que os adolescentes da escola tenham um primeiro passo em relação à literatura e adquiram prazer genuíno pela leitura. Joviana, junto com os professores de sociologia e literatura da escola, perceberam que os livros da biblioteca não eram atrativos para iniciar o gosto dos alunos pela leitura. A professora sentou com cada um dos alunos e listou junto a eles quais eram as preferências de leitura. “Não foi fácil!”, afirma. “Alguns nem sabiam quais títulos pedir por não terem nenhuma referência.” No seu perfil no Facebook, a jovem de 27 anos divulgou a lista completa pedida pelos alunos e teve mais de cem compartilhamentos em poucos

Foto: Caio Gonzaga

Foto: Joviana Marques

Professora do colégio, Joviana busca as doações pessoalmente dias. Joviana ficou surpresa que, em poucos dias, a receptividade das pessoas pela campanha foi enorme. “Eu já recebi mais de 50 livros em doação. As pessoas têm mandado da internet também. Estamos fazendo uma renovação do acervo bibliotecário!”, comemora. Cinthia Silva, estudante de Engenharia Ambiental da UFJF, é dona de um blog literário e aproveitou para contribuir com a campanha. “Doar livros está sendo um verdadeiro prazer. Eu compartilho tantas histórias com quem não tem fácil acesso e, de quebra, divulgo o trabalho das editoras”, justifica. “Sabemos que isso não é um

Mais de 50 livros foram doados em poucos dias problema isolado deles ou falta de interesse, mas são coisas que vêm de uma ausência no ensino da literatura quando criança”, observa Joviana. “Alguns deles leram apenas um livro na vida e, às vezes, nem isso. Isso é muito comum, principalmente, na rede estadual, pois eles vêm de realidades muito complicadas”. Para doar algum livro para a campanha, basta contatar a professora Joviana pelo seu perfil no Facebook ou entrar em contato com a Escola Nyrce Villa Verde pelo telefone (32) 3215-2640.

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Setembro | 2016

Cidade

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Reprovação em exame

Índice de reprovação nos exames de direção em Juiz de Fora é alto A cidade tem um dos índices mais altos de reprovação do Estado de Minas Gerais Por Laura Conceição

Foto: Divulgação

Grande parte dos alunos não consegue aprovação no primeiro exame

J

uiz de Fora possuí alto nível de reprovação nos exames para adquirir a carteira nacional de habilitação (CNH) Tipo “B”. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o índice de reprovação em exames de direção em Juiz de Fora do início de 2016 até o momento foi de 77,19% Mario Tasso, instrutor e proprietário de autoescola Minas Geras afirma que grande parte das reprovações ocorrem por motivos de nervosismo dos

candidatos. “Estamos há 48 anos habilitando motoristas e esse ano pode ser considerado o de mais difícil aprovação” diz Mario. O instrutor concorda com o rigor das avaliações “Para passar na prova é preciso estar apto até mesmo para evitar acidentes e problemas posteriores”. A estudante Ana Paula Castro já está no quinto exame “Não aguento mais. Tenho certeza, que esse será o último. Não tenho mais paciência e nem condições financeiras para arcar com mais uma reprovação. Eu

sinto que já estou pronta para dirigir mas na hora do exame fico muito nervosa e cometo erros banais. Alguns amigos meus optaram por fazer o exame em outro estado por considerar mais facíl ”, afirma Ana Paula. Alguns candidatos chegam a perder a pauta por motivos de reprovação. De acordo com Mario o trânsito da cidade é intenso e falta paciência para com os recém habilitados. O alto índice de reprovação faz com que muitos candidatos desistam de se habilitar.

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Cultura

12 Patrimônio histórico

Granberyenses pedem tombamento de prédio esportivo do colégio

O centro esportivo é um dos maiores bens da Instituição e corre risco de ser vendido pela Rede Metodista Foto: Divulgação

Por Maria Fernanda Pernisa

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Colégio Granbery, um dos mais tradicionais de Juiz de Fora, vem enfrentando problemas administrativos internos desde o início do ano. De acordo com a Comissão de Negociação, entre as situações levantadas estão demissões por perseguição política, mau uso dos recursos da escola e tentativa de venda do Centro de Educação Física e Esportes (CEFE) por parte da Rede Metodista. Esta comissão foi criada com o objetivo de zelar pela integridade da Instituição. O grupo é composto por professores, alunos da faculdade do ensino médio e faculdade, funcionários representantes da Associação Granberyense e da comunidade, assim como pais e alunos. Desde o dia 1 º de julho, mobilizações, negociações e tentativas de acordo vêm sendo feitas. Porém, a falta de posicionamento por parte da Igreja Metodista, que é responsável pela administração, levou a comissão a acionar o Ministério Público. Thiago Almeida, um dos integrantes da comissão, explica como o tombamento do CEFE afasta a especulação mobiliária em torno do terreno e chama a atenção para a saída de investimentos provenientes

Centro de Educação Física e Esportes (CEFE) é o único espaço esportivo da Instituição dos serviços oferecidos pela instituição: “A comissão vem buscando o tombamento do CEFE, onde são realizadas as atividades de educação física, lugar de extrema importância não só do ponto de vista acadêmico, mas do ponto de vista histórico. E não só para o Granbery, mas para a comunidade local e a cidade como um todo.” Ainda sobre o tema, Thiago ressalta que: “A instituição encontra-se em situação de estabilidade, o que se quer é justamente uma ação preventiva no sentido de que não se atinja esse estado de coisas. O que a comissão faz questão de pedir providências nesse sentido

é de que possa a autoridade competente, no caso, o Ministério Público, no sentido de assegurar que todos os recursos (financeiros) que forem produzidos pelo Granbery sejam revertidos no Granbery”. Sem diálogo O professor da faculdade e expresidente da Associação dos Granberyenses, Ulisses Belleigoli, afirma que os administradores da rede estão fechados para diálogos e se recusam a conversar com a comissão e, mesmo quando o fazem, não cumprem os combinados: “Luciano Satler, então diretor interino, disse para não nos darmos ao trabalho, pois de nada adiantaria”, contou.

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Setembro | 2016

Esportes

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Competição de vôlei

JF Vôlei enfrenta o Minas na segunda partida pelo Campeonato Mineiro A expectativa é de um jogo mais equilibrado que a partida contra o Cruzeiro Por Ludmila Azevedo Foto: Vitor Bara

No jogo de estreia, o JF Vôlei perdeu de 3x0 para o Sada Cruzeiro

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JF Vôlei vai à quadra pela segunda vez pelo Campeonato Mineiro deste ano nas próximas sexta e sábado, 2 e 3 de setembro. Dessa vez, o adversário será o tradicional Minas Tênis Clube (MTC), que estreia na competição. “Logo no início, o JF Vôlei pegou o Cruzeiro, o time mais forte, sem ter realizado um amistoso prévio. Perdemos de 3x0, mas continuamos na disputa”, afirma o diretor técnico do time, Maurício Bara. De acordo com Bara, o Campeonato Mineiro é peculiar por ter apenas quatro times competindo: JF Vôlei, Minas Tênis Clube, Sada Cruzeiro e Montes Claros. “Todos passam para a semifinal, e ninguém

quer ir contra o Cruzeiro, então essa vitória no fim de semana é importante. A gente acredita que vai conseguir equilibrar melhor a partida contra o Minas. Ainda estamos um patamar abaixo em relação aos outros times porque o JF Vôlei é muito jovem, ainda não tem tanta experiência”, explica o diretor técnico. “A expectativa, então, é de evolução da equipe. Os jogos contra o Minas serão tão difíceis quanto as partidas de estreia. O objetivo é sair do jogo com a sensação de que a equipe fez seu melhor, e esperamos que o nosso melhor seja vencer, porque o Campeonato Mineiro é uma etapa de preparação para a Superliga Brasileira de Vôlei”. A farmacêutica Cecilia

Aparecida adora acompanhar as partidas da Superliga, incluindo os jogos do Minas Tênis Clube. “Assisto aos jogos pela televisão, mas sempre procuro me informar sobre a disputa mineira na internet. Terei a oportunidade de assistir à estreia do Minas contra o JF Vôlei no campeonato estadual agora. O MTC ainda está se entrosando, por conta dos novos jogadores”, pondera. Em 2016 saíram o Lucianinho, líbero, e o Escobar, um jogador natural de Cuba. “Entrou outro cubano, o Bifet, além de Gelinsky e Samuel. Este último já jogou pelo Minas em 2014, e retorna ao time neste ano”, relata a torcedora. As partidas acontecem na sexta-feira, 2, às 19h30, e no sábado, 3, às 17h, no ginásio da UFJF. Os ingressos podem ser adquiridos online por meio do site Ingresso MG. As entradas também estão à venda nas lojas Shape Suplementos e Artigos Esportivos (Rua Braz Bernardino, 129, ou Independência Shopping) e no Shopping dos Clubes, na Galeria Bruno Barbosa (Rua Halfeld, 622). É possível adquirir um passaporte para as duas partidas por R$30,00 (inteira) ou R$15,00 (meia). Avulsos, os ingressos para cada jogo custam R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia).

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Esportes

14 Corrida de rua

XXIX Corrida Duque de Caxias 2016 acontece neste domingo Trânsito fica impedido no Campus da UFJF e em outras vias da Cidade Alta Por Amanda Padilha

A

tradicional Corrida Duque de Caxias Juiz de Fora tem sua próxima edição no próximo domingo, 4. O evento esportivo já tradicional na cidade começa às 8h no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Organizada pelo Exército Brasileiro, a vigésima nona edição da corrida tem mil inscritos e atinge a circulação de algumas áreas da cidade. De acordo com a Secretaria de Imagem Institucional da UFJF, o trânsito fica impedido no campus entre 7h e 10h da manhã. Além da universidade, o fluxo também fica retido na BR040 entre as ruas Roberto Stiegert e Otávio Malvacini. Embora não esteja no Ranking de Corridas Rústicas de Juiz de Fora, o evento esportivo atrai corredores profissionais e amadores. O analista de sistemas Ramon Campos, 25, começou a correr como hobby há quatro anos. “Desde que comecei, já participei de mais de 50 corridas, sendo uma maratona e quatro meias”. Ansioso para a corrida de domingo, Ramon se prepara com uma rotina de treinos pesada.“Uso as provas da cidade como um treinamento para competições maiores, de maiores distâncias, pois são percursos planos e rápidos, e isso ajuda no ganho de velocidade”. Para a corrida desse fim de semana,

Foto: Arquivo pessoal

Ramon espera diminuir seu tempo, pensando em uma competição maior que participará em outubro. Retirada de kits A retirada dos kits dos atletas acontece na Praça Cívica da UFJF no sábado, 3, de 8h às 16h. Além da entrega de itens, como camisa e garrafa de água personalizados do evento, a organização pede que os mil inscritos na corrida façam a doação de brinquedos para distribuição em 12 de outubro, Dia das Crianças. Para retirar os kits, os participantes devem levar o comprovante de inscrição (físico ou recebido por e-mail) e o documento de identidade.

Ramon Souza Foto: Divulgação

Corrida Duque de Caxias Juiz de Fora acontece no campus da UFJF

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Setembro | 2016

Comportamento 15

Acontece na UFJF

Oficina de Drag Queen debate questão de gênero na UFJF Participantes têm a oportunidade de criar sua personagem Drag ao final do debate Por Amanda Cadinelli Foto: Amanda Cadinelli

U

ma oficina de drag queen foi um dos destaques na . programação desta quartafeira (31) na Semana de Combate às Opressões, idealizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). Na oficina foram levantadas questões de identidade e a importância da drag no cenário brasileiro, além de discussões sobre a diferença entre as drags brasileiras e americanas. Lucas Gonçalves, que se apresenta como drag há um ano e meio, foi um dos palestrantes da oficina. Ele ensinou técnicas básicas para se montar, como cobrir as sobrancelhas, fixar a maquiagem e fazer contorno e deu a sua opinião sobre o assunto: “A drag é arte. É como a gente se porta dentro de uma sociedade que diz que o homem se comporta de uma forma e a mulher de outra forma.” Ao analisar sua trajetória, Lucas desabafa: “A minha drag é a forma de transformar em arte tudo o que eu já sofri de opressão na minha vida” Foto: Amanda Cadinelli

Lucas, que vira a Drag Lucy, fala sobre sua personagem

Roda de conversa sobre a representativado dos Drags acontece na UFJF

Objetivo do evento A organizadora da Semana de Combate às Opressões, Leda Mendonça, diz que a ideia é já iniciar o período letivo da UFJF debatendo assuntos que não são muito discutidos. “Eu acredito que todo impacto e todo incômodo que a gente possa causar numa sociedade que é tão normativa e tão conservadora é positiva. Então se a gente conseguir sair daqui com duas ou três drags que quiserem performar em alguma situação mais conservadora ou que quiserem frequentar mesmo a UF montadas, para mim já alcançou bastante

o objetivo”, diz Leda sobre a oficina. Nesta quinta-feira, o dia será destinado para discutir questões sobre o racismo . Confira a programação 15h – Roda de conversa: cotas pra quem? 16h50 – Discotecagem com DJ Ponciano e troca de vivência 17h30 – Oficina de turbantes e roda de conversa sobre apropriação cultural 19h10 – Oficina: “racismo à brasileira” A Semana de Combate às Opressões acontece Ágora da Reitoria, no Campus da UFJF.

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