Foto: Caique Cahon
Árvores enroladas em fiação elétrica trazem riscos em períodos de chuva p.7
Foto: Agência Brasil
UFJF realiza mais uma edição do SEMIC e traz mudanças no formato p.11
MERGULHO
DIÁRIO
Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF - Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017 - Edição 9
Foto: Divulgação Sinserpu
Servidores públicos de todo o país paralisam atividades nesta sexta-feira em movimento contra reformas do governo
Em Juiz de Fora, sindicatos se reúnem às 17h em frente à Câmara Municipal
ECONOMIA
CIDADE Ministro das Cidades visita Estação de Esgoto e autoriza investimento em Juiz de Fora p.6
CIDADE Foto: Assessoria Polícia Militar
Aumento de gás chega na próxima semana em distribuidoras da cidade p.10
10 de novembro foi declarado, pelo Fórum das Centrais Sindicais, o Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Direitos. A luta é contra a Reforma Trabalhista estabelecida pelo governo Temer. A medida passa a valer neste sábado (11) p.4
Suspeito de assalto é morto por P.M após atirar em viatura. Perseguição ocorreu após roubo em apartamento no bairro Santa Helena e se estendeu até o Guaruá p.5
Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
Editorial
EXPEDIENTE
A união faz a força “Trabalhadores do mundo, uni-vos!” A famosa frase do Manifesto Comunista foi escrita há mais de um século, mas ainda é bem atual. Sem entrar no mérito do sistema comunista e sua rivalidade com o capitalismo, Karl Marx e Friedrich Engels estavam certos em, pelo menos, uma coisa: a união faz a força. Em meio a uma crise econômica e, principalmente, política, as reformas trabalhista e da previdência assombram os brasileiros. Um governo instável e impopular deixa dúvidas a respeito do futuro do país e, em especial, do futuro dos trabalhadores. Nesse contexto, a mobilização popular pode ser uma saída. Não há como resolver todos os problemas do país através dela, mas há como exercer grande força sobre a balança e pender para um dos lados. Historicamente, o Brasil não se destaca como outros países, onde as movimentações populares são mais constantes e ativas. Muitos brasileiros ainda classificam as paralisações e manifestações como “baderna” e não as apoiam. Mas movimentos legítimos, como o “Diretas Já”, já fizeram grande diferença na nação. É necessário unir forças, quebrar as barreiras, hoje tão fortes, entre as diferentes orientações políticas para lutar em defesa de melhorias reais para população. As reformas que o governo de Temer quer implantar não be-
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neficiam - pelo contrário, elas prejudicam, e muito - o trabalhador. Deve-se tomar como base grandes movimentos, muitos históricos, que lutaram por direitos e liberdade. A “queima dos sutiãs”, ocorrida na década de 1960 nos Estados Unidos e que lutou em defesa das mulheres; o “ludismo” e o “cartismo”, que, durante a Revolução Industrial, lutavam contra a exploração do trabalhador; e o próprio “Diretas Já”, que pediu a volta das eleições diretas para presidente, abolidas após o Golpe de 1964, são bons exemplos de como a luta e a mobilização podem fazer a diferença. Nesse contexto, o Dia Nacional de Paralisação, que ocorrerá nesta sexta (10), se faz um importante instrumento de reivindicação. Os sindicatos lutam, principalmente, pela anulação da Reforma Trabalhista e a favor dos direitos dos trabalhadores. Ainda que nem todos concordem com as pautas reivindicadas, é imprescindível que haja reconhecimento da legitimidade de tais movimentos. Quanto mais o povo se mobilizar, mais pressão pode ser exercida sobre o governo e maior a capacidade de intervenção da população. Contudo, é utopia achar que apenas a mobilização popular vai exercer resultados rápidos e eficientes. Porém, a mudança tem que começar de algum lugar e é melhor que comece do povo.
Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Bernardo Medeiros, Camilla Marangon, Felipe Frederico, Giulia Prata, Lisandra Queiroga, Luisa Furlan, Matheus Moreira, Tasso Guimarães, Victor Faria, Viviane Dalathezi Edição e Diagramação Júlia Garcia Karina Gomes Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612
Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
Artigo
Até quando o bullying será considerado uma brincadeira inocente? Por Karina Gomes A União foi condenada a pagar R$ 30 mil a uma ex-aluna do Colégio Militar de Juiz de Fora (CMJF) por danos morais. A jovem relatou ser vítima de bullying em um episódio ocorrido na escola e que ganhou repercussão nas redes sociais, indo parar na justiça. A estudante, que estava no ensino médio, se negou a pagar por uma resma de papel exigida pelo professor de Química. Ela questionou, na época, o fato de o docente pontuar alunos que contribuíram com o material. Desta forma, o colégio acabou voltando atrás e retirando os pontos do demais, aumentando a polêmica e a revolta de alunos com a colega. Opiniões se dividem: é exagero essa punição ou o a decisão foi justa quanto ao problema da jovem? Pesquisa realizada pelas Nações Unidas em 2016 apontou que esse é um fenômeno complexo que toma múltiplas formas no mundo todo. Normalmente é definido como provocação, exclusão ou violência física. No Brasil, nos últimos anos, cerca de um em cada dez estudantes sofre esse tipo de ato nas escolas, de acordo com o terceiro volume do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, dedicado ao bem-estar dos alunos. Há a frase popular que diz que quem bate, esquece. Mas e para quem recebe essas agressões, quais são as consequências? É comum dizerem que antigamente não havia reclamações sobre bullying e que todos aceitavam as piadas, porém, não há como supor que, ao sofrer bullying, a
Foto: Fotos Públicas
criança não seja prejudicada em diversos aspectos da vida. A crueldade pode gerar marcas irreparáveis, principalmente no psicológico da vítima. O estudo mostrado pelo Pisa aponta sintomas comuns entre essa parcela dos jovens, como depressão, ansiedade, baixa autoestima e perda de interesse por qualquer atividade. O caso da jovem que estudou no CMJF teve como desfecho a vitória na justiça, determinada pelo juiz federal Leonardo Augusto de Almeida Aguiar. Isso não significa a recuperação da adolescente em relação ao que viveu no colégio, porém, representa uma esperança para não só o grupo que passa pelas mesmas humilhações, como também para as famílias que lutam para o fim desses episódios. A decisão do magistrado teve como base também a falta de apoio prestado pela instituição na época em que a jovem se encontrava isolada e recebia xingamentos. Dessa forma, o alerta se estende às administrações de todas as redes de ensino, para que acompanhem de perto a rotina dos matriculados. Infelizmente, não são todas as
histórias que recebem o apoio necessário. Muitas têm um resultado lamentável, como o que aconteceu no último mês em um colégio de Goiânia. O adolescente que atirou em sala de aula relatou ser vítima de bullying e quis se vingar de quem praticava isso com ele. Os pais, tanto dele quanto dos que foram apontados como praticantes dessas ofensas e que morreram na tragédia, só tomaram conhecimento dessas situações após esse terrível ato. Há também inúmeros casos de jovens que tiram a própria vida por não suportarem tantas piadas cruéis. Os pais precisam acompanhar de perto a rotina das crianças e dos adolescentes, observar as mudanças de hábito e o comportamento na escola. Zombar dos colegas não é engraçado e nem normal, em nenhuma idade. Isso talvez represente uma necessidade de chamar atenção, que pode ser suprida em casa, de forma saudável e com muito diálogo. A educação não é dever apenas da escola, muito pelo contrário: deve ser ensinada no lar e começar pelo exemplo da família. Isso não diminui o papel do ensino escolar no combate ao bullying, pois, muitas vezes, ele começa em sala de aula e até mesmo incentivado pelos educadores, mesmo sem a intenção. Mais que punir, é necessário conscientizar os jovens, que, por hora, não entendem as graves consequências do que muitos consideram como apenas uma brincadeira. Mas que brincadeira é essa, em que é preciso rebaixar o outro para conseguir se divertir?
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Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
Política
Trabalhadores fazem dia de paralisação contra reformas nesta sexta Dia Nacional de Mobilização em defesa dos direitos dos trabalhadores terá ações em Juiz de Fora em frente à Câmara Municipal
Foto: Sinpro MG
vão se unir em um ato na Praça 7. O Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro MG) irá se reunir em assembleia às 9h, antes do ato unificado, para discutir reivindicações específicas do sindicato. “Essas lutas têm reflexo direto nas reivindicações com os nossos patrões, a lei vai precarizar profundamente as condições de trabalho, vai gerar mais desempregos e subempregos”, afirma Aerton Silva, secretário Geral e Diretor de Comunicação do Sinpro MG. Ele também diz que esse governo está faTrabalhadores já haviam se manifestado contra as reformas em abril zendo uma série de medidas contrárias à educação e cortou quase 40% de investimentos no setor. “Mesmo Por Camilla Marangon representando os professores do sisNeste sábado (11) os projetos da os relacionados ao funcionalismo pú- tema privado, nós defendemos uma chamada Reforma Trabalhista en- blico estão na defensiva. escola pública de qualidade. O ensitram em vigor e passam a ser lei. O Várias cidades do país vão ser pal- no particular deve ser uma escolha e Fórum das Centrais Sindicais apro- co de manifestações dos trabalhado- não uma obrigação”, finaliza Aerton. vou o Dia Nacional de Mobilização res. Em Juiz de Fora, os sindicatos em defesa dos direitos para 10 de no- irão se reunir em frente à Câmara Os direitos dos trabalhadores vembro. A Central dos Trabalhado- Municipal. O Sindicato dos Servires e Trabalhadoras do Brasil (CTB) dores Públicos (Sinserpu) vai acomDesde o século XIX existem lutas convocou seus integrantes para par- panhar as orientações das centrais e pelos direitos trabalhistas no Brasil. ticipar desse dia de luta que é um seguir junto com o movimento. “A Com a revolução de 1930 e a Consomovimento de resistência diante do nossa indignação é grande. Existe lidação das Leis do Trabalho (CLT) atual cenário do país onde conside- uma truculência do governo com inúmeras lutas se consolidaram no ram que os direitos trabalhistas estão todos os movimentos, eles estão con- código normativo que se tornou referência para os trabalhadores urbanos, sendo retirados. duzindo o país em prol dos grandes “Com o pagamento por horas, o sa- empresários, não possuem visão de explica o cientista político João Dullário mínimo perde sua função. A ter- agrupar e proteger o povo. Nós lu- ci. Na década de 1990, a flexibilização ceirização retira garantias e esvazia a tamos pela não retirada dos direitos da legislação impôs derrotas à pauta Previdência. Em um país em que me- conquistados no decorrer da história dos trabalhadores, e, atualmente, a tade da força de trabalho está no setor e não queremos nenhum direito a situação tira ainda mais conquistas legitimadas através da CLT. informal, as medidas do atual manda- menos”, afirma o presidente do SinDe acordo com João Dulci, as tário fragilizam a classe trabalhadora e serpu, Amarildo Romanazzi. Ele samanifestações de rua em defesa dos não resolve o problema da informali- lienta que estão participando pessoas direitos perderam muita força e as dade”, explica o cientista político João com pensamentos ideológicos difegreves gerais convocadas foram derDulci. Ele reforça que os sindicatos rentes que se uniram para permane- rotadas pelo Congresso, que é onde relacionados aos setores de comércio cer na luta pelos direitos do povo. se operam as mudanças da legislação e serviços, que já não tinham força, e Em Belo Horizonte, as categorias trabalhista.
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Cidade
Suspeito de assalto é baleado e morto pela Polícia Militar durante perseguição na Zona Sul
Foto: Grupo de Whatsapp
Após assaltarem apartamento no Santa Helena, jovens de 19 e 21 anos são localizados tentando assaltar carro no Guaruá, onde houve troca de tiros e a morte do mais novo Com eles foram encontrados os materiais roubados e a arma usada no assalto. A motocicleta, uma CG Titan preta, era roubada e estava com a placa adulterada. O suspeito de 21 anos já tem passagem na polícia por roubo. Conduta investigativa é aberta contra policiais
Foto: Grupo de Whatsapp
De acordo com o major Marcellus Machado, assessor de comunicação da 4ª Região de PM, os policiais envolvidos foram detidos logo após o Moto usada no assalto era roubada e tinha a placa adulterada ocorrido, como conduta de praxe, mas já estão liberados, pois a ação Por Viviane Dalathezi foi analisada como legítima defesa. Serão tomadas as providências Um suspeito de praticar assalto dinheiro, 21 dólares e 50 euros, fufoi morto a tiros pela Polícia Mi- gindo em seguida para a Zona Sul. administrativas, com o intuito de litar durante perseguição na noiAtravés de patrulha, a moto com documentar a ação tanto dos suste desta terça-feira (7), no Bairro os suspeitos, nas mesmas caracte- peitos quanto dos policiais. Guaruá. Hygor Ozório, 19, e seu rísticas descritas pelas vítimas, foi comparsa, um jovem de 21 anos, identificada entrando na Rua Taestavam fugindo após o roubo a bajara, no Bairro Guaruá. Lá, eles um apartamento na Rua Visconde realizaram uma segunda tentativa de Mauá, no Bairro Santa Helena, de assalto, dessa vez contra um Gol na região central. prata. Segundo o registro policial, As vítimas, um homem, de 33 a viatura se aproximou, e os susanos, e uma mulher, 55, aciona- peitos fugiram atirando contra os ram a viatura da Polícia Militar e policiais. Ao revidar os disparos, a relataram que os dois suspeitos PM acabou baleando um dos susentraram de moto pela garagem peitos e, poucos metros depois, o do prédio e anunciaram o assalto condutor do veículo perdeu o conpedindo que entregassem tudo o trole da direção, e a moto tombou. que tinham. Depois disso, os ra- O suspeito baleado ficou caído no pazes acompanharam as vitimas chão e o segundo tentou fugir a pé, até o apartamento, onde roubaram mas foi capturado. Hygor, que estauma mochila, um tênis, dois celu- va baleado, foi levado ao HPS, mas lares, um relógio, dois cordões de não resistiu aos ferimentos e veio Viatura foi atingida no vidro da frente prata, um anel de ouro, R$ 135 em a óbito.
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Cidade
Ministro das Cidades anuncia investimento de R$ 5,7 mi em Juiz de Fora
Bruno Araújo visitou a cidade nesta terça-feira, 7, e assinou ordem de serviço para novo lote de obras de contenção Foto: Divulgação/PJF
Minha Casa, Minha Vida
Ministro e prefeito fizeram visita à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)
Por Felipe Frederico O ministro das Cidades, Bruno Araújo, esteve em Juiz de Fora nesta terça-feira, 7, para autorizar a liberação de R$ 5,77 milhões de recursos para dar início às obras de contenção de encostas em áreas de risco alto e muito alto – Etapa 3, que serão realizadas nos bairros Jardim Natal, Linhares, Nossa Senhora de Lourdes (duas áreas), Carlos Chagas e Santa Rita. A obra foi selecionada na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2 – Obras de Contenção de Encostas), pela Portaria nº 528, de 31 de outubro de 2012, com o objetivo de atender 3.910 famílias residentes em 25 localidades situadas em áreas de risco de deslizamentos de encostas. Juntamente com o prefeito Bruno Siqueira (PMDB), o ministro também esteve na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) União e Indústria, que está em fase final de construção. Bruno Araújo falou sobre o motivo da visita: “Além de visitar um projeto exitoso de despoluição que o município adotou,
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que teve um importante contrato com dezena de milhões de investimentos, hoje viemos autorizar mais 5 milhões para obras de contenção de encostas, algo que é tão importante, pela geografia da cidade. É importante executar uma obra como essa, sobretudo pela organização do município e pela participação da bancada de deputados federais que ajudam a disponibilizar esse recurso. É muito importante poder pessoalmente vir para ajudar nesse momento.” Bruno Siqueira também comentou sobre a obra de despoluição e anunciou que pretende inaugurar a estação de tratamento no início de 2018: “Esses recursos são muito importantes para a região, uma vez que a despoluição do Rio Paraibuna atinge outros municípios. Nós estamos com R$ 73 milhões executados de obra desde 2013. Toda a tubulação foi colocada no rio, e nós estamos fazendo agora a coleta do esgoto também. Pretendemos inaugurar essa estação de esgoto no início de 2018.”
Na segunda-feira, 6, foi anunciada em Brasília (DF) a maior seleção na faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, desde 2014. Com isso, mais de 54 mil novas unidades serão contratadas em todo o país. Em Juiz de Fora, é comum que esses condomínios populares gerem problemas de violência, entre outros. O prefeito destacou medidas para tentar diminuir essas questões: “Desde 2013, nós fizemos várias medidas para amenizar esses problemas. Condomínios menores, que nós inauguramos, com hidrômetros individualizados por blocos, e não um para todo o condomínio. Agora, os condomínios inaugurados antes de 2013 têm alguns problemas, que a Caixa Econômica, junto à Justiça Federal, tem administrado para que isso possa ser contornado nos condomínios anteriores.” Bruno Araújo também falou sobre as novas regras do programa, que pretendem aumentar o controle dentro desses condomínios: “A própria estrutura de segurança pública tem que fazer o seu papel. Além disso, temos que ter planejamento. Algumas milícias começaram a ocupar esses empreendimentos. Então, nas novas regras do programa, nós determinamos que municípios que tenham menos de 50 mil habitantes podem receber o Minha casa, Minha vida. E nós limitamos os empreendimentos à 500 unidades, para que o prefeito tenha uma melhor possibilidade de fazer uma gestão de mobilidade, organização e segurança.”
Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
Cidade
Árvores sem manutenção correta se transformam em perigo no período chuvoso Durante tempestades são comuns quedas de árvores que causam transtornos na cidade
Por Lisandra Queiroga Andando pelas rua da cidade não é difícil encontrar árvores ameaçando cair ou folhas e galhos enrolados na fiação elétrica, expondo pedestres a riscos. Com a proximidade do verão, as chuvas ficam mais frequentes, e quedas de árvores durante tempestades são comuns, causando uma série de transtornos, como fechamento de ruas, destruição de bens, como casas e carros, e interrupção no fornecimento de energia elétrica, além do risco de acidentes mais graves com ferimentos e mortes. A situação se agrava porque muitos desconhecem os procedimentos que devem ser tomados quando há perigo de queda de árvores. A tenente do Corpo de Bombeiros Priscila Adonay recomenda atenção à idade e saúde do vegetal, à inclinação da árvore e a sua raíz. Ela ressalta ainda os riscos de uma árvore na fiação elétrica: “Devemos ter cuidado com a inclinação do vegetal pendendo para a área onde passa carro e gente. Se um galho bater na fiação, pode puxar fios, e ter um outro risco indireto, caindo cabos, o que pode acabar dando choque nas pessoas.” Os bombeiros recomendam chamar a Secretaria de Meio Ambiente para avaliar sempre que suspeita de ocorrência iminente, mas diz que a maioria das pessoas não busca orientação prévia e isso acaba gerando acidentes. Nos anos que são mais secos, com mais casos de incêndio em vegetação, as chuvas também podem causar deslizamento de terras e desmoronamentos: “Às vezes, é um talude que vem enfrentando muitas queimadas, isso desestabiliza e fragiliza o terreno”, completa a tenente Priscila. Num primeiro momento, seria correto relacionar os casos de quedas de árvores ao intenso período chuvoso. Mas, segun-
do especialistas, as chuvas não são a única explicação para as ameaças e as quedas de árvores. Às vezes, para se livrar da fiação elétrica, galhos são cortados só de um lado da árvore, deixando o peso para o outro. Outra atitude comum é o corte da raiz para adequação de calçadas. Ao fazer isso, estão cortando a base das árvores, o que enfraquece e as deixa vulneráveis. O chefe de Serviço da Empav, Hugo Leonardo, afirma que não existem cuidados específicos com o equilíbrio da planta ao ser feita a poda. E, durante todo o ano, é feita a poda de maneira frequente, não havendo intensificação dos trabalhos no período que antecede as chuvas. O processo de arborização de Juiz de Fora foi constituído, em sua maioria, de forma irregular, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente. Grande parte das espécies foi plantada sem cuidado ou padronização. Árvores inadequadas para o centro urbano também são comuns, assim como aquelas que tiveram seu crescimento desrespeitado. Não são raras raízes cimentadas e até mesmo podas drásticas e desnecessárias. Mas não é só em Juiz de Fora que isso acontece, é uma realidade em diversas cidades brasileiras. Arborização da cidade Juiz de Fora tem lugares bastante arborizados, como o Parque da Lajinha, o Museu Mariano Procópio, a Mata do Krambeck e o Parque Halfeld. Mas ainda assim a cidade possui baixos níveis de
arborização. O município é um dos que concentra menos espaços verdes em Minas Gerais. Na cidade, o índice de domicílios em áreas arborizadas é de 55,5%, inferior à média nacional (68%), conforme o último levantamento, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Juiz de Fora ocupa a posição 522, dos 853 municípios mineiros recenseados em 2010, no ranking de cidades por índice de arborização. Em 2009, uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Estudo da Paisagem da Universidade Federal de Juiz de Fora revelou que 94% das áreas urbanizadas da cidade possuem Índice de Área Verde (IAV) menor que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 12 metros quadrados para cada morador. Além disso, o levantamento indicou que, em 80% do município, a proporção de praças, parques, canteiros e jardins de uso público não supera um metro quadrado por habitante. Para resolver essa questão, a Secretaria de Meio Ambiente de Juiz de Fora declarou, em nota, que possui a Política Municipal de Arborização Urbana com o objetivo de implantar “Bairros Verdes e Corredores Verdes”. Com o “Plano Municipal de Arborização Urbana”, vai ser feita uma pesquisa sobre a arborização, retratando a situação atual, e, a partir disso, será planejada a melhor técnica, desde o local do plantio, seu manejo, a substituição de árvores inadequadas e o plantio nas áreas que não têm vegetação. A atividade já foi iniciada na Avenida Brasil onde foram plantadas 120 árvores nativas da Mata Atlântica às margens do Rio Paraibuna. Em caso de risco iminente ligue • Corpo de Bombeiros: 193 • Defesa Civil : 199
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Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
Cidade
Proliferação de pernilongos preocupa ju Foto: Fiocruz
Enquanto o tipo Culex tira o sono da maioria da população, Aedes aegypti tem háb
O mosquito Culex é o que tem incomodado a população, sua coloração é um tom escuro de marrom, possui hábitos noturnos
Por Matheus Moreira
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A incidência de pernilongos tem perturbado o sono dos juiz-foranos e aumentado a preocupação com possíveis transmissões de doenças. A situação se agrava já que, no verão, aumenta o número de insetos nas residências. Com relação a doenças, especialistas alertam que o maior problema é com o Aedes aegypti e não com o pernilongo mais comum na região, o Culex. No caso do primeiro, ele é transmissor de dengue, zika e chikungunya. Já o Culex, apesar de mais inofensivo, tem um zumbido e uma picada que incomodam, principalmente no período noturno. Para se proteger dos insetos, a dona de casa Cristiane Daibert tem buscado várias alternativas: “Já comprei repelente, spray e vaporizador, mas eles continuam aparecendo, tive que colocar telas
nas janelas”, e ainda acrescenta, desanimada: “Não tem muito o que fazer, é a época, né”. E ela não está errada. Segundo dados do Instituto Climatempo, os meses de outubro, novembro e dezembro são aqueles com os maiores índices de chuva em Juiz de Fora e, consequentemente, período propício para a maior proliferação dos pernilongos. “As condições são perfeitas para a procriação dos mosquitos”, é o que diz o biólogo Marcelo Silvério. “A água que acaba ficando parada com o aumento das chuvas, o clima quente e a vegetação alta aumentam a proliferação dos pernilongos”, completa. Ele ainda ressalta a diferença entre os hábitos dos mosquitos que podem ajudar a população a identificá-los, “A primeira diferença é a cor, o Ae-
des aegypti é rajado de branco e o Culex é mais escuro. O Aedes aegypti tem hábitos diurnos, boa baixo e pica mais na região das pernas e pés, já o Culex tem hábitos noturnos, voa mais alto e geralmente faz um zunido irritante”.
Dengue Mesmo com o uso de repelentes e outros métodos para afastar os mosquitos, especialistas alertam que é preciso um cuidado com os ambientes internos e com os quintais, que devem ser revistados semanalmente para evitar os focos dos mosquitos, principalmente o do Aedes aegypti. O alerta é importante já que a cidade enfrentou nos últimos anos epidemias de dengue. No ano passado, a Secre-
Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
Cidade
uiz-foranos com a proximidade do verão
bitos diurnos e exige maior cautela por causa do risco de doenças, como a dengue Foto: Fiocruz
O mosquito Aedes aegypti é rajado de branco, e pica principalmente na região das pernas e pés e tem hábitos diurnos
taria Estadual de Saúde registrou mais de 18 mil casos de dengue em Juiz de Fora, com 48 mortes confirmadas. E, no primeiro semestre deste ano, mais 2.500 casos já foram relatados na cidade. Quem enfrentou o problema não quer que ele se repita. A aposentada Maria Teixeira, 80 anos, moradora do Morro da Glória, se recupera depois de passar mais de 30 dias na Unidade de Tratamento Intensivo após ter contraído dengue hemorrágica. “Meus filhos encontraram um foco de mosquitos em um vaso de planta na minha casa, coloquei areia em todos os pratos dos vasos. Não quero passar por isso nunca mais”. Esse e outros cuidados básicos, como não deixar água parada, se livrar de objetos que possam acumular água e o cuidado com jardins e áreas de
vegetação são importantes no combate à proliferação dos mosquitos, pois interferem diretamente no ciclo de vida do inseto, não deixando-o se desenvolver. Segundo a assessoria da Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, o aumento não é motivo de preocupação quanto a doenças, pois os mosquitos que estão aparecendo são de uma espécie diferente do Aedes aegypti. Os mosquitos da espécie Culex não transmitem os vírus da dengue, zika e chikungunya. A frente de atuação da Secretaria é o combate ao mosquito Aedes, que já está em andamento, já que essas campanhas são sazonais, relançadas nos períodos de maior aparecimento dos mosquitos, além da contratação de novos agentes de combate a endemias, a Prefeitura instalou um comitê de enfrentamento. Entre as ações do Comitê estão o Disque-Dengue
(199), atividades envolvendo todas as secretarias e órgãos - como limpezas e mapeamento de pontos estratégicos, mobilização social nos comércios de bairros, associações de moradores e lideranças comunitárias, igrejas e escolas -, uma parceria com o Exército na educação e campanhas de conscientização. E o programa “Aedes do Bem”, que solta pernilongos modificados geneticamente para não se reproduzirem e controlar a população dos insetos. Mas ressalta que o projeto está em fase de implantação, e os mosquitos “Aedes do Bem” ainda não foram soltos, portanto, não há qualquer relação entre o “Aedes do Bem” e o aumento de mosquitos na cidade. Sendo assim, as medidas preventivas básicas continuam sendo a melhor forma de enfrentamento por parte da população.
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Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
Economia
Gás em Juiz de Fora fica mais caro na próxima semana
Foto: reprodução Facebook
As distribuídoras de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) residencial de Juiz de Fora irão aumentar o preço do gás após reajuste da Petrobrás da última sexta-feira (3) de 4,5%
Botijão de gás residencial terá cerca de R$1,20 de aumento na próxima semana
Por Luisa Furlan O aumento do valor do gás, anunciado na última sexta-feira (3) pela Petrobrás, deve ser repassado pelas distribuidoras para o consumidor de Juiz de Fora na próxima semana. Esse produto é essencial, mas os aumentos constantes estão dificultando o acesso a ele. Atualmente, pode ser encontrado por R$65 até R$85. Apesar da variação de preço, as distribuídas não são as responsáveis diretas por esse aumento, uma vez que o gás é produzido majoritariamente, no Brasil, pela Petrobrás. As empresas locais repassam os reajustes que são impostos a elas. O economista Fernando Perobelli comenta que não existe nenhum tipo de regra para a taxação do gás, o produto segue as demandas do
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mercado de oferta e procura. Assim, o governo pode oferecer programas que subsidiem o valor do gás para a população de baixa renda, comenta Fernando. Ele afirma ainda que a existência de diversas empresas distribuidoras faz com que exista uma concorrência de mercado que regula os valores sem a necessidade de interferência externa. No entanto, como a produção é feita por uma empresa estatal o governo acaba influenciando nos valores como afirma o economista Wilson Rotatori, mas ele ressalta que a Petrobrás utiliza outras formas para determinar os valores “A empresa tem uma política de formação de preços que alinha o preço interno ao praticado no mercado in-
ternacional e o governo federal não está interferindo diretamente.” Wilson é cauteloso ao avaliar a ideia de uma taxação mais baixa “Também se o preço ficar muito abaixo do valor de mercado internacional evitando os aumentos o governo federal teria que financiar a diferença pois a Petrobrás precisa de dinheiro para o seu caixa. Como o governo federal está sem recursos ele não vai interferir” Até mesmo as empresas distribuidoras estão insatisfeitas com esse aumento. Antes do anunciado na sexta-feira (3) para residências, a Petrobrás havia divulgado taxação maior para comércio e indústria na segunda-feira (1). Tanto a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (ASMIRG-BR) quanto o Sindicato do Comércio Varejista Transportador e Revendedor de GLP do Estado de Minas Gerais (SIRTGAS) divulgaram notas nos seus sites para reclamar dessas novas taxas que foram impostas. A SIRTGAS organizou uma manifestação ontem em Belo Horizonte com o intuito de “receber os empresários do setor, que poderão apresentar suas criticas e sugestões para retomada do setor que vem sofrendo uma perda histórica com estes aumentos do GLP”. Tentamos o contato com a Associação, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta edição.
Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
UFJF
UFJF usa youtube para promover divulgação cientifica
Apresentação oral do Semic será nesta quinta-feira dentro da programação da II Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade A plataforma do youtube foi utilizada pelos bolsistas e voluntários de Iniciação Científica da UFJF com o objetivo de apresentar os trabalhos desenvolvidos para esta edição do Seminário de Iniciação Cientifica. Até o ano passado, todas as pesquisas eram expostas em pôsteres durante os dias de evento. Neste ano, só os 36 projetos selecionados terão apresentações presenciais, que serão realizadas nesta quinta-feira, dia 09 de novembro, das 8h às 12h, no Centro de Ciências no Campus de Juiz de Fora da Universidade. Frederico Braida é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído. Ele participa do Seminário de Iniciação Cientifica (Semic) desde quando era aluno da Universidade. A pesquisa desenvolvida junto com o seus orientandos foi um dos trabalhos selecionados para a apresentação oral. Frederico ressalta que a nova proposta foi uma decisão acertada do organizadores do evento. “Achei a proposta muito interessante, conectada com as novas tendência de tecnologia de informação e comunicação. Na minha unidade, estimulei os professores a divulgar os vídeos produzidos. Assim, criamos uma rede compartilhada dos resultados das pesquisas. Se fossem apenas os pôsteres, como antigamente, não teríamos tido a oportunidade dessa experiência.”, comenta o professor. Na primeira fase do Semic, o material foi avaliado por bolsistas de produtividade do CNPq externos à instituição. Os especialistas de cada grande área esolheram 12 projetos, totalizan-
Foto: Victor Faria
Por Victor Faria
Apresentações do Semic acontecem nos anfiteatros do Centro de Ciências da UFJF
do 36 trabalhos para a apresentação oral. Pedro Almeida, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica, foi um dos orientadores com trabalho aprovado na área de Engenharia e Ciências Exatas. Ele concorda que a novidade do Semic foi um boa alternativa, já que a proposta reduz o trabalho necessário a avaliação. O professor ajudou os estudantes durante o processo de elaboração do material. “Orientei os alunos sobre o conteúdo a ser produzido para o vídeo e pedi que gravassem utilizando algum recurso simples de gravação e edição, com base em alguns slides para apresentar figuras e resultados”, destaca Pedro. Além de promover uma nova possibilidade na divulgação dos resultados das pesquisas, a reformulação do Semic diminui os gastos da Universidade com o evento e evita que os alunos tenham problemas com a infraestrutura, como lembra Caroline Marino, aluna do curso de mestrado em comunicação da UFJF. “Nas duas primeiras edições, a gente sentiu um certo incômodo. Em 2015, aconteceu na Reitoria e foi bem apertado. No ano passado, ocorreu no Centro de Ciências, e sentimos as mesmas difi-
culdades da edição anterior. Muitos trabalhos ao mesmo tempo, muita gente, muitas horas em pé (não havia espaço para sentar), pouca mobilidade devido ao número elevado de pessoas e bastante calor”, diz Carolina. A mestranda em comunicação produziu o vídeo para evento, com o objetivo de apresentar os resultados da pesquisa desenvolvida, enquanto ainda era bolsista de Iniciação Científica da graduação. Porém o seu projeto não foi selecionado para a segunda fase do Semic. Segundo o edital serão premiados os dois melhores trabalhos avaliados na etapa presencial e o vídeo que receber mais likes no youtube. A fase final do Seminário de Iniciação Científica, que será no dia 9 de novembro, acontece nos auditórios do Centro de Ciências. No Anfiteatro I, serão exibidas as pesquisas das áreas de Ciências da Vida e Saúde; no II, os de Engenharias e Ciências Exatas; já os trabalhados de Ciências Sociais, Humanas e Letras serão expostos no Anfiteatro III. O evento faz parte da Segunda Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade, que acontece entre os dias 6 e 11 de novembro englobando os princípios de ensino, pesquisa, extensão e Inovação.
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Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
UFJF
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo lança concurso de projeto do novo edifício em seminário Foto: Divulgação UFJF
Podem concorrer profissionais arquitetos e urbanistas do Brasil e o prêmio será de R$ 62 mil
O Seminário acontece na próxima sexta-feira no prédio da Engenharia
Por Giulia Prata A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da UFJF realiza o Seminário Concursos de Arquitetura nesta sexta-feira, 10, com o objetivo de despertar a comunidade acadêmica para a participação em concursos de elaboração de projetos. Na abertura do evento, será lançado o concurso para o projeto do novo prédio da FAU, que poderá ter participação de de profissionais arquitetos e urbanistas do país. A organização do Seminário é de responsabilidade do Grupo de Pesquisas DOMVS, sob comando do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Fernando Lima. “Nós pretendemos mostrar a importância do concurso de projeto para a formação, para a discussão sobre arquitetura, para proposição de projetos que tenham uma relevância maior e que são de maior qualidade”, explica Fernando. A ideia surgiu nas discussões do Grupo de Pesquisa, que é multidisciplinar. O idealizador foi o integrante do grupo e ex aluno da FAU/UFJF, o arquiteto Felipe Arlindo. “Eu comecei
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a participar do concurso da Projetar. org quando voltei do intercâmbio na Alemanha e achei bem interessante a dinâmica. Nós tínhamos que indicar temas completamente diversos dentro do ambiente da arquitetura e, a partir daí, desenvolvíamos um projeto. É um concurso muito simples e faz com que o aluno tenha vontade de buscar mais a respeito dessa temática”. Após a experiência, Felipe levou para o DOMVS a ideia de disseminar a importância da participação em concursos mesmo enquanto estudantes. A programação contará com a palestra de abertura do professor e do idealizador do Projetar.org, Caio Smolarek, com o tema “Competir para Crescer”. “Na fala, eu vou abordar o panorama atual da arquitetura e urbanismo para estudantes e repassar algumas dicas práticas para ter melhor resultado em projetos, tanto na faculdade quanto no mercado de trabalho”, explica Caio. Em sequência, vai acontecer o lançamento do concurso do projeto do edifício novo da FAU, onde o diretor da faculdade, Gustavo Abdalla, vai
expor os pontos principais da competição. Posteriormente, fechando o evento, acontecerá uma mesa redonda sobre o mesmo tema, com a presença do diretor da faculdade, Gustavo Abdalla, de Caio Smolarek e do integrante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU), professor Mauro Santoro Campello. “O Concurso de Projeto de Arquitetura e Urbanismo da FAU/UFJF é uma Licitação Pública, regida pela Lei 8.666 e, por isso, somente profissionais arquitetos e urbanistas podem concorrer. O cronograma do concurso será publicado no Diário Oficial da União (DOU) assim que aprovado pela Procuradoria da UFJF”, informa Gustavo Abdalla. Segundo ele, a competição será realizada em duas etapas. Para a primeira, está prevista a proposição de um anteprojeto de arquitetura para a futura edificação da FAU e, para a etapa final, um projeto básico de arquitetura. Os três concorrentes com as melhores propostas serão escolhidos como finalistas por uma banca julgadora, mas apenas um deles levará o prêmio de R$ 62 mil. Felipe, o idealizador do seminário, pretende concorrer, mas, mesmo desejando a premiação, ele tem um motivo maior para participar: “O objetivo principal é o meu enriquecimento profissional e pessoal. Inclusive, como eu busco provar a importância do concurso, fazer parte dele será uma honra.” As inscrições serão gratuitas e feitas diretamente no local e horário do evento, no Anfiteatro 2 da Faculdade de Engenharia, às 14h. Os certificados dos participantes estarão disponíveis para retirada no final do Seminário.
Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
Esporte
JF Vôlei enfrenta o Taubaté nesta terça, mas com olhos no futuro
Equipe tem caminho difícil no ínicio da competição e pretende diminuir os erros para não passar sufoco Foto: Hélcio Nagamine/Fiesp
Por Tasso Guimarães A equipe de Juiz de Fora tem pela frente três confrontos muito difíceis na Superliga. O primeiro deles, nesta quarta-feira (8), às 20h contra o terceiro colocado, Taubaté, em São Paulo. Depois, na sexta (10), o JF Vôlei pega o líder, Sada Cruzeiro, às 19h30, no ginásio da UFJF, e, na outra semana, enfrenta, também em casa, o quinto colocado, Sesc-RJ, comandado pelo juiz-forano, Giovane Gávio. Após as duras rodadas, o time que hoje se encontra em 11º lugar enfrentará duas equipes que estão em situações bem parecidas no campeonato, o Maringá, último colocado, e o Caramuru, em 10º. No último sábado, o JF Vôlei perdeu de três sets a zero para o vice colocado Sesi-SP. Para o diretor técnico, Maurício Bara, as derrotas nas duas últimas rodadas foram fruto de uma inconstância no rendimento do time e que, tendo pela frente três fortíssimos candidatos ao título, é um risco grande que fique com sete derrotas em sete rodadas, “A gente não jogou bem o último jogo contra o Sesi, isso dá uma sensação ruim. Temos que lutar por essa manutenção do rendimento já que nosso time não tem muita escolha, é um time que não tem grandes variações. O principal é que o nosso melhor jogo tem que sair, e, se vai ser o suficiente para ganhar ou não, não é problema nosso, porque a chance de ganhar só vai aumentar se a gente jogar 100%”, analisa. Mauricio contou que, tendo em vista o planejamento e a evolução das outras equipes, as derrotas são entendidas, “A gente já tinha uma expectativa que seria muito difícil esse ano já que
Após quatro rodadas, o ponteiro Leozinho (7) já marcou 63 pontos na competição
o nível da superliga aumentou significativamente, porque entraram duas equipes mais fortes, o Corinthians, que tem um investimento muito alto, e o Sesc. Então, a luta esse ano vai ser cruel, vai ser para não ser rebaixado”, completou. Ainda sobre o desempenho do time, o ponteiro Leozinho, segundo maior pontuador da competição, comentou sobre o que precisam melhorar para a partida contra o Taubaté. “Acho que a gente pode melhorar muito no ataque, o último jogo foi o fundamento que mais cometemos falhas. Vínhamos treinando bem, mas a gente não conseguiu transferir o que treinou para a partida. Então, para o jogo de amanhã, é melhorar o ataque, errar menos e passar a responsabilidade para lá”, completou. Assim como Bara, Léo falou sobre a importância de fazer um bom jogo apesar do resultado que venha a acontecer e disse que o time vem em um processo de evolução. “A gente vem evoluindo muito, e os números comprovam isso, nosso treinador nos mostrou nossos números no campeonato mineiro e os da superliga, e é nítida a evolução que a gente teve.”
Planejamento futuro Para o diretor técnico Maurício Bara, falta investimento. “Nós somos um time de primeira divisão com investimento de terceira”, salientou, comparando o incentivo que o JF Vôlei tem hoje com times que disputaram a Taça de Prata, que dá acesso à Série B da Superliga. Para ele, a competição nacional cresceu e vai crescer ainda mais, com equipes mais fortes e com alto investimento. Desta forma, projetos de incentivo já estão em curso para que o JF Vôlei possa sobreviver no voleibol, para dar um passo de maior impulsão na Superliga. “A definição que eu tenho hoje é que a gente tem preparado novas possibilidades, principalmente para a próxima temporada. Já aprovamos dois, vamos esperar mais um projeto de Lei de Incentivo, Estadual e Federal. Uma realidade que a gente tem tentado mudar. Temos investido muito esforço, de maneira diferente, nas categorias de base, mas não é uma coisa que acontece de uma hora para outra. É um processo de três, quatro anos, para que tenhamos seis jogadores provenientes da categoria de base”, concluiu.
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Juiz de Fora, 08 de novembro de 2017
Cultura
Butecomédia comemora seis anos de estrada com show no domingo
Foto: Divulgação/Butecomédia
Primeiro grupo de stand up da Zona da Mata volta ao palco com apresentação no qual interage com o público e faz piadas com temas do cotidiano. Espetáculo terá participação especial de comediante do Rio
Lair Braida e Alan Pandeló, do Butecomédia, estão no grupo desde o início
DVD
Por Bernardo Medeiros
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piadas. Alan conheceu o stand up na internet e buscou aprender mais, após ter se apaixonado por essa forma de comédia. “A única maneira de iniciar um projeto desses sem ter experiências era juntar mais pessoas. Éramos cinco no início”, explica Alan. Desde 2015 com o novo show, foram muitas apresentações, passando por 63 cidades, em cinco estados diferentes. Alan relembra uma que foi marcante: “Subir no palco do Curitiba Comedy Club foi muito especial, este é o segundo maior bar de comédia do Brasil.” O local foi o primeiro espaço construído especialmente para a comédia no país. Apesar disso, o artista diz que há obstáculos: “Até hoje enfrentamos dificuldades por não sermos famosos. Muitas casas não nos deram espaço por isso.” Os atuais integrantes contam que cada show é especial, já que são oportunidades de mostrar o talento deles. “Dividir o palco com grandes nomes da comédia nacional é uma forma de saber que estamos no rumo certo”,
Em outubro de 2014, o Butecomédia lançou seu primeiro DVD, que foi gravado no Teatro Pró-Música, em Juiz de Fora. A obra reuniu os primeiros textos e as melhores piadas do início de carreira do grupo. Além da participação dos atuais integrantes, Alan Pandeló e Lair Braida, o DVD contou com a presença de Mateus Moura e Léo Miranda. Integrantes
Finalista do Finalista do Concurso Folha de Risadaria 2014 São Paulo de Stande vencedor do Up Comedy 2013 e Concurso Set segundo colocado no Up de Stand Concurso Set Up de Up Comedy de Stand Up Comedy Presidente Prudente de Presidente 2014 Prudente 2014
Foto: Divulgação/Butecomédia
Criado em outubro de 2011, o grupo Butecomédia fez seis anos de carreira esse ano e fará uma comemoração no Jolly Rogers Bar Garage, na Avenida Eugênio do Nascimento, no Bairro Aeroporto, no próximo domingo, 12, a partir das 19h. A atração, que contará com os dois integrantes do grupo, Alan Pandeló e Lair Braida, terá também a presença da comediante Ju Querido, do Rio de Janeiro. O Butecomédia foi o primeiro grupo de comédia stand up da Zona da Mata Mineira. O produtor e integrante Alan Pandeló contou como começou essa história: “Nós iniciamos o Butecomédia como um grupo há seis anos num bar chamado Quintal. O nome foi apenas uma junção do que queríamos fazer”. As apresentações duram, em média, 80 minutos, iniciando com uma interação com a plateia e depois há um revezamento entre eles, com textos que abordam o cotidiano. Antes do surgimento, Lair fazia teatro de comédia e foi chamado para participar de um evento contando
afirma Lair. No início da carreira, o Butecomédia encheu duas sessões em um auditório em Viçosa, com 1.200 pessoas assistindo ao show no mesmo dia: “Foi mágico!”, diz Alan. Os shows do grupo ocorrem em tipos de locais diferentes, e isso interfere nas apresentações, segundo Alan: “Há diferença, sim, principalmente de bar para teatro. No teatro, a atenção é focada em você, já no bar tem muitas distrações, e o esforço para manter a atenção do público é maior.”