MERGULHO
DIÁRIO
Foto: Victor Faria
Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF - Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017 - Edição 8
Jogos Intercolegiais batem recorde de inscrições Dois anos depois da última realização, cerca de 4000 alunos participam da competição esportiva p. 4 e 5
Economia
Política
Cidade
Expectativa é Projeto de lei que Veja como foi o tramita na câmara primeiro dia de que entre 800 e pode render multa de funcionamento da 900 empregos temporários sejam R$ 1000,00 a carros Uai, que tem agora gerados nesse final da prefeitura que não sede no Shopping se adequarem Jardin Norte de ano p.6 p.7 p.10
Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Editorial Atualmente no Brasil existem cerca de 30 milhões de animais abandonados pelas ruas. Destes, cerca de 10 milhões são gatos e os outros 20 milhões são cachorros, os números são da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados são alarmantes e o motivo não é desconhecido: o abandono. Muitas pessoas compram ou adotam um animalzinho, geralmente com o intuito de presentear alguém, ou mesmo na intenção de ter uma companhia, mas acabam se esquecendo que o cão ou o gato, são seres vivos e que demandam tantos cuidados quanto um ser humano. Por falta de tempo, dinheiro, ou simplesmente por “desistirem” de desempenhar os cuidados necessários na criação do pet, as pessoas acabam por abandoná-los nas ruas. Existem também os casos onde o próprio bichinho foge do seu dono por sofrer maus tratos. Esses atos além de cruéis, se tornam um problema de saúde pública, uma vez que estes animais se reproduzem de forma muito rápida e causam facilmente um descontrole populacional. Eles circulam pelas ruas em busca de comida, muitas vezes machucados pelos maus tratos sofridos enquanto ainda tinham dono ou por se envolverem em brigas com outros animais de rua. Sem contar as doenças que alguns deles acabam adquirindo. Juiz de Fora conta com um canil municipal, administrado pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) em parceria com a Secretaria de Saúde. Lá estão abrigados e disponíveis para adoção, os animais capturados nas ruas. Existe também um serviço itinerante de castração, que percorre os bairros da cidade. São políticas públicas que visam a reduzir o número de cães e gatos
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EXPEDIENTE Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso
abandonados. A adoção, além de ser uma das maneiras mais eficazes de reduzir a população de animais nas ruas, Reitor também é um ato repleto de senProfº Dr. Marcus David timento. Contraditório dizer que o cão é o melhor amigo do homem, ou que sonha em ter um gatinho, Vice-Reitora por ser um bichinho carinhoso e Profª Drª Girlene Alves da Silva companheiro, na primeira oportunidade, desembolsar altas quantias Diretor da Faculdade de Comunicação de dinheiro para levá-los para casa? Social Estranho dizer que compramos um amigo não é mesmo? Além do Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira mais, o mercado de pets chega a ser Vice-Diretora mais cruel do que a vida de abandono. Os cães que vivem em canis Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes e são criados especialmente para fins comerciais, são maltratados e Coordenador do Curso de Jornalismo explorados. Principalmente as fêIntegral meas que estão ali somente para Profª Ms. Eduardo Leão reprodução, e levando em consideração que quanto mais filhotes, mais dinheiro, podemos imaginar Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais como as coisas acontecem. Tudo isso sem levar em consideração o Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria controle de qualidade que “exclui” os filhotes que não se encaixem nos Professoras Orientadoras padrões de venda. O simples ato de Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes trocar a compra pela adoção, é suProfª. Drª. Marise Baesso ficiente para enfraquecer cada vez mais a máfia que age por trás das Repórteres vendas. Diversas ONG’s agem em Bernardo Medeiros, Camilla trabalhos de resgate desses “aniMarangon, Felipe Frederico, Giulia mais comerciais”. Agora, tão valioso quanto enPrata, Júlia Garcia, Karina Gomes, tender a importância da adoção, Luisa Furlan, Matheus Moreira, Tasso é saber que junto com o animalGuimarães, Victor Faria zinho de estimação vêm uma série de responsabilidades. Mais ou Edição e Diagramação menos como um filho. Levar para Lisandra Queiroga passear, médico, comida, banho, Viviane Dalathezi brincadeiras... Então só o faça se estiver realmente disposto a arcar com elas. Os animais abanContato donados, perdidos pelas ruas ou mergulhodiario@gmail.com disponíveis para doação, estão facebook.com/mergulhodiario tão ou mais sedentos por rece(32) 2102-3612 ber cuidados e amor, quanto os das vitrines. Sem falar que estão prontinhos para retribuir.
Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Artigo
Sobre a educação inclusiva e seus paradigmas
Foto: Projetado por freepik
A partir de 2018 a UFJF começa a oferecer cotas para o Programa de Ingresso Seletivo Misto
A língua brasileira de sinais é utilizada por mais de cinco milhões de pessoas no país
Por Lisandra Queiroga
O Enem desse ano, aconteceu no último domingo, e teve como tema da redação a educação inclusiva para surdos. O que nos faz pensar sobre a questão da diversidade nas escolas e faculdades, questão que acaba refletindo no mercado de trabalho. A inclusão nesses ambientes é pouca, ou em muitos casos, nula. Você estudou com algum deficiente? Ou já viu algum deles atuando no mercado de trabalho? Um outro problema é que se essa “inclusão” existe, é, muitas vezes, cercada por preconceitos. Apesar de alguns avanços, como a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), em 2015, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, ainda temos muitos desafios a serem superados. A educação inclusiva significa educar todas as crianças dentro de um mesmo contexto escolar, e com isso, as diferenças não são vistas como problema, mas sim como diversidade. Mas muitas escolas regulares ainda não estão preparadas para receber alunos com necessidades especiais, seja pela formação despreparada dos professores ou por conta da infraestrutura dos espaços.
Ainda há uma resistência por parte do sistema de ensino regular à inclusão. Mas essa integração educacional é a melhor maneira de acabar com o preconceito, porque ela beneficia toda a sociedade: as crianças com deficiência vão estar integradas e as demais, vão crescer dentro de um ambiente entendendo o que é inclusão e diversidade. Se hoje estamos na luta pela inclusão é porque nós não tivemos a oportunidade de ter contato com deficientes desde a infância. Para a construção de cidadania, é muito importante que exista o respeito aos direitos e liberdades humanas. Se nas escolas a presença dos deficientes é rara, isso se torna ainda mais grave no ambiente universitário. Mas, em alguns âmbitos nós progredimos. O exemplo disso é Universidade Federal de Juiz de Fora, que a partir de um decreto, criou grupos com vagas destinadas aos candidatos com deficiência. Em cada grupo há, pelo menos, uma vaga reservada para esses alunos. Como ação afirmativa própria da Universidade, o PISM (Programa de Ingresso Seletivo Misto) do ano que vem, criou mais uma cota, o Grupo
F, que destina vagas para candidatos surdos exclusivamente para o curso de Letras-Libras. A Libras – Língua Brasileira de Sinais – é o idioma das comunidades surdas do Brasil e tornou-se reconhecida como meio legal de comunicação e de expressão em 2002, por meio de lei, sendo regulamentada em 2005. A partir disso, tornou-se obrigatória a presença de Tradutores e Intérpretes de LibrasLíngua Portuguesa nas instituições públicas, inclusive as de ensino. Desde 2010, a UFJF conta com funcionários efetivos profissionais Tradutores e Intérpretes de Língua de Sinais. Assim, várias ações vêm sendo desenvolvidas com relação à tradução e à interpretação de Libras -Língua Portuguesa na UFJF, com a finalidade de promover o acesso de pessoas surdas ao ambiente acadêmico. Mas ainda faltam muitas conquistas, e algumas notícias nos entristecem, e nos fazem ver que ao em vez de progredir estamos regredindo. Como o recente caso da drag queen que foi visitar um colégio. Foi bem recebida por todos, inclusive, as crianças. Mas o problema veio depois, com os adultos enxergando um problema que não existia: uma drag queen interagir com crianças. Nesse mesmo caso, um outro tipo de preconceito, o de negar a existência de identidade de gênero, ou evitar sua discussão. Conviver com uma pessoa diferente, seja ela como for, só agrega, trás compaixão, empatia e maturidade. Algumas pessoas pensam que existem aqueles diferentes, e isso é o que faz com que as minorias sejam colocados à margem da sociedade. Mas o que existe é a diferença de todos nós, o que nos torna únicos, e não diferentes.
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Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Esporte
Faltando um mês para chegar ao fim, Jogos Intercolegiais de
Competição que promove interação esportiva entre a Foto: Victor Faria
Equipes infantil e juvenil do vôlei disputam nesta semana as finais da modalidade esportiva
Por Victor Faria Os Jogos Intercolegiais, que por questões financeiras não aconteciam desde 2014, retornaram em 2017 com recorde no número de inscritos. A competição que teve início em abril deste ano terá cerimônia de encerramento no dia 6 dezembro. A cada mês uma ou mais categorias esportivas são disputadas pelos alunos com idades entre 12 e 17 anos. Nesta semana, acontecem as finas do vôlei e do basquete. O evento que é realizado pela Secretaria de Esporte Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) reúne mais de 60 instituições de ensino de redes públicas e privadas. O coordenador dos Jogo Intercolegiais, Ronaldo Ishimaru, explica que o regulamento e a ficha de inscrição são enviados para as escolas participantes toda vez
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que são abertas as inscrições para uma modalidade. Os esportes são definidos a partir de um panorama do que é desenvolvido durante as aulas de educação física das escola da cidade. “Normalmente escolhemos as modalidades mais praticadas dentro das instituições, mas a gente procura trazer algumas novidades para que a partir disso elas sejam fomentadas nas escolas, como por exemplo o badminton”, comenta Ronaldo. Nesta terça feira as meninas dos time infantil (12 a 14 anos) do Jesuítas se consagraram campeãs do vôlei infantil feminino. Marina Vianello, 13 anos, que sempre se interessou pela modalidade comenta a conquista: “Minha meta sempre foi entrar no intercolegial e eu consegui isso. A vitória foi resulta-
do de muito treino, fiquei muito feliz com a medalha”, diz Marina. Tidinho Rocha é educador físico e treinador da equipe do Jesuítas. Ele ressalta que os jogos despertam o interesse dos alunos. A preparação no colégio, que começou em fevereiro, teve cerca de 45 meninas inscritas no processo seletivo. “Foram do jogos intercolegiais que saíram Geovani Gávio, André Nascimento, Márcia Fu, Zé Eduardo Bara, e outros vários atletas do cenário nacional e internacional. Então, essa volta dos jogos foi importantíssima para fomentar o esporte de base, fazendo com que esses meninos e meninas canalizem a energia para a prática esportiva”, destaca Tidinho Milena França, 16 anos, é um dos destaques do time juvenil (15 a 17 anos) feminino do Je-
Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Esporte
Juiz de Fora batem recorde de inscrição em todas as modalidades
as escolas retornou em 2017 e já tem cerca de 4.000 alunos inscritos Foto: Victor Faria
suítas. Ela diz que participar da competição é uma grande oportunidade. “Não tem como eu pensar em uma palavra para expressar o sentimento de representar o colégio. Estar aqui competindo traz muito aprendizado”, ressalta a jovem atleta. O Patrus é uma das escolas pública que sempre participam dos jogos intercolegiais. Luís Fernando, professor de Educação Física da escola, reforça que disciplina e dedicação são fatores essenciais para obter bons resultados. “Apesar de ser uma escola pública, o Patrus oferece uma boa estrutura, tem uma quadra coberta, tem material esportivo para o treino. A infraestrutura da escola permite desenvolver um trabalho legal com os alunos”, reflete o professor. Além de chegar nas finais do vôlei, o Patrus já garantiu medalha na natação, no futsal e no fu-
Professor de Educação Fisica do Jesuítas, Tidinho Rocha, cmeçou a prepara as equipe para os Jgo Intercolegiais em fevereiro
tebol de campo. As competições de vôlei e basquete estão acontecendo na SEL, no Sport Club Mariano Procópio e nas quadras do colégio Jesuítas. Nos últimos meses foram realizadas as se-
guintes modalidades: futebol, futsal, judô, natação e queimada, além do vôlei e do basquetebol. Entre novembro e dezembro ocorrem as competições de handebol, badminton e peteca.
Inscrições para os Jogos da Terceira Idade terminam nesta terça feira A ficha de inscrição deve ser entregue na sede da Secretaria de Esporte e Lazer até às 18h de hoje A competição esportiva acontece entre os dia 18 de novembro e 1° de dezembro. Podem se inscrever para décima edição dos Jogos da Terceira Idade pessoas com mais de 55 anos que praticam atividades físicas. O evento é realizado pela Secretaria de Esporte e Lazer em parceria com o Sesc para promover a integração e incentivar a atividade física entre os idosos.
Os inscritos podem participar de oito modalidades esportivas: natação, dama, buraco, tênis de mesa, lancebol (basquete, sem enfrentamento físico), peteca, valém de vôlei e boliche adaptados. As inscrições podem ser feitas no site da PJF. A ficha deve ser entregue na SEL de 14h até 18h da tarde de hoje junto com os outros documentos exigidos no regulamento.
A cerimônia de abertura dos jogos acontece no próximo dia 18 de novembro, às 8h no SESC/JF. Secretária de Esporte e Lazer - Av. Rui Barbosa, 530, Santa Terezinha. SESC JF- Av. Rio Branco, 3.090, Centro. Informações: (32) 3090-7849
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Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Economia
Número de funcionários temporários contratados no comércio de Juiz de Fora deve subir 21% comparado com ano anterior 30% dos contratados costumam ser efetivados devido ao bom desempenho
Por Camilla Marangon
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ciod e varejoanteriormente e decidiu se candidatar a vaga. “Gostaria de ser efetivada novamente, mesmo sabendo que o quadro de funcionários fixos já está completo. Mas o comércio é surpreendente, sabendo disso, sempre fica uma ponta de expectativa, o que me impulsiona a dar o meu melhor”, comenta. Essa efetivação de funcionários acontece também na loja onde o Sidnei da Silva é gerente. Segundo ele, há casos de funcionárias que começam como temporárias, mas tornaram-se efetivas e algumas acabam trabalhando no local por anos. O Sindicato dos Empregados no Comércio de Juiz de Fora (SEC-JF) informou que os funcionários contratados temporariamente já são considerados da categoria e possuem os mesmo benefícios. Para saber os deveres e os direitos, os novos contratados devem entrar em contato com o SEC-JF através do telefone (32)32289500 ou acessar o site www.secjf.com.br.
Contratações temporárias no comércio de Juiz de Fora no fim de ano Arte: Camilla Marangon
Cerca de 800 e 900 funcionário devem ser contratados temporariamente neste final de ano no comércio de Juiz de Fora, de acordo com o Sindicomércio. Isso representa um aumento de 21% em relação ao ano anterior. E 30% dos contratados têm chances de ser efetivado. No Brasil, a previsão é que sejam contratados 10% mais funcionários do que no ano passado. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a previsão é que 73 mil pessoas sejam contratadas neste período. O movimento da economia nessa época do ano é dado pela expectativa por parte das empresas de aumento de consumo devido à demanda das famílias. Para aproveitar, as empresas produzem maior quantidade e as lojas passam a ficar abertas por mais tempo, necessitando de um maior número de trabalhadores. “O boom de consumo no final de ano, impulsiona um aumento do PIB e gera uma pressão inflacionária. Ou seja, o consumo é o motor principal das mudanças econômicas das festas de fim de ano”, explica o economista Felipe Barros. Sidnei da Silva, gerente de uma loja de roupas do centro da cidade, informou que eles ainda não estão contratando e estão esperando até o meio de novembro para ver como vai estar o movimento. “Acredito que vamos con-
tratar funcionários extras como fazemos todo ano, sim, porque normalmente o volume de vendas aumenta nessa época”, conta Sidnei. Já Gisele Koga, dona de uma loja de roupas do bairro São Mateus, não espera grande aumento nas vendas esse ano e diz que não pretende contratar funcionários temporários. Proprietária de uma loja de presentes do Shopping Jardim Norte, Iara Leal conta que sempre contrata funcionários temporários nesta época e que dependendo do desempenho eles podem ser efetivados. “Não acreditamos em aumento de quadro de funcionários para o próximo semestre, no entanto, dependendo do desempenho ele pode ser efetivado em substituição a um outro com menor desempenho”, acrescenta. Mônica Aparecida foi contratada para trabalhar temporariamente nessa loja de presentes. Ela já havia trabalhado em comér-
Em 2017, a previsão é que fique entre 800 e 900 contratações
Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Política
Projeto de lei prevê reemplacamento de carros da prefeitura Descumprimento da nova regra está sujeito a multa de $1000,00 por dia Por Matheus Moreira
ra de veículos, que preferiu não se identificar, o projeto “prejudicaria as empresas que já tem concessão e são de outras cidades com o custo do reemplacamento, e às vezes, as empresas daqui mesmo não tem todos os carros emplacados em Juiz de Fora”. Além disso, ele acredita que a norma também afastaria outras empresas que queiram tentar a licitação e teriam também que se readequar para cumprir a regra. “É custoso para essas empresas ter que arcar com o reemplacamento. Seria o caso de pensar duas vezes antes de tentar uma licitação”. Ainda segundo a fonte, o custo do reemplacamento gira em torno de R$350,00 por veículo. Entramos em contato com a assessoria da vereadora Sheila Oliveira, mas até o fechamento desta edição não obtivemos resposta. A proposta tramita pela Câmara, e o texto do projeto ainda deve ser revisado por comissões para ser debatido em plenário.
Foto: Projetado por Welcomia - Freepik.com
Um projeto de lei proposto pela vereadora Sheila Oliveira está em tramitação na Câmara Municipal de Juiz de Fora. O projeto prevê que todos os veículos que prestam serviços para a Prefeitura, sejam eles alugados ou não, ou para as Administrações direta e indireta sejam emplacados na cidade. Segundo a vereadora, o objetivo do projeto é ampliar a arrecadação do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O IPVA é um imposto recolhido pelo estado sobre a posse de veículos automóveis, e que segundo a Constituição, metade do valor arrecadado deve ser repassado ao município de emplacamento do automóvel. Além do IPVA, cujo valor depende do modelo do automóvel, o estado de Minas Gerais ainda cobra uma Taxa de Licenciamento Anual, conhecida
como “Taxa Itamar”, que esse ano foi cobrada no valor de R$ 92,66. O imposto sobre propriedade também muda de acordo com o estado, cada entidade da federação possui uma taxa diferente. O montante arrecadado é destinado à pavimentação e manutenção de estradas e rodovias. Sendo assim, a proposta visa aproveitar os impostos pagos sobre os carros de uso da prefeitura, revertendo-os ao município. O projeto de lei ainda prevê multa de mil reais para cada carro que não esteja de acordo com a norma, sendo o valor da multa triplicado caso a adequação não seja feita em até 30 dias. As empresas que já possuem contratos com a Prefeitura teriam um prazo de três meses para se adequarem à regra. Rescisões de contratos de concessão, prestação de serviços e permissões também constam no projeto. Segundo o dono de uma locado-
O reemplacamento é previsto para todos os carros de uso da Prefeitura e Administração
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Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Cidade
Novembro Azul: a importância do cuidado masculino com a saúde
Arte: Luisa Furlan
Por homens cuidarem menos da saúde, a campanha vai além do Câncer de Próstata
Câncer de Próstata é uma das maiores causas de mortes masculinas
Por Luisa Furlan Novembro Azul é a campanha de combate ao câncer de próstata, mas vai muito além disso, como explica o oncologista Nilson Soares: “Penso que Novembro Azul é, muito mais que o diagnóstico do câncer de próstata, é o momento de chamar a atenção do homem para preocupar se com sua saúde”. O oncologista Alexandre Oliveira ressalta que os homens são menos cuidadosos com a saúde do que as mulheres. Tudo para não demonstrar fraqueza e atingir o padrão da masculinidade, para não derrubar o homem “supermacho”. Ir contra essa ideia é uma das finalidades da campanha. O Novembro Azul é uma iniciativa de alcance mundial e há cerca de 14 anos, foi criado com o intuito de conscientizar e com-
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bater o Câncer de Próstata. Esse câncer é um dos mais comuns entre os homens, ficando atrás apenas do Câncer de pele não-meloma, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O Inca estima ainda que ano passado tenham sido diagnosticados 61.200 novos casos e o Câncer de Próstata tenha sido responsável por mais de 13 mil mortes. Esse número elevado é devido principalmente ao tabu para realização dos exames que podem descobrir a doença. Se descoberta em fase inicial a chance de Cura é acima de 80% como explicou Alexandre. Por isso, é tão importante realizar os exames preventivos. Além disso, a cirurgia dele nas fases inicias são menos evasivas. Assim, o tempo no hospital é reduzido, a recuperação é muito
mais rápida e a chance de complicações diminuem. Alexandre ressalta que a campanha é importante para reforçar a necessidade de fazer os exames anualmente. O câncer de próstata é considerado uma doença de terceira idade. Alexandre completou que os exames devem ser feitos a partir de 45 anos e, em caso, do homem possuir histórico familiar, a partir de 40. Já, Nilson informou que os exames devem ser feitos, de forma geral, entre 50 e 70 anos. A programação de atividades da Prefeitura de Juiz de Fora para o Novembro Azul deve ser divulgada ainda hoje no portal da prefeitura. Novembro Azul O movimento surgiu em 2003 na Austrália, chamado de Movember. A iniciativa foi pelo dia 17 de novembro, em que é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. No Brasil, a campanha foi trazida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida para combater a ideia de que homem não precisa ir ao médico. Essa campanha faz parte de um conjunto de ações que visam combater e conscientizar sobre doenças. Um dos casos mais antigos é o Outubro Rosa, voltado para o Câncer de Mama e que possui alcance mundial, envolvendo diversas ações tanto para conscientização, quanto para o combate.
Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Cidade
Tira ou põe o casaco?
Mudança no tempo volta a por em dúvida moradores da cidade. Confira a previsão para esta semana Foto: Tasso Guimarães
Dia amanheceu. encoberto na região central de Juiz de fora
Por Tasso Guimarães A partir desta terça-feira a sensação térmica em Juiz de Fora deve voltar a ser mais fria. O ar mais gelado já começou a ser sentido no início da semana, entretanto as temperaturas tenderão a cair. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a alteração na temperatura não deve ser muito grande, com variações razoáveis na semana, em média de três graus na temperatura mínima e quatro na máxima. A relativa queda de chuva que teve início no domingo, devido a uma frente fria que chegou na cidade, deve permanecer até o dia de hoje e a tendência é que o tempo fique mais estável sem precipitações até sexta-feira. A previsão para Juiz de fora nesta terça-feira (07) conta com mínimas de 12°C e máximas de 27°C, com céu parcialmente nublado durante a tarde e à noite. Na quartafeira (08), a tendência é que o dia fique encoberto por nuvens, com as temperaturas variando entre
14°C a mínima e 23°C a máxima, previsão esta que permanecerá na quinta-feira (09). Já na sexta (10), o céu fica encoberto por nuvens com possibilidade de chuva e temperaturas máxima de 20°C e mínima de 16°C. No final de semana, não vai ser muito diferente, há grande probabilidade de chover e também de haver trovoadas. Apesar das previsões para a cidade, Juiz de Fora é popularmente conhecida por ter variações climáticas em curto período de tempo, o que muitas vezes deixa os moradores com o pé atrás quanto à escolha do agasalho. Para quem sai durante o dia de tarde e volta somente à noite, as alterações no tempo já são bastante sentidas. Para Eunice Alves (49) essa mudança repentina é ruim para quem trabalha durante a tarde e a noite: “às vezes já estou saindo de casa quando volto para pegar uma blusa de frio ou um guarda-chuva. Tem dias que, se eu esqueço o casaco, faz frio ou chove, e quando eu me lembro, esquen-
ta”, comentou. Quem passa o dia inteiro fora de casa, de manhã até a noite, sente-se passando por estações do tempo diferentes, como é o caso do estudante, Davi Campos, “de manhã faz frio e a gente saí com uma jaqueta, durante o dia esquenta e a gente sente calor, e de noite volta a esfriar”, explicou. De acordo geógrafo, Pedro Faria a temperatura caiu pela influência de uma massa polar no Oceano: “Ela intensificou os ventos frios e úmidos deixando a cidade com muita nebulosidade e o ar mais frio. Por conta da posição desse ar polar e da frente fria mais ao norte as chuvas caíram em menor quantidade do que o previsto, apesar do abafamento de domingo”. Sobre as chuvas, a situação na cidade é ruim: “tem chovido abaixo da média há vários meses e o total anual está bem fraco pra essa época do ano, apenas pancadas isoladas de chuva. As duas últimas frentes frias quase não provocaram precipitação ampla sobre Juiz de Fora”.
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Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Cidade
UAI de Juiz de Fora passa a ter nova sede
Foto: Divulgação Shopping Jardim Norte
Serviço começa a funcionar no Shopping Jardim Norte, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h ”. Já para outras, a nova localização é benéfica, como é o caso do microempreendedor Marcos Ribeiro, morador do Bairro Jóquei Clube I: “Ficou muito mais fácil porque antes eu tinha que atravessar a cidade, tinha que gastar quatro ônibus e lá o acesso é muito difícil para onibus e o sistema é bem ruim para quem mora na Zona Norte”. De acordo com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), a mudança é justificada por facilitar Jardim Norte, nova sede da UAI de Juiz de Fora, é uma das 31 unidades do o acesso de moradores devido ao estado maior fluxo de transporte público e maior comodidade para a poPor Bernardo Medeiros pulação de municípios vizinhos ta Federal, Companhia de Habià Juiz de Fora. Para a costureira Nessa segunda-feira, 6 de notação de Minas Gerais (Cohab Ruth Leôncio, que é de Pequeri, a vembro, a Unidade de AtendiMinas), Ministério do Trabalho e mudança foi positiva: “A localizamento Integrado (UAI) de Juiz Emprego (MTE), Departamento ção ficou mais fácil por conta do de Fora começou a funcionar em de Trânsito de Minas Gerais (Deônibus. Antes eu tinha que descer outra localização. O serviço que, tran-MG), entre outros. no Centro e ir para o Shopping anteriormente funcionava no InA unidade em Juiz de Fora funIndependência”. dependência Shopping, no Baircionará das 8h às 17h, de segunro Cascatinha, desde outubro de 2011, mudou-se para o Shopping da à sexta-feira, na Alameda de Serviços oferecidos Jardim Norte, no Bairro Mariano Serviços do shopping, próximo Entre os serviços ofertados, Procópio. Apesar de já estar em à entrada da Rua Henrique Bur- estão a emissão de carteira de funcionamento desde ontem, a nier. São esperados atendimentos identidade, passaporte, carteira cerimônia oficial de inauguração entre 800 e 1000 pessoas por dia. de trabalho e CPF, solicitação de A mudança do local prejudica foi realizada hoje, terça-feira, às algumas pessoas, como o carpin- seguro-desemprego, intermedia10h. teiro Joel Márcio, morador de ção de mão de obra, atestado de Esse tipo de atendimento ofeMatias Barbosa: “No Indepen- antecedentes da Polícia Civil, corece para a população acesso rádência era mais fácil para mim municação de vendas de veículos pido a diversos serviços públicos, pela condução. Agora eu tenho e entregas de Carteira nacional de ligados à órgãos como Polícia Mique ir para o Centro e vir para o Habilitação (CNH) e Certificado litar, Polícia Civil, Polícia Federal, Shopping Zona Norte. Antes eu de Registro e Licenciamento de Sistema Nacional de Empregos poderia sair direto de Matias para Veículos (CRVL) quando devolvi(Sine), Companhia Energética o Independência e depois voltar das pelos Correios. de Minas Gerais (Cemig), Recei-
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Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Cidade
Canil Municipal de Juiz de Fora abriga mais de 500 animais
Foto: Arquivo Pessoal0w
Interessados na adoção devem preencher um cadastro online e visitar o canil para entrevista
Marilene e sua cachorra Lilica participaram de um ensaio fotográfico para o projeto Amor Não Tem Raça
Por Giulia Prata O abandono de animais é uma prática comum no Brasil. Para combater isso, surgiu uma parceria entre o Demlurb e a Secretaria de Saúde. O Canil Municipal de Juiz de Fora abriga, hoje, cerca de 550 animais. Desses, 480 são cães e 60 são gatos, aproximadamente, além de um cavalo. Lá eles recebem todo cuidado necessário, como alimentação e tratamentos direcionados à saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje, no Brasil, há mais de 30 milhões de animais abandonados, sendo dez milhões de gatos e 20 milhões de cães. Segundo a assessoria de Comunicação do Demlurb, só são resgatados animais que estejam em situação de vulnerabilidade: machucados, doentes, fêmea grávida, no cio ou que causam algum risco à população.
Caso esteja saudável, só será recolhido se estiver sofrendo ameaça de morte pela população. Os que são resgatados passam por uma avaliação e os casos mais graves são direcionados para clínicas conveniadas com o Canil Municipal. Quando a situação é mais simples, o tratamento é feito pelo médico veterinário do local. Após os cuidados e a castração, os animais são disponibilizados para a adoção. O regulamento para a adoção é detalhado e prática é monitorada pelo Departamento de Controle Animal (Dcan). Os interessados precisam passar por alguns procedimentos, como cadastro online, seguido de entrevista presencial. A burocracia existe para evitar a disseminação do abandono e para que não haja o desejo de devolução do animal ao canil. “A política do canil municipal é realizar a adoção responsável. Animais são vidas que precisam ser cuidadas, ainda mais os que são abandonados e já chegam traumatizados. O cadastro do adotante é necessário para saber as condições onde o animal irá viver. Às vezes, o tutor quer um cachorro de porte grande, mas mora em um apartamento pequeno, por exemplo, logo, no primeiro problema que tiver, ele poderá ser abandonado novamente, o que gera mais gastos ao poder público e mais prejuízo à saúde do animal. Tendo em vista todos esses pontos, consideramos o número de adoção significativo. Em um ano, cerca de 50 cães foram adotados, e o mesmo número para os felinos”, afirma a assessoria do Demlurb. Da mesma forma em que acontecem os abandonos, animais também são resgatados. Provavelmente, não
com a mesma intensidade, mas há várias histórias de resgates a serem contadas. Uma delas é a de Marilene Mazini. Ela perdeu uma cadela que era tida como filha e entrou em depressão. O marido dela, incomodado com a situação, sugeriu que arrumasse outra cadela e foi aí que ela decidiu visitar o canil. O encontro com sua nova amiga foi imediato. “Ela me escolheu. Quando me viu parecia que já me conhecia, me deu um pulo que acabei sendo derrubada por ela. Não pensei duas vezes e a levei para casa. Depois dela, adotei mais três animais, sendo dois do canil”. Depois da ida ao local, Marilene tomou uma decisão: “A minha primeira visita foi muito tensa. Eu nunca imaginei que havia tantos cães para adoção e não imaginava o quão era grande a crueldade do ser humano ao abandoná-los. Naquele exato momento, decidi que, além de adotar eu também me tornaria voluntária da causa animal”. Hoje, ela participa de feiras de adoção e mutirões de limpeza em abrigos. Além de ajudar com doações de ração, medicamentos e com encaminhamentos para castração. “A adoção muda a nossa vida. Eles têm um amor incondicional e são tão agradecidos que me emocionam a todo instante. Só a adoção e a castração podem resolver o problema do abandono. Eles trazem muito amor para a nossa vida. Costumo dizer que não fui eu que os salvei, foram eles que me salvaram”. O canil municipal de Juiz de Fora fica na Rua Bartolomeu dos Santos, no bairro São Damião e o horário de visitação é de segunda à sextafeira, de 9h às 10h30 e de 13h às 15h30.
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Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
UFJF
1ª Semana da Comunicação aproxima núcleos da Facom e oferece palestras, oficinas e rodas de conversa a alunos
Evento acontecerá entre os dias 20 e 23 de novembro e as inscrições são gratuitas O Diretório Acadêmico da Faculdade de Comunicação da UFJF (Facom) está organizando a 1ª Semana da Comunicação, que acontecerá entre os dias 20 e 23 de novembro. Serão oferecidas oficinas, palestras e rodas de conversa, totalmente gratuitas. Para se inscrever, é necessário preencher um formulário disponível na página do evento no Facebook: Semana da Comunicação // FACOM UFJF. Segundo Iuri Fonseca, membro do D.A, a iniciativa busca reunir os diversos núcleos da Facom para promover atividades para os alunos. “O D.A chegou na ideia com uma parceria muito forte com os outros núcleos, montada com base em reuniões e discussões. É um movimento muito bacana que está se formando na integração das partes da Facom, com propostas de mudanças efetivas no ambiente da faculdade, visando melhorias para todo mundo”, comenta. Iuri ainda destaca o compartilhamento de conhecimento que o evento vai proporcionar e a abertura de brechas para que iniciativas semelhantes aconteçam. O aluno da Facom Arthur Lincoln enfatiza a importância de a 1ª Semana de Comunicação ser uma iniciativa estudantil: “Acho interessante a possibilidade de capacitar em temas diversos com uma liberdade maior do que a relação professor-aluno possibilita.” Ele tam-
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Foto: Júlia Garcia
Por Júlia Garcia
Dentre os núcleos que irão participar estão a Acesso, o PET, grupos de pesquisa, a Rádio e o prórpio Diretório Acadêmico, que organiza o evento
bém elogia a aproximação de núcleos que o evento proporcionará e a realização de ações conjuntas que beneficiam os alunos. Já o estudante Léo Lima destaca a visibilidade que a iniciativa dará aos diversos núcleos, em especial aos grupos de pesquisa, dos quais ele participa: “Outros estudantes podem conhecer os projetos que são desenvolvidos dentro da faculdade e, posteriormente, integrar algum desses, participando de pesquisas, da empresa júnior ou de projetos de extensão e treinamento profissional.” Ele comenta que se interessou pelo evento, principalmente, pelas oficinas de gerenciamento de redes sociais e de edição de vídeo: “Sentimos falta de ter um espaço para desenvolver essas práticas e conhecer melhor como funcionam os programas e esses processos.”
Programação: 20 de novembro: -Oficina de gerenciamento de Facebook - 14h às 16h (Acesso) 21 de novembro: -Palestra sobre pesquisa acadêmica - 14h às 15h30 (PET) -Oficina de edição de vídeos no Premiere - 17h às 18h30 (Caio Ferreira) 22 de novembro: -Roda de conversa “Comunicação, cidade e memória” - 14h às 15h (Grupo de pesquisa “Cidade e Memória”) -Roda de conversa “A abordagem do jornalismo nos diferentes tipos de rádio” - 15h15 às 17h15 (Rádio Facom) -Roda de conversa “Comunicação e saúde” - 14h às 15h (Grupo de pesquisa “Sensus”) 23 de novembro: -Oficina de podcast - 15h30 às 17h (PET)
Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
UFJF
Adiada a votação para a direção da Facom
A eleição será remarcada após a greve dos técnico-administrativos da UFJF Por Karina Gomes (DAVH). A estudante e atuante nos movimentos estudantis destaca também a importância não só da escolha da chapa eleitoral, mas também da supervisão do mandato. “A mobilização e participação são imprescindíveis para que se possa proteger nossas reais demandas e garantir nossos direitos. Vale salientar que a identificação e o alinhamento com as chapas devem ser acompanhados, posteriormente, por uma postura combativa e não submissa ou distanciada que hierarquiza tais esferas”, defendeu Ana Luísa. Sobre a próxima gestão, a expectativa dos membros da faculdade é de que seja a mais democrática possível. “A gente espera que seja uma administração voltada para todos, que tenha ideias que reflitam tanto na rotina dos pares deles, que são os professores, quanto na dos alunos e técnicos”, disse o técnico-administrativo que está há 25 anos na Facom, Jesualdo Castro. O funcionário destaca também a importância da união dos três grupos participantes da votação para
a escolha correta. “A Facom possui cerca de 450 alunos, que formam a maior parcela da faculdade. Porém, vemos pouco a participação deles. É preciso que os estudantes se mobilizem para que a futura direção atenda a esse núcleo da melhor forma. Além disso, é muito importante que todos os setores tenham uma boa comunicação com os administradores e participem das ações”, acrescentou Jesualdo. O mandato na direção da Facom dura quatro anos, e os representantes atuais são os professores doutores Jorge Carlos Felz Ferreira, na direção, e Marise Pimentel Mendes, como vice. “Para se candidatar, é necessário ser professor associado ou ter o título de doutor. É levado em conta 30% dos votos de cada segmento: professores, técnico-administrativos e alunos”, explicou a vice-diretora Marise Mendes, ressaltando que sua chapa não se candidatará à reeleição. Ela acrescentou ainda que há possibilidade de uma greve de professores para o início do ano que vem, o que também poderá comprometer a data da votação.
Foto: Alexandre Dornelas
A eleição para a diretoria da Faculdade de Comunicação Social (Facom) foi adiada por conta da definição da greve dos técnico-administrativos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A decisão pela pausa nas atividades ocorreu em assembleia nesta manhã, no auditório da Facom, que teve como resultado o acordo que estabelece o início da paralisação para esta sextafeira (10). Como a votação para a direção do curso envolve tanto professores, quanto técnicos e alunos, a administração da faculdade optou por aguardar o fim da paralisação para remarcar. “Apesar do caráter consultivo das eleições, é essencial que toda a comunidade acadêmica se mobilize, principalmente na conjuntura atual que vivemos, permeada por um cenário de cortes drásticos na área educacional, a fim de que possa, de fato, ter suas demandas garantidas e a vocalização nas esferas administrativas e deliberativas da Facom”, comentou Ana Luísa Schuchter Rofino, secretaria geral do Diretório Acadêmico Vladimir Herzog
O diretor da faculdade de Comunicação Social Jorge Felz e a vice Marise Mendes tomaram posse em maio de 2014
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Juiz de Fora, 07 de novembro de 2017
Cultura
Praça Cultural celebra a Consciência Negra em Juiz de Fora
Foto: Divulgação/Praça Cultural
Evento acontece nos dias 9, 10 e 11 na Praça da Estação
Última edição do projeto Praça Cultural em Juiz de Fora aconteceu no Parque Halfeld, entre os dias 20 e 22 de outubro
Por Felipe Frederico A partir de quinta-feira, 9, a Praça da Estação de Juiz de Fora vai ser palco do projeto Praça Cultural, que celebra a Consciência Negra. O evento segue até sábado, 11, e conta com diversas atrações para atrair o público e ampliar a discussão sobre o tema na cidade. Thiago Barros é um dos organizadores, e falou sobre os principais shows programados para essa edição: “Nessa Praça Cultural a gente celebra a consciência negra, que foi programada para esse mês de novembro por conta do dia 20 (Dia da Consciência Negra). Na quinta-feira, a gente tem a apresentação do Dj Miranda, que vol-
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ta no sábado também. Na sexta, a principal atração é a performance das Guerreiras de Clara, e do coletivo formado por Mart MC, Tainá Cria, Everton Beatmaker, entre outros. No sábado, a gente também vai ter o grupo de samba Encaixe Perfeito.” Ainda segundo o organizador, os shows não são as únicas atrações: “Toda a estrutura da Praça Cultural é um grande atrativo, já que conta com food trucks, cervejas artesanais, trabalhos de artesãos e diversas atrações.” Thiago também explicou o porque da escolha do tema desse mês: “É a primeira edição que a gente celebra a Consciência Negra. A Praça sempre tem algum tema di-
ferente. Então, para novembro, a gente escolheu a consciência negra pela celebração do dia, e vamos ter diversas atrações voltadas para esse tema. O evento é gratuito e a nossa expectativa é que três mil pessoas compareçam na Praça da Estação.” A estudante de jornalismo, Luiza Rodrigues, vai participar do evento e falou sobre a importância de aumentar a discussão sobre a temática: “Eu fiquei sabendo pelo Facebook. Eu sou negra e busco sempre ir em eventos que contribuam para essa discussão”. O estudante Davi Carlos também destacou a discussão da temática: “É de extrema relevância para dar voz ao movimento negro.” O evento é gratuito, e aberto para toda a população.