Mergulho Diário - 10° edição - 09/11/2017

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Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF - Juiz de Fora, 09 de novembro de 2017 - Edição 10

MERGULHO

DIÁRIO

TAE’s da UFJF entram em greve nesta sexta-feira, mas aulas devem continuar normalmente p. 5

Cultura

UFJF

Foto: Facebook Studio Tablado Árabe Nabak

Foto: Victor Faria

Espetáculo de dança que acontece hoje, no Teatro Solar, mistura culturas ocidentais e orientais p. 13

Plataforma desenvolvidada na UFJF foi selecionada para terceira fase de programa de aceleração. p. 6

Foto: Divulgação PJF

Câmara Municipal estuda projeto de lei que propõe vacina em domicílio para idosos e deficientes Prefeitura não vai precisar disponibilizar verba extra para o projeto, segundo o vereador Antônio Aguiar p.4


Juiz de Fora, 09 de novembro de 2017

Editorial

EXPEDIENTE

A vacinação é reconhecida pela sociedade como prevenção para diversas doenças. O ato de vacinar a população se tornou democrático no Brasil no ano de 1973, quando foi criado o Programa Nacional de Imunização (PNI). Claramente um momento de avanço na saúde pública, que proporcionou aos menos favorecidos uma necessidade inerente a vida, que até então só estava ao alcance de uma pequena parcela de brasileiros. No entanto, o termo “vacinação” marcou a história do Brasil ainda no início do século XX. A precariedade das redes de esgotos e da coleta de lixo no Rio de Janeiro provocou a proliferação de doenças como varíola, febre amarela e peste bubônica. Para acabar com o surto, o Departamento Nacional de Saúde Pública aprovou a vacinação obrigatória. Porém, sem entender o que estava acontecendo, a população não concordou com a situação, resultando na Revolta da Vacina. A possibilidade da vacinação domiciliar passou a ser discutida no plenário da Câmara Municipal de Juiz de Fora, após o vereador Antônio Aguiar propor um projeto de lei que pretende garantir que pessoas com deficiência física ou com idade acima de 60 anos sejam vacinadas em suas residências. Projetos de lei que visam facilitar a vida e o bem estar da sociedade sempre devem ser priorizados, já que os vereadores ocupam suas cadeiras na câmara municipal para pensar e defender questões que interfiram diretamente na vida de cada e de todo cidadão. Diante disso, o debate a cerca da vacinação domiciliar para esse grupo social com dificuldade de mobilidade é uma forma de priorizar a qualidade de vida e o direito à vacinação gratuita. Contudo, deve-se pensar se todos os recursos necessários a essa ação serão oferecidos pelo

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SUS, uma vez que o sistema de saúde ocasionalmente fica devendo no que se refere a vacinação nos postos de saúde. Além de ser corriqueiro a falta das vacinas fixas no calendário, o sistema público de saúde demora a assimilar e oferecer as novas vacinas que surgem. De maneira geral, depender do sistema de saúde pública é um dos temores da população brasileira, já que os serviços oferecidos tendem a ficar cada vez piores, principalmente após a aprovação do congelamento de gastos na saúde e na educação. A medida do governo Michel Temer deve entrar em vigor a partir de 2018. As condições oferecidas por parte das empresas de saúde privadas também deixam a desejar. Pagar um plano de saúde já não é mais sinônimo de serviço de qualidade. Mas ao menos o quesito procedimentos oferecidos pelos planos deve melhorar em 2018. A agência Nacional de Saúde Suplementar aprovou nesta quarta-feira, a inclusão de 18 novos processos que devem estar na lista de cobertura mínima dos planos de saúde. Ainda que muitos brasileiros tenham condições de investir no serviço de saúde privado, a vacinação não costuma fazer parte dos itens que os planos de saúde cobrem. Por ser um serviço caro, uma parcela da sociedade, mesmo possuindo mais recursos financeiros, também correm para as filas dos postos de saúde durante o período de campanhas de vacinação. Estão todos ali, no mesmo ambiente, aguardando a imunização, a fim de se prevenir de uma futura doença. Entretanto, sendo rico ou pobre existem pessoas que não podem ir aos locais de vacinação seja pela idade elevada ou por alguma deficiência física, por isso a vacinação domiciliar se torna um recurso importante e necessário a ser discutido e implementado.

Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Bernardo Medeiros, Camilla Marangon, Felipe Frederico, Júlia Garcia, Karina Gomes, Luisa Furlan, Matheus Moreira, Tasso Guimarães e Viviane Dalathezi Edição e Diagramação Giulia Prata Victor Faria Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612


Juiz de Fora, 09 de novembro de 2017

Artigo

A impunidade é a regra. De que adianta evolução? Foto: Fotos Públicas

Por Giulia Prata Estamos há menos de uma semana da data em que comemora-se a Proclamação da República e há 128 anos do dia em que o Brasil deixou de ser uma Monarquia Constitucional Parlamentarista e tornou-se uma República Federativa Presidencialista. De lá pra cá, muitas coisas se transformaram. Como é possível ver, até mesmo a forma de governo mudou. Algumas reformas podem ser tidas como evolução, mas aquilo que não evoluiu, aterroriza. A mentalidade, por exemplo, ficou em descompasso com a mudança social. Em um país que, de acordo com um juíz, não há constrangimento ou violência quando um homem ejacula em uma mulher dentro do transporte público, de que adianta evolução? Em um país que, quando uma jornalista denuncia o chefe por assédio em ambiente de trabalho é demitida, de que adianta evolução? Está prescrito na Lei 10.224/2001, que “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”, é crime. O assédio sexual precisa ser combatido. Um caso em destaque na mídia nas últimas semanas mostra que todos estão sujeitos ao assédio, em qualquer lugar do mundo. Até mesmo os homens. O ator da série “Star Trek: Discovery”, Anthony Rapp, revelou ter sido assediado sexualmente há 30 anos atrás pelo ator de “House of Cards”, Kevin Spacey. Em seguida, membros da série atual do ator também assumiram terem passado pela mesma situação de Anthony. O assédio acontece em todos os

lugares, a qualquer hora do dia, independente da circunstância. Seja dentro do ônibus, nas redações ou até mesmo no camarim da maior rede de televisão do país. Ao sair de casa pela manhã, na escola, na balada ou no trabalho. De saia, calça ou burca. E sabe por onde começa? Pela “simples” cantada recebida, pelo assobio insistente. E, pelo fato dessas atitudes já estarem tão naturalizadas na nossa cultura, vale lembrar que o significado de cantada distancia-se bastante de elogio. Segundo levantamento encomendado pelo programa Fantástico, da TV Globo, no primeiro semestre de 2017, foram registrados 127 casos de assédio sexual nos trens e no metrô de São Paulo e apenas um deles foi considerado estupro. Nota-se que, em casos como estes, a impunição é a regra. A Organização Não Governamental Think Olga, entrevistou 7,7 mil mulheres para um outro levantamento. Destas, 99,6% já sofreram assédio em algum momento de suas vidas. As consequências são refletidas na saúde física e emocional da vítima, que se fere moralmente. O problema do assédio é cultural, é histórico e está enraizado na sociedade. É preciso conscientização. A vítima precisa saber que ninguém pode tocá-la sem seu consentimento e que, caso aconte-

ça, em hipótese alguma a culpa é dela. A educação é a principal ferramenta de combate. O cidadão que aprende desde criança os conceitos de respeito, gentileza e dignidade, sabe que só se faz com o outro o que ele aceitaria que fizessem com ele mesmo. Um dos únicos feitos que merece ser comemorado é o fato dos cidadãos estarem buscando externar, cada dia mais, tudo aquilo que lhes incomoda e fere sua verdadeira identidade. O preconceito, o assédio e qualquer tipo de violação que tange à desvalorização moral do ser humano sempre existiram. Mas, por muito tempo, permaneceram atrelados a um sistema que se negou a enxergar violências reais, invisibilizando-as. Hoje, mesmo com o desestímulo causado por todo histórico de impunidade, a luta pela igualdade, pelo respeito e pela preservação da dignidade continua. O desamparo e o desespero são inevitáveis. Porém, vítimas, não se subordinem! Não há ninguém no mundo que pode preservar os seus valores a não ser você mesma. Que fique claro que a única ferramenta capaz de mudar o mundo é a mente. Use a sua para disseminar coisas que acrescentam. Tanto para você, quanto para o próximo. Até porque, de que adianta a evolução do mundo, se você mesmo não evolui?

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Juiz de Fora, 09 de novembro de 2017

Política

Projeto de Lei de Juiz de Fora propõe vacinação em domicílio para pessoas com mobilidade reduzida Se sancionado, o projeto, não irá trazer custos adcionais a receita do município

Foto: Divulgação PJF

Imunização para Idosos e deficientes

A ideia é facilitar a imunização para pesssoas com mobilidade reduzida

Por Luisa Furlan Projeto de Lei (PL) proposto pelo vereador Antônio Aguiar (PMDB) prevê que idosos e deficientes tenham o direito de serem vacinados em casa, o PL foi apresentado na Câmara Municipal de Juiz de Fora na última semana. A ideia é que pessoas com mobilidade reduzida não deixem de se proteger contra gripe, pneumonia, difteria e tétano. A cidade já tem a infraestrutura necessária para executar o programa, segundo o vereador. O projeto surgiu da observação do proponente que também é médico e atua no Sistema Único de Saúde (SUS) com esses dois públicos. A maioria das campanhas de vacinação têm esse público como alvo, porém não existe atualmente uma forma de facilitar o acesso aos que têm di-

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ficuldades de ir até às unidades de saúde. O vereador ressalta a existência do Estatuto do Idoso, mas aponta que há muitas exigências: “para incluir os benefícios tem que passar por perícia do INSS ou clínicas conveniadas ao SUS”. Caso o projeto seja aprovado, bastará um atestado médico, que poderá ser feito pelo profissional que já acompanha o paciente. Vale ressaltar que a lei, caso sancionada, não causará custos adicionais à cidade, como pontua o vereador. Juiz de Fora já possui os equipamentos para transportes de vacina, que já acontece até as unidades de saúde onde são disponibilizadas para os usuários. Sobre os profissionais que teriam que se deslocar, Antônio Aguiar afirma que a imunização poderia ser adicionada ao calendário das equipes que fazem visitas para vigilância da saúde, projeto já existente.

A vacinação é importante, uma vez que serve para prevenir uma série de doenças. O Brasil tem casos como a da poliomielite que foi erradicada. Nesses grupos é ainda mais importante, eles costumam ser alvo das campanhas de vacinação. Mestre em doenças infecciosas, Andrea Rafael, exemplifica essa importância por meio do tétano em idosos, “muitas vezes nos esquecemos de checar e priorizar os reforços da vacina antitetânica nos idosos, que com o passar dos anos, perdem seus níveis de anticorpos protetores e sua capacidade de responder às vacinas (imunossenescência)”. Além disso, ela ressalta a perda de outras capacidades como a psicomotora. Os últimos dados divulgados em 2012 pelo Ministério da Saúde demonstraram que o Brasil teve queda de 44% em 10 anos. A Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), indica que em 2013 mais da metade da população com deficiência intelectual possuía grau intenso ou muito intenso de limitação. A mesma pesquisa divulgou que 1,3% da população tem algum tipo de deficiência física, a cada 10 pessoas que nascem no Brasil, três são deficientes físicas. A vacinação desse grupo é dificultada pela questão da necessidade de locomoção até os postos de saúde, o que poderia ser resolvido com a imunização domiciliar.


Juiz de Fora, 09 de novembro de 2017

UFJF

Entenda como a greve dos técnicos afeta os alunos da UFJF Técnicos iniciam paralisação nessa sexta. Segundo coordenador do Sintufejuf, aulas continuam normalmente adesão. Então ficam funcionando parcialmente só os serviços essenciais, como vigilância e o Hospital Universitário. Mas os serviços das secretarias, bibliotecas, infocentros, restaurante universitário, e ônibus circulares serão interrompidos.”

Foto: Divulgação Sintufejuf

Pautas da greve

TAEs decidiram entrar em greve através de votação nos dias 6 e 7 de novembro

Por Felipe Frederico A partir de sexta-feira, dia 10, os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), estarão em greve por tempo indeterminado. Nos dias 6 e 7 de novembro a categoria decidiu em assembleias realizadas nos Campus Governador Valadares e Juiz de Fora pela paralisação das atividades. Com isso, surgem as dúvidas dos estudantes em relação a quais serviços estarão paralisados a partir de sexta. “Nós (estudantes) também temos que apoiar esses movimentos, pois eles podem influenciar no futuro da educação do país. O único lado ruim, é que falta informação. Não sabemos

muito bem o que vai paralisar e o que não vai”, considera Luciano Mosqueira, aluno do quinto período de engenharia elétrica. Flávio Sereno, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf ), explicou como a greve vai funcionar na prática: “As aulas teóricas permanecem normais, mas sem vários serviços administrativos. Acredito que isso possa afetar algumas disciplinas também, principalmente as que acontecem em laboratórios. A princípio, só param os serviços administrativos. Os TAEs só conseguem mapear isso melhor depois que a greve começa, para ver o nível de

A greve que começa na sexta segue por tempo indeterminado e, de acordo com Flávio, a principal motivação é a defesa do serviço público em geral. “É claro que temos exigência de revisão salarial, mas ela vai mais no intuito de ser um movimento de resistência contra a reforma da previdência, contra o plano de demissão voluntária, que vai ser votado recentemente, que é um projeto que quebra a estabilidade do servidor e uma defesa geral do serviço público mesmo, que está sendo descaracterizado com essa PEC que foi aprovada no ano passado, que limita os recursos das universidades.” A também coordenadora geral do Sintufejuf, Maria Angela, falou sobre a urgência e a importância do movimento: “Diante de tanta ameaça, não podemos ficar aguardando as medidas de retirada de direito que podem ser aprovadas este ano. Se esperarmos 2018 não vai sobrar mais nada. Temos que mostrar nossa reação, sem deixar o governo acabar com nossos direitos e aprofundar ainda mais a exploração da classe trabalhadora”, afirma.

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UFJF

Projeto da UFJF para manejo de gado leiteiro vence competição internacional

Foto: Divulgação/Facebook Empreenda Em Ação

Além da premiação, a plataforma Scanner Bovino também foi selecionada para 3ª fase do Programa de Aceleração FIEMG Lab Novos Negócios

Plataforma Scanner Bovino contribui no controle de rebanho

Por Bernardo Medeiros O projeto Scanner Bovino, desenvolvido pelos estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Pedro Duim e Luan Melo, junto com o professor da Faculdade de Engenharia, Fabrício Campos, foi campeão na 2ª Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (FINIT) e ainda foi selecionado para a 3ª fase do Programa de Aceleração FIEMG Lab Novos Negócios nos últimos dias. O Scanner Bovino ajuda no manejo do gado leiteiro, como explica Pedro: “É uma plataforma de gerenciamento zootécnico de rebanhos com um sistema automatizado e exclusivo de identificação individualizada de animais, que proporciona aumento de produtividade e eficiência do rebanho”. A tecnologia contém três módulos: aplicativo para smartphone, câmeras fixas e plataforma web (para apresentação de dados). Por meio de identificação com

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um brinco no animal e cadastro no aplicativo, informações como nome, peso, raça, filiação, entre outras são obtidas a partir da câmera. Não é necessário ter acesso à internet para a coleta e o manejo dos dados, sendo possível tê-los em qualquer lugar. Segundo Pedro, o Scanner Bovino opera no mercado, tendo mais de 250 licenças vendidas. “É um vasto mercado a ser explorado, composto na sua totalidade, a nível nacional, por mais de 215 milhões de cabeças de bovinos e por mais de 1 bilhão de cabeças, a nível mundial”, destaca. A plataforma é o sistema oficial de gestão do programa de melhoramento genético, Curral Novo, da Emater-MG em Mar de Espanha, com perspectiva de se expandir para todo estado de Minas Gerais. “Possuímos um negócio extremamente escalável em nossas mãos, com baixíssimo custo de operação e um mercado gigantesco que estamos entrando, portanto seguimos firmes no negócio,

ampliando as vendas, e buscando investidor para focarmos na tração do produto e expansão no mercado”, afirma o estudante Luan. O professor Fabrício comentou sobre a importância ao desenvolver esse tipo de trabalho: “A UFJF vem trabalhando, junto à Diretoria de Inovação e o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), em um movimento que visa ampliar, promover e disseminar a educação empreendedora e a geração de novos negócios. Este prêmio coloca a Universidade em destaque, comprovando os efetivos resultados dos movimentos de nossa instituição para a formação da cultura empreendedora.” Foram 30 projetos apresentados no “Empreenda. Em Ação” na FINIT, que foi realizada entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro, em Belo Horizonte, e a plataforma Scanner Bovino foi premiada no último sábado, dia 4. Já na última terça-feira, 7, em evento que também ocorreu em Belo Horizonte, foi uma das 15 startups – quando um grupo de pessoas procura um modelo de negócio repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza – selecionadas para a 3ª fase do FIEMG Lab, a partir de critérios de maturidade e desenvolvimento do negócio. “Foi uma grande conquista vencer uma disputa de startups que são formadas estritamente por alunos de universidades. Entendemos que estamos no caminho certo. Hoje estamos na 3ª fase de aceleração do FIEMG Lab e acessando o mercado”, diz um dos cofundadores do projeto, Pedro Duim.


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Cidade

Bairro Milho Branco recebe troca na rede de água Tubulações passavam pelas casas e dificultavam a manutenção da Cesama Por Karina Gomes sas áreas de Juiz de Fora passaram por essa remodelação na rede de água e esgoto. O bairro Santa Rita de Cássia, por exemplo, recebeu 300 metros de novas tubulações para diminuir a quantidade de reparos, que eram constantes por lá. Já no Dom Bosco, o serviço de coleta era atendido por manilhas de barro e foi substituído por tubos de PVC. Outra obra recente foi no bairro Carlos Chagas, orçada em 16 milhões de reais e que reforçou o abastecimento de regiões de ladeiras em Juiz de Fora, sobretudo na Cidade Alta. O motivo para a realização da reparação na rua que contorna grande parte do bairro Milho Branco é que a estrutura anterior prejudicava diversos moradores. “A rede passava em baixo de um muro e por dentro do terreno de

algumas casas. Com essa obra, foi feito um desvio que vai facilitar o serviço de manutenção da Cesama”, explicou o engenheiro da empresa, Lincoln Lima. Ainda de acordo com o engenheiro, o projeto é feito em diversas partes de Juiz de Fora, de acordo com a necessidade de cada região. “A remodelação das redes da cidade é realizada durante todo o ano, seguindo programação de prioridades, quando é avaliada a necessidade de troca, bem como se o dimensionamento da tubulação é compatível com o número de imóveis atendidos.”, esclareceu. Outros fatores que são levados em conta nesse levantamento são: a antiguidade, o desgaste do material e a reincidência dos serviços de manutenção no trecho.

Foto: Divulgação/Cesama

A Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) finalizou, nesta quarta-feira (8), a substituição de cerca de 200 metros de tubulações de PVC, com 110 milímetros de diâmetro na Rua Ivan Batista de Oliveira, do Bairro Milho Branco. O trabalho faz parte das ações de remodelação da nova rede de água do local. Para um dos moradores da região, Delmar Gomes, as ações da empresa não estão sendo efetivas no bairro. “Há 15 dias, funcionários da Cesama estiveram na minha rua, que é a Ipanema, para fazerem um conserto na rede, e não percebi melhora. Inclusive, mexeram também na rede de esgoto cerca de um mês atrás e, para isso, fizeram um buraco no asfalto. Após a obra, remendaram, e essa parte da rua agora está afundando”, comentou. Em setembro, a Cesama fez 773 análises de água na cidade. Os trabalhos foram direcionados pela pela Assessoria de Gestão da Qualidade (AGQ) da empresa e tiveram como intuito garantir a qualidade do produto distribuído na cidade. De acordo com nota oficial da empresa, “do total das análises, 372 foram feitas nas redes de distribuição, 130 nas estações de tratamento de água (ETAs) e 17 nas de esgoto (ETEs). Além disso, foram efetuadas 24 avaliações em residências particulares e sete em mananciais”. Nos últimos dois meses, diver-

A Cesama estava desde outubro atuando nas obras da Rua Ivan Batista de Oliveira

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Cidade

Moradores reclamam de lixo aglomerado na porta das residências

Foto: André Borges/ Agência Brasília

Mau cheiro e bloqueio da passagem de carros e pedestres são algumas das queixas

“É complicado fazer esse serviço de coleta, a gente aglomera para facilitar quando o caminhão passa.” (Gilberto Almeida)

Por Camilla Marangon Alguns moradores de Juiz de Fora estão reclamando de lixo na porta de suas casas. Os sacos com materiais descartáveis são colocados antes do horário em pontos específicos da rua, ou os próprios catadores de lixo passam e aglomeram, para facilitar a coleta. Esses locais, muitas vezes, são na porta ou na garagem das residências, deixando mau cheiro e bloqueando a passagem de carros e pedestres. Além disso, existem reclamações de animais que rasgam as sacolas e espalham o lixo. “Os catadores passam na frente aglomerando o lixo em um determinado ponto da rua, mas o caminhão demora a passar. Enquanto isso os cachorros mexem nas sacolas e espalham os resíduos, deixando a rua em péssimo estado, e depois não existe um serviço para varrer a sujeira que ficou para trás”, relata uma moradora do bairro São Pedro. Outros disse-

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ram que o lixo que cai das sacolas durante a coleta fica jogado na rua e não é recolhido. “Os garis passam na minha rua juntando o lixo e deixam na porta da minha casa, tem dias que não dá para abrir o portão. Depois que o caminhão passa ainda ficam restos de lixo, mau cheiro, devido ao chorume, e até cacos de vidro”, conta Carine Lima, moradora do Bairro de Lourdes. O gari Gilberto Almeida explica que eles recolhem o lixo e aglomeram em um local, que não é necessariamente na porta de uma residência. “Nós juntamos em um lugar onde o caminhão possa parar. E esse trabalho facilita para recolher o lixo, assim o caminhão não precisa parar em todas as casas, apenas em um local”. No entanto, em alguns locais da cidade, existem latões onde os moradores depositam suas sacolas de resíduos até que o caminhão de lixo passe recolhendo. “Os latões e os cestos nas ruas facilitam para

os garis, mas as pessoas precisam colaborar. Tem morador que coloca as sacolas de lixo dias antes da coleta o que faz dar mau cheiro”, relata Vicente de Paula, morador do bairro São Judas Tadeu. Em nota a assessoria do Demlurb informou que os servidores são orientados diariamente sobre como devem realizar a coleta e pede à população que fique atenta quanto à maneira de descartar os resíduos. A assessoria relata que, muitas vezes, o lixo vem solto, impossibilitando o funcionário de realizar o serviço de forma rápida e eficiente. Além disso, ressalta a importância de descartar o lixo nos dias corretos e de reforçar as sacolas para que os animais não rasguem. A coleta é realizada em dias alternados e, no centro da cidade, varredores recolhem os restos de dejetos que ficam no chão. As informações sobre quais são os dias de coleta em cada lugar da cidade estão no site demlurb.pjf.gov.br.


Juiz de Fora, 09 de novembro de 2017

Cidade

Primeiro dia de Enem tem bons resultados no trânsito

Apesar do grande número de abstenções no país, trânsito em Juiz de Fora não foi um problema no primeiro dia de prova O último domingo (5) foi o primeiro dia de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio com a prova de ciências humanas e linguagens, além da redação. Segundo levantamento divulgado pelo Inep, órgão responsável pela organização da prova, em todo o país, dos quase sete milhões de inscritos, um pouco mais de dois milhões não compareceram ao local de prova, com uma abstenção de cerca de 30%, a mais alta desde 2009, apenas no primeiro dia. Com todos os casos que envolveram os atrasados, em Juiz de Fora houve uma preocupação com a questão do trânsito, tendo em vista que a circulação de veículos nos dias do Enem é atípica. Neste ano, a Prefeitura, através da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) organizou um esquema especial, principalmente na circulação em direção a UFJF. Foram cerca de 17 veículos extras, das linhas 555 e 545 que operaram a partir das 9h e um horário extra, às 10h50 da linha 755 que saí da Zona Norte da cidade. De acordo com a Settra, as ações para prevenir problemas com o trânsito e a chegada dos estudantes aos locais de prova tiveram um bom resultado nesse primeiro dia. “O trânsito se manteve tranquilo a maior parte do tempo, melhor que nos anos anteriores. Mesmo nos momentos de maior movimento, não registramos grandes transtornos”, relatou. Quanto a reclamações, também não houve registros acerca do plano de circulação no entorno da UFJF ou em outros lo-

Foto: Viviane Dalathezi

Por Tasso Guimarães

Na UFJF placas foram colocadas para orientar os motoristas e os estudantes durante o Enem

cais, apenas casos isolados. “Apenas nas proximidades da Unipac, no bairro Granjas Betânia tiveram registros, mas que não comprometeram o trânsito ou a realização do concurso”, completou. Para aqueles que fizeram a primeira prova no último domingo, a sensação quanto ao trânsito também foi boa. Joana Freire (20) chegou com mais de uma hora de antecedência e disse que não teve problemas: “Eu moro longe, mas não tive nenhum problema com o trânsito, foi possível até conseguir vaga dentro da UFJF e pelo que reparei o trânsito ficou tranquilo durante um bom tempo. Já Lenise Guedes (30), moradora da Zona Norte fez a prova em outro local da cidade, na Faculdade Viana Jr., mas também não teve imprevistos: “O trânsito estava fluindo bem. Na Av. JK, na Av. Brasil e na Av. Rio Branco estava tranquilo”. A estudante Laura Mendes realizou a prova na Faculdade Suprema, na região sul da cidade. Ela conta que a saída da prova demorou mais que a chegada

e que havia guardas, no início, multando quem parasse em local irregular: “A saída estava mais tumultuada porque tinha um fluxo maior de carro e os guardas não estavam mais lá, mas nada que tenha atrapalhado muito”. A Settra informou que para o segundo dia as mudanças no trânsito e no transporte permanecerão iguais ao do primeiro dia de prova. Neste domingo (12), com os portões fechando às 13h, será a vez da prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. É a primeira vez que o Exame é dividido em dois domingos. Para o ministro da Educação, Mendonça Filho o resultado está sendo bom: “Temos uma clara percepção de satisfação com a divisão do Enem em dois domingos por parte dos candidatos espalhados pelo Brasil como um todo. E a gente continua acompanhando e assegurando que a segunda etapa no dia 12 vai ocorrer dentro da mesma normalidade e tranquilidade”, disse em coletiva.

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Economia

Comerciantes de Juiz de Fora já se preparam para o Natal Foto: Freepik

Data é importante para a movimentação do comércio em todo o país

Comerciantes devem se preparar para o aumento do movimento no comércio local devido às compras natalinas

Por Matheus Moreira Já é possível encontrar decoração natalina nas vitrines de lojas em Juiz de Fora. Os pisca -piscas, árvores e guirlandas são sinal de que o ano está acabando, mas para os comerciantes significa também muito trabalho. Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes de Lojistas, o Natal ainda é a data mais importante para o comércio no Brasil, movimentando todos os segmentos, de roupas a brinquedos, de viagens ao alimentício. “Eu já dobrei o estoque, e ainda tenho pedidos para fazer”, é o que diz Bruno Oliveira, dono de uma loja de variedades no centro da cidade. Segundo ele, até mesmo agora, ainda faltando sete semanas para a data, o movimento já aumentou na loja, “as pessoas já vem pra comprar a decoração, e acabam levando outra coisa junto”.

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As contratações temporárias também sobem nessa época, Vânia Tostes tem seu próprio negócio: fabrica chocolates artesanais. Durante o ano ela e as duas filhas dão conta das encomendas, mas na época do Natal é preciso contratar ajuda. “As encomendas já começam a chegar agora e vão se acumulando, se não contratar pelo menos mais duas pessoas é impossível entregar tudo dentro dos prazos”. Alguns comerciantes aproveitam o gancho de outras promoções para já aquecer o mercado e se preparar para o Natal. Jair Domingos é dono de uma loja de roupas e vai aproveitar os descontos da “Black Friday” para abastecer o caixa para as compras de Natal: “essa época sempre vende muito, ter um dinheiro extra se precisar é sempre bom né”. Segundo o economista Daniel Vilella, a expectativa é que o crescimento nacional seja maior

que os dois últimos anos, “em 2015 o crescimento foi um pouco maior que 2% e não foi muito diferente em 2016, a projeção é de que o crescimento fique próximo desse valor também”. Números que podem parecer baixos, mas que representam milhões de reais na receita. Segundo ele, Juiz de Fora ainda tem a possibilidade de crescimento acima da projeção nacional: “Juiz de Fora é um polo de compras dentro da Zona da Mata, as pessoas de cidades vizinhas acabam vindo fazer as compras de natal aqui”. Ele ainda acrescenta que nesses casos onde a demanda é grande, os lojistas devem sim se preparar mais cedo, para evitar transtornos, assim como o consumidor não deve deixar as compras para última hora. “Podem acabar pagando mais caro e tendo dor de cabeça se deixar tudo pro último momento, organização é essencial”, finaliza Daniel.


Juiz de Fora, 09 de novembro de 2017

Economia

Conheça um novo modo de consumo: a bitcoin

Foto: Pixabay

As moedas podem ser usadas em compras online, viagens, restaurantes e muitos outros lugares. A tendência é que fiquem cada vez mais popular

“Bitcoin é a tecnologia financeira mais relevante sendo produzida hoje no mundo”

Por Lisandra Queiroga Já imaginou comprar de uma maneira alternativa, sem notas, moedas, cheque ou cartão? É desse modo que muitas pessoas estão consumindo e pagando atualmente com bitcoin. Considerada a primeira moeda digital mundial descentralizada, ela é tida como responsável pelo ressurgimento do sistema bancário livre, e promete ser uma revolução nos meios de pagamentos e recebimentos em todo o mundo. Bitcoin foi criado em 2009, e é uma forma de dinheiro, assim como o real, dólar ou euro. A diferença é que ele é digital e não é emitido por nenhum governo. O seu valor é determinado livremente pelos indivíduos no mercado. Para transações online é a forma ideal de pagamento, porque é rápido barato e seguro. É possível adquirir bitcoins através do site www. mercadobitcoin.com.br, que permite transações compaíveis com os bancos Itaú, Santander e Caixa Econômica Federal. Em Juiz de Fora, alguns estabelecimentos já aceitam o bitcoin como forma de pagamento. É o caso do bar

Santa Birita, no bairro Alto do Passos. O dono, Victor Fernandes, recebe a moeda online desde que abriu o negócio, em fevereiro desse ano. “Eu vi que a moeda estava crescendo muito e comecei a aceitar aqui, no bar. Tem bastante gente que paga com bitcoin, e é muita vantagem porque, muitas vezes você paga muito pouco. Se a moeda valorizar o valor dela aumenta absurdamente.” Um dos indicadores mais importantes para a indústria do Bitcoin, e que traz credibilidade à moeda é o de número de comerciantes e empresas que aceitam esse tipo de pagamento. A penetração no mercado pode ser considerada um termômetro do sucesso desta tecnologia. A Dell, uma das maiores vendedoras de produtos de tecnologia no mundo, possibilita, por meio do site da empresa, adquirir qualquer produto e fechar seu carrinho de compras pagando com bitcoins. Através do serviço PayPal Payments Hub, também é possível utilizar bitcoins para realizar pagamentos em todo mundo. Outra empresa entrou no mundo do dinheiro digital é a Microsoft. Usuários podem usar os bitcoins para colocar créditos

em sua conta e comprar aplicativos, jogos e outros conteúdos digitais, como programas licenciados pela companhia. O investidor Mário Fábio Titoneli conheceu o bitcoin em outubro de 2016. Hoje, paga a maioria de suas contas com a moeda digital: “Vivo literalmente com o bitcoin, todas minhas compras são feitas diretamente através de algum cartão de crédito pago ou recarregado diretamente com Bitcoin. Pago também gastos como, água, luz, gasolina e supermercado.” Mário Fábio acredita que estamos vivenciando a maior revolução da nossa era, superior a revolução tecnológica causada pela internet, ou qualquer outra anterior. “A descentralização proposta pela moeda trás inúmeros benefícios para a sociedade em relação ao sistema monetária atual, com ele você tem o total controle do seu patrimônio, sem depender de um banco ou similares”.

Vantagens e desvantagens

Como desvantagens temos possível falha na segurança, que é feita por meio de programas de computador, sendo assim elas podem ser hackeadas e roubadas. Não há nenhuma proteção a essas moedas já que elas não possuem regulamento, e o governo não a reconhece a como moeda oficial. Em geral, pagamentos feitos por meio das Bitcoins não podem ser contestados e nem devolvidos. A taxa de conversão do real para a Bitcoin é baixa, o que vale a pena na hora de comprar. Uma outra vantagem é que ela pode ser usada em diversos países, já que é uma moeda universal. O governo não pode congelar (embargar) as moedas, assim como pode fazer com as outras moedas.

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Juiz de Fora, 09 de novembro de 2017

Esporte

Prestes a completar 30 anos, Estádio Municipal Radialista Mário Helênio ganha placar eletrônico

Foto: Viviane Dalathezi

Equipamento que deve estar pronto para uso até o final do mês é parte da maior reforma já realizada no “Helenão”

Placar manual do Estádio Municipal, está com os dias contados

Por Viviane Dalathezi Apresentado aos representantes da prefeitura na última segundafeira, 06, o placar eletrônico do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio já está sendo instalado. A expectativa é de que o equipamento esteja pronto para uso até o final deste mês. O investimento gira em torno de R$ 230 mil e os recursos são provenientes de convênio entre os govenos federal e municipal. O placar adquirido em julho deste ano, tem estrutura de 20,5 metros quadrados e painel dividido em 20 placas, que juntas, somam 6,40 metros de largura por 3,20 de altura. O equipamento, da marca “ASP SportMax 336152”, possibilita a divulgação de informações através do formato audiovisual. De acordo com a assessoria da

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Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), a instalação do placar faz parte da maior reforma já realizada no Estádio desde a sua inauguração, em 1988. Com início em 2014, a primeira etapa foi realizada com a troca e o alinhamento do gramado, para se adequar aos padrões da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Já a segunda, implicou na reforma dos vestiários, cabines de TV, sala de imprensa, cantinas, sanitários e também na construção de 12 novas cabines de rádio. Além de ser um investimento na estrutura do Estádio Municipal, o placar eletrõnico representa uma demanda antiga dos torcedores da cidade. O estudante Daniel dos Santos, 22, que frequenta o Estádio já há alguns anos, acompanhando

o Tupi, disse que o equipamento “representa um grande avanço para o espetáculo que é o futebol”. Para ele, o placar contribui pois mostra informações importantes relacionadas ao jogo, como substituições e cartões, que podem acabar passando despercebidas pelo torcedor no calor do momento. O torcedor Antonio Neto, 20, acredita que o placar “mesmo que pareça um simples detalhe” vem para agregar valor ao estádio, que, segundo a SEL, já possui estrutura para receber até mesmo jogos internacionais.

Outras obras realizadas no estádio este ano

Simultaneamente à instalação do placar, está programada também a pintura das arquibancadas. O único empecilho para a realização da obra até o momento, de acordo com a SEL, tem sido o tempo instável de Juiz de Fora. Desde agosto deste ano, o Estádio vem recebendo algumas adaptações solicitadas pela Polícia Militar no ano passado: a implantação de alambrados na parte de dentro da entrada principal, que visa a separação das áreas destinadas ao ingressos dos agentes da partida (delegações, arbitragem, quadro móvel e autoridades) e dos torcedores do time mandante. Já no Pórtico 3, destinado à torcida visitante, houve ampliação da área para evitar grandes aglomerações.


Juiz de Fora, 09 de novembro de 2017

Cultura

Estúdio de dança árabe celebra cultura em espetáculo no Teatro Solar

Foto: Facebook Studio Tablado Árabe Nabak

Evento acontece hoje e conecta culturas orientais e ocidentais através de vários estilos de dança

Studio Tablado Árabe Nabak faz parte do Clube Sírio e Libanês de Juiz de Fora

Por Júlia Garcia Nesta quinta (9), o Studio Tablado Árabe Nabak (STAN) apresentará o espetáculo de dança “Celebrare: Vivências do Oriente ao Ocidente” no Teatro Solar, às 20h. Os ingressos podem ser adquiridos, com antecedência, a R$ 20, na sede do estúdio, que fica na Rua Severino Meireles, Bairro Passos, ou na loja Arrumata, localizada no Braz Shopping. Tufic Nabak, diretor cultural do Clube Sírio e Libanês e fundador do Grupo Nabak, conta que o espetáculo terá diversos tipos de dança e cada coreografia homenageará um tema. “Vai ser um espetáculo bem alegre para celebrar a vida, celebrar tudo”, comemora. Cintia Prado, professora de dança e educadora física, está no STAN há cerca de 16 anos, quando fundiu seu estúdio, o Tablado Árabe, com o Grupo Nabak. Ela conta que a preparação para o espetáculo dura o ano todo: “Nós vamos construindo as coreografias e o tema. O tema esse ano vai

ser o Celebrare, então nós fomos perguntando às alunas o que elas gostariam de celebrar através da dança, e foram surgindo temas variados, sensações diferentes.” Dentre as modalidades artisticas a serem apresentadas estarão a dança do ventre, o folclore árabe, a dança cigana e o tribal fusion.

O STAN

Tufic Nabak explica que o Studio Tablado Árabe Nabak faz parte do Clube Sírio e Libanês de Juiz de Fora, onde são oferecidas diversas atividades: “Representamos a colônia árabe da cidade através da dança, da culinária, das músicas, aulas de arte, dança do ventre, folclore, palestras, oficinas. Sempre em prol da educação da cultura árabe.” Cintia Prado complementa explicando outras atividades que o grupo de dança oferece: “Nós dançamos em festas temáticas e jantares, principalmente, da colônia árabe. Além disso, nós fazemos um evento que é de dois em dois

meses, chamado Noite Oriental. É uma oportunidade que as alunas do estúdio têm de apresentar os seus solos. Dia 16 de dezembro vamos ter a última edição desse ano. É muito bacana, porque elas podem experimentar o improviso.” Segundo Tufic, os juiz-foranos recebem muito bem a cultura oriental: “Tanto a colônia árabe como a comunidade local estão sempre acompanhando, sempre assistindo, participando, procurando saber quando vai ser o próximo espetáculo. Nosso público está sempre fiel, é muito gostoso ver a comunidade local envolvida, porque a cultura árabe desperta interesse grande.” Ele conta, ainda, que a ideia de formar o grupo de dança surgiu em 1998 a partir do filme “Lavoura Arcaica”, filmado próximo à Juiz de Fora e do qual Tufik participou performando danças folclóricas. “Foi muito gostoso treinar as danças e ver a cultura lá. Decidimos fundar o estúdio para divulgar a cultura”, comenta.

A História

A imigração síria na cidade já foi tema de livro. “Os sírios em Juiz de Fora” é do autor Wilson de Lima Bastos, que, além de fazer um panorama histórico, entrevista várias famílias sírias residentes na cidade. Ele conta, no livro, que a imigração do povo para Juiz de Fora começou em 1912. Os imigrantes vinham, principalmente, da região de Yabroud e enfrentavam problemas políticos e econômicos no país natal, que estava sob o poder Turco.

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