Mergulho Diário - Edição 1

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MERGULHO

DIÁRIO

Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF - Juiz de Fora, 10 de outubro de 2017 - Edição 1

Grupo de manifestantes ocupa a Câmara pela revogação do reajuste da passagem de ônibus p. 4

Foto: Giulia Prata

Foto: Divulgação PJF

Ações marcam campanha do Outubro Rosa em Juiz de Fora

Economia

Atrás apenas de Belo Horizonte e Uberlândia, Juiz de Fora é uma das melhores cidades de Minas para investir

Esporte

p. 9

Luís Filipe Simões, professor de Muay Thai, vai para a fila do JF Fight para vender brownie e sai com o cinturão da luta principal p. 12

Programação na cidade conta com palestras, arrecadação de lenços e exames preventivo p. 6 e 7

Cidade

Exposição promovida pela Prefeitura de Juiz de Fora comemora o Dia Mundial da Saúde Mental p. 5


Juiz de Fora, 10 de outubro de 2017

Editorial

EXPEDIENTE

Em tempos de crise os reajustes não param Desde 2015, o Brasil vive momentos de crise financeira. Aumento da inflação, do dólar, das taxas de juros e incertezas políticas se tornaram parte do dia a dia dos brasileiros. Ao mesmo tempo em que os salários dos trabalhadores sofrem pouco ou nenhum reajuste. Essas mudanças afetam diretamente o bolso da população, como é o caso do aumento da passagem de ônibus. Em Juiz de Fora os reajustes nos preços da passagem do transporte público geram reclamações e manifestações já há algum tempo. Em 2013 a tarifa foi mantida. Nesse ano o país vivia um momento de manifestação popular em grande parte do cenário nacional devido aos aumentos nos preços para uso dos transportes públicos. Em 2014 o aumento da passagem foi aprovado e passou de R$ 1,95 para R$ 2,25, mais protestos foram organizados na cidade e por uma decisão do Tribunal de Contas do Estado o reajuste foi revogado. Em junho de 2015, mais reajustes foram aprovados e o preço pelo serviço passou a ser R$ 2,50. No ano passado, um novo aumento ocorreu, os valores foram reajustados em 10% e o preço passou a ser de R$ 2,75. Agora, em 2017, o reajuste foi de 12% e os juiz-foranos vão pagar R$ 3,10 nos bilhetes de ônibus. Apesar dos preços altos o cidadão ainda enfrenta ônibus com superlotação e vivencia atrasos diários nos horários anunciados pela secretaria responsável. O wifi disponível para os pas-

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sageiros, na maioria das vezes, não funciona, assim como o ar condicionado. Situações diárias enfrentadas pelos usuários que não condizem com o preço pago pelo serviço. Para onde está indo o dinheiro pago pelas passagens? Essas questões permeiam não apenas Juiz de Fora, mas o Brasil de forma geral. A crise vem afetando e assustando muitos. Em contrapartida aos reajustes das tarifas, Juiz de Fora mostra que de alguma forma está tentando driblar a crise financeira e crescer. O município está entre os melhores para se investir em negócios de Minas Gerais. Esse não é o primeiro ranking que a Manchester Mineira fica bem colocada. Ela está entre as “Melhores cidades brasileiras para se investir em imóveis”, as “100 maiores e melhores cidades do Brasil”, o sétimo lugar no ranking de eficiência dos municípios (Folha de S. Paulo, 2016), entre outras boas colocações. Os cidadãos têm um papel fundamental na vida de sua comunidade. É seu papel cobrar e questionar as autoridades, que foram eleitas pelo povo e devem governar para ele. Assim como é seu papel contribuir pessoalmente no dia a dia para que a cidade cresça e se desenvolva. Ônibus depredados e queimados são realidade em algumas cidades brasileiras, além de assustar os usuários do transporte público, também prejudicam o serviço que é de uso público. As pessoas na tentativa de demonstrar sua indignação acabam destruindo o que é para o próprio benefício do povo.

Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Bernardo Medeiros, Felipe Frederico, Giulia Prata, Karina Gomes, Lisandra Queiroga, Luisa Furlan, Matheus Moreira, Victor Faria, Viviane Dalathezi Edição e Diagramação Camilla Marangon Júlia Garcia Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612


Juiz de Fora, 10 de outubro de 2017

Artigo

A indústria cinematográfica tem gênero e cor Por Júlia Garcia Foto: Site Oficiwal Oscar

Quem acompanha as premiações cinematográficas deve se lembrar das polêmicas envolvendo o Oscar 2016 e a diversidade no cinema. Muitos nomes da indústria hollywoodiana, como Spike Lee e Will Smith, boicotaram a premiação pela falta de diversidade entre os indicados. Ironicamente, quem comandou a cerimônia foi o comediante Chris Rock, que, em um ótimo discurso, ácido e consciente, também protestou contra a hegemonia branca em Hollywood. Uma das partes mais duras do monólogo do comediante foi quando ele enfatizou que os negros, nas décadas de 50 e 60, tinham problemas maiores do que se importar com quem venceu o Oscar de Melhor Fotografia: “(...) nós tínhamos coisas de verdade para protestar contra naquela época. Estávamos ocupados demais sendo estuprados e linchados para nos importar (...)”. A atriz Viola Davis já havia abordado a questão da diversidade em Hollywood no ano anterior, ao ganhar o Emmy de Melhor Atriz pelo papel de Annalise Keating na série “How To Get Away With Murder”. Viola afirmou em um discurso emocionante: “A única coisa que separa as mulheres de cor de qualquer outra pessoa é oportunidade. Você não pode ganhar um Emmy por papéis que simplesmente não existem.”. Dois anos depois, pode parecer que Hollywood começou a mudar. O Oscar 2017 teve negros indicados em todas as principais categorias. A própria Viola Davis levou o Oscar de Melhor Atriz

Chris Rock protesta no Oscar 2016

Coadjuvante, enquanto Mahershala Ali levou o de Melhor Ator. O grande premiado da noite foi o filme “Moonlight”, que retrata o crescimento de um jovem negro, gay e pobre na periferia de Miami. Mas a mudança de Hollywood é apenas aparente. A Universidade do Sul da Califórnia divulgou em agosto uma pesquisa apontando que, dentre 900 filmes populares lançados entre 2007 e 2016 nos Estados Unidos, mais de 70% dos personagens eram brancos. Pouco mais de 13% eram negros, quase 6% asiáticos e apenas 3,1% eram hispânicos. E havia, ainda, filmes que não possuíam nenhum personagem negro. Já em relação ao gênero, apenas 31,4% dos filmes apresentavam a prevalência de personagens femininas. Entretanto, não é somente nos filmes norte-americanos que há falta de representatividade. O Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Geema) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) analisou, no período de 2002 a 2014, os 20

filmes brasileiros de maior bilheteria em cada ano. 45% do elenco principal era composto por homens brancos. Mulheres negras e homens negros juntos somavam apenas 20% do elenco principal. Nos bastidores, os números são ainda mais alarmantes. Dos roteiristas, apenas 3% eram homens negros, enquanto a porcentagem de mulheres negras não chegava a 1%. Já na direção, não havia nenhuma mulher negra, dentre todos os filmes analisados. A porcentagem de diretores negros homens chegou a apenas 2%. Essas pesquisas expõem não só a falta de representatividade de negros e mulheres no cinema - sem contar a sub-representação de outras minorias - mas também o preconceito que está arraigado na sociedade. Em um país onde mais da metade da população é negra, é inadmissível que tão poucos personagens negros sejam representados. E a representatividade vai além dos números. Ela envolve autoestima, autoaceitação e luta. A representatividade importa.

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Juiz de Fora, 10 de outubro de 2017

Política

Passagem aumenta em Juiz de Fora e população se manifesta Foto: Giulia Prata

Ato pela revogação do reajuste foi realizado na noite desta segunda-feira, 9, no Parque Halfeld e grupo de manifestantes ocupa a Câmara Municipal

Manifestantes apoderaram-se das pistas da Avenida Rio Branco e protestaram com bandeiras e gritos de guerra

Por Giulia Prata O novo preço da passagem de ônibus em Juiz de Fora entrou em vigor no último domingo (8) e desagradou a muitos. O valor subiu de R$ 2,75 para R$ 3,10, um reajuste de 12,7%. O valor do bilhete único também sofreu alteração, subiu de R$ 4,13 para R$ 4,65. A decisão da Secretaria de Transportes e Trânsito (SETTRA) causou indignação e o povo foi às ruas protestar contra o aumento e ocupar a Câmara Municipal. Cerca de 60 manifestantes, predominantemente jovens, se reuniram no fim da tarde de ontem (9), no Parque Halfeld, em um ato que tinha como lema “Juiz de Fora contra o aumento da passagem, R$ 3,10 não dá!”, organizado pela Frente Brasil Popular - Juiz de Fora, com o apoio de alguns coletivos. A assembleia popular teve início às 17h e por volta das 21h os 60 militantes, ainda insatisfeitos, ocuparam a Câmara Municipal, onde permanecem até o momento. Uma das ocupantes que não quis se identificar informa: “A gente já entregou uma pauta de reivindicação, que é o agen-

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damento de uma primeira reunião para instituir uma comissão composta por membros do executivo e membros do nosso movimento para instalar uma auditoria do sistema de transporte. A gente pediu também a apresentação de toda a documentação referente ao transporte público e à licitação”. Ela garantiu que o grupo só vai desocupar após a marcação da reunião e quando for entregue toda a documentação exigida por eles. Os manifestantes exigem o acesso ao contrato de licitação, ao mapeamento de transporte e à planilha de cálculo que contém o aumento da tarifa. Viaturas da polícia militar e guardas municipais prestaram segurança ao movimento. Segundo o estudante de Direito da UFJF e membro do coletivo União da Juventude Comunista (UJC), Pedro Rocha Badô, “os empresários que dominam o transporte urbano, junto com os vereadores e o prefeito fazem desse setor um dos mais rentáveis na cidade hoje. As empresas são controladas por poucas pessoas, a gente tem convicção

de que esse aumento é para gerar lucro para os empresários e de que não vai se reverter em melhoria para o transporte público.” O último reajuste aconteceu em abril de 2016, quando o valor subiu de R$ 2,50 para R$ 2,75. Pedro ressalta que muitas pessoas precisam pegar quatro ônibus por dia, por isso ele considera inaceitável o aumento e completa: “É um aumento abusivo e a gente sabe que isso cai no bolso dos trabalhadores e dos estudantes, os setores mais precarizados da sociedade. A gente tem convicção de que só os estudantes e os trabalhadores na rua é que podem barrar esse tipo de abuso, porque somos os interessados e os afetados diretamente”. A aposentada Maria das Graças que se deparou com o ato ao passar pelo Parque Halfeld, juntou-se aos militantes e também opinou: “Eu sou contra o aumento porque tem muita gente que trabalha que tem que pegar dois ônibus, tem criança no colégio. Como a pessoa vai se manter tendo ainda mais gastos? Atrapalha muito”. O novo valor da tarifa foi definido à partir da análise técnica da Planilha de Cálculo Tarifário de Ônibus e, em nota disponibilizada pela assessoria de comunicação da SETTRA, o secretário de Transporte e Trânsito, Rodrigo Tortoriello, justificou: “O que mais impactou foi o preço do combustível que, nos últimos dois meses sofreu um aumento de mais de 10%. Ainda estão previstos novos aumentos deste combustível para os próximos dias na ordem de 2%. Então, esses aumentos sucessivos, acumulando com os insumos refletiram no valor definido na planilha.”


Juiz de Fora, 10 de outubro de 2017

Cidade

Exposição celebra o Dia Mundial da Saúde Mental

Foto: Iago de Medeiros/Divulgação UFJF

Mostra reúne telas, produções literárias e homenagem a grandes artistas

Artistas utilizaram a técnica de óleo sobre tela na criação dos quadros

Por Matheus Moreira Hoje, 10 de outubro, é comemorado o “Dia Mundial da Saúde Mental”. A data visa promover a conscientização e debate sobre a saúde mental e transtornos psíquicos que afetam a população mundial, e é um alerta instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Juiz de Fora, acontece a abertura da exposição “Superar é genial. Diálogos: arte e sofrimento mental”, promovida pelo Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, da Prefeitura de Juiz de Fora. A mostra, composta por trabalhos de usuários da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), acontece no prédio da Reitoria da UFJF com visitação até o dia 17 de outubro. A curadoria buscou representar três momentos da produção artística no campo da saúde mental, com telas e produções literárias criadas por pacientes e uma exposição de indumentárias. Em uma homenagem póstuma a dois artistas plásticos, Alceu Rodrigues e Yuri Schuery, serão expostas 43 telas pintadas por eles nas oficinas

da Raps. A exposição conta, ainda, com obras literárias de usuários da Rede, como Aluísio Nogueira, Altair Pinheiro, Marcelo Silvestre e Geraldo Fajardo. O público também poderá conferir uma coleção de indumentárias e produções audiovisuais que fizeram parte de um desfile para Dia Nacional da Luta Antimanicomial, realizado em 18 de maio. As peças, um total de 10, são inspiradas em personagens históricos que sofriam de algum transtorno mental, deficiências físicas ou vulnerabilidade social, como Van Gogh, Frida Khalo e Aleijadinho.

Importância da prevenção Segundo a professora do Departamento de Psicologia da UFJF, Fabiane Rossi, “o debate sobre o tema é necessário especialmente pelo fato de os transtornos mentais ainda serem um tabu em nossa sociedade. O estigma do diagnóstico precisa ser discutido, uma vez que carrega consigo preconceito e dificuldades na prevenção e na busca por tratamentos.”

A chefe do Departamento de Saúde Mental e professora da Faculdade de Psicologia da UFJF, Andreia Stenner, conta que na rede pública “cerca de 8.800 pessoas já passaram por algum tipo de atendimento em saúde mental”. Segundo dados da OMS, 31% a 50% da população brasileira está sujeita a algum tipo de transtorno mental durante a vida. Andreia ressalta que o cuidado nesses transtornos tem que ser integral, para não reproduzir o modelo biomédico, em que o paciente acredita precisar de uma consulta ou medicação, geralmente paliativos. Essas medidas “não vão de fato tratar do problema que requer uma mudança de vida”, completa. Ela alerta que transtornos são considerados doenças quando perduram por um período superior a seis meses e interferem no curso da vida do paciente, gerando problemas no trabalho, no núcleo familiar e na vida social. Andreia alerta sobre uma frequente patologização e medicalização de questões que são comuns da existência humana, como por exemplo “a dor de existir”. Esses sofrimentos nem sempre devem ser tratados apenas com terapia e medicação: “Esse é um mito que nós temos que desconstruir, precisamos ter um cuidado integral e, às vezes, intersetorial. Então, atividades como lazer, esportes, descanso, não viver estressado e não trabalhar demais, cuidar da saúde física e psíquica como prevenção são importantes para não desenvolver doenças.” A professora ressalta que o tratamento para esses tipos de transtornos nem sempre é medicação, mas principalmente a mudança no estilo de vida, procurando hábitos mais saudáveis e que estimulem a liberação de substâncias que provoquem bem-estar.

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Juiz de Fora, 10 de outubro de 2017

Cidade

Ascomcer promove atividades para a realização de exames preventivos contra o câncer de mama

Ônibus adaptado, o Ascomóvel estará em diversos pontos da cidade durante o mês

Foto: Divulgação Ascomcer

Por Bernardo Medeiros

Arte: Divulgação Ascomcer

Ascomóvel da Ascomcer, usado para os exames de mamografia

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A Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer) promoveu ontem uma campanha para realização do exame de mamografia. Das 13h às 17h, o Ascomóvel, um micro-ônibus adaptado, ficou parado em frente ao hospital atendendo gratuitamente mulheres entre 50 e 69 anos. No ano passado, durante o mês de outubro, 871 pacientes realizaram o exame e a média mensal foi de 429 exames. O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos por ano. Os homens também podem ser diagnosticados com a doença, mas representam apenas 1% dos casos diagnosticados. A incidência de casos da doença é raro antes dos 35 anos, e cresce após essa idade, especialcialmente a partir dos 50 anos. Gerente de uma clínica dentária, Leonôr Lacerda já foi diagnosticada com câncer de mama em dois mometnos. “As duas vezes estavam em fase avançada e foi um tratamento doloroso e cansativo”, disse. Para ela, a pessoa deve ter uma cabeça muito boa, pois passa por várias consultas, exames e muitos têm dificuldade em aceitar a doença. Ainda este mês, o Ascomóvel estará disponível em outras três datas para atendimentos em Juiz de Fora (ver programação). Os agendamentos para consultas são realizados durante todo o ano. Os interessados em marcar os exames devem entrar em contato nos telefones 3311-4026 ou 3236-2678.


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UFJF

Empresa júnior da UFJF promove campanha durante o outubro rosa Além de arrecadação, será realizada uma palestra sobre o tema Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas

Outubro é o mês de conscientização sobre o câncer de mama. Por Viviane Dalathezi A Porte, empresa junior dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e engenharias Civil, Elétrica, Ambiental e Sanitária da UFJF, está participando ativamente da campanha mundial do Outubro Rosa com arrecadação de lenços para pacientes com câncer e promoção de uma palestra sobre prevenção. A palestra, que será realizada no próximo dia 18, às 16h no anfiteatro da faculdade de Engenharia, aberta a toda comunidade, será coordenada pela enfermeira chefe do Serviço de Apoio, Diagnóstico e Tratamento do Hospital Ascomcer, Cheila Ventura. A abordagem principal é a importância da detecção precoce do câncer de mama e, sobretudo, a prevenção da doença. Em relação a arrecadação de lenços, todas as doações serão entregues ao hospital Ascomcer. Quem se interessar em ajudar, pode deixar sua contribuição em algum dos postos de coleta locali-

zados em diversos pontos da UFJF e na empresa júnior da Faculdade Machado Sobrinho (ver quadro). De acordo com a presidente da Porte, Izabela Thébas, a ideia da campanha surgiu de uma parceria entre o departamento de marketing e o núcleo de responsabilidade socioambiental da empresa. “Pensamos sobre nossa responsabilidade em levar informações úteis para a comunidade acadêmica e resolvemos desenvolver a campanha de conscientização sobre o câncer de mama, por meio do Outubro Rosa”.

Outubro Rosa O mês de Outubro é dedicado ao controle e compartilhamento de informações sobre o câncer de mama desde o ano de 1990. As campanhas realizadas neste período buscam também promover a conscientização sobre a doença, democratizando o acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento e contribuindo para a redução da taxa mortalidade. “É muito

válida a campanha do Outubro Rosa, mas não devemos esquecer que temos que fazer o auto exame o ano inteiro porque o câncer é uma doença muito silenciosa”, destaca a dona de casa Elizângela Moreira, que em 2015 descobriu um nódulo através do auto exame. Ela procurou tratamento e hoje, curada do câncer, faz acompanhamento médico trimestral. O câncer de mama é o tipo que mais mata mulheres no Brasil e no mundo. A Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou em sua última pesquisa, realizada em 2012 que cerca de 14,7% das mortes por câncer, eram de pacientes com câncer de mama. No Brasil foram mais de 57 mil novos casos em 2016, segundo dados do Instituto do Câncer (Inca). Esse número equivale a 28% de todos os casos de câncer em mulheres no país. Arrecadação de lenços: Central de Atendimento da UFJF; Critt: sala da Liga das Empresas Juniores; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Galpão); Faculdade de Engenharia da UFJF: Porte (sala 4204), Mais Consultoria (sala 4202), Impacto (sala 4200); Faculdade de Farmácia: Ecofarma (sala 3819); Instituto de Artes e Design (IAD): Aspecto (2a andar, ao lado do xerox); Instituto de Ciências Exatas (ICE): Code (sala 3311/laboratório 5); Masci (Rua Constantino Paleta, 203, salas 49 e 50, Centro).

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UFJF

Comida, confraternização e arte são os ingredientes do evento cultural que vem sendo realizado no Restaurante Universitário

Foto: Twin Alvarenga/UFJF

Concurso busca sugestões entre a comunidade universitária e segue com incrições abertas até amanhã; vencedor leva um prêmio de cem reais ou um mês de RU

Alunos se apresentando na primeira edição do evento em agosto deste ano

Por Luisa Furlan Almoçar no Restaurante Universitário (RU) é uma prática comum para muitos estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O RU não é só um espaço para alimentação, mas também serve como local de encontro de amigos e, agora, também como ponto de manifestações culturais. Isso porque desde agosto vem sendo realizado mensalmente um evento com um palco e microfone aberto para que os alunos possam expor talentos, livremente. A iniciativa, com periodicidade mensal, é recente e ainda não tem nome. Mas um concurso para nomear o evento está com as inscrições abertas até amanhã (11). “Optou-se por fazer um concurso justamente porque a participação e o envolvimento da comunidade acadêmica é central

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neste evento”, afirmou Arthur Avelar, ex-presidente do DCE, que esteve à frente do órgão durante a criação da atividade cultural. Para enviar sugestões de nomes é preciso preencher o formulário que está no site da ProAE até amanhã. Depois será aberta uma votação online com os nomes pré-escolhidos e o proponente mais votado ganha cem reais ou um mês de ticket para o RU. A organização do evento é uma parceria da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (ProAE) com o Diretório Central dos Estudantes (DCE). Dentro da ProAE, a iniciativa partiu de uma parceria entre o pró-reitor e os bolsistas, como contou a estudante de engenharia e bolsista da ProAE Leda Nagle. A ideia é “oferecer uma possibilidade melhor e mais ampla para a exposição de todos os tipos de arte. Topos podem

participar, sejam como espectadores ou expositores”, explicou. A parceria entre a ProAE e o DCE surgiu a partir do Fórum da ProAe, um fórum permanente que tem como objetivo pensar políticas estudantis da UFJF de forma geral. A ideia do evento era integrar mais os alunos e fazer com que esses se sintam mais parte da instituição: “Estar bem dentro da universidade é mais do que um luxo, deve ser entendido como uma coisa fundamental para as atividades serem desenvolvidas da melhor forma possível”, opinou Arthur Avelar

Participações Vários estudantes deixaram a timidez de lado para apresentar talentos. É o caso de Kethleen Formigon, aluna do segundo período de Rádio, TV e internet, que interpretou algumas músicas, em voz e teclado, nas primeiras edições. “É uma oportunidade de os alunos da UFJF terem oportunidade de mostrarem seus talentos e interagirem com pessoas que fazem a mesma coisa ou que têm trabalho diferentes”, afirma Kethleen. Ela conta que, para a próxima edição, sua a ideia é preparar uma exposição fotográfica. Aqueles que quiserem participar da próxima edição do evento podem procurar pela Leda Nagle no Facebook ou “aparecer no evento na hora, tendo em vista que o palco fica aberto às inscrições espontâneas”, comenta a estudante.


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Economia

JF é a terceira melhor cidade do estado para investir em negócios Cidade da Zona da Mata fica atrás somente de Belo Horizonte e Uberlândia, segundo pesquisa publicada na revista Exame Foto: Fotos Públicas

Juiz de Fora subiu trinta e seis posições no ranking nacional das melhores cidades para investimento

Por Felipe Frederico Juiz de Fora está entre as três melhores cidades de Minas Gerais para investir em negócios, ficando atrás apenas da capital Belo Horizonte e de Uberlândia. É o que apontou uma pesquisa feita pela consultoria Urban System, publicada na revista Exame na semana passada. A cidade mineira também se destacou no cenário nacional. Quando se trata do ranking brasileiro, Juiz de Fora saiu 79ª posição no ano passado, para a 43ª no estudo realizado recentemente. A pesquisa levou em consideração um conjunto amplo de dados econômicos, financeiros e sociais dos municípios, além de informações relacionadas à infraestrutura das cidades brasileiras. Para João de Matos, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de Juiz de Fora, a facilidade dos processos de implantação de negócios colaborou com a ascensão da cidade no ranking: “O que leva Juiz de Fora a ter esse crescimento é o fato de ter processos de implantação de

negócios com muita clareza e facilidade pra quem queira nos procurar. O marco para implantação de processos é eficiente e agrada empresários que vêm de fora. Somos a 43ª cidade do país na frente de muitas capitais. A busca tem que continuar nesse sentido. Ter leis claras, objetivas e fáceis.” Além da facilidade de implantar negócios, João de Matos também citou outros indicadores que são levados em conta na pesquisa que contribuíram para que o município subisse no ranking: “Nós somos a melhor cidade para investir em imóveis, melhor para criar filhos, estamos entre as 100 cidades mais inteligentes. Além disso, temos o primeiro lugar no ranking de transparência e o sétimo no ranking de eficiência dos municípios brasileiros.” Outro fator importante para a pontuação é o índice de escolaridade e a qualidade da educação nos municípios. Segundo o economista Guilherme Ventura, esse é um indicador que favorece a

cidade. “Juiz de Fora costuma se destacar em alguns indicadores com relação à escolaridade. Sempre tem um grau de escolaridade maior do que o normal”, aponta. Além disso, a localização geográfica também é um indicador positivo, como explica Guilherme: “Além de ser uma cidade com uma boa infraestrutura e pessoal qualificado, está próxima dos grandes mercados. A questão de localização geográfica é sempre muito importante. Toda a ligação logística com os grandes mercados como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, é um conjunto muito grande de indicadores que coloca Juiz de Fora bem posicionada em âmbito nacional.” Essa foi a quarta pesquisa realizada pela consultoria Urban System, e a capital São Paulo lidera o ranking nacional. A cidade do Rio de Janeiro ocupa a oitava posição, e a primeira representante de Minas Gerais, Belo Horizonte, vem logo atrás, na nona colocação.

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Cultura

Grupo Sambaflex lança camisetas inspiradas em suas canções

Estampas foram criadas por artistas da cidade e parte do lucro com as vendas será destinado a um projeto cultural e social O Grupo Sambaflex, que agita as noites juiz-foranas, agora também está presente na moda. Neste domingo (08), os músicos lançaram uma linha de camisas, em parceria com a loja Ohana, no Cultural Bar. O samba e o mundo fashion se uniram no evento, que além do show da banda, contou com a participação das blogueiras Mari Noronha e Tatah Fávero atuando como DJs. A coleção de camisas é inspirada das composições do Grupo Sambaflex, sempre baseadas em fatos reais. “Já era um desejo antigo retratar o conteúdo das nossas músicas em alguma forma de arte. As estampas vieram como a primeira ideia a virar realidade”, declarou o vocalista Rogim Nazário. O projeto conta inicialmente com três modelos. O primeiro possui um trecho da música “Manera”, que retrata uma mulher muito ciumenta. Já as outras duas, têm como inspiração o samba “Dia de Malandro”, cuja letra mostra a alegria dos sambistas com a chegada da sexta-feira. Segundo Kauê Barquette, sóciodiretor da loja Ohana, o objetivo foi representar a essência do grupo e a descontração presente nos shows. “A gente analisou o grupo, traçou um perfil e criou estampas com as quais os membros do Samba-

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Foto: Matheus Freitas

Por Karina Gomes

Rogim Nazário com uma das camistetas que representa a música “Dia de Malandro”.

flex se sentissem representados”, disse. Uma proposta social também está envolvida na coleção de camisas. No show de lançamento, foram arrecadados alimentos para o Hospital Ascomcer, que atende pacientes com câncer. Além disso, uma parte do lucro com a venda das peças será destinada à Casa de Cultura Evailton Vilhela. Essa instituição oferece assistência e gera oportunidade a pessoas em situação de risco e/ou vulnerabilidade social. Quem acompanha o trabalho do grupo de pagode e samba

também apoiou a nova iniciativa dos artistas. “Minha preferida foi a do malandro. A música “Dia de Malandro” foi a primeira aposta dos meninos e, de cara, já foi sucesso. Ela me faz lembrar de boas sextas-feiras que já passei ao som do Sambaflex por todo o tempo que acompanho a banda. Por trás dessa música, tem muitas histórias para contar”, contou Juliana Ribeiro, fã da banda. As peças da coleção estão à venda por R$ 39,90. Os pedidos podem ser feitos com a assessoria do grupo, pelo telefone (32) 98897-7440.


Juiz de Fora, 10 de outubro de 2017

Cultura

Companhia de Teatro de Juiz de Fora desenvolve trabalho social no mês das crianças

Foto: Divulgação Cia Teatrando

Com a peça “Era uma Vez 1, 2, 3”, Cia Teatrando arrecada fundos e materiais escolares

Cia Teatrando se apresenta nesta terça-feira, 10, no Teatro Academia

Por Tasso Guimarães A peça “Era uma Vez 1, 2, 3 Teatrando Ludicamente” vai se apresentar hoje, 10 de outubro, às 19 horas, no Teatro Academia. O Espetáculo dá continuidade ao trabalho social desenvolvido no mês das crianças, que visa levar o público infantil ao teatro e arrecadar fundos para escolas de Juiz de Fora. As apresentações custam o valor simbólico de 10 reais, que é convertido em auxílios a duas instituições da cidade, a Escola Estadual Pe. Frederico Vienken, no Bairro Bonfim, e o Instituto Beneficente Peron, no Bairro Vila Ideal. Além disso, a companhia está arrecadando materiais escolares para doação e levando às apresentações as crianças que não tem a oportunidade de ir ao teatro.

Cia Teatrando A Cia Teatrando nasceu como um grupo de teatro em Juiz de Fora, criado por Sebastião Alvim, na década de 1990. Após cinco anos longe do palco, eles voltaram em 2007, registrados como Cia Teatrando, sob a direção e coordenação da também atriz Adryana Ryal, contando com núcleo artístico, pesquisa, dança, música, investigação teatral, montagem infantil e dramatização. As peças da Cia Teatrando, são em sua maioria autorais, e visam incentivar os integrantes do grupo para que possam além de atuar, desenvolver um apreço pelas outras áreas do teatro, como os processos de dramaturgia, cenografia e figurino. Segundo o pesquisador e ator da Cia, Pablo Abritta, o processo de criação das peças partem de um processo metodológico de estudos sobre o tema a ser desenvolvido como a criação do ator, o desenvolvimento corporal, a compreensão textual e, a partir dessa bagagem realizar a construção da cena. Para a adição de novos atores é realizado um processo seletivo em que se vê quem está mais apto a compor a Cia Teatrando e disponível para viajar com o grupo. Gabriela Guarabyra, de 19 anos, entrou no ano passa-

do como atriz e contou que “é uma experiência muito boa, porque além do trabalho em si, tem toda uma questão de crescimento pessoal que o grupo proporciona, e com as viagens e festivais fora da cidade acabamos fazendo contato com grupos diferentes e sempre tem uma troca muito grande.” Neste ano a Cia Teatrando completa dez anos e ao longo de sua trajetória já participou de circuitos e mostras teatrais pelo Brasil, conquistando mais de 70 prêmios, dentre diversas categorias. A peça “Era uma Vez 1,2,3”, de acordo com a diretora Adryana Ryal, teve sua pesquisa iniciada no ano de 2014, e em 2015 começaram a fazer experimentações que, no ano seguinte, se concretizou como o espetáculo, constituído de 3 histórias autorais com dramaturgia assinada por Adryana, Danyela Silvério e Tiago Fontoura, ficando entre os três melhores no circuito carioca e conquistando o prêmio de melhor roteiro. Segundo os integrantes, a peça é um resgate à infância, um espetáculo infantil com uma experiencia lúdica e didática, com uso de cores, representações, brincadeiras do cotidiano e o uso da linguagem em libras, que propõem uma relação de identificação e integração com as crianças.

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Esporte

JF Fight traz uma noite de disputas e emoções para a cidade

Foto: Nayara Condé/Facebook JF Fight

Maior evento de MMA de MG surpreendeu os espectadores com um vencedor que estava na plateia; e ainda teve pedido de casamento ao final da luta principal

Momento em que Luís Felipe aplica o golpe final em seu adversário

Por Lisandra Queiroga Luis Felipe Simões roubou a cena na noite do último sábado, na 18ª edição do Jf Fight Evolution, evento de MMA (Artes Marciais Mistas). O jovem de 22 anos queria vender brownie na fila de entrada, resolveu assistir as lutas e acabou no octógono levando o cinturão. Sabendo que a luta principal não ia acontecer por conta do excesso de peso de um dos lutadores, Luis Felipe, que é professor de Muai Thay, se prontificou a lutar, mesmo sem experiência em um evento como esse, e saiu vencedor dos meio-médios (77kg) em disputa contra Claudinei Kall. “Chegando lá, fiquei sabendo que um atleta da luta principal não aí competir mais. Pedi a luta, mas já tinha outra pessoa no lugar. Quando faltavam 40 minutos para começar a luta principal me procuraram. Aceitei e acreditei que venceria. Entrei para lutar com a torcida toda me apoiando. Consegui sair com uma finalização, no maior evento da re-

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gião na luta principal, de quebra sai com o cinturão. E eu era um mero estreante no MMA”, disse ainda emocionado. Para finalizar a noite com chave de ouro, Luis Felipe, que treina Muay Thai desde os 13 anos, pediu sua noiva em casamento. “O mais importante deixei para o final. Quando estava aquecendo pensei nisso se saísse vitorioso. E assim eu fiz. Sempre falei para ela que pediria no momento que ela menos esperasse.” Além do cinturão, Luís Felipe saiu de lá com R$2.000 e, agora, pretende seguir carreira no MMA.

Outras vitórias da noite A noite foi de emoção também para Michel Castro, lutador de 28 anos, que estreou no octógono e venceu Ramon Turco na categoria Peso Médio (75kg) de Muay Thai. “Nossa preparação sempre é muito dura, só que essa em especial, foi diferente porque tive alguns con-

tratempos, dentre o pior deles foi a perda da minha mãe no início do “camp” (preparação para a luta). Mas consegui superar e usar como combustível e não me abalar tanto”, declarou o atleta que dedicou a vitória à mãe em sua página do Facebook. A luta terminou no primeiro round com um golpe de Michel em Ramon. Já sobre o futuro, Michel vai se recuperar da luta e alinhar seus treinamentos para estrear no MMA. Na 18ª edição do Jf Fight Evolution algumas novidades surgiram, como a estrutura do evento, que juntou esporte com entretenimento no Gran Victory Hotel. E se engana quem acha que um evento desse tipo é só para o público masculino. Várias mulheres foram prestigiar e também houve uma luta só delas. Na categoria pesos-moscas (57kg) Tatiane Brutus venceu Fernanda Caetano aos 3 minutos e 28 segundos do primeiro round por finalização arm lock. Vagner Araújo, organizador do evento disse estar satisfeito com o resultado: “O evento foi um sucesso, o público sempre é fiel. O Jf Fight Evolution sempre tira algo da cartola e esse ano foi incrível!”, declarou ele sobre a luta final. Robson Damazio, professor de Muay Thai, que foi prestigiar o Jf Fight na noite de sábado vê o evento como algo positivo para a cidade. “Eu acredito que valoriza não só Muay Thai e MMA, como também valoriza outras modalidades, como boxe, jiu-jitsu e outras lutas. As mulheres procuram, sim, o esporte e tem ficado cada vez mais comum encontrar mulher treinado arte marcial. Independente da modalidade que seja.”


Juiz de Fora, 10 de outubro de 2017

Esporte

JF Imperadores vence Macaé Oilers e segue para às quartas de final da Liga Nacional de Futebol Americano, no próximo dia 22 Invictos na competição e jogando em casa, a equipe de Juiz de Fora ganha partida com placar de 27 a 7 Foto de divulgação:facebook.com/jfimperadores

A popularização do Futebol Americano em Juiz de Fora

JF Imperadores se prepara para enfrentar Ponte Preta Gorilas, em jogo fora de casa

Por Victor Faria Mais de 1.200 pessoas foram até o campo da UFJF, na manhã do último domingo, dia 8 de outubro, assistir a disputa entre o JF Imperadores e o Macaé Oilers. O jogo fazia parte da rodada wild card, as oitavas de final da Liga Nacional de Futebol Americano. A vitória levou o time de Juiz de Fora para as quartas de final dos playoffs. O próximo jogo será em Campinas (SP), contra o Ponte Preta Gorilas, no dia 22 de outubro. O grande destaque do duelo foi a defesa do JF Imperadores. Celso Fiorani foi eleito o melhor jogador da partida. O defensor que realizou três interceptações destaca que esse resultado representa uma boa atuação do conjunto defensivo: “Nossa linha defensiva jogou muito. É

um conjunto, não é só grandeza da minha parte, não é só mérito meu, é mérito da defesa inteira. É o empenho da galera. Eles treinam três vezes por semana. Então assim, a galera toda está de parabéns.” Com a última vitória, a equipe juiz-forana fica a poucos passos de conseguir uma vaga no Brasil Futebol Americano (BFA), principal competição da modalidade esportiva no país. Se vencer o Ponte Preta Gorilas no próximo dia 22, o JF Imperadores vai para semifinal do campeonato. O defensive back, Celso Fiorani disse que o jogo contra o Macaé Oilers garantiu confiança aos jogadores: “Significa que cada um conseguiu fazer o que era esperado. Agora a gente tem que trabalhar, preparar fisicamente, preparar o jogo tecnicamente.”

A campanha do JF Imperadores na Liga Nacional de Futebol Americano inclui cinco jogos e cinco vitórias. Os resultados positivos levam cada vez mais os juiz-foranos aos jogos. O estudante Samuel Ferreira, começou acompanhar depois que ganhou uma camisa do Pittsburgh Steelers, um dos grandes times da NFL, a maior liga de futebol americano do mundo. Samuel conheceu o time local pelo Facebook, soube dos bons resultados e virou torcedor: “Seria bacana ver o JF Imperadores chegar à final e talvez ser campeão, então pretendo acompanhar todos os jogos” A página do JF Imperadores no Facebook já passa de treze mil curtidas. Para se ter uma noção do crescimento da modalidade esportiva, a transmissão ao vivo do jogo entre o JF Imperadores e Macaé Oilers já passa de dez mil visualizações no Facebook. O presidente do time, Laécio Azalim destaca que a torcida é essencial para aumentar a garra dos atletas. Segundo ele, além do desempenho dentro de campo, há também uma preocupação com o trabalho de marketing, o que ajuda a atrair patrocínio e público: “Existe um trabalho extracampo para transformar os jogos em um evento para família”.

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