MERGULHO
DIÁRIO
Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF - Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017 - Edição 3
Conselheiro tutelar denuncia vídeo da UFJF para o Ministério Público Federal
O quadro era um especial para o Dia das Crianças, apresentado pelo Drag Queen Femmenino
Aplicativo de ônibus lança nova ferramenta em JF
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Confira qual é o próximo passo do JF Vôlei na Super Liga p. 13 Foto: Monica Cury/JF Vôlei
Foto: Matheus Moreira
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Projetos de vereadores buscam melhorar acessibilidade dos ônibus p. 6
Foto: Reprodução UFJF
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Grupo Divulgação estreia releitura de 1894 de Arthur Azevedo p. 11
Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
Editorial
EXPEDIENTE
Preconceito é coisa de adulto Euforia, alegria e gritaria das crianças e adolescentes. Foi assim que Nino de Barros, com sua personagem Femmenino, foi recebido no Colégio de Aplicação João XXIII. Em interação com a criançada, vários assuntos foram discutidos para o quadro “Na hora do lanche” da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O principal deles foi o que elas levam para seu lanche, para caracterizar o nome do quadro. Como era um vídeo comemorativo de dia das crianças, elas também disseram o que queriam ganhar em comemoração a essa data. E as respostas foram as mais variadas. E ainda cantaram parabéns para professora. Tudo ocorreu perfeitamente bem. Em nenhum momento as crianças se mostraram incomodadas, muito pelo contrário. Elas ficam eufóricas em frente à câmera e entram nas brincadeiras junto com Femmenino. Se mostram já por dentro do assunto quando citam a semelhança da artista com a cantora Pablo Vittar, já consagrada internacionalmente. Ou seja, elas já tem um repertório e conhecem Drag Queen’s. O problema começou quando alguns adultos viram o vídeo e se assustaram porque as crianças já discutem questões de gênero e sabem que não existe “brinquedo de menino” e “de menina”. A partir disso, vários comentários de ódio e preconceito surgiram no vídeo postado na página do facebook da UFJF. Um conselheiro tutelar denunciou o caso para o Ministério Público Federal, e a Câ-
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mara Municipal vai discutir hoje moções de repúdio sobre o caso. Depois de toda essa repercussão, ficou claro que preconceito é coisa de adulto. Já se foi o tempo em que rosa era cor de menina e azul de menino. A diversidade de brinquedos e brincadeiras existe para crianças brincarem, não seus gêneros. Meninos brincando de casinha e bonecas já abre espaço para que se tornem homens que arrumam a casa e cuidam dos filhos. Enquanto meninas que têm brincadeiras mais dinâmicas podem se tornar mulheres mais criativas e independentes. Mas essa ideia desagrada a “família tradicional brasileira”. O Brasil vive não só uma crise econômica e política, mas também uma crise social. Infelizmente, em nossa população, alguns estão se voltando contra os outros, seja por motivos partidários, religiosos ou de raça e gênero. Basta uma vírgula fora de lugar e discussões já vem a tona. Frases são analisadas fora de contexto e falas são constantemente distorcidas. Os que têm mais visibilidade falam asneiras, julgam e criticam por puro ódio ou mesmo ignorância e, aqueles sem senso crítico saem disseminando esse discurso. Neste mês em que celebramos datas tão importantes como o dia das crianças e o dos professores, vamos continuar ensinando aos pequenos desde cedo os valores da diversidade e inclusão, para que assim se sintam livres para serem como quiserem, e acima de tudo, respeitar o diverso.
Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Bernardo Medeiros, Camilla Marangon, Felipe Frederico, Giulia Prata, Júlia Garcia, Karina Gomes, Luisa Furlan, Matheus Moreira, Tasso Guimarães e Viviane Dalathezi Edição e Diagramação Lisandra Queiroga Victor Faria Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612
Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
Artigo
Alguns passos para trás: O retrocesso da Educação Brasileira
No último domingo, 15 de Outubro, foi celebrado mais um dia dos professores. A data é comemorada desde 1963. Mas, será que, com atual situação da educação no país, esses profissionais realmente comemoram esse dia? Certamente deveriam se orgulhar da posição que ocupam e da função social que lhes é atribuída. Certamente a ação de ensinar coloca os professores em pedestais de mestres. Certamente eles são heróis da vida real. Mas é justamente a incerteza o grande obstáculo da carreira de um professor. Diante de uma situação cada dia mais adversa na educação brasileira, escolher ser professora ou professor definitivamente não é tarefa fácil. Segundo dados do Inep, o número de matrículas trancadas nos cursos de licenciatura e pedagogia no Brasil cresceram 36,3%, entre os anos de 2011 e 2015. As Universidades públicas representam 74,3% das matrículas trancadas, enquanto as privadas somam 22,4%. Além da situação numericamente registrada das pessoas que desistem da profissão, existem situações que são rotineiramente registradas nas salas de aula. A violência contra professores é uma realidade no Brasil. A soma de bullying, vandalismo, agressões físicas e verbais resultam no primeiro lugar no ranking da violência escolar para o país. Sim, uma pesquisa global da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com dados de 2013, e uma outra pesquisa feita em 2015 pelo Sindicato dos Professores do Esta-
Foto: Victor Faria
Por Victor Faria
Números mostram desinteresse na carreira de professor
do de São Paulo (Apeoesp), classificam o Brasil como “campeão” na violência contra professores. Lembrando que, nesse caso, ser ganhador é sinônimo de ser perdedor. A baixa qualidade do ensino público é reflexo também da desmotivação dos professores. Além da violência, eles majoritariamente trabalham em escolas sucateadas e lidam com alguns alunos indisciplinados. Ainda assim não recebem o devido valor. A baixa remuneração desanima muitos “mestres” nas salas de aula. Ao perceber o descaso dos governantes com a educação no Brasil, não há muito o que fazer. As medidas discutidas e sancionadas recentemente pelo governo Michel Temer mostram que a tendência da educação pública é piorar, já que esse pilar não é uma das prioridades de seu governo. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos que foi discutida no final de 2016, pretende congelar os investimentos da saúde e da educação a partir de 2018. As medidas da Reforma do Ensino Médio também estão longe
de ser uma unanimidade entre os professores. A reforma configura ideias e perspectivas retrógradas. O retrocesso chegou também nas Universidades Públicas. O governo parece não se preocupar com o futuro e a formação dos universitários do país. O corte das bolsas de Iniciação Científica e o baixo orçamento destinado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) provam que o governo não almeja avanços. As opções feitas retratam o descaso do governo com a educação. Sempre que for necessário, o setor será um dos primeiros a sofrer com os cortes de gastos. Isso influencia no (des)interesse dos estudantes pela área da educação. Em tempos de reforma política, que cria um fundo bilionário para campanhas eleitorais, não é fácil entender os cortes feitos em escolas e universidades. No entanto, é fácil perceber um governo elitista que não preza pela criação de mecanismos democrático, pelo contrário, enfatiza as desigualdes e aprecia o retrocesso.
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Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
UFJF
Vídeo institucional da UFJF para o Dia das Crianças é acusado, por conselheiro tutelar, de pregar ideologia de gênero
Foto: reprodução YouTube
O episódio ganhou repercussão nacional após compartilhamento de Jair Bolsonaro
Drag Queen Femmenino na gravação do progama “Na Hora do Lanche”, da UFJF, no Dia das Crianças Por Karina Gomes O quadro “Na Hora do Lanche”, especial Dia das Crianças, da Diretoria de Imagem Institucional da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), gerou uma repercussão nacional. Isso porque, na última segunda-feira (16), o conselheiro tutelar Abraão Fernandes protocolou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) acerca do conteúdo presente no vídeo. Quem apresenta o programa é a Drag Queen Femmenino, interpretada pelo estudante universitário Nino de Barros. Nesta edição, ele foi ao Colégio de Aplicação João XXIII e interagiu com as crianças para saber o que elas esperavam do dia 12 de outubro, e ainda o que levavam na merendeira. Porém, o que gerou discussão foi um trecho de cerca de 20 segundos, no qual
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Femmenino comenta sobre a separação de brinquedos de acordo com o gênero e diz “toma, família brasileira”, após os alunos dizerem que essa divisão é preconceituosa. Segundo o conselheiro tutelar, o vídeo fere a Lei 13.502, que impõe que a “promoção da cidadania e dos princípios do respeito aos direitos humanos e à diversidade não poderá se sobrepor aos direitos dos pais à formação moral de seus filhos, nem interferir nos princípios e valores adotados ao ambiente familiar”. Abraão decidiu tomar providências após quatro pais de alunos do João XXIII e o grupo Direita Minas solicitarem uma ação. O diretor de imagem institucional da UFJF, professor Márcio Guerra, lamenta o episódio e considera como uma distorção feita pelo conselheiro tutelar. “Na Hora do Lanche é executado com te-
mática relacionada ao mês. Um projeto da imagem e não do Colégio, como afirma o senhor conselheiro. A UFJF se mantém firme na defesa da educação inclusiva, de qualidade e onde as diferenças sejam respeitadas”, declarou. A discussão nacional sobre o tema se deu pelo compartilhamento, de uma parte editada do vídeo, por figuras notórias na política, como o deputado Jair Bolsonaro. Para o produtor e apresentador Nino de Barros, o ato foi uma artimanha de representantes da direita, e a resposta será por meio de sua arte. “A proposta da equipe era fazer um material diferente, que envolvesse as crianças por conta da data comemorativa, mas que tivesse um apelo da discussão da diversidade. Não imaginei que seria vítima de jogo político, mas a repercussão positiva é muito mais valiosa do que discurso de ódio”.
Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
UFJF
Semana de História da UFJF busca levar os alunos a discutirem o passado e entender o presente
Foto: Maria Tereza
Com simpósios temáticos, mesas-redondas, comunicações livres e oficinas culturais, os participantes viajam através da arte pelo processo de formação do país
A 33ª edição do evento começou nessa segunda-feira (16) e vai até a sexta-feira (20)
Por Tasso Guimarães Com a temática, “Representações Artísticas Brasileiras: do Segundo Reinado à Era Vargas”, a 33ª edição da Semana de História da UFJF ocorre no Instituto de Ciências Humanas (ICH), com a intenção de resgatar e ressaltar aspectos da história nacional através da história da arte. A Semana é um dos eventos mais antigos do país nesse ramo e é organizada anualmente pelos alunos do curso de história e pelo Centro Acadêmico de História Galba Di Mambro. Segundo os organizadores, o processo de escolha do tema passou por duas etapas. Na primeira, foi dado um prazo para envio de sugestões de um objeto de discussão e, na segunda etapa, fei realizado o processo de votação democrática das ideias propostas. Desta forma, a temática escolhida é trabalhada no âmbito político, social e cultural em cima dos meios artísticos, como por exemplo, o cinema, a
música, a literatura, a arquitetura e as artes plásticas. De acordo com os organizadores, o período relembrado pelo evento foi de grandes mudanças e acontecimentos no país e um dos mais ricos em produções artísticas da história brasileira, com a construção da identidade nacional a partir da arte, a representação do negro nas artes, a questão de gênero nas representações artísticas e o ensino de história através das artes sendo bastante intensificado. Ao todo são cinco mesas de debates com temas variados, três minicursos e 20 simpósios temáticos sobre os ramos da pesquisa em história com intercomunicação de estudantes do Brasil, além de várias atividades culturais que acontecerão no decorrer da semana. De acordo com a estudante de História, Maria Tereza Guedes, a Semana proporciona o aprofundamento em temas que muitas vezes não se tem o contato no curso e
uma interação entre os alunos da graduação e até mesmo de outros cursos. Ainda segundo a estudante, “o tema veio em ótima hora devido aos debates que estão ocorrendo na mídia a respeito da arte, e pode nos ajudar a pensar melhor sobre essas questões”. São discussões acerca de um passado não muito distante que trazem uma observação do presente. “Pretendemos com a semana, aumentar as reflexões em torno das produções artísticas brasileiras em um contexto de crise política, ataques e censuras ao ramo artístico. Desta maneira, acreditamos que seja de suma importância discutir um tema como este, justamente para entender como a arte contribuiu para o processo de formação de nosso país”.
Programação - 18/10 9h - 12h - Simpósios temáticos comunicações livres 14h - 17h - Minicursos: 1. História e audiovisual 2. Introdução a prática de pesquisa e organização em arquivos e de conservação de documentos 3. Arqueologia brasileira: apontamentos iniciais 17h - 19h - Cine Lahps (Laboratório de História Política e Social) 19h - 22h - Mesa 2 “Gênero e Negros na Arte” Anderson Ferrari (UFJF) / Maraliz Christo (UFJF) / Carolina Bezerra (CA João XXIII)
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Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
Política
Projetos indicam mudanças para acessibilidade nos ônibus Foto: Bernardo Medeiros
Quatro dos 12 projetos de leis apresentados por vereadores sobre o sistema de ônibus em Juiz de Fora são relacionados à melhoria na acessibilidade
Sistema de GPS permite definir melhor rota para a população
Por Bernardo Medeiros Entre janeiro e setembro de 2017, foram apresentados na Câmara Municipal de Juiz de Fora 12 projetos de lei, propostos por oito vereadores, com o objetivo de melhorar o sistema de ônibus na cidade, sendo alguns deles ligadas à questão da acessibilidade. A nova Lei do Passe Livre, de autoria do vereador Antônio Aguiar (PMDB), foi sancionada em 26 de maio e estende o direito a um número maior de usuários. Nela, são enquadradas como beneficiárias pessoas com deficiência física, auditiva, visual, intelectual, deficiência múltipla, autismo, nanismo e visão monocular, independentemente de serem estudantes. A versão anterior, de 17 de maio de 1989, estabelecia que as pessoas beneficiadas deveriam estar matriculadas em escolas públicas ou privadas e serem usuários de clínicas especializadas ou associações representativas.
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Propostas em trâmite Também relacionada à acessibilidade, a proposta do vereador José Fiorilo (PTC) tem como objetivo garantir que pessoas com alguma deficiência ou mobilidade reduzida tenham direito de embarcar ou desembarcar por qualquer porta dos ônibus. Atualmente, o embarque é feito apenas pela porta da frente e o desembarque em qualquer uma das entradas, sendo que a porta central é utilizada pelos cadeirantes para as duas finalidades. O projeto da vereadora Sheila Oliveira (PTC) defende uma ampliação no uso dos elevadores de acesso, permitindo que pessoas que possuem alguma deficiência, limitação na locomoção ou pessoas com carrinhos de bebê sejam beneficiados. Já o vereador Júlio Obama Jr. (PHS) quer tornar obrigatória a instalação de sistema de som nos ônibus, para informar aos passageiros os locais de cada parada na região central, o que poderia trazer benefícios aos ce-
gos. De acordo com a assessoria da Settra, “somente no último ano, a nova licitação permitiu diversas melhorias ao usuário, como a incorporação à frota de 186 ônibus novos – o que representa mais de 30% de veículos zero quilômetro –, a implantação de micro-ônibus nos bairros Dom Bosco e Jardim Laranjeiras, elevadores de acessibilidade, internet gratuita e sistema de GPS que permite o acompanhamento pela população em tempo real”. Aumento da passagem Na semana passada, o preço da passagem de ônibus em Juiz de Fora aumentou de R$ 2,75 para R$3,10. De acordo com a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra/PJF), o reajuste nas tarifas de ônibus segue critérios estabelecidos em contrato, prevendo uma recomposição anual, e que não era atualizada desde abril de 2016. Um grupo de pessoas, contrárias ao novo valor, ocupou a Câmara Municipal na última semana e representou muitos que acreditam que é incompatível com as condições atuais no serviço de ônibus. A secretária de um consultório odontológico, Daniela Condé, é uma das pessoas que acreditam que o valor não é o ideal “Os trajetos são curtos em sua maioria, e os carros são péssimos quanto à sua manutenção”. Para ela, o valor está muito alto e faz com que ela use menos o transporte coletivo.
Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
Cidade
Aplicativo de ônibus passa a oferecer rotas mais rápidas
Foto: Matheus Moreira
Com quase 900 mil acessos mensais em JF, CittaMobi fornece informações em tempo real
Recurso funciona como um GPS e oferece 3 rotas diferentes
Por Matheus Moreira
missores emitem em tempo real a localização dos ônibus, e o apliO aplicativo CittaMobi, que cativo utiliza essas informações disponibiliza horários de ônibus para determinar qual a melhor de Juiz de Fora para usuários, linha para o destino requisitado. conta com um novo recurso. Agora é possível encontrar rotas difePopulação rentes para um mesmo destino. Esse serviço abrange a totalidaBasta inserir a localização atual de das linhas do transporte coletie o destino desejado, o aplicativo vo, já que todos os ônibus da frota buscará as rotas mais rápidas, in- possuem GPS. Ainda segundo a formando para o usuário em qual assessoria da SETTRA, o aplicaponto deve embarcar no ônibus, tivo CittaMobi, que foi lançado e em qual desembarcar e, ainda, se 2015, registra mensalmente quase deve percorrer algum trecho a pé. 900 mil acessos. Também disponibiliza o tempo de O estudante Renan Gomes, que chegada e qual a linha de ônibus é também faz uso do aplicativo e do a mais adequada. transporte coletivo diz que o roSegundo a assessoria da Secre- teirizador “é uma boa ferramenta, taria de Transporte e Trânsito de mas não adianta lançar esse tipo Juiz de Fora, o serviço só é pos- recurso enquanto o que a popusível por causa dos localizadores lação precisa é de mais linhas de GPS instalados nos veículos, exi- ônibus, as vezes não dá pra entrar gência de uma das licitações cum- de tanta gente”. O frentista Ronalpridas no ano passado. Os trans- do Moreira, que utiliza o trans-
porte coletivo para chegar ao trabalho achou a iniciativa “útil, pois facilita na hora de sair de casa porque oferece rotas alternativas, que às vezes podem ser mais rápidas”. O lançamento dessa ferramenta se deu em um momento em que o transporte coletivo tem sido pauta de muitos debates em Juiz de Fora. Desde o último dia 8, a tarifa de ônibus cobrada passou para R$ 3,10, um aumento de R$ 0,35 em relação ao valor anterior. A empresária Cristiane Daibert, usuária do aplicativo, acredita que essa tecnologia auxilia no dia a dia da população juiz-forana: “Dá para se organizar melhor, e agora que a passagem subiu, quanto mais conforto a gente tiver, melhor.” O aplicativo CittaMobi pode ser baixado gratuitamente, nas plataformas Android e iOS.
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Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
Cidade
Mais de 13 mil famílias de jf recebem Bolsa Família O programa federal é uma das ações que tem como objetivo erradicar a pobreza no Brasil
Juiz de Fora está entre as 15 cidades com menor índice de pobreza de Minas Gerais
Por Luisa Furlan Em 17 de outubro de 1897 foi colocada uma placa, na Praça da Liberdade e dos Direitos Humanos em Paris, para homenagear às vítimas da fome e da miséria, assim foi criado o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza. Ainda hoje, 120 anos depois, a pobreza ainda é um problema para a sociedade. A desigualdade é um dos grandes fatores para isso, ela faz com que poucas pessoas concentrem a maior parte da renda mundial. Juiz de Fora está entre as 15 cidades com menor índice de pobreza em Minas Gerais com 12,86%, segundo pesquisa divulgada em 2003 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na mesma pesquisa, o Índice de Gini, que varia de 0 a 1, sendo 0 sem desigualdade e 1 muita, da cidade foi de 0,41 estando na posição 349, entre as 853 cidades de Minas Gerais.
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No Brasil, os declarantes do Imposto de Renda que ganham acima de 20 salários mínimos representam 8,4% da população brasileira e concentram 46,4% da renda bruta total do país. Esses dados foram divulgados pela Secretária de Política Econômica do Ministério da Fazenda, em 2015, com base nas declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) fornecidos pela Receita Federal do Brasil (RFB). Combater esses números é um desafio. A Oxfam é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo “construir um futuro sem pobreza, desigualdade e injustiça”. A organização atua no Brasil desde 1950 e inaugurou o primeiro escritório no país em 1968 na cidade de Recife (PE). No relatório “A diferença que nos une”, divulgado pela Oxfam no início desse mês, foram apontados alguns pilares para combater a desigualdade: poder público, empresas e população.
No Brasil, existem algumas ações federais para a redução das desigualdades. Entre elas, destaca-se o Bolsa Família, que beneficia famílias em situação de pobreza, extrema ou não. Há também tarifas sociais de energia destinadas a famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa ou com algum familiar que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Para participar desses e de outros benefícios oferecidos pelo governo federal é necessário fazer parte do Cadastro Único (CadÚnico), que em Juiz de Fora é realizado nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), espalhados nos bairros da cidade. Em nota, a prefeitura da cidade, informou que mais de 13 mil famílias são beneficiadas pelo Bolsa Família. São incluídas no projeto aquelas que têm renda entre R$ 85, considerada extrema pobreza, e R$ 170, pobreza, per capita. Para garantir o recebimento, além de estarem dentro da faixa de renda especificada, a frequência escolar dos beneficiários é medida mensalmente. Para as crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, é exigida 85 % e para os adolescentes de 16 e 17 anos, 75%. Além disso, as crianças menores de 7 anos, mulheres entre 14 e 44 anos, gestantes ou lactantes, devem comparecer em Unidade Básica de Saúde (UBS) até o dia 30 de dezembro. É preciso apresentar o cartão do Bolsa Família, o Número da Inscrição Social (NIS) do titular do beneficiário e a carteira de vacinação das crianças atualizada.
Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
Cidade
Associação dos Cegos tenta inserir deficientes visuais no mercado de trabalho Juiz de Fora conta com serviço completo e estruturado de apoio à pessoa com deficiência visual Foto: Pedro Ventura/Agencia Brasília
cidas ainda práticas esportivas com aulas de futebol, natação e atletismo para cegos. O local conta com uma biblioteca disponível para uso dos pacientes. Além dessas atividades, a Associação dos Cegos, em parceria com a Universidade Salgado de Oliveira (Universo) oferece apoio psicológico à pessoa portadora de deficiência visual e toda a família. Rachel contou que o apoio é importante, principalmente quando a pessoa perde a visão já no decorrer da vida. “A gente tem também o apoio para que essa pessoa e a família tenham aceitação. Aí a gente A realização de exames periódicos pode prevenir a cegueira ensina passo a passo como ele vai cientes visuais. A divulgação do trilhar o novo caminho dele. ” Por Viviane Dalathezi Segundo o Conselho Brasileiro projeto está sendo feita através de de Oftalmologia (CBO), atualmen- notificações realizadas pelo pró- Maioria dos casos de cegueiras são evitáveis te no país existem mais de 1,2 mi- prio ministério do trabalho e pelo O dia mundial da visão é uma lhão de pessoas cegas. A inserção professor de informática da assodos deficientes visuais no mercado ciação que visita empresas na cida- data criada pela Organização Munde trabalho é um desafio diário por de e explica a importância do pro- dial da Saúde (OMS), para conscientizar toda a população sobre os ser uma doença que compromete jeto de inclusão. cuidados com a saúde dos olhos e um dos sentidos mais importantes A Associação dos Cegos a prevenção da cegueira evitável. A para atividades básicas no dia a dia. Em Juiz de Fora, os deficientes data é comemorada sempre na seA assistente social e coordenadora de atividades da Associação visuais são acolhidos na Associa- gunda quinta-feira do mês de oudos Cegos de Juiz de Fora, Maria ção dos Cegos, localizada na Ave- tubro e este ano caiu no último dia Rachel Miranda é uma das que tra- nida dos Andradas, 455, Centro. 12. Do 1,2 milhão de casos de cebalham para que o deficiente visual Lá são oferecidas atividades de reseja inserido no mercado de traba- abilitação, para que as pessoas com gueira no Brasil, 60% são evitáveis lho. Ela verificou a ausência dessas perda de visão sejam reintegradas de acordo com o CBO, ou seja, cerpessoas no meio e entrou com uma à sociedade e tenham o máximo de ca de 700 mil dos casos poderiam proposta junto ao Ministério Pú- autonomia nas atividades comuns ser evitados se tratados precoceblico do Trabalho para que seja re- do dia a dia. De acordo com Maria mente. O médico oftalmologista alizado um programa de aprendiz Rachel são oferecidas aulas de mo- Emmerson Badaro recomenda que bilidade, para ensinar o uso corre- sejam feitas consultas regulares. junto às empresas da cidade. Segundo Rachel, a proposta foi to da guia ou bengala, auxiliando Segundo ele, em casos onde não há aceita e a sala de aula, com todo a pessoa cega a se locomover nas o histórico de doenças na família, o equipamento necessário para o ruas em segurança. Aulas de in- realizar consultas uma vez ao ano é curso de capacitação para os de- formática e leitura em braile são o ideal. Já para as pessoas com hisficientes visuais, já está pronta. O ministradas por professores defi- tórico familiar de risco, a avaliação único empecilho é a aceitação por cientes visuais. As aulas de braile e será feita a partir de uma primeira parte das empresas, que precisam sorobã (ábaco) são abertas também consulta e aí sim definida a periose adaptar para contratar os defi- à comunidade em geral. São ofere- dicidade do acompanhamento.
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Economia
Perspectiva de vendas no Natal divide especialistas e comerciantes Enquanto alguns preveem melhora nas vendas, a maioria não se anima com a data
Foto: Júlia Garcia
Algumas lojas já começam a exibir artigos natalinos para incentivar as vendas
Passado o Dia das Crianças, a próxima grande data para o comércio é o Natal. Mas, em meio à crise político-econômica pela qual passa o Brasil, as perspectivas para a data dividem especialistas e comerciantes. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa é de um crescimento de 4,3% nas vendas neste fim de ano. Já em relação às vagas temporárias, espera-se um crescimento de 9,6% nas contratações. No entanto, o sociólogo econômico João Dulce não acredita haja crescimento em relação ao ano anterior: “Não deve mudar muito, a renda média brasileira está praticamente estabilizada, os indicadores econômicos que se elevaram impactam muito pouco na vida do brasileiro médio e o nível de emprego não está melhorando. Então, a gente não está numa situação, para quem vai consumir, melhor do que estava no ano passado”. O comerciante Marcos Ferreira é dono de uma joalheria e também acha que a movimentação deve se equiparar à do último ano: “Esse ano
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a gente não tem muita expectativa de venda. O povo está endividado, está sem dinheiro, e quem tem está segurando. Mais perto do Natal a gente sempre compra um pouquinho a mais, mas é uma surpresa, pode vender muito ou pode vender pouco”. Mesmo com a alta procura por artigos natalinos já no mês de outubro, a vendedora Janaína de Paiva, que trabalha em uma loja de produtos para casa, está preparada para um decréscimo nas vendas: “A expectativa é sempre superar o ano anterior, mas, com a crise, estamos nos preparando para vender menos”. O setor do turismo também foi afetado pela crise. Atendente de uma agência de viagens, Alessandro Pierassol conta que a procura por pacotes de viagem está menor e que o preço tem afastado clientes: “Para o período do Natal a procura é pouca. Já o Ano-Novo tem uma demanda maior, mas o pessoal assusta com o preço e, em relação ao ano passado, a procura está menor”. João Dulce explica que, com a redução da taxa Selic, uma alternativa para os comerciantes pode ser
explorar um crédito mais longo. Outra alternativa, segundo o sociólogo econômico, seria bolar estratégias específicas para retomar o consumo das classes média, média -baixa e baixa, que são as que mais deixaram de consumir esse ano. Porém, para alguns comerciantes a perspectiva é de melhora. É o caso de Eliane Alves, que aposta no aumento das vendas este ano: “A gente está se preparando com compras antecipadas, possíveis contratações temporárias. A expectativa está boa, melhor do que ano passado, e eu creio que esse Natal vai ser melhor também. O volume de vendas esse ano foi bem melhor e a perspectiva é de um aumento de no mínimo uns 20%”. E os consumidores, mesmo apertados, já começam a se planejar. Alessandra Santos, operadora de cartão de crédito, tem três filhos e conta que não pode deixar de comprar presentes no fim do ano: “Já estou pensando no Natal, mas vai ter que ser bem econômico. Eu estou de férias e viajei, então tenho que economizar”.
Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
Cultura
Grupo Divulgação estreia mais um espetáculo nesta quarta-feira eu acho que isso tem haver com a época que vivia”, enfatiza Conrado. A temporada começa nesta quarta (18) e vai até o dia 3 de dezembro. A peça será exibida de quarta à domingo às 20h30. Os ingressos podem ser aquiridos na bilheteria do Fórum da Cultura, e custam R$20 inteira e R$10 a meia entrada. O Grupo Divulgação O grupo tem 51 anos de existênO autor de 1894, Arthur de Azevedo, deixou uma vasta obra e o teatro municipal cia, porém seu elenco está sempre do Rio de Janeiro se renovando. Marcia Falabella, Por Camilla Marangon que estamos vivendo”, explica a que está no Divulgação há 31 diretora do Fórum da Cultura e anos, explicou: “sempre tem pessoas chegando com uma experiênA releitura de O Major, de Ar- atriz da peça, Márcia Falabella. thur de Azevedo, é um teatro de Conrado Braga, um dos atores cia mínima, ai a gente tem que dar revista, com vários núcleos e per- da peça, conta que desde peque- uma formação. Temos que contisonagens. De acordo com o diretor no frequentava os espetáculos do nuar sempre estudando e é uma da peça, José Luiz Ribeiro, as revis- Grupo Divulgação. Depois que responsabilidade a cada trabalho”. José Luiz Ribeiro, diretor do tas do ano eram uma forma de fa- terminou a faculdade decidiu Grupo Divulgação, acrescentou “a zer uma retrospectiva e de criticar participar do Mergulhão, uma das o que passou nos últimos 12 me- atividades promovidas pelo gru- gente mantém uma memória viva, ses. Ele lembra que, em 1894, os po, e desde então, teve certeza que mas todo ano se renova, com pessoas jovens e muito universitários monarquistas ainda estavam bri- queria se dedicar ao teatro. gando com os republicanos pelo Essa é a primeira peça que de diferentes cursos”. poder no país e ressalta que, ape- Conrado participa junto com o sar de ser uma peça de época, seus Divulgação. Seu personagem é o temas continuam atuais. Cesário, um canastrão que mora As histórias contadas se asseme- no Rio de Janeiro do século XIX, lham com a realidade que vivemos e vive um triângulo amoroso com hoje no Brasil. “O espetáculo tem duas personagens enviadas para vários personagens, alguns alegó- manter a Guerra e a Paz. ricos, como o ódio, a guerra, a paz, Fazer uma peça de época exige o teatro, a imprensa, o funcionário conhecimento de como era o Brapúblico e o carnaval”, comenta José sil de 1894. “Os homens do fim Luiz. do século XIX eram muito mais “É uma peça divertida, o públi- elegantes. Você ser um conquistaco poderá dar boas risadas, mas o dor envolvia uma fala rebuscada. Divulgação tem sempre um teatro Embora seja um personagem que “Teatro exige muita dedicação, mas é a ideológico. A gente vai através do vai ser interpretado pelo público profissão de fé que escolhi”, diz Márcia riso fazer uma crítica ao tempo como um canalha, ele é elegante, Falabella Foto: Camilla Marangon
Foto: Lucas Lima
A peça, uma releitura da revista de 1894, O Major, de Arthur de Azevedo, foi adaptada pelo diretor José Luiz Ribeiro e faz uma crítica ao cenário atual
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Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
Cultura
Documentário de juiz-forano vence festival “Première Brasil Novos Rumos” no Rio de Janeiro Financiado pela Lei Murilo Mendes, o filme “A Parte do Mundo que me Pertence” faturou três prêmios durante o evento
Foto: Divulgação
Primeiro Plano - Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades.
Filme de Marcos Pimentel será exibido em Juiz de Fora no dia 28 de outubro
Por Felipe Frederico
O documentário “A Parte do Mundo que me Pertence”, do juiz-forano Marcos Pimentel, venceu o prêmio principal da mostra “Première Brasil – Novos Rumos”, no Festival do Rio, realizado entre os dias 5 e 15 de outubro, no Rio de Janeiro. Financiado pela Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura, o filme ganhou também o Troféu “Redentor” e o Prêmio “Petrobras de Distribuição”, o que garantirá sua exibição em salas de cinema por todo o país. “A Parte do Mundo que me Pertence” aborda sonhos e desejos de pessoas comuns, falando sobre o que move cada uma delas diariamente: reconhecimento, estabilidade financeira, casamento, saúde, diversão e superação. Uma obra sobre a vida privada de pessoas comuns, que mostra a grandeza do ser humano em seus pequenos gestos.
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O diretor Marcos Pimentel contou como nasceu o projeto: “O filme nasceu de uma vontade de construir um longa sobre sonhos e desejos de gente comum. Eu comecei a pesquisar uma série de personagens anônimos que fugiam dos tradicionais cartões postais da cidade, que levam as vidas de forma simples, mas que almejam algo. Então, resolvi construir um filme sobre os combustíveis que nos movem, chamando atenção para a importância que isso pode ter para nos fazer sair do lugar.” O Festival do Rio é considerado um dos mais importantes do mundo e destino obrigatório para os principais destaques cinematográficos. O lançamento do documentário em Juiz de Fora está marcado para dia 28, às 18h, no cinema do Shopping Alameda, dentro da programação do
Lei Murilo Mendes A Lei Municipal de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Murilo Mendes, foi a primeira lei de incentivo cultural a ser criada no interior do Brasil. Os artistas locais apresentam seus projetos e, se aprovado, recebem o recurso necessário para a realização. “As leis de incentivo a cultura são fundamentais para o Brasil hoje em dia. A produção cultural e artística depende muito da existência dessas leis. Até porque essas produções tem sido muito atacadas hoje em dia. A gente vive numa onda de extrema direita que está em busca de uma censura das leis, tentando determinar o que se pode ou não falar, o que é ou não arte, e eu acho isso um absurdo, a gente não pode aceitar. No caso de Juiz de Fora, é a lei Murilo Mendes que proporciona uma certa continuidade da produção artística e cultural da cidade. Sem ela, existiria muito menos produtos e obras sendo realizadas na região”, destaca o documentarista. De acordo com a assesoria da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage, a Funalfa, oitocentos e oitenta e três artistas estão cadastrados como proponentes da Lei Murilo Mendes. Desse total, 69 foram incluídos este ano.
Juiz de Fora, 17 de outubro de 2017
Esporte
JF Vôlei perde o primeiro confronto na Superliga Masculina 2017/2018 mas segue confiante
Foto: Mônica Cury/JF Vôlei
Equipe juiz-forana já se prepara para o próximo jogo que será em Montes Claros
O jogo terminou com o placar de 3 sets a 1 para o time visitante, Minas Tênis Clube
Por Giulia Prata O JF Vôlei estreou na Superliga Masculina 2017/2018 com uma derrota para o Minas Tênis Clube, no último sábado, dia 14. O jogo aconteceu no ginásio da Faculdade de Educação Física e Desportos da UFJF e a equipe local perdeu por 3 sets a 1. O fato de ter sido derrotado em casa não foi suficiente para abalar os ânimos do time, que segue confiante e esperançoso. O segundo confronto do JF Vôlei será no próximo sábado, dia 21, às 11h, na terra do adversário, o Montes Claros. “Será um jogo muito duro, mas temos expectativas de ganhar. Não vai ser fácil porque é uma equipe que nos venceu no campeonato mineiro, mas vamos trabalhar a semana inteira em busca desse resultado que é muito importante”, avalia o diretor da equipe
juiz-forana, Maurício Bara. O jogador Leozinho também acredita que o jogo tende a ser difícil, principalmente por ser na casa do time adversário, que cresce muito com o apoio da torcida. Leozinho atua como ponteiro do JF Vôlei e foi o maior pontuador da partida contra o Minas, com 30 pontos. Segundo ele, todos estão trabalhando bastante para fazer uma bela partida e se mostra confiante nesta fase da equipe: “O JF Vôlei vem crescendo muito com o passar do tempo. Desde a primeira partida no campeonato mineiro, a evolução que tivemos até agora foi muito grande, somos uma outra equipe neste momento. A Superliga é um campeonato muito longo, o que nos permite muitas oportunidades de mostrar nosso trabalho”. Se depender da convicção e da força da equipe de um modo geral,
o JF Vôlei pode alcançar grandes resultados. O técnico, Henrique Furtado, mostrou-se empolgado com o momento do time e disposto a ajudá-lo a progredir cada vez mais: “Muitas coisas nos fizeram perceber que estamos no caminho certo e outras deixaram claro que precisamos evoluir para a Superliga. Jogamos apenas a primeira rodada de no mínimo 22, então é um campeonato muito longo. Este é o início que praticamos vôlei de qualidade, e a gente está trabalhando muito para jogar cada vez melhor”. Ele ainda falou da expectativa para o confronto em Montes Claros no próximo sábado: “Sempre confiante na minha equipe, nos valores que passo a ela, na qualidade dos meus jogadores e no plano tático que vamos estabelecer para fazer um grande trabalho e poder surpreender essa forte equipe de Montes Claros”.
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