Mergulho Diário Edição 4 08/08/2017

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Mergulho Diário Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF • Juiz de Fora, 08 de Agosto de 2017 • N° 04

Imagem: Bárbara Braga

Com 244 mil veículos em circulação, Settra já emitiu 45 mil multas este ano.

Entre as principais infrações cometidas estão excesso de velocidade, estacionamento irregular e avanço de sinal. P. 4

Inscrições do Concurso Público do Cisdeste são adidas

Seletiva para representar Flamengo no e-brasileiro termina amanhã

Na UFJF, Semana Porte oferece palestras e treinamentos

Novo período de inscrições vai do dia 21 de agosto até o dia 22 de setembro. No total, são 499 vagas, com salários entre R$ 970 a R$ 7.050.

Gamers poderão se inscrever até as 18h. No total, são mais de três mil vagas para os jogadores de Pro Evolution Soccer

O evento é voltado para os estudantes de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia e acontece até quinta-feira, 10

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Terça-feira, 08 de Agosto

Editorial As súplicas da ciência brasileira gro na concessão de bolsas durante o mandato de 23 presidentes brasileiros. Porém, o futuro é incerto nas mãos do governo Temer. O congelamento de recursos para pesquisa no Brasil foi previsto no ano passado, quando o orçamento já era 50% menor que em 2010. Além do pouco dinheiro, desde 2016 a pasta de ciência divide recursos com uma área mais apelativa no cenário político: a comunicação. Competição injusta. A responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações envolve todos os

Imagem: March for Science.

Não é de hoje que a educação superior pública no Brasil caminha em corda bamba. E, junto dela, os maiores projetos de pesquisa do país. As dificuldades se acumulam. O desmonte e o sucateamento estão cada vez mais evidentes: crises drásticas em universidades renomadas como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, redução do número de bolsas oferecidas para pós-graduação e congelamento de verbas para educação com a PEC do teto de gastos. Adiciona-se aos problemas, a mais recente possibilidade de cortes em bolsas do Conselho Nacional de

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Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria

Um dos cartazes da Marcha pela Ciência na Europa. O movimento luta contra cortes e de investimento em ciência em diversos países.

Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq, a partir de setembro deste ano. Dos 1,3 bilhões destinados ao órgão, apenas 56% do valor foi liberado pelo Governo Federal. As bolsas de agosto estão garantidas. As de setembro à diante ainda dependem de tentativas e diálogos. Você confere mais informações sobre a polêmica com a matéria de Isadora Gonçalves na página 9. O CNPq começou a fazer história no Brasil em 1951, quando foi fundado com a mesma sigla, mas com o nome de Conselho Nacional de Pesquisas. Desde então, nunca sofreu descontinuidade em suas principais atividades, mesmo nos momentos mais conturbados da história nacional e mundial. Manteve-se ínte-

EXPEDIENTE

serviços de telecomunicação, radiodifusão e possui ligação direta com os grandes conglomerados de mídia do país. Consequência: pouca atenção á produção científica. A ordem para o cenário de crise e escândalos políticos no Brasil é a redução de investimentos em educação e saúde, essenciais para o desenvolvimento de uma nação. Países desenvolvidos, quando enfrentam períodos de recessão, optam pelo que de melhor o ser humano pode desenvolver: o conhecimento. E investem mais em ciência e pesquisa para superarem os momentos conturbados. Diante das circunstâncias, cabe retomar uma antiga dúvida popular: Por que o Brasil não vai pra frente?

Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Alice Xavier, Ariadne Bedim, Bárbara Braga, Bárbara Delgado, Carolina Larcher, Érica Vicentin, Ezequiel Florenzano, Isadora Gonçalves, Juliana Dias, Letícia Silva, Tatiane Carvalho , Sabrina Soares. Edição e Diagramação Christinny Garibaldi Pedro Augusto Figueiredo Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612


Terça-feira, 08 de Agosto

Artigo

Ainda não é o momento para instituir a política de preço fixo para livros no Brasil Pedro Augusto Figueiredo Imagem: Fotos Públicas

Temos que aumentar o acesso da população à literatura e não tomar medidas para regular o mercado

O PL 49/2015, em tramitação no Senado Federal, quer instituir um preço fixo para os livros durante os primeiros 12 meses após o lançamento. Durante esse período, as editoras e livrarias poderiam dar um desconto de até 10% em relação ao preço de capa do livro. Após o primeiro ano de publicação, o produto poderia receber novo valor e não haveria limites para o tamanho do desconto. A medida já recebeu parecer favorável do relator Lindbergh Farias e aguarda agora a votação do relatório na Comissão de Constituição e Justiça da Casa para seguir ao plenário do Senado. O projeto é uma clara resposta ao crescimento da norte-americana Amazon no Brasil. Uma das maiores empresas de varejo do mundo, a multinacional tem muito mais capacidade financeira do que as livrarias brasileiras para dar descontos, mesmo que não lucre ou saia no prejuízo. A estratégia, conhecida como “loss leader” aposta na fidelização do cliente, e a discrepância nos preços dos livros no site da Amazon em relação aos concorrentes é gritante.

Em seu relatório, Lindbergh Farias entende que o projeto de lei merece ser aprovado, pois “assegura igualdade de tratamento ao fornecedor livreiro, colaborando para o aumento do mercado nacional de livros.” Em outras palavras, Farias quer proteger as grandes livrarias brasileiras e desestimular a concorrência. Mas, quem sai perdendo é o consumidor. Na última pesquisa “Retratos da Leitura”, realizada em 2015 pelo Instituto Pró-Livro, 12% das pessoas consideradas leitoras pela pesquisa, aqueles que leram pelo menos um livro, inteiro ou por partes nos últimos três meses, afirmaram não ter lido mais por acharem o preço do livro caro ou por não terem dinheiro para comprar mais livros. Entre leitores e não-leitores, 30% nunca compraram um livro. Diante dos dados, fica evidente que o acesso aos livros no Brasil ainda não acontece como deveria. Caso o projeto vire lei, o preço médio do livro no Brasil aumentará, pois o número de promoções diminuirá. Ainda segundo a pesquisa “Retratos da Leitura”, 44% da população

brasileira não leu sequer um livro nos últimos três meses e o brasileiro lê uma média de 4,96 livros por ano. Deveríamos adotar políticas públicas que busquem diminuir o preço dos livros para que o acesso a esse tipo de bem cultural aumente, propiciando assim as condições para que mais pessoas se tornem leitores. Ao buscar instituir uma política de preços, o PL 49/2015 caminha na direção contrária. É verdade que, caso alguma empresa domine uma imensa fatia do mercado e com o tempo derrube seus concorrentes, corre-se o risco de termos um monopólio da venda de livros, o que possibilitaria um aumento futuro no preço dos produtos. No entanto, ainda não é o momento de nos preocuparmos com isso no Brasil. Apesar do crescimento e da recente popularização da Amazon por aqui, a empresa ainda não se tornou o monstro capaz de monopolizar o mercado editorial. Por ora, nos preocupemos em aumentar o acesso da população brasileira à literatura. O momento do preço fixo do livro no Brasil chegará.

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Terça-feira, 08 de Agosto

Cidade

Condutores juiz-foranos já somam mais de 40 mil infrações no trânsito de janeiro a junho Fiscalização conta com agentes e câmeras nos principais pontos da cidade

Bárbara Braga

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Com 70 agentes de transporte e trânsito e 12 câmeras de monitoramento nas ruas de Juiz de Fora, a Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) já multou mais de 45 mil motoristas, nos seis primeiros meses deste ano. Excesso de velocidade, estacionamento irregular e desrespeito ao sinal vermelho foram os campeões de autuações. O gerente do Departamento de Fiscalização da Settra Paulo Peron afirma que este número é razoável para o tamanho da frota de veículos que circula no município, contudo, o ideal seria não ter ocorrências de imprudência. “Nós esperamos que com a fiscalização não aconteça nenhuma infração, pois ela sendo cometida potencializa o risco de acidente, principalmente as faltas gravíssimas, como alta velocidade, avanço do sinal e uso do celular. Por isso, qualquer número de multa registrado já é considerado um sinal de alerta e preocupação.” Seguindo no ranking vêm as multas por utilização do celular enquanto os condutores estão ao volante e a falta de cinto de segurança. Em grande parte dos casos, elas são contestadas pelos motoristas. O advogado especialista em Direito de Trânsito, Lucas Vaz, explica que “contestar a multa é um direito assegurado por lei, basta apresentar as provas ao órgão que a emitiu. Alguns dos casos mais comuns de recurso e

defesa contra autuação são quando o condutor não estava no local, ou o veículo não estava mais em seu nome. Esta medida pode ser toma-

Gráfico: Bárbara Braga

da quando o motorista recebe o comunicado de autuação, pois há um prazo estipulado pelo órgão antes que a infração vire multa.” Nos últimos anos, a quantidade de flagrantes tem aumentado, porém, a fiscalização também. Embora o número de agentes esteja abaixo do necessário, o videomonitoramento tem agilizado o trabalho deles, uma vez que podem fiscalizar mais ruas onde os delitos são recorrentes, como na região central da cidade. “A Settra tem designado, por turno, uma média de 16 agentes que fazem a fiscalização rotineira e atendem às demandas que são originadas pela própria população. Todos os nossos agentes passam por treinamentos e cursos de capacitação e atualização, e a presença deles é um fator inibidor da infração. O cidadão que está prestes a cometer uma violação do código de trânsito, ao perceber a presença de um agente vai deixar de cometê-la, por medo da multa”, diz Paulo Peron. O gerente do Departamento de Fiscalização conta também que a Secretaria tem promovido palestras e campanhas de educação sobre o trânsito em escolas, focando nas futuras gerações de motoristas e pedestres. “Existe um trabalho nosso com empresas, escolas e outros segmentos da sociedade para despertar no público infanto-juvenil, desde já, a consciência de que respeitar as leis de trânsito é fundamental para que ele possa fluir.”


Terça-feira, 08 de Agosto

Cidade

Polícia Militar realiza curso de capacitação para áreas de risco Entre as disciplinas estão Direitos Humanos e prevenção ao tráfico de drogas

Foto: Carolina Larcher

Policiais se reúnem em auditório para primeira aula do curso

Carolina Larcher todos os policiais. Esse treinamento pretende dar melhores condições de trabalho para o oficial, o que também reflete na sua capacitação e melhora da prestação de serviços para a comunidade. O foco do curso é preparar atuação em situações específicas em certas áreas que apresentam maior risco, visando controlar a criminalidade em Juiz de Fora e trazer segurança aos moradores. “O GEPAR hoje não é simplesmente um grupo no qual os militares são considerados ‘faca na caveira’, mas simplesmente aquele policial militar que é preparado para atuar de forma a conciliar as metodologias de polícia comunitária atreladas também à ação no combate à criminalidade violenta”. Na aula inaugural de segunda-feira (7), também foi ressaltada a importância do trabalho conjunto entre a Polícia Militar e a Civil. O Major Marcelos afirmou que a interação entre as polícias é um grande fator contribuinte para que

Foto: Carolina Larcher

A 4ª Região da Polícia Militar (RPM) está realizando nesta semana o Curso de Capacitação para o Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR). Cerca de 35 alunos receberão instruções teóricas e práticas a fim de otimizarem sua qualificação para atuarem nessas regiões. As aulas acontecem nos dias 7, 8 e 9 de agosto, abordando temáticas como Direitos Humanos, prevenção ao uso e tráfico de drogas, abordagens policiais, mediação de conflitos e treinamento com armas de fogo. A primeira aula, que aconteceu na sede da 4ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP), contou com a participação do Major Cláudio, do 22° batalhão de Belo Horizonte. Segundo ele, o GEPAR deve trabalhar como uma polícia comunitária, com uma nova formatação de prevenção, investigação e repressão ao crime. De acordo com o assessor de comunicação da 4ª Região, Major Marcelos Machado, o objetivo do curso é fazer o aprimoramento constante de

A 4ª RISP integra a PM e a PC

as operações ocorram como o esperado. “Nós temos a Área Integrada de Segurança Pública, nas quais os comandantes de companhia, que são os capitães da Polícia Militar, têm total acesso e troca de informações com a Polícia Civil, então isso facilita e muito o trabalho da ação policial para a comunidade”.

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Terça-feira, 08 de Agosto

Cidade

Ação marca o dia nacional do combate ao colesterol em Juiz de Fora A data, 8 de agosto, é dedicada à conscientização sobre o problema que pode ser agravado pelos maus hábitos alimentares O colesterol é essencial para o funcionamento do corpo. Componente estrutural das células, ele é usado para sintetizar hormônios, é antioxidante e regenerador de tecidos e necessário para o bom funcionamento cerebral e cognitivo. Quando desregulado, pode elevar o risco de doenças cardiovasculares e aterosclerose, que é o acúmulo das placas de colesterol nas artérias. Segundo pesquisa feita pelo Ministério da Saúde e IBGE, 18,4 milhões de brasileiros com mais de 18 anos apresentam colesterol alto, o que representa 12,5% da população adulta. Esse mal, que pode ser agravado pelos hábitos de vida, tem o fator de risco mais associado à população mais velha. Entre as pessoas com mais de 60 anos, 25,9% apresentam altas taxas de colesterol. Pensando nesses números, a Unidade Básica de Saúde do Bairro Filgueiras vai fazer uma ação especial com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde e tentar reduzir esses índices. A atividade tem o objetivo de explicar a diferença entre o bom e o mau colesterol, desmistificar alguns conceitos sobre alimentos e dar dicas de produtos acessíveis que contribuem para o bom colesterol. Além disso, também vai ser falado sobre o sedentarismo, fator que influencia nas taxas do colesterol, e será realizada uma atividade de alongamento com os presentes.

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Site Pixabay

Letícia Silva

Entre a população adulta, 15,1% das mulheres e 9,7% dos homens, tem o colesterol alto, diferença considerada significativa

A nutricionista Isabella Barbosa, conta que o nosso corpo produz de 80% a 90% do colesterol, sendo que apenas 10% a 20% é proveniente de dieta. Entre os causadores de problemas de saúde na população estão o consumo em excesso de carboidratos e óleos vegetais refinados: “Por isso é importante o consumo de alimentos advindos da natureza , além de manter um estilo de vida ativo”, destaca. Ainda segundo Isabella, para manter o colesterol em bons níveis, os indivíduos devem aderir a hábitos saudáveis: “Consumir comida de verdade, que são os alimentos encontrados na natureza, em sua forma in natura, além de cessar o uso de produtos industrializados, fast-foods, preparações doces, produtos refinados”, enfatiza. Rosângela Maria de Oliveira, 63, tem colesterol alto há 20 anos. Ela conta que mantinha hábitos que

podem ter ocasionado o problema, mas vem mudando seu modo de se alimentar. “Eu comia muita carne de porco, linguiça. Agora eu não posso. Eu faço a comida, e até provo, mas comer à vontade igual antes eu não posso mais”. Desde que descobriu, ela faz acompanhamento médico e também considera fundamental esse cuidado aliado ao exercício físico. Para uma alimentação saudável a nutricionista indica frutas, legumes, verduras, leguminosas, castanhas, amêndoas, avelãs, nozes, carnes, peixes e ovos, de maneira equilibrada. “Associando a prática de atividade física regular, que é essencial, desde que acompanhada e prescrita por um profissional de educação física”, conclui Isabella Barbosa. Quem sofre do problema, pode buscar ajuda e acompanhamento médico na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa.


Terça-feira, 08 de Agosto

Economia

Concurso Público do Cisdeste é adiado por falta de pronunciamento do TCE-MG

Inscrições que começariam dia 8, com 499 vagas para 26 municípios, iniciam no dia 21 Foto: Pixabay

São 470 oportunidades para livre concorrência e 29 para deficientes, com salários de até R$ 7.050

Sabrina Soares O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste (Cisdeste) divulgou nesta segunda, 7, um comunicado sobre o adiamento do início das incrições no Concurso Público do órgão. A data de inscrição passará para o período compreendido entre 9h do dia 21 de agosto de 2017 e 15h59 do dia 22 de setembro de 2017, considerando como horário oficial o de Brasília (DF). Inicialmente, as incrições seriam de 8 de agosto a 22 de setembro. Segundo o Cisdeste, a mudança no período se deu porque o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) ainda não se manifestou quanto ao Edital nº 08/2017 publicado em 03/06/2017, referente ao concurso. No total, são 499 vagas, 470 para livre concorrência e 29 para deficientes, com salários de R$ 970 a R$ 7.050. Entre as vagas oferecidas, 17 cargos são de auxiliar de regulação, operador de frota, auxiliar administrativo, condutor socorrista, auxiliar em farmácia,

técnico de enfermagem, motorista, assistente administrativo, técnico em segurança do trabalho, mecânico, analista administrativo, enfermeiro, contador, estatístico, psicólogo, farmacêutico e médico. Os 26 municípios da região com vagas são: Juiz de Fora, Carangola, Leopoldina, Lima Duarte, Muriaé, Santos Dumont, Ubá, Espera Feliz, Fervedouro, Andrelândia, Bicas, Bom Jardim de Minas, Goianá, Matias Barbosa, Rio Preto, São João Nepomuceno, Além Paraíba, Astolfo Dutra, Cataguases, Laranjal, Miraí, Patrocínio do Muriaé, Ervália, Rio Pomba, Senador Firmino, Visconde do Rio Branco. Segundo o secretário-executivo do Cisdeste, Denys Arantes Carvalho, “são oportunidades de integrar um serviço que é fundamental para o atendimento de urgência e emergência na nossa região”. O Cisdeste é um consórcio que reúne 94 municípios da Macrorregião Sudeste em prol do atendimento regionalizado de Urgência e Emergência. A sede está

localizada em Juiz de Fora, onde estão distribuídas oito unidades móveis de atendimento. As incrições serão feitas somente pela internet, através do site da organizadora do concurso – www.ibgconcursos.com.br. As taxas para se inscrever variam de R$ 45 a R$ 150, dependendo do cargo escolhido. Há vagas para pessoas com ensino médio, técnico, especialista e superior. As provas serão realizadas nas cidades de Juiz de Fora, Muriaé e Ubá, com seleção em três etapas. A técnica em enfermagem Jéssica Simas, 20, busca uma forma de inserção no mercado de trabalho “Vejo o concurso como uma oportunidade de ingressar na minha área de formação, pois não é cobrado nenhuma experiência anterior”. Todas as informações sobre os cargos oferecidos por município e as formas de seleção podem ser obtidas no edital disponível no site. O Cisdeste fica na Rua Coronel Vidal 800, Bairro São Dimas, Juiz de Fora.

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Terça-feira, 08 de Agosto

Economia

Mineiros recebem mais de 3,6 bilhões de reais de FGTS inativo No cenário nacional mais de 44 bilhões foram pagos a quase 26 milhões de trabalhadores

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Érica Vicentin

Presidente da Caixa, Gilberto Occhi, e o diretor de Fundos de Governo, Valter Nunes, apresentam o balanço dos pagamentos das contas inativas do FGTS

consegui sacar agora no meio do ano.” Em Minas Gerais foram pagos mais de 2,7 milhões de trabalhadores cerca de 3,6 bilhões de reais. Arthur está entre eles e ressalta a importância do saque para sua saúde financeira: “Esse dinheiro chegou na melhor hora possível, porque eu estava com uma dívida no cartão e não tinha como pagar. Com o FGTS, quitei minha fatura e voltei a consumir e a contribuir, mesmo que de

Foto: Érica Vicentin

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A Caixa Econômica Federal informou na última segunda feira (07) que foram pagos aos brasileiros mais de R$ 44 bilhões relativos às contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A Lei 13.446/2017 que permitia o saque das contas inativas, de 10 de março até o dia 31 de julho, beneficiou mais de 25,9 milhões de trabalhadores. O valor disponível para pagamento dos trabalhadores com base nos cadastros atualizados era de R$ 49,8 bilhões. De acordo com o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, o sucesso da ação de pagamento das contas inativas do FGTS é resultado de uma estratégia focada em atender com qualidade os beneficiários da Lei 13.446. “A Caixa mobilizou todos seus empregados e foi capaz de atender mais de 30 milhões de trabalhadores. Essa estratégia de atendimento teve sua eficiência reconhecida pela sociedade e pelo próprio governo. Cumprimos, assim, nossa missão como banco público e parceiro estratégico do Governo Federal,” ressaltou. O empresário Junior Arthur Lima concorda com a facilidade na hora de sacar seu FGTS: “Foi um processo rápido e as filas foram contidas, pelo menos na agência onde fui. Outra coisa positiva é que o pagamento foi adiantado pra mim, que faço aniversário em dezembro e

Alguns trabalhadores vêem no FGTS uma forma de voltar a consumir

forma mínima, para a movimentação do comércio local.” De acordo com o Conselheiro Regional de Economia de Minas Gerais e diretor da faculdade com Economia da UFJF, Lourival Batista de Oliveira Júnior, assim como Arthur, boa parte da população usou o FGTS inativo para quitar dívidas. Porém, com medo do desemprego, de forma geral, os brasileiros não viram nesse dinheiro uma oportunidade para voltar a consumir: “Os trabalhadores estão receosos com o cenário nacional. Para movimentar a economia, seria bom se todos usassem o FGTS para voltar a consumir. Porém, com todas as incertezas relativas a mercado de trabalho e situação econômica do país, o indicado é que as pessoas realmente usem o fundo de garantia para pagar dívidas e poupar para alguma emergência”.


Terça-feira, 08 de Agosto

Política

Bolsas do CNPq podem ser suspensas a partir de setembro Cortes de verba do Governo Federal ameaçam bolsas de 90 mil pesquisadores

Isadora Gonçalves de pesquisas científicas por todo o país.

“Tenho confiança de que vamos conseguir sensibilizar a equipe econômica e o presidente da República.” (Mário Borges, presidente do CNPq)

Em resposta ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), o

CNPq informa que “não interrompeu o pagamento das bolsas, bem como procura novas soluções para dar continuidade às suas atividades de fomentar a ciência, tecnologia e inovação”.

UFJF

Apesar dos dados, o Coordenador de Pós-graduação e Pesquisa da UFJF, Prof. Dr. Ciro Barbosa, diz que todas as 132 bolsas da universidade, que são bancadas pelo órgão, estão normalizadas e afirma não ter recebido nenhum comunicado do CNPq sobre problemas com os futuros pagamentos.

Imagem: ANDES-SN

Após cortes no orçamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o pagamento de todas as modalidades de bolsas de pesquisa está incerto partir de setembro. A notícia se espalhou após comunicado da Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na última quarta-feira (2). Segundo ela, o CNPq teria afirmado que sem o descontingenciamento de verba as bolsas de pós-graduação, Iniciação Científica e dos projetos de pesquisa, não poderiam ser pagas. No mesmo dia, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o presidente do CNPq, Mário Neto Borges, apresentou possível instabilidade ao declarar que “até agosto conseguimos honrar nossas dívidas. De agora para frente, se não houver uma ampliação dos limites de empenho, vamos ficar impedidos de cumprir os compromissos assumidos, incluindo o pagamento de bolsas”. Porém, na quinta-feira (3), o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab disse estar otimista: “tenho confiança de que, mais uma vez, vamos conseguir sensibilizar a equipe econômica e o presidente da República de que a nossa área deve ter tratamento diferenciado, para que continuemos a desenvolver as pesquisas.” O corte no orçamento do MCTIC foi de de 44%, o que gerou uma redução de R$ 572 milhões para o CNPq. Com essa redução, mais de 90 mil pesquisadores poderão ser atingidos, o que afetaria a produção

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Política

Terça-feira, 08 de Agosto

A luta pela terra

Quilombolas enfrentam desafios em busca da demarcação das terras que habitam Foto: Kizomba Namata

çam sem direitos.” Ele ainda completa: “No estado de Minas Gerais nenhuma comunidade quilombola tem as terras demarcadas. É uma vergonha, mesmo no comparativo com outros estados que pouco fizeram.” Mestranda em Geografia, Ane Elyse Fernandes, que pesquisa sobre a situação quilombola, se diz feliz ao ver essa questão sendo abordada em um veículo da mídia. Ela mantém contato com as comunidades desde o início de sua vida acadêmica e sabe a dificuldade dessas pessoas que lutam para conquistar um de seus direitos como cidadão. O processo de demarcação de terras quilombolas é lento e demorado

Tatiane Carvalho

Passos para demarcação das terras: Fonte: INCRA

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Nos últimos anos tem aumentado a luta por moradia e, claro, pela terra. Em Minas, e também em Juiz de Fora, um exemplo são as comunidades quilombolas que buscam a regularização perante a Lei. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), é a própria comunidade que se declara “remanescente de quilombo” e o amparo legal é dado através da convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, cujas determinações foram incorporadas à legislação brasileira pelo Decreto Legislativo 143/2002 e Decreto Nº 5.051/2004. Depois cabe à Fundação Cultural Palmares emitir uma certidão sobre tal autodefinição. E com tantos processos é óbvio que o trâmite para o reconhecimento da terra demore. Ainda nos anos 80, Juiz de Fora já se preocupava com o crescimento urbano, tanto

que em 1986 foi promulgada a Lei nº6.910, que diz respeito a ocupação de solo. Na região da cidade, há 26 comunidades rurais que são descendentes de escravos e vivem isoladas, mantendo vivos os costumes de seus ancestrais. Desde 2012, a Universidade Federal de Juiz de Fora conta com os trabalhos do laboratório Kizomba Namata, frente à questão quilombola na Zona da Mata mineira. O coordenador do laboratório, professor Leonardo de Oliveira Carneiro, conta sobre as dificuldades enfrentadas pelas comunidades: “São muitas, as dificuldades. Mas acho que o que é mais flagrante é a forma como eles têm sido historicamente invisibilizados. Eles possuem diversos problemas e nenhum deles é de interesse do Estado ou da sociedade como um todo. Essa invisibilidade silencia suas vozes, permite que eles sejam massacrados e que permane-


Terça-feira, 08 de Agosto

UFJF

Segunda edição do Semana Porte começa hoje Com o tema “Conecte-se ao seu legado”, o evento aborda empreendedorismo, oportunidades e mercado de trabalho

Ariadne Bedim

COS, empresa júnior do curso, espera aprender a liderar e gerir, além de aprofundar ainda mais o conhecimento na sua área de atuação. “A importância desse evento é enorme e muito significativa pois um bom profissional, além de tudo, tem que ser interessado e é isso que o evento instiga, o interesse das pessoas sobre temas relacionados à nossa futura profissão”,

avalia. O evento vai até quinta-feira, dia 10, e as inscrições ainda estão disponíveis em um stand na sede da Porte Empresa Júnior. Está sendo cobrado uma taxa de R$15 para o público em geral e R$12 para os que apresentaram comprovante de cadastro na Fundação Hemominas. O valor contempla os três dias do evento.

Foto: Divulgação Semana Porte

A Semana Porte, organizada pela Porte Empresa Júnior, começa nesta terça-feira (8). O evento conta com palestras e treinamentos voltados para os estudantes de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e de todas as outras instituições de ensino superior da cidade. As atividades acontecem no prédio Itamar Franco, na Faculdade de Engenharia da UFJF. Composta por alunos e alunas de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Sanitária e Ambiental, Civil e Elétrica da UFJF, a empresa júnior iniciou a organização de um concurso multidisciplinar, chamado Casa Porte, juntamente com a Semana Porte. Por fim, a iniciativa ganhou maiores proporções e segue desenvolvendo o âmbito profissional dos estudantes através de workshops e visitas técnicas. Para Lara Drumond, coordenadora geral da Semana Porte e integrante do Conselho Consultivo, o movimento de empresa júnior tem o propósito de construir um Brasil empreendedor e no caso do evento, também educador. “A nossa ideia é realmente expandir para a faculdade o que a gente aprende dentro da empresa. É deixar de existir dentro da nossa sede e existir também para os estudantes”, destaca Lara. A participação de alunos de outras instituições também está garantida. A estudante de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ensino Superior (CES), Yasmin Dominato, que é projetista na AR-

Evento conta com cerca de doze palestras e três treinamentos

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Terça-feira, 08 de Agosto

Cultura

Composições autorais para conquistar o público Banda Cravo aposta no pop nacional divulgando seus trabalhos nas redes sociais Bárbara Delgado

te uma necessidade dessas bandas terem mais visibilidade, de reconhecimento do público e da importânA banda Cravo surgiu há três anos Cenário cultural local cia da divulgação. "Tentamos dar o em Juiz de Fora e é formada por cinOutras bandas estão conquistan- máximo de oportunidade em shows co integrantes. Jovens que apostaram do espaço e isso tem sido primor- que encaixam o estilo de música que em músicas com mensagens posi- dial para que novos talentos sejam tocam. Infelizmente, o público não tivas e autorais, com um trabalho descobertos. O guitarrista da banda chega por si só para conhecer esse voltado para a divulgação na internet Cravo, Vitor Abreu, comentou: "Juiz trabalho, falta um pouco de mente e nas rádios. As canções do grupo de Fora tem muito talento e a Cravo aberta para apreciar o que é diferenprometem grandes emoções e a cada está levantando a bandeira do auto- te e inovador . Então enxergamos a dia têm conquistado um público di- ral." O cenário cultural na cidade tem importância de uma casa maior inferente, que estende-se pela cidade, se demonstrado aberto para fazer a dicando essas bandas, mostrando o região e até mesmo outros estados. aproximação dos novos estilos com quanto são boas", ressalta. A banda vem ganhando espaço nas quem gosta de curtir uma boa músiA banda Cravo vai participar nesse rádios com parcerias como a grava- ca. "Juiz de fora sempre foi um celeiro próximo sábado, 12, da comemoração de um EP com cinco músicas, musical. Muitas bandas e artistas já ção dos 18 anos do Zine Cultural e sendo "Jasmin" e "Altos ventos" as despontaram e ainda são referências os integrantes estão otimistas com a mais pedidas em shows e nas redes pra quem está iniciando a carreira ar- oportunidade de conquistar espaço sociais. As composições são as mais tística por aqui”, afirma o guitarrista. e divulgar seus talentos. "Estamos variadas, com temas como términos O Mergulho Diário entrou em con- aguardando ansiosamente por esse de relacionamentos, novos encon- tato com o "Cultural Bar" que traba- evento. Estamos trabalhando fortros e paixões. Pablo, mais conhecido lha com atrações nacionais e bandas te para apresentar um show muito como P.A, vocalista da banda, co- locais, sejam cover ou autorais. A as- contagiante. Não queremos deixar mentou: "a gente não tem um rótu- sessora de comunicação da casa, Ra- ninguém parado", completa Vitor lo, a gente faz música, e é isso que a phaela Capobianco, afirma que exis- Abreu.

Foto: Hercules Harakauskas

galera mais fala que a nossa música é, uma vibe total.”

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Os integrantes da Banda Cravo da esquerda pra direita: Ricardson (Kdim), Frederico (Fred), Anderson (Nenem), Vitor (Vitim)


Terça-feira, 08 de Agosto

Cultura

Onde está a literatura juiz-forana? Autores locais carecem de espaço em livrarias, mas exploram publicações independentes e veículos alternativos Andando por uma das principais livrarias da cidade, rapidamente se nota: não existe uma sessão de autores locais. Em geral, eles estão junto das produções nacionais e, na ocasião da visita, apenas dois títulos de escritoras juiz-foranas figuravam no estoque: “Holocausto brasileiro”, de Daniela Arbex, e “A equilibrosa”, de Mônica Calderano. A cidade natal de Murilo Mendes e Pedro Nava parece não ter espaço para que as produções de autores da cidade cheguem às prateleiras do mercado. As razões são principalmente comerciais. Grandes lojas estão focadas na distribuição de obras que tenham o potencial de atingir um número maior de leitores e acabam priorizando títulos estrangeiros ou que estejam sob o selo de uma editora de alcance nacional. “Por ser uma rede de livrarias presente em todo o país, existe um foco maior em best-sellers. Os livros costumam vir de São Paulo e são uma aposta do setor comercial”, explica Igor Santos, líder de livraria. Para Felipe Duque, editor e um dos fundadores da Revista Oblívio, de distribuição gratuita em Juiz de Fora, a preferência por autores internacionais não é um problema exclusivo da cidade. “O Brasil tem um público leitor pequeno, que em sua maioria privilegia literatura de auto-ajuda e autores populares. Há pouco espaço nas editoras para novos autores.” Mas se as portas parecem se fechar nas grandes redes e editoras, como chegar até o leitor e criar um público disposto a receber essas obras? A revista, criada em fevereiro de 2016, tenta

Foto: Ruth Flores

Juliana Dias

Vinícius Grossos discute temas como depressão e relações homoafetivas

fazer essa ponte e abrir espaço para textos autorais. A ideia é reunir e apresentar a escrita juiz-forana que acontece nos subterrâneos e que acaba ficando esquecida por falta de um veículo de apresentação. “É um trabalho árduo. Mas que, no fim, pode ajudar esses autores a serem lançados por grandes editoras, já que elas priorizam quem participa de projetos e já possui um público leitor.” Conquistar o público foi uma tarefa que o estudante da Universidade Federal de Juiz de Fora, Vinícius Grossos, conseguiu cumprir. Aos 24 anos e com quatro livros publicados, o autor sonhava com a carreira na literatura desde criança. Seu primeiro título, “Sereia Negra”, saiu de forma independente através de uma gráfica em 2014. “Lançar o livro foi a realização de um sonho. Mas eu queria usá-lo como pontapé inicial para conquistar um espaço maior.” Em 2015, seu segundo livro,

“O garoto quase atropelado”, saiu com o selo de uma editora, e isso garantiu que alcance em livrarias de todo país. Vinícius reconhece que esse isso foi importante para fisgar o público que, de acordo com o autor, quer encontrar o livro nas lojas para poder ter o produto em mãos, ainda que grande parte da divulgação seja feita online. Vinícius e Felipe concordam que o problema está na base e na falta de incentivo à leitura. “Penso que educação é uma peça central. Temos que criar leitores, e isso começa em casa e nas escolas”, afirma Duque. Além disso, Grossos ressalta que temas atuais, como depressão e relações homoafetivas, não são aceitos por algumas editoras. Contudo, ele acredita que o panorama é promissor: “De uns tempos para cá, tenho visto uma melhora e percebido que tanto as editoras quanto o mercado estão mais abertos para os autores nacionais.”

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Terça-feira, 08 de Agosto

Esporte

JF Guarás Rugby retoma atividades nesta semana Esporte se popularizou após virar modalidade olímpica em 2016

Foto divulgação JF Guarás Rugby Ivivid

Alice Xavier

Apesar dos treinamentos, time ainda não está inscrito em nenhuma competição

Durante muito tempo, o rugby foi um esporte pouco conhecido no Brasil. Isso mudou depois que ele voltou a ser modalidade olímpica, em 2016. Conhecido como um esporte democrático, pois não é necessário um padrão corporal para praticá-lo, vem ganhando vários atletas dispostos a conhecê-lo e participar de campeonatos. Esse retorno às Olimpíadas permitiu que, pelo país, o rugby se popularizasse, surgindo times por todos os lados. Em Juiz de Fora, o JF Guarás Rugby está sendo reestruturado, com novos atletas e nova identidade visual. O time foi criado em 2011, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), inicialmente voltado para alunos da universidade. Com o passar do tempo e o aumento do interesse em conhecer o esporte, houve a necessidade de abranger a participação de atletas a todas as pessoas que quisessem jogar. Segundo Pedro Lobão, atual treinador do time, a maioria dos atletas são alunos ou ex-alunos da universidade. “Sempre fomos muito abertos a novos membros,

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e essa é uma das políticas do time: aceitar a todos, independente da idade, gênero ou qualquer outro fator. O Guarás está sempre de portas abertas.” A política do grupo, de acolher todas as pessoas que se interessam pelo rugby, trouxe Camila Silva para a equipe. Ela se interessou após ter conhecido o esporte de perto, em um intercâmbio pela Irlanda. Ao retornar para Juiz de Fora, descobriu que existia um time na cidade e entrou em contato, passando a acompanhálos em viagens e treinos. Ela também destaca que ainda não há um time feminino do JF Guarás Rugby, mas a expectativa é que, futuramente, isso venha acontecer, pois já existem muitas mulheres treinando. Os integrante do time também se organizam para, além de atuar nos treinos, ajudar na promover o esporte a fim de popularizá-lo. Há uma equipe para divulgação e interação com as pessoas nas redes sociais. Recentemente, fizeram uma ação na praça cívica da UFJF, para recepcionar os calouros e

apresentaram uma demonstração do esporte. Victor Gerheim, membro da atual direção do time, disse que um dos principais objetivos é aumentar o contingente de atletas, para deixar todos bem treinados para o próximo ano e, assim, fecharem um time forte e coeso, para a modalidade de 15 (atletas) e também para a modalidade Seven (7 atletas). Ele ressalta também que o Guarás tem muita vontade de criar um time para mulheres, pois eles são convidados com muita frequência para participarem de campeonatos femininos. O JF Guarás Rugby ainda não está inscrito em nenhm campeonato, pois as competições são realizadas no segundo semestre. A expectativa é participar com o time na categoria Seven. Conheça o time: Treinos: Segundas: 18h Quintas: 20h Local: Campo FAEFID/UFJF Redes sociais: Facebook: jfguarasrugby Instagram: @jfguaras


Terça-feira, 08 de Agosto

Esporte

Inscrições para representar Flamengo no E-Brasileirão terminam nesta quarta Competição, que é uma parceria entre a CBF e o jogo Pro Evolution Soccer (Pes), seleciona gamers maiores de 16 anos para representar os times brasileiros

(Foto: CBF/Divulgação)

petições, premiações, audiência, estruturas profissionais para os atletas, etc. A NPN Gaming considera que ainda faltam conhecimento e acesso aos eSports em geral. Entretanto, afirmou que o e-Brasileirão vem exatamente para solucionar esse problema: ‘‘O evento vem para ajudar os eSports a se popularizarem ainda mais no Brasil, além de contribuir na inserção de clubes tradicionais de futebol do Brasil dentro da modalidade.’’

Guifera segura o troféu de campeão do E-Brasileirão da etapa de 2016

Ezequiel Florenzano

O período de inscrições para participar da primeira seletiva de jogadores para representar a equipe do Flamengo no E-Brasileirão terminará nesta quarta-feira (9), às 18h. A fim de competir na segunda edição do torneio, o jogador deverá se inscrever no link: www.battlefy.com/npngaming/seletivaflamengo Além disso, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o participante terá de garantir uma boa conexão de internet e possuir ou ter acesso ao jogo Pro Evolution Soccer (Pes) 2017 e ao PlayStation4 (PS4). Nesta primeira fase de disputa, há 3.072 vagas para os gamers, que serão divididos em duas seletivas online: uma aberta e uma exclusiva para sócio-torcedores, que serão realizadas no dia 12 deste mês, entre 9h e 23h30. A organizadora do evento, identificada como NPN Gaming, antiga Major League Gaming(MLG), revelou uma grande expectativa devido as mudanças em relação a primeira edição do evento. Segundo ela, ano passado, o e-Brasileirão foi praticamente um piloto, com todas as se-

letivas online ocorrendo em apenas um fim de semana. Campeão de 2016, Guilherme “Guifera” considera o evento como ponto de parida para sua carreira internacional, pois com a vitória ganhou uma vaga para competir no regional da América. Esse ano, o campeonato foi organizado de maneira que se extenda por mais ou menos cinco meses. “Estou treinando bastante on-line com meus amigos”, ressalta Guifera. O advogado juiz-forano Carlos Krepp, que participará da competição pela primeira vez, falou de sua expectativa acerca da disputa: ‘‘Quero participar porque acho que é uma iniciativa muito importante, para dar oportunidades aos praticantes dessa modalidade de jogos, e no mais por ser minha primeira vez na seletiva, acho que será um meio de ganhar experiência para os próximos campeonatos”. Apesar de ainda haver preconceito em relação aos eventos de eSports, eles já se são realizados em todos os aspectos de uma modalidade de esporte tradicional, com grandes com-

As fases da competição

Serão três classificados pelas seletivas abertas e quatro da seletiva exclusiva para quem for sócio-torcedor do clube. O último integrante é o representante oficial do clube na edição 2016 do e-Brasileirão. Esses oito players se enfrentarão numa chave mata-mata que será realizada dentro do estádio do clube que representa, em dia de jogo, em uma estrutura própria para a disputa. O vencedor dessa chave de eliminação simples será o representante oficial do clube. Este enfrentará os escolhidos dos outros clubes, em uma final com o dia cheio de partidas na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O grande campeão levará para casa dois ingressos para a semifinal da Champions League 17/18 e um troféu exclusivo, que será entregue na festa dos Melhores do Brasileirão. O título garante classificação para a etapa intercontinental do Pes League. O calendário completo da etapa online pode ser conferido no site oficial do torneio:www.e-brasileirao.com/datas-seletivas

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