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PORTUGAL sexta-feira 19 junho 2015 ano 10, nº 2333 Hoje 21° | 35°
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www.readmetro.com Diretor: Diogo Torgal Ferreira
“Mommy power”! É mãe e quer manter a forma? Dicas da Daniela pág. 06 Made in Portugal Três portugueses que triunfam no estrangeiro pág. 04
Culto
123RF
Daniela Ruah, diretora por um dia Especial. Vive na “Cidade das Estrelas”, mas mal houve oportunidade de a “apanhar” por terras portuguesas, não deixámos os nossos créditos por mãos alheias págs. 02 a 06 LAURA HAANPÄÄ
Dança. Fundação Calouste Gulbenkian extinguiu o seu ballet há dez anos Último diretor artístico afirma que País perdeu imenso com o fim da companhia. Instituição revela que mantém apoios a esta arte pág. 13
Nacional
Sexo com falta de proteção Um em cada três admite relações ocasionais sem preservativo pág. 14
Mundo
Encíclica de alerta ambiental Papa Francisco defende mudanças globais para libertar recursos pág. 12
Sport
Portugal entra a ganhar João Mário marcou o golo da vitória à Inglaterra no Euro Sub-21 pág. 18
www.readmetro.com SEXTA-FEIRA, 19 DE JUNHO DE 2015
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“Sinto um carinho muito mais óbvio aqui em Portugal” Entrevista. Tudo começou com um casting para a “namorada de Portugal”. Pelo meio, viajou para os EUA onde é a “mana” mais nova de um grupo de “galãs-que-fazem-cumprir-a-lei”. Casada e mãe de um filho, Daniela contou tudo ao metro. Como é que tudo começa? Como surge o casting para os “Jardins Proibidos”?
Um dia cheguei a casa da escola e vi um anúncio à procura de uma miúda entre os 14 e os 16 anos para ser a próxima “namorada de Portugal”. Lembro-me perfeitamente da expressão. Queriam uma miúda para protagonista de uma novela na TVI. Mas em vez de ficar com o papel de Teresa, fiquei com o papel de Sara, que fazia de melhor amiga dela. A Teresa era a Vera Kolodzig e a antagonista era a Maya Booth.
E esteve com elas recentemente...?
Sim! Fui visitá-las ao estúdio onde estão a gravar. Foi giríssimo porque há muitas pessoas da equipa técnica com quem já trabalhei. Como é ver a novela “Jardins Proibidos” continuar sem si?
A novela tem muitos atores que voltaram e outros novos. Mas claro que gostava de lá estar. Neste momento estou a ficar em casa da minha mãe. E assim que eles vão dormir, ponho a TV nas novelas.
Tenho saudades das pessoas. É giro ver como o mundo continuou depois de eu ir embora. As próprias instalações evoluíram imenso desde a minha época. Eram barracões na minha altura.
desculpas. Tinha de ter as melhores notas, ser a número um, voltar a Portugal e arranjar trabalho. Era super focada?
Aos 18 anos segue para Londres para estudar. Como foi essa mudança?
Sim! Aos 16 fui para Londres com o meu pai, num fim de semana, para ver universidades em que só me ia inscrever daí a dois anos [risos].
Fui com uma mentalidade muito particular. Queria ir e estudar. Fui eu a escolher o meu caminho, sem
Em Nova Iorque estudou no Lee Strasberg Institute. Havia o peso de todos
Que caraterísticas tem das suas várias raízes?
“Sou a pessoa mais desorganizada do mundo, o Dave dá em doido comigo. No dia a dia não sou, mas na planificação sou. Não me sinto produto dessas nacionalidades. São nomes. Sinto-me mais portuguesa”
DANIELA RUAH, A DIRETORA | 03 FOTOS LAURA HAANPÄÄ
os grandes nomes e lendas do cinema?
Peso não. Acho que no Actors Studio já se sente um peso diferente. Já tinha feito Artes Performativas em Londres e achei por bem focar-me na representação. Aproveitei estar nos EUA para arranjar um agente. Comecei a pôr nos sites o meu “demo reel” das novelas que tinha feito com legendas. A partir daí, podia ser chamada para trabalhos no que quer que fosse. Coisas que não eram pagas ou com “budget” baixíssimo. Um dia, numa leitura de mesa de guiões, que não era paga, estava lá o diretor de casting de uma das novelas mais antigas dos EUA, “Guiding Light”. Uns meses depois fui chamada para uma reunião com uma agente. Lá fui... e entornei a Coca-Cola toda no chão da receção. Nem acreditava que aquilo me estava a acontecer. Mas levei as minhas botas de cowboy vermelhas da sorte! E foi com essa agente que fiquei. Uns meses depois estava a gravar o piloto de “NCIS: Los Angeles” e fiz o casting para o filme de George Lucas. E já que falamos do “NCIS”, como é que é o LL Cool J? Dá os abraços mais
apertados e mais fofos. Adoro-o. É super carismático. Entra numa sala e pensas “star”! [estrela]... e não é porque se expõe, não é porque tem a mania. É a própria presença dele! Esta equipa do “NCIS” é uma família?
Sim. Sou a mana mais nova. E a única rapariga entre estas figuras de ação que andam pelas ruas de Los Angeles.
Quiz Uma Praia? Guincho. Uma cidade? Nova Iorque. Um filme? “Tootsie”. TV ou cinema? Os dois. Um ator? Dustin Hoffman. Uma atriz? Sandra Bullock. Uma música? “Uptown Funk”, Bruno Mars. Um hobbie? Jogging. Um desporto? Atletismo. Um clube? Seleção Nacional. Bola de Berlim ou Pastel de Nata? Pastel de Nata. LA ou Cascais? Cascais. Uma viagem? Taiti. Um sonho? Já o concretizei... ter um filho.
Quando chegou, eles faziam ideia de onde era Portugal?
Nem todos. Portugal não era um país no radar deles. Agora o Eric [Olsen], meu cunhado, farta-se de gozar comigo porque não há pessoa com quem eu fale, a quem não introduza a palavra Portugal [risos]. E já que fala no Eric, como conheceu o David, o seu marido?
O Eric já tinha dito que nos devíamos conhecer. Um dia convidou-me para casa de um amigo. Mas nunca foi algo forçado de ele dizer “Olha, está aqui o meu irmão!” e piscar o olho. Foi muito discreto. Plantou a semente na minha cabeça, na cabeça do Dave e até na cabeça dos pais (vim a saber depois). Apresentou-nos, mas nunca disse que era o irmão. A tarde foi passando e eu na conversa com uma pessoa que achava interessante. Às tantas, digo “Então Eric, onde é que está o teu irmão?” E ele aponta para o Dave,
a pessoa com quem eu tinha estado a falar. Aí, vocês começam a trabalhar juntos, pois ele é o duplo do Eric. Como foi?
Que sente mais falta de Portugal?
Acho que é mais a forma de estar. Fico com saudades da forma como nos exprimimos, da nossa energia.
Vou ser sincera. Ele é bastante envergonhado, quando está no trabalho é muito sério. Eu é que andava um bocadinho atrás dele [risos]. Começámos a sair, mas em segredo.
Onde sente que é a sua casa?
Casaram em Portugal e tiveram um filho, o River Isaac. Porquê este nome?
E os fãs manifestam-se mais cá ou lá?
Não há uma razão concreta. Fizemos uma lista e River estava lá. Ainda ficou sem nome dois dias depois de nascer. Eu queria um nome bíblico e ele um nome fora da caixa. E ficou River Isaac Ruah Olsen.
Tenho dois lares. Quando estou lá digo que vou voltar para casa, que é cá. Quando estou cá digo que vou voltar para casa, lá. Muito mais cá. Exprimem-se de forma diferente. Sinto um carinho muito mais óbvio aqui. Em Los Angeles, se vou a atravessar a rua e está a Julia Roberts ao meu lado, vão ligar a quem? A mim? [risos] Mas se for para o centro-oeste dos EUA ou à Europa, onde a nossa série é um estrondo, já é diferente.
O que mudou com a maternidade?
Os princípios não mudaram. Sempre vivi dentro do exemplo que queria passar aos meus filhos. Nunca fui de maluqueiras, bebedeiras, discotecas até às tantas. Mudou eu querer manter-me o máximo possível de boa saúde, durar o mais tempo possível para fazer parte da vida dele, porque ele precisa de mim. Se houver uma possibilidade de o meu filho não estar feliz há um curto-circuito na nossa cabeça.
E no meio destas temporadas de “NCIS: L.A.” não há planos para filmes?
Possibilidades há sempre, o problema é conciliar, porque começo a gravar a série no final de julho e acabo em maio. É muito difícil. A minha agente diz-me que me querem para um papel, mas não posso porque começam a filmar em agosto. E eu não posso. A prioridade é sempre a série. PATRÍCIA TADEIA E DIOGO TORGAL FERREIRA
Como é ser diretora por um dia?
“Quando surgiu esta possibilidade estava um bocadinho aterrorizada. Não tenho muito espírito de líder, gosto mais de ser liderada. Por isso sou atriz, tenho um realizador. Mas agora estou super entusiasmada! Já tenho vontade de ser outra vez!”
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‘Made in Portugal’ a brilhar fora do País Tal como Daniela Ruah, há mais jovens portugueses a dar nas vistas no estrangeiro, em diferentes áreas. Em busca de outras (e melhores) oportunidades deixaram a terra natal para acrescentarem valor próprio e ao nosso país. RAQUEL MADUREIRA Telmo Moreira Bailarino, EUA
Uma vida passada a dançar Para Telmo tudo começou na Escola de Dança do Conservatório Nacional, em Lisboa, onde se formou como bailarino. Atualmente na terceira temporada como membro da companhia Orlando Ballet, nos Estados Unidos da América, o jovem artista tem já na prateleira alguns prémios, com destaque para o de Melhor Bailarino Europeu, no escalão sénior, no concurso Youth American Grand Prix, realizado em Nova Iorque em 2007, bem como distinções importantes no reputado Prix de Lausanne e a participação em galas internacionais. “É muito gratificante ser reconhecido no meu país e poder partilhar a minha experiência e tudo o que aprendi através da dança”, conta Telmo ao metro, confrontado com o facto de ser apontado como uma figura portuguesa de destaque na sua área.
Madalena Alberto Atriz, Reino Unido
“Evita” conquistou o público
“É uma honra ser um alvo de inspiração, porque sinto que depois de muito trabalho e dedicação, poder viver o sonho é tanto um privilégio como uma recompensa”
Ana Cohen Investigadora, Canadá
Descoberta pode salvar vidas
Nasceu em Lisboa, é atriz, cantora, compositora e tem consolidado a sua carreira no West End, em Londres. Recentemente recebeu rasgados elogios da crítica e do público pelo papel como Eva Perón, no musical “Evita”, fazendo uma digressão pelo Reino Unido que lhe valeu também a nomeação para Melhor Atriz de Musical nos prémios “What’s On Stage Awards”. O teatro musical tem dominado a sua carreira, tendo ainda no currículo, entre muitos outros, os papéis de Lucy na “Ópera dos Três Vinténs” (Lisboa, 2005), Carmen Diaz em “Fame” (Reino Unido, 2007) e Hunyak em “Chicago” (Kuala Lumpur, 2007). “Portugal tem tantos talentos que todos nos devemos orgulhar”, diz Madalena ao metro, sentindo-se “lisonjeada pelo destaque e carinho” que tem recebido no nosso país.
Filha de mãe portuguesa com antepassados em Marrocos e pai de ascendência israelita, deixou Lisboa para tirar o curso de Genética na prestigiada Universidade de Glasgow, no Reino Unido. Hoje, com 26 anos, é investigadora na Universidade da Columbia Britânica, em Vancouver, onde está desde 2012. Descobriu uma nova mutação genética que causa uma doença rara de crescimento anormal do corpo – que predispõe os pacientes a terem cancro –, o que poderá ajudar a detetar mais precocemente tumores – a descoberta foi publicada na revista científica Journal of Human Genetics. Ao metro, Ana diz sentir-se “privilegiada pela diversidade de experiências” que já teve e tem a “esperança” de um dia voltar a Portugal “e contribuir para mais avanços no ramo da Genética”.
“Tenho tido o grande privilégio de fazer o que gosto e estou continuamente agradecida pelas oportunidades que têm vindo a surgir”
“Apesar de alguns sacrifícios, incluindo estar longe da família, sem dúvida que valeu a pena ir para fora e procurar a melhor formação ao meu alcance”
DANIELA RUAH, A DIRETORA | 05
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© DR
Praia do Guincho
“Uma praia icónica de Cascais, o local onde cresci. Com a sua lindíssima planície de areia perfeita e mar com ondas grandes, é uma paragem absolutamente essencial nas minhas vindas a Portugal.”
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Parque Marechal Carmona
“Situado na minha terra, em Cascais, é um parque perfeito para passear com os mais pequenos. Baloiços, escorregas, um relvado enorme para fazer um piquenique ou jogar à bola. Patos, galos, galinhas e pavões. Adoro o parque Carmona e o meu filho também!”
© JOÃO CORTESÃO
O Portugal da Daniela Pode ser uma estrela de Hollywood, mas se há coisa que Daniela Ruah se orgulha é da sua nacionalidade. Apesar de uma vida profissional frenética, a atriz portuguesa sempre que pode volta ao seu país. Conheça alguns dos seus locais de eleição.
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Restaurante Pharmácia
“Tal como diz o nome, este restaurante é uma autêntica farmácia... na decoração pelo menos. Os empregados estão fardados de batas brancas e sempre com um sorriso convidativo. A comida é deliciosa e a vista é a do miradouro de Sta. Catarina, como só Lisboa tem.”
Instituição de Ensino Crinabel
“Tenho muito carinho por esta instituição de ensino especial, já que a minha tia a frequentava. Lembro-me de a ir buscar à escola algumas vezes com a minha avó, e de me sentar numa plateia, nas festas de Natal, a ver outros alunos nas brilhantes peças de teatro que a escola encenava. Aplaudo também o Teatro Crinabel pelo incentivo que dão a estas crianças e adultos que, caso contrário, não encontrariam o gosto pela arte de estar em palco.”
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Museu Nacional do Traje
“Há muitos anos que não vou a este museu emblemático, mas por algum motivo é um espaço que me marcou em criança quando lá fui numa visita de estudo. Sentime criativa e com vontade de vestir as roupas numa peça de teatro e imaginar como viviam as pessoas em cada época/século.” © DR
© PAULO PIMENTA
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Uma boa corrida, seja para aquecer ou para aumentar o ritmo cardiovascular, dá sempre conta do recado... com uma boa companhia o esforço custa menos.
Toda a gente gosta de uma barriga bem “lisinha” ou de um “six pack” definido. Eis uma forma criativa (e mais exigente!) de fazer as clássicas flexões abdominais.
Uma questão de “mommy power”! Quem diz que com a maternidade uma mulher tem de abdicar de tempo para tomar conta da forma física? A nossa diretora mostra como se faz... e com um ajudante muito especial!
Seja para fazer flexões ou elevações de braços, nada como aproveitar todas as potencialidades de um carrinho de bebé para tornar os seus exercícios mais difíceis... e mais criativos.
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JORNAL
Aung San Suu Kyi
“A proteção dos direitos das minorias é um tema que deve ser abordado com muito, muito cuidado e tão rapidamente quanto possível (...) Não acredito que eles [Governo] estão a fazer suficiente” Na sua página de Facebook, a prémio Nobel da Paz e líder da oposição na Birmânia, Aung San Suu Kyi, instou o governo a abordar “com cuidado” a situação das minorias étnicas no país, com especial atenção para os rohingyas.
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Opinião
instagram do dia
DANIELA RUAH WWW.FACEBOOK.COM/OFICIALDANIELARUAH | WWW.TWITTER.COM/DANIELARUAH WWW.INSTAGRAM.COM/DANIELARUAH
Crónica da diretora São uma da manhã e escrevo estas palavras no sofá-cama do escritório de casa da minha mãe. Pouco glamoroso, já sei. Tenho cama própria, mas, até chegar a minha cara-metade daqui a uns dias, sou “refém” da família. Felizmente, há muito que desenvolvi síndrome de Estocolmo e, por isso, não tento nem quero fugir. Os miminhos são demasiado bem-vindos. Deitado ao meu lado está o meu filho River, que dorme tranquilamente, encostadinho a mim. Ouço atentamente a sua respiração. Mesmo quando durmo estou atenta. Talvez seja paranoia, ou talvez seja uma mega consciência que acorda quando damos à luz. Por vezes até pouso a mão no seu peito para sentir as rápidas batidas, e sorrio ao lembrar-me de que diz “bum-bum” sempre que lhe pergunto o que faz o coração. Este pequeno ser humano que de mim depende para sobreviver e desenvolver-se
numa pessoa saudável, bondosa, justa e lutadora. Que não tem medo de arriscar, falhar e voltar a arriscar. Que sabe que não é como caímos que nos define, mas como nos voltamos a pôr de pé. Estes pensamentos noturnos levaram-me à conclusão que queria dirigir uma edição do metro virada para aqueles portugueses em particular que quiseram “arriscar”, dentro das suas áreas. Na dança, no teatro musical, e na ciência, todas elas no estrangeiro e que levam o nome de Portugal além-fronteiras, chamando à atenção que, apesar da nossa situação nos últimos anos, produzimos talento com asas para voar. É provável que o River não cresça em Portugal, mas nele corre sangue português. Espero que encontre algo que o leve a descobrir o mundo, que se sinta realizado. E talvez um dia seja ele o meu “refém”, para eu mimar. Que volte para casa algumas vezes por ano, com os seus filhos.
@danielaruah
A diretora e a sua equipa Foi uma tarde muito bem passada. Daniela Ruah foi diretora desta edição do metro e tirou uma “selfie” com a equipa que liderou!
twitter do dia @neiltyson [Neil deGrasse Tyson] “Daqui a cinco mil milhões de anos o Sol vai expandir-se e engolir a nossa órbita ao mesmo tempo que aquilo que foi a nossa Terra se evapora. Bom dia.”
vídeo do dia E se em vez de ter um gato ou um cão tivesse um dinossauro a passear lá por casa? Um pequeno-almoço... diferente. Venha escrever connosco. Entre em facebook.com/metroportugal
Boa notícia do dia
Uma mulher nas notas de 10 dólares dos EUA O secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, anunciou ontem que, pela primeira vez desde 1896, vai figurar uma mulher nas notas norte-americanas de 10 dólares. As notas vão circular a partir de 2020 e quebrar a tradição de imprimir o rosto de homens notáveis da democracia norte-americana. Segundo a CNN, a última vez que tal aconteceu foi entre 1891 e 1896, altura em que o rosto de Martha Washington estava nas notas de 1 dólar. A nova figura feminina, ainda por escolher, vai substituir o retrato de Alexander Hamilton, a circular desde 1929. O lançamento vai coincidir com a celebração dos 100 anos da lei que concedeu às mulheres o direito de votar.
Mais um “capítulo” das “Sombras” Chegou ontem às livrarias mais um livro da escritora inglesa E. L. James, autora de “As 50 Sombras de Grey”. Desta vez, a obra é escrita a partir do ponto de vista do magnata dos negócios e fantasista sexual Christian Grey. O livro ainda não tem data oficial de lançamento em Portugal. © EPA
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NACIONAL | 09
Sobre a privatização da TAP, a tutela garantiu que o contrato que será assinado na próxima semana entre o Governo e a Gateway “não tem nenhuma cláusula diferente”. © PEDRO NUNES/LUSA
Resultado será vantajoso Transportes. O relatório preliminar do concurso à subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa será conhecido hoje. Governo diz ser um resultado “muito vantajoso” para as empresas. “Amanhã de manhã [hoje] será disponibilizado o relatório preliminar e o resultado, do ponto de vista financeiro, é muito vantajoso para ambas as empresas”, disse ontem o secretário de Estado dos Transportes, sem avançar detalhes. Falando em conferência de imprensa após a reunião semanal do Conselho de Ministros, Sérgio Monteiro assegurou que, através desta subconcessão, haverá “a eliminação integral das indemnizações compensatórias” e que não haverá aumento do preço dos bilhetes. “O valor dos bilhetes só pode aumentar [indexado] à taxa de inflação, a cada ano”, disse.
STCP
TAP
“A situação é extremamente delicada e é muito importante que a privatização se possa concluir com segurança jurídica” Segundo Sérgio Monteiro, “a segurança jurídica é um dos valores de maior importância para captar investimento”
Na segunda-feira foi anunciado que cinco candidatos apresentaram propostas para as subconcessões, das quais três são conjuntas às duas empresas: a da francesa RATP, a britânica National Express e a espanhola Avanza.
Metropolitano PEDRO COTRIM/LUSA
AMP contra alargamento da concessão de linhas A Área Metropolitana do Porto (AMP) e os seus municípios “acionarão todos os mecanismos legais” disponíveis para “impedir” a entrada em vigor da proposta que prevê o alargamento da concessão das linhas atualmente operadas pela STCP por dez anos. A garantia foi dada à agência Lusa pelo presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Hermínio Loureiro, sublinhando que a AMP “votou contra”.
Nova greve no dia 26 Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa entregaram um novo pré-aviso de greve de 24 horas para dia 26 de junho, contra a privatização e a reestruturação da empresa, disse ontem à agência Lusa fonte sindical.
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NACIONAL | 10
Um em cada três desprotegido Saúde. O maior inquérito em território nacional feito a homens que têm sexo com homens revelou que mais de um terço disse já ter tido relações ocasionais sem preservativo. De acordo com o estudo, mais de metade da amostra de 5.187 participantes “referiu ter tido sexo com parceiros ocasionais” no ano anterior, enquanto quatro em cada 10 estavam numa relação estável no momento da resposta. À agência Lusa, a investigadora Ana Fernandes Martins revelou ainda que “mais de metade da amostra disse ter sido vítima de algum tipo de violência no ano anterior, tanto intimidação como violência física e verbal”. O estudo indica ainda que “em relações ocasionais, e pelo menos uma vez” no ano anterior ao inquérito, 37,2% admitiram não ter usado preservativo. A investigadora do ISPUP realçou que não se pode considerar o estudo representativo da população portuguesa, uma vez que os inquiridos participaram depois de divulgação feita através de blogues, redes sociais e eventos dirigidos a um público de homens que têm sexo com homens. De acordo com o inquérito, cerca de 70% dos participantes identificaram-se como homossexuais.
Novo Banco. “Meios legais” contra grupo de protestos O Novo Banco vai exigir o apuramento de responsabilidades de participantes nos protestos dos clientes lesados do papel comercial que acusa de terem agredido verbal e fisicamente colaboradores do banco. “Hoje [ontem], uma vez mais, a Associação dos Lesados deu seguimento à estratégia de reivindicar as
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Sabia que... ... a taxa de fecundidade está a cair desde os anos 80 em Portugal? Em meados da década de 80, a taxa de fecundidade estava acima dos 100 entre os 20 e os 30 anos. Em 2014, a geração mais fecunda (30-34 anos) tem uma taxa de fecundidade de 82%. SAIBA MAIS SOBRE PORTUGAL E A EUROPA NA BASE DE DADOS PORDATA.PT
Inciativa
Jardim da Bia no Hospital Dona Estefânia
O estudo “aponta para uma necessidade de aumentar a realização do teste [do VIH] na população de homens que têm sexo com homens”. © 123RF
Apresentação O Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) teve a seu cargo o estudo em conjunto com o Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/sida. • Este será apresentado amanhã às 17h30 no ISPUP e é o resultado do trabalho a nível nacional realizado no âmbito do projeto EMIS, desenvolvido em 38 países da região europeia da Organização Mundial da Saúde.
suas pretensões recorrendo a métodos fora da lei”, disse em comunicado o banco liderado por Stock da Cunha, frisando que aquela entidade “impediu o acesso de colaboradores do Novo Banco ao seu local de trabalho, além de os insultar e, nalguns casos, agredir fisicamente”. E vincou: “Por essa razão, no seguimento do comunicado de 6 de maio, o Novo Banco vai exigir, por todos os meios legais, o apuramento das responsabilidades, que estão devidamente documentadas, junto dos mandantes e executantes das agressões verbais e físicas praticadas, incluindo membros dos órgãos sociais da Associação dos Lesados.”
“Não é uma total surpresa, esta baixa proporção de homens que dizem não usar preservativo. Claro que o que nós continuamos a pensar é que talvez haja uma menor aceitabilidade dos métodos de prevenção”, disse a investigadora, sublinhando que talvez se esteja “no caminho errado quanto à promoção da saúde”. Ana Fernandes Martins afirmou que os dados apontam no sentido da continuação da existência de “estigma como autoestigma, quando o próprio participante refere estar ainda dentro do armário, não falar acerca da orientação sexual”.
No âmbito da celebração do aniversário de Beatriz Quintella, fundadora da Operação Nariz Vermelho (ONV), será inaugurado a 25 de junho (quinta-feira) no Hospital Dona Estefânia, o Jardim da Bia. Este é um espaço lúdico-infantil – que conta com o jogo da Glória ou da Macaca – que espelha a missão da ex-presidente da ONV que viveu 50 ano em prol das crianças hospitalizadas.
Guimarães
Polo da Universidade da ONU recebe aprovação O Conselho de Ministros aprovou ontem a instalação em Guimarães de uma Unidade Operacional de Governação Eletrónica Orientada para Políticas (UNU-EGOV) da Universidade das Nações Unidas, resultante de um acordo com aquela instituição. A UNU-EGOV está instalada no Centro Avançado de Formação Pós-Graduada, em Couros.
Violência doméstica. Governo apoia vítimas com €500.000 O Governo atribuiu um reforço de meio milhão de euros a nove instituições que apoiam vítimas de violência doméstica, assinando nove cartas de compromisso com entidades que gerem estruturas de atendimento e acolhimento. Segundo a secretária de Estado da Igualdade, Teresa Morais, o reforço é feito com subvenções de receitas dos Jogos Sociais para “potenciar as capacidades de intervenção das instituições”.
Subvenções já permitiram entregar apoios, num total de 830 mil €, desde 2012. © 123RF
www.readmetro.com SEXTA-FEIRA, 19 DE JUNHO DE 2015
Eurogrupo sem acordo Grécia. O presidente do Eurogrupo disse que “não há ainda qualquer acordo à vista” com a Grécia, pois, “lamentavelmente”, foram muito poucos os progressos nas negociações. Falando no final de uma reunião do Eurogrupo, dominada pelo impasse nas negociações entre a Grécia e os credores, Jeroen Dijsselbloem apontou que “resta pouco tempo”, pois o atual programa de assistência à Grécia expira a 30 de junho, mas disse que “ainda é possível alcançar um acordo”, desde que a Grécia apresente, finalmente, propostas consideradas “credíveis” pelos seus parceiros e credores, o que não sucedeu ontem. Segundo o presidente do Eurogrupo da Zona Euro, “a bola está do lado da Grécia” e é às autoridades gregas que cabe “apresentar novas propostas nos próximos dias”, mas que devem ser “credíveis” e no quadro do acordo estabelecido entre Atenas e os seus parceiros no Eurogrupo de 20 de fevereiro. No entanto, o responsável admitiu uma extensão do atual resgate da Grécia caso haja acordo até final do mês, para dar tempo de desbloquear o dinheiro, mas disse também que os líderes europeus estão preparados para outras “eventualidades”.
O dia a dia dos mercados Petróleo
$64,27 (+0,62%)
Ouro
1.178,50 (-0,30%)
Já o comissário europeu para os assuntos económicos, Pierre Moscovici, usou um tom “duro” para com a Grécia. “Esperava que esta reunião fosse útil, mas não tenho certeza de poder usar esse termo”, afirmou, apelando ao governo grego para ir para a “mesa de negociações de maneira construtiva, aceitar compromissos razoáveis” e, assim, “evitar a catástrofe”. A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que o importante agora é “restaurar o diálogo” e que esse seja feito com “adultos na sala”.
5.583,05 (-0,01%)
Euro para: Dólar 1,140; Libra 0,718; Real 3,485
Mercado Puro
Escravos FILIPE GARCIA ECONOMISTA DA IMF
Não temos tempo? Claro... há mais distrações, solicitações, interações... confusões. O tempo que gastamos com informação, mensagens e feeds já era. E não se recupera. E pior ainda se passa: o tempo que passamos a trabalhar para os outros, sempre de graça! Precisamos de verificar datas das inspe-
ções, as faturas nas finanças e outras manigâncias. E impostos? Temos de os calcular e de os pagar. Somos doutorados em Logines, NIBes e NIFes. Temos de monitorizar os cartões e as comissões. Comprar online suga-nos o serão, as personalizações atrasam-nos, as comunicações de estimativas de consumo são uma urgência e onde está a paciência? Impensável não estar atentos às promoções, às fidelizações e às datas de validade dos cupões, dos descontos e dos talões. Chamam-lhe “cocriação”. É pura escravidão.
Tempo
1,6 Faltam menos de duas semanas para expirar o programa de assistência financeira a Atenas e da data limite para a Grécia pagar 1,6 mil M€ ao Fundo Monetário Internacional, ambas a 30 de junho.
Casa do Douro
Psi-20
ECONOMIA | 11
Pepper, um robô cheio de coração Eis Pepper, o robô desenvolvido pela SoftBank, criado para reconhecer e reagir a emoções. Foi apresentado numa conferência em Chiba, no Japão, e é capaz de captar sentimentos como a tristeza – ei-lo a entregar um maço de lenços de papel –, cantar, manter uma conversa... e até chorar. © REUTERS
BES
BPI
Alienação do stock só com autorização
Negociações suspensas mais dez dias
Banco catalão CaixaBank desiste da OPA
A direção cessante da extinta Casa do Douro (CD) pública quer vender o stock para pagar as dívidas, mas o Governo diz que os vinhos penhorados ao Estado e à Parvalorem só podem ser alienados com autorização dos credores. A CD possui uma dívida ao Estado na ordem dos 160 M€.
A administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) voltou ontem a prolongar a suspensão da negociação das ações e dos instrumentos de dívida do Banco Espírito Santo (BES) por dez dias úteis. A primeira suspensão foi a 4 de agosto e prorrogada sucessivamente por dez dias úteis.
O banco catalão CaixaBank anunciou ontem ter desistido da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o português BPI, banco do qual é o principal acionista. A justificação do CaixaBank é a de que “não se cumpriu a condição [estipulada na OPA] da eliminação do limite dos direitos de voto” imposto ao banco catalão.
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www.readmetro.com SEXTA-FEIRA, 19 DE JUNHO DE 2015
MUNDO | 12
Francisco: “Ouçam o grito da Terra!” Ambiente. A Igreja Católica publicou a primeira Encíclica (carta papal) apenas dedicada ao ambiente, e estabelece uma ligação entre a pobreza e a fragilidade do planeta. No texto de 180 páginas intitulado “Laudato Si – Sobre o Cuidado da Casa Comum”, o Papa Francisco adverte que o mundo tem de mudar, a começar pelas potências económicas mundiais. Estas, diz, devem dar o exemplo e libertar recursos para acudir os países mais necessitados. “Chegou a hora de aceitar crescer menos em algumas partes do mundo, disponibilizando recursos para outras partes poderem crescer de forma saudável”, escreveu o Sumo
Pontífice, num apelo a uma autêntica revolução social, ambiental e económica. E reforçou: “A verdadeira abordagem ecológica é sempre uma abordagem social que deve integrar a justiça nas discussões sobre o ambiente, para se ouvir quer o grito da Terra, quer o grito dos pobres.” O texto papal foi, claro, do agrado dos ambientalistas. À agência Lusa, Francisco Ferreira (Quercus) sublinhou que “a igreja tem margem para fazer chegar estes temas mais junto dos participantes e no diálogo com as diferentes forças ativas. Quem também gostou do que leu foi o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que aproveitou para exortar os governos a “colocarem o interesse geral acima dos interesses nacionais” no domínio do ambiente. RUI ALEXANDRE COELHO
Guerra pela água?
Duro: na Encíclica, Francisco apela às potências mundiais para salvarem o planeta, considerando que o consumismo ameaça destruir a Terra – transformada num “depósito de porcaria”. © REUTERS
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• “É previsível que o controlo da água por parte de grandes empresas mundiais se converta numa das principais fontes de conflitos deste século”, escreveu o Sumo Pontífice argentino, no extenso documento papal inteiramente dedicado ao ambiente.
Interpol
EUA. Suspeito de ataque contra igreja capturado A polícia norte-americana capturou Dylann Storm Roff, jovem branco de 21 anos que é apontado como o principal suspeito do massacre contra fiéis de uma igreja afro-americana em Charleston, Carolina do Sul, na noite de quarta-feira. O suspeito foi capturado ontem de manhã, na cidade de Shelby (Carolina do Norte), 14 horas depois de ter matado nove pessoas na igreja Emanuel AME (episcopal metodista africana) de Charleston. Dylann Storm Roff levou a cabo o tiroteio após uma sessão de estudo da Bíblia à qual o próprio assistiu. As autoridades estão a investigar o caso como sendo “um crime de ódio”.
Apreendidos milhões de medicamentos falsos Uma operação policial internacional contra o tráfico de medicamentos na Internet permitiu ontem apreender 20,7 milhões de fármacos falsificados ou ilegais, no valor aproximado de 81 milhões de dólares (71,8 milhões de euros), em 115 países, informou a Interpol.
ONU
Recorde de refugiados Conflitos e violência fizeram com que o número de pessoas forçadas a fugir das suas casas subisse para um recorde de 60 milhões em 2014, avançou a ACNUR – Agência da ONU para os Refugiados. Tal representa um aumento de 8,3 milhões de refugiados e pessoas deslocadas internamente face a 2013, o maior aumento de sempre num só ano.
Vítimas
6 dos nove mortos eram mulheres no massacre ao qual o líder dos EUA reagiu com “raiva, angústia e tristeza”. O presidente dos EUA, Barack Obama, lamentou ter de fazer declarações como a de ontem “demasiadas vezes”.
REUTERS
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Uma década sem Ballet Gulbenkian Dança. Foi em 2005 que a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) decidiu extinguir o Ballet Gulbenkian. Em dez anos, o que é que a dança portuguesa perdeu sem a atividade da companhia? “Perdemos imenso”, exclama Paulo Ribeiro, o último diretor artístico da companhia que, a 5 de julho de 2005, recebeu a notícia do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian que a companhia ia ser extinta. “O Ballet Gulbenkian era uma companhia de excelência. Na altura tínhamos duas: ainda havia a Companhia Nacional de Bailado [CNB, que resiste]. As duas companhias funcionavam como fatores de desenvolvimento e de qualidade relativamente à dança de repertório moderno. Além disso, projetava-nos no exterior! Éramos uma das melhores companhias a nível europeu e até mundial”, recorda. “Tanto que a
maior parte dos bailarinos saiu logo do País, convidados para ir [dançar] para os quatro cantos do mundo.” Paulo Ribeiro, que neste momento tem uma companhia de dança com o seu próprio nome – a trabalhar no Teatro Viriato, em Viseu –, considera que em Portugal “há uma série de escolas fantásticas”, com “intérpretes fantásticos prontos a sair para o mercado de trabalho e que vão todos emigrar. Aliás, a maior parte já tem trabalho lá fora.” O coreógrafo vinca que o Ballet Gulbenkian era um “enorme motor da dança portuguesa contemporânea”, um “espaço ideal onde podíamos ver remontagens dos nossos maiores coreógrafos: Olga Roriz, Rui Hor-
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ta, Clara Andermatt, João Fiadeiro, Vera Mantero... agora não há forma de remontar obras que foram ícones da dança portuguesa na década de 90, nem criar novo repertório.” “Era ótimo que a Fundação repensasse a situação”, diz o ex-diretor artístico, apesar de “não acreditar que isso possa acontecer”. De qualquer das formas, “a única maneira de reverter” a situação “seria voltar a haver uma outra companhia com elenco maior – pelo menos com 20 bailarinos”, que funcionasse como uma espécie de complemento à CNB. As companhias mais pequenas, como a que Paulo Ribeiro dirige, não conseguem garantir “a segurança laboral que uma grande companhia dá”, argumenta. “Creio que a Fundação [Calouste Gulbenkian] podia repensar ou reformular um projeto destes. É pouco para um país como Portugal ter só uma companhia.” BRUNO MARTINS
Daniela Ruah
© DR
Fundação. Manter apoios à dança Fundado em 1965, o Ballet Gulbenkian foi extinto em 2005 ao fim de 40 anos, decisão tomada “no quadro de reestruturação” da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), “face à alteração do panorama da dança em Portugal”, lia-se à época no comunicado. “As razões que levaram à ex-
tinção do Ballet Gulbenkian mantêm-se plenamente atuais”, explica ao metro Elisabete Caramelo, diretora de Comunicação da FCG. A mesma fonte salienta que após o fim da companhia, “a FCG criou o PAD – Programa de Apoio à Dança, destinado a apoiar projetos que promo-
vessem a dança portuguesa no circuito internacional e também projetos de criação inovadores, sobretudo de jovens criadores”, representando um investimento, em 10 anos, superior a “um milhão e 200 mil euros”. Além disso, salienta o apoio à “formação de jovens bailarinos através de bolsas para formação no estrangeiro”, num valor “superior a 700 mil euros no mesmo período”. B.M.
“Cresci a ver ballet. Ver as consequências [do fim do Ballet Gulbenkian] e perceber a obrigação dos bailarinos em saírem do País, entristece-me muito. Percebo ainda mais o significado do fim da companhia” A atriz Diretora Por Um Dia, que também tem formação em dança e artes performativas, sobre os dez anos sem Ballet Gulbenkian.
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tro lado: estou em Angola, mas o meu pensamento é em português, as minhas referências são poetas angolanos que tinham um alto domínio do português, por isso claro que a ideia de lusofonia é importante para mim, mas não me revejo em tudo o que se faz em nome dessa ideia. Como construiu a sua relação com a língua portuguesa?
Paulo Flores é hoje um dos maiores nomes da música popular de Angola, embaixador do semba no mundo e nome respeitado por várias gerações de músicos graças aos vários trunfos que colecionou ao longo de mais de 25 anos de carreira. O que é a lusofonia? Uma ideia bonita, mas irrealizável?
Há várias interpretações. Muitas vezes em termos institucionais e políticos nem sempre há uma coincidência com o que acontece na prática. E por vezes parece que entramos em contradição. Há o caso do recente Acordo Ortográfico: enquanto criador angolano que aprendeu português em Portugal custa-me um pouco entender porque estive tanto tempo a aprender algo que agora se altera com o que me parece ser uma única preocupação, de negócio. Por um lado entendo como a língua poderá evoluir para um modo em que cada vez falaremos um português mais espanhol, porque também há cada vez mais gente a falar espanhol (risos), mas temo que isso nos possa
PAULO FLORES O músico angolano é um dos nomes que vai pisar o palco d’O Sol da Caparica e um dos convocados por Rui Miguel Abreu a mostrar o que tem Debaixo da Língua.
“UMA MAGIA ÚNICA” levar a perdermos todas as nossas particularidades. A globalização deu-nos a todos um espaço para nos expormos, mas também uniformiza os gostos e as práticas. E começo a ter saudades de ir a um lugar que seja único por só aí existir algo que até possa fazer mal ao colesterol, mas que existe ali há 500 anos. A língua portuguesa tem uma magia única
que se vai perdendo um pouco com as transformações que vão sendo feitas em nome de facilitar a comunicação. Eu de cima do palco assisti a um gradual afastamento da língua, do entendimento que as pessoas têm da língua. Hoje sinto que se cantar para 10 milhões de angolanos, se calhar só um milhão me vai entender. Estou do ou-
Estudei em Lisboa e passava as férias grandes em Angola, o que me permitia experimentar as duas realidades. Aprendi tudo na escola portuguesa e lembro-me de ter dado um poema de um poeta angolano, o Viriato da Cruz, que era o “Namoro”. Foi a primeira vez que senti que a poesia de Angola era importante. E é curioso que ganhei esse gosto pelo que escreviam os poetas angolanos na escola portuguesa – uma prova de que a lusofonia existe. Depois do Viriato vieram outros: Alda Lara, António Jacinto, Aires de Almeida Santos – todos poetas que dominavam a língua portuguesa, mas que ao mesmo tempo começavam também a dar sinais de angolanidade. Lembro-me de um poema do Viriato que era o “Makèzu” que falava do pregão da avó Xima e aproveitava para relatar a sociedade de Luanda daquele tempo, misturando algumas palavras de Kimbundu, a língua que se fala no centro e norte de Angola. Tudo isso me apresentou também uma certa liberdade na abordagem à língua portuguesa: sabia que se usasse termos nossos eles pertenciam na mesma à língua portuguesa. Era muito jovem, apenas 16 anos, quando escrevi o meu primeiro disco: escrevi as músicas todas e era tudo muito livre – a inspiração vinha e eu misturava o português que tinha aprendido com todas as cadências, a gíria e o calão que eu trazia dos verões que passava RUI MIGUEL ABREU em Angola.
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A diretora anda a ler...
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LIVROS DE CABECEIRA “O Que Vejo e Não Esqueço” CATARINA FURTADO [A Esfera dos Livros] Um livro que nos envolve na importância e valor da solidariedade. “A Fórmula da Saudade” DANIEL OLIVEIRA [Oficina do Livro] Memórias de amor, vida e morte numa viagem entre o Brasil e Portugal.
Vila do Conde. GIRA-DISCOS “Curtas” conta com DO METRO 221 filmes
A diretora anda a ouvir...
“Do Princípio” (2014) TIAGO BETTENCOURT Daniela Ruah confessa que não ouve muita música, mas mesmo quando está longe do País, não deixa de prestar atenção aos músicos portugueses. Um disco da fadista Carminho podia ser uma escolha, mas a Diretora Por Um Dia acabou por sugerir o último disco de Tiago Bettencourt, marcado por um universo íntimo, mas com beats eletrónicos.
“Outliers” MALCOM GLADWELL [Dom Quixote] Os melhores e mais inteligentes, os mais famosos e mais bem sucedidos.
O festival internacional de cinema Curtas de Vila do Conde deste ano, a decorrer entre 4 e 12 de julho, vai incluir 221 filmes, provenientes de 45 países, procurando aumentar o número de visitantes. Na conferência de imprensa de apresentação da programação da 23.ª edição do Curtas, o membro da
Ao vivo
Vinho
D’Alva hoje no CCB
Winenique no Monsanto
Os D’Alva vão estar hoje à noite no Centro Cultural de Belém. Este é um concerto que serve para celebrar o primeiro aniversário do disco de estreia do grupo, “#Batequebate”. O concerto da banda de Ben Monteiro e de Alex D’Alva Teixeira começa às 21h e os bilhetes custam €11 e €13,5.
O Parque de Merendas do Moinho do Penedo, no Monsanto (Lisboa), recebe amanhã, a partir das 15h, um “winenique”. Trocado por miúdos: um piquenique com vinho. A entrada é livre: basta levar uma garrafa de vinho para partilhar. Inscreva-se no Facebook da “E Tudo o Vinho Levou” para garantir um copo!
LILIANA PEREIRA
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direção Nuno Rodrigues disse que esperam ultrapassar os 23 mil visitantes que atingiram em 2014, contando com um evento com 212 curtas-metragens, nove longas, cinco concertos e 11 exposições. Além de abrir com a antestreia nacional de “As Mil e Uma Noites”, de Miguel Gomes – os três volumes em dois dias –, na competição nacional estão a concurso obras de Sandro Aguilar, Salomé Lamas, Filipa César, Jorge Quintela, João Rosas, Basil da Cunha e Luís Alves de Matos. Do lado internacional, a competição conta com Virgil Widrich, Bill Plympton, Kleber Mendonça Filho AGÊNCIA LUSA e Sergei Loznitsa.
STORYBOARD PARA O FIM DE SEMANA Vida. Montebelo Aguieira 1atéBoa Lake Resort. Uma viagem Mortágua para espreitar e desfrutar de um verdadeiro paraíso nas águas da Barragem da Aguieira.
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K.O.B. by Oliver 2boaRestaurante. Caso fique por Lisboa, é uma oportunidade para provar
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as iguarias de um dos melhores restaurantes lisboetas. Lazer. FOX Life Mark It 3mercado Amanhã e domingo, um nas Docas de Alcântara com roupa de verão, joias, roupa infantil – com o valor das inscrições das bancas a reverter para a APAV. E ainda concertos de HMB e Carolina Deslandes!
123RF
Cultura. Quinta da Regaleira 4 É uma das mais eloquentes e misteriosas mansões filosofais de Sintra. Vale muito a visita. Filme. “Mad Max: Estrada da Fúria” Ainda em exibição, 5 o mais recente filme de George
5 SÉRGIO LEMOS
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Miller que recupera o imaginário do clássico de 1979!
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Horizontais: 1. Carta geográfica ou celeste. Mentecapto. 2. Bago do cacho da videira. Red. de fotografia. O espaço aéreo. 3. Chupar, sorver. O Inferno. 4. Instrumento de sopro, com ou sem pistões, de som estridente. Devoto. 5. Antigo Testamento (abrev.). Acertar. 6. Corroa. Espaço de 12 meses. Naquele lugar. 7. Desequilibrado (fig.). Elas. 8. Contr. da prep. em com o art. def. os. Gabinete de repouso ou de estudo durante o dia. 9. Terreno banhado pelo mar. Curar. 10. sobre (prep.) (prep.). Utensílio com que se junta e recolhe o dinheiro nas mesas de jogo. Órgão excretor que tem a função de formação da urina. 11. Semelhante ao mel. Fêmea do leão.
Palavras cruzadas
Um mapa para os ciclistas de Lisboa Na página 9 do Metro de quarta-feira, a ilustrar o artigo “Um mapa para os ciclistas de Lisboa” surge uma fotografia de 2 ciclistas a percorrer um passadiço no Parque das Nações, passadiço esse que no entanto é interdito a bicicletas, conforme devidamente assinalado no local. Assim, é com profundo pesar que verifico que o vosso jornal incentiva a transgressão por parte dos ciclistas. A prática de ciclismo deve ser incentivada mas juntamente com esta também o respeito pelas regras instituídas e que devem por todos ser observadas. Mais se lamenta e estranha este vosso lapso quando na mesma edição publicam um artigo que menciona “a degradação avançada dos 10 quilómetros de passadiço de madeira” no Parque das Nações, degradação essa também resultado da sua indevida utilização por parte de ciclistas que acham que apenas têm direitos e esquecem os seus elementares deveres de respeito e de cidadania. (...)
Verticais: 1. Jacinto bravo. Dez dezenas. 2. Ponho em relevo. Denominação. 3. Remunera. Cerimónia pública e solene (pl.). 4. Altar cristão. Todo o corpo celeste que gira no espaço. 5. Frigir. Contr. da prep. a com o art. def. os. 6. Contr. do pron. pess. compl. me e do pron. dem. o. Ameaçador. Contr. da prep. de com o art. def. o. 7. Designa o fim de tempo, distância (prep.). Que tem nós ou saliências. 8. Imbecil. Base aérea portuguesa. 9. Terreiro. Nome da letra R. 10. Graduação acima de soldado. Homem sem dignidade (fig.). 11. Discurso. Pessoa muito corpulenta (fig.).
Sudoku
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Solução cruzadas
Horizontais: 1. Mapa, Maluco. 2. Uva, Foto, Ar. 3. Sugar, Érebo. 4. Clarim, Pio. 5. AT, Atinar. 6. Roa, Ano, Ali. 7. Tarado, As. 8. Nos, Zoteca. 9. Costa, Sarar. 10. Em, Rodo, Rim. 11. Meloso, Leoa.
Metro Portugal Rua Luciana Stegagno Picchio, n.º 3, 1549-023 LISBOA - PORTUGAL E-mail: geral@metroportugal.com
Correio do leitor
Verticais: 1. Muscari, Cem. 2. Avulto, Nome. 3. Paga, Atos. 4. Ara, Astro. 5. Fritar, Aos. 6. Mo, Minaz, Do. 7. Até, Nodoso. 8. Lorpa, Ota. 9. Eira, Erre. 10. Cabo, Lacaio. 11. Oro, Bisarma.
Ficha técnica
LAZER | 17
Solução sudoku
PEDRO ALVES REIS
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3 SPORT
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João Mário encontrou o caminho da vitória Europeu Sub-21. Portugal bateu ontem a Inglaterra, por 1-0, na estreia da competição que está a decorrer na Rep. Checa. Segue-se a seleção de Itália, em jogo marcado para domingo. O começo não podia ter sido melhor: Portugal bateu Inglaterra no Europeu da categoria e divide o comando do Grupo B com a Suécia, que na outra partida de ontem, também do agrupamento, bateu a Itália (2-1). O selecionador nacional, Rui Jorge, apresentou um 11 sem surpresas com um quarteto defensivo composto por Esgaio, Paulo Oliveira, Ilori e Raphael Guerreiro, à frente do guardião José Sá. No meio-campo esteve William, Sérgio Oliveira, Bernardo Silva e João Mário. E a frente de ataque foi entregue a Cavaleiro e ao polivalente Ricardo Pereira.
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Sem golos na primeira parte, apesar das ocasiões para ambas as equipas, o único golo do encontro, que deu a vitória à equipa das quinas, foi apontado pelo médio João Mário, do Sporting, aos 57 minutos, na recarga a um remate do “monegasco” Bernardo Silva, que embateu no poste da baliza defendida por Butland, do Stoke City. O jogo não terminou sem se terem registado mais ocasiões de golo, mas a estrela Harry Kane, do Tottenham (Berahino, do WBA, está lesionado), não conseguiu enganar José Sá, do Marítimo. O próximo jogo é no domingo, frente à seleção de Itália (19h45, RTP1). L.C.
João Mário marcou o único golo do jogo realizado em Uherské Hradiste. © EPA
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E o medalhário vai aumentando Jogos Europeus. Júlio Ferreira conquistou ontem o bronze na categoria de -80 kg de taekwondo, no Azerbaijão. O português ficou no último lugar do pódio, após derrotar o norueguês Richard Ordemann no ponto de ouro, após um 5-5 no encontro de atribuição do terceiro lugar. Júlio Ferreira fez uma avaliação “superpositiva” da sua prestação, “apesar de não ter ganhado o ouro”. No ténis de mesa, Tiago Apolónia e Marcos Freitas foram eliminados nos “quartos” da prova individual. Tiago Apolónia perdeu com o bielorrusso Vladimir Samsonov e Marcos Freitas foi afastado pelo inglês Paul Drinkhall. Recorde-se que Portugal já conquistou a medalha de ouro na competição por equipas. Em ciclismo, Rafael Reis foi 19.º na prova de contrarrelógio.
Jogos de sucesso • Portugal já conquistou sete medalhas em Baku, após o ouro de Rui Bragança (-58 kg) no taekwondo e do ténis de mesa por equipas (Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Geraldo), bem como as pratas de João Silva no triatlo, João Costa no tiro e de Fernando Pimenta em K1 1.000 e 5.000 metros. • Emídio Guerreiro, secretário de Estado do Desporto, destacou o País estar “a ganhar medalhas com um volume e quantidade a que os portugueses não estão habituados”.
Hóquei. Portugal inicia Mundial no domingo Portugal estreia-se no domingo, frente à Alemanha, no Mundial que vai decorrer em La Roche-sur-Yon, França. A seleção nacional, que está no Grupo C, terá ainda como adversários Áustria e Brasil. A Espanha, campeã mundial, apresenta-se como grande candidata à vitória. Itália, campeã europeia, Argentina e Portugal também surgem como favoritos.
Futebol
Capitão Valter Neves, 31 anos, vai liderar a seleção portuguesa no mundial que começa hoje e termina a 27 de junho. © BRUNO PIRES
Futebol
Cédric no Southampton por verba até 6,5M€
Lateral Maxi Pereira a caminho do FC Porto
Cédric vai jogar no Southampton nas próximas quatro épocas. O lateral, 23 anos, custou aos ingleses um valor até 6,5M€, informou o clube leonino em comunicado enviado à Comissão de Mercados e Valores Mobiliários. O Sporting garantiu 15% da mais-valia numa futura transferência do internacional português, que na próxima época terminava contrato.
Maxi Pereira, 31 anos, está a caminho do FC Porto, recusando a proposta de renovação que lhe foi oferecida pelo Benfica. Segudo avançaram RTP e TVI, o lateral direito uruguaio, que se encontra no Chile a disputar a Copa América, irá assinar um vínculo válido por quatro épocas, indo auferir um salário de 2 M€ por época.
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