DR
Música Taylor Swift e Kendrick Lamar: uma nova geração de estrelas tomou conta dos Grammy pág. 07
Entrevista Myles Sanko, coqueluche da soul cantada com sotaque britânico pág. 06
PORTUGAL quarta-feira 17 fevereiro 2016 ano 11, nº 2476 Lisboa 4° | 14°
74.653
Porto 4° | 11°
pessoas like
www.readmetro.com Diretor: Diogo Torgal Ferreira
Hoje é dia de fazer horas extraordinárias Economia. Em Portugal, probabilidades de se trabalhar mais sobem à quarta-feira. A nível mundial é à segunda pág. 05 Nacional
Comprar depois de blogar Estudo revela que blogues de moda influenciam maioria dos leitores nas suas compras de roupa pág. 04
Sport Depois de atingida a imortalidade na cultura pop com o seu icónico Walter White, da série de TV “Breaking Bad”, Bryan Cranston volta a deslumbrar no novo filme, “Trumbo” págs. 10 e 11 © DR
Vitória ao cair do pano Golo de Jonas aos 90 minutos deixa Benfica em vantagem para segunda mão em São Petersburgo pág. 14
Focus
Reportagem. Lendário Alto da Fóia regressa à “Algarvia” 14 anos depois Hoje começa a 42ª Volta ao Algarve em bicicleta, edição que traz de volta um fim de etapa na mais intimidante subida da região. Não resistimos, e decidimos aceitar o desafio de subir ao Alto da Fóia pág. 02 PUB
www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2016
FOCUS | 02
Com a língua de fora, à conquista da Fóia Ciclismo. Começa hoje a 42ª Algarvia. Melhor pelotão de sempre em Portugal (Contador, Aru e outros) acaba uma das etapas na Fóia – algo inédito desde 2002. Razão suficiente para este jornalista trocar o sofá pelo selim e subir ao ponto mais alto a sul do Tejo (902m). RUI ALEXANDRE COELHO Por um ou outro motivo, o troço Monchique-Fóia tem sido intermitente na Volta ao Algarve; já foi até ignorado, como em 2015. Mas este ano a Fóia recupera a meta: será amanhã, após uma subida com cerca de 8 km e desnível médio acima de 6% (prémio de montanha de primeira categoria). Para trás terão ficado três escaladas. É a etapa rainha. Pedalar 8 km não é um feito por aí além. Mas pedalar essa distância a subir e sem a preparação física adequada pode passar num ápice de passeio a tortura. Até porque o verbo desistir fica bem é num dicionário, de preferência fechado. Para manter a coisa agradável, comecei a treinar com regularidade 15 dias antes, de modo que me sentia capaz de não fazer feio no dia do ataque à Fóia. A saída da vila foi duríssima – rampas de 20% de inclinação, segundo o
Último vencedor Alex Zülle impôs-se na Fóia, em 2002. Duvida-se que tenha gastado uma hora a chegar lá acima.
FOTOS: HUGO FERREIRA
gráfico de altimetria da app Strava. Quase fazia cavalinho sem querer. Lembrei-me dos conselhos dos especialistas para quem passa pior nestas subidas: encontrar o próprio ritmo e mantê-lo. E assim fiz, avançando apoiado numa combinação de mudanças de velocidade que me fazia pedalar quase sem sair do sítio. Vi mais bicicletas do que carros; inúmeros, os “maluquinhos” das “binas” que, como eu, escolheram aquela manhã para subir ao topo do Algarve. Desfrutei de um meio ambien-
te pontuado por laranjeiras, castanheiros, sobreiros ou fontes naturais; topei os turistas que batiam “chapas” para recordação nos miradouros; inalei o perfume intenso, ali constante, dos eucaliptos. Quase todos os ciclistas que passaram por mim deram-me bons-dias. Como nas aldeias, cumprimentam-se, conhecendo-se ou não. Uma grande família, a malta de licra. Não perdi a hipótese de esvaziar a bexiga à beira da estrada, um clássico. Foi a minha única paragem. Mais perto do topo as condições pioraram. A densa vegetação deu lugar a esporádicos arbustos e rochas de granito; o vento passou a soprar forte, a temperatura baixou e o horizonte – Fóia à vista – ficou dominado por equipamentos para telecomunicações. Parecia outro país. Num flash, pensei no sofá com carinho. Mas desistir não era opção. Uma hora após sair de Monchique lá chegaram ao fim os 8 km mais longos da minha vida. Uma vez no topo, a norte, avista-se o extenso Alentejo – o que os olhos alcançam, no fundo. A sul, quando as nuvens não atrapalham, vê-se quase toda a costa, incluindo o Cabo de São Vicente (Sagres). Pena que as nuvens tenham atrapalhado. Sacanas.
Etapas
Favoritos
Equipas
Cinco tiradas de hoje a domingo: 1ª: (Lagos-Albufeira; 163,9 km); 2ª (Lagoa-Fóia; 198, 6 km); 3ª (Sagres-Sagres; 18 km C/R) 4ª (S. B. Alportel-Tavira; 194 km) 5ª (Almodôvar-Malhão; 169 km)
Geraint Thomas (Sky) é o vencedor em título. Tudo dito. Alberto Contador (Tinkoff-Saxo) procura o “tri”, depois de ganhar a “Algarvia” em 2009 e 2010. Fabio Aru (Astana) tenta dar sequência ao título na Vuelta’15.
Regresso à estrada do FC Porto, com a W52, e do Sporting, com o Clube de Ciclismo de Tavira, engrandece edição que terá grandes equipas como a Sky ou a Katusha (Tiago Machado). Falta a Lampre de Rui Costa.
60 segundos
“Há duas boas etapas, teremos espetáculo” VÍTOR GAMITO GESTOR DE MARKETING E CONSULTOR DA GOLDNUTRITION, EX-CICLISTA PROFISISONAL E CORREDOR DE BTT
O que torna a “Algarvia” este fenómeno de popularidade, com metade das 24 equipas inscritas a serem da elite mundial?
Neste altura há menos provas a nível europeu, e as condições do nosso clima, sobretudo no Algarve, são as ideais. Neste momento treina-se no Dubai, no México, na Austrália... tenta-se fugir ao frio e à chuva. A Volta ao Algarve beneficia disso, além de que a região tem boas condições hoteleiras; e, para as equipas europeias, Portugal fica perto. O que esperar da edição deste ano?
Normalmente brilham os segundos planos das grandes equipas, mas nunca se sabe. Há duas boas etapas, com chegadas em alto: Fóia e Malhão (Loulé). Teremos espetáculo. O Vítor venceu a prova em 1994. Lembra-se dessa prova?
Já lá vão uns anos, não me lembro de muito. Disputei o título com o Cândido Barbosa, que estava a dar os primeiros passos. Talvez se lembre de um episódio mais caricato... esses ficam sempre.
Ah, isso sim. Houve uma etapa na pista de Tavira. Normalmente nas séries em pista dividia-se o pelotão em gupos. Rolava um de cada vez e ter colegas ou não no meu grupo era uma questão de sorte; naquele caso, não tinha. Lógico que a partir daí ninguém me iria ajudar, mas nesse tempo havia os chamados “arranjinhos”. O Tavira tinha vários corredores na minha série e abordou o Marco Chagas, diretor da minha equipa, a Sicasal-Acral, para negociar a ajuda. Estava sujeito a perder o título nessa etapa e o Marco aceitou. A ideia era cada volta ajudar um, mas na largada acelerei tanto que fiquei sozinho. Os ciclistas do Tavira acabaram por não me ajudar, mesmo que quisessem. Lógico que depois a minha R.A.C. equipa não pagou (risos).
www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2016
NACIONAL | 03
Empenho para acabar com isolamento
JORNAL
Energia. A Comissão Europeia (CE) garantiu ontem estar consciente do problema de isolamento da Península Ibérica e está a trabalhar para pôr em marcha as novas interconexões. Em Bruxelas, na apresentação de um pacote de segurança energética sustentável, que inclui uma estratégia para o gás natural liquefeito (GNL), o comissário da Energia afirmou ser “verdade que a Península Ibérica tem uma rede de gás importante, mas tem um problema de interconexões”. Miguel Arias Cañete acrescentou que “a CE está consciente dos problemas de isolamento da Península Ibérica, mas a Comissão está a trabalhar e estamos a avançar para pôr em marcha esses projetos [interligações, entre Portugal e Espanha e entre Espanha e França] tão brevemente quanto possível” .
A estratégia europeia para o GNL inclui a construção das “infraestruturas estratégicas necessárias para completar o mercado interno da energia” e no âmbito do pacote sobre segurança energética sustentável, o executivo comunitário lembrou as disparidades regionais no acesso ao GNL. O pacote de medidas visa dotar a UE dos “meios necessários para a transição energética global e para enfrentar possíveis interrupções do aprovisionamento energético”. Da lista constam a moderação da procura e o aumento da produção de energia, designadamente a partir de fontes renováveis.
1
Menos de metade das necessidades de gás da UE é satisfeita pela produção dos países, sendo o restante importado. © JAN ARRHÉNBORG PUB
www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2016
NACIONAL | 04
Blogues que são “stylists” Sociedade. Mais de 60% dos inquiridos num estudo realizado pelo IPAM – The Marketing School assumem que os blogues de moda influenciam as suas intenções de compra de roupa. Setenta e dois por cento dos inquiridos no estudo afirmam utilizar blogues de moda como uma fonte de informação pré-compra. “Destes, cerca de dois terços (64%) admitem que o faz ‘muitas vezes’ ou ‘quase sempre’”. Estas são algumas das conclusões do estudo “Blogues de moda e comportamento de compra: ciclo vicioso ou virtuoso?”, realizado pelo IPAM – The Marketing School. “Fonte de informação” ou “fonte de inspiração” são as principais razões apontadas pelos inquiridos para iniciar, consultar e manter a leitura destes blogues – o estudo revela ainda que 32,9% dos inquiridos visitam as páginas diariamente ou quase todos os dias (22,7%).
TAP
De assinalar ainda que três em cada quatro destes leitores (73%) admitem sentir-se mais influenciados pelos posts, críticas e opiniões partilhados pelos bloggers do que por qualquer outra forma de comunicação, como, por exemplo, banners. Já no que diz respeito à credibilidade da informação disponibilizada, 84% revelam depositar mais confiança nos blogues de moda que são orientados e trabalhados por consumidores do que os que são desenvolvidos por marcas. Por último, 80% dos inquiridos revelam ainda que os blogues desenvolvidos pelos consumidores exercem maior influência para a compra quando comparados com os blogues corporativos.
“Fashionista” tipo Este estudo do IPAM traça ainda o perfil-tipo dos leitores de blogues de moda em Portugal. • De acordo com o estudo, estes são jovens adultos e, na esmagadora maioria (98%), do sexo feminino. • 74% têm menos de 35 anos, mais de metade (61,4%) são solteiros e têm formação superior (86%). • Da autoria de André Carvalho, investigador e aluno de Mestrado do IPAM – The Marketing School, e tendo por base um inquérito efetuado junto de 498 leitores de blogues, este estudo tem como grande objetivo aferir de que forma os blogues de moda influenciam o comportamento de consumo dos leitores portugueses.
SNS. Dentistas nos centros de saúde A Ordem dos Médicos Dentistas entregou ontem ao Governo uma proposta para a colocação destes profissionais nos centros de saúde, adiantou à agência Lusa o bastonário Orlando Monteiro da Silva. “A proposta vai ser levada a cabo de forma faseada, através de experiências piloto em vários centros de saúde do País”, adiantou o responsável.
PJ. Número de perfis de ADN é muito reduzido O número de perfis de ADN disponíveis na base de dados é ainda “muito reduzido”, disse ontem o diretor do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária (PJ). Carlos Farinha defendeu que é “necessário ultrapassar problemas práticos” de modo a aumentar o número de perfis. Até segunda-feira, o País dispunha de um total de 4.600 perfis de condenados e de 1.939 amostras problema (amostras colhidas em locais de crimes).
INEM
PCP: solução do PS “não serve interesses do País”
Presidente demitido avança com processo
O PCP afirmou ontem que a solução encontrada pelo Governo PS para a TAP “não serve os interesses do País”. “Mesmo recuperando parte do capital para o Estado, a gestão da empresa mantém-se privada”, afirmou o líder parlamentar comunista, João Oliveira, em declarações no Parlamento.
O presidente do INEM, demitido pelo ministro da Saúde, vai agir administrativa e criminalmente contra os agentes que atuaram no processo que conduziu ao seu afastamento. Paulo Campos diz não ter dúvidas de que foi vítima de um processo conduzido politicamente, e que este é um caso de “saneamento político”.
Ensino
Estado financia turmas onde há oferta pública
DAVID MARTINS/CM
A associação dos colégios privados reconhece que o Estado financia turmas em zonas onde existe oferta pública, mas defende que a sobreposição de oferta se deve manter em nome da liberdade de escolha das famílias. Quem o disse foi o presidente da AEEP – Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, Rodrigo Queiroz e Melo.
“Excelente reunião de trabalho” O primeiro-ministro, António Costa, foi ontem recebido no Palácio de Queluz, durante aproximadamente duas horas e meia, pelo Presidente da República eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem disse ter tido uma “excelente reunião de trabalho”. © MÁRIO CRUZ/LUSA
www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2016
MUNDO | ECONOMIA | 05
Aviação. Ryanair com mais voos nas rotas suspenas da TAP A Ryanair anunciou ontem voos adicionais a partir do Porto para Barcelona, Milão e Bruxelas, rotas que foram suspensas pela TAP, e Madrid, bem como uma nova ligação para Varsóvia (Polónia) em outubro. A companhia aérea revelou o calendário de inverno, que inclui uma nova rota para a capital polaca e três ligações de inverno para Dublin, Liverpool e Valência, bem como voos
Petróleo O choque frontal entre dois comboios regionais no passado dia 9 de fevereiro, numa zona de floresta na Baviera, causou 11 mortos, cerca de 20 feridos graves e mais de 60 feridos ligeiros. © EPA
Erro humano no acidente mortal Alemanha. Colisão de comboios que fez 11 mortos perto de Munique foi provocado pelo funcionário responsável pela sinalização, avançam as autoridades germânicas. O acidente ferroviário fatal da semana passada foi provocado por “erro humano”, confirmaram ontem as autoridades alemãs. “Não existe qualquer indicação de problemas técnicos. A nossa investigação mostrou que foi um erro humano com consequências catastróficas”, disse Wolfgang Giese, procurador responsável pela investigação, em conferência de imprensa realizada pela comissão de inquérito ao acidente. O funcionário responsável pela sinalização no dia do acidente é apontado como o principal responsável e está acusado de homicídio por negligência, lesões ou interferência perigosa no tráfego ferroviá-
Síria
Citação
“Se o funcionário tivesse respeitado as regras (...) não teria existido nenhuma colisão entre comboios”
Turismo
Grupo de países acorda congelar a produção
Renovação de hotel em Monchique
Rússia, Arábia Saudita, Venezuela e Catar acordaram ontem congelar a produção de petróleo nos níveis de janeiro, informou o ministro da Energia e Indústria do Catar e presidente de turno da Organização de Países Exportadores de Petróleo, Saleh al Sada, que anunciou ainda que liderará uma ronda de contactos com países como o Irão e Iraque.
O grupo Macdonald Hotels & Resorts vai investir com o Fundo Discovery cinco milhões de euros na renovação de um antigo hotel em Monchique, no Algarve, fechado desde 2014 e que deverá reabrir no verão, anunciou ontem a empresa. O novo hotel terá 190 suites, spa, restaurantes, bares, piscinas , ginásio, cinema e sala de conferências.
Quarta-feira é dia de horas extras Emprego. Estudo revela quais os dias em que os colaboradores estão mais disponíveis para trabalhar até mais tarde.
Wolfgang Giese, procurador alemão responsável pela investigação
rio. O funcionário (não estava sob efeito de álcool ou drogas) que permitiu que os comboios oriundos de direções opostas viajassem na mesma via, fez uma chamada de emergência após ter percebido o erro, mas não obteve resposta.
ONU REUTERS
Damasco permite envio de ajuda aos cercados O governo sírio mostrou-se ontem disponível para participar numa nova ronda de negociações com a oposição em Genebra e permitir o envio de ajuda para regiões cercadas, na sequência da visita a Damasco do enviado da ONU, Staffan de Mistura. Entretanto, a Rússia negou que tenha bombardeado hospitais na Síria, na segunda-feira, e responsabilizou a coligação internacional pelos ataques.
adicionais para Madrid, Barcelona, Milão e Bruxelas. Esta estratégia permitirá, segundo a companhia, “transportar 3,4 milhões de clientes por ano e apoiar 2.600 empregos no Aeroporto do Porto”. Em janeiro, a TAP anunciara a suspensão a 27 de março de 4 rotas do Porto para Barcelona, Milão, Bruxelas e Roma, e outras cinco de Lisboa para vários destinos europeus.
Morreu Boutros-Ghali O Conselho de Segurança da ONU anunciou ontem a morte do ex-secretário geral da organização, Boutros Boutros-Ghali. O egípcio, de 93 anos, tinha sido internado num hospital do Cairo na semana passada.
Hoje é o dia. Por isso, prepare-se para sair mais tarde do trabalho. Um estudo da Regus revela que, em Portugal, os colaboradores têm uma maior probabilidade de realizar horas extras à quarta-feira, normalmente entre duas a quatro horas por semana. Já a nível mundial, o dia mais propício para fazer horas extras é a segunda-feira. Segundo o estudo, um horário laboral alargado tornou-se a norma com a maioria dos colaboradores a colocar pelo menos uma pequena quantidade de horas extras a cada semana. “Mais de um em cada dez (14%) pode estar perto de um burnout ao trabalhar semanalmente mais de 15h do que o previsto. Em Portugal, 11% dos profissionais encontram-se nesta situação”, lê-se no estudo a que o metro teve acesso. E claro, como não podia deixar de ser, à sexta-feira os profissionais estão ansiosos para sair mais cedo, e apenas 9% assumem fazer regularmenP.T. te horas extras neste dia.
Em Portugal, 11% dos inquiridos admitem fazer mais de 15 horas de trabalho extraordinário por semana. © JOÃO CORTESÃO
Número
44.000 colaboradores foram entrevistados para este estudo, em janeiro de 2015, via questionário online, em mais 100 países, incluindo Portugal– a pesquisa foi gerida pela empresa de estudos de mercado MindMetre Research.
2
www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2016
06 HUW GARRATT
CULTO
O seu último disco, “Forever Dreaming”, foi editado em 2014. São essas as canções que traz de volta a Portugal ou já há um disco novo na calha?
Jesse Hughes
“O controlo de armas em França impediu a morte de alguém no Bataclan? A única coisa que mudou na minha cabeça é que, até que ninguém tenha armas, toda a gente as deve ter” Republicano assumido e membro da National Rifle Association, o líder dos Eagles of Death Metal, banda cujo concerto no Bataclan foi interrompido por terroristas, defendeu, na televisão francesa que toda a gente tem o direito de andar armado para sua própria segurança.
É a pergunta que todos fazem (risos). Estou em estúdio neste momento. Vou estar a gravar nos próximos dois meses aquele que será o meu novo álbum – o terceiro. Talvez lá mais para o fim do verão.
MYLES SANKO O músico de Inglaterra estará amanhã pela primeira vez em Lisboa, no Musicbox, e volta à carga sábado na Casa da Música, no Porto, para revelar “Forever Dreaming”.
A PUXAR PELA SOUL
Então, para já, vai só interpretar as canções de “Forever Dreaming” e também do EP “Born in Black & White”?
Sim. É a primeira vez que vou estar em Lisboa e, apesar de voltar ao Porto, será a primeira vez que vou com o espetáculo completo, já que da última vez que aí estive foi a fazer a primeira parte dos Incognito... o concerto teve 50 minutos. Este tem quase duas horas. O Myles tem uma forte ligação à música soul. Quais são as suas grandes referências? Aquelas eternas, como Otis Redding e Marvin Gaye, ou também gosta de descobrir nova música?
Claro. Nesta altura estou muito ligado ao jazz, a ouvir muito mais do que alguma vez fiz. Mas gosto que o meu jazz tenha algum soul, uma espécie de toque moderno, com um bocadinho de hip hop.
Mas a música, para mim, não tem um prazo de validade como se fosse um pão. O que tenho vindo a descobrir é que, apesar de ser música dos anos 60 ou 70, quando ouço pela primeira vez soa-me a fresco! Há músicos incríveis a fazer música assim nesta altura, como o Gregory Porter, por exemplo. Mostrou-me que é possível fazer algo de novo neste mercado. O Christian Scott também é assim, mas numa vertente mais instrumental. São artistas que trazem algo de novo ao género. O Porter, por exemplo, trabalhou com os Disclosure. Ou o Jose James que fez um álbum muito ligado à eletrónica. Sente essa ligação?
Fui produtor de música mais eletrónica, e fui rapper também. Cresci com Rakeem, A Tribe Called Quest e De La Soul. Aliás, foram es-
tes nomes que me apresentaram a soul, ao jazz, porque eles andavam a “samplar” esses discos. Sinto que estou a voltar às origens para redefinir o meu caminho para o presente. Essa ligação vai estar mais presente no seu próximo álbum, ou vai continuar focado neste universo da soul e do jazz?
Um pintor não pode pintar o mesmo quadro duas vezes. Por isso, um compositor também não vai gravar a mesma música duas vezes: tens o teu estilo, mas és influenciado por diversas coisas. O novo disco vai chegar-se um bocadinho mais ao hip hop da minha geração, com uma base muito “groovy”, com muita música soul e uma influência muito forte do universo do jazz. Os músicos com quem trabalho hoje são de jazz e trazem naturalmente esses elementos.
É pena que ainda não possamos ouvir nos concertos do Musicbox e da Casa da Música um cheirinho daquilo que vai está a preparar.
É “top secret” e ainda estamos a gravar. Mas acreditem que vou voltar a Portugal com as novas canções e com um espetáculo completamente novo. BRUNO MARTINS
07
Kendrick e Taylor triunfam nos Grammy Música. Cinco troféus para Kendrick Lamar e o prémio de Melhor Álbum (“1989”) para Taylor Swift. Uma noite de glória para os dois artistas na prestigiada cerimónia. O rapper de Compton, que tinha 11 nomeações para a 58.ª edição daquela que é considerada a mais importante cerimónia de entrega de prémios da música, foi distinguido pelo Melhor Álbum de Rap (“To Pimp a Butterfly”), Melhor Canção e Atuação de Rap (“Alright”) e Melhor Colaboração de Rap (“These Walls”). Kendrick venceu ainda na categoria de Melhor Vídeo, mas pela sua participação no clip de “Bad Blood” de Taylor Swift, que foi a outra grande
vencedora da noite, ao levar para casa o gramofone dourado pelo Melhor Álbum do Ano, “1989” – Swift tornou-se, assim, na primeira artista feminina a ganhar por duas vezes o Grammy para o Melhor Álbum do Ano. O grupo norte-americano Alabama Shakes foi outro dos vencedores, ao arrecadar três prémios: Melhor Álbum de Música Alternativa (“Sound & Color”), Melhor Canção Rock, e Melhor Performance Rock (“Don’t Wanna Fight”). Já o inglês Ed Sheeran obteve dois galardões: Melhor Canção, com “Thinking Out Loud”; e o prémio de Melhor Perfomance Pop a Solo. O prémio de Melhor Gravação foi para a colaboração de Bruno Mars com Mark Ronson AGÊNCIA LUSA em “Uptown Funk”.
Citação
“Haverá quem tente minar o teu sucesso. Mas, se te concentrares no teu trabalho, não deixarás que te façam desviar” Kendrick Lamar levou para casa cinco Grammy e ainda subiu ao palco para criar uma fabulosa interpretação visual representativa do seu último trabalho, “To Pimp A Butterfly”. © REUTERS
Taylor Swift no discurso de aceitação do seu Grammy deixou um recado para Kanye West, que disse, numa música, que foi ele quem a fez famosa. PUB
Ao vivo
Exposição. A Lisboa de Edgar Pêra a três dimensões SARA RAFAE
Festival Rescaldo a partir de sexta-feira em Lisboa Começa na sexta-feira, e prolonga-se até 27 de fevereiro, a 9ª edição do Festival Rescaldo. O evento, na Culturgest e Galeria Zé dos Bois, arranca com atuações de Filipe Felizardo e OZO (Culturgest). O cartaz terá ainda nomes como Norberto Lobo, Black Bombaim, Gala Drop ou Acid Acid.
Concerto
Charlie Puth, de “See You Again”, no RiR’16 O cantor norte-americano Charlie Puth é a última confirmação do Rock in Rio-Lisboa (RiR’16) para atuar no Palco Mundo. Puth tem vindo a ganhar notoriedade com os temas “Marvin Gaye” e “See You Again” (que interpreta com Wiz Khalifa) e atua em Portugal a 29 de maio, com Ariana Grande e Avicii.
O realizador e artista plástico Edgar Pêra inaugura hoje, em Lisboa, a sua primeira exposição de fotografia em três dimensões, inspirada no universo de Fernando Pessoa e no ato de ver e de sentir. “Lisboa Revisitada – Photo-Liturgya Lisboeta & Kino-Exorcismo Pessoano” reúne uma instalação 3D digital e um conjunto de 40 fotografias concebidas para serem observadas em duas dimensões, numa primeira leitura, e em três dimensões com óculos anaglíficos. A exposição vai estar patente até 12 de março, com entrada livre.
Pêra encontra afinidades entre cinema, artes plásticas, literatura e fotografia. © DR
PUB
www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2016
10
“Negaram a Trumbo os direitos que eram dele por natureza” 7ª arte. Bryan Cranston chega esta semana ao grande ecrã no papel de Dalton Trumbo, um icónico escritor e guionista norte-americano perseguido várias décadas por ter sido um declarado membro do Partido Comunista. JOHN-MIGUEL SACRAMENTO EM HOLLYWOOD
Não foi fácil a Bryan Cranston chegar a este ponto de adoração popular. Durante anos tentou apenas ser reconhecido. Até que lhe ofereceram um trabalho no estardalhaço de uma meia hora televisiva chamada “Malcolm in the Middle”. Faria de pai-banana na periferia do caos diário, reagindo à ditadura doméstica das
crianças adolescentes. Cranston nem sequer era, especialmente, um ator de comédia. Mas foi escolhido. Alguns anos depois, terminado esse trabalho e um outro diametralmente oposto de título “Breaking Bad”, em que fez de professor de química seduzido pelo comércio mortal das drogas duras, o seu estatuto mudou. Consegue ser físico e apalhaçado ou
contido e perigoso, diabólico, cerebral. Agora é o Sir Anthony Hopkins quem lhe telefona a tecer elogios. O vigor de Bryan Cranston, sólido e humano, regressa para ilustrar um momento negro de histeria social, quando Dalton Trumbo, um guionista respeitado de Hollywood, foi apanhado no pavor vermelho da Guerra Fria. Atenção ao ar carinhoso e aos pequenos gestos de pai que o ator coloca numa
história dominada pela fúria, calúnia e injustiça. Porquê dar atenção a Dalton Trumbo neste momento do nosso percurso histórico? E porque não? Foi não só
um período negro na história de Hollywood, mas, sobretudo, um período negro da história dos Estados Unidos. Sempre que vemos liberdades civis em risco, é importante que falemos disso. Os cidadãos têm que enfrentar essas
Injustiças
“Proibiram-no [Trumbo] de ganhar a vida, de sustentar a família. E mandaram-no para a prisão – não porque ele havia cometido um crime, mas porque o governo decidiu exceder as suas obrigações”
CINEMA | 11
situações e proteger-se de tais atrocidades. Geralmente, esse tipo de liberdade é posta em causa pelas ditaduras, pelos regimes autoritários ou por um governo precário que subiu ao poder no coração de África. Nessas situações quase que nos ouvimos pensar “Pois, lá está, é inevitável”. Mas o problema é que aqueles excessos estavam a acontecer ao povo americano, conhecido por ter travado uma guerra civil de maneira a que certos direitos e garantias nunca mais fossem violados. As liberdades que usufruímos agora são sacrossantas. Não podemos esquecer nunca o terror que foi viver na subjugação, sob um governo colonial que nos controlava e suprimia a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, que impedia que os cidadãos se reunissem ou se manifestassem. Neste caso muito concreto, negaram a Trumbo os direitos que eram dele por natureza. Proibiram-no de ganhar vida, de sustentar a família. E mandaram-no para a prisão – não porque ele havia cometido um crime, mas porque o governo decidiu exceder as suas obrigações. Acha que, com o controlo dos meios de comunicação social pelos grandes poderes económicos, é cada vez mais fácil ao governo criar inimigos fictícios e situações de opacidade informativa?
Sou, sobretudo, um otimista. Creio que a tecnologia irá ajudar, no longo prazo. Para já, estamos a benefi-
ciar de alguns aspetos. Agora há câmaras de filmar que não deixam mentir. Repare, por exemplo, nos casos de excesso de uso de força por parte dos efetivos policiais: podemos voltar às imagens e verificar se o relatório preenchido pelos agentes da ordem está correto. Outro exemplo: os bombistas de Boston foram apanhados porque há mais tecnologia disponível. Estarmos rodeados de tecnologia e de informação faz com que tenhamos de estar cada vez mais atentos ao uso dessa mesma informação, especialmente num ciclo de noticiário rapidíssimo, instantâneo, como aquele que passou a estar disponível nas redes sociais. E o boato: era mais perigoso naquele tempo ou nos dias de hoje? Tenho ideia que continua a ser fácil propagandear um conceito que não tem base real para existir… Acho que
é muito importante o indivíduo dispor de mecanismos de controlo. Não podemos, simplesmente, abrir os canais de informação e absorver tudo o que dali vem. É natural que usemos a informação disponível na sociedade, mas também é importante não sermos usados pela informação disponível. Mas, de um modo geral, acho que a nova torrente informativa está a criar uma vaga de honestidade naquilo que é considerada a arena pública. O importante continua a ser o nosso sentido de liberdade. Continua-
Conotações
“A palavra ‘comunista’ passou a ser vista como a nova ameaça que iria dominar tudo e todos. O Trumbo só dizia ‘Não quero dominar o mundo todo. Quero apenas uns postos de trabalho’” mos a ter o direito de abrir ou fechar essa torneira que se diz informativa. Antes era mais fácil criar algo a partir do nada, ver a coisa crescer como um furacão. Hoje há sempre alguém que vem desmascarar tudo cinco minutos depois de o mito aparecer. Isso, bocas que falam colocam vidas em perigo. Refrescante foi ver a palavra “comunista” a merecer tratos de respeito e consideração num filme americano. Como viu essa questão? Chegou a compreender o medo que as pessoas foram obrigadas a sentir face à então provável guerra nuclear, face às estatísticas fratricidas expostas aos poucos pelos dissidentes… O caso es-
candaloso que o Dalton Trumbo teve de sofrer veio exatamente daí! O furacão criado pelo boato foi capaz de crescer. O governo foi capaz de acenar com o fantasma comunista e dizer às massas que o Partido Comunista Americano (PCA) tinha laços com Estaline e com o que estava a acontecer na Rússia. Não era nada disso. O PCA nasceu durante a Grande Depressão. Era apenas uma falange da força sindical, uma maneira de os trabalhado-
res terem voz numa fase em que não havia empregos. O que o trabalhador americano estava a dizer ao patronato era “Ei, toda a gente tem direito ao emprego. Todos nós temos que trabalhar. Há que partilhar o emprego. Contribuímos para o país e, portanto, agora queremos uma parte do que resta”. Será que essa ideia poderá um dia realmente vingar, na política central? Tenho dúvidas. Ou, e por falar nisso, Estaline não era comunista. Era um ditador. Um ditador totalitário fascizante. Um ser humano horrível. Mas a associação de palavras funcionou. Funciona sempre. Naquele caso, de repente a palavra “comunista” passou a ser vista como a nova ameaça que iria dominar tudo e todos. Isso deixava o Trumbo louco. Ele só dizia “Mas eu garanto que não quero dominar o mundo todo. Quero apenas uns postos de trabalho.” De facto, um raciocínio tem de estar muito distorcido quando a ideia de dar emprego à classe operária é vista como tentativa de dominar o mundo.
PUB
www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2016
LAZER | 13
OBJETO DE CULTO
Herge del Rio. Aristides Silva
Livros da Anita 1954 – Bélgica Para várias gerações de meninas portuguesas, a Anita será sempre... a Anita – apesar de o seu nome original ser Martine, nome para o qual mudou no ano passado por cá. Estes livros infantis, com ilustrações do belga Marcel Marlier e textos do escritor e poeta francês Gilbert Delahaye, começaram a circular em Portugal em 1966, pelas mãos da Editorial Verbo, tendo sido o primeiro título “Anita no Jardim Zoológico” –
Correio do leitor
Erros, mentiras e verdades... ... “A mentira só dura, enquanto a verdade não chega” diz o velho provérbio. Se houve Governo que nos mentiu foi, não há dúvida, o do Dr. Passos. Ainda é cedo para saber se o Governo do Dr. Costa seguirá o mesmo caminho, mas, aqui e acolá, já vão surgindo não digo mentiras, mas alguns erros: a transparência deveria ser um dos objetivos de qualquer ministro, e isso não é o que sucede com Vieira da Silva, da Segurança Social – esconde a lista dos beneficiários da Subvenção Vitalícia, porquê Sr. Ministro? Os combustíveis vão contribuir com a maior fatura nestas receitas – todos os impostos relacionados com os automóveis vão dar ao Estado mais de 1,3 mil milhões. Porquê Sr. Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais? Os 40 anos da Constituição celebram-se já no dia 2 de abril não no dia 1, o dia das mentiras... mas uma coisa é certa, os nossos governantes, por isto e por aquilo, continuam com erros e mentiras, e ainda a procissão vai no adro... TOMAZ ALBUQUERQUE
JOÃO FERRÃO
vídeo do dia
twitter do dia
Na madrugada de segunda-feira realizou-se a 58ª edição da gala dos Grammy. O tributo de Lady Gaga ao malogrado David Bowie foi um dos pontos altos da noite. Venha escrever connosco. Entre em facebook.com/metroportugal
Novo substantivo coletivo
JORGE MORAIS, PORTO
“Concentração absoluta! Na contagem regressiva para o #Rio2016. #Faltam171dias #RoadToRio.”
Horizontais: 1. A pessoa ou coisa masculina de que se fala. Relativo aos minerais. 2. Nem um. Pequeno barco de recreio ou de formas finas e adelgaçadas. 3. Príncipe indiano. Apanhar o peixe na água. 4. Gavinha. Na companhia de. O espaço aéreo. 5. Correria em terra inimiga para recolher lenha e víveres. Elas. 6. Panos de —: tapeçaria antiga que adornava as paredes, portas, galerias, etc. Enredo (fig.). 7. A segunda nota da escala natural. Relativo à sociedade. 8. O p grego. Possuir. Proteção (fig.). 9. Cortar em toros. Enfurecer. 10. Utopia. Descansar no sono. 11. Dilatou. Época notável.
Palavras cruzadas
Em tudo há uma lógica, e a gramática não sendo uma exceção os exemplos, multiplicando-se, justificam-se naturalmente. Debruçando-me sobre os substantivos coletivos, como se lembram, servem para com apenas uma palavra e no singular designar um conjunto ou um agrupamento de coisas ou de seres da mesma espécie, transmitindo dessa forma uma noção de multiplicidade. Exemplificando, e sem querer ser enfadonho, dois ou três exemplos: ramalhete, para um conjunto de flores; cardume, para o coletivo de peixes; coro, quando nos referimos a cantores. Mas a língua portuguesa, como língua viva, sempre se vai enriquecendo e evoluindo, e na passada sexta-feira de cinzas, em plena abstinência, nasce mais um substantivo coletivo – Centeno, quando quisermos dizer “Errata da errata da errata”. Parabéns ao seu criador.
@NeEvora [Nélson Évora]
Verticais: 1. Envolver em rede. Mulher que cria criança alheia. 2. Franco. Que rasteja. 3. Causar enjoo a. Letra grega correspondente ao i. 4. Letra do alfabeto arábico. Imita pancada ou designa procedimento rápido, decidido (interj.). Grande porção. 5. Mulo. Guarita de cão. 6. Obrigar a aceitar, constranger. Porco. 7. Pôr em circulação. Alternativa (conj.). 8. Aqui está. Altar cristão. Mover-se de um sítio para outro. 9. Brinquedo de criança. Aviso ou sinal de perigo. 10. Puxaram para cima. Brotar. 11. Recitar. Vestuário rústico feito de peles de ovelha ou carneiro, ainda com a lã.
Sudoku
•••••
Solução cruzadas Horizontais: 1. Ele, Mineral. 2. Nenhum, Iole. 3. Rajá, Pescar. 4. Elo, Com, Ar. 5. Azaria, As. 6. Arrás, Trama. 7. Ré, Social. 8. Pi, Ter, Asa. 9. Atorar, Irar. 10. Mito, Dormir. 11. Alargou, Era. Verticais: 1. Enredar, Ama. 2. Leal, Réptil. 3. Enjoar, Iota. 4. Há, Zás, Ror. 5. Mu, Casota. 6. Impor, Cerdo. 7. Emitir, Ou. 8. Eis, Ara, Ir. 9. Roca, Alarme. 10. Alaram, Sair. 11. Ler, Samarra.
A restauração está-lhe no sangue. Filho da cozinheira que dá nome ao restaurante, e sobrinho do relações públicas e chefe de sala Manuel, Aristides Silva é um dos responsáveis pelo sucesso em que se tornou o Dona Júlia, um restaurante a ter em conta sempre que se fala dos sabores tradicionais do Minho e/ou de sushi em Braga. O arroz de feijão encarnado com filetes de polvo panados; o cabritinho assado com batatas e grelos; e o famoso pudim abade de Priscos, já premiado pela confraria abade de Priscos, estão entre os pratos mais procurados. Aristides é o sushiman e responsável pela preparação dos pratos de sushi, sashimi e outros pratos tradicionais da culinária japonesa que podemos degustar na sala do 1º andar. O restaurante é muito agradável e o atendimento caloroso e simpático. Experimentem-no!
o primeiro livro de sempre a ser publicado, em 1954, foi “Martine à la Ferme” (“Anita na Quinta”). Esta menina doce e bem-comportada, criada depois do período conturbado que foi a Segunda Guerra Mundial, era a heroína das histórias, sendo os seus pais apenas personagens secundárias. O seu fiel amigo de quatro patas, o cão Pantufa, é que roubava às vezes o protagonismo. Por todo o mundo foram vendidos cerca de 85 milhões de exemplares. CATARINA PODEROSO
Solução sudoku
3 SPORT
www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2016
14
Salto glorioso de Jonas dá vantagem Champions. De repente, Jonas projetou-se mais alto que todos e, de cabeça, deu ao Benfica um precioso avanço de um golo na ronda com o Zenit. Em boa hora: estávamos no minuto 90. Esta crónica começa como o jogo, mal, com a denúncia de uma cotovelada de Javi García a Jonas, aos 20 segundos. Não é que a altura em que se agride mude algo, mas é inacreditável que no primeiro momento da partida já o médio espanhol esteja a aviar adversários. Um comportamento recorrente neste jogador, poucas vezes punido como devia. Passemos então ao futebol. O Benfica defrontou uma equipa que engana. Apesar de ser apenas sexto na Liga russa, e de chegar à Luz sem competir há dois meses, o Zenit tem jogadores e um técnico que sabem muito. Junta há bastante tempo, a equipa do Zenit só avançava e recua-
va pela certa. Os “oitavos” jogam-se a duas mãos: nunca o perderam de vista. Tal explica, em parte, a falta de ocasiões de golo numa e outra balizas. A falta de inspiração do Benfica, quatro dias depois da derrota com o FC Porto, explicava o resto. Depois da tal primeira parte amorfa, o Zenit reentrou bem. Ainda assim sem lances de golo cantado – algo que, aliás, nunca criou. Ao invés, embalado pelos adeptos, o Benfica partiu para uma reta final muito forte, tão forte que Jonas foi a tempo de desviar para as redes um livre lateral de Gaitán, após Criscito ser expulso. Um golo que pode fazer R.A.C. a diferença, na Rússia.
OITAVOS DE FINAL – 1.ª MÃO BENFICA
1
COMPRAMOS
0630 t 13"5" t 3&-»(*04
913 909 169
JUNTO À LOJA DO CIDADÃO DAS LARANJEIRAS RUA ABRANCHES FERRÃO, 8 – LOJA 2
MULTICREDITO
EMPRÉSTIMOS Consolidado - Reduza prestações até 60%
Crédito Pessoal | Pagamento dívidas Hipotecas e Outros Tel: 21 797 84 48 – 96 253 99 47 Ex: 20.000€ a 96 meses = 299€/mês – total: 29.315,8€. TAN: 9% e TAEG: 11,1% S/ seguro Empréstimos concedidos por entidades autorizadas. Mediador independente
Av.ª Júlio Dinis n.º 14, 2.º B, 1050-131 Lisboa (junto ao Campo Pequeno)
0
“Apanha que é goleador”, poderá ter pensado Pizzi, que perseguiu Jonas na sequência do golo da vitória. © LUSA
PUB
PRESTUS Laranjeiras
Estádio da Luz, Lisboa
ZENIT
AUTOTAPETES C. A. Rodrigues & Rodrigues, Lda. Desde 1961 TAPETES SOB MEDIDA
AUTOMÓVEIS E ENTRADAS
NOVAS INSTALAÇÕES Rua do Senhor, n.º 43 MATOSINHOS Tel. 225 375 503
15
Uns e outros, queixa-se o FCP Liga. FC Porto alvo de processo disciplinar. Em causa, críticas ao juiz do jogo com o Arouca publicadas em “newsletter”. Azuis e brancos falam de ataque seletivo à liberdade de expressão.
PSG sai na frente com o Chelsea Zlatan Ibrahimovic está de joelhos na imagem, mas quem assim ficou foi o Chelsea, derrotado em França, pelo PSG, por 2-1. O avançado internacional sueco marcou aos 39 minutos, antes de Obi Mikel empatar (45m). O uruguaio Cavani estabeleceu o resultado final (78m). © EPA
Espanha
Ténis
Os dragões estão revoltados. Consideram que a Liga quer “silenciar a livre expressão da opinião” – “um tique de outro tempo”. Em todo o caso, entendem que o seu comportamento não difere de práticas vistas noutras bandas. “Ninguém como Rui Gomes da Silva, vice-presidente do Benfica, ou Pedro Guerra, diretor de conteúdos da Benfica TV, atira sobre a arbitragem, com um vocabulário que todo o País conhece de trás para a frente, tantas vezes a ladainha é repetida à exaustão. Mas, a esses, a Comissão de Instrução e Inquéritos poupa, certamente porque não sabe, não vê, não lê”, pôde ler-se na edição de ontem da “Dragões Diário”. O FC Porto perdeu em casa com o Arouca, por 2-1, a 8 de fevereiro, em jogo da 21.ª ronda da Liga. No dia seguinte, a newsletter dos dragões indicava que a equipa portista “foi muito penalizada por uma arbitra-
Fórmula 1
gem de apito leve para os jogadores do FC Porto e que anulou um golo legal, que na altura daria o 2-1 a favor dos Dragões”. Sobre esse lance mal interpretado pela equipa liderada pelo juiz Rui Cista, foram referidas “coincidências familiares”. “Rui Costa, curiosamente, é irmão de Paulo Costa, membro do Conselho de Arbitragem. O adjunto de Lito Vidigal, curiosamente, é filho de Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem. Tudo coincidência. No caso, coincidências familiares.” R.A.C.
Citação
“Nada se passou, apenas pode ter sido um mal-entendido dos adeptos. Não houve nenhuma discussão com a administração” Maicon, Jogador do São Paulo, emprestado pelo FC Porto
Olimpismo EPA
“The Boss” tira final da Taça do Rei do Bernabéu
Serena fora do torneio do Catar devido a gripe
Comité de Portugal integra refugiados
Bruce Springsteen vai tocar no estádio Santiago Bernabéu a 21 de maio, dia da final da Taça do Rei. Assim, é garantido que os finalistas Barcelona e Sevilha não vão jogar em casa do Real Madrid, como pretendiam. A decisão agrada ao Real, que não queria ver o rival ‘Barça’ a festejar no estádio dos “blancos”, em caso de vitória. Do lado dos “blaugrana”, Luis Enrique ironizou: “Assim a minha equipa já não pode ir ao concerto.”
Serena Williams, líder do ranking mundial de ténis, tever de abdicar do torneio do Catar, que começa no domingo, devido a gripe. “Preciso de algum tempo para recuperar”, informou a norte-americana, numa nota distribuída pelos responsáveis do torneio. O anúncio surge menos de uma semana depois de a russa Maria Sharapova, outra cabeça de cartaz para esta edição, ter também retirado a sua inscrição, por lesão.
O Comité Olímpico de Portugal (COP) assinou um protocolo com o Conselho Português para os Refugiados (CPR), que visa integrar o desporto no plano de acolhimento e proporcionar melhor qualidade de vida. “É uma honra celebrar este protocolo com o COP, num momento importante como este”, disse a líder do CPR, Teresa Tito de Morais, na apresentação do projeto “Viver o Desporto – Abraçar o Futuro”.
Homenagem a Senna Foi inaugurada, em Monza, uma exposição de fotografia dedicada a Ayrton Senna. Intitula-se “Ayrton Senna. The Last Night”. O brasileiro morreu em 1994, num acidente durante o GP de San Marino, em Imola.
PUB
www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2016
Menos 69.000 funcionários em quatro anos Estado. Entre dezembro de 2011 e dezembro de 2015, o Estado perdeu mais de 69.000 funcionários, numa quebra de 9,5% em quatro anos. De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), a 31 de dezembro de 2015, o emprego no setor das administrações públicas situava-se em 658.565 postos de trabalho, revelando um aumento de cerca de 0,4% em termos homólogos (mais 2.509 postos de trabalho) e uma quebra de 9,5% face a 31 de dezembro de 2011 (correspondente a uma redução de mais de 69.000 postos de trabalho). A administração central é o subsetor que revela a maior diminuição de emprego em quatro anos, com uma redução de 49.500 postos de trabalho, que traduzem, em termos
Salário
1.402 euros era o valor da remuneração média mensal dos trabalhadores a tempo completo nas administrações públicas em outubro do ano passado.
percentuais, uma quebra de 9%. Já em comparação com o final do trimestre anterior, os dados indicam que o emprego nas administrações públicas cresceu 9.263 postos de trabalho (1,4%), em resultado do aumento do número de trabalhadores da administração central (mais 9.664).
Nacional
16 Na rede
Cavaco elogia ambição
www.factmag.com
O Presidente da República voltou a apresentar os portugueses como um povo que não baixa os braços e é capaz de superar as dificuldades nas “horas de prova”, com uma ambição que “supera qualquer desânimo”.
“Kanye West decidiu que ‘The Life of Pablo’ só vai estar disponível para stream ‘via’ Tidal, mas isso não significa que não sejam feitos downloads do disco. De acordo com o site TorrentFreak, o disco foi já descarregado cerca de 500.000 vezes pela plataforma BitTorrent. Também se encontra no top 10 do popular site The Pirate Bay.”
Mundo
Nicolas Sarkozy acusado O presidente francês Nicolas Sarkozy foi acusado de financiamento ilegal da sua campanha eleitoral para as presidenciais de 2012, anunciou ontem, em comunicado, o procurador da República de Paris.
Economia
Bolsa
O dia a dia dos mercados Petróleo
Ouro
Psi-20
$32,18 (-3,62%)
1.208,45 (-2,51%)
4.632,18 (-0,17%)
NOS reclama na Justiça A NOS colocou uma providência cautelar contra a MEO devido à suspensão das emissões do Porto Canal. A MEO, da PT Portugal, aplicou a medida a 11 de fevereiro devido à falta de acordo com a NOS.
Euro para: Dólar 1,113; Libra 0,779; Real 4,535
À espera do noivo para poder começar a procissão de casamento No interior da Índia, uma das grandes tradições dos casamentos é o barat: a procissão que acompanha o noivo da sua casa até casa da noiva. Nesta romaria há luzes e música, esta ao vivo e com banda a rigor. Dependendo do casamento, o conjunto musical pode ter até 25 elementos. Nos arredores de Nova Deli a banda espera pelo noivo para dar início à festa do matrimónio. © EPA
METRO PORTUGAL Título licenciado à Cofina Media, S.A. pertencente à PROPRIEDADE Metro International, S.A., EDITORA Cofina Media, S.A. Capital Social €22.523.420,40 Contribuinte 502 801 034, registada na C.R.C de Lisboa nº 502 801 034, Principal acionista Cofina, SGPS, S.A. (100%) CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Alda Delgado, António Simões Silva DIRETOR GERAL COMERCIAL Hernani Gomes DIRETORA GERAL DE MARKETING Isabel Rodrigues DIRETOR DE PRODUÇÃO António Simões da Silva DIRETOR COMERCIAL ONLINE José Frade DIRETOR DE INFORMÁTICA Rui Taveira DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS Nuno Jerónimo DIRETORA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Alda Delgado DIRETOR DE CIRCULAÇÃO E ASSINATURAS João Ferreira de Almeida DIRETORA RESEARCH Ondina Lourenço SEDE: Administração, Redação, Publicidade Rua Luciana Stegagno Picchio, 3, 1549-023 Lisboa Tel. 210 494 000 E-mail: geral@metroportugal.com N.º registo ERC: 124635, Depósito Legal: 220825/04, ISSN 2183-7228, Tiragem média 70.000 Periodicidade Diária Distribuição Gratuita Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas S.A. Rua Consiglieri Pedroso 90, Casal de Santa Leopoldina, 2730-053 Queluz de Baixo DEPARTAMENTO COMERCIAL DIRETOR COMERCIAL Ricardo Branco Diretora-adjunta Ana Silveira Agências Adriana Macedo, Daniel Barata, Margarida Rego, Paula Tavares, Raquel Pinto; Diretos João Pedro Rodrigues (Team Leader), Filomena Mestre, Helena Sanhudo, Joana Almeida, Luís Farinha Planeamento Maria da Luz Veiga Tel. 210 494 204/210 494 815; Fax 210 493 134 PORTO Tiago Medeiros (Coordenador), Gabriela Raposo Tel. 225 322 309 Fax 225 322 399 E-mail publicidade@metroportugal.com Ativações e Eventos Tânia Sant’ Ana (Team Leader), Carlota Montenegro, David Fernandes, Mafalda Esteves, Maria Barbosa DESIGN GRÁFICO Joana Pio, Rui Gonçalves DIRETORA MARKETING Isabel Rodrigues Diretor-adjunto João Aleixo Gestor de Produto Manuel Aleixo Passatempos Célia Carmo, Marta Tavares (info@clubedepassatempos.pt) CHEFE DE DISTRIBUIÇÃO José Magalhães Distribuição António Caldeira, Orlando Lopes (Porto) DIRETOR Diogo Torgal Ferreira Editor Executivo Magalhães Afonso Coordenador Bruno Martins Redação Luís Carmo, Patrícia Tadeia, Rui Alexandre Coelho, Raquel Madureira (Porto) Editora gráfica Sónia Santos Grafismo Rita Alves, Túlio Vasco Fotografia João Ferrão Assistente Ana Rodrigues Revisão Catarina Poderoso. ESTATUTO EDITORIAL O METRO é um jornal diário de informação geral, publicado de segunda a sexta-feira, com distribuição gratuita, de âmbito regional com enfoque maior nas áreas de Lisboa e Porto. No METRO a informação é independente de forças sociais, políticas ou religiosas, com a opinião restrita às colunas devidamente assinaladas como tal. Procuramos um jornalismo objetivo em que a imparcialidade seja evidente. O METRO dará todas as notícias relevantes no âmbito da sociedade, economia, política nacional e internacional, embora esteja particularmente focado nos assuntos regionais que afetam as populações da Grande Lisboa e do Grande Porto, e ainda nas áreas do desporto e da cultura. No METRO prometemos não escrever de mais, e a não nos esticarmos num texto quando a informação relevante não o obrigue. Escrever curto e claro é uma exigência para os nossos jornalistas de modo a simplificar a vida do leitor. O METRO usa maioritariamente conteúdos pesquisados e escritos pelos seus jornalistas, gráficos e fotógrafos, mas também recorre a agências de informação nacional e internacional.