20160525_pt_lisbon

Page 1

© JOÃO FERRÃO

THOMAS WALGRAVE

Ao vivo Rock in Rio recebe sexta-feira os Hollywood Vampires

Entrevista com o diretor do Alkantara Festival págs. 12 e 13

Lisboa Paula Rego recebe Medalha de Honra da cidade pág. 11

PORTUGAL quarta-feira 25 maio 2016 ano 11, nº 2544 Lisboa 15° | 21°

76.724

Porto 14° | 18°

pessoas like

www.readmetro.com Diretor: Diogo Torgal Ferreira

Marcelo em Belém, um “show” à parte Focus. Presidente da República tem um estilo único e está sempre “em todas”. Em Portugal e no mundo págs. 02 e 03 Nacional

Mundo

Prejuízo diário de €100.000 Governo sustenta que administração tem mandato para tentar recuperar viabilidade do porto de Lisboa pág. 05

Economia

“Razões sérias” para sanções

EPA

Presidente do Eurogrupo afirma que penalização a Portugal por excesso de défice “é uma possibilidade” pág. 10

Migrações. Diretor da OIM afirma que atual vaga “será positiva” a longo prazo

Sport Estreia amanhã “Bons Rapazes”, uma hilariante comédia que junta no ecrã os talentos de Russell Crowe e Ryan Gosling. Como a idade é um posto, entrevistámos o australiano págs. 14 e 15 © REUTERS

João Sousa entra a ganhar Tenista luso bate Damir Dzumhur na estreia em Roland-Garros pág. 19

William Swing diz que migrantes “estão disponíveis para tarefas que as pessoas na UE, EUA ou Japão, por exemplo, não querem fazer” pág. 09 PUB


www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

02

Marcelo, o Presidente ligado à corrente Belém. Num dicionário formal, “hiperatividade” é descrita como “excesso de atividade”. Num dicionário mais liberal poderia muito bem ser sinónimo de Marcelo Rebelo de Sousa. Na campanha presidencial, o Professor Marcelo, outrora comentador político num canal de televisão, elevou as expetativas, correndo o País de norte a sul, de manhã à noite, distribuindo beijos e abraços pelo povo, sorrindo, brincando, tirando selfies, provando as iguarias locais. Fez de tudo. Os mais céticos terão certamente pensado que aquele “show” de Marcelo era apenas para eleitor ver. Mas não: mesmo depois de ter tomado posse como Presidente da República, em março passado, Marcelo continua frenético, hiperativo, com uma agenda de “loucos” que o faz (continuar a) estar de manhã numa cidade para uma

inauguração, à hora de almoço noutro evento, noutra localidade e, à noite, até pode muito bem já estar noutro país, pois foram já várias as visitas oficiais diplomáticas do novo Chefe de Estado. Goste-se ou não do estilo de Marcelo Rebelo de Sousa, não há dúvidas: o novo inquilino de Belém é uma verdadeira “pop star” e deve estar na guestlist de tudo o que é evento em Portugal, já que o vemos em todo o lado. Ninguém para o Marcelo. Sobretudo porque este estilo contrasta – e muito – com o do seu antecessor, Aníbal Cavaco Silva. Pouco depois de ser eleito Presidente da República, uma sondagem da Axima-

Tal como Obama, ele canta e dança. Só não ficou com o cão Quem nunca comparou os estilos de Marcelo Rebelo de Sousa e do presidente dos EUA Barack Obama? São ambos divertidos, acarinhados pela maioria das pessoas com quem se cruzam, bons comunicadores, charmosos e com boa imagem e sabem brilhar na mais improvável

TIAGO PETINGA/LUSA

das situações, cantando e bailando. São dois fenómenos de popularidade, cada um à sua escala. Foram já muitas as vezes em que vimos o presidente norte-americano cantar e dançar. Ainda recentemente, celebrou o “Dia Star Wars” na Casa Branca, dançando com a primeira-dama Michelle e com personagens daquela famosa saga, ao som da música “Uptown Funk”, de Bruno Mars. Em contextos mais ou menos formais, Barack Obama já cantou e encantou o mundo inteiro, sem medo de mostrar os seus dotes vocais, sem medo de envergonhar uma nação. Mesmo sendo líder de uma potência chamada Estados Unidos da América.


FOCUS | 03 ge dava conta de que Marcelo Rebelo de Sousa chegaria ao cargo com a cotação em alta: para 88,7% dos inquiridos Marcelo foi apontado no futuro como “melhor Presidente que Cavaco”. Já 7,2% acreditavam que iria “ser igual” a Cavaco Silva e apenas 1,9% anteciparam que “iria ser pior”. O ritmo mais parado de Cavaco Silva, o maior distanciamento com os portugueses e até a (muitas vezes) falta de expressão facial e emocional do anterior Presidente são talvez os principais “culpados” pela popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa. O famoso episódio de Cavaco a falar aos jornalistas com a boca cheia de bolo-rei terá mesmo sido o ponto alto daquele Chefe de Estado enquanto pessoa mais terra a terra. Menos formal. Já Marcelo tem presença assídua nas redes sociais, sendo, por exemplo, alvo de gifs (vídeos de poucos segundos): só os mais desatentos nestas andanças terão perdido o gif do Presidente a dançar com alunas da Escola Portuguesa de Moçambique, em Maputo, ou desconhecem a página de humor “Marcelo a fazer coisas”, no Facebook. E a realidade é que Marcelo (ou os assessores) nem sequer têm de “se dar ao trabalho” de “postar” o dia a dia do Presidente nas redes sociais. São os próprios portugueses que o levam para lá.

Sorrir para toda a gente, quebrar o protocolo e fazer muitas vezes o que lhe apetece só para agradar a quem o elegeu, não faz de Marcelo Rebelo de Sousa um Presidente menos sério, menos profissional. Marcelo é, isso sim, menos rígido, mais flexível, é espontâneo, é – diga-se, sem problemas – mais divertido. E tem uma boa estratégia de comunicação. O vencedor das eleições presidenciais de 24 de janeiro pode até andar sempre “ligado à corrente”, mas quando fala, quando comenta questões decisivas do panorama político e económico nacional, Marcelo transmite calma e procura não alimentar divisões. E Marcelo também ouve. Escuta o povo que o aborda nas ruas e que conversa com o Presidente num “tu cá, tu lá” poucas vezes visto com anteriores Chefes de Estado. Marcelo Rebelo de Sousa, o Professor, ganhou palco na televisão aos domingos à noite, à conversa sobre a atualidade, sugerindo livros aos portugueses. Aí, nesses tempos, Marcelo era popular. Agora, enquanto Presidente da República, Marcelo é um fenómeno. É diferente. Mesmo que, lá mais para a frente, o mandato comece a dizer “bateria fraca” e Marcelo passe a ter um ritmo menos alucinante, mais “normal”. Porque, para já, parece ser especial. RAQUEL MADUREIRA

Tal como Marcelo, Barack Obama não é – ou pelo menos não mostra ser – pedante. Apresenta-se em público como um presidente simples, muitas vezes também quebrando o protocolo e dando-se até ao “luxo” de, por estes dias, ter jantado numa tasca, no Vietname. Convidado pelo chef Anthony Bourdain, o presidente dos EUA não teve problema algum em se sentar num banco de plástico, sem gravata, em “mangas de camisa”, bebendo uma cerveja diretamente da garrafa. E ao que parece, a patuscada custou apenas €5,35. Certamente que todos também se lembram do dia em que o mundo conheceu Bo, o cão de água português que a família Obama acolheu na Casa Branca, que entretanto até já recebeu uma irmã mais nova, Sunny, da mesma raça. Em março passado, também Marcelo Rebelo de Sousa foi presenteado pela Força Aérea Portuguesa com um pastor alemão de três

meses, chamado Asa. A diferença, e ao contrário de Obama, é que Belém alegou não ter condições nem espaço adequado para o animal, que acabou por ficar ao cuidado da GNR. A terminar este texto, Barack Obama escreveria, muito provavelmente, “God Bless America”. E o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa? O que escreveria? R.M.

REUTERS

O estilo de Marcelo

“Procura estabelecer uma ligação mais afetiva com os cidadãos” CARLOS JALALI POLITÓLOGO, DIRETOR DO MESTRADO EM CIÊNCIA POLÍTICA NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

Como classifica o estilo/presença pública do novo Presidente da República?

O Presidente tem procurado afirmar um estilo de maior proximidade com os cidadãos, sendo esta a dimensão mais evidente nestes meses iniciais de mandato. Com este estilo, o Presidente procura estabelecer uma ligação mais afetiva com os cidadãos, permitindo alargar a sua base de apoio. Há um outro aspeto a notar, a nível do discurso. Nas suas intervenções públicas, o Presidente tem procurado atenuar tensões, evitando polarizar os temas. Nesse sentido, o Presidente Marcelo tem seguido o modelo que definiu ainda antes de assumir funções, quando considerou que o País deseja e necessita de “acalmia, serenidade e desdramatização”. O presidente dos EUA é muitas vezes comparado a uma “rock star”. Vê semelhanças entre Marcelo Rebelo de Sousa e Barack Obama no que a aparições públicas diz respeito?

Portugal e EUA têm sistemas políticos muito distintos. Isso torna o cargo presidencial também muito diferente nos dois casos: nos EUA, o presidente é o chefe do executivo, enquanto em Portugal esse papel é essencialmente desempenhado pelo primeiro-ministro. Além disso, os dois países apresentam contextos sociais e culturais distintos, o que influencia a atuação presidencial. Nesse sentido, os dois presidentes apresentam discursos distintos e utilizam instrumentos de comunicação não inteiramente semelhantes (por exemplo, ao contrário de Marcelo, Obama tem/usa ativamente as redes sociais, tendo por exemplo uma conta Twitter com 75 milhões de seguidores). Salvaguardadas estas importantes diferenças, é de notar que Obama estabeleceu uma ligação afetiva com muitos cidadãos, sobretudo no início do seu mandato presidencial. Esta ligação mais afetiva que política é também algo que Marcelo tem procurado cultivar nestes primeiros meses.

Como comenta os índices de popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa?

Tanto nos EUA como em Portugal, e ainda que de formas diferentes, um dos principais instrumentos de poder do Presidente é o poder de persuadir. O que significa isto? Basicamente, que o sucesso de um Presidente depende da sua capacidade de mobilizar apoio popular (portanto, persuadir os cidadãos) e de usar esse apoio para persuadir outros agentes políticos (sobretudo congressistas e senadores nos EUA, versus governo e partidos em Portugal) e nesse sentido influenciar as decisões políticas. Marcelo procurou restabelecer a popularidade do Presidente, sabendo que muito do seu poder enquanto Presidente vai depender desta popularidade. Aliás, é de notar que, durante o mandato de Cavaco Silva e enquanto comentador, Marcelo também fez esta leitura: de que a popularidade de um Presidente tem impacto sobre a sua legitimidade e grau de influência. Quais as principais diferenças entre Marcelo e o seu antecessor Cavaco Silva?

Há uma diferença muito grande nos níveis de popularidade e na perceção pública de Cavaco Silva, no final do seu mandato, e agora de Marcelo no início do seu. Parece existir aqui um esforço consciente de Marcelo em restabelecer o Presidente enquanto figura mais popular do sistema político, e o estilo adotado sugere uma estratégia de mudança em relação ao passado. Contudo, importa aqui notar que a presidência de Cavaco Silva também começou com níveis muito elevados de popularidade em 2006, semelhantes (e nalguns meses superiores) aos de Marcelo nestes meses iniciais. É no segundo mandato, sobretudo após o resgate e num quadro de austeridade, que a popularidade de Cavaco cai, terminando em terrenos negativos. Por outras palavras, o contexto político, social e económico do país também influencia o desempenho de um Presidente. Será em contextos de crise que Marcelo enfrentará os maiores desafios R.M. da sua presidência.


1

JORNAL

www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

Medicamentos. 25% dos gastos resultam de “más práticas” A inspetora-geral das Atividades em Saúde disse ontem no Porto que “entre 10% a 25%” da despesa com medicamentos resulta de “más práticas, quer na contratação pública, quer mesmo ao nível da identificação de algumas práticas corruptas”. Leonor Furtado, que falava na abertura de um debate sobre “Fluxo Seguro no Medicamento”, referiu que foi realizada uma auditoria às farmácias hospitalares, direcionada à prescrição médica e à utilização racional do medicamento.

Número

19 A auditoria abrangeu 19 entidades – agrupamentos de centros de saúde e centros hospitalares. Neste momento, “temos a inspeção direcionada para 12 entidades”, afirmou a responsável. PUB

04

Sinistralidade

14 crianças feridas em acidente entre autocarros O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, prestou ontem assistência a “14 crianças”, feridas sem gravidade no acidente entre dois autocarros de transporte escolar, junto a Alverca, segundo informou uma fonte oficial da unidade hospitalar. A fonte do hospital escusou-se a avançar o tipo de ferimentos, embora referindo que não apresentavam gravidade.

Sociedade

Menos crianças desaparecidas em 2015 O serviço SOS-Criança sinalizou em 2015 menos casos de crianças desaparecidas, segundo dados do Instituto de Apoio à Criança (IAC). Em 2015, chegaram ao IAC, através da linha europeia gratuita 116 000, 35 novos casos de desaparecimentos, menos sete face a 2014, na maioria raparigas, acentuando-se a tendência do ano anterior.

Ministra disse que ajustes do mapa judiciário só deverão entrar em vigor em 2017. © LUSA

Justiça. Reabrir tribunais custa €500.000 A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, revelou ontem que a reativação de 20 tribunais reduz o custo da Justiça para “quem a ela recorre”, e que as alterações ao mapa judiciário implicam um investimento de €500.000. Isto porque a deslocação de testemunhas integra as custas de parte que são pagas no final do processo, por quem perde a ação.


NACIONAL | 05

Greve custa €100.000 por dia Estivadores. A greve no Porto de Lisboa está a causar um prejuízo diário de €100.000 e a administração tem mandato para retomar a sua viabilidade com o que estiver ao alcance. “A nível de diminuição da faturação dos operadores do Porto de Lisboa, a estimativa que apresentam é de €300.000 por dia”, disse ontem a ministra do Mar. Mas fazendo “um balanço a nível nacional, com transferência de carga e aumento dos custos dos outros portos e, conseguindo ponderar alguns dos que são dos prejuízos diretos sobre as empresas que utilizam os portos, chegamos à conclusão de que existe no mínimo um prejuízo de €100.000”, precisou.

Ao considerar que esta paralisação, no âmbito de um conflito “que se prolonga há quatro anos”, põe em causa a “sustentabilidade do Porto de Lisboa” e “afeta a economia nacional”, a ministra reconheceu que “a razão nunca está só de um lado, mas existem limites que não podem ser ultrapassados”. E precisou: “Um limite que não podia ser ultrapassado já foi, pôr em causa a viabilidade económica do Porto de Lisboa. O mandato que a nova administração tem é retomar a viabilidade do Porto de Lisboa e poderá fazêlo com o que estiver ao seu alcance do ponto de vista legal”. Ana Paula Figueiredo sublinhou que, “ao contrário de outros”, o Governo não está a violar a lei da greve ou a legislação aplicável em nenhuma das áreas.

Despedimento coletivo

Quase 4o estivadores concentraram-se ontem durante nove horas e manifestaram-se repetidamente quando um camião carregado com contentores deixava o terminal. © TIAGO PETINGA/LUSA

Os operadores do Porto de Lisboa vão avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, depois de o Sindicato dos Estivadores ter recusado uma nova proposta para um novo contrato coletivo de trabalho e prolongado a greve.

PUB


PUB

NACIONAL | 06

Estabilidade até às autárquicas Política. O Presidente da República disse ontem que não dará um passo para provocar instabilidade até ao outono de 2017. “Desiludam-se aqueles que pensam que o Presidente da República vai dar um passo sequer para provocar instabilidade neste ciclo que vai até às autárquicas. Depois das autárquicas, veremos o que é que se passa. Mas o ideal para Portugal, neste momento, é que o Governo dure e tenha sucesso”, disse Rebelo de Sousa. Segundo o Presidente, o “Governo existe para durar uma legislatura [quatro anos]. Há claramente um ciclo político marcado pelas autárquicas e portanto estar a especular sobre instabilidade política nesse ciclo não faz o mínimo sentido”, dis-

se. Instado a clarificar o que fará após as eleições autárquicas, Rebelo de Sousa respondeu que “quer dizer que o que é importante é que o Governo dure e que tenha sucesso”. “Não aproveita a ninguém o insucesso do Governo”, disse. O Chefe de Estado considerou que é precisa estabilidade para haver investimento e para a “formação bruta de capital fixo”, ou seja, “para aquilo que faz crescer a economia”. “Só há essa estabilidade se houver estabilidade política. O Presidente da República não vai contribuir para a instabilidade”, reforçou.

Sem participação “como jornalista” O comentador da TVI, António Costa, antigo diretor do DE, disse ontem que não teve participação “como jornalista” nas notícias sobre o Banif na noite de 13 de dezembro. Na comissão parlamentar de inquérito ao Banif, Costa estava nos estúdios para “contextualizar e comentar” as notícias da TVI. © LUSA

Bial

Lisboa JOÃO CORTESÃO/CM

Governo afirma confiança no laboratório O Governo solidarizou-se ontem com a Bial e manifestou confiança na farmacêutica, estimulando-a a prosseguir a investigação e desenvolvimento de projetos que contribuam para a economia portuguesa e para o bem-estar dos cidadãos. Não obstante, o Ministério da Economia afirma em comunicado estar a “acompanhar com especial atenção” o desenvolvimento do incidente ocorrido em janeiro, em França.

Câmara evita demolição da Fábrica Braço de Prata O edifício da Fábrica Braço de Prata esteve em risco de ser demolido, o que obrigou à intervenção da Câmara, revelou ontem a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa.


PUB


www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

08

Google alvo de buscas em Paris França. Empresa norte-americana investigada no âmbito de um processo por evasão fiscal, adiantam as autoridades gaulesas. Motor de busca garante não ter nada a temer. As autoridades tributárias francesas fizeram ontem buscas na sede da Google, em Paris, no âmbito de um processo de evasão fiscal. O objetivo do governo francês é conseguir 1,6 mil milhões de euros em impostos da multinacional norte-americana. “A investigação pretende verificar se a Google Irlanda tem uma base permanente em França e se, ao não declarar partes das suas atividades executadas em França, falhou nas suas obrigações fiscais, incluindo impostos sobre a atividade e IVA”, explicou a procuradoria francesa. PUB

À porta da Google em Paris está uma placa simbólica, mas ontem a empresa não se deve ter sentido com sorte. © REUTERS

A Google desvaloriza a operação e garante que está a “respeitar a lei francesa”. Motores de busca como Google e Yahoo ou outros gigantes da Internet obtêm receitas astronómicas no Reino Unido ou em França. No entanto, são tributados de forma diferente, pagando menos impostos nesses países, uma vez que têm as suas sedes noutros locais. No caso da Google, tem a sede na República da Irlanda, que tem uma carga fiscal considerada baixa. Note-se que a Google teve de pagar, em janeiro, 172 M€ de impostos em atraso ao Reino Unido, após uma investigação do fisco britânico. Mesmo pagando, a oposição britânica considerou o valor “irrisório” para uma empresa com um volume de negócios anual no L.C. Reino Unido de 4.480 M€.

Áustria

Extrema-direita diz estar preparada para governar Heinz-Christian Strache, líder do partido de extrema-direita FPÖ, afirmou ontem que o partido está “mais forte que nunca” e preparado para governar a Áustria, após a derrota por décimas nas presidenciais. O FPÖ teve 49,7% dos votos, menos 0,6% que o ecologista Alexander Van der Bellen, no que foi o seu melhor resultado de sempre numa eleição nacional.

Vietname

Obama quer liberdade O presidente dos EUA pronunciou-se ontem no Vietname a favor da liberdade de expressão e da democracia, considerando que são “valores universais”, longe de serem “uma ameaça à estabilidade”. No Vietname, governado pelo Partido Comunista, os candidatos independentes não têm acesso às eleições, os media são controlados pelo Estado e as vozes discordantes são silenciadas ou presas.


MUNDO | 09

Europa. Vaga de migração é positiva para a UE A atual vaga de migração vai ser “positiva”, a longo prazo, para a União Europeia (UE), considerou o diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM). William Swing afirmou à AFP, em Istambul, Turquia, que muitos do migrantes “trazem uma competência específica ou estão disponíveis para desempenhar tarefas que as pessoas na UE, EUA ou Japão, por exemplo, não querem fazer”, relembrando que há falta de mão de obra nos países envelhecidos da UE.

Destino: Europa

Sete militares ucranianos mortos em 24 horas Um rapaz segura o estilhaço de um morteiro na vila de Staromikhailovka, nos arredores de Donetsk. Sete militares ucranianos morreram em confrontos nas regiões rebeldes pró-russas no leste do país nas últimas 24 horas, o maior número de baixas no exército num só dia no último ano. O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, estimou em mais de 10.000 o número de mortos no conflito, pelo qual responsabiliza a Rússia, e calculou em mais de 20.000 os feridos. © REUTERS

1 milhão de migrantes, muitos deles refugiados da guerra da Síria e de outras zonas, chegou à Europa em 2015. Em 2016, até este mês, chegaram já 200 mil, através de rotas marítimas e terrestres. PUB


www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

Sanções em cima da mesa Eurogrupo. A aplicação de sanções a Portugal por défice excessivo é uma “possibilidade séria devido à situação atual do País”.

ECONOMIA | 10

O dia a dia dos mercados Petróleo

Ouro

Psi-20

$48,64 (+0,45%)

1.250,40 (-0,49%)

4.874,67 (+0,92%)

Euro para: Dólar 1,114; Libra 0,761; Real 3,991

“As sanções são absolutamente uma possibilidade, estão nas nossas regras e regulamentos, e quando olhamos para a situação atual em Portugal e Espanha há razões sérias para considerar a sua aplicação, mas iremos ouvir da Comissão o porquê da decisão”, disse ontem o presidente do Eurogrupo. De acordo com Jeroen Dijsselbloem, que falava à entrada para o Conselho de Ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo), o Governo de António Costa pode evitar as sanções se assegurar “que o orçamento se mantém dentro dos limites”, salientando ser este “um trabalho difícil”, assegurando poder dizê-lo “por experiência”. PUB

Mota-Engil

Lucro sobe para 64 M€

Dijsselbloem esperava receber informação do ministro das Finanças, Mário Centeno, sobre a situação orçamental portuguesa. © REUTERS

O lucro da Mota-Engil disparou para 64 M€ no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 1,783% face a 2015, quando tinha sido de 3,4 M€. “O crescimento justifica-se pela mais-valia da alienação da atividade portuária e logística, assim como pela resiliência na performance operacional e melhoria da performance financeira”, informou ontem a empresa.

Agricultura. Monsanto rejeita oferta da Bayer A Monsanto rejeitou ontem a oferta apresentada pela Bayer para a adquirir, mas afirmou-se disponível para negociações. O Conselho de Administração “considerou por unanimidade a oferta da Bayer AG incompleta e financeiramente desajustada, mas continua aberto a prosseguir conversações construtivas para determinar se é possível uma transação que seja do interesse dos acionistas da Monsanto”, revelou o grupo norte-americano em comunicado.

Proposta

62 mil milhões de dólares (55.000 M€) foi a oferta do grupo químico e farmacêutico alemão Bayer pela Monsanto. O objetivo é criar um gigante mundial de produtos químicos e sementes geneticamente modificadas.


www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

11

Os Vampiros vão à Bela Vista Música. Alice Cooper, Joe Perry e o ator Johnny Depp são os The Hollywood Vampires e vão tocar sexta-feira no Rock in Rio. Nascido há um ano, o grupo editou um álbum, composto sobretudo de versões, e deu alguns concertos, mas a primeira grande tournée acontecerá a partir deste mês, com passagem na sexta-feira pelo Rock in Rio – Lisboa. “Queremos deitar a casa abaixo”, afirmou o guitarrista Joe Perry – dos Aerosmith – à Lusa. Os The Hollywood Vampires surgiram como forma de homenagear um grupo de amigos que, na década de 1970, se reunia em torno do álcool e das drogas num clube em Los Angeles, nos EUA. Por lá passaram Marc Bolan, John Belushi, Ringo Starr ou John Lennon. O clube ainda existe hoje em dia, mas do grupo fundador, Alice Cooper é um dos poucos sobreviventes.

Embora tenham temas originais, a verdade é que o grupo toca mais versões de clássicos dos The Who, The Doors, Led Zeppelin, Rolling Stones ou Jimi Hendrix. O disco, homónimo, contou com muitas colaborações de peso, entre as quais Paul McCartney, Dave Grohl, Slash, Brian Johnson e Perry Farrell. LUSA

Citação

“Há algo em tocar uma música ao vivo que dá toda uma outra carga à vida de um músico, em particular a tipos como nós, que já andam nisto há tanto tempo”

Distinção

Paula Rego recebe medalha de Lisboa A pintora Paula Rego vai ser amanhã distinguida com a Medalha Municipal de Honra da cidade pela Câmara Municipal de Lisboa, numa sessão que decorrerá no Museu Bordalo Pinheiro. A medalha vai ser entregue pelo presidente da autarquia, Fernando Medina, antes da inauguração de uma exposição no museu, situado no Campo Grande.

2 CULTO

Cinema

VHS Nights: noites de filmes em fita magnética O DAMAS, na Voz do Operário, em Lisboa, recebe hoje, às 21h30, mais uma edição das VHS Nights, em que “a fita magnética ganha nova vida em noites dedicadas ao VHS”. “Grande Assalto” com argumento de John Carpenter, é o filme escolhido. O DJ Fita Danada convida depois à dança com “sintetizadores das profundezas”. Entrada livre.

Joe Perry, guitarrista Hollywood Vampires PUB


www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

12

THOMAS WALGRAVE Começa hoje, em Lisboa, a 14ª edição do Alkantara, Festival Internacional de Artes Performativas. O diretor conta-nos as suas ideias para este ano num evento que leva os mundos ao palco.

“ACREDITO NO IMPACTO DA ARTE NA SOCIEDADE” Parte com um conceito definido para cada edição ou são os espetáculos eleitos que dão o conceito ao festival?

São os espetáculos que dão origem ao conceito. Sempre funcionei assim. Trabalhamos com artistas com uma sensibilidade forte para apanhar o que está a acontecer à volta deles, cada um no seu canto do mundo. E sentem os temas fundamentais antes de chegarem aos jornais. Vamos à procura de perceber as ligações entre estes 25 espetáculos e projetos escolhidos. PUB

Sem ter um conceito, do que é que foi à procura?

É tudo muito intuitivo. O trabalho do programador é entrar numa sala com a mente o mais aberta possível, perceber espetáculos por dentro e tentar perceber a intenção do espetáculo. Como é que o festival tem contribuído para o aparecimento de um novo diálogo artístico?

Acredito muito no impacto da arte na sociedade. Mas sei que

é um processo lento. Vivemos numa cultura que vai à procura do imediato, mas na arte não funciona assim. Creio que o festival ajudou uma série de artistas portugueses a crescer. Um terço do programa deste ano é feito por portugueses, o que mostra que, apesar da situação financeira complicada, nomes como Marlene Freitas ou o Tiago Rodrigues, entre muitos outros, têm um impacto muito grande na cena cultural internacional.


CULTO | 13 © JOÃO FERRÃO

E é numa altura em que o País passa por problemas financeiros que tantos nomes conseguem sobressair...

Há uma urgência de contar o que está a acontecer aqui. Se calhar, a urgência é maior do que numa situação de conforto onde a cultura torna-se um luxo. Mas isso é universal: estive há pouco tempo no Kunstenfestivaldesarts, em Bruxelas – a primeira edição depois dos atentados –, e percebe-se que há uma urgência das pessoas juntarem-se, partilharem a experiência de uma sala de teatro. Pelo conforto que aí se encontra? Ou por um desconforto terapêutico?

É tudo isso. Estamos todos juntos, a partilhar o ar, as emoções. No Alkantara privilegiamos espetáculos com um olhar crítico e não necessariamente um desconforto. Nos teatros podem colocar-se em palco as coisas mais cruéis e incríveis e isso pode fazer-se com a proteção de uma sala de teatro. Um dos conceitos da edição deste ano é refletir no passado. “Regressar ao ponto em que rompemos com o passado para que possamos entender quem somos”, diz o vosso editorial. Porquê?

Nos últimos 50 anos, e em socieda-

Tome nota! O Alkantara recebe, de hoje até dia 11 de junho, 25 projetos – oito são portugueses. Arranca hoje com “E se Elas Fossem para Moscou?”, da brasileira Christiane Jatahy, no Teatro São Luiz. Nota ainda para os dois espetáculos do congolês Faustin Linyekula, o Artista na Cidade 2016. Os espetáculos acontecem no espaço Alkantara, CCB, Culturgest, Teatro Maria Matos, Jardim do Torel, Teatro S. Luiz, o Cinema S. Jorge e o Teatro Nacional D. Maria II. Programa completo e informações: www.alkantarafestival.pt

des que passaram por uma rutura abrupta – guerra, descolonização ou revolução –, pode ter-se criado a ideia de que é importante reinventar tudo. Mas é preciso perceber o que aconteceu antes das ruturas e há vários artistas que vão à procura de ver onde foi cortado o fio, para perceber o passado e projetar o futuro –, mas sem nostalgias. Para dar respostas ou novas equações?

Os artistas raramente dão respostas, mas ajudam-nos a reformular as questões.

B.M. PUB


www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

14

“Nunca penso fazer um determinado género de filme” 7ª arte. Russell Crowe e Ryan Gosling: uma dupla improvável que se junta, esta semana, em “Bons Rapazes”, uma comédia que se passa na LA dos anos 1970 com dois detetives de feitios diametralmente opostos. Russell Crowe conta-nos mais. JOHN-MIGUEL SACRAMENTO EM HOLLYWOOD

Russell Crowe, o garotão extraordinário que consegue emprestar todo o seu temperamento indomável a um cinema sedento de alguma coisa real que se salve no meio de tanto efeito sintético, está a ter um momento cómico. O senhor já dedicou parte da sua belíssima carreira a criar personagens que conseguem ser ao mesmo

tempo panorâmicas, como o cinema exige, e tangíveis na sua imperfeição – como manda a Academia. Foi ele, vindo dos mares do sul, quem nos deu “O Gladiador” ibérico capaz de implantar uma onda de fé e democracia no coração da Roma pretoriana. O ímpeto do homem podia ser sobre-humano, mas também era a mão dele que tocava na seara. Deus nosso,

com carne nos ossos. O senhor Crowe fez igualmente de génio com “Uma Mente Brilhante”, mostrando-se capaz de coordenar tiques físicos com muita serenidade no amor conjugal. Agora, aparece em algo ainda mais difícil de coordenar com harmonia: a gravata anos 70 com uma carpete felpuda ensopada em sangue. Sim, é verdade, a versatilidade do australiano extraordinário deu agora para a comédia de queda

sonora, piada com murro e dose de absurdismo ateu. Muito músculo, muito rigor dramático, modelo extra largo em cores garridas. O seu trabalho é geralmente pautado por grande dramatismo, risco, talvez mesmo vingança, sangue e morte. Quais foram os desafios deste exercício distinto, em que é necessário fazer com que o público se ria?

Sim, é verdade que há um certo registo dominante no meu

Citação

“Tinha visto três filmes dele [Ryan Gosling]. Achei que o moço era um bicho muito interessante. Percebi que estava ali para trabalhar, não para andar na brincadeira. É um grande estudante de cinema”


CINEMA | 15

percurso. Mas se for a ver bem, há momentos divertidos que aparecem aqui e ali. A minha ideia nunca é fazer um determinado género de filme ou personagem. Não sou esse tipo de ator. A minha reação é sempre reservada para o material escrito. Neste caso achei que a história tinha imensa pertinência. O assunto mantém-se pouco visto. É, de facto, possível regressar atrás no tempo e ver exatamente onde é que certas decisões governamentais corromperam o futuro da América. O tema pode não ser, em si, fonte de grandes gargalhadas. Mas, para uma comédia, acho que é novidade. Sabia também que o realizador Shane Black traria uma sensibilidade e uma perspetiva só dele. Foi difícil coordenar a comédia física com um ator mais novo e que não conhecia antes, o Ryan Gosling?

Tinha visto três filmes dele. O “Drive – Risco Duplo”, o “Amor, Estúpido e Louco” e o “Nos Idos de Março”. Achei que o moço era um bicho muito interessante. Percebi que estava ali para trabalhar, não para andar na brincadeira. É um grande estudante de cinema. Por isso, quando foi preciso criar aquela dinâmica desastrosa que vemos nos filmes do Harold Lloyd, Abbott e Costello, ou mesmo nos filmes do Gene Wilder, ele era sempre o primeiro

a atirar-se e a tentar tudo. Mesmo nos momentos em que o humor é de difícil concretização – como na cena em que ele tenta tapar o pénis quando faz chichi numa casa de banho pública, uma tentativa de dignidade num sítio baratucho – era preciso que o momento resultasse. Tem tudo a ver com movimento, ação, coreografia. É preciso ter conversas sérias sobre como tornar a cena mais eficiente. Exatamente como se a cena fosse de decapitação e de carnificina. Foi muito divertido trabalhar com alguém assim. Já pode falar do seu filme seguinte, “A Múmia”?

Ainda não começámos a filmar. Mas vai ser uma viagem visual e emotiva fantástica porque a Universal quer mesmo configurar a história de maneira a que seja relevante para o novo público. Garanto que conseguirá assustar muita gente, isso digo-lhe já. Vou estar a filmar com o Tom Cruise, que admiro desde há muito. Repare que ele já era uma figura de grande sucesso no cinema quando ainda fazia teatro independente em Sydney. Sei que o Russell nasceu no fim do mundo, vive no fim do mundo e adora sobretudo tocar a sua música nos palcos mais distantes da histeria mediática que acompanha o estrelato de Hollywood. Mas que relação têm os seus filhos com as coisas da fama?

Citação

“Humor? Tem tudo a ver com movimento, ação, coreografia. É preciso ter conversas sérias sobre como tornar a cena mais eficiente. Tal como se a cena fosse de decapitação e de carnificina” Estão conscientes disso, agora que já cresceram um bocadinho, ou continua a protegê-los de coisa tão mortal?

Tento, em tudo o que tem a ver com celebridade ou fama, dar um ar leve e casual à conversa. Sei que, talvez entre 2001 e 2003, passei por momentos em que parecia que estava a sucumbir à pressão. Mas, agora, tento exibir alguma graciosidade perante a inevitabilidade. A felicidade é uma escolha pessoal. Faço sempre um esforço para me sentir agradecido diante das muitas maravilhas e momentos únicos em família que a minha vida profissional tem proporcionado. Como é que os miúdos têm lidado com isso tudo: as bolandas domésticas, a separação, a atenção que o Russell recebe quando está num local público?

Um dos meus miúdos disse-me há tempos que talvez não fosse boa ideia manter tão afastadas as pessoas que querem tirar fotos comigo, na rua. “Sei que fazes isso por mim e pelo Charlie. Mas, pai, assim estás a deixar triste tanta gente.” Concordei em mudar a minha relação com o exterior. Mas disse-lhe que tivesse cuidado

com o pedido, porque uma mudança assim iria ter impacto direto no tempo que íamos passar juntos. Fiz-lhe ver que iria ser muito mais difícil qualquer movimento entre um qualquer ponto A até a um qualquer ponto B. Saímos e, a meio da manhã, contámos que tive de posar umas, vá lá, 20 vezes. A meio da tarde íamos nas 50. Ao fim do dia, talvez 70. No segundo dia da “política nova” fomos logo de manhã dar um passeio e tropeçámos de caras com um grupo de turistas. Na área periférica de visão lá estava o miúdo a dizer-me por gestos “Urgente, urgente, chegou o momento de mudar outra vez a regra de comportamento!” O miúdo tinha sete anos. Agora tem nove. No geral, gosto de incutir neles a ideia de que as pessoas anónimas devem ser tratadas com ternura e paciência. É muito importante que percebam algo: o trabalho pode parecer insustentável, mas, lá em casa, o que eles vão ter é um pai que se mantém tão simples e tão terra a terra quanto possível.


PEQUENOS ANĂšNCIOS

OLĂ SOU O Ă“SCAR

‡ &UpGLWR 3HVVRDO CONSOLIDAD ‡ 3DJDPHQWR GtYLGDV Reduza prestaçþO es atĂŠ 60% ‡ +LSRWHFDV H 2XWURV 7HO AvÂŞ JĂşlio Dinis n.Âş 14 2Âş-B 1050-131 Lisboa (junto ao Campo Pequeno)

Ex: 20.000₏ a 96 meses =299₏ /mês – total : 29.315,8₏. TAN :9% e TAEG:11,1% S/seguro Emprestimos concedidos por entidades autorizadas. Mediador independente

MULTICREDITO

EMPRÉSTIMOS

MediCredite CONSULTORIA IMOBILIĂ RIA

Compra / Venda / Arrendamento Contacte-nos! 966 584 394 - MEDIAĂ‡ĂƒO FINANCEIRA CrĂŠdito Pessoal CrĂŠdito Empresarial CrĂŠdito AutomĂłvel C/ ou S/ problemas bancĂĄrios ANĂ LISES GRATUITAS

PRECISA DE DINHEIRO? Tem imĂłvel? Contacte-nos!

FĂŠrias? Sonhos por realizar?

As melhores condiçþes sem recurso a crĂŠdito. DINHEIRO – PENHORAS HIPOTECAS

Ligue-nos!

T: 936 489 474

T: 966 584 393

MEDIADOR INDEPENDENTE Exemplo de CrĂŠdito: 5.000â‚Ź a 84 meses Valor total do CrĂŠdito para o consumidor: 6.724â‚Ź. Taxa de juro: 8,90. TAEG: 10,80. CrĂŠdito concedido por entidades autorizadas. medicredite@sapo.pt medicrediteďŹ nanci.wix.com/imobiliĂĄria

RAPIDEZ SEGURANÇA SIGILO

Continuo perdido, fugi em SĂŁo JoĂŁo do Estoril, ando sem coleira mas tenho MICRO CHIP, sou meigo, tenho riscos negros nos olhos e uma racha na ponta de uma das orelhas.

POR FAVOR AGARREM-ME!

CONTACTO: 968 870 033

COMPRO

Loiças, CD, DVD, Discos, Vinil, Brinquedos, Colecçþes Philae, Miniaturas de carros, aviĂľes, entre outras, Serviços de Jantar, ChĂĄ, CafĂŠ, peças de Decoração, Porcelanas, Vista Alegre, Casquinhas, Estanhos, LatĂľes, Rendas, Colchas, Toalhas, Lençóis. E TAMBÉM... Amigos do Livro, CĂ­rculo de Leitores, Europa AmĂŠrica, Ediclube, Alfa, Verbo, Livros das Selecçþes do Reader’s Digest, Banda Desenhada, AstĂŠrix, Lucky-Luke, Tintim, Disney, Sabrinas, JĂşlias, Biancas, Vampiros, Argonautas, EnciclopĂŠdias VĂĄrias E... POSTAIS, CALENDĂ RIOS E e CADERNE CADERNETAS NE ETAS de C CROMOS

PAGAMOS

A BOM PREÇO

COMPRAMOS OURO - PRATA RELĂ“GIOS Ă€ LOJA DO CIDADĂƒO DAS LARANJEIRAS

913 909 169 210 994 123

PRESTUS

Laranjeiras Tel.: 96 315 12 99 | 91 39 397 97 64 72

RUA ABRANCHES FERRĂƒO, 8 LJ 2


www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

LAZER | 17

OBJETO DE CULTO

Herge del Rio. mOstra’16

BROKENSPHERE

Segway 2001, EUA A sua apresentação oficial ao público foi em dezembro de 2001, com o nome Segway Personal Transporter, mas a ideia por trás deste veículo não poluente surgiu na mente de Dean Kamen muito antes, em 1990. Foi depois de Dean ter visto a dificuldade de um homem em cadeira de rodas a tentar travar num passeio inclinado que se pôs a tentar solucionar o problema. Apesar de o seu “boom” ser limitado, muito por culpa do pre-

Ficha técnica METRO PORTUGAL Título licenciado à Cofina Media, S.A. pertencente à PROPRIEDADE Metro International, S.A., EDITORA Cofina Media, S.A. Capital Social €22.523.420,40 Contribuinte 502 801 034, registada na C.R.C de Lisboa nº 502 801 034, Principal acionista Cofina, SGPS, S.A. (100%) CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Alda Delgado, António Simões Silva DIRETOR GERAL COMERCIAL Hernani Gomes DIRETORA GERAL DE MARKETING Isabel Rodrigues DIRETOR DE PRODUÇÃO António Simões da Silva DIRETOR COMERCIAL ONLINE José Frade DIRETOR DE INFORMÁTICA Rui Taveira DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS Nuno Jerónimo DIRETORA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Alda Delgado DIRETOR DE CIRCULAÇÃO E ASSINATURAS João Ferreira de Almeida DIRETORA RESEARCH Ondina Lourenço SEDE: Administração, Redação, Publicidade Rua Luciana Stegagno Picchio, 3, 1549-023 Lisboa Tel. 210 494 000 E-mail: geral@metroportugal.com N.º registo ERC: 124635, Depósito Legal: 220825/04, ISSN 2183-7228, Tiragem média 70.000 Periodicidade Diária Distribuição Gratuita Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas S.A. Rua Consiglieri Pedroso 90, Casal de Santa Leopoldina, 2730-053 Queluz de Baixo DEPARTAMENTO COMERCIAL DIRETOR COMERCIAL Ricardo Branco Diretora-adjunta Ana Silveira Agências Adriana Macedo, Daniel Barata, Margarida Rego, Paula Tavares, Raquel Pinto; Diretos João Pedro Rodrigues (Team Leader), Filomena Mestre, Helena Sanhudo, Luís Farinha Planeamento Maria da Luz Veiga Tel. 210 494 204/210 494 815; Fax 210 493 134 PORTO Tiago Medeiros (Coordenador), Gabriela Raposo Tel. 225 322 309 Fax 225 322 399 E-mail publicidade@metroportugal.com Ativações e Eventos Tânia Sant’ Ana (Team Leader), Carlota Montenegro, David Fernandes, Mafalda Esteves, Maria Barbosa DESIGN GRÁFICO Joana Pio, Rui Gonçalves DIRETORA MARKETING Isabel Rodrigues Diretor-adjunto João Aleixo Gestor de Produto Gonçalo Sousa Passatempos Marta Tavares (info@clubedepassatempos.pt) CHEFE DE DISTRIBUIÇÃO José Magalhães Distribuição António Caldeira, Orlando Lopes (Porto) DIRETOR Diogo Torgal Ferreira Editor Executivo Magalhães Afonso Coordenador Bruno Martins Redação Luís Carmo, Patrícia Tadeia, Rui Alexandre Coelho, Raquel Madureira (Porto) Editora gráfica Sónia Santos Grafismo Rita Alves, Túlio Vasco Fotografia João Ferrão Assistente Ana Rodrigues Revisão Catarina Poderoso. ESTATUTO EDITORIAL O METRO é um jornal diário de informação geral, publicado de segunda a sexta-feira, com distribuição gratuita, de âmbito regional com enfoque maior nas áreas de Lisboa e Porto. No METRO a informação é independente de forças sociais, políticas ou religiosas, com a opinião restrita às colunas devidamente assinaladas como tal. Procuramos um jornalismo objetivo em que a imparcialidade seja evidente. O METRO dará todas as notícias relevantes no âmbito da sociedade, economia, política nacional e internacional, embora esteja particularmente focado nos assuntos regionais que afetam as populações da Grande Lisboa e do Grande Porto, e ainda nas áreas do desporto e da cultura. No METRO prometemos não escrever de mais, e a não nos esticarmos num texto quando a informação relevante não o obrigue. Escrever curto e claro é uma exigência para os nossos jornalistas de modo a simplificar a vida do leitor. O METRO usa maioritariamente conteúdos pesquisados e escritos pelos seus jornalistas, gráficos e fotógrafos, mas também recorre a agências de informação nacional e internacional.

Correio do leitor

vídeo do dia

twitter do dia

Serena Williams foi a última atleta de elite a juntar-se à trupe do Dude Perfect para mostrar todo o tipo de talentos com uma raqueta, uma bola de ténis... e muita criatividade. Venha escrever connosco. Entre em facebook.com/metroportugal

@omalestafeito [João Quadros] “Queria ver estas ‘manifs’ e a Igreja zangada quando o [Nuno] Crato cortou todos os apoios à educação especial.”

Horizontais: 1. Ardiloso. Esvaziar. 2. Expedito, enérgico. Discurso. 3. Qualquer parte do esqueleto dos vertebrados. Desejaram. 4. Lírio. Cheio. 5. Escudeiro. Atadura. 6. Grito de dor ou de alegria. Agregado de vapores condensados na atmosfera em gotas de dimensões muito reduzidas. Mover-se de um sítio para outro. 7. Enxergas. Possuir. 8. Certo benefício de que gozam as comunidades indianas. Indivisível. 9. Por acinte, de propósito. Franco. 10. Avança. Que existe presentemente. 11. Qualquer instrumento de ataque ou defesa. Libertino.

Palavras cruzadas

2017 será “o ano de papel zero” Afirmou o primeiro-ministro, António Costa. Afinal, o tão falado SIMPLEX, fechado na gaveta do Governo do Dr. Passos, vai mesmo avançar (...). Trabalhadores por conta de outrem e pensionistas ficarão livres da declaração. Estão de parabéns a Ministra da Presidência, Drª. Maria Manuel Leitão Marques, como também a Secretária de Estado Graça Fonseca, que coordenaram em boa hora este projeto. Seriam necessárias dezenas de páginas para divulgar as novas 255 medidas, incluídas no SIMPLEX, saliento algumas: SAÚDE: Pacote informativo sobre crianças; Registo de saúde eletrónico. JUSTIÇA: Processo judiciário eletrónico. CIDADÃOS: Avisos do Estado por sms ou e-mail. FISCO: Aplicação de telemóvel para liquidar impostos. EMPREGO: Senhas nos Centros de Emprego. (...) O SIMPLEX representa uma mudança de mentalidade, mesmo para os mais idosos!! TOMAZ ALBUQUERQUE

CATARINA PODEROSO

Verticais: 1. Proveito. Supunha. 2. Sétima nota da escala musical. Caminhava para lá. Oferecer. 3. Tecido transparente de linho ou algodão. Pequeno (Brasil). 4. Cerimónia pública e solene. Vazio. 5. Graceja. Hospedaria, albergaria. 6. Do feitio de ovo. Baliza. 7. Ovos muito batidos que se fritam, enrolando-os em forma de travesseiro. Designa dor, admiração, repugnância (interj). 8. Resina odorífera cor de enxofre. Pátria. 9. A parte superior do dente. Rua pequena. 10. Altar cristão. Terceira nota da escala musical. Contr. da prep. em com o art. def. a. 11. Rasgar. Órgão do sentido da visão.

Sudoku

•••••

Solução cruzadas Horizontais: 1. Pícaro, Ocar. 2. Ativo, Oro. 3. Osso, Amaram. 4. Lis, Pleno. 5. Aio, Liame. 6. Ai, Nuvem, Ir. 7. Camas, Ter. 8. Inama, Uno. 9. Adrede, Leal. 10. Vai, Atual. 11. Arma, Airado. Verticais: 1. Prol, Achava. 2. Si, Ia, Dar. 3. Cassa, Mirim. 4. Ato, Inane. 5. Ri, Pousada. 6. Oval, Meta. 7. Omeleta, Ui. 8. Anime, Lar. 9. Coroa, Ruela. 10. Ara, Mi, Na. 11. Romper, Olho.

A mOstra’16 Lisboa é uma iniciativa da Patrícia Pires de Lima Art Consultant & Projects, que surgiu em 2014 com o objetivo de promover e divulgar a mais recente produção artística contemporânea em Portugal. Nesta 3º edição, a exposição junta 98 artistas contemporâneos e toma conta do Edifício Vasco da Gama, na Rua de Cintura do Porto de Lisboa, na Doca de Alcântara Norte, até ao próximo dia 29 de maio. A iniciativa reúne artistas já firmados, como Miguel Palma, Pedro Calapez ou Tim Madeira, e também alguns dos mais emergentes nomes da arte contemporânea, como Ana Pais Oliveira ou Celine Mastelan. Cada um dos intervenientes é convidado a apropriar-se de uma sala vazia e a desenvolver o seu próprio ‘showcase’. A exposição abrange, assim, um cruzamento de linguagens que inclui pintura, desenho, escultura, instalação, fotografia, vídeo e performance. A não perder!

ço elevado, a Segway é bastante usada por, por exemplo, forças policiais ou empresas de turismo, que veem neste aparelho uma ótima forma de locomoção. Tem, no entanto, um facto sombrio associado a si: o multimilionário Jimi Heselden, que comprou a empresa da Segway meses antes de morrer, acabou por falecer num acidente de... Segway. Jimi terá caído de uma ravina enquanto passeava de Segway num parque.

Solução sudoku


3 SPORT

www.readmetro.com QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2016

Cristiano assusta, mas está pronto para a luta Seleção. Choque com Kiko Casilla obriga capitão da Seleção a abandonar mais cedo o treino do Real Madrid. Presença na final da Champions e no Euro 2016 não estão em causa. No jargão desportivo, chama-se “paralítica” ao que ontem afetou Cristiano Ronaldo: um traumatismo muscular, geralmente produzido na coxa e quase sempre provocado pelo impacto do joelho de um adversário – no caso, o do guardião do Real Madrid, Kiko Casilla. O quadro clínico deste tipo de lesão costuma ser de fortes dores, incapacitantes no imediato, e de inflamação, mas a lesão é debelável em poucos dias e não costuma deixar sequelas. Disso mesmo deu conta CR7 à imprensa desportiva, ontem, sossegando “merengues” e portugueses antes da final da Champions

PUB

18

Equipa médica do Real Madrid assistiu Cristiano Ronaldo e português acabou por deixar sessão de trabalho mais cedo. © REUTERS

(próximo sábado, 28 de maio) e da fase final do Europeu de futebol (primeiro jogo de Portugal é dia 14 de junho, com a Islândia). “Tive um problema no treino, sofri uma ‘paralítica’ (...). Mas em dois dias estarei recuperado. Sinto-me bem e preparado; sábado estarei ao meu melhor nível”, assegurou Cristiano. Quem também espera estar a 100%, concretamente para o Euro 2016, mas de momento não está, é João Moutinho. O jogador da Seleção, que ontem falou aos jornalistas na Cidade do Futebol, em Oeiras, muito afetado esta época por lesões, revelou ainda “ter uma dorzinha ou outra”, o que também considerou “normal”. “É para resolver isso que estas semanas [de preparação para o Euro] servem (...)”, explicou o médio de 29 anos. RUI ALEXANDRE COELHO

Espanha

Ofensa vale suspensão de quatro jogos a Carriço Daniel Carriço (Sevilha) levou quatro jogos de suspensão após ser expulso na final da Taça do Rei de Espanha, ganha pelo Barça (2-0), no prolongamento. O português foi expulso por, segundo o árbitro, protestar de “forma ostensiva” após ser admoestado, e por lhe ter chamado “maricas”.

Inglaterra

“Mouchester”: Ancelotti aprova, Cantona não Carlo Ancelotti veria com bons olhos José Mourinho no Manchester United, considerando que o clube inglês “precisa” do português. Outra opinião tem a lenda dos “red devils”, Eric Cantona: “Adoro Mourinho, mas, em termos de futebol jogado, acho que ele não é United.”

REUTERS

Giro 2016. Kruijiswijk mais líder Steven Kruijswijk (Lotto-Jumbo) ampliou a sua liderança no Giro numa 16.ª jornada de média montanha, que fez diferenças na frente da geral e foi ganha por Alejandro Valverde (Movistar). Holandês de 27 anos, Kruijswijk foi batido na chegada ao sprint pelo espanhol de 36 anos, mas ganhou 42 segundos ao colombiano Esteban Chaves (Orica-GreenEDGE), o vice-líder, que agora dista a três minutos do camisola rosa.

Itália. Condenado a 26 anos de prisão Um tribunal condenou um adepto italiano a 26 anos de prisão, pela morte de um rival, antes da disputa da final da Taça de Itália de futebol em 2014. Daniele De Santis, um “ultra” da AS Roma, foi condenado por alvejar Ciro Esposito, que faleceu 53 dias depois, durante os confrontos com os adeptos do Nápoles, que se encontravam na capital italiana para assistirem à final da Taça, que oporia os napolitanos à Fiorentina.


PUB

19

Raptors empatam Cavaliers (2-2) Os Toronto Raptors reentraram em força na luta pela final da NBA, após vencerem pela segunda vez seguida os Cleveland Cavaliers (105-99), em casa, empatando a final de Este. Ao intervalo, os Raptors venciam por 57-41, conseguindo depois contrariar a reação contrária. © USA TODAY SPORTS

João Sousa avança em Paris Ténis. Português bate Damir Dzumhur rumo à segunda ronda de Roland-Garros. Murray dá a volta e vence em cinco sets. Número 29 mundial, o tenista vimaranense superou um mau começo perante o atleta bósnio (73.º) e venceu em quatro sets, com os parciais de 2-6, 7-6 (10-8), 6-4 e 7-5. O próximo rival será o vencedor do encontro entre o italiano Andreas Seppi e o letão Ernests Gulbis. Entre os principais favoritos, Andy Murray foi quem mais penou para se apurar: o britânico venceu Radek Stepanek na “negra” – 3-6, 3-6, 6-0, 6-3 e 7-5 –, isto num duelo que fora interrompido na véspera (falta de luz natural), quando o checo vencia por dois sets a um. Mais tranquilas foram as estreias de Djokovic e Nadal – avançaram em sets diretos. R.A.C.

Campeã de Melbourne cai • A tenista alemã Angelique Kerber foi eliminada na ronda inaugural de Roland-Garros: vencedora este ano do Open da Austrália, primeiro major da época, a número três mundial perdeu com a holandesa Kiki Bertens, 58ª da hierarquia feminina, em três sets (6-2, 3-6 e 6-3). • No segundo encontro travado entre as duas tenistas, Bertens venceu pela primeira vez Kerber, que no passado sábado se tinha sagrado campeã do torneio de Nuremberga, na Alemanha.


PUB


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.