CÂNTICOS em foco!

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2022


Foco em Cânticos! O encanto dos noivos Os encantos do Noivo

Palavras calculadas Os presentes do Noivo

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1. Foco em Cânticos! O livro que passamos a analisar, não podemos deixar de assinalar, não tem uma interpretação simples, e sua aplicação para estes tempos da Igreja ficam ainda mais difíceis. Muito mais do que retratado o amor de uma mulher pelo grande rei Salomão, a figura da sunamita ou sulamita fala mais apropriadamente da escolhida Israel como esposa do Senhor. Os sentimentos descritos são profundos, os desejos intensos, mas busca desesperada e decepção também alcançam os dois amantes. A linguagem figurada é típica da Israel sob castigo pelos seus pecados. Mas também demonstra o grande amor que Deus tem pela sua amada. Se a justiça divina é necessária de um lado, as mais ternas provas de amor e reconciliação são demonstradas a esta pequena nação. Além dos dois personagens principais, entram neste drama outros três – as filhas de Jerusalém, as virgens e os guardas. Vários símbolos habituais pelo texto da Escritura per-


meiam esta história de amor mal resolvido. Quanto à fauna – éguas dos carros de Faraó, pomba, gazela, cabra, cervo, gamo, veado, ovelha, raposa, leão, leopardo, corvo. Quanto à flora, poderíamos dividir em:

Lenhosa – cedro, cipreste, palmeira. Comestível – maça, figo, romã, açafrão, canela, trigo, uva (vinha), noz (nogueira). E pelo menos 3 produtos derivados – mel, vinho e passas (um natural, dois artesanais). Aromática – cálamo, mirra, nardo, rosa, lírio, bálsamo, aloés, hena. Também há um rico veio mineral – ouro, prata, berilo, safira, mármore. Muitas outras figuras são encontradas, mas estas já bastam para mostrar a riqueza dos detalhes, que só um olhar longo, constante e meticuloso podem decifrar. Comentaremos sobre alguns deles em nossas próximas notas, conforme o Espírito do Senhor nos iluminar.


2. O encanto dos noivos Em todo romance há aquela fase do encanto que destila poesia e doçura. Esta é a parte sempre agradável de todo relacionamento. Mas às vezes os dotes e carinhos super valorizados revelam, não o que está no íntimo, mas o que vai na superfície. No caso que analisamos do casal Israel-Senhor, a maquiagem só é válida para a noiva, visto que o Noivo celestial, por sua posição divina e santa, deve seu linguajar expressar exatamente o que se passa nas suas entranhas. Há uma distância imensa entre lábios e coração. Passemos ao coração do Senhor para com sua noiva. O que Ele vê nela?

“Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com ‘os colares’” (1.10). Aparentemente, por esta descrição isolada, teríamos a impressão de que Sua noiva terrena fosse bela por natureza própria. Mas uma nota em Ezequiel nos informa que esta beleza não era natural, mas algo que vinha – imerecidamente –


de Deus. Descrevendo a formação de Jerusalém em seus primórdios, luz é lançada nesta aparente beleza. “Assim diz o Senhor DEUS a Jerusalém: A tua origem e o teu nascimento procedem da terra dos cananeus... E, passando eu junto de ti, vi-te a revolver-te no teu sangue, e disse-te: Ainda que estejas no teu sangue, vive... E te vesti com roupas bordadas, e te calcei com pele de texugo, e te cingi com linho fino, e te cobri de seda. E te enfeitei com adornos, e te pus braceletes nas mãos e ‘um colar’ ao redor do teu pescoço. E te pus um pendente na testa, e br incos nas orelhas, e uma coroa de glória na cabeça...(Ez 16.3,6,10-12). Mas cuidado! Não podemos descuidar da leitura. A descrição de Salomão fala de ‘colares’ no plural, enquanto em Ezequiel o Senhor adorna sua noiva apenas de um colar. Havia outros que não eram presentes de seu amado. “E, mais ainda, mandaram vir alguns homens, de longe, aos quais fora enviado um mensageiro, e eis que vieram. Por amor deles te lavaste, coloriste os teus olhos, e te ornaste de enfeites” (Ez 23.40) – este contexto fala de Aolá e Aolibá, nomes espirituais de Samaria (capital do norte, Israel) e Jerusalém (capital do sul - Judá) em estado moral e espiritual decadentes. No contexto de castigo sobre Israel, mais especificamente Jerusalém, sob o cerco final de Babilônia, Jeremias


também profetiza. “Agora, pois, que farás, ó assolada? Ainda que te vistas de carmesim, ainda que te adornes com enfeites de ouro, ainda que te pintes em volta dos teus olhos [à la Jezabel], debalde te farias bela; os amantes te desprezam, e procuram tirar-te a vida’ (Jr 4.30). E não se espante – a Israel de hoje ainda se enfeita na busca de amores com outras nações. Acabamos de ver em Setembro de 2020 sua terceira e quarta transgressões, cometidas ao mesmo dia, propondo núpcias com os Emirados Árabes e Bahrein (leia no link https://www.bbc.com/ portuguese/internacional-5416298) – cumprindo o segundo capítulo profético de Amós. Não se iluda – o desprezo das nações ainda será plenamente demonstrado a esta velha prostituta. Vamos examinar somente mais uma descrição, pois são muitíssimas, que basta para mostrar o verdadeiro estado a que chegou esta noiva agraciada diretamente por Deus. “Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa” (2.14).


O que aquela graciosa pomba faria pelas fendas das penhas?! “Porventura não sois filhos da transgressão, descendência da falsidade, que vos inflamais com os deuses debaixo de toda a árvore verde, e sacrificais os filhos nos ribeiros, nas fendas dos penhascos?” (Is 57.4-5). “E entrarão nas fendas das rochas, e nas cavernas das penhas, por causa do terror do Senhor, e da glór ia da sua majestade, quando ele se levantar para abalar terrivelmente a terra” (Is 2.21).

Estas passagens e tantas outras por este belo livro falam muito mais do que aparece pela superfície. De forma poética, pois o Noivo realmente ama e deseja sua noiva, Ele anuncia – em um jogo de palavras sutis – a deplorável situação da amada de sua alma. Seus dotes recebidos das mãos misericordiosas de seu Amado foram desprezados para se adequarem ao mundo que a cercava. Como o colar de santidade não podia atrair outros amantes, enfeitou-se com tantos outros – mais agradáveis e menos penosos – que só a deturparam e corromperam.


A pomba se extraviou pelo caminho das penhas. A amiga traiu-Lhe a confiança. A amada se deitou com estranhos. A esposa se prostituiu. Seus jardins, encheu de pragas. A pureza descambou em podridão.

No entanto, se o encanto foi perdido pela noiva – jamais pelo Noivo.


3. Os encantos do Noivo Comentamos em nossa nota anterior, quando analisávamos os encantos dos ‘pombinhos’ – Israel e Senhor – que a noiva era enaltecida pelo Noivo com palavras carinhosas – ‘pomba minha’, formosas faces’... – embora, em linguagem sutil que não ferisse a poesia do livro de Cânticos, Ele delicadamente indicava já sua lascívia. Agora daremos uma espiada nos encantos do Noivo, pelo prisma da noiva.

Ela diz reconhecer Nele – ou somente O agrada e enreda com palavras lisonjeiras? – seu valor moral e perfeito. “Suave é o aroma dos teus unguentos; como o unguento derramado é o teu nome; por isso as virgens te amam” (1.3).

Acho que não precisamos relembrar dos unguentos derramados sobre o corpo de Jesus logo após sua morte. Mas observe que, apesar da noiva como um todo, ou seja, a nação judaica diz aprovar seu unguento, somente as virgens o amam. Estas virgens, segundo o testemunho constante das profecias do Antigo Testamento, falam daquele remanescente fiel que cria e vivia pela fé no Deus vivo e na vinda do


Messias. “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Rm 9.27). “Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda ser ás ador nada com os teus tambor is, e sairás nas danças dos que se alegram” (Jr 31.4). A nação como um todo, especialmente representado pelos líderes, não apreciou o bom perfume de Cristo. “E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, pr íncipe dos demônios” (Mt 12.23-24). A partir daqui, Jesus começa a lhes pregar por parábolas, “porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; par a que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure” (Mt 13.13-15). Ainda que a virgem remanescente e fiel cresse no seu Messias, a maioria restante acabou sendo contaminada pelos


líderes que O negavam. “Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, clamar am, dizendo: Cr ucifica-o, crucifica-o” (Jo 19.6). Valeu para eles uma conhecida figura de Paulo usada para a Igreja hoje. “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida” (2 Co 2.15-16). Continuemos no jogo das palavras sutis da noiva, querendo agradar ao noivo, mas sobressaindo seu próprio desconforto. “O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios. Até que refresque o dia, e fujam as sombr as, volta, amado meu...” (2.16-17).

Por que o amado deveria voltar? Para onde Ele havia ido? Por que sombras se apresentavam no relacionamento? Por que esperar refrescar o dia? “Por um breve momento te deixei, mas com gr andes misericórdias te recolherei; com um pouco de ira escondi a minha face de ti por um momento; mas com benigni-


dade eterna me compadecerei de ti, diz o Senhor, o teu Redentor” (Is 54.7-8). “Irei e voltarei ao meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, de madrugada me buscarão” (Os 5.15).

Ela sabe que tem grande culpa diante do Noivo, mas não quer se arrepender. Suas palavras adulatórias não condizem com o estado real do seu coração. O Noivo é belo, formoso, perfeito, desejado, mas... “O meu amado é branco e rosado; ele é o primeiro entre dez mil” (5.10). Mas aquele Amado não deveria ser o único? O que ela tinha a ver com os outros 9.999? “Eu dormia, MAS o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite” (5.2). Quem em sã consciência, se o coração velava sinceramente pelo Amado, poderia dormir? Os 3 discípulos no Monte das Oliveiras poderiam usar tal desculpa pelo sono desenfreado ante a repreensão do Senhor?


Não! O que lhe passava no íntimo era eco das próprias palavras do Noivo mais à frente. “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt 15.8). Esta falsa atitude não podia ficar impune...


4. Palavras calculadas Em conformidade com o caráter de Cantares, em sua linguagem poética e amorosa, também palavras meticulosamente calculadas de castigo e sofrimento estão inseridas por todo o livro. Seria como um ‘carinhoso puxão de orelhas’ que ‘cutuca’, mas não ofende propriamente. Também a noiva o sente, ou pressente, em ‘deixas’ de seus próprios sentimentos, queixumes e disfarces. “Não olheis para o eu ser morena, porque o sol resplandeceu sobre mim; os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, puseram-me por guarda das vinhas; a minha vinha, porém, não guardei” (1.6). A pele morena da noiva prometida não foi alcançada pelo seu bronze de praia ou mesmo pelo trabalho diligente ao sol. Mas o sol da justiça a queimou pela negligência de sua vinha, que sempre representa o ministério sacerdotal. Duas passagens bastam para ilustrar. “E será que em lugar de perfume haverá mau cheiro; e por cinto uma corda; e em lugar de encrespadura de cabelos, calvície; e em lugar de veste luxuosa, pano de saco; e queimadura em lugar de formosura” (Is 3.24).


“Feri-vos com queimadura, e com fer r ugem; a multidão das vossas hortas, e das vossas vinhas (sacerdócio), e das vossas figueiras (governo), e das vossas oliveiras (profecia), comeu a locusta; contudo não vos convertestes a mim, disse o Senhor ” (Am 4.9). Sua busca pelo Noivo também é retratada pelo livro, mas a falta de sinceridade e boa fé desta busca é explicada nos profetas e já bem antes nas palavras de Moisés. “De noite, em minha cama, busquei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o achei” (3:1). “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jr 29.13). “E ali servireis a deuses que são obra de mãos de homens, madeir a e pedr a, que não veem, nem ouvem, nem comem, nem cheiram. Então dali buscarás ao Senhor teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma. Quando estiver des em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então nos últimos dias voltarás para o Senhor teu Deus, e ouvirás a sua voz” (Dt 4.28 -30). Vamos examinar somente mais um ‘flerte’ entre os namorados. “O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor,


formosa minha, e vem. Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; aparecem as flores na ter r a, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem” (2.10-13). Se não ligarmos os pontos com o restante das Escrituras, a linguagem poética esconderá seu real intento.

“E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver” (Mt 24.20-21). “E a vossa aliança com a morte se anulará; e o vosso acordo com o inferno não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis por ele pisados” (Is 28.18). “E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quan-


do a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte” (Ap 6.13). Fica mais claro então, com as comparações acima, que este tempo do chamado do Noivo se dará logo após a última e terrível aflição da noiva.

“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz... Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem... e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus r amos se tor nam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão [pois o inverno já passou]” (Mt 24.29-32). A tribulação prestes a se derramar sobre todo o mundo, com vistas à restauração de Israel, será o ápice deste relacionamento conturbado – uma dor intensa e concentrada na medida exata que desperte o sentido entorpecido da noiva. Não obstante esta linguagem pesada, porém poeticamente mascarada, de sofrimento futuro sem igual, o Noivo não deixa de apreciar os encantos de sua amada noiva – algo que veremos em nosso próximo encontro.


5. Os presentes do Noivo O relacionamento entre Israel e seu Deus, bem como da Igreja e Cristo, seguem a espontaneidade, escolhas e vicissitudes da vida de qualquer casal humano. Tudo o que vivemos e experimentamos em nossas relações amorosas são reprisadas nestes dois casais. Nem poderia ser diferente. Jesus já apresentava a fórmula. “Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3.12).

As coisas físicas e humanas são reflexo das coisas espirituais e divinas. Comentamos em nossa nota passada sobre algumas falas, tanto da noiva quanto do Noivo, que escondiam de forma poética o real estado e intenções deles neste livro de Cantares. Mas o Noivo também tem palavras de real ternura – ou seja, são exatamente o que dizem ser – para com sua amada, apesar do estado visto e predito de sua degradação. “Se tu não o sabes, ó mais formosa entre as mulheres...” (1.8). “O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor,


formosa minha, e vem” (2.10). Sua formosura já era notada na profecia de Balaão muito antes. “Fala aquele que ouviu as palavras de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso; que cai, e se lhe abrem os olhos: Quão formosas são as tuas tendas, ó Jacó, as tuas moradas, ó Israel!” (Nm 24.4-5). Mas o que Deus via em Israel não era dela propriamente. Nada havia nela de gracioso propriamente que O atraísse. “O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão er a mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos” (Dt 7.7). Então o que O levou a esta escolha? “Porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7.8). O que definiu a escolha deste pequeno e desprezado povo foi aquele amor incondicional e constrangedor do Criador que, mesmo vendo e antecipando a mais profunda misé-


ria deles – e também a nossa debaixo do Novo Testamento – resolve amar e presentear. Assim, à simplicidade das tendas em que vivia toda nação de Israel pelos caminhos do deserto, logo depois que saíram do Egito, uma tenda divina – única no Universo – mais formosa e rica foi doada pelo Noivo como presente máximo a Israel. “Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário. Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos, que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança; e sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório” (Hb 9.2-5). O livro de Cantares que examinamos contém indícios deste presente sublime do Noivo à noiva. “Enfeites de ouro te faremos, com incrustações de prata” (1.11). “Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumaça, per fumada de mirra, de incenso, e de todos os pós dos mercadores [percebe a mistur a do santo com o


profano]?” (3.6). “O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta [não poderia ser o véu de separação entre o santo e o santíssimo?]... mas já o meu amado tinha se retirado [não se retiraria na visão futura de Ezequiel, capítulos 10 e 11?]” (5.4,6).

Infelizmente, apesar de todo amor, todo cuidado, todo zelo, toda provisão do Eterno para com seu povo terreno, Israel sucumbiu aos encantos do mundo e se prostituiu em adultérios. É o que analisaremos daqui em diante estudando a sessão dos profetas maiores – Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Tentaremos alcançar os profetas menores em seguida, enquanto podemos caminhar pela luz do Salvador Jesus, e antes que sejamos elevados às bodas do Cordeiro.



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