ISAÍAS em foco!

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Foco em ISAÍAS!

A visão de um trono mais sublime

e Israel – criação e posição

e

bem

castigo e glória

Jacó
Jacó
Israel –
Uma casa
fechada! Sete mulheres e um destino Dois novilhos

FOCO EM ISAÍAS!

Chegamos aos profetas maiores.

O tempo de cantar amores e salmodiar passou. É hora de prestação de contas.

Isaías, o primeiro na ordem dos quatro maiores profetas, abre acusação contra Israel, mais especificamente Judá e sua capital Jerusalém.

Sua atuação se dá “nos dias de Uzias, Jotão,Acaz, e Ezequias, reis de Judá” (1.1).

Estes quatro reis abrangem um período de cerca de 95 anos, indo do primeiro ano de Uzias ouAzarias (792 a.C.) ao último de Ezequias (697 a.C).

Certamente não profetizou pelo período todo, se levarmos em conta sua visão do capítulo 6 em que parece que Deus o comissiona a partir da morte de Uzias.

“No ano em que morreu o rei Uzias [c. 740 a.C], eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono... Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: Aquem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim” (6.1-8).

Levando então em conta desde a morte de Uzias ao último de Ezequias, teríamos uma pregação de 43 ou 44 anos, bem mais plausível.

O mais provável é que o Senhor já vinha trabalhando na alma do profeta antes do chamado propriamente, como que o preparando espiritualmente para o ministério. Quantas impressões o Senhor já não havia lançado em sua alma sobre o estado espiritual de seu povo e líderes?

Quanto aos 4 reis mencionados alvos de sua profecia , somenteAcaz é dito que fez o que era mal aos olhos do Senhor, andando nos caminhos dos reis profanos de Israel.

Israel, constituída pelas 10 tribos do norte que se separaram de Judá sob Jeroboão logo após a morte de Salomão, é levada em cativeiro paraAssíria em 722 a.C., cerca de 25 anos antes da morte de Ezequias, portanto 18 anos após o início das pregações de Isaías.

Era como se Deus, ao antever o cativeiro inevitável de Israel por sua separação espiritual de Judá, estivesse dando uma oportunidade para que Judá e seus reis contemporâneos Uzias, Jotão,Acaz e Ezequias mantivessem um estado de prontidão espiritual que evitasse o mesmo flagelo.

Graças à atuação firme e espiritual de Ezequias, Jeru-

salém foi preservada do exílioAssírio, embora outras cidades pelo caminho tenham sido subjugadas, conforme algumas dicas de Isaías pelo seu livro.

Outras nações gentílicas são alvo de sua profecia, como Edom, Moabe, Síria, Etiópia,Assíria, Babilônia, Egito, Filístia (atual Palestina), entre outras.

O livro é recheado de profecias messiânicas, indicando em que condições o Messias exerceria seu ministério para com seu povo tanto relacionado à sua primeira vinda quanto à segunda , mas também lança muitas notas de seu rival futuro o anticristo.

O triunfo inevitável da verdade divina, o caos instaurado na semana final de Israel, sua restauração definitiva e seu governo milenar global sobre os gentios também são adiantados pelo profeta.

Na verdade, há uma constante bipolar em Isaías bem como nos outros profetas maiores castigo e restauração, sofrimento e bem-aventurança, pecado e perdão, desolação e repovoamento, exílio e retorno, escravidão e libertação final.

Um exemplo desta dualidade pode ser vista já em seu primeiro capítulo.

“Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado algum remanescente, já como Sodoma seríamos, e seme-

lhantes a Gomorra” (Is 1.9).

O alcance de suas profecias extrapolam em muito o tempo do próprio profeta, mas alça voo até os tempos do fim, e muitas vezes perdemos a noção deste tempo.

Deus nos ilumine em nossas próximas notas.

A visão de um trono ainda mais sublime

O provável início, pelo menos oficial, do ministério de Isaías se dá com uma visão do trono celeste. Observemos com cuidado.

“No ano em que morreu o rei Uzias [c. 740 a.C], eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo” (Is 6.1).

O que me chamou a atenção nesta leitura em particular, foi o advérbio comparativo ‘também’. Ou seja, ele também havia visto outro rei em outro trono algum tempo antes. Ora, se como lemos, o rei Uzias havia morrido um pouco antes desta visão, certamente Isaías também assistiu à cerimônia de posse do filho do rei Jotão.

Este evento se deu cerca de 250 anos depois de Salomão ter construído seu belo e incomparável trono.

“Fez mais o rei [Salomão] um grande trono de marfim, e o revestiu de ouro puríssimo. Tinha este trono seis degraus... e dois leões, em pé, juntos aos encostos. Também doze leões estavam ali sobre os seis degraus de ambos os lados; nunca se tinha feito obra semelhante em nenhum dos reinos” (1 Re 10.18 20).

O coroamento de Jotão deve ter impressionado Isaías. Apompa, a riqueza e o brilho certamente gritavam alto. Mas faltava algo que era fundamental no trono de Deus, que ele profunda e intensamente sentiu santidade. Continuemos sua visão celeste.

“Serafins estavam por cima dele [doAltíssimo]; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (6.2-3).

Fazendo agora um parêntesis no assunto principal, ¿não poderíamos entender que estes seres sejam os mesmos revelados emApocalipse, porém com descrição um tanto diferente?

“E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais [ou seres viventes, melhor tradução] cheios de olhos, por diante e por detrás. E o primeiro ‘ser vivente’ era semelhante a um leão, e o segundo animal... a um bezerro, e tinha o terceiro ‘ser vivente’o rosto como de homem, e o quarto... a uma águia voando. E os quatro ‘seres viventes’ tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo Poderoso, que era, e que é, e que há de vir” (Ap 4.6 8).

As posições alteradas (de cima na visão de Isaías, para o centro emApocalipse) e o acréscimo nas suas constituições (olhos e aparência) da descrição apocalíptica, não garantem que se tratem de outros seres que Isaías não viu, mas que eles passaram por um aperfeiçoamento espiritual, alterando suas posições e percepções, exatamente como ocorre conosco em nossa jornada cristã.

Suas aclamações (da glória santa que preenchia toda a terra em aparência estática, e que passaria a se manifestar no tempo humano era-é-virá) mudaram pois suas perspectivas do reino de Deus mudaram, levando a um entendimento mais aprofundado de Deus e seu trono.Assim como Lúcifer foi afastado de Deus por sua rebeldia, estes foram aproximados pela obediência e conformação aos desígnios do Trono. Basta uma passagem para ilustrar seu contínuo aprendizado e aperfeiçoamento.

“Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada... para as quais coisas os anjos desejam bem atentar” (1 Pe 1.10 12).

Ou seja, eles atentam bem para as resoluções divinas, aprendem e se aperfeiçoam, galgando posições e recebendo galardões por seu santo serviço.

E quanto a nós, a quem já são chegados os fins dos

tempos?!

Temos observado cuidadosamente os tempos e as estações que o Pai tem delimitado paulatinamente diante de nossos olhos?

Temos mudado nossas perspectivas do reino de Deus em constante progresso?

Ou nossa exultação e aclamação tem sido meramente repetitiva ao cairmos na ‘mesmice’da falsa aparência do mundo, e nas interpretações e pregações cômodas que não aperfeiçoam com o tempo?

Isaías pôde ver muito além do alcance. Entendeu a diferença entre um reino passageiro arrastado e remendado por homens viciados e um reino eterno e justo implantado à força por um Deus glorioso e santo.

E estas diferenças percorrem todo seu livro, o que passaremos a analisar em nossa próxima nota, observando o contraponto entre dois termos representativos da mesma nação Jacó e Israel.

Jacó e Israel – criação e posição

Estas duas faces do mesmo povo aparecem levando em conta a proximidade dos termos e sua relação na mesma frase pelo menos 22 vezes pelo texto de Isaías. Já tivemos oportunidade de falar sobre este número em alguma outra nota.

O mais importante que devemos entender é que, apesar dos dois termos se referir à mesma nação formada da semente deAbraão, não falam sempre da mesma posição deste povo diante de Deus. São intercambiáveis em certos momentos, mas únicas diante do contexto apresentado, e que só uma leitura mais detalhada e minuciosa pode revelar.

Adistinção precisa dos termos traz mais clareza no entendimento das profecias relacionadas a este povo, e por que não dizer? principalmente para a Igreja corpo de Cristo, que teima infantilmente que é a continuidade espiritual de Israel.

Vamos escolher os exemplares mais claros para demonstrar nossa proposição, e comecemos pela primeira aparição, sempre a norteadora do sentido geral.

O Senhor enviou uma palavra a Jacó, e ela caiu em Israel” (Is 9.8) uma palavra foi enviada para todo o Jacó,

mas caiu de forma frutífera somente sobre Israel.

“Agora, pois, ouve, ó Jacó, servo meu, e tu, ó Israel, a quem escolhi” (44.1) dentro de todos os servos, alguns foram escolhidos e separados.

“Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei” (48.12) há uma diferença entre Jacó que deveria ouvir e Israel que atendeu ao chamado.

“Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (43.1) criar tem o sentido de trazer à existência, formar implica algo mais íntimo.

“Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu eleito” (45.4) ainda que Israel seja o eleito precioso, contudo Deus ainda ama Jacó.

Esta primeira parte, podemos dizer, focou a essência antagônica de ambos. Passemos ao posicionamento deles.

“Contudo tu não me invocaste a mim, ó Jacó, mas te cansaste de mim, ó Israel” (43.22). conquanto Jacó nunca invocou em verdade o seu Deus, Israel se cansou deste relacionamento especial e único.

“Por que dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel: O meu ca-

minho está encoberto ao Senhor, e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus?” (40.27) enquanto Jacó acha que seus caminhos sórdidos estão escondidos aos olhos do Senhor, a porção espiritual conclui erroneamente que Deus não se importa com seu sofrimento (não parece os dias de hoje?).

“Ouvi isto, casa de Jacó, que vos chamais do nome de Israel, e saístes das águas de Judá, que jurais pelo nome do SENHOR, e fazeis menção do Deus de Israel, mas não em verdade nem em justiça” (48.1) ainda que Jacó jure perante Deus e a si mesmo que são filhos deAbraão, suas obras infrutíferas testificam contra ela mesma.

Acho que podemos lembrar alguns textos que corroboram perfeitamente esta dicotomia, começando por João Batista e chegando os lábios do próprio Messias de Israel.

“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai aAbraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos aAbraão” (Mt 3.8-9).

“Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mt 20.16).

“Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel [abrangendo o termo Jacó] nos dias de Elias...E a ne-

nhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom [uma viúva não judia]... E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro [um leproso não judeu]” (Lc 4.25-27).

“Ai de ti, Corazim, ai de ti, Betsaida! [cidades de Israel situadas na Galiléia dos gentios] Porque, se em Tiro e em Sidom [cidades gentílicas] se fizessem as maravilhas que em vós foram feitas, já há muito, assentadas em saco e cinza, se teriam arrependido” (Lc 10.13).

Em suma, Jacó é toda a semente deAbraão que nasceu da carne, Israel é o pouco ou o remanescente que veio à luz pela fé no Deus deAbraão.Aquele é somente carne, este é carne e espírito.

Jacó é aquele que partiu vazio ao enganar seu irmão e viveu refugiado como servo em terra distante, trabalhando por coisas terrenas sua família e seus bens materiais. Certo que voltou cheio, mas ainda temeroso pelo mesmo irmão. Mas somente depois de lutar com um certo anjo teve o nome mudado em Israel mas ao custo de sair ferido da batalha, e daí coxeando para sempre.

É o que Paulo vai propor em figura.

“E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra

era Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto” (1 Co 10.4 5).

Como um lembrete de Paulo à sua amada Igreja, ele resume.

“E estas coisas nos foram feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram” (1 Co 10.6).

Continuaremos o assunto a seguir.

Jacó e Israel – castigo e glória

Em nossa nota anterior, falamos sobre duas facetas da descendência deAbraão em Jacó e Israel sua criação e sua posição. Estas falam tanto do passado quanto do presente.

Agora abordaremos as consequência do seu posicionamento, já falando de seu futuro. Primeiro o castigo.

“Por isso profanei os príncipes do santuário; e entreguei Jacó ao anátema, e Israel ao opróbrio” (43.28) conquanto Jacó, a semente física, seja entregue à maldição, Israel, sua semente espiritual, será entregue à vergonha.Aquela tem uma resposta intransigente e justa, esta uma vergonha transitória resgatada pela graça.

“E acontecerá naquele dia que os restantes de Israel, e os que tiverem escapado da casa de Jacó, nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu; antes se estribarão verdadeiramente sobre o Senhor, o Santo de Israel” (10.20) os dois termos aqui somam a semente espiritual de Jacó, pois os que escaparão de Jacó na tribulação futura, óbvia e necessariamente farão parte do remanescente de Israel.

“Quem entregou a Jacó por despojo, e a Israel aos roubadores? Porventura não foi o Senhor, aquele contra quem pecamos, e nos caminhos do qual não queriam andar,

não dando ouvidos à sua lei?” (42.24) enquanto Jacó é despojado, sem possibilidade de retorno, por seu grave pecado em não crer e se submeter ao seu Deus, Israel seria roubado, não necessariamente por sua falta, mas por estar ligado na terra ao povo comum de Jacó. Como diz aquele velho ditado os justos pagam pelos pecadores.

Mas se Jacó será julgado de forma implacável, o mesmo não podemos dizer de sua semente espiritual o Israel que será resgatado definitivamente ao final de seu castigo.

“Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó, e ainda escolherá a Israel e os porá na sua própria terra; e ajuntar-seão com eles os estrangeiros, e se achegarão à casa de Jacó” (14.1).

No exato momento em que temos vivido, Deus tem se apiedado da semente de Jacó como um todo ao permitir que ela voltasse para sua terra natal desde 1948, mas a eleição final para salvação está prometida somente à semente espiritual deste povo. Não vamos entrar por ora na diferença entre um povo que se congregou por seus próprios esforços em sua terra (ainda que pela misericórdia e permissão do Senhor) e entre sua reintrodução (desta vez pelo braço estendido do Criador) em futuro próximo ao final da tribulação, quando toda a nação será perseguida e dispersa novamente, e então salva definitivamente.

“Dias virão em que Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto a face do mundo” (27.6) confirmando o que acabamos de falar, a semente natural voltou para sua terra sem seu Deus, mas ao final da angústia de Jacó um remanescente fiel se levantará e que mudará a face de nosso mundo.

“Cantai alegres, vós, ó céus, porque o Senhor o fez; exultai vós, as partes mais baixas da terra; vós, montes, retumbai com júbilo; também vós, bosques, e todas as suas árvores; porque o Senhor remiu a Jacó, e glorificou-se em Israel” (44.23).

Poderíamos agora parafrasear aquela triste condenação do povo de Israel recém saído do Egito, contida no inspirado livro aos Hebreus.

“Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade” (Hb 3.17-19).

Novamente em futuro bem próximo, muitos ouvirão e seguirão ao falso messias que se erguerá, mas apenas aquele remanescente escolhido desde a fundação do mundo gritará a plenos pulmões Bendito aquele que vem em nome do Senhor!

“Lembra-te destas coisas, ó Jacó, e Israel, porquanto és meu servo; eu te formei, meu servo és, ó Israel, não me esquecerei de ti.Apaguei as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi” (44.21 22).

Digamos pois como Moisés.

“Volta, ó Senhor, para os muitos milhares de Israel” (Nm 10.36).

Uma casa bem fechada!

É incrível e desconcertante como lemos mil vezes o mesmo texto e, de repente, quando menos esperamos, uma visão totalmente nova nos aparece. Uma palavra simples e aparentemente sem muito significado se eleva e descortina algo tão grande. Foi o que me aconteceu lendo a mais famosa das passagens que descreve a queda do anjo traidor.

“Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva!... E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?” (Is 14.12-17).

Apesar da parte final deste texto levar ao tempo final quando o anticristo promoverá uma perseguição atroz ao povo de Israel, forçando o ao deserto dos povos, todo o contexto maior alude ao dragão, a serpente antiga, que também prendeu em uma casa sombria de julgamento todos os que morreram salvos e perdidos antes da primeira vinda de Jesus.

Esta casa só pôde ser aberta pois o mais valente entrou na casa do valente, venceu e o despojou para sempre. O valente usou do engano para fazer tropeçar o primeiro casal humano e aprisionar todos os seus filhos; o mais valente usou de Si mesmo como pagamento do preço desta ofensa por todos, mas libertar somente os que cressem.

“Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo quanto tem; mas, sobrevindo outro mais valente do que ele, e vencendo-o, tira-lhe toda a sua armadura em que confiava, e reparte os seus despojos” (Lc 11.2122).

“Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. Por isso diz: Subindo ao alto [ou entronizado à direita do Pai após sua ressurreição], levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? [o lugar dos mortos Sheol(hb)/Hades (gr)]Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas” (Ef 4.7-10).

Por causa de seu sangue derramado para pagar nossos pecados e transgressões, todos os fiéis (propriamente suas almas e espíritos) doAntigo Testamento foram libertados deste lugar provisório, já que aguardavam ali no tempo determinado a vitória do Filho de Deus sobre a morte.

“E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele [Jesus] participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hb 2.14 15).

Ele não somente os libertou do medo da morte, como também da posição em que vinham mantidos nas “partes mais baixas da terra”.

Cristo saqueou do mundo dos mortos todos os santos que eram mantidos presos por aquele que “tinha o império da morte, isto é, o diabo”, para apresentá-los (obviamente somente os salvos pela fé), como despojo de guerra, ao seu Pai celestial.

Depois da morte de Cristo e da inauguração desta nova economia da Igreja, corpo de Cristo, todos os que morrem em Cristo não precisam mais aguardar naquele local inferior, mas têm o direito de serem recolhidos imediatamente à presença do Senhor, como confirma Paulo.

“Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (Porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2 Co 5.6 8).

Podemos hoje, após nossa carreira vitoriosa neste mundo, subir imediatamente acima de todos os céus, sem passar pelo lugar provisório da morte como era obrigatório antes de Cristo.

E assim se cumpriria a mais gloriosa das vitórias de Cristo e seus filhos.

“Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno [Hades], a tua vitória?” (1 Co 15.55).

Infelizmente não podemos continuar com o assunto, pela complexidade de sua estrutura. Mas você pode acessar outro livro nosso que se aprofunda nesta questão específica https://issuu.com/ministerioescrito/docs/ o_mundo_dos_mortos

Para finalizar nosso rápido comentário, citamos outra passagem de Isaías que fala de Ciro, quem permitiu Israel voltar à sua terra depois do cativeiro babilônico figura do verdadeiro Libertador que viria mais a frente, não só para libertar a semente de Jacó, mas toda a humanidade das gar-

ras da morte e do inferno.

“Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro [“senhor”, de origem no grego Kyros], a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão [cf Mt 16.18].

Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro.

Dar-te-ei os tesouros escondidos, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome...

Eu o despertei em justiça, e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a minha cidade, e soltará os meus cativos, não por preço nem por presente, diz o Senhor dos Exércitos” (45.1-13).

Volta, óh Senhor, e congrega teus povos em tua casa celestial!

Sete mulheres e um destino (parte 1)

Deus sabe o quanto receio aplicações sobre textos bíblicos sem seu devido contexto, visto que nos podem afundar em terreno arenoso. Mas neste caso específico me arriscarei, transportando uma aplicação de um versículo primariamente relacionado a Israel em tempo futuro, para outro povo em tempo não mais futuro.

“E sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos do que é nosso; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio [ou grande desonra pública; degradação social; ignomínia, vergonha, vexame]” (Is 4.1).

Vamos associar agora esta imagem com as 7 igrejas de Apocalipse.

“João, às sete igrejas que estão na Ásia... Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer; o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro.As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas” (Ap 1.4,19 20).

Conquanto a simbologia autorizada nesta visão nada fale de mulheres (somente estrelas e castiçais), no entanto a mulher é inegavelmente figura de sistema religioso. Nem precisamos lembrar aquela “mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata [não lemos logo acima ‘e nos vestiremos do que é nosso’?], e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas [Laodiceia não diz o mesmo ‘Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta’?]; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundície da sua fornicação; e na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra” (Ap 17.3-5).

Passemos agora a algumas conjecturas para somar à nossa aplicação.

Imaginemos que dentro de alguns meses ocorra o tão esperado arrebatamento a reunião, e o sumiço consequente, de todos os salvos em Cristo deste período da Igreja (o corpo de Cristo iniciado em Pentecostes). O que ocorrerá com todas as denominações que tiveram alguns dos membros sumidos, mas não obstante muitos outros membros permaneceram? Acho que aquela figura de Jesus é muito pertinente neste caso.

“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não

profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.22 -23).

Aúltima igreja mencionada naquela visão de João, e que tem o dissabor de experimentar este estado de mornidão, é justamente Laodiceia, esta em que eu e você vivemos. Excetuando os que deixarem este mundo pelo arrebatamento, o que restará a este povo não pequeno que ficou para trás, envergonhado, em ignomínia e vexame, anunciando ao mundo inteiro publicamente sua desonra? Outra nova divisão será trazida à tona.

Dentro do ‘joio’total, pois o ‘trigo’subiu, que adentra o período tribulacional, nova oportunidade de arrependimento e fé será estendida a todos (tanto o ‘joio’que professava a fé cristã com a aparência de piedade, quanto os que nada professavam).

Aqueles que crerem serão perseguidos até a morte, mas os que não se arrependerem, ou antes, continuaram sem arrependimento e fé verdadeira, terão que buscar uma alternativa de fé e liderança que a embase, que a autentique, que a retire e salve da vergonha pública e global de terem sido deixados para trás.

Somemos então 4 condições deste período especial de sete anos 1) o ‘trigo’se foi, deixando um vácuo testemunhal sem precedente do ‘joio’; 2) a retirada global do Espírito Santo, da mesma forma que ocorreu com sua saída do tabernáculo descrita por Ezequiel diante da baixeza moral de Israel; 3) duas bestas que abrirão “a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu” (Ap 13.6); e 4) para arrematar: “Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade” (2 Tes 2.1112).

Mas alguém poderia neste ponto perguntar: se o ‘joio’ de Laodiceia entrar na tribulação, não seria somente ela a padecer dos 4 castigos catalogados logo acima? O que seria das outras 6 igrejas precedentes (de Éfeso a Filadélfia), visto que a passagem que encabeçamos esta análise afirma que todas as “sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem”? Vamos prosseguir em próxima nota para não sobrecarregar a leitura.

Vamos reprisar a pergunta com que fechamos nossa última nota e daí prosseguir em novas considerações.

“Mas alguém poderia neste ponto perguntar: se o ‘joio’de Laodiceia entrar na tribulação, não seria somente ela a padecer dos 4 castigos catalogados logo acima? O que seria das outras 6 igrejas precedentes (de Éfeso a Filadélfia), visto que a passagem que encabeçamos esta análise afirma que todas as “sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem”?

Algo que devemos enfatizar quanto às sete igrejas de Apocalipse é o fato de que o Filho do homem estava “no meio dos sete castiçais”, “ e os sete castiçais são as sete igrejas”, e as “sete igrejas estão na Ásia” (Ap 1).

Todas estão vinculadas a uma só unidade de Espírito e propósito. Todas formam um só corpo e estão debaixo do mesmo Senhor e Salvador. Isto não quer dizer que ministrem dentro deste mesmo Espírito e propósito, daí a necessidade da repreensão do Senhor para as sete Igrejas e que será motivo profético a partir do segundo capítulo deApocalipse.

Embora as 7 Igrejas estivessem localizadas fisicamen-

Sete mulheres e um destino (parte final)

te na Àsia de então, também representam todo o conjunto de todas as denominações no presente tempo (todas as nossas denominações poderiam se enquadrar em alguma das características preditas), bem como também revelam o desenvolvimento do corpo da Igreja pelo tempo, desde a primeira igreja de Éfeso do período apostólico até esta Laodiceia em que vivemos.

Aisto podemos somar algumas verdades e exortações esquecidas.

“Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão” (1 Co 10.17).

“Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós” (Ef 4.4 6).

Estas sete unidades corpo, Espírito, esperança, Senhorio, fé, batismo e Paternidade são inseparáveis, imutáveis e eternas. O que um sofre, todos sofrem.

“Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo... Para que não haja divisão no corpo... De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e,

se um membro é honrado, todos os membros se regozijam [observe que somente se regozijam, mas não são honrados juntamente] com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular” (1 Co 12.20-27).

Mas agora vamos passar a outra figura muito conhecida do passado que nos servirá de ilustração desta unidade cheia de responsabilidade.

Quando o imperador máximo de Babilônia sonhou com uma estrutura edificada por 5 materiais diferentes em 5 estágios interligados e sequenciais no tempo ouro, prata, bronze, ferro, ferro e barro “uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro” (Dn 2.34-35).

Asequência longa de impérios que começa com o ouro nobre de Babilônia terminará quando da última reunião de povos e línguas debaixo de um ditador democrático representado pelo ferro e barro.Amistura e corrupção ficam patentes pela diferença do material que tenta se unir artificialmente “em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro” (Dn 2.41).

E assim como toda a estrutura é atingida e esmiuçada pelo ataque feito ao final dos tempos dos gentios pelos pés da imagem, também a caminhada do cristianismo em suas

sete representações sequenciais será abruptamente interrompida pela retirada do ‘trigo’de entre ‘joio’. Laodiceia não agrega dois tipos diferentes de matérias como a parte final da estátua, mas um mesmo material sob temperaturas diferentes a mornidão da mistura do quente com o frio levando à náusea e sua consequente expulsão pelo castigo do Filho do homem “vomitar-te-ei da minha boca” (Ap 3.16). O fermento dos modernos fariseus chegou ao limite da fermentação.

Quando da retirada do ‘trigo’pelo seu chamado aos ares, ficará patente o julgamento de Deus sobre todo o corpo da Igreja do ‘trigo’de todos os tempos, pois seu testemunho será interrompido pela sua mistura morna; e do ‘joio’de todos os tempos que só tinha a forma de piedade, pois experimentará os mais duros juízos de Deus.

Começamos este assunto pela passagem de Isaías 4.1 que voltamos a reprisar:

E sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos do que é nosso; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio”.

Findamos com outras duas que ‘coincidentemente’ também se encontram na mesma numeração de capítulo e versículo, e que revelam o destino dos que sobem e dos que

ficam.

“Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás” (Hb 4.1).

“Depois destas coisas [da menção profética das 7 igrejas], olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer” (Ap 4.1).

Digno de nota final, a localização das 7 Igrejas usada como figura por João (Ásia) tem o intrigante significado do acádio ‘asu’(suba).

Subamos, pois, pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo em santidade e esperança!

Dois novilhos

Passamos agora a analisar o caráter de dois novilhos totalmente antagônicos, iniciando pelo celeste e em conexão com uma conhecida profecia messiânica de Isaías.

“Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios. Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça.Acana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; com verdade trará justiça... Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo [Israel], e para luz dos gentios. Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas” (Is 42.1 7).

“E... pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.41-42).

Asimbologia animal mais perfeita dentre as muitas figuras doAntigo Testamento que demonstram esta servidão sem igual, talvez seja a do boi (animal adulto) e o novilho ou bezerro (animal jovem). Vamos então entrelaçar algumas ideias.

Primeiro, o novilho e boi perfeitos.

“Porque eu desci do céu [como novilho], não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6.38).

“E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz [como boi pronto para o abate]” (Fp 2.8).

Com base na primeira passagem acima, podemos entender por que 12 novilhos (dentre outras ofertas) foram sacrificados por cada tribo de Israel, quando da consagração do altar do holocausto representação final e máxima da sua obediência.

“Esta foi a consagração do altar, feita pelos príncipes de Israel, no dia em que foi ungido... Todos os animais para holocausto foram doze novilhos...” (Nm 7.84-87).

Nosso bendito substituto sempre esteve preparado para sua morte, desde sua infância, pois já desceu com esta missão específica. Ele só aguardava o momento oportuno de sua perfeita maturidade humana para o sacrifício de si mesmo no mais terrível dos altares sua cruz. Mas devemos frisar apesar de carregar uma cruz física somente nos momentos antecedentes à sua morte, Ele sempre a carregou em sua disposição mental e espiritual.

Passemos agora ao outro novilho ou bezerro, conforme a tradução do texto bíblico.

“Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte [o Messias de Israel também não tem demorado na visão deles, uma vez que rejeitaram o primeiro?], acercou-se deArão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu. EArão lhes disse:Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos... E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. EArão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoouArão, e disse:Amanhã será festa ao Senhor” (Êx 32.1-5).

Este texto é de arrepiar todos os cabelos. Como se poderia fazer ‘festa ao Senhor’com uma imagem de um mero animal, ainda que de ouro maciço?

Não podiam entender a diferença brutal que existia entre um animal (de ouro, inanimado, feito por mãos humanas), e um Deus Vivo, auto intitulado ‘EU SOU’, poderoso na sua recém libertação do Egito?

Então por que uma imagem ‘tosca’de um frágil bezer-

ro? Aresposta é simples: o bezerro servil jamais exigiria santidade, separação, responsabilidade civil e religiosa como o Senhor dos Exércitos.

O povo dirigiria o bezerro à sua vontade, mas o TodoPoderoso jamais o admitiria.

Acontra prova simples do que propomos está na resposta arrogante e atrevida que seu Messias Jesus antecede em uma de suas parábolas.

“Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14).

Jesus, o verdadeiro novilho que se torna apto para o abate na cruz já na forma adulta do boi, submeteu-se integral, incondicional e perfeitamente ao seu Pai. Israel preferiu um bezerro morto que nada poderia salvar, purificar ou aperfeiçoar.

Hoje repetem a mesma história, passados exatos sete dias da chegada de 5 novilhas vermelhas em Israel, vindas do Texas (https://ultimosacontecimentos.com.br/5-novilhasvermelhas-chegam-a-israel/). Novamente um bezerro será fundido em festa judaica breve, num profano, desprezível e afrontoso desprezo ao seu Messias Jesus.

Isaías se levantará naquele dia como testemunha eter-

na dos pecados de seu povo e lamentará com as palavras de Deus ditas e profetizadas há tanto tempo.

“Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene.As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Is 1.12 15).

Espero voltar a este assunto. Por ora, findamos esta breve análise de Isaías e partimos para outro profeta não menor em importância e significado Jeremias.

Ainda dá tempo!!!

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