ESTER em foco!

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2021

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ESTER em foco! Vidas separadas em comum Vinho para as nações! O vinho de Israel

Prévia do futuro – o inimigo Hamã Prévia do futuro – Ester entronizada Prévia do futuro – o anzol e o laço


ESTER em foco!

Este livro lança uma triste nota em toda a Escritura. Apesar de sua inspiração óbvia e necessária dentro do cânon sagrado, o nome do Deus de Israel está escondido em todo seu texto – e certamente não porque Deus não quisesse se manifestar! Não podemos dizer o mesmo do contexto, visto que sua mensagem é maravilhosa demais para esconder o trabalhar silencioso deste Deus. Tudo começa com Assuero, rei de vasto território que ia da Índia à Etiópia, abarcando 127 províncias. Diferentes povos com suas culturas e línguas particulares têm seus destinos traçados pela força do vinho, como demonstra o livro e relatos de historiadores renomados. Uma festa looooonga e embriagante, com toda pompa e luxúria, determinará o destino de todo um povo e levantará 3 personagens cruciais para este enredo digno de um filme hollywoodiano – Hamã, Ester e Mardoqueu. Ester será o cheiro de vida para Mardoqueu e seu povo – cheiro de morte no entanto para Hamã e sua família. O enredo todos nós conhecemos bem – o velho ódio aos judeus e seu Deus, a perseguição implacável e incontro-


lável que começa com um homem e engole todo seu povo (e que será reprisado muito em breve!), a velha trama política para alicerçar e justificar tanta crueldade, a cegueira moral que envolve os perseguidores, e principalmente – as misericórdias de Deus que se renovam a cada manhã, ainda que não tenhamos andado da forma digna da vocação com que fomos chamados. A forca de cinquenta côvados (cerca de 22 metros) seria elevada a uma altura tal que ninguém ousasse deixar de contemplar seu réu – porém com a substituição dos personagens no último ato. O atrevimento de Ester respaldado pelas justas palavras e conselho sábio de seu pai adotivo, ao entrar sem permissão no domínio real de seu marido e senhor, inverterão a sorte de ‘Pur’ pelos desígnios soberanos do Eterno Deus. A vitória final do injustiçado e perseguido Israel sobre todos seus inimigos não deixa de nos profetizar hoje neste belo tipo que, em breve, ‘todo o Israel será salvo’. Nossa próxima nota começa com o estopim de toda esta degradante história e tantas outras – um casamento de aparências.


Vidas separadas em comum Não é à toa que o enredo deste livro de Ester comece com uma festa em separado daqueles que deveriam governar em união. Todo conjunto de desprezo e perseguição que seguirão descritos neste livro, indicam o real valor embutido no começo. Junto a esta festa esplendorosamente arrogante concorria uma outra – talvez mais curta mas não menos gloriosa. “No terceiro ano do seu reinado [o Assuero que reinou desde a India até a Etiópia], fez um banquete a todos os seus príncipes e seus servos... Par a mostrar as riquezas da glória do seu reino, e o esplendor da sua excelente gr andeza, por muitos dias, a saber: cento e oitenta dias” (Et 1.34). “Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres, na casa real do rei Assuero” (1.9). Não há prova mais cabal da individualidade egoísta de cônjuges quando um se exime de participar da festa do outro. Verdade é que em certos momentos há lugar para uma


atividade individual pela diferença própria do sexo, mas não é o que trata aqui e o que a Palavra de Deus ensina. Na verdade já não havia casamento. Podia haver consórcio, empreitada, negociação, ‘treta’, ajuntamento, transação, empresa, acordo, combinação, contrato, convênio, ajuste, comércio, tráfico, troca, relação, convenção, hipocrisia, tradição... mas casamento nos moldes divinos não havia. E é triste saber que nossos tempos modernos favorecem toda esta gama de situações, enquanto o casamento divino é raríssima exceção. A prova cabal de que o casamento estava falido, se é que houve algum em algum momento, é a fácil tramitação do desfecho. Uma reunião de ministros resolve o caso que um marido não sabia administrar. “Então perguntou o rei aos sábios que entendiam dos tempos... o que, segundo a lei, se devia fazer à rainha Vasti, por não ter obedecido ao mandado do rei Assuero, por meio dos camareiros” (1.13-15). Também é certo que houve um elemento facilitador e perturbador – o vinho da alegria fácil – que havia tirado o bom senso de ambos – um homem que queria se embevecer da beleza da mulher sem se importar com seus sentimentos, e uma mulher que não queria se submeter aos desejos daquele porque já os seus desejos e independência gritavam mais


alto. “Que Vasti não entre mais na presença do rei Assuero, e o rei dê o reino dela a outra que seja melhor do que ela” (1.9) – foi e continua sendo a resposta mais fácil. Não haveria um texto mais sublime que legitimasse tantas separações nesta era das alegrias fáceis e desejos ardentemente egoístas! Mas que diz a Escritura? – “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13.4). “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher” (1 Co 7.3-4). Mas o que queremos finalmente demonstrar, é o fato de que um ‘casamento’ infeliz e falido, regado à individualidade e sem compromisso comum perseverante, será a porta de entrada para tanta tristeza e ódio desmesurados. E nossa mídia não está recheada destes fúnebres exemplos? A seguir vamos analisar o componente sensual e atraente que tem sucumbido vidas e reinos.


Vinho para as nações! É sempre glorioso quando um historiador antigo comprova algum dado relatado na Palavra de Deus. Neste caso, a farta oferta de vinho na festa do grande Assuero é reportada pelo não menos grande historiador grego Heródoto do séc. V a.C. Comparemos. “E dava-se de beber em copos de ouro, e os copos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo a generosidade do rei. E o beber era por lei, sem constrangimento; porque assim tinha ordenado o rei expressamente a todos os oficiais da sua casa, que fizessem conforme a vontade de cada um” (Et 1.7-8). “Heródoto menciona que os persas eram convidados a grandes banquetes de aniversário, a que se seguiam diversas sobremesas, uma parte da refeição pela qual eles repreendiam os gregos por omitirem-na de suas refeições. Heródoto também comentou que os persas bebiam vinho em grande quantidade, utilizando-os até mesmo em seus conselhos, deliberando sobre assuntos importantes sob a influência da bebida, e decidindo no dia seguinte, quando estavam sóbrios, a respeito de como agir sobre a decisão tomada.” https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Aquem%C3%AAnid

Não precisamos continuar para entender que foi o des-


nortear do vinho, e não o bom senso, o conselho sábio, o pensar prudente que levaram o rei àquelas resoluções de ódio e perseguição aos judeus. Nem precisamos insinuar que demônios se aproveitaram da guarda baixa para se entremeterem nos negócios humanos. Também um vinho embriagará e enlouquecerá o mundo em breve. Habacuque, falando do vinho dos caldeus ou babilônios que se aproximavam de Israel para cercá-la e deportá-la (falamos sobre isto nas notas sobre os livros de Reis e Crônicas), alarga e estende a visão para estes tempos finais. “Porque a visão é ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não enganará; se tardar, esperao, porque certamente virá, não tardará. Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá. Tanto mais que, por ser dado ao vinho é desleal; homem soberbo que não permanecerá; que alar ga como o inferno a sua alma; e é como a morte que não se farta, e ajunta a si todas as nações, e congrega a si todos os povos [falando do futuro filho da globalização – o anticristo]” (Hc 2.3-5). Daniel vê este tempo das nações embriagadas por suas prostituições comerciais e riquezas injustas sob outra perspectiva – o homem da iniquidade que assolará o mundo logo após o arrebatamento da Noiva de Cristo.


“E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-seá, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está deter minado ser á feito... Com o auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas fortalezas; aos que o reconhecerem [se sujeitarem ao seu sistema global através de sua marca – coisas estas que já estamos vivenciando em forma de teste e condicionamento nesta pandemia] multiplicará a honra, e os fará reinar sobre muitos, e repartirá a terra por preço” (Dn 11.36-39). Aos que se sujeitarem ao Sistema Global ditado pelo seu líder único – privilégios e continuidade de suas vidas vazias. Aos que se opuserem por quaisquer motivos – uma perseguição atroz, nos mesmos moldes de ódio aos judeus incitado por Hamã, será perpetrada contra todos os inimigos deste Sistema globalizado que ora se ergue ante nossos olhos.

Mas haverá um alto preço a se pagar, profetizado há dois milênios para que ninguém se desculpe. “E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão [hoje a nor malidade é afer ida com um termômetro na testa ou no pulso que deve variar


entre os 35,4º e 37,2ºC – em breve marcará unicamente 666], também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e ser á ator mentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome” (Ap 14.9-11). “Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do deserto vem a exaltação. Mas Deus é o Juiz: a um abate, e a outro exalta. Porque na mão do Senhor há um cálice cujo vinho é tinto; está cheio de mistura; e dá a beber dele; mas as escórias dele todos os ímpios da terra as sorverão e beberão” (Sl 75.6-8). A seguir provaremos do vinho de Israel.


O vinho de Israel Para não dizermos que era estranho, vamos dizer que era muito interessante o estado de Ester depois de entronizada junto ao seu senhor e rei. Era de se supor que, embora um tanto distante de sua família, uma vez que cumpria as vezes da rainha deposta, todavia buscasse saber e se preocupar com as condições de seu povo sofredor e escravizado. Mas no momento mais crucial dos trâmites governamentais que trariam a maior desgraça ao povo cativo em terra estranha, ela não só desconhece o futuro de seu povo quanto ainda tenta mudar o estado de espírito de seu pai. Lembra-nos Pedro inconformado e indignado com o anúncio de Jesus de sua morte iminente. “E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegava, havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em saco e em cinza. Então vier am as ser vas de Ester, e os seus camareiros, e fizeram-na saber, do que a rainha muito se doeu; e mandou roupas para vestir a Mardoqueu, e tirarlhe o pano de saco; porém ele não as aceitou” (Et 4.3-4). Não queremos julgar, mas é difícil interpretarmos este alheamento de Ester, este descuidado ou mesmo negligência, se não que algo inebriante estivesse agindo em sua vida e ofuscando sua real percepção das coisas. Como já propomos


anteriormente, a informação inicial a respeito de qualquer personagem bíblico é um artifício divino – uma dica! – para inclinar nossa atenção para suas qualidades e defeitos que seguirão. “E a moça pareceu formosa aos seus olhos, e alcançou graça perante ele; por isso se apressou a dar-lhe os seus enfeites, e os seus quinhões, como também em lhe dar sete moças de respeito da casa do rei; e a fez passar com as suas moças ao melhor lugar da casa das mulheres” (2.9). O preparo destas jovens era de um requinte desmedido, “porque assim se cumpriam os dias das suas purificações – seis meses com óleo de mirra, e seis meses com especiarias, e com as coisas par a a pur ificação das mulheres” (2.12). Sob o peso destas condições aliciantes, somado ao ‘fardo’ de seu próprio reinado debaixo do grande rei de 127 províncias, fica mais fácil entender que o seu ‘mundinho de princesa’ afastava sua comunhão das necessidades mais profundas de seu povo. Nem vamos insistir que “ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom [riquezas]” (Mt 6.24). Israel também está embebida de um sonho da vinda de seu messias libertador, que os levaria ao mais glorioso desti-


no, e que tem alardeado pela mídia mundial. Acabamos de presenciar um grande sinal da proximidade do fim desta era da Igreja há alguns dias – precisamente 21/02/21 – quando judeus de todo o mundo foram conclamados a fazer uma oração pedindo a vinda de seu messias. Obviamente que eles não contam ou lembram que seu cordeiro pascal já veio e foi brutalmente rejeitado! E para este equívoco, não poderia haver uma condenação mais atroz que as palavras de Isaías. “Tardai, e maravilhai-vos, folgai, e clamai; bêbados estão, mas não de vinho, andam titubeando, mas não de bebida forte. Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, vendou os profetas, e os vossos pr incipais videntes” (Is 29.9-10). Jeremias também profetizava de uma bebida atordoante para seu povo. “Portanto, dize-lhes esta palavra: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Todo o odre se encherá de vinho; e dir-te-ão:


Porventura não sabemos nós muito bem que todo o odre se encherá de vinho? Mas tu dize-lhes: Assim diz o Senhor: Eis que eu encherei de embriaguez a todos os habitantes desta terra, e aos reis da estirpe de Davi, que estão assentados sobre o seu trono, e aos sacerdotes, e aos profetas, e a todos os habitantes de Jerusalém. E fá-los-ei em pedaços atirando uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz o Senhor; não perdoarei, nem pouparei, nem terei deles compaixão, para que não os destrua.

Escutai, e inclinai os ouvidos; não vos ensoberbeçais; porque o Senhor falou: Dai glória ao Senhor vosso Deus, antes que venha a escuridão e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte, e a reduza à escur idão” (Jr 13.12-16).

Moisés, durante a jornada de Israel ainda no deserto, já antevia o triste embriagamento de seu rabinato secular, afastado da verdadeira Rocha divina pelo anseio da rocha humana. “Como poderia ser que um só perseguisse mil, e dois fizessem fugir dez mil, se a sua Rocha os não vendera, e o


Senhor os não entregara? Porque a sua rocha [falso messias] não é como a nossa Rocha [o Messias desprezado], sendo até os nossos inimigos juízes disto. Porque a sua vinha é a vinha de Sodoma e dos campos de Gomorra; as suas uvas são uvas venenosas, cachos amargos têm. O seu vinho é ardente veneno de serpentes, e peçonha cruel de víboras. Não está isto guardado comigo? Selado nos meus tesouros? Minha é a vingança e a recompensa, ao tempo que resvalar o seu pé; porque o dia da sua ruína está próximo, e as coisas que lhes hão de suceder, se apressam a chegar” (Dt 32.30-35. Prepare-se! Os dias do fim já estão contados!


Prévia do futuro – o inimigo Hamã Temos insistido nestes comentários ao longo dos livros sagrados da Escritura – que não pode e não vai falhar, sobre a implantação de um regime global que se unirá debaixo de um poder centralizador absoluto – na pessoa humana e depois sobre-humana do anticristo. Este livro de Ester contém os ingredientes tipológicos que podem indicar a sucessão de eventos que se darão logo após o rapto silencioso dos filhos de Deus comprados pelo sangue do Cordeiro. Retirada a influência conservadora e iluminadora desta Igreja espiritual e supra denominacional – simbolizadas pelo sal e pela luz respectivamente no evangelho de João, as portas para o levante do inimigo de Deus e dos homens se abrirão de uma vez, como uma brecha larga em um muro para passagem de toda horda de bestas humanas e espirituais. Se partirmos do tipo de Hamã, perseguidor de todo o povo judaico (distribuído entre as 127 províncias sob o rei Assuero) pela fidelidade de um só homem justo que não se inclinava perante sua autoridade, podemos chegar a algumas conclusões. Primeiro vamos ao tipo. “E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque as-


sim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava... Hamã se encheu de furor. Porém teve como pouco, nos seus propósitos, o pôr as mãos só em Mardoqueu (porque lhe haviam declarado de que povo era Mar doqueu); Hamã, pois, procurou destruir a todos os judeus, o povo de Mar doqueu, que havia em todo o reino de Assuero” (Et 3.2-6). Passemos ao futuro. A interpretação mais usual e correta entre os cristãos, somando todas as pequenas contribuições das profecias do Antigo Testamento bem como do Novo, fica sintetizada na visão de Daniel quando o homem da iniquidade, o filho da perdição, “firmará aliança com muitos [não todos] por uma semana...” [7 anos]. Mas algo provocará a interrupção do pacto com Israel na metade deste tempo, ou seja, por volta de três anos e meio do período. Daniel continua: “... e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação [linguagem típica dos sacr ifícios no templo judaico que obviamente deverá ser reerguido]; e sobre a asa das abominações virá o assolador [segunda fase deste líder global], e isso até à consumação” (Dn 9.27). Esta segunda fase sem máscara da besta que emerge do abismo, segundo a figura de Apocalipse, fica bem descrita por Paulo. “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o


homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus [o templo judaico que será em breve reerguido no Monte do Templo, hoje sob comando islâmico], querendo parecer Deus” (2 Ts 2.3-4). Como um lobista* desta primeira besta, a segunda besta estimulará primeiramente, e forçará em seguida, sua adoração. “E vi subir da terra [Israel devidamente organizada em sua terra] outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão [sua semelhança é contrária à sua fala em sua primeira fase]. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem [segunda fase] a primeira besta...” (Ap 13.11-12). Esta adoração ‘democrática’ seguida pela tirânica será aceita em quase sua massacrante maioria pela nação de Israel e pelo mundo. Mas aquele remanescente, nos mesmos moldes daqueles 7 mil que não dobraram seus joelhos ante Baal descrito em 1 Re 19 – em nosso contexto de Ester figurado pela fidelidade de Mardoqueu – será, da mesma maneira que Hamã incitou a fúria de seu rei, perseguida até a morte.


“Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo [sua queda se dar á na metade da tr ibulação, por tanto logo após 3,5 anos do período]. E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher [Israel de uma forma generalizada] que dera à luz o filho homem... E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente [segunda fase da per seguição mais violenta], os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo” (Ap 12.12-17). Nem vamos falar “daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos” (Ap 20.4), pela obviedade do símbolo à luz do que dissemos acima. Haverá então um direcionamento por parte da segunda besta – juntamente com “a operação do erro [da parte de Deus como castigo] para que creiam a mentira” conforme 2 Ts 2.11 – à adoração quase universal da primeira besta. Provavelmente, a partir do momento em que sua ima-


gem seja colocada no templo judaico como objeto de culto (há uma figura profética muito interessante na introdução da arca do Senhor juntamente com a imagem de Dagom descrita em 1 Sm 5), um remanescente se recusará a curvar-se na força e espírito de Mardoqueu, culminando na perseguição mais atroz de toda semente judaica, e concomitantemente a todos quantos se recusarem a receber sua infame marca. Continuaremos este assunto em nossa próxima nota ao abordarmos a figura contraditória de Ester.

*O lobista, " representante de um cliente claramente identificável", seria responsável por exercer pressão e influência na tomada de decisão, auxiliando o tomador de decisão através do assessoramento com informações técnicas e expondo o ponto de vista de agentes externos que serão afetados pela decisão em questão.


Prévia do futuro – Ester entronizada Dito o que dissemos sobre a sombra do personagem Hamã, passamos agora a comentar sobre o eixo central deste livro. E talvez muitos não venham a gostar do que vamos propor sobre sua graciosa pessoa. O fato é que somos bombardeados com conceitos equivocados que prejudicam uma interpretação sadia e espiritual da Palavra escrita de Deus. Ester é um caso extremo, e o fato da pessoa de Deus estar totalmente escondida neste livro deveria gritar aos ouvidos de seu povo e por extensão a nós. Vamos começar então com uma comparação com outra mulher do passado, em situação totalmente diferente é verdade, mas sendo isto mesmo que nos dará material para entendermos a posição escatológica deste livro. “E Jael saiu ao encontro de Sísera [não se escondeu], e disse-lhe: Entra [ação ativa], senhor meu, entra aqui, não temas. Ele entrou na sua tenda, e ela o cobriu com uma coberta.... Então J ael, mulher de Héber, tomou uma estaca da tenda, e lançou mão de um martelo, e chegou-se mansamente a ele, e lhe cravou a estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra, estando ele, porém, num profundo sono, e já muito cansado; e assim morreu” (Jz 4.18,21). Independente do fato de que esta mulher fosse gentia,


já que seu marido era midianita, está o fato em si mesmo de que esta mulher – apesar de não-judia – posicionou-se decisivamente ao lado de Israel. Não seria o caso com Ester (lembramos seu titubear ante a necessidade de comparecer ante seu rei), já que sua posição como rainha ao lado do inimigo trazia uma acomodação aos desafios e necessidades de seu povo. Jael posicionou-se contrariamente aos nativos de sua própria gente na Palestina, já que seria de esperar que estivesse do lado de Sísera, inimigo de Israel, pois jamais ele iria se refugiar em tenda israelita.

Ester se posicionou, ou antes foi posicionada, ao lado do inimigo pela situação de escravidão de Israel sob o comando da Pérsia, na pessoa de Assuero. Certo é que acabou


intervindo pelo clamor de Mardoqueu, mas foi pelo clamor de um justo e não pela atividade positiva do seu coração propriamente, pois ela estava alheia ao que se passava com seu povo. Jael trouxe o inimigo de outro povo à sua tenda para matá-lo. Ester dormia com o inimigo de seu próprio povo, depois que este a trouxe para sua ‘tenda’. Por esta razão é que o Deus de Israel sumiu da narrativa deste livro, pois seu povo estava vendido aos inimigos, sem forças para se reerguer. O que foi negligência no passado, tornou-se vício que levou ao conforto e mais tarde perfeita conformação. Um pouco de fermento sempre levedará toda massa. É só uma questão de tempo. Neste tempo em que vivemos, também Israel, embora relativamente seguro em seu território reconquistado, tem um Deus ausente dos seus negócios. Parece que as circunstâncias são mais aleatórias que determinantes. Ninguém teve dúvida da ação gloriosa do Deus de Israel quando do Mar Vermelho aberto para sua fuga do Egito. Hoje, todas as dúvidas são levantadas pelos gentios se qualquer ação milagrosa seja sorteada sobre Israel, visto não ser clara, inequívoca, mas como que realizada nos bastidores. Voltará o tempo em que o braço do Senhor se estenderá novamente, e ninguém terá dúvida da sua ação onipotente.


O mesmo acontece com a Igreja de Cristo hoje! Guardadas as devidas proporções, uma mulher também em breve se assentará ‘ao colo do inimigo’, e descansará regaladamente sobre uma estranha figura. Deixaremos para frente uma interpretação mais cuidadosa. Por ora vamos lançar apenas uma dúvida ou uma luz em seu coração. “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escar lata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações [corrupção do ministério governamental] e da imundícia da sua fornicação; E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições [corrupção do ministério sacerdotal] e abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos [corrupção do ministério profético], e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração” (Ap 17.3-6). Esta mulher é Jerusalém. Esqueça todas as interpreta-


ções tendenciosas, viciadas, fáceis, agradáveis ao ouvido, inimigas do estudo constante, literal e comparativo de toda a Escritura Sagrada. Como dissemos há pouco, não entraremos na interpretação deste símbolo. Isto deixaremos quando analisarmos os profetas maiores e menores. Assim como Ester se assentou num trono que nunca foi proposto por Deus em sua vontade diretiva, mas somente permissiva, ainda que tenha sido para libertação futura de seu povo, igualmente Jerusalém se assentará no trono da besta que se erguerá em breve. Também no caráter permissivo de Deus, obviamente, e que culminará na sua maior angústia e libertação final de todos os seus inimigos.

Finalizaremos a seguir, comentando sobre a forca de Hamã.


Prévia do futuro – o anzol e o laço Vamos comentar agora sobre a simbologia da forca de Hamã. Todos conhecem a retribuição que Deus lhe deu por perpetrar uma perseguição monstruosa e mortal sobre o povo terreno de Deus. A sentença veio dos lábios do próprio rei após a dica de um eunuco. “Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que também a forca de cinquenta côvados de altura [cerca de 22 metros] que Hamã fizer a par a Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o nela” (7:9).

Uma retribuição justa e à altura sobre o mundo impenitente, na sua louca e diabólica tentativa de destruição da semente de Jacó, novamente se reprisará logo mais. Um novo e final laço de castigo será preso ao pescoço dos gentios, logo após sua invasão no cerco final de Jerusalém. Antes porém – os anzóis em atração irresistível – numa visão parcial do Antigo Testamento e uma global do Novo. “Filho do homem, dirige o teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele. E dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu sou contra ti... E te farei voltar, e porei anzóis nos


teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, manejando todos a espada... e todas as suas tropas, muitos povos contigo... No fim dos anos virás à terra que se recuperou da espada, e que foi congregada dentre muitos povos, junto aos montes de Israel, que sempre se faziam deser tos; mas aquela terra foi tirada dentre as nações, e todas elas habitarão seguramente. Então subirás, virás como uma tempestade, far-te-ás como uma nuvem para cobrir a terra, tu e todas as tuas tropas, e muitos povos contigo... E subirás contra o meu povo Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra. Nos últimos dias sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que os gentios me conheçam a mim [objetivo final de Deus], quando eu me houver santificado em ti, ó Gogue, diante dos seus olhos” (Ez 38:2-9,16). “E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. E da boca do dragão, e da


boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espír itos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele gr ande dia do Deus TodoPoderoso” (Ap 16:12-14). Depois finalmente o laço na proporção do erro e da maldade. “O temor, e a cova, e o laço vêm sobre ti, ó morador da terra. E será que aquele que fugir da voz de temor cairá na cova, e o que subir da cova o laço o prenderá; porque as janelas do alto estão abertas, e os fundamentos da terra tremem. De todo está quebrantada a terra, de todo está rompida a terra, e de todo é movida a terra. De todo cambaleará a terra como o ébrio [nosso mundo não estar á fixo em seu eixo habitual], e será movida e removida como a choça de noite; e a sua transgressão se agravará sobre ela, e cairá, e nunca mais se levantará. E será que naquele dia o Senhor castigará os exércitos do alto nas alturas, e os reis da terra sobre a terra” (Is 24:17-21). E nas palavras mais que certas e confiáveis do próprio Senhor:


“E, dizendo alguns a respeito do templo, que estava ornado de formosas pedras e dádivas, disse: Quanto a estas coisas que vedes, dias virão em que não se deixará pedra sobre pedra, que não seja derrubada [novamente os muros e o terceiro templo que em breve se reconstruirão deverão ser destruídos]... Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem” (Lc 21:5-6,35-36). Assim como os discípulos de Jesus, no passado, se gabavam e confiavam na força das colunas de seu templo, embora seu dono estivesse do lado de fora conversando com eles, também os judeus modernos estão confiando na reconstrução do seu terceiro templo – com seu dono de fora novamente – para a promoção da paz universal. Uma carta escrita há pouco mais de 3 anos pelo Sinédrio ao povo árabe, mostra bem a força do novo e velho anzol da mistura odiado pelo Deus de Esdras e Neemias. https://www.israel365news.com/104480/sanhedrin-calls-on -arabs-to-take-their-role-in-third-temple-as-prophesized-by-isaia


O SINÉDRIO CONCLAMA OS ÁRABES A ASSUMIREM SEU PAPEL NO TERCEIRO TEMPLO, CONFORME PROFETIZADO POR ISAÍAS POR ADAM ELIYAHU BERKOWITZ | 19 DE MARÇO DE 2018 | NOTÍCIAS BÍBLICAS “O nascente Sinédrio, um tribunal biblicamente ordenado de 71 anciãos, divulgou uma carta em hebraico, inglês e árabe convidando os árabes como filhos de Ismael a assumirem seu papel no apoio ao Terceiro Templo, confor me profetizado por Isaías [???]. Este movimento é muito mais do que simbólico. O objetivo é trazer o mundo inteiro um passo mais perto da paz global que caracterizará a era messiânica. A carta diz: “Queridos irmãos, os ilustres Filhos de Ismael, a grande nação árabe, “Com a graciosa ajuda do protetor e Salvador de Israel, Criador do mundo por convênio [ou pacto], declaramos que os passos do Messias são evidentemente ouvidos e que chegou a hora de reconstruir o Templo no Monte Moriá em Jerusalém em seu antigo lugar...”


O laço virá em breve! Prepare-se! Obrigado por sua companhia até aqui, e guarde seu lugar com nosso amado e sofrido Jó em nossas próximas notas. Que Deus em Cristo Jesus te ilumine neste tempo do apagar das luzes da Igreja!


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