Teo & Logia 1

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o homem prudente edifica sua casa sobre a Rocha

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alicerces para a fĂŠ


1 Editorial alicerces para a fĂŠ

Teologia na medida! Um dia o Filho se humilhou! Joaquim Ferreira de Almeida Ajudando a Deus?! Para sempre o Filho foi exaltado! Martinho Lutero Qual a Natureza das Escrituras?


dos criadores

Marcio Bertachini mb! Welton de Carvalho {w}

Esta edição pode ser lida, compartilhada, copiada em parte ou integralmente, exibida em ambiente público ou privado, prezada, desprezada, discutida, usada como referência; mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos.

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“O estudo organizado, meticuloso e persistente das várias doutrinas bíblicas, abrangidas pela Teologia Sistemática, não pode ser encarado como algo penoso, antiespiritual e estéril, mas como meio para alcançarmos determinação, disciplina e maturidade espiritual compatíveis com a multiforme sabedoria de Deus.” mb! “Sábio é o teólogo que reconhece os seus limites e sabe até onde pode e deve ir na busca de descortinar os mistérios divino-espirituais.” {w}

Não há nenhuma contradição nos pensamentos acima, ao contrário, uma é a defesa da outra para que sigam em paz e propósito. E abordaremos duas vertentes. Se não podemos superdimensionar a teologia


a ponto de ofuscar seu alvo maior, que é Cristo e sua bendita obra consumada na cruz, também não podemos desvelar da busca constante dos mistérios e vontade de nosso Deus, formando um corpo doutrinário firme, sóbrio e espiritual. Nosso problema geralmente está nos limites. Costumamos passar quando deveríamos estacar, e paramos quando deveríamos alcançar sem medo o limite traçado por Deus. Temos vasto testemunho nas Escrituras destas verdades. É dever do cristão, sob devida iluminação do Espírito e em santa oração, saber o ponto preciso que satisfará as necessidades do reino de Deus, para que cresça segundo sua graça, não ultrapassando deste ponto por nossas insistências carnais, buscando minúcias que a nada levam, se não a mais divisões internas.


“Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus” (Cl 2:18,19). No entanto, se ficarmos satisfeitos com tudo que já temos recebido dos ‘pais’, não cresceremos intimamente, achando que nada mais há que se buscar, quando é dever do cristão individual e como corpo de Cristo ‘examinar tudo e reter o bem’ (1 Ts 5.21). Não nos encontremos na posição daqueles que ‘devendo já ser mestres pelo tempo, ain-


da necessitam de que se torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; tendo sido feito tais que necessitam de leite, e não de sólido mantimento’ (Hb 5.12). A segunda vertente é a paz, tanto para com Deus quanto para nossos corações. Buscando o ponto de equilíbrio ideal, tanto das necessidades do reino de Deus e das necessidades humanas prementes e sérias, quanto dos nossos limites íntimos e inerentes, cumpriremos o ideal cristão. A paz de Deus que excede a todo entendimento será nossa recompensa diária ao esmiuçarmos uma Teologia que supra as necessidades do ímpio e do salvo, mas que se abstém das loucuras deste século maligno.

Assim recomendamos esta edição, e as demais que se seguirem, a todos os que amam uma Teologia sincera e sem exageros, mas acima de tudo, ao único e soberano Senhor, Jesus, o Cristo de Deus, motivo de toda Teo&logia!

os editores


Um dia o Filho Se humilhou! Marcio Bertachini O que parece confundir desnecessariamente alguns é a posição em que Jesus se coloca, em total submissão à vontade de seu Pai. Tomemos como exemplo: “Meu Pai... é maior que todos” (Jo 10.29) – embora João Batista, falando do Filho, diga o contrário: “Aquele que vem de cima é sobre todos... Aquele que vem do céu é sobre todos” (leia o contexto de Jo 3:28-36). Também: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18). Temos só duas alternativas: ou Jesus realmente não tinha poder, e então lhe foi dado por seu Pai; ou Ele o tinha, entregou, e teve que reconquistá-lo. Vamos à Palavra de Deus? “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros [eis o contexto: algo que se possui realmente, mas que deve ser abandonado em prol dos outros]. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo [porque nunca


!

fora servo], fazendo-se semelhante aos homens [porque nunca fora homem]; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte” (Fp 2.4-8). O Filho não atentou para o que era propriamente seu, ou seja, sua igualdade com Deus. Ele não usurpou ser igual a Deus. ‘Usurpação’ significa: “Apoderamento insólito, em proveito próprio, por meio da força, fraude ou artifício de uma coisa, de um título, de um direito, ou de uma dignidade pertencente a outrem”. Jesus não fez isto, porque esta dignidade, este título divino, este direito e esta igualdade com o Pai lhe são próprios. Ele não poderia cobiçar uma coisa que já era dele por natureza. Houve alguém que buscou usurpar esta posição: Satanás intentou ser “semelhante ao Altíssimo” (ler Is 14.12-20). Além de Jesus não se apegar egoisticamente ao seu estado divino em igualdade com o seu Pai (com aquela glória que ele tinha com o Pai antes que o mundo existisse), ele se aniquila e se humilha em prol do homem. Quando Ele desce do céu esvaziado de sua forma ou manifestação divina, deixa para trás sua condição de exercer autoridade universal, e, achado na forma de homem, se coloca na posição do servo submisso. É neste contexto que Jesus


coloca seu Pai como seu Deus, seu Senhor, seu Pai. Está na posição de um servo: não pode mais usar seu direito ao trono. Portanto, tem que reconquistá-lo. Mas mesmo quando Jesus se esvazia de sua forma divina, não quer dizer que abandonou sua divindade. Há diferença entre ser e estar. Apesar de ainda Jesus ser Deus, na mesma proporção de seu Pai, como veremos, não está mais na forma de Deus, que é Espírito, mas está na forma humana. “Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo: não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica; porque o Espírito é a verdade [Jesus não disse que Ele era a verdade? – Jo 14:6]. Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra [ou Verbo, do grego Logos, que é Jesus] e o Espírito Santo; e estes três são um [não em propósito ou concordância, pois a continuação da passagem fará esta diferença usando outra expressão]. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num” (1 Jo 5.6-8). Não se poderia dizer que estes três últimos elementos fossem um, mas apenas que concordam ou convergem para um ponto. O sangue, a água e o Espírito são elementos completamente distintos. De forma contrária, o Pai, a Palavra e o Espírito não concordam num, mas são um. Se o apóstolo tivesse em mente dizer que eles têm o mesmo propósito, teria usado a mesma expressão “concordam”. Concordar é completamente diferente de ser.

meus dias são teus

“Porque nele [em Jesus, no contexto] habita corporalmente toda a plenitude da divindade... Por que foi do agra-


do do Pai que toda a plenitude nele habitasse” (Cl 2.9; 1.19). Plenitude significa: Estado ou qualidade do que é pleno, cheio ou completo. Totalidade. Perfeito. Absoluto. Apesar de toda e plenitude serem palavras sinônimas (com o mesmo significado), parecendo um exagero de linguagem, ou uma repetição desnecessária, contudo é necessário para que não restem dúvidas. A repetição é cheia de significado. Se o apóstolo tivesse dito que em Jesus habita somente a plenitude de Deus, alguém poderia alegar que todas as características e dons de Deus estão em Jesus, mas não necessariamente na sua totalidade. Então ele repete a palavra para dar o entendimento de que todas as características, personalidade, atributos e dons estão em sua totalidade ou plenitude em Jesus na sua nova forma corporal. Tudo o que se refere a Deus, o Pai, está em plenitude, na sua totalidade e perfeição absolutas, em Jesus. Tudo o que se relaciona ao Deus Vivo está pleno em Jesus. Assim, Jesus é Senhor, pois é um com seu Pai. É “Deus bendito eternamente”. É a sua própria essência. Ele mesmo confirmou esta realidade, ainda que não parecesse aos olhos carnais. “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou” (Jo 13.13).


Se a tradução de Almeida é amplamente conhecida, o mesmo não se pode dizer a respeito do próprio Almeida. Pouco, ou quase nada, se tem falado e escrito a respeito dele. Almeida nasceu por volta de 1628, em Torre de Tavares, Portugal, e morreu em 1691, na cidade de Batávia (hoje Jacarta, na ilha de Java, Indonésia).

Aos 14 anos, em 1642, aceitou a fé protestante, na Igreja Reformada Holandesa, impressionado pela leitura de um folheto em espanhol, "Diferencias de la Cristandad", que tratava das diferenças entre as diversas correntes da crença cristã. Aos 16 anos conclui pela primeira vez a tradução do N.T. para o português. Mas apesar dos inúmeros esforços, essa edição infelizmente não foi publicada! Essa tradução acabou desaparecendo. Recomeçou seus trabalhos com a ajuda de seus rascunhos anteriores, e no ano de 1654 completou mais uma vez a tradução do N. T. sem contudo conseguir publicá-la.


Durante os três anos seguintes, João revisou a sua obra anterior e também passou a dar aulas para pastores (aulas de português), traduzia livros e ensinava catecismo a professores de escolas primárias. Em 1656 foi ordenado Pastor. Depois de alguns longos anos como missionário protestante, João finalmente conseguiu ter o N.T. publicado na Holanda, apesar de alguns problemas nos textos e uma revisão que só terminou depois de sua morte, é que o N.T. traduzido por João Ferreira de Almeida foi impressa e distribuída. Em 1683, João terminou a tradução do Pentateuco (os cinco primeiros livros de Moisés). Mas a revisão foi demorada, e já com a saúde debilitada, João se dedicou inteiramente à tradução do V.T. Mesmo assim não conseguiu completar a obra que dedicou praticamente toda a sua vida. Em meados de Outubro do ano 1691 João Ferreira de Almeida faleceu em Batávia (atual ilha de Java, Indonésia). Sua tradução chegou até Ezequiel 48.21.


Ajudar alguém é sempre uma boa co universo.

Pois é, achar que o Altíssimo precisa sa maneira distorcida de pensar, que nas riológico e na prática ministerial. Mesmo possui valor algum aos olhos divinos, poi está cheio.

Julgar que nossos esforços podem nos gara rigosa mentira. Primeiramente, porque nossas b porque ao tentar fazer qualquer tipo de adap (Gálatas 1:7). E corromper a Palavra é algo nada

Esse desejo, portanto, é puramente carnal e de cluir que para servir a Jesus e viver a fé não se faz ne deve fluir naturalmente da alma convertida em form algum; é tudo um privilégio da graça de Deus. Já em berdade na forma, mas 0% na invenção de conteúdo

Infelizmente, esse maldito humanismo tem se a coração de milhões de cristãos em todo o mundo. S

vida rebelde; trata-se de uma religiosidade barata qu

Vigiemos para não cair nessa armadilha tam cada vez mais fincados na sã doutrina. Esse é um dev ve ser realizado com espontaneidade e muito zelo. Para honra e glória do Senhor!


oisa, contanto que esse alguém não seja o Criador-Redentor do

a de ajuda é algo bem comum e típico dos cristãos imaturos. Essceu na Queda, está presente principalmente no conceito soteo que essa tal ajuda esteja carregada de boas intenções, não s como diz o velho ditado popular: de boas intenções o inferno

antir a salvação ou facilitar a adesão ao cristianismo é uma peboas ações são como excremento (Isaías 64:6) e em segundo ptação ao evangelho estaremos, na verdade, corrompendo-o a aconselhável; pior ainda quando feito de má-fé.

eve ser exterminado. Contudo, não se pode, a partir disso, conecessário nenhum tipo de esforço. O esforço é fundamental, mas ma de atos piedosos (Tiago 2:17), ou seja, não há mérito pessoal m relação à pregação, a equação é simples: temos 100% de lio.

alastrado por seminários e púlpitos, contaminando a mente e o São diversas as vertentes de ensino que induzem a um estilo de

ue idolatra homens e objetos.

mbém. Para tanto, precisamos conhecer melhor a Cristo e estar ver de todos aqueles que amam o Salvador. Dever este que de-

Welton de Carvalho


1 CorĂ­ntios 15.3-4

“Porque primeiramente vos e que Cristo morreu

segundo a

e que foi sepultado, e que r

segundo a


4

entreguei o que tambĂŠm recebi: por nossos pecados,

as Escrituras,

ressuscitou ao terceiro dia,

as Escrituras.�


Para sempre o Filho f Vimos no assunto anterior que o Filho, ao se tornar o homem-servo, esvaziou-se em humilhação. Assim humilhado, “feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte”, por causa desta mesma morte vergonhosa, porém vitoriosa, seria “coroado de glória e de honra” (Hb 2.9). Em outras palavras, aquilo de que Ele se esvaziou, Ele reconquistou com todas as honras celestes pela excelência do seu trabalho voluntário na cruz. Agora Ele é Senhor porque cumpriu toda a vontade de Seu Pai, satisfazendo todas as exigências Divinas em vida e em morte de cruz. “Havendo Deus... falado... nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa e sustentando todas as coisas, pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou nome mais excelente do que eles... E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra até que eu ponha a teus


foi exaltado! inimigos por escabelo de teus pés? (Hb 1.1-4,13). “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas” (Ef 4.9-10). “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.45). Assim que, sendo Cristo reconduzido ao trono de seu Pai, Ele recebe de volta, como prêmio pela sua vitória, todo o poder que Ele havia escondido em sua humanidade servil. “E, chegando-se Jesus, falou-lhes dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18). “... que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, acima

Marcio Bertachini


de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos” (Ef 1.20-22). “Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (At 2.36). “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11). Sendo agora Senhor sobre todas as coisas por direito readquirido, acrescenta-se ainda o peso bendito de que uma ‘assembleia de primogênitos’ foi formada à custa de um pagamento infinito e incalculável, dando -lhe um direito superior e inigualável sobre este novo corpo. “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, co-


mo prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver... mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pe 1.18-19). “Mas vindo Cristo... nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb 9.11-12). Este pagamento precioso e insubstituível lhe deu o direito de compra e posse desta Igreja. “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). Chegará o bendito e glorioso dia em que ouviremos “a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre” (Ap 5.13).


“O mistério da h Cristo, o fato de ao ponto de rev ne humana, está compreensã Mar


humanidade de e Ele ter descido vestir-Se da cará além de toda ão humana.” tinho Lutero

1483-1546


Lendo ‘O drama da doutrina’ de J. Vanhoozer, encontrei a seguinte afirmação deste grande teólogo. "... as escrituras não têm uma natureza divina, mas um autor divino (e uma origem divina)". Intrigado com a afirmação, passei a relembrar algumas passagens que focariam o tema.

Qual a Natureza Então me lembrei das palavras do Senhor: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida” (Jo 6.63 - observe que ele não fala têm espírito e têm vida, mas são! vida e espírito). Também ele disse: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39); portanto, se a palavra escrita testemunha as palavras faladas de Cristo que são espírito e vida, e


com autoridade tal que abre as portas para a vida eterna, segue por consequência lógica e necessária que estas palavras sagradas participam da natureza daquele que as pronunciou e mandou registrar pelo Espírito Santo. E vendo pelo lado negativo, podemos ler: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra

a das Escrituras? que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia” (João 12:48). A mesma palavra pregada oralmente que foi depositada nas escrituras, e têm tanto poder para salvar como condenar eternamente, obriga que sua natureza divina foi também impressa de forma milagrosa. Passei então a pensar de outra forma: um fio de cabelo separado da cabeça, perde minha natureza humana? Claro que não, afinal pode se


identificar o indivíduo pela natureza genética do fio examinando seu DNA. Embora não se possa dizer que este fio seja eu na integralidade, no entanto o fio carrega informação genética de tudo que eu sou, toda minha natureza, é um pedaço de mim. Portanto, a escritura possui a natureza divina no sentido mais absoluto da palavra, é um pedaço dele mesmo, por isto pode plenamente salvar os que creem nela ou condenar os que a desprezam. E, indo mais além, se a Palavra de Deus é simbolizada por uma semente (“sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre” 1 Pe 1:23), não carregaria esta semente toda a natureza da árvore original? Alguém poderia alegar que a semente de uma maçã somente participa da sua origem, mas não da sua natureza? Pelo mesmo raciocínio lógico e espiritual, assim como a semente, por carregar toda a natureza da maçã, pode gerar uma macieira segundo a


natureza da anterior, também a palavra de Deus, perfeita semente divina, pode gerar vida segundo a nova natureza divina. É pois muito mais que origem, mas natureza completa. Ou os símbolos são perfeitos e podemos confiar neles, ou são imperfeitos e não teremos motivos para crer de forma irrestrita na Palavra de Deus, a semente divina.

Concluindo então, podemos ficar seguros, satisfeitos e em ditosa paz que os 66 livros que compõem as Escrituras Sagradas participam da natureza divina na forma mais plena possível, e que foi milagrosamente preservada por ‘homens santos que falaram inspirados pelo Espírito Santo’.

Marcio Bertachini


A Cr Por n Ele é Jesus

A Cristo coroai! Que por nós encarnou, E Deus, o Santo Deus e Pai, aos homens revelou. Eis Sua compaixão! Eis Sua mansidão! Quem vê a Cristo, vê ao Pai; sim, vê Seu coração.

A Cristo coroai! De tudo o Criador, O Filho do eterno Deus, do mundo, o Salvador, Jesus Emanuel, o grande Redentor! Em busca dos perdidos, vem o nosso bom Pastor.


risto coroai! Que sobre a cruz, ganhou nós eterna redenção e para o céu voltou! é o Rei dos reis! O Príncipe da paz! s, da morte, o vencedor, que a Salvação nos traz.

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A Cristo coroai! De todos o Senhor, A quem a multidão dos céus aclama com fervor! Eis o Cordeiro ali, que sobre o trono está! Que vive e reina lá por nós, e cedo voltará.

A Cristo coroai! H. Maxwell Wrigth


O trono do Deus do direito e do perdão não poderia ser outro senão a CRUZ! Aquela antiga e sempre

nova CRUZ!

pen {w}

e

lou


nse

e

uve

O fim e o começo de tudo é Jesus Cristo, Deus bendito eternamente, nascido sob a lei, morto pelos pecados, ressuscitado por causa da nossa justificação, e glorificado por sua vitória sobre a morte, o pecado, o mundo e o diabo.” Ap 21.6; Rm 9.5; Gl 4.4; 1 Pe 3.18; Rm 4.25; At 13.30; Jo 16.33; Hb 4.15; Cl 2.15

mb!


pairava trevas em tudo todos os anjos tĂŁo mudos o abismo frio e desnudo mais eis! o EspĂ­rito ao mundo!

Gn 1.1 / 1 Pe 1.12

mb!


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