Edição 20

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Negócio animal

Deixe seu pet em

boas mãos

Plataforma permite escolher uma babá para o seu cachorro, ou oferecer seus serviços como cuidador, garantindo uma renda extra TEXTO: SAMIA MALAS

Vocês já tinham algum tipo de relação com o mercado pet? Até então, ninguém da empresa era do ramo pet, apesar de todos serem donos de cães, cansados de passar pelo mesmo problema.

Qual foi a indicação de que poderia dar certo? Realizamos uma pesquisa no Parque do Ibirapuera, em São Paulo-SP, com mais de 200 donos de pet para desmistificar algumas ideias pré-concebidas em relação ao serviço. No estudo, as pessoas nos diziam que estaríamos ajudando a resolver um problema. Como foi o processo de criação da empresa? Nós não tínhamos dinheiro. A princípio, contratei um designer e um programador. Felizmente, graças aos meus contatos no LinkedIn, fomos capazes de angariar interesse de um grupo de investidores para receber o primeiro aporte. O site está agora em uma versão beta e temos uma equipe para deixá-lo funcional. Quais são as vantagens do serviço? Estamos formando uma comunidade, um marketplace que combina amantes de cães de confiança, que chamamos de anfitriões, com as necessidades específicas dos donos de

animais. Isso é algo que eu mesmo experimentei com meu cachorro e minha família. No site é possível encontrar dois perfis: petsitters profissionais e adoradores de cães, que estão dispostos a abrir sua casa para cuidar de mascotes alheios. A plataforma permite a eles definir seu próprio ritmo, tendo controle sobre os cães que irão aceitar. É uma abordagem personalizada e a melhor experiência para os cães e seus donos. Há algum tipo de filtro de petsitters? Essa é a questão mais importante, e que tem sido o nosso principal objetivo, que é criar uma marca confiável. Nós verificamos as qualificações dos nossos anfitriões, existem várias camadas para isso. Primeiro, há a camada social, em que usamos a conexão com Facebook para identificar os usuários. Depois, fazemos entrevistas por telefone para verificar as referências do candidato. Se o anfitrião tiver curso de primeiros socorros pet ou alguma certificação, se for veterinário, eles podem compartilhar a informação.

Estamos preparando um teste e adicionando verificação de antecedentes e formação avançada nos questionários dos candidatos

Fotos: Simon Plestenjak/Editora Globo Reprodução

P

ara os donos de cachorros, viajar significa ter de recorrer a um hotel ou pedir a amigos ou familiares para cuidarem do animal. No primeiro caso, o serviço pode sair caro, já no segundo, nem sempre há alguém disponível para ajudar. Por conta disso, Sergio Hernandes e a esposa Bernardete deixaram de viajar várias vezes para não abandonar o Maltês Belinho. Foi daí que surgiu a ideia de criar a PetHub, uma plataforma que está no ar desde 2012 e que conecta donos de mascotes e pessoas dispostas a cuidar deles. “Nos sentíamos mal em deixá-lo em um hotel, então, deixávamos com um parente que tinha cachorro e um quintal. Percebemos que seria um modelo de negócio”, explica Hernandes. A ideia é que os anfitriões – como eles chamam os candidatos a cuidadores – ganhem uma renda a mais, e os donos de cães possam sair tranquilos. Para entender mais sobre a empresa, que abrange a Grande São Paulo e Baixada Santista, confira a entrevista com o seu fundador:


Sergio Hernandes posa com Belinho, o grande inspirador e mascote da PetHub. “Já utilizamos algumas vezes a plataforma e não poderia ter sido melhor”, afirma

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Negócio animal Temos ainda a qualificação que é baseada nas transações, em que depois de hospedar seu cão, você pode qualificar a experiência para ajudar outros no futuro. Além de tudo isso, temos a função de agendamento de visita podendo o dono do cão marcar uma reunião para apresentar um cão para o outro e conhecer a casa.

Que outros cuidados vocês tomam? A PetHub incentiva os petsitters a enviarem fotos e atualizações regulares de vídeo por e-mail ou mensagem para que os clientes saibam que seu animal está em boas mãos. Que porcentagem dos pagamentos fica com o site? A PetHub recebe o pagamento e retém 15% do valor. Tem alguma história engraçada dessas hospedagens? Percebemos que os anfitriões acabam gerando concorrência entre si e, consequentemente, criam diferencias próprios. Uma anfitriã, por exemplo, diz que oferece água mineral por

conta própria. Outra diz que passeios de duas a três vezes por dia já estão incluídos na hospedagem. E isso acaba sendo bem engraçado.

Cães cuidados

Já tiveram algum problema? Não. Mas é claro que, como em qualquer outra hospedagem, não estamos isentos do risco de ocorrer algum imprevisto. Para garantir uma experiência segura para os cães, pedimos que nossa comunidade siga algumas regras de nossa cartilha. E que regras são essas? Por exemplo, o dono que solicita o serviço deve apresentar o cão com precisão, sendo específico sobre suas necessidades e características de comportamento, bem como fornecer ao cuidador uma lista incluindo os próprios contatos e os do veterinário, de parentes ou amigos locais. Além disso, o anfitrião deve sempre certificarse de que o cão é adequado à sua casa e estilo de vida e tentar se familiarizar com ele antes de recebê-lo. Em breve ainda será implantado um seguro pet que cobrirá quaisquer emergências veterinárias que aconteçam aos cães durante a hospedagem.

Serviço

A empresa tem recebido ótimos feedbacks de donos que apontam que seus pets são bem cuidados

Para se tornar petsitter não é preciso ter conhecimento técnico, apenas espaço e muito carinho

É possível encontrar uma hospedagem para seu pet por a partir de R$ 25 a diária (por animal) e se candidatar a petsitter. A PetHub abrange a Grande São Paulo e Baixada Santista. Site: www.pethub.com.br. Telefone: (11) 4063-0702

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