Edição 25

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BERNESE O maior protetor da família MITO OU VERDADE

A raiva deixa mesmo os cachorros loucos?

HERÓIS PELUDOS

CUIDADO, CÃO BRAVO

Resgates corajosos feitos por animais incríveis

Faça com que ele não morda as visitas

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SEGREDOS QUE O PET NÃO CONTA (e você tem que saber!)

CAPAS DIFERENTES COM CONTEÚDO IDÊNTICO

Grátis

CARTEIRA DE VACINAÇÃO

Livre o mascote dos gases com dieta certeira

s i a t n e Jogos m gato para o

os de ip t s e r o lh e m s o s Listamo ar) it c r e x e e ( r la u im est brinquedos para felino dentro de casa os instintos do


CLICK

Adriane Cristine Pereira

RAPHA

Ana Paula

SURI

Ana Carolina Andrade

TININDA

Juliana Matias

JOEY

Ana Paula

MEL

Jefferson e Diana

Juntinhos meupet@escala.com.br

MAYLOW Taísa Pires

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BRUCE E BOSS

Iara e Anthony Monteleones

BANJO

Priscila Sartori

LOLA

Maria Chella

Na próxima edição... No mês que vem, queremos ver seu mascote querido passeando ao ar livre. Mande pra gente fotos fofas do momento mais aguardado por todos os cães: o passeio!

Este espaço é para o seu pet, participe! Mande as fotos para:

MILK

MEL E SOL

Dayane Kock

FREDERICO

Nandara Felicio

Aproveite este espaço! Mande as fotografias de seu mascote e deixe ele brilhar em nossas páginas. Nesta edição, para comemorar o aniversário de 2 anos da revista Meu Pet, quisemos conhecer nossos leitores e os seus peludos!

Seu pet e você

Stephany Avelar

RYU

Ana Campello

GABY

Katia Kliewer

AMY

Allaisa Santana

BALTAZAR E BENJAMIM Leticia Gabriela

WENDY

Thiago e Michele

GAYA E BELLA

Helen e Luiz Augusto

IAN

Núbia Andrade


o i r á m u S

08 Fala, leitor

24 Chega de morder as visitas

09 Nossa rede

29 Sinal de alerta

10 Horoscopet

30 Jogos mentais para o gato

Seu espaço para sugerir temas, criticar e elogiar as reportagens e participar da revista Confira o que está rolando em nosso site e também no Facebook, Twitter e Instagram Previsões astrais para o seu mascote

11 Faça você mesmo

Aprenda a confeccionar um coração de tecido recheado com catnip, a erva do gato

12 Mundo pet

As últimas novidades e os melhores lançamentos do universo dos peludos

14 16 20

20

Bicho natural

Crie seu mascote de uma forma muito mais sustentável e em prol da natureza

Veja como um treino pode evitar que o peludo avance nos seus convidados

Aprenda a identificar e prevenir a incômoda dor nas costas nos cachorros Descubra quais são os melhores brinquedos para estimular e exercitar os felinos dentro de casa

34 Carteira de vacinação

Saiba quando vacinar o cão ou gato e entenda do que seu mascote está sendo protegido

36 30 segredos que o pet não conta

Se o seu mascote pudesse falar, o que ele diria? Descobrimos o que ele adoraria que você soubesse

41 Pet Socorro

Passo a passo para fazer curativos no animal

Hora do rango

42 Heróis peludos

Guia de fi lhotes: Bernese

46 Negócio animal: Pet Sem Stress

Dicas de alimentação e uma deliciosa receita de cupcake de iogurte e maçã Os grandalhões estão entre as raças de cães mais amorosas e fiéis do mundo

3042

Histórias de resgates corajosos feitos por mascotes realmente incríveis Empresa oferece consultoria para condomínios e apoio aos moradores na rotina com os animais

24

5


Bastidores Confira alguns momentos exclusivos de nossas produções fotográficas!

o i r á m u S

49 Mito ou verdade

Os cachorros quando infectados com o víruds da raiva ficam mesmo loucos?

50 Meu cachorro solta muito pum Livre o mascote do excesso de gases com uma dieta certeira e equilibrada

54 Voluntários nas redes

As ONGs Ampara Animal e Adote um Gatinho usam a internet para salvar os peludos

57 Adotar faz bem

Iniciativas em prol do bem-estar dos peludos

58 Animais exóticos: Cacatua

Saiba mais sobre a bela e amorosa ave que pode viver tanto quanto você

Acima, os Pastores de Shetland Safira e Petraki, da reportagem Chega de morder as visitas, mostram para a editora-chefe Samantha e o chefe de arte Bruno o comando “fotinho”, em que olham para a câmera. Ao centro, um flagra da Bernese Flower, cuja história você conhece no Guia de Filhotes desta edição. Por fim, Samantha e a repórter Camila posam com o coração vermelho recheado de catnip (erva do gato), que você aprende a confeccionar em Faça você mesmo.

6

60 Pet Celebridade

Artistas como Latino e Paris Hilton e seus amigões para lá de exóticos

62 Pergunte ao vet

Especialistas respondem a dúvidas de leitores

64 Você treinador

Ensine um truque divertido: faça o cachorro passar trançando entre as suas pernas

65 Onde encontrar

Contatos de fornecedores e colaboradores

66 Isso é luxo!

Um hotel no Reino Unido onde os gatos são tratados como membros da realeza


PA RT A revista Meu Pet procura ICIP E!

Leitor

apaixonado por animais para fazer parte do exclusivo

Clube Meu Pet

A Meu Pet convida você a fazer parte de um Clube exclusivo para ajudar a fazer a revista de pets mais amada do Brasil. Durante um período de 12 meses, 30 pessoas de todo o país irão sugerir os principais assuntos que serão publicados na revista, testar novos produtos (e contar para todo mundo o que achou!), conversar com médicos veterinários e

ajudar a todos os leitores da Meu Pet nesse incrível trabalho que é criar um animal de estimação. Achou que essa missão tem tudo a ver com você? Então entre no site www.revistameupet.com.br e veja como é fácil participar. As inscrições podem ser feitas até dia 10 de outubro de 2014 e os integrantes do Clube Meu Pet serão conhecidos na edição 28 da revista.

Estamos esperando por você, inscreva-se já! Consulte o regulamento no site: revistameupet.com.br


Fala, leitor Resultado da enquete Envie seu e-mail para

O que o seu cachorro faz quando chega visita?

35,8%

meupet@escala.com.br

“Espero ver a foto da minha mascote na revista, pois esse será um jeito de homenageá-la por todos os anos de fidelidade, carinho e atenção que ela nos proporcionou! A Ratinha foi a minha salvadora quando eu estava passando por um momento delicado da minha vida. Ela é tudo o que eu tenho, é como uma filha, não há dinheiro que pague o amor que sinto.”

30,5% 4,3%

Late sem parar Fica com ciúme e quer morder

Fica pulando nas pessoas

Pede carinho para todos

26% 3,4%

Cerca e intimida os convidados

Patrícia Martins, via e-mail

Saiba mais sobre esse assunto na reportagem da página 24

“Gostaria de parabenizar a revista, que sempre traz ótimas informações sobre os peludos. Na edição 23, a matéria Treine o cão grande dentro do apê, que trouxe o Dogue Alemão na capa, ficou sensacional. Adorei conhecer um pouco sobre essa raça grandalhona!” Celso Silva, via e-mail

Patrícia com a sua carinhosa mascote Ratinha, uma cachorra da raça Pinscher

Celso, obrigada pelos elogios! Nós escolhemos o Dogue Alemão porque ele vive mesmo bem em apartamentos. Aliás, aqui no Brasil, há muitos canis excelentes com cães da raça.

“Gostei muito do Guia de Filhotes com o Lhasa Apso. Depois de ler a matéria, descobri que essa raça é supertranquila. Queria sugerir uma reportagem falando sobre o Lulu da Pomerânia, eles são lindos e parecem ursinhos de pelúcia!” Marina Ferraz, via e-mail

Marina, consideramos a sua sugestão e colocamos o Spitz Alemão (nome do Lulu da Pomerânia) em votação. Não deixe de escolher na batalha deste mês (página 14) para saber mais sobre essa raça fofa.

VENTO

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nossa rede

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Vote nas Batal

ver na revista

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Curta, tuíte e compartilhe nossos conteúdos para saber o que há de novo no mundo pet e aprenda os segredos para cuidar melhor do seu cão ou gato.

Na seção Guia de Filhotes da revista, você conhece sempre um peludo diferente e todas as suas peculiaridades – para te ajudar a escolher o melhor mascote para a sua família. Desde a edição 21, os leitores participam da escolha da raça do mês, votando em nossa Batalha. Então, nos ajude a decidir o próximo assunto: vote em nosso site, Facebook ou mande um e-mail para a redação: meupet@escala.com.br

Nosso site Gostou do que leu na Meu Pet? Então acesse o endereço de nosso site www.revistameupet.com.br, e encontre conteúdos exclusivos, fotos e muito mais!

@revistameupet Nossos seguidores têm a oportunidade de interagir, tirar dúvidas e comentar sobre a revista Meu Pet. Envie você também seu comentário.

O apaixonante gato

iPad

Você pode ler e assinar a Meu Pet também no seu iPad. É só visitar a App Store, digitar Meu Pet e baixar sua revista.

Snoopy Babe é um felino da raça Exótico que está matando todo mundo de fofura nas redes sociais. O peludo adora tirar fotos com os mais diferentes adereços, mas sempre na mesma posição: deitado. Com seus grandes olhos redondos, esse felino preguiçoso já conquistou mais de 250 mil seguidores pelo mundo.

Revista Meu Pet @meupet Snoopy Babe @snoopybabe

AS OND

Mergulhe no universo das palavras RETR

AT O

Todos no fundo do mar conhecem Iole. Conheça você também a baleia que toda palavra engole! RECOR

DAÇÕ ES

9 www.editoralafonte.com.br


Horoscopet

Os astros e seu cão! AS INFLUÊNCIAS DO SOL, DA LUA E DOS PLANETAS NA VIDA DOS PETS

Aquário

20 de janeiro a 18 de fevereiro A solidão promete acabar para os pets desse signo. Os astros revelam que a cara-metade do bicho está perto de aparecer. Mas não adianta ficar trancado em casa: para encontrar um companheiro para o bichinho, passeie muito com ele!

A época mais esperada do ano chegou! Para comemorar essa data tão especial, que tal preparar um agrado para o seu companheiro peludo? Não precisa de bolo nem de bexigas coloridas, só petiscos saborosos, brincadeiras variadas e muita atenção. O pet vai amar passar mais tempo do seu lado no mês de aniversário!

Libra 23 de setembro a 22 de outubro Não adianta reclamar, chegou o terrível inferno

astral dos animais desse signo. Para aqueles que não acreditam, os librianos vão provar que, nesse período, o humor pode mudar – e muito! Para ajudá-los, proporcione um ambiente calmo.

Escorpião

23 de outubro a 22 de novembro Neste mês não vai resolver falar “não” para o pet de Escorpião. Com uma personalidade forte, ele vai enlouquecer todos com um temperamento difícil. Para acabar com essa teimosia, que tal colocá-lo em uma escola de adestramento?

Sagitário 23 de novembro a 20 de dezembro Os astros mostram que os sagitarianos estão em uma ótima época para estreitar os laços com os tutores. Para alegrar o pet, reserve duas horas do dia para praticar atividades com ele. Caminhada e corrida podem ser excelentes opções.

Capricórnio 21 de dezembro a 19 de janeiro Para os agitados capricornianos, todo o mês é de comemoração. A bicharada reunida, barulho e petiscos vão rondar a cabeça do peludo. Que tal agradá-lo? Ofereça uma festa-surpresa. Mesmo não sendo uma data comemorativa, ele merece!

10

mascote quando ele está sozinho? Neste mês os peludos de Peixes ficarão mais dependentes do dono. Procure dar fim a esse comportamento oferecendo petiscos e brincadeiras antes de sair de casa.

Áries 21 de março a 20 de abril Depois de resolver os problemas do coração, os

arianos precisam tomar conta da saúde. Exames regulares, exercícios físicos e uma dose de carinho podem deixar o seu companheiro de quatro patas com um ar (e o corpo) mais saudável.

Touro

21 de abril a 20 de maio Cansados do estresse da cidade grande, os taurinos vão querer respirar ar puro. Aproveite a mudança de hábito para oferecer produtos naturais e orgânicos para o bicho de estimação. Essa atitude vai combinar com seu novo estilo de vida.

Gêmeos 21 de maio a 20 de junho Depois de exagerar no mês passado, os pets

desse signo talvez precisem entrar em uma dieta. Dê adeus aos aliados snacks com sabor de carne e aos biscoitinhos no meio da tarde. Para voltar ao peso normal, o seu mascote vai ter de comer alimentos menos calóricos.

Câncer 21 de junho a 20 de julho Os pets de Câncer passarão por uma fase de

destruição. Os móveis da sua casa serão os mais prejudicados durante este período. Para proteger a mobília dos dentes afiados do seu companheiro, faça-o gastar bastante energia durante o dia.

Leão

21 de julho a 21 de agosto Por causa dos os mimos e agrados do mês passado, os leoninos vão ficar mal acostumados e cobrar mais atenção. Aproveite essa fase para estar mais perto do seu amigão, mas cuidado para não exagerar na dose e deixá-lo carente.

Texto: Camila Rodrigues/ Ilustrações: Leonardo Conceição

Virgem

22 de agosto a 22 de setembro

Peixes 19 de fevereiro a 20 de março Os vizinhos já reclamaram dos latidos do seu


faça você mesmo

Coração com catnip CONFECCIONE UM BRINQUEDO COM A FAMOSA “ERVA DO GATO”, QUE ESTIMULA O INSTINTO DE CAÇA DOS FELINOS

Montagem

1º passo

No papel dobrado, desenhe metade do coração com a régua. Recorte e repita o procedimento

2º passo

Prenda com alfinete os moldes no tecido dobrado e recorte no formato

Execução: Revista Mãos que Criam/Fotos: Fabrizio Pepe

3º passo

Junte os dois corações e costure nas laterais, deixando um cantinho aberto

Materiais Tecido Tesoura Papel sulfite Alfinete Agulha Linha Régua curva Catnip

4º passo

Insira o catnip na fresta e costure bem firme para fechar 11


mundo pet

Você adivinhacronsegue estou sento que eu indo? *

Você sempre soube identificar as expressões do seu pet, certo? Agora, Tina Bloom e Harris Friedman, pesquisadores da Walden University Florida, publicaram um artigo na revista Behavioural que confirma essa nossa capacidade de ler as emoções dos peludos. Um Pastor Belga foi usado para manifestar as seis emoções básicas – alegria, tristeza, surpresa, nojo, raiva e medo – e uma expressão neutra. Um especialista em comportamento e outra pessoa sem experiência avaliaram as imagens. Ao final, Tina e Harris concluíram que ambos conseguiram identificar as expressões.

3,8 milhões é o número de fotos e vídeos de gatos que são postados na internet por dia. No mundo online os felinos são mais populares que os cachorros, por conta das suas poses e atitudes divertidas

A importância dos cães-guia é tal que foi criado um dia para eles, 28 de abril. Nada mais justo: esses animais são os olhos de quem não vê. O Brasil é o único país na América Latina que atua na formação desses cães. Tudo começa com a seleção da ninhada. Ao estarem aptos a se distanciar da mãe, os filhotes são entregues a voluntários cadastrados e treinados pelas escolas. Essa família permanecerá com o mascote até os 7 ou 8 meses de vida e deverá criar o aprendiz com muito carinho e dedicação para que cresça feliz e sadio. Cabe aos pais pais temporários expor o filhote a todo tipo de situação rotineira para que se acostume com barulho, com pessoas e crianças, condições adversas de tempo e para que saiba se comportar em ambientes aglomerados e conviver bem com outros animais. Uma vez crescido e socializado, o pet voltará à escola e será selecionado por suas habilidades e comportamento. Se aprovado, irá começar o duro treinamento. Na escola de cães-guia, os animais, entre outros comandos, aprendem que, uma vez posta a coleira, devem entrar em total estado de foco, concentração e atenção. Assim, quando chega em casa e seu dono tira a coleira, o mascote sabe que chegou a hora de “virar cachorro”, brincar e rolar. A maioria dos cães-guia aprecia sair para trabalhar. Enquanto estiver sendo adestrado para o fim de guiar um portador de deficiência visual, o cão usará um colete escrito “Cão-guia em treinamento” e terá os mesmos direitos e privilégios de um mascote “diplomado”. O curso completo leva em média dois anos e meio. A próxima etapa é a adaptação ao novo dono, o deficiente visual e à sociedade. Mas disso falamos na próxima coluna. Rita de Cássia Furlan de Faria Pereira é advogada especializada em causas envolvendo animais de estimação. Mande sua dúvida para: meupet@escala.com.br

Texto: Samantha Melo e Camila Rodrigues / Pesquisa sobre internet e gatos: empresa de telefonia britânica Three/ Fotos: Divulgação/ Reprodução/ Shutterstock

*Confira as respostas em www.revistameupet.com.br

Como se formam os cães-guia

HUMANOS ENTENDEM AS EXPRESSÕES CANINAS

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Direito Animal


Embora a deficiência de vitamina D em cães seja rara, filhotes grandes muitas vezes precisam de suplementação - se não houver suficiente exposição ao sol Fonte: Cláudia Souza, farmacêutica da rede de farmácias de manipulação OFFICILAB

Os melhores lançamentos para os pequenos animais domésticos A FIPPA 2014 (Feira Internacional de Produtos para Pequenos Animais), que aconteceu no final de julho em São Paulo, reuniu muitas novidades para os amantes dos pets. Entre elas, cosméticos, opções de casinhas e novos tratamentos de doenças foram destaque, mostrando que é cada vez maior o cuidado com o bemestar e a qualidade de vida dos mascotes. No setor de beleza, foram lançadas loções especiais para hidratação do pelo com óleos essenciais e até um BB Cream. Outras inovações foram um protótipo de casinha com sistema de ventilação e comedouros antiformiga.

s e u q a t s e D MAIOR CONFORTO A Toca 3x1 da Griffe dos Bichos promete agradar aos peludos mais exigentes, pois, além do formato fechado da foto, funciona como caminha aberta e sofá em 90º.

CHEIRO BOM A Empóriopet, especializada em produtos de beleza naturais, conseguiu criar um perfume totalmente orgânico, o Chic Animale. São duas opções de aroma: para fêmeas (na foto) e para machos.

FOCO NA SAÚDE A CryoPen (caneta criogênica) foi criada pela I9 Implantes para o tratamento de verrugas e cistos nos animais sem a necessidade de anestesia, de forma rápida e segura para os mascotes.

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Bicho natural

Eu preciso!

LIMPO SEM GASTAR MUITO Não é preciso gastar litros de água para deixar o seu companheiro peludo cheiroso e limpo, sabia? Para economizar, uma solução são os banhos secos, que também consistem em medida excelente para os dias frios. Fique atento aos ingredientes para o preparo: 1 xícara de café de vinagre, de preferência o de maçã 1 xícara de café de álcool 1 litro de água Misture todos os itens, umedeça o pano nessa mistura, torça e passe no pet. Depois, seque bem a pelagem do animal com uma toalha ou secador, sempre com cuidado para não queimá-lo ou assustá-lo.

CHEIRO DE JARDIM O Limpa Odor Citronela, da Pet Clean, é para ambientes com muitos animais, como canis, pois sua fórmula balanceada permite a limpeza profunda e proporciona um perfume de plantas. Na Soropet. Por R$ 8,10

ODORES DO BRASIL Os perfumes da Empóriopet são fabricados com aromas extraídos das mais diversas flores brasileiras, proporcionando um cheiro agradável sem prejudicar a pele do animal. Na Fofopet. Por R$ 14

Vermífugo caseiro A semente de abóbora crua, sem sal, contém o princípio ativo chamado cucurbitacina, que ajuda na eliminação de parasitas intestinais do organismo dos pets. De acordo com o veterinário homeopata André Paduan, o alimento é rico em fibras, ferro e fósforo. Para aproveitá-lo, os tutores podem moer a semente e acrescentar uma colher de chá na ração.

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MÁXIMA LIMPEZA O Sabão de Coco Líquido da Ecovet foi desenvolvido especialmente para render bem e proporcionar uma maior higienização nos seu companheiro de quatro patas. Na PetLove. Por R$ 17,90


ALHO, BOM PARA COELHOS Considerado um vilão dos animais por causa do seu gosto e cheiro fortes, o alho pode ajudar a manter os coelhos livres dos parasitas. Isso acontece porque o tempero é composto por uma essência sulfúrica – responsável pelo forte odor – que mantém vermes como a tênia longe do organismo do orelhudo. Para aproveitar esse benefício, coloque minúsculas quantidades do alimento na ração do seu roedor.

A homeopatia só causa danos ao animal se for mal utilizada. De forma correta, atuaem problemas comportamentais e Fonte: Cidéli Coelho, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Santo Amaro (UNISA)

Vet Zen Como aliviar dores nas costas dos cachorros mais idosos?

Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Shutterstock/ Divulgação/ Fonte nota Vermífugo caseiro: Dogs Naturally Magazine

As dores da coluna e das articulações em geral são cada vez mais comuns nos cães, por dois motivos: aumento da longevidade e, como consequência, das doenças de caráter crônico e degenerativas, entre elas as artropatias (problemas nas articulações); sobrepeso em função de castrações cada vez mais precoces, sedentarismo e alimentação industrializada, mal que agrava o quadro, forçando as articulações a suportarem peso inadequado. Portanto, a manutenção de um peso compatível com a constituição corpórea do animal é essencial para o controle das crises de dor. Já a melhor opção terapêutica dentro da medicina complementar vem da medicina tradicional chinesa. Por meio da acupuntura, o animal alcança melhora considerável, uma vez que a técnica diminui o processo inflamatório e controla a dor.

Marcos Eduardo Fernandes, veterinário homeopata, mestre em Saúde Pública pela USP, psicanalista, comunicador da Rádio Mundial e apresentador do Programa Mundi Animal. Mande sua dúvida para: meupet@escala.com.br 15


hora do rango

Dieta especial do ferret Esse bicho, também conhecido como furão, é essencialmente carnívoro e necessita de uma alimentação rica em proteínas e gorduras, que podem ser encontrados de forma balanceada em rações específicas para a espécie. A gordura é um fator importante na alimentação do ferret, pois, além de serem raros os casos de obesidade, a escassez pode deixar a pelagem sem brilho. Segundo o veterinário de animais silvestres Alexandre Pessoa, a comida deve estar sempre ao alcance. “O furão tem um trato digestivo rápido e se alimenta várias vezes ao dia. Assim, ele não pode seguir as refeições da mesma forma que cachorros e gatos”, alerta.

COELHOS TAMBÉM TÊM BOLAS DE PELO! Gatos e coelhos se lambem muito e, por isso, acabam ingerindo pelos que se acumulam no estômago. Porém, de acordo com Walter Motta, professor da Escola de Veterinária da UFMG, os dentuços não têm a capacidade de vomitar os pelos e isso pode ser fatal. Confira as dicas para prevenir o problema: Dê feno de capim-rabo-de-gato para o dentuço comer, pois a gramínea se emaranha aos pelos e auxilia na eliminação. Disponibilize o feno numa caixa especial para isso, anexada do lado de fora da gaiola. Ofereça abacaxi fresco. Só não se esqueça de remover restos da gaiola do coelho Faça o coelho se exercitar, deixando-o solto para brincar por uma hora ao dia.

Uma dieta caseira adequada contém 70% de umidade natural, o que favorece a saúde dos rins e da bexiga. Pode ser composta por ovos, legumes, verduras, frutas, fígado, peixes e outras carnes Fonte: Sylvia Angélico, nutróloga do site CachorroVerde

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Alimentação no desmame O desmame é um processo natural pelo qual cães e gatos passam quando estão com 1 mês. Segundo a veterinária Silvia Parisi, uma boa pedida é introduzir papinha industrializada ou ração para filhotes com leite. “Para ajudar o pet compreender que o que está sendo servido é para comer, e não para brincar, é preciso deixálo cheirar e lamber antes de servi-la”, orienta. Os peludos devem continuar mamando nos intervalos entre as refeições no início do processo.


NAS BANCAS! CADA VEZ MAIS PETS TÊM ALERGIA Não são só os humanos que podem apresentar alergia a determinados alimentos, os peludos também estão sujeitos a esse problema. Segundo um estudo realizado pela veterinária Roberta Duranti, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os sinais clínicos da alergia alimentar ocorrem geralmente em animais jovens, principalmente cães, mas se manifestam até em idosos. “A doença causa feridas na pele, vômito e diarreia e o diagnóstico não é simples, pois exige investigação minuciosa da alimentação do animal”, esclarece Roberta. Os alimentos mais comumente associados à alergia alimentar nos mascotes domésticos são:

Gato

Gato

Cachorro

Carne (bovina, frango e cordeiro)

Carne bovina, ovina e pescado

Ovos

Glúten (grãos, pães...)

Laticínios

Laticínios

Soja

Conservas enlatadas

Texto: Samantha Melo/ Fotos: Shutterstock, Divulgação e Reprodução

Razões para o gato não comer Os gatos apresentam alguns hábitos bastante parecidos com os nossos. Eles têm manias e muitos caprichos, possuem preferência por certos alimentos e vários fatores podem influenciar no apetite desses felinos, inclusive o ambiente. Uma coisa que pode chatear os bichanos e provocar rejeição das refeições são comedouros sujos. A dica é manter tudo higienizado com água e detergente neutro, pois os felinos são animais limpíssimos.

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Receitas do mê

Cupcake

de iogurte e maçã APRENDA A FAZER UMA RECEITA DE ANIVERSÁRIO PARA VOCÊ E SEU PET SE DELICIAREM JUNTOS Receita do site Bullwrinkle

Ingredientes 1 maçã grande fatiada ½ xícara de farinha de trigo ¼ de xícara de farinha de aveia 2 colheres de fermento em pó ½ colher de bicarbonato de sódio ½ xícara de iogurte natural ½ xícara de água ¼ de xícara de óleo vegetal 2 colheres de mel 2 ovos 1 xícara de cheddar ralado Cream cheese 2 colheres de iogurte natural 2 colheres de sopa de mel 2 a 3 colheres de sopa de farinha

Modo de preparo

Preaqueça o forno a 200° C. Em uma tigela, misture todos os ingredientes secos. Em outra vasilha, misture o iogurte, a água, o óleo, o mel e os ovos. Em seguida, acrescente as maçãs fatiadas, o queijo e a mistura seca. Mexa até obter uma massa homogênea. Coloque a massa em formas para cupcake. Asse por 20 minutos. Para fazer a cobertura, junte o cream cheese, o iogurte, o mel e adicione a farinha aos poucos, até engrossar.

NÍVEL NUTRICIONAL

A maçã é um excelente alimento, pois tem fibras e pectina, que ajudam a regular a glicemia dos animais. Além disso, contém quercetina, um anti-inflamatório natural. Já o iogurte natural (sem açúcar) aumenta a imunidade e é fonte de cálcio, proteína e probióticos. 18

Foto: Shutterstock/ Fonte: Mariana Nunes Buck, veterinária do Hospital Veterinário Santa Inês

Para a cobertura:


Leia com seus filhos.

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Bernese

O GRANDALHÃO AMOROSO O cão, que mais parece um urso de pelúcia, reúne as qualidades que todos associam aos mascotes menores: a docilidade e o grande apego ao dono

É difícil de acreditar, mas o fofo e peludo Bernese já foi utilizado como cão de guarda, tração e em rebanhos. Originário da Suíça, ele foi criado para trabalhar em fazendas nos Alpes Berneses, cadeia de montanhas dos Alpes Suíços, e na região rural do interior da cidade de Berna – daí o seu nome. Também conhecido como Boiadeiro Bernês, o animal chegou a correr risco de extin-

ção, apesar de sua popularidade desde o início, por força de cruzamentos com outros cães locais. Há ainda uma outra teoria que diz que a origem do mascote estaria ligada ao Império Romano, e ele teria sido introduzido na Suíça na época da colonização. Independentemente de sua história, hoje o animal é um disputado cão de companhia e exposição e muito popular nos

ca i n c é T a Fich

a 70 cm O: De 60 H N A M A retos ou T 40 a 60 kg com pelos PESO: De Longa, brilhante, : orajoso, PELAGEM ondulados ncioso e c stranhos te a te l, n e e v á m fi a com e ligeir : Con AMENTO a família e pacífico vermelhadas R E P M E T mável com castanho-a além de a to com manchas s e nas patas re o P CORES: has, acima dos olh amendoados e c s e h niosos. ro c u o b nas rrom-esc rtes, ágeis e harmo a m o ã S : OLHOS vigorosos AL: São fo CIA GER m membros bem APARÊN tê , io d ho mé De taman

Vencedor da batalha

Bernese x Dobermann Agora você pode escolher os assuntos que quer ler na nossa revista. A próxima enquete é Spitz Alemão x Chihuahua.. Vote em nosso site (revistameupet.com.br) e Facebook (revistameupet). revistameupet). 20

países da Europa. Porém, até algum tempo atrás era pouco conhecido no Brasil. Isso porque outras raças como o Golden Retriever e o Labrador ocupavam o primeiro lugar no coração dos apaixonados pelos grandalhões mansinhos. Contudo, a incrível beleza, obediência e personalidade desses peludos – que adoram abraçar! – têm conquistado cada vez mais as famílias brasileiras.

Nos comunicamos muito bem: usamos a pata para chamar a atenção dos nossos donos

Fotos: Shutterstock/ Arquivo pessoal

Texto: Samantha Melo


À esquerda, a mascote Flower quando era fi lhote. Ao centro, os cães disputam um brinquedo. À direita, Yuri mostra toda a sua docilidade ao posar para a foto

Peludos protetores A personalidade dos dois Berneses da pesquisadora Elaine Paula dos Santos não poderia ser mais sensível e amorosa. Que o digam os gatos esporadicamente resgatados por ela. “O interessante é que o macho Yuki foi quem começou com os resgates. Aos 6 meses, ele encontrou uma ninhada de felinos e cuidou deles. Cerca de 7 meses atrás resgatamos uma gata, e a fêmea Flower também a adotou”, conta. Elaine é uma entusiasta da raça: “Já tive diversos cães, mas, depois de conviver com o Boiadeiro Bernês, vi o quanto são majestosos e especiais”, suspira. Eles aprendem vários truques e conseguem se fazer entender perfeitamente. Para manter os peludões belos, Elaine os escova pelo menos três vezes por semana e dá banho a cada 45 dias. E, claro, proporciona a eles momentos prazerosos: “Eles são muito felizes sabendo que fazem parte da família”, finaliza.

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guia de filhotes

Adoro abraçar e sentar no colo do meu dono, pois não tenho noção do meu tamanho

Prós São dos cães mais dóceis que existem, sendo ideais para famílias com crianças. Aprendem fácil e, apesar do tamanho, não precisam de muitos exercícios, e sim bastante espaço.

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Contras Não se adaptam a tutores que passam o dia fora ou que não permitem que o animal entre em casa. Por conta de seu tamanho, podem causar prejuízos na decoração do ambiente.


SAÚDE Como todo cão grande, eles podem sofrer de doenças articulares como displasia coxofemoral e osteoartrite, por isso, evite que o pet transite em pisos lisos. Além disso, os Berneses são predispostos a desenvolver câncer como o linfoma. “Leve seu animal regularmente ao veterinário e fique atento ao aparecimento de nódulos ou feridas”, alerta Ana Rita. ALIMENTAÇÃO Já viu o tamanhão de um Bernese adulto? Pois bem, para crescer forte, é preciso apostar em alimentação caseira balanceada ou em uma ração Super Premium. Outro detalhe importante: só ofereça duas porções no dia, para o mascote entender que deve se alimentar calmamente e para prevenir torções gástricas.

EDUCAÇÃO O Bernese não costuma ser teimoso, mas precisa ser treinado desde filhote. “Devem-se ensinar todas as regras da casa e reprimir os comportamentos indesejados”, aponta Ana Rita. Recomenda-se socializá-lo para que a incrível personalidade do cão se manifeste. “O único erro que um dono de Bernese não pode cometer é mudar de ideia sobre o que ele pode ou não fazer”, explica Ana Morato. CUIDADOS Famoso por sua pelagem tricolor brilhante, o Boiadeiro Bernês normalmente não é tosado. Para a manutenção dos pelos, uma ou duas escovações semanais são suficientes. “Na muda, que é semestral, escovações diárias evitam que caiam muitos pelos”, indica Ana Morato. Os banhos podem ser mensais, e os pelos devem ser secados adequadamente para prevenir problemas de pele. EXERCÍCIOS Ainda que não necessitem de muitos exercícios – uma caminhada de 30 minutos por dia é suficiente –, não é saudável criar um Bernese em apartamento, pois eles podem ficar deprimidos. “Já em relação aos passeios, é essencial que o dono atente aos horários: por conta de seu tamanho e pelagem, só podem passear antes das 10h e depois das 16h, para evitar o sol”, ressalta Ana Morato.

Você sabia? Numa campanha recente da marca de chinelos Havaianas, Cauã Reymond contracena com dois cães da raça Bernese. No filme, os irmãos peludos Tufão e Tyson interpretam o cachorro Bolota, que sempre destrói as sandálias do ator. Dono de alguns cães na vida real, Cauã tirou de letra as fi lmagens e brincou bastante com os mascotes. Na época, a assessoria da marca afirmou que a produção respeitou o ritmo dos animais, que trabalharam diante de ventiladores ligados, para evitar o calor, e foram constantemente hidratados e alimentados.

Foto: Reprodução

COMPORTAMENTO Espere de um Bernese todo o amor do mundo. Isso porque a raça é muito apegada aos tutores. Possuem natureza dócil, mas são ativos e precisam de espaço. “Mas isso não significa que eles devam ficar isolados no quintal: um Bernese adora sentir que é amado e estar dentro de casa”, aponta a criadora Ana Morato, do Canil Cor Salit (SC). Deixar um Bernese sozinho pode levar ao desenvolvimento de distúrbios comportamentais, alerta Ana Rita Pereira, veterinária do Hospital Veterinário Santa Inês (SP).

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comportamento

Chega de

Morder as visitas

MONTAMOS UM TREINO QUE VAI FAZER O MASCOTE PARAR DE TENTAR ATACAR OS SEUS CONVIDADOS E VIRAR UM ÓTIMO E EXEMPLAR ANFITRIÃO Texto: Camila Rodrigues • Fotos: Luiz Gustavo Gonçalves

P

impo é um mimado Poodle, de 11 anos de idade, que adora assustar as pessoas que visitam sua casa. “Quando alguém chega, ele começa a rosnar e a latir, como forma de espantar e mostrar que aquele território é seu. Fora as mordidas em amigos e parentes que se assustam e saem correndo com medo”, conta o químico Evaldo do Nascimento Rodrigues, de São Paulo (SP). Assim como Evaldo, muitos tutores não sabem lidar com esse tipo de comportamento agressivo – interpretado a maioria das vezes como desobediência – e recorrem a medidas desestimuladoras, im24

pulsivas e punitivas, como prender o animal na casinha, fora de casa, quando um amigo ou parente vem visitar. “Por falta de conhecimento, acabam adotando esse tipo de conduta sem saber dos malefícios que pode trazer para o seu desenvolvimento”, fala Patrícia Tsapatsis, adestradora da Cão Cidadão (SP). POR QUE ELES MORDEM? Ainda de acordo com a adestradora, é impossível rotular quais são as raças que mais mordem as visitas, pois esse comportamento depende de três fatores: genética, ambiente e criação. Isso significa que, embora alguns cachorros sejam predispos-

tos à mordedura no geral, como o Dachshund, Jack Russel e Cocker Spaniel, eles não necessariamente mordem mais os estranhos. “Como essa agressividade está ligada ao sentimento de medo, os pets podem se mostrar agressivos não só em razão da genética, mas também por conta de uma educação errada – como quando são incitados a morder –, falta de sociabilização ou até mesmo se sofreram um trauma dentro da barriga da mãe durante a gestação”, enfatiza. Porém, a especialista ressalta que animais de pequeno porte, como os cães de companhia, estão mais propensos a se tornarem medrosos ou mima-


Ainda que nem todos os animais pareçam ter força suficiente na mandíbula, é importante não estimular o hábito para que nenhum convidado ou estranho seja ferido se o cão atacar

dos, sobretudo em caso de carência de estímulos e excesso de atenção dos donos, o que pode influenciar o comportamento mordedor. É NATURAL, MAS TEM LIMITE De acordo com Marcel Perez Pereira, médico veterinário e especialista em comportamento animal (SP), a mordedura é extremamente comum entre os cachorros, independentemente da raça. “É normal os cães roerem e morderem tudo nos primeiros meses de vida. Além do instinto de abocanhar, os pets sentem um desconforto nas gengivas, assim como as crianças quando estão trocando a dentição”, explica.

Porém, quando o mascote começa a reproduzir esse comportamento de maneira errada, mordendo as visitas ou a mobília da casa, os donos devem ficar atentos, pois pode ser um indício de que algo está errado. “Nesse caso, cabe ao tutor reavaliar se está oferecendo estímulos físicos e mentais suficientes para o cão não ficar ocioso”, complementa Pereira.

ESTÍMULOS NA HORA CERTA Pode parecer uma resposta pronta, mas a chave para solucionar a maioria dos distúrbios comportamentais nos cachorros é a socialização desde cedo. Educar o peludo nas primeiras semanas de vida pode poupar preocupações e estresse para os donos – e o hábito de morder os outros entra nessa lista.

A mordedura é muito comum entre os cachorros, independentemente da raça, mas esse comportamento em excesso - e contra as visitas - precisa ser combatido 25


comportamento

Errado: receber a visita

(ou dar tchau) com o cachorro no colo

Certo: receber o convidado com o cachorro no mesmo ambiente, mas no chão, se necessário preso na coleira

“Quando são filhotes, eles precisam ser expostos a diferentes tipos de estímulos, mentais e físicos, sensações e pessoas para que não desenvolvam problemas futuros”, ensina Patrícia. Um filhote feliz é um filhote ativo, que tem à disposição brinquedos interativos, atenção do dono e espaço para correr, mesmo que apenas em passeios. A estimulação não pode ser a menos, contudo, também não pode ser exagerada. Segundo Ana Rita Pereira, médica veterinária do Hospital Santa Inês (SP), é preciso ter cuidado com os encorajamentos oferecidos. “O tutor deve conhecer o limite do cachorro. Se o filhote for submetido a muitas situações que geram medo ou o deixam acuado, ele se lembrará disso e se tornará um bicho potencialmente agressivo”, diz. ATENÇÃO X AGRESSIVIDADE Os cães usam a boca para descobrir tudo que está à sua volta, sem se preocupar com a força contida em seus dentes afiados, uma vez que, como dito anteriormente, a mordedura é algo inerente aos peludos. Para Patrícia, existem dois tipos de mordida: para chamar atenção e a que denota agressividade. 26

“Quando o cachorro quer atenção, ele não vai parar de morder até ganhar o que deseja. Já o agressivo vai morder e se afastar, usando a mordedura como uma maneira de se proteger”, diferencia. É preciso corrigir as duas, naturalmente, mas enquanto a primeira envolve treinos simples e mudança de postura dos donos, a segunda demanda mais tempo e paciência com o companheiro de quatro patas, que pode ter passado por traumas ou apreendido o medo de maneira errada. EMBAIXO DO TAPETE Segundo Patrícia, o ato mais corriqueiro em casas com pets que não foram socializados é pedir para as pessoas ignorarem a presença do animal durante toda a visita. “No começo pode até funcionar, mas qualquer movimento brusco tende a desencadear uma reação agressiva no cachorro”, alerta.

Errado:

autorizar a visita a entrar na casa abraçando e interagindo com os pets

Certo: aconselhar a pessoa a ignorar os peludos até eles se acalmarem


Como meio de controlar a agressividade de seu mascote, Evaldo trancava o peludo dentro do quarto para que não espantasse seus convidados. “Ele não parava de latir e rosnar. Era realmente impossível manter uma conversa com o danado avançando nas pessoas”, conta. Fora essa providência drástica, o pequeno ficava no colo para não morder as visitas, muitas vezes crianças pequenas. Para a adestradora, essa medida pode ser uma solução temporária e pontual quando o animal está passando do limite, mas não deve ser reproduzida sempre. “Essa atitude pode provocar mais estresse ainda no cachorro e fazer com que ele associe a visita com algo negativo, como ficar longe de seus tutores”, enfatiza. O ideal, portanto, é treinar o animal para lidar com as visitas de forma adequada – sem medo ou carência.

Errado:

a pessoa virar as costas para o mascote quando for embora

Certo: orientar a visita a

sair encarando o animal (ou oferecendo um petisco)

Errado: prender o cachorro em outro cômodo quando chegam convidados

Certo:

integrar o cão na reunião e deixá-lo à vontade com snacks e agrados

TREINE A FRUSTRAÇÃO Para os pets mimados e territorialistas, como o barulhento Poodle Pimpo, a recomendação é treinar o sentimento de frustração. “Eles precisam aprender a lidar com diversos tipos de decepção durante a vida”, diz a adestradora da Cão Cidadão. Para colocar em prática essa dica, os donos devem ser firmes e não ceder aos pedidos e às carinhas de dó do companheiro de quatro patas. “Para começar, os tutores podem colocar um petisco no chão, sem deixar o pet se aproximar. Toda vez que ele chegar perto, retire o snack. Dessa forma, ele irá aprender a lidar com o estresse de não ter as suas vontades atendidas”, ensina. Pode parecer cruel no início, mas esse treino (de cortar o coração, sabemos!) vai trazer ótimos resultados na educação do seu mascote. EXERCÍCIOS DIÁRIOS Independentemente da raça ou porte, todo cachorro precisa se movimentar. Os exercícios físicos, se feitos diariamente, podem trazer vantagens para o seu peludo como o desenvolvimento motor e a prevenção de algumas doenças. 27


comportamento

O que fazer quando isso acontece? “Afaste o cão e não dê bronca nem grite ou pegue-o no colo para acalmá-lo. Esses atos podem ser interpretados de maneira positiva”, enfatiza Patrícia Tsapatsis, adestradora da Cão Cidadão (SP). Segundo Ricardo Tubaldini, veterinário do portal CachorroGato (SP), após a mordida, o importante é fazer a limpeza do local para prevenir qualquer tipo de problema mais sério. Tubaldini ressalta que, se o ferimento for causado por animais abandonados ou com aparência doente, a pessoa deve tomar a dose da vacina contra raiva – saiba mais no Mito ou verdade desta edição, na página 21.

Mesmo a obesidade pode ser combatida com simples caminhadas. E, claro, os passeios proporcionam estímulos físicos e mentais que contribuem para a diminuição do estresse e ansiedade do animal – as visitas agradecem! “Um cachorro cansado e cheio de estímulos não vai se assustar com a presença de pessoas desconhecidas no seu território”, afirma o comportamentalista Pereira. Caso o cão não tenha recebido os encorajamentos necessários na fase da infância, os donos podem usar desse macete para usufruir um ambiente mais calmo durante a recepção de suas visitas: “Uma boa caminhada pode ajudar a gastar a energia extra do pet e tranquilizá-lo”, diz Patrícia. E lembre-se: não adianta deixar o cachorro cansado, mas não estimulá-lo com ambientes ou brincadeiras novas. O método para conter as mordidas envolve um conjunto de ações para tornar o seu pet muito mais sociável.

S VISITAS MANUAL DE SOBREVIVÊNCIlAnãoDA um bicho nenh é Visitar uma casa com cachorro antissocia para acabar com de sete cabeças. Há certas medidas e truques de você! tem ele e – o pelud o medo que você tem do

Espere o sinal

Pode parecer clichê, mas todo cachorro sente quando estamos com medo dele. De acordo com o comportamentalista Marcel Perez Pereira, há algumas regras que devem ser usadas quando entramos no território do animal: nunca encare o cão nos olhos; não se esquive ou ande colado nas paredes; e não se aproxime ou tente pegá-lo. Para não transformar uma visita agradável em uma guerra, o melhor a fazer é esperar que o animal demonstre algum sinal positivo de aproximação. “Se ele estiver confortável com a sua presença, vai dar indícios, como cheirar e chegar mais próximo”, complementa. 28

Fofo, mas morde!

Para a adestradora Patrícia, é importante fazer aquela famosa pergunta: Ele morde? “É muito comum ver os cães menores agressivos junto de seus donos, pois as pessoas pensam que podem pegá-los por parecerem indefesos.”

Eu preciso! MORDIDA CERTA A Cordinha Baby Rosa Chomper, da marca Chalesco, ajuda a minimizar as mordidas inconvenientes do seu companheiro peludo, deixando-o entretido por horas. Na PetLove. Por R$ 6,90

Fotos: Divulgação

Ele me mordeu

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Movimentos calculados

Pense duas vezes antes de gritar ou fazer barulho na casa de um pet medroso ou mimado: ele pode entender essa atitude como um ato hostil e atacar para defender seu território. “Mesmo cachorros adestrados ficam incomodados com crianças gritando ou correndo pela casa”, comenta Patrícia.

MAIS LIBERDADE A Guia Retrátil Fita Pro, da American e, Pet, tem 3 metros de comprimento por isso, é ideal para acostumar o seu cão com as visitas. No Pet Compre. Por R$ 14,38


sinal de alerta

Meu pet está com

dor nas costas Saiba quais são os motivos que estão por trás desse quadro, que pode ser bem sério

Outrmosas sinto

Cabeça baixa Pescoço rígido Alterações no caminhar Dificuldade de sentar e levantar

CAUSAS

Segundo Amanda Ballarin, veterinária da Meu Amigo Pet (SP), esses sinais podem estar relacionados a doenças ligadas à coluna e a traumas medulares. “Podem ser ocasionados por queda, pulos, alterações ortopédicas ou até deformidades congênitas”, esclarece. A especialista alerta que o Basset Hound e o Dachshund são mais propensos a desenvolver esse tipo de complicação devido à sua longa coluna e às patas mais curtas.

Texto: Camila Rodrigues / Fonte: Amanda Ballarin, médica veterinária do Meu Amigo Pet/ Fotos: Shutterstock

TRATAMENTO

Quando o pet apresentar esses sintomas, o dono deve encaminhá-lo para um médico veterinário e procurar um tratamento que se encaixe no diagnóstico apresentado. “É possível tratar com medicamentos específicos ou procedimento cirúrgico, para casos mais avançados. Ainda assim, mesmo com esses cuidados, o cão terá de passar por sessões de fisioterapia ou acupuntura, para auxiliar o processo de recuperação”, enfatiza a veterinária.

O QUE DIZ O ESPECIALISTA “É essencial que o pet não permaneça em piso liso. As passadeiras devem ser emborrachadas e estar nos locais que o animal frequenta, minimizando possíveis quedas. Evitar que o pet suba em sofás, camas ou escadas também previne esses acidentes. Já uma alimentação adequada é muito importante para controle do peso do animal, uma vez que o sobrepeso traz dor e redução no tempo de vida do bicho”, salienta a médica veterinária Amanda Ballarin.

Dicas A dor nas costas é mais comum em cachorros das raças Bulldog, Cocker Spaniel, Poodle, Shih-Tzu, Pastor Alemão e Doberman.

Quando o pet estiver com esses sintomas, não é aconselhável oferecer medicação humana, pois pode causar distúrbios gastrointestinais.

A maneira ideal de segurar o seu mascote é usar uma mão para apoiar o peito e a outra na parte traseira. Não o puxe pelas patas dianteiras.

Nunca massageie o animal para cessar a dor, pois isso pode piorar o quadro. A massagem deve ser feita para relaxar e como carinho.

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cuidados e higiene

s i a t n e Jogos mgato

para o

ITAR ULAR E EXERC IM ST E A R A P SA QUEDOS ENTRO DE CA LHORES BRIN D E M IA R S O IÁ D O O SÃ Ã Ç INTERA SAIBA QUAIS PRECISAM DE E U Q S, O N LI E OS F Texto: Priscila Roque

B

rinquedos são fundamentais para proporcionar uma vida saudável aos gatos. Quando esses felinos se tornam nossos mascotes e vivem em locais fechados, são privados de comportamentos naturais e passam a ter uma rotina previsível. Ativar os principais aspectos de seu instinto, como caçar, arranhar e se esconder, por exemplo, pode evitar sérios problemas comportamentais e também de saúde. “A previsibilidade é algo bom para o bichano, mas não em 30

excesso, que é quando ele passa a não ter nenhum controle sobre sua vida. Precisamos dar a oportunidade de escolha, de acordo com o que é típico para a espécie”, explica a veterinária Carolina Rocha, especialista em comportamento animal. Outro grande benefício da brincadeira é criar um ambiente de bem-estar. “O momento de interação entre tutor e gato é de extrema importância, pois estreita os laços entre os dois, além de diminuir o estresse do animal”, comenta Ma-

riana Brunner, médica veterinária do Hospital Santa Inês (SP). Segundo a especialista Carolina Rocha, muita gente pensa que os bichanos idosos não precisam mais brincar ou que só os filhotes devem ter brinquedo. Independentemente da idade, é necessário estimular o mascote de diversas maneiras, tanto com os próprios brinquedos como escondendo petiscos pela casa para ele encontrar ou oferecendo plantinhas – que não sejam tóxicas, claro! – para cheirar e mastigar.


Fotos: Shutterstock

Ativar os principais aspectos de seu instinto, como caçar, arranhar e se esconder, por exemplo, pode evitar sério problemas comportamentais e também de saúde

ESTIMULE A CAÇA A caça e a perseguição fazem parte do comportamento natural do gato e precisam ser incentivadas. “Uma vez que nossos bigodudos são carnívoros estritos e possuem uma colocação alta na cadeia alimentar, instintivamente eles possuirão habilidades de caçador. Ratinhos com catnip (erva do gato) e brinquedos pendurados simulam uma situação de caçada e, geralmente, entretêm os gatos por horas”, indica Mariana, que completa: “Animais adultos que não foram acostumados a brincar precisam de estímulos gradativos. Aos poucos, o instinto de caça vence a preguiça e eles passam a se divertir com a atividade.” Mas, atenção, é preciso variar o conjunto de itens oferecidos aos peludos. “O gato se relaciona com o ambiente e nós precisamos transformar o espaço para ele. É mais importante a variedade de aptidões trabalhadas, com as opções oferecidas, do que propriamente o número de brinquedos espalhados pela casa. Não adianta manter cinco brinquedos se eles só estimulam a caça. O ideal é que sejam sortidos”, adianta Carolina.

VOO DE FELINO A varinha é sempre uma boa opção para exercitar o gato. A Flying Cat, da Pet Games, é feita com material resistente e possui três plumas para alternar. Na PetLove. Por R$ 36,46

TOM & JERRY O rato Eeeks, da Petmate, tem catnip orgânico e seu enchimento produz um ruído atrativo. Arraste-o pela casa para o seu gato correr atrás. Na Cobasi. Por R$ 14,50

PARA O PET MANTER A FORMA O sobrepeso é um dos problemas mais comuns em gatos domésticos, também causado pela falta de interação entre o tutor e seu mascote. “Cerca de 15 minutos de brincadeira para um gato equivalem a uma hora de um humano fazendo exercício. Não é preciso nem correr muito, ou mesmo se mexer. Até o gatinho deitado tentando pegar um ratinho com as patas já está fazendo exercício. Ter prateleiras para ele subir e descer também ajuda na perda de peso”, indica Carolina Rocha. Porém, tenha cuidado com o uso de atrativos alimentares. “Ao recorrer a essas bolinhas em que se colocam alimentos, por exemplo, esteja atento com a quantidade e a qualidade do petisco que você vai dar. É preciso ter baixas calorias, ou isso também pode levar a obesidade”, alerta a veterinária. 31


cuidados e higiene

De acordo com a especialista Carolina Rocha, é importante fazer sessões curtas de brincadeiras, independentemente da idade. “Durante 15 minutos de entretenimento, intercale a atividade com um carinho ou escovação para que o gato não fique superestimulado. Quando as pupilas ficam dilatadas e ele começa a arranhar, é melhor parar. Fique atento a cada sinal que o felino possa dar para dizer que não quer mais brincar”, aconselha.

LIVRE O BICHANO DO ESTRESSE! Quando o assunto é gato, entre os itens mais importantes para o enriquecimento ambiental estão os arranhadores. “Além de preservar o sofá intacto, o acessório ajuda o animal a se distrair e diminuir o estresse”, comenta Mariana Brunner. Lembre-se que o ideal é ativar todas as aptidões. Entretanto, nem sempre o gato se interessa por determinados brinquedos. “Depende da história do indivíduo. Muitas vezes, um felino que nunca brincou pode não ligar tanto para caça e perseguição, porque precisa de mais exercício. Mas, independentemente disso, é fundamental estimular todos os animais. A questão é que, às vezes, eles se acostumam a não ter essa interação”, conclui Carolina Rocha. Há ainda sprays naturais calmantes que podem ser espirrados nos arranhadores e brinquedos.

INCENTIVANDO A PERSPICÁCIA Os aplicativos para tablet e smartphone também chegaram ao reino animal e podem divertir os mascotes. Existem diversos jogos interativos, com níveis de dificuldade, em que o gato precisa tocar na tela para eliminar ratos e peixes, por exemplo. “Vale lembrar que os animais têm unhas e podem arranhar o aparelho. Certifique-se de que o equipamento está com uma boa película protetora para evitar maiores estragos”, comenta Mariana Brunner. Há outros brinquedos que promovem estimulação mental e afastam o tédio, mas apresentam restrições. Esse é o caso dos produtos em que são colocados petiscos ou ração para serem liberados aos poucos, sem contar os feixes de laser. “Com eles o gato pode não conseguir realizar o processo de caça, ou levar muito tempo para isso. A adesão a esse tipo de brinquedo é menos certa, ou seja, alguns gatos vão brincar muito com eles, enquanto outros se frustrarão rápido”, diz Mariana.

SOBRADO PARA O PET O arranhador faz parte do enxoval do bichano. Este, da Chalesco, traz dois patamares, uma toca e uma escada, capazes de entreter o seu pet. Na PetLove. Por R$ 429,90

Atenção aos detalhes Peças que se soltam com facilidade podem ser engolidas acidentalmente pelos pets; Lãs, linhas e cadarços também podem ser engolidos. Supervisione o seu mascote durante a brincadeira; Leia sempre a composição do produto e descarte aqueles com metais pesados e corantes, que podem ser tóxicos; Não coloque objetos que façam barulho presos ao pescoço do felino, isso pode deixá-lo muito estressado;

COMIDA MERECIDA Atraído pelo aroma do petisco, na Roleta, da Pet Games, o gato vai remover os copos e empurrar as cartolas para encontrar o alimento. Na Pet Virtual. Por R$ 99,90 32

Verifique se a posição de prateleiras ou dos brinquedos pode facilitar a fuga do animal; Se o gato apresentar agressividade, tire dele o brinquedo para descobrir se o objeto é o causador desse comportamento.


ELE PRECISA DE ESCONDERIJOS Entre as atividades favoritas desses peludos estão observar a rotina da casa do alto e se esconder, hábitos que vêm de sua origem selvagem e suas habilidades de predador. Por isso, reservar na morada espaços dedicados a isso pode tornar o dia a dia do bicho mais feliz. “Prateleiras, pontes de ligação e módulos suspensos são as mais novas formas de ajudar os gatos a manter seu instinto de observação em alta. Eles curtem visualizar o ambiente de um local alto, além de dispor de rotas de fuga e novas áreas de descanso. Esses elementos também estimulam a atividade física, uma vez que os bichanos terão de subir e descer dos obstáculos, auxiliando no controle de peso. Já existem empresas nacionais especializadas em construir esse tipo de móveis para gatos, vale a pena procurar”, indica Mariana Brunner. Outra alternativa é posicionar caixas de papelão ou tocas pré-fabricadas pela casa para colaborar no relaxamento do gato e, sobretudo, promover um sentimento de segurança.

bia? Vo“Acêrotsa ação de

brinquedos é indispensável, pois, com o tempo, o animal pode se desinteressar pelo mais antigo e querer brincar com a novidade. A melhor forma de lidar com isso é alterná-los. Assim, o mesmo brinquedo será novidade por um longo período”, indica a veterinária Mariana Brunner

TOCA SECRETA Para contemplar o gosto do gato por se esconder, este túnel, da Chalesco, possui uma mola em seu interior que faz com que ele seja aberto com facilidade. Na Pet Virtual. Por R$ 149,90

Leila Brito posa com uma de suas bichanas, a Carinha Preta, qu e adora brinquedos caseiros

COnfeccionado em casa Depois de conhecer as necessidades do seu gato, você também pode usar materiais que tem em casa como brinquedo. Lençóis e caixas de papelão podem render passatempos saudáveis. “Já fizemos cordas com sacos plásticos amarrados, playgrounds de caixas de papelão e bolas de papel”, conta Larissa Noronha Vieira Marques, tutora das gatas Bolacha e Bastet. “As brincadeiras e os brinquedos amenizam a solidão. Se elas brincam, ficam mais felizes e carinhosas”, completa.

Já no caso de Leila Brito, que tem as fêmeas Bibi e Carinha Preta, a opção por brinquedos caseiros veio depois da rejeição de outros que ela havia comprado. “O que deu mais certo para a Bibi foi a borboleta de saco de jornal – que parece uma gravata. Ela adora pular em coisas que tenham movimento”, relata. “Outra vantagem para a Bibi, que sempre teve dificuldade para fazer cocô, é que, quando ela brinca, corre e pula muito, automaticamente já vai para a caixinha de areia.”

anos, Bastet, 2 m os co e -s te diver os por it fe s o brinqued rissa La , sua tutora ieira Noronha V Marques

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Nome do peludo: Idade: Raça:

Tabela de Vacinação para cães Idade

Vacina

6 a 8 semanas

V8 ou V10

V8 ou V10 12 semanas

16 semanas

Gripe Canina

O que previne? Cinomose, Hepatite Infecciosa Canina, Adenovírus Canino Tipo 2, Coronavírus Canino, Parainfluenza Canina, Parvovírus Canino e Leptospirose Dose de reforço Adenovírus Canino Tipo 2, Parainfluenza Canina e Bordetella bronchiseptica

Giardíase

Indicada para animais que vivem em grupos como canis, criadores ou locais úmidos com muitos cachorros

V8 ou V10

Última dose de reforço

Gripe Canina Giardíase Antirrábica

Dose de reforço da vacina injetável, a intranasal é aplicada em dose única Dose de reforço Raiva

Depois do primeiro ano, o animal é vacinado anualmente com uma dose de cada vacina - V8 ou V10, Gripe Canina, Giardíase e Antirrábica. A melhor maneira de organizar o calendário de imunização é fazendo todas as vacinas em uma mesma data, que deve ser repetida anualmente.


Nome do peludo: Idade: Raça:

Tabela de Vacinação para gatos Idade

Vacina

O que previne?

6 a 8 semanas

Quádrupla Felina (1ª dose)

Auxiliar na prevenção das doenças causadas por vírus da Rinotraqueíte, Calicivirose, Panleucopenia felinas e por Chlamydia psittaci

12 semanas

Quádrupla Felina (2ª dose)

Dose de reforço

Quádrupla Felina (3ª dose)

Última dose de reforço

16 semanas Raiva

A partir de um ano, o animal é vacinado anualmente com uma dose única de Vacina Quádrupla e uma dose de Vacina Antirrábica.

Foto: Shutterstock

Antirrábica


Especial

30 segredos que o

pet Não conta

(e você tem que saber!) SE O SEU MASCOTE FALASSE, O QUE ELE TE DIRIA? CONSULTAMOS ESPECIALISTAS PARA DESCOBRIR O QUE OS PELUDOS GOSTARIAM DE NOS DIZER

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A CAMA É MINHA! Eu sei que sou um pet, mas sou capaz de te ajudar a escolher minha própria cama – para você não comprar uma que eu vá odiar! Para isso, observe o jeito como eu durmo. Se eu costumo dormir com as pernas esparramadas, vou ficar mais confortável em uma cama reta. Mas se eu me enrolo, vou amar uma caminha fechada. Outra ideia é me deixar experimentar algumas opções em lojas.

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Texto: Samantha Melo

QUERO PELOS BRILHANTES É fato que no pet shop existe uma infinidade de escovas para cada fase da minha vida. Mas o que importa mesmo é você escolher a certa para o meu tipo de pelagem. Escovas de borracha promovem a circulação e soltam a sujeira. Já as de cerdas removem os pelos mortos. Tudo depende de quanto pelo eu tenho.

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3

Eu sei que sou um cachorro

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NEM EU POSSO COMER DEMAIS Sei que é difícil acreditar, mas as vezes você exagera na quantidade de comida que me oferece. Como você pode saber? Quando eu não parecer animado com guloseimas como ossinhos ou rações molhadas.

DENTRO DE CASA E SEGURO Se não me der acesso à rua, independentemente se eu sou um cão ou um gato, vou viver uma vida mais longa e saudável. Pensa só: eu correrei o risco de ser atropelado, roubado ou simplesmente me perder. Mas, uma vez que eu seja autorizado a sair livremente, vai ser difícil mudar esse hábito.

PRAZER EM CONHECÊ-LO Já ouviu falar da fase de sociabilização? Não é balela: é importante me apresentar ao mundo enquanto ainda sou filhote, para eu não ter medo de estranhos. Alguns especialistas dizem que eu deveria conhecer 100 pessoas diferentes nos meus primeiros 100 dias. Certifiquese de incluir pessoas usando chapéus e óculos de sol, já que esses acessórios podem ser muito assustadores para mim.

Meu comportamento...

Já eu sei que sou o dono da casa

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ME TREINE DESDE CEDO Não sei quem disse que filhotes não devem ser ensinados, mas é mentira! Não espere até que eu tenha seis meses para começar a corrigir o mau comportamento. Até lá, vou acostumar a beber água da privada e a mastigar sapatos. Da mesma forma que com as crianças, é mais fácil incutir bons hábitos desde o início com os mascotes do que “destreinar” depois.


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BRONCA DE LEVE Se você me deixar em cima dos móveis agora, enquanto sou filhote e fofo – e faço todas as visitas sorrirem e me agradarem –, eu sempre vou achar que é bacana subir neles, não importa o quão grande e desastrado eu fique. Não se deixe enganar pela minha carinha linda e corrija meus atos!

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GOSTO DE ROTINA Já reparou que os pets são criaturas de hábitos? Por isso até mesmo mudanças sutis no meu comportamento, como demorar mais para comer, podem ser um sinal de que estou doente e preciso ver um veterinário.

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POSSO NÃO AMAR CRIANÇAS Você diz que eu sou ótimo com crianças (quem inventou isso?), mas se estou me lambendo, virando a cabeça para longe, bocejando ou minhas orelhas estão para trás (todos sinais de ansiedade) enquanto brincam comigo, talvez esteja, na verdade, apenas tolerando a brincadeira. Se você continuar deixando que puxem meu rabo, um destes dias eu posso me descontrolar. Evite que isso aconteça, por favor, não quero machucar ninguém!

De onde você tirou que eu sou ótimo com crianças?

PRECISO DE ATENÇÃO! Quando eu lato ou mio, pulo e pego a toalha da mesa ou do banheiro, minha intenção não é ser ruim. Estou apenas entediado! Eu quero a sua atenção! Por favor, tire os olhos do seu celular e brinque comigo.

Se eu sou um cachorro...

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SEM VOCÊ NÃO TEM GRAÇA Não se engane achando que quando você sair e me deixar no quintal eu me divertirei muito. A verdade é que provavelmente vou sentar ou deitar e esperar você voltar. Os cães preferem estar dentro de casa, de preferência com o dono.

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PREFIRO BRINQUEDOS MOLES Adoro agarrar coisas (faz parte da natureza canina) e gostaria de aprender a pegar um disco, mas os frisbees plásticos podem ferir os meus dentes e gengivas. Em vez disso, procure um apropriado em uma loja de animais de estimação e poderemos brincar numa boa. 37


Especial

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É HORA DE PASSEAR Como eu amo passear, acho que é importante que eu aprenda a andar ao seu lado na coleira, certo? Para isso, coloque-me do seu lado esquerdo, use uma coleira curta e, assim que eu começar a puxá-la, pare de andar. Quando eu virar e olhar para trás, me ofereça um petisco ao lado de sua perna. Descobrirei rapidamente que eu preciso ficar ao seu lado para ganhar tudo que eu mais adoro: poder correr e snacks apetitosos.

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PRIVACIDADE NO BANHEIRO Por favor, não me apresse quando eu vou ao banheiro. Além de ser constrangedor – eu fico te olhando quando você vai ao toalete? –, há uma razão para cães circularem ao redor do local antes de defecarem: temos o instinto de estar alinhados com o campo magnético da Terra, de acordo com uma pesquisa americana.

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BUMBUM DOLORIDO Você pode pensar que é realmente fofo quando eu esfrego meu bumbum no tapete e pareço estar feliz, mas isso provavelmente significa que estou sofrendo com sérias coceiras ou outro problema de pele e preciso ver um veterinário logo. E atenção: isso é válido mesmo se eu tiver o hábito de esfregar outras partes do meu corpo nos móveis ou tapete – o que nesse caso, é apenas porque quero deixar meu cheiro em todos os lugares.

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Quanto mais elogios e carinho, mas eu aprendo!

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APRENDEMOS COM AFAGOS Lembra quando eu era bem pequeno e você empurrou meu focinho em uma poça de xixi que deixei? Não tenho ideia do porquê você fez isso. Em vez disso, leve-me para fora o mais rapidamente possível e me elogie sempre que eu fizer xixi ao ar livre ou no lugar certo. Nós, cachorros, aprendemos muito mais com carinho do que com castigos.

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MEU RABO DIZ COISAS Você acha que minha cauda abanando é sempre um convite para você me acariciar mais, certo? Errado! Há inúmeras pesquisas que apontam o contrário: que quando eu abano o rabo ligeiramente para esquerda é porque quero me afastar de alguma coisa, e para a direita significa que vi algo que gostei! Fique esperto, amigão!

QUERO, MAS NÃO POSSO Lembre-se, meu sistema digestivo é muito diferente do seu. Passas e uvas podem prejudicar seriamente os meus rins. Outros alimentos muito perigosos para o meu organismo são o chocolate, café, macadâmia e abacate.

A minha cauda diz muito mais do que você pensa


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Consultoria: Adriane Tomimassu, do Centro Veterinário Pacaembu/ Hospital Veterinário Pompéia/ Marcelo Quinzani, do Hospital Veterinário PetCare/ Mariana Nunes Buck, médica veterinária do Hospital Veterinário Santa Inês

A MELHOR COMIDA Se S e você deseja passar a me dar d ar uma dieta natural (nhami!), cconsulte onsulte um nutricionista veterinário antes de começar. É muito comum a alimentação caseira ter deficiências nutricionais graves, mas isso pode ser corrigido com uma simples consulta. Claro que vou adorar aquela carne moída apetitosa que você faz, mas será que eu posso mesmo ingerir todos os ingredientes que você usa nela? Comida natural não é igual à comida humana: eu não preciso de temperos e nem de frescuras, só de nutrientes.

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Gosto de dormir, mas preciso brincar e me exercitar

Se eu sou um gato...

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PRECISO DE COERÊNCIA Estou muito confuso... Quando eu pulei em cima de você mais cedo, você fez festa e me elogiou. Mas agora você está com raiva de mim por saltar sobre a tia Sônia. Estou autorizado a pular nas pessoas ou não? Preciso ter um direcionamento nisso, mãe!

CARINHO NAS COSTAS, NÃO! Se eu endurecer cada vez que você passar a mão nas minhas costas, pegue a dica. Um estudo de 2013 publicado na revista Physiology and Behavior descobriu que os gatos que não gostam da sensação, mas permitem que seus donos os acariciem mesmo assim são mais estressados do que aqueles que evitam o toque. Além disso, eu posso estar sentindo alguma dor nas costas, então fique atento e me leve a uma consulta.

ME DIVIRTO COM TUDO Claro que eu amo brinquedos elaborados e gadgets em tablets, mas posso ter a mesma diversão com um sacola de papel, uma bola de papelalumínio ou uma caixa simples. É realmente muito fácil criar um brinquedo caseiro que eu passe a amar, nós gatos somos muito singelos. Tudo o que é brilhante ou que eu possa arranhar vai fazer o meu dia.

ACORDE O DORMINHOCO Sim, e eu u durmo o dia inteiro se você deixar, e as pessoas costumam dizer que é bom para os gatos esse descanso, mas muito tempo de soneca pode afetar minha personalidade. Vários problemas de comportamento (e de saúde!) podem ser resolvidos apenas brincando comigo por 20 minutos todos os dias.

EVITE ME FRUSTRAR Nós felinos somos fofos e adoramos perseguir coisas, mas sabe aquele feixe de laser que você adora usar para me provocar? Eu fico frustrado porque não posso pegá-lo, e eu vivo para a caça. Então, se você quiser usar algo assim, por favor me dê um brinquedo real no final, para eu ter algo para pegar. Isso faz o jogo valer a pena. E nunca direcione o feixe do laser nos meus olhos, né!

Amo varinhas, mas nada me faz mais feliz que uma caixa de papelão velha

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Especial

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SOU MUITO TREINÁVEL Vamos derrubar um mito? Eu não sou intreinável! Posso aprender a sentar, ir até você, tocar algo com meu nariz, saltar através de um aro e até fazer um high five.. Ou você esqueceu que eu aprendi a usar o banheiro muito mais rápido do que qualquer cachorro conseguiria? Basta ter um pouquinho de paciência e persistência e me treinar corretamente.

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A CASA É DOS GATOS Em vez de ficar bravo quando eu derrubo as coisas, lembre-se que eu vejo o mundo verticalmente e não horizontalmente. Minha sugestão (sou folgado!): construa um “circuito” felino ao redor da sala. Coloque uma prateleira que ligue à estante de livros, que ligue ao canto da parede, que ligue numa cadeira e que me traga para baixo, que tal?

COMPANHEIROS DE QUARTO Pensando em me arranjar um companheiro? Vou me dar bem melhor com um gato que seja do sexo oposto e um pouco mais jovem do que eu. Não é impossível me unir a um felino do mesmo sexo e mais velho, mas vai ser mais difícil. E não basta nos jogar em um quarto juntos. Converse com o veterinário sobre como nos aproximar gradualmente. Já se eu sou um felino mais velho e moro sozinho com você há anos, não preciso de nenhum amigo. Sério!

Só aceito essas gatas porque elas são mais jovens do que eu

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EU TAMBÉM ME ESTRESSO Se eu ando fazendo minhas necessidades fora da caixinha de areia, não estou sendo um bichano mau. Algo está me estressando. Pode ser uma nova pessoa, um novo animal em casa, ou mesmo uma nova peça de mobiliário da residência que parece estar invadindo meu território. Ou posso ainda estar com alguma infecção urinária ou probleminha na coluna. Observe meu comportamento e me leve ao veterinário!

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VOCÊ É A MAMÃE! Sei que os humanos não acham bacana quando eu coloco meu bumbum em sua cara, mas a verdade é que isso é um elogio incrível. Isso vem de quando eu era um gatinho e fazia a mesma coisa para a mamãe limpar meu bumbum. Isso significa que eu te vejo como uma figura materna.

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RONROM NEM SEMPRE É BOM Só porque eu estou ronronando não quer dizer que esteja feliz e contente. Eu ronrono para me comunicar. De fato, quando sou filhote, me comunico com a minha mãe enquanto estou mamando. É um instinto de sobrevivência para expressar como me sinto ou se desejo alguma coisa. Por isso, é importante saber interpretar o meu ronronado.

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Meu mascote se machucou, e agora?

A FERIDA DO SEU PET REQUER TANTA ATENÇÃO E CUIDADOS QUANTO OS MACHUCADOS DOS HUMANOS

Pet Socorro Este espaço é para você, participe! Mande suas dúvidas para:

meupet@escala.com.br

Texto: Mário Marcondes A coluna deste mês traz dicas sobre o que é preciso ter na caixa de emergência para realização de um curativo no animal. Para isso, devemos saber tambémcomo podemos realizar o procedimento.

Machucados leves

Em caso de ferida menos grave e que não esteja sangrando sem parar, um curativo simples pode ser uma solução provisória antes de o veterinário avaliar. De qualquer forma, tenha na caixa de emergência ataduras, um pacote de gaze estéril, algodão, antisséptico em spray, sabonete líquido antisséptico, uma tesoura, um esparadrapo e luvas de procedimento. Para esse curativo, corte os pelos do pet ao redor da lesão. Em seguida, vista a luva e lave a região afetada com água morna e um sabonete líquido antisséptico. Seque com auxílio da gaze estéril, pressionando. Aplique o spray na ferida, limpando o excesso com gaze, e depois coloque uma gaze limpa no local e fixe-a com esparadrapo.

Fotos: Shutterstock/ Divulgação

Feridas mais profundas

Já em ferida com sangramento ativo, é necessária uma bandagem compressiva. Para isso, vista a luva e pressione a região com uma gaze para conter o fluxo de sangue. Depois, envolva o local com uma atadura, pressionando-o de maneira efetiva. Atenção: não deixe que a área fique arroxeada. Assim, pode--se prevenir a perda de sangue até que se encontre um veterinário.

Tenha sempre na caixinha: ataduras, gaze, antisséptico, tesoura, esparadrapo e luvas Depois do socorro imediato

Para todas as situações de feridas, após a realização do curativo emergencial, procure um médico veterinário para que possa examinar o local e verificar se será preciso suturar. Em muitos machucados, dependendo da contaminação, o especialista vai avaliar ainda a necessidade de entrar com medicações por via oral, além de indicar a frequência da troca dessas bandagens, de acordco com o aspecto e evolução da ferida.

Mário Marcondes é médico veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira. m w.senamadureira.co ww

Ferida na cauda Meu cão costuma se machucar na ponta do rabo. Dá para fazer curativo? Leandro dos Santos, Praia Grande (SP)

Leandro, a ponta da cauda é uma região mais delicada para se realizar um curativo, já que o animal consegue retirá-lo abanando ou coçando o rabo. Nesse caso, o auxílio do médico veterinário é importante para que a proteção seja corretamente fixada, evitando a queda. Lesões repetidas no local devem ser tratadas muitas vezes através de cirurgia associada, portanto, consulte um especialista para auxiliá-lo na escolha correta do tratamento. Fernanda Fragata, médica veterinária do Hospital Veterinário Sena Madureira

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Histórias reais

Animais lizam incríveis rea icos e o resgates her trando os corajosos, m instinto que amor e ntos andam ju

Heróis peludos TEXTO: NIVIA DE SOUZA • ILUSTRAÇÃO: LUIZ LENTINI

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A CORAJOSA TARA

Ela se chama Tara, em homenagem a Zatara, codinome do personagem Edmundo Dantès, no romance O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas. A gata malhada mora com os Triantafilo, em Bakersfield, na Califórnia, nos Estados Unidos, desde 2008, quando seguiu o casal Erica e Roger, que passeavam no parque. Em maio de 2014, a gata tornou-se sensação da cidade. Tudo isso porque ela salvou a vida do primogênito da família, Jeremy, de 42

4 anos. O garoto estava do lado de fora da casa de sua família, andando de bicicleta tranquilamente, quando o cachorro do vizinho – uma mistura de Labrador com Chow Chow, de 8 meses – escapou e foi em sua direção.

Para salvar o dono do ataque do cachorro, a felina da famílía pulou no outro animal e o afugentou

A gata ainda correu atrás do cachorro depois. Jeremy levou alguns pontos na perna e recuperou-se bem. Se não fosse Tara, os ferimentos poderiam ter sido piores, mas a família diz não estar brava com os vizinhos. As câmeras da rua filmaram o ato heroico da felina, e Roger publicou o vídeo no YouTube, que já foi visto mais de 22 milhões de vezes. Já o cachorro, que tinha um histórico agressivo, foi sacrificado pelo centro de controle animal de Bakersfield.


Os cachorros são o melhor exemplo de animal com comportamentos heroicos. “Eles são bichos sociais, que vivem em grupos para garantir sua sobrevivência. Numa matilha, é normal os cães protegerem o grupo como um todo”, explica o veterinário Marcel Pereira

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O INSISTENTE BOB

Em julho de 2008, na cidade inglesa de Southampton, Bob, um papagaio-cinzento de 3 anos, salvou a vida da família Hall. Era pouco mais de seis da manhã e a mãe Francis e os dois filhos, Sam e Trevor, dormiam. O papagaio estava repousando na sala de estar da casa, como de costume, quando avistou chamas e fumaça vindas de um incêndio iniciado na cozinha – provavelmente causado por algum curto-circuito no micro-ondas, informaram os bombeiros socorristas posteriormente.

Sam dormia com a porta de seu quarto aberta e acordou com os gritos insistentes do papagaio Segundo a família, Bob não era muito falante e por isso alertou o menino. Quando se deu conta do que estava acontecendo na casa, a criança correu imediatamente para acordar o resto da família, que, antes de escapar do fogo, pegou a gaiola de Bob e fugiu. Devido à

inalação da fumaça, Francis e Sam precisaram ir ao hospital para fazer um check-up, depois de receberem oxigênio da equipe de resgate. Como recompensa, a família Hall cogitou, na época do salvamento, dar ao papagaio uma companheira da sua expécie. Em tempo: o mascote Bob tem esse nome em homenagem ao pai da matriarca Francis, que foi soldado durante a Segunda Grande Guerra e prisioneiro na Itália, ou seja, a ave, de fato, fez jus ao nome. 43


Histórias Reais

Não existe uma forma concreta de treinar os animais para salvarem vidas. “O que pode ser feito é treinar um cão para ajudar pessoas em tarefas específicas, como com os deficientes visuais ou para resgates feitos por bombeiros”, afirma a veterinária Adriana Tomimassu, do Centro Veterinário Pacaembu (SP)

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A INTUITIVA JADE

Em um típico dia de frio na Inglaterra, Roger Wilday, um engenheiro aposentado de 68 anos, estava passeando como de costume com sua cadela Jade, da raça Pastor Alemão, em um parque em Birmingham. Em certo momento, o animal correu repentinamente em direção a uma moita escondida, sem nenhuma explicação. Ali, ficou olhando fixamente para uma sacola que encontrara e recusou-se a voltar para perto de Roger enquanto ele não fosse conferir o embrulho. 44

Depois de chamar algumas vezes a cadela Jade de volta, o dono finalmente resolveu averiguar o que é que a estava intrigando.

Quando o inglês chegou perto da sacola, entendeu tudo: havia um bebê recém-nascido dentro dela Com a menina nos braços e Jade ao seu lado, Roger foi para a casa de um amigo e ligou para

a emergência. A criança foi levada para o hospital, onde os médicos disseram que não tinha mais do que 24 horas de vida. Catherine, esposa de Roger, contou a um jornal local que o casal tem cinco netos e a mais nova, Eliza, também é recém-nascida. Catherine acredita que, como os cães têm boa audição, a pet pode ter reconhecido o som do choro. A criança foi batizada pelos enfermeiros do hospital de Jade, assim como sua heroína de quatro patas.


Quem também foi salvo por um cachorro foi Napoleão Bonaparte, imperador francês, que caiu do barco que retornava à França, no Mar Mediterrâneo. O cão de um pescador ouviu os gritos de Napoleão, se jogou na água e serviu como boia para o governante

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O PROTETOR MAJOR

Terry McGlade e seu cão Major, uma mistura de Labrador e Pit Bull, vivem na cidade de Zanesville, em Ohio, nos Estados Unidos. Terry é sargento aposentado do exército e já serviu nas guerras do Iraque e Afeganistão. Em decorrência de um acidente com bomba, ele sofre de transtorno pós-traumático e perda de memória; por isso, conta com Major, que foi treinado como cachorro de resgate e para auxiliá-lo em tarefas cotidianas como verificar se as portas estão trancadas.

Em maio de 2014, Major e Terry estavam se aprontando para dar uma volta, quando o ex-sargento sentiu-se mal e teve uma convulsão.

Ao ver Jerry caído, o cão tirou o iPhone do dono de seu bolso e pressionou a tela com sua pata Como o telefone estava programado para ligar para a emergência quando pressionado por alguns se-

gundos, deu tudo certo. Os atendentes em momento algum perceberam que quem estava ligando era um cão. Major não latiu e tudo o que a polícia conseguiu ouvir foi a voz de um homem passando mal. Quando os médicos chegaram, Major estava na porta da casa à espera deles. Terry admite que, se não fosse o peludo, ele poderia ter sofrido consequências sérias após a convulsão. Depois disso, o militar inscreveu o seu herói no concurso americano Hero Dog Awards. 45


Negócio animal

Em harmonia

com o seu pet Empresa oferece consultoria para condomínios e todo o apoio necessário aos moradores para gerenciar a vida de seus mascotes TEXTO: PRISCILA ROQUE

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ração etc. O objetivo era deixar o proprietário tranquilo. Então, tivemos uma cliente que trabalhava em incorporadora e pensamos “Opa, acho que dá para fazer alguma coisa”. Já existiam espaços pet em condomínios, mas ninguém os utilizava. Pensamos, então, em criar uma coisa nova. O ambiente em que vocês vivem trouxe inspiração? Eu tenho cachorro, um Border Collie que precisa gastar muita energia. Percebi que muitas pessoas têm dificuldade de suprir essa necessidade, porque moram sozinhas ou trabalham fora, enquanto o cachorro fica o dia inteiro em casa sem fazer nada. Como moramos em São Paulo, vemos que, por questão de segurança, pouca gente sai à noite com cães. Criando esses espaços, o dono pode pegar seu mascote às oito da noite e curtir. De que forma vocês chegaram ao modelo ideal? Sentamos juntos e começamos a desenhar estruturas de um playground para cachorro, para

fugir daquela ideia do agility. Esse seria um espaço de convívio entre cachorros e condôminos outdoor, também com bebedouros e áreas para as necessidades fisiológicas, com saquinhos de lixo. A ideia foi aprovada. Depois, criamos um conceito novo de banho e tosa também para condomínios, chamado de espaço indoor, e associamos tudo isso ao serviço que a gente já fazia. Qual é a maior dificuldade enfrentada com a proposta? Quando nós falamos em espaço pet, logo vem aquele preconceito sobre o modelo que já existe (voltado à prática do agility). Mas, mostrando para as incorporadoras, a aceitação é imediata; eles entendem a importância da nossa empresa. Quais os diferenciais da ideia? Nós não largamos o espaço e vamos embora. Fazemos o serviço completo, desde o projeto, acompanhamento da obra, execução do serviço e, depois, geramos relatórios anuais de utilização desses espaços para a própria incorporadora.

Um playground no condomínio traz segurança, tranquilidade e acaba por ser um espaço com mais interação do que a própria sala de ginástica

Fotos: Divulgação/ Pet Sem Stress

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trânsito, a insegurança e a falta de tempo presentes nos grandes centros mudaram a rotina de quem tem um mascote. Os passeios diários, o banho, a tosa, a alimentação e as consultas médicas tornaram-se atividades por vezes difíceis – quando deveriam ser momentos de troca e de carinho entre os donos e seus peludos. Com sede em São Paulo (SP), a Pet Sem Stress, empresa fundada pelos veterinários Michel Faingezicht e Samantha Korbivcher em 2010, gerencia a rotina dos animais de estimação, proporcionando tudo o que é necessário para facilitar a vida de seus tutores, e ainda presta consultoria completa aos novos empreendimentos imobiliários interessados em se tornar pet-friendly. O projeto inclui playgrounds e espaços de banho e tosa, além de oferecer para os condôminos um mapeamento de toda a rede de serviços pet da região. Acompanhe a entrevista completa com Michel: Como vocês chegaram na proposta de fazer um trabalho voltado aos condomínios? Nós já fazíamos todo o gerenciamento de rotina de animais de estimação, com veterinário, dog walker, banho e tosa, controle de peso, levávamos


Os veterinรกrios Samantha Korbivcher e Michel Faingezicht comandam a Pet Sem Stress desde 2010

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Negócio animal Vocês fazem um mapeamento da região para os condôminos. Como funciona essa etapa? Antes de a incorporadora entregar as chaves para o futuro morador, a gente faz um mapeamento da região. Em um raio de 2 km, dependendo de como é o bairro, montamos uma relação com todos os serviços que já existem para o pet, como hotéis, hospitais veterinários, clínicas, restaurantes que aceitam cachorros etc. Quando uma pessoa muda de cidade ou vai para um bairro novo, ela não tem ideia de onde encontrar tudo isso e pode ter problemas nas emergências. Esse manual vai facilitar a vida do proprietário. Quem contrata o serviço da Pet Sem Stress, então, é o empreendimento? Sim. Na consultoria, nós avaliamos os cães que estão lá, quais são os problemas, as regras e mostramos o que pode e o que não pode, o que diz a convenção e a lei etc. Quem tem o cão é o nosso cliente final. Com tudo pronto, chegamos aos serviços de pay-per-use. Ou seja, quem quiser fazer banho e tosa, por exemplo, vai pagar pelo serviço.

Qual é o objetivo da empresa hoje? O nosso principal objetivo é lembrar que cachorro é cachorro, não é uma criança. No enriquecimento ambiental nós trazemos elementos da natureza do cachorro para o meio urbano. Não adianta montar um trepatrepa lindo se o cachorro não conseguir interagir. Ele caça, cava, se esconde em toca, morde corda. É preciso pensar no que o animal faz, e não no que a gente gostaria que ele fizesse – isso seria uma área de adestramento, condicionamento e agility, coisa que a minoria vai praticar. Claro que, quem quiser fazer, também tem essa possibilidade. Os brinquedos permitem essa ação, mas não é o foco desse projeto. Vocês pretendem levar a empresa a outros estados? A consultoria e o projeto são viáveis para qualquer lugar do mundo. Por enquanto, a gente só não faz os serviços, porque não seria possível estar em todas essas localidades. Isso porque essa etapa envolve qualidade e, por isso, sempre acompanhamos e gerenciamos tudo.

Projeto da estrutura

Os brinquedos são desenhados pensando na natureza do cão, com artifícios para caçar, cavar e se esconder

No playground projetado pela empresa, cachorros e moradores podem conviver em harmonia

Os espaços indoor dos condomínios parceiros oferecem serviços de banho e tosa para os peludos

Serviço

A Pet Sem Stress não divulga valores, pois dependem das necessidades do cliente, entre consultoria, montagem do projeto, tamanho do empreendimento, localização, entre outros aspectos. www.petsemstress.com.br Tel.: (11) 99188-6892 / (11) 99906-8184 E-mail: contato@petsemstress.com.br

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Mito oeu ? Verdad

Todo cachorro quando infectado com o vírus da raiva fica mesmo louco?

Texto: Camila Rodrigues/ Ilustração: Débora Lopes Serralheiro Fonte: Dídimo Luiz Tanclér Gagliardi, médico veterinário

MITO

Segundo o especialista Dídimo Luiz Tanclér Gagliardi, médico veterinário e proprietário do Padre Bento Centro Veterinário, em Itu (SP), algumas pessoas desinformadas disseminaram essa lenda, pois os cachorros contaminados pela doença viral apresentam comportamentos atípicos, como se estivessem enlouquecidos. “Eles ficam mais reclusos dentro de ambientes escuros, não respondem aos chamados de seus tutores, produzem muita saliva e ficam extremamente agressivos, podendo morder outros animais”, descreve. De acordo com Gagliardi, o vírus da raiva atinge tanto animais como humanos e pode ser transmitido por meio do contato com a saliva de mascotes doentes, ou seja, por

mordidas, arranhões e lambidas na pele lesionada. “A mordedura é o principal meio de contaminação entre os pets. Os que apresentam mais perigo são os bichos silvestres e selvagens, e entre os domésticos, os cães e gatos”, complementa. Por isso, para prevenir que seu peludo vire um “cachorro louco”, os donos, se possível, devem mantê-lo longe de animais contaminados e dar a vacina antirrábica a partir dos 3 meses de vida. Essa medida vai garantir que o seu companheiro não fique desprotegido.

SE ELE FOR MORDIDO

Mesmo se o cão já foi vacinado contra a raiva, caso seja atacado por pet infectado, os tutores devem levá-lo para um hospital veterinário para receber outra dose da vacina. Fora esse procedimento, o peludo tem de ser observado por 90 dias para se garantir que ele não pegou a doença. “Já se um cachorro infectado morder uma pessoa, o certo é lavar o ferimento com água e sabão, pois isso irá dificultar a penetração do vírus nos tecidos mais profundos”, alerta o especialista.

Entenda mais sobre a raiva Deu a louca nos pets - Outra explicação para esse mito é que no mês de agosto há uma maior concentração de cadelas no cio, e por isso os machos ficam mais “enlouquecidos” atrás de novas companheiras peludas.

Nos humanos - A doença atinge o sistema nervoso central e pode causar paralisia dos membros inferiores, depressão, febre, salivação e contrações da garganta. O tratamento só pode ser indicado por um médico especialista.

Voadores - Os morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue, são transmissores do vírus tanto para os animais como para os humanos.

Sem medo - Animais que não são mamíferos não são infectados nem transmitem o vírus da raiva para os seres humanos.

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alimentação

a t l o s t e p Meu ito pum!

mu

SO O EXCES , S A S O RAÇ OTE ES EMBA IETA DO MASC Õ Ç A U IT RAD EM S E MUDA DONOS D S O A R R O A EÉH E COLOC ICAR QU D ALÉM D ara O. Roxo IN E D Texto: Bárb PO S E S A G DE

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V

Fotos: Shutterstock/Arquivo pessoal

ocê pode ter achado engraçado quando ouviu seu cão “soltar um pum” pela primeira vez. Mas, para aqueles que convivem com peludos que costumam ter gases diariamente, a situação torna-se delicada e pode ser motivo de incômodo e embaraço. É normal que o seu cão tenha gases sim. Porém, o excesso pode ser indicativo de que algo vai mal. A flatulência é resultado do processo digestivo realizado pela fermentação do alimento por bactérias presentes na microbiota intestinal. Em demasia pode indicar desde alimentação inadequada ou em grande quantidade, aerofagia (ingestão de ar) e até intolerância a um determinado componente alimentar. De acordo com o nosso colunista Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, uma dieta desbalanceada e com muito carboidrato predispõe a um aumento da produção de gases. A médica veterinária Ana Rita Carvalho Pereira, do Hospital Veterinário Santa Inês, de São Paulo (SP), afirma que cães que são alimentados exclusivamente com ração comercial ou alimentação natural equilibrada dificilmente

terão formação excessiva de gases. “Já a comida caseira fornecida sem a orientação de um especialista e composta em sua maioria por carboidratos e fibras acaba favorecendo a formação de flatos, pois os animais não conseguem digerir tudo”, explica. GRANDES CULPADOS Fornecer alimentos inadequados para o cão, como pão, queijo e biscoitos, faz elevar a produção de gases. A troca abrupta de alimentação ou o fracionamento incorreto da ração ao longo do dia também costumam provocar o incômodo. “O correto é o cachorro comer duas ou três vezes diariamente. Se acaba comendo tudo de uma vez, pode ocorrer uma dilatação gástrica e a maior geração de gases”, afirma Mário. “A substituição da marca da ração também deve ocorrer de forma gradativa para evitar problemas”, ressalta. O metabolismo dos pets é outro fator que pode interferir na quantidade de gases. Os animais com uma digestão lenta tendem a permanecer mais tempo com restos de alimentos no intestino, o que acaba gerando uma fermentação ainda maior pelas bactérias.

De acordo com a veterinária Ana Rita, a aerofagia, que é quando o animal engole ar em demasia enquanto late ou come, pode gerar a formação de gases no estômago, mas estes geralmente são expelidos pela boca. Ou seja, não é a principal causa dos gases intestinais

ATENÇÃO AOS SINAIS Muitos donos se preocupam quando ouvem os “burburinhos intestinais” ou percebem o odor vindo dos gases, mas o seu excesso também causa incômodo aos mascotes. “Quando houver sinais de desconforto abdominal, diarreia, diminuição do nível de atividade ou prostração e perda de peso, o tutor deve informar ao veterinário imediatamente”, orienta Nathália Borges, médica veterinária do Pet Center Marginal. Segundo a veterinária, esses sintomas podem estar relacionados a uma má absorção de nutrientes, como ocorre na hipersensibilidade alimentar e na doença inflamatória intestinal, por exemplo. Ou ainda parasitas indesejáveis podem estar atacando o estômago ou intestino do cachorro. Para Ana Rita, qualquer doença do trato intestinal tem grande potencial de aumentar a indesejada produção de gases nos pets. 51


alimentação ÍCIOS

C IDADE X EXER

Agora que seu cão está mais idoso, começou a soltar gases com mais frequência? Segundo Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, isso pode ser sinal de falta de exercícios físicos. “Os animais velhos, com idade superior a 7 anos, são mais predispostos ao acúmulo de gases por serem menos ativos”, afirma. Por isso, estimular a atividade física auxilia no bom funcionamento do intestino. Caminhadas diárias são bem-vindas não só para os cães mais velhos, pois problemas intestinais podem acontecer em todas as idades do seu peludo.

G LÓTUS E OS

COMO EVITAR OS GASES Certificar-se de que o cão não está sofrendo por causa dos gases é o primeiro passo para afastar a ocorrência de doenças mais graves. “Se os flatos estiverem inco-

modando os donos ou provocando dor no animal, deve-se procurar um médico veterinário para que seja descartada qualquer alteração mais grave”, afirma Ana Rita. Para Marcondes, escolher uma dieta balanceada, seja com ração comercial ou alimentação natural de boa qualidade, pode resolver a questão. “O dono precisa respeitar a quantidade diária da ração a ser fornecida de acordo com as instruções que vêm na embalagem”, enfatiza. Realizar caminhadas e evitar dar alimentos fora de hora ajuda. DICAS DE ADAPTAÇÃO “Se os problemas persistirem, vale a pena trocar o alimento gradativamente, para que os sintomas não piorem”, afirma Ana Rita. “Para isso, deve-se ter orientação do veterinário, que irá indicar a melhor ração que contenha me-

Escolher uma dieta balanceada para o peludo e respeitar a quantidade diária indicada pode resolver a questão de forma simples e eficaz

ASES

O estudante de Arquitetura Gustavo Giorgini já teve transtornos por causa do excesso de gases do seu cão, Lótus, um Labrador de 3 anos. Segundo o dono, Lótus ainda costuma soltar gases, mas não muitos. “Isso incomoda a mim e a minha família, mas temos bastante paciência com ele”, revela. No caso do peludão, nunca foi diagnosticado nenhum problema digestório,

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“As enfermidades que acometem o sistema digestório podem resultar em aumento da quantidade de bactérias presentes no intestino e, assim, da fermentação do alimento por elas”, esclarece. Outra doença desencadeada pelo excesso de gases é a torção do estômago. “Se o animal comeu muito num determinado momento, está com gases e alimento no estômago e resolve correr no quintal, isso pode predispor o estômago a se torcer no próprio eixo e evoluir para essa doença, cujo tratamento é cirúrgico e emergencial”, alerta o veterinário Mário Marcondes.

e o controle do problema está sendo realizado com a oferta de uma ração de qualidade. “Mantemos sempre a mesma dieta para evitar o aumento dos gases”, garante Gustavo. Para o tutor, um dos motivos que levam Lótus a soltar muitos gases é a ingestão de ar. “Ele é bastante afoito, hiperativo e isso faz com que respire muito. Está sempre de boca aberta”, conta.


Você Sabia?

nos fibra ou carboidrato”, complementa a veterinária. Outra dica é verificar a altura dos potes de comida e água. Isso porque os gases também podem se formar se o cão precisa se curvar muito para chegar ao seu prato, engolindo mais ar. Por isso, elevar um pouco a altura dos vasilhames é uma ótima e simples medida.

ALIMENTOS ESPECIAIS No mercado pet existe uma infinidade de alimentos funcionais – que visam melhorar a absorção dos nutrientes – e outros que até prometem reduzir o cheiro das fezes dos peludos. Para Nathália Borges, o uso das rações medicamentosas deve ser acompanhado por um especialista, a fim de evitar maiores complicações

para o cão. O mesmo ocorre com a dieta natural, que deve ser supervisionada ainda mais de perto, pois o desequilíbrio nutricional pode trazer sérios riscos para o mascote. Para a veterinária, o uso dos alimentos probióticos – aqueles que contêm microrganismos vivos que estimulam o funcionamento saudável do sistema digestório – pode ser benéfico, equilibrando a microbiota intestinal. Já as rações “indoor”, que colaboram na redução do cheiro das fezes, são uma boa opção para minimizar os indesejáveis gases. Segundo Ana Rita, esses alimentos são, em geral, mais selecionados, levando em sua composição carboidratos e fibras em quantidade adequada. “Essas rações podem abrandar a produção de gases, pois ajudam na digestibilidade do alimento”, diz.

Fotos: Divulgação

“O excesso de petiscos, alimentação caseira desequilibrada e ração comercial seca de baixa qualidade podem ser os responsáveis pelos gases. O ideal é que cada animal receba a alimentação adequada para a sua idade, peso e raça”, indica Nathália Borges, do Pet Center Marginal

RA GASES

RAÇÕES CONT BOA DIGESTÃO A ração Premier Ambientes Internos, da Premier Pet, contém ingredientes nobres que favorecem a digestibilidade, promovendo fezes com odor e volume reduzidos. No Pet Center Marginal. Por R$ 25,90 (1 kg)

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quem faz a diferença

Voluntários nas redes MESMO COM RECURSOS ESCASSOS, ONGS USAM CAMPANHAS NA INTERNET PARA SALVAR OS PELUDOS Texto: Jéssica Presença

Quando um grupo autônomo decide lutar pelas mesmas ações sociais ou solidárias, pode-se considerar o nascimento de uma organização não governamental, as tais ONGs. Com o impressionante número de pets abandonados no Brasil, chegando a 30 milhões, segundo a Organização Mundial da Saúde, não é de se admirar que várias entidades em prol dos animais estejam surgindo, criadas por pessoas dedicadas que lutam contra a violência, frio, fome e solidão que os mascotes sofrem nas ruas. Conscientizar a população da atual situação dos bichos é o principal objetivo das instituições. Mas o trabalho vai além da ação publicitária. Castrações, resgates, cuidados e buscas por doações fazem parte da rotina. Em meio ao trabalho, algumas organizações se destacam há algum tempo.

ONG luta diariamente para engajar a população sobre os direitos dos animais Foi depois de notar todas as dificuldades que os protetores enfrentam na luta contra os maus-tratos e o abandono que as amigas Juliana Camargo e Marcele Becker – hoje presidente e vice-presidente 54

A atriz Giovanna Ewbank, apaixonada por animais e dona de oito cachorros, é uma das grandes incentivadores da ONG Ampara Animal


À esquerda, Yasmin Brunet, Cleo Pires e Ellen Jabour posam com Juliana Camargo e Marcele Becker, criadoras da Ampara. À direita, as fundadoras mostram as camisetas da ONG

da ONG, respectivamente – sentiram a necessidade de fundar uma associação para conscientizar a sociedade e dar apoio aos guardiões dos peludos. Assim, em 2010, em São Paulo, nasceu a AMPARA Animal - Associação das Mulheres Protetoras dos Animais Rejeitados e Abandonados. A lista é longa: a Ampara Animal disponibiliza atendimento veterinário, fisioterapia e exames em clínicas parceiras; prevenção através de incentivo à adoção e realização de eventos; castração; conscientização; e apoio aos protetores independentes.

Fotos: Divulgação/Reprodução

Instituição enfrenta inúmeras dificuldades mesmo com apoio de celebridades Apesar de a ONG dispor da ajuda de personalidades e artistas em suas campanhas de conscientização, quando chega a hora do sufoco, ou seja, quando um peludo precisa de socorro, não é grande o número

de pessoas a que a organização pode recorrer. E as dificuldades não param por aí. “Não possuímos apoio financeiro para realização dos projetos e não há incentivo algum do governo, já que faltam leis para punir quem comete crimes contra nossos protegidos”, desabafa a presidente.

Ampara pede adoções mais conscientes, para animais não serem abandonados Poucos sabem que a entidade recebeu, no final de 2013, o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), concedido pelo Ministério da Justiça do Brasil. Isso significa que qualquer um que colaborar com doações terá deduções no imposto de renda. Isso porque, apesar de não possuir uma unidade física, a organização chega a ajudar mil pets por mês. Diariamente acontecem fatos tristes e felizes na causa animal. Juliana relata a história do Fiel:

Temos cerca de mil voluntários cadastrados, mas, na hora H, podemos contar com poucos protetores assíduos

ibi é a A cadela B te da co as m a amad mal Ampara Ani

“Mesmo quase morrendo de fome e tendo de comer filhotes de sua espécie para sobreviver, ele não aceitava que o separássemos do seu tutor negligente. Ficou três dias sem comer de saudade. Quando via alguém com aparência física semelhante, chorava”, conta. Não são todos que desfrutam a sorte de ter um final feliz, como Fiel. Por isso, é preciso pensar bem antes de adotar um amigo, para que a história de abandono não se repita. 55


quem faz a diferença Juliana Camargo, preside nte da Ampara, sempre dá dicas para quem pretende acolher um animal: “Adote sabendo que o essencial é o amor incondicional que esses seres maravilhosos nos proporcionam. Não se apegue em raça nem em estética. Isso é secundário perto dos momentos incr íveis que essa convivência irá oferecer ao adotante.”

O CANTINHO MOVIMENTADO A unidade física da ONG Adote um Gatinho serve de abrigo a cerca de 350 gatos à espera de um lar, entre filhotes, adultos, idosos, portadores de deficiências ou de doenças felinas.

Bichanos abandonados e feridos são cuidados e doados por instituição paulistana

FELINOS BEM CUIDADOS

O trabalho da instituição, que tem cerca de 60 voluntários, envolve resgatar, vacinar, castrar e cuidar dos bigodudos enquanto não são adotados, além da divulgação no site e nas redes sociais.

Outra instituição que vem se destacando na mídia e redes sociais é a Adote um Gatinho (SP). O trabalho se iniciou com a castração de animais de rua. “Com o tempo, passamos a ficar com pena de devolver os felinos mansos, os filhotes... Decidimos levar os gatos para casa para doar. Não foi planejado. Montamos um site para doar os gatos e começamos a ter procura, a receber doações”, conta Susan Yamamoto, representante da ONG. Diferentemente da Ampara, a Adote um Gatinho possui uma unidade física na capital paulista.

ARRECADANDO AS DOAÇÕES

Para poder realizar o trabalho, a ONG conta com doações de pessoas físicas e a venda dos produtos da marca patenteada, que oferece desde calendários e agendas fofas a camisetas, canecas e brinquedinhos.

Histórias de resgate e superação da instituição viram livro emocionante São tantas histórias de superação que a Adote um Gatinho decidiu redigir um livro, chamado Gatos Sortudos - Histórias emocionantes de bichanos resgatados. São 12 passagens que prometem derreter o coração dos leitores. “Uma delas é a história da Emília, encontrada aos 45 dias de vida com os olhos infeccionados e apodrecidos. Todos achavam que ela devia ser sacrificada. No entanto, apostamos na operação e, embora ela tenha tido um pós-operatório difícil, lutou bravamente para viver, cresceu forte, linda e foi adotada”, diz orgulhosa. 56

USO DE CELEBRIDADES NAS CAMPANHAS As pessoas são constantemente bombardeadas com informações da mídia. Com isso, é possível notar que a ação de um cidadão debaixo dos holofotes pode tornar-se exemplo longe deles. Por esse motivo, muitas ONGs convidam celebridades que realmente se importem com a causa e as tornam exemplo a ser

seguido. “A ideia de associar a proteção animal com a imagem de pessoas formadoras de opinião, seguidas pelo grande público, pode ajudar a gerar uma notável transformação. Inspiram com ações do bem, como adotar, proteger e conscientizar”, complementa Marcele Becker, vice-presidente da Ampara Animal.


Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Divulgação/ Reprodução/ Shutterstock

Adotar faz bem

ADOTAR É COISA SÉRIA! O programa Adotar é tudo de bom, da Pedigree®, existe há cinco anos e ajuda a transformar a realidade de cães abandonados por meio do incentivo à adoção e posse responsável. Antes de acolher um pet, recomenda o programa, você deve levar em conta alguns fatores para evitar problemas: Não adote por impulso Animais não são descartáveis Converse com todos os membros da família antes de tomar a decisão Informe-se sobre o porte físico, temperamento, além de todas as necessidades específicas do mascote escolhido Adote um pet com que você simpatize, não pela raça

Amor incondicional

BELAS IMAGENS QUE SALVAM O fotógrafo húngaro Sarolta Bán criou o projeto Help Dogs With Images para promover a adoção de animais. Bán inclui os peludos em fotografias com cenários surreais para chamar a atenção para o problema do abandono e maus-tratos. As imagens manipuladas são divulgadas no próprio Facebook do artista (www.facebook.com/photoallegoryofsaroltaban).

Por conta de sua dedicação no cuidado de animais doentes no sul das Filipinas (PH), Ken, de 8 anos de idade, conseguiu apoio de moradores e protetores para criar o Happy Animals Club, um abrigo para os peludos abandonados da região. O local já está funcionando, mas ainda precisa de ajuda financeira para oferecer serviços básicos aos pets, como assistência veterinária e comida.

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animais exóticos

Da ília mesma fam ios, ga que os papa apegam s se as belas ave podem até aos donos e a falar aprender

Cacatua

AMIGA PARA A VIDA TODA

E

mbora semelhantes às calopsitas, as cacatuas na verdade possuem características mais parecidas com as dos papagaios, ambos psitacídeos. Isso porque eles têm em comum o bico curvo e a língua redonda, que facilitam a fala, algo muito apreciado pelos tutores. Originárias da Oceania e atualmente encontradas apenas no Sudeste Asiático e na Austrália, as barulhentas cacatuas são aves grandes: podem atingir de 30 a 70 cm de comprimento. Outra distinção em 58

relação aos populares faladores é a crista móvel, que pode apresentar cores diversas dependendo da espécie (há cerca de 20 delas na natureza). A inteligência também é um aspecto que chama atenção nos bichos. “Elas são muito inteligentes e conseguem aprender coisas como repetições de palavras, pequenos trechos de música e truques como dançar e brincar com bolas”, completa Ariane Parra, médica veterinária especializada em animais silvestres e exóticos, de Campinas (SP).

AVE DE ESTIMAÇÃO Um dos motivos pelos quais as cacatuas viraram animais queridos é a sua expectativa de vida: elas vivem de 30 a 75 anos. Ou seja, é perfeitamente possível ter a companhia da ave pela vida inteira. Além da idade e beleza, as cacatuas podem ser ótimos pets se adquiridas de cativeiros, pois são brincalhonas, afetuosas e, como dito, extremamente inteligentes – algumas conseguem imitar a voz humana e aprender a cantar.

Colaborador: Juliana Almeida / Fotos: Shutterstock

TEXTO: SAMANTHA MELO


LAR DOCE LAR As cacatuas, assim como os papagaios, destroem objetos com muita facilidade. Por isso, a sua gaiola ou viveiro deve ser de material resistente e com um espaço grande. “É preciso um local em que elas consigam abrir as duas asas”, assinala Ariane. As medidas ideais para um viveiro são 120 cm de profundidade x 60 cm de largura x 60 cm de altura. Para deixar o recinto mais parecido com o habitat natural do mascote, uma dica é colocar um tronco onde a ave possa trepar à vontade. Além disso, a gaiola deve ser instalada num ambiente calmo, e de forma que o animal receba uma dose diária de sol. Já a limpeza dos dejetos deve ser feita diariamente. DIETA ESPECIAL Por conta de seu bico curvo e forte, as cacatuas podem se alimentar de castanhas, grãos, sementes e vegetais, como cenoura e pepino. No mercado existem rações extrusadas próprias para psitacídeos: ofereça de 150 a 200 gramas por dia do alimento. “É importante considerar a suplementação com frutas, com

exceção do abacate, ou vitaminas, dependendo da orientação do veterinário”, aponta Barros. O especialista ainda recomenda oferecer à ave uma mistura de arenito (como galhos de salgueiro) para que ela tenha algo para roer, coisa que as catatuas gostam muito de fazer. COMO SE COMPORTAM Para que a ave seja, de fato, amorosa e receptiva, os criadores indicam adquiri-la com cerca de 3 meses, para que possa se acostumar melhor com os tutores. Ariane observa que, quando mansos, os animais são bastante dóceis e dificilmente bicam. “Porém, uma vez habituado a você, o pássaro ficará tão apegado quanto um cão de companhia: pedirá atenção e se estiver solto, buscará ficar próximo ao dono”, ressalta Emanuel Barros, veterinário de animais silvestres (RJ). Para evitar problemas, nunca o deixe sozinho por longos períodos. Marca característica desses animais, o penacho no topo da cabeça, quando eriçado, indica que a cacatua sente-se bem. No caso de a crista se encolher, provavelmente o animal está irritado.

Habituada ao dono, a cacatua ficará tão apegada quanto um cão: pedirá atenção, e se estiver solta, buscará ficar próxima

Como a ave não é nativa, não precisa de autorização do IBAMA para ser adquirida. Porém, é importante verificar se o criador disponibiliza a anilha, registro e nota fiscal da cacatua

CUIDADOS A MAIS Sendo um pássaro ativo, a cacatua precisa de exercícios e distração diária (pelo menos 15 minutos) – deixe o animal solto algumas horas por dia – em ambientes seguros. Além disso, o veterinário Emanuel Barros aconselha borrifar água nas penas da ave em dias quentes.

VOCÊ SABIA? A espécie cacatua-de-crista-amarela foi a escolhida pelos produtores do filme RIO para representar o vilão Nigel. Na história, lançada no Brasil em 2011, a cacatua, que costumava ser a estrela de um show, é trocada por um periquito e, por causa disso, vira uma ave malvada e passa a ajudar o grupo de contrabandistas, que leva a arara Blu para os EUA.

Na versão original, Nigel é dublado por Jemaine Clement, um ator comediante neozelandês, e por aqui a sua voz é do locutor Guilherme Briggs. Na continuação do filme, Rio 2, a cacatua volta a atacar e protagoniza uma cena engraçadíssima ao cantar uma paródia da música I Will Survive, de Gloria Gaynor: “Se você tentar me derrubar, eu volto mais forte”.

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Pet e celebridad

Os famosos

e seus mascotes pra lá de exóticos SURPREENDA-SE COM OS DIFERENTES E FOFOS ANIMAIS QUE ALGUNS ARTISTAS ADOTARAM

T

oda criança sonha em ter um bicho de estimação em casa, seja um peixe, um gato ou cachorro – e é bastante comum encontrarmos tais pets nos lares brasileiros. Mas, e quando o xodó em questão foge à regra? Os famosos não são apenas excêntricos com gastos absurdos em joias e carros, eles também gostam de escolher bem o animal de estimação que colocam dentro de casa e fazem algumas extravagâncias.

PET COLORIDO André Vasco (29) ganhou de seu companheiro de emissora, Beto Marden (33), um casal de calopsita, após perder uma por morte de causas naturais. O apresentador da Band adora esses pássaros, que são conhecidos por sua personalidade dócil e mansa (as aves são da mesma família dos papagaios). Um dos elementos que também chamam a atenção são suas grandes plumagens coloridas, tornando-os os mais comuns da nossa lista – tanto que outras celebridades já se renderam aos encantos das calopsitas, como o apresentador Otávio Mesquita. 60

PAI E FILHO O irreverente Latino é o mais novo membro desse clube e fez a primeira aparição com seu bicho de estimação no Carnaval de 2014: um macaco-prego batizado de Twelves. O cantor disse que tem autorização do IBAMA para manter o animal, que é tratado quase como um filho. “Ganhei o pet de presente do Augusto e Alexandra, meus empresários”, explica o artista, que dá banho e até troca as fraldas do macaco. Ele também conta que Twelves só entra no viveiro quando realmente precisa dormir ou comer. Fora isso, está sempre com o artista.


Texto: Revista Conta Mais/ Fotos: Agnews/ Reprodução/ Divulgação

TRATAMENTO REAL A dama da televisão Hebe Camargo tinha um gosto peculiar quando se tratava de pets: eram nove cães, uma cacatua e duas galinhas, a Chamboca e a Guigui. A apresentadora chegou a dividir a cama com Chamboca quando a mascote foi mordida por um de seus cachorros.

ATITUDE FEROZ O ex-pugilista Mike Tyson sempre gostou de uma extravagância e chegou a pagar US$ 140 mil por três tigres brancos que ele mantém como animais de estimação. O custo individual (mensal) de cada um é de US$ 4 mil, entre alimentação e cuidados médicos. Fora o carinho, claro...

AMIGO FIEL Dizem que o relacionamento mais longo do ator George Clooney – que finalmente ficou noivo da advogada Amal Alamuddin, em abril de 2014 – foi com Max, seu amado porco de estimação. O incrível animal pesava cerca de 136 kg e viveu com ele por 18 anos (infelizmente, o animalzinho faleceu em 2006). “Eu tinha um Buldogue que morreu nesse ano também. É impressionante como você se apega aos animais e como eles passam a fazer parte de sua vida”, disse o ator na época.

INCONTROLÁVEIS Courtney Love é considerada uma das personalidades mais bizarras da música e, recentemente, postou uma foto engraçada com sua tartaruga de estimação. Já Paris Hilton extrapolou ao adotar um jupará –, mamífero da família dos quatis – que lhe deu uma mordida, fazendo com que a herdeira precisasse se separar do mascote (devido à constante mudança de humor do fofo bicho). 61


Pergunte ao vet LAMBE-LAMBE

Tenho um cão fi lhote que tem mania de lamber e morder as patas. Existe algo que eu possa fazer? Fábio Marques, de São Paulo - SP

Esse sinal clínico é comum nos cachorros. Na maioria das vezes, é um sinal de que o cão está estressado ou com dor nas articulações. Porém, como seu mascote provavelmente não tem este problema por ser um cão novo, a lambedura deve estar ligada ao estresse. Para minimizá-lo, você pode aumentar as saídas com ele e colocar petiscos dentro de brinquedos. Caso precise de mais auxílio, encaminhe seu animal a um veterinário para que o quadro não evolua e cause danos graves para o animal de estimação. Espero ter ajudado, e continue escrevendo!

CORPO PINTADO

Meu cachorro teve hemoparasitose, mais conhecida como doença do carrapato, e após o tratamento ficou com o corpo cheio de manchas pretas. O que posso fazer para marcas desaparecerem? Simone Messias, de São Paulo - SP

AÍ NÃO PODE!

Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Shutterstock/ Arquivo pessoal

Adotei um minicoelho e o deixei por um tempo solto em casa. Depois de quatro dias, ele começou a fazer cocô e xixi no meu sofá. E agora?

Manchas pretas pelo corpo têm diversas causas. Elas podem indicar doenças dermatológicas ou, nos piores casos, câncer de pele – que não parece ser o caso do seu peludo. Os animais com idade avançada também podem apresentar pintas pelo corpo sem que seja um quadro grave. Contudo, esse não é um sintoma fácil de diagnosticar sem o exame físico, por isso, procure um médico veterinário especializado em dermatologia para realizar exames completos.

Gabrielle Chamiço, São Paulo - SP

Os coelhos só fazem suas necessidades onde sentem o cheiro das próprias fezes e urina. Então, uma dica para não correr o risco do orelhudo fazer as necessidades no local errado é separar um pouco das fezes dele (uma quantidade mínima) e esconder na serragem. Por outro lado, os coelhos não gostam de lugares sujos, então, limpe sempre o exceto de dejetos, e espirre um neutralizador de odor. Se nada disso adiantar, experimente colocar na gaiola uma pequena caixa de areia, igual às usadas pelos felinos. Boa sorte! 62

li é Mello Passarel lo João Vieira de pe o ad rm fo ário médico veterin João da Boa o Sã de B UNIFEO alha ualmente, trab na Vista (SP). At te Pe in Cl na l ra como clínico ge uaratinguetá (SP) G Rohedama, em


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Ano II - Edição 25 - agosto/2014 Ethel Santaella DIRETORA EDITORIAL

Renata Armas

DIRETORA NÚCLEO SAÚDE, NUTRIÇÃO & BEM-ESTAR EDITORA-CHEFE: Samantha Melo CHEFE DE ARTE: Bruno Miramontes REPÓRTER: Camila Rodrigues ESTAGIÁRIA DE ARTE: Gabriela Salina ASSISTENTE DE REDAÇÃO: Patrícia Giehl COLABORADORES: Bárbara O. Roxo, Jéssica Presença, Juliana Almeida, Priscila Roque e Nivia de Souza (reportagem); Luiz Lentini (ilustração); Karina Cobo e Gustavo Ferreira ( revisão) FOTOS: Luiz Gustavo Gonçalves ILUSTRAÇÃO: Débora Lopes Serralheiro TRATAMENTO CAPA E IMAGENS: Edson Minoru IMAGENS DE CAPA: Shutterstock

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DIRETOR: Vlamir Aderaldo AGÊNCIAS GERENTESDENEGÓCIOS: Claudia Arantes e Ranieri Ferreira GERENTE DE PUBLICIDADE: Yone Catoira GERENTES DE CONTAS: Adriana Costa e Sandra Lopes REPRESENTANTES Interior de São Paulo: (Campinas) Hathor Business & Marketing, Luciane C Bigardi (Ribeirão Preto) e L&M Editoração, Luciene Dias - Paraná: YouNeed, Paulo Roberto Cardoso - Rio de Janeiro: Marca XXI, Carla Torres, Marta Pimentel – Rio Grande do Sul: Vitrine de Mídia, Daniel Zimmermann – Santa Catarina: Artur Tavares – Regional Brasília: Solução Publicidade, Beth Araújo - Espírito Santo: Versatil Representações, Cassia Maria Effgen.

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