E FILHOT S DO MÊ
Aprenda a criar sua própria CORUJA
UM HUSKY, MUITO AMIGO O GENIOS
VERDADE OU MENTIRA Felinos só ronronam quando estão felizes?
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Diminua a ansiedade do cão na hora de passear no carro
ALIMENTOS PROIBIDOS PARA O GATO (inclusive o leite)
PETS NO OFTALMO
Todo o processo desde a escolha do pet até a chegada em casa
MASCOTE NO ALTAR
Dicas de ouro ajudam o animal a participar do casamento
DESCUBRA AS O RAÇAS QUE SÃ A O “TERROR” D VIZINHANÇA
Saiba quando marcar essa nova consulta
m e t o d i t a l a d a C o d a c i f i n g i s m u anido g e d s o p i t s i Conheça se orro usa quando que o cach dizer algo a você o está tentand
CAPAS DIFERENTES COM CONTEÚDO IDÊNTICO
GUIA DA ADOÇÃO
APOLO
DERICO
Ana Cuder
Camila Sayuri
BONO
Aline Gomes
DIO
Amanda Matoso
JAVIER
Gabrielle Chamiço
LOLLA
Andressa Cumerlato
hOra dO rango meupet@escala.com.br
Frederico
Mariana Paes
4
Johnny e Luna
Flávia Corrêa e Márcia Provetti
Tom
Tâmara Macedo
PUTUCA
Carla Krassin
Na próxima edição... No próximo mês, queremos ver os animais com penteados criativos e fofos. Mande pra gente fotografias do seu animal de lacinho, gravatinha, de pelo molhado...
Este espaço é para o seu pet, participe! Mande as fotos para:
MILLY
PITTY
Beatriz Gabia
DAYANA
Luciane Valeria
Aproveite este espaço! Mande as fotografias de seu mascote e deixe ele brilhar em nossas páginas. Nesta edição, o tema foi fácil: flagrar os peludos mastigando. Foto não faltou!
A sagrada
Fernanda Rodrigues
LUNA
Daniella Jeong
MADALENA
Francisco Passarelli
Phoebe
Tatiana Moreno
Maria Clara Gah Paliga
Layla
Virginia Rosa
CHARLOTE E ISIS
Karen Sangaleti e Rebeca Klarosk
SOPHIA
Natália da Cruz
o i r á m u S
07 Fofurices
Porta-retratos para colocar a sua foto com o pet
08 Fala, leitor
Espaço para sugestões, críticas e elogios
09 Nossa rede
Confira o que está rolando em nosso site e também no Facebook, Twitter e Instagram
10 Horoscopet
Previsões para o seu peludo de estimação
11 Faça você mesmo
Uma lata customizada para guardar a ração
12 Mundo pet
Conheça as novidades do universo pet e alguns lançamentos de produtos
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Guia de fi lhotes: Husky Siberiano
A raça de cães que une um temperamento forte e um grande companheirismo
18 Hora do rango
Dicas de alimentação e uma receita deliciosa de almondêga de espinafre
21 Pergunte ao vet
Leitores têm suas dúvidas respondidas
22 Bicho natural
Crie seu mascote de uma forma muito mais sustentável e em prol da natureza
24 Cada latido tem um significado
Identificar os seis diferentes tipos de ganido vai te ajudar a resolver o problema
28 Animais Exóticos: Coruja
Conheça a bela ave de rapina que pode ser treinada e virar uma boa companheira
30 Negócio animal: Fazenda Angolana O espaço recebe escolas e famílias para um dia no campo cheio de animais fofos
33 Pôsteres
Peludos adoráveis para colar na parede
37 Mito ou verdade
Descubra se gatos ronronam mesmo quando estão felizes e só por esse motivo
38 Leite faz mal para o gato
Saiba por que este e outros nove alimentos têm alto risco de intoxicação
42 Guia da adoção
O antes, durante e depois do processo para lever para casa um mascote feliz
38 24
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Bastidores Confira alguns momentos exclusivos de nossas produções fotográficas!
Sumário
46 Mascotes acompanham o “sim” dos donos nos casamentos
Participações especiais nas cerimônias são cada vez mais comuns e criativas
52 Castração solidária
Voluntárias arrecadam fundos e realizam esterilizações gratuitas na comunidade
55 Pet Socorro
O que fazer quando o mascote mata um animal silvestre como o rato
Acima, a editora-chefe Samantha Melo se prepara para uma entrevista. Ao centro, um registro do Dog´s Day by Cachorrada, evento parceiro da Meu Pet que aconteceu em abril em São Bernardo do Campo (SP), para promover a conscientização do descarte de desejos de forma sustantável. Por fim, o West Highland White Terrier Bidu, de Marcelo Coelho, posa feliz depois do tratamento para catarata, história que você confere na reportagem É hora de ir ao oftalmologista 6
58 É hora de ir ao oftalmologista
O momento certo e o que esperar da primeira consulta com o especialista
63 Sinal de alerta
Os sintomas relacionados e como proceder quando o animal tem queda de temperatura
64 Você treinador
Ensine seu cachorro a entrar no carro só depois de ser autorizado
65 Onde encontrar
Contatos de fornecedores e colaboradores
66 Isso é luxo!
Casas na árvores exclusivas para gatos
M ENTOS CO M O M S E R O O T MELH ETRA S REGISTRE OESUSE LINDOS PORTA-R O PELUDO
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Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Reprodução/ Divulgação
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Fala, leitor Resultado da enquete Envie seu e-mail para
Seu cachorro late mais por qual motivo?
69,2%
meupet@escala.com.br
“Sou assinante e gostaria de parabenizá-los pela ótima matéria de saúde sobre Aids Felina, da edição 20. Já perdi dois fi lhotes por conta dessa doença cruel que não tem cura nem vacinação preventiva. O meus outros comnpanheiros peludos estão de quarentena e observação médica.” Edilícia Carneiro, via e-mail
15,6% 6%
Ele odeia ficar sozinho Quando está com fome
Se ouve algum barulho estranho
Porque é mal-educado
7,6% 1,6%
Quando está com dor
Saiba mais sobre esse assunto na reportagem da página 24
A preguiçosa Penélope descansando durante a foto
NAS BANCAS!
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“Comecei a assinar a revista Meu Pet no mês passado, e estou adorando todas as reportagens. As matérias me ajudam na criação dos meus peludos, três Pequinês e dois Shih-Tzu.”
“Estava comprando a revista Meu Pet todo mês até resolver assiná-la. Todo o conteúdo é muito bom e nos ajuda a cuidar melhor dos nossos companheiros de quatro patas.”
Hisadora Bertollo Slongo, via e-mail
Alessandra Patrillo, via Facebook
“Sou assinante da revista Meu Pet e adoro as dicas interessantes e úteis que vocês publicam todos os meses. Adoro a galeria de fotos com os temas supercriativos e fofos.”
Errata - Na matéria Dieta especial do cão doente, da edição 20, trocamos as imagens das rações PremieR Nutrição Clínica Cães Cardio e Royal Canin Veterinary Diet Renal. Os produtos certos com suas fotos e descrições correspondentes serão publicados em nosso site: www.revistameupet.com.br.
Bruna Taboada, via e-mail
nossa rede
Fan Pncaargeam Osãofdaevbicorhinithooss qudae finzeosrasa m rir e arra
Uma seleç cebook revista Meu Pet no Fa suspiros na página da
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Curta, tuíte e compartilhe nossos conteúdos para saber o que há de novo no mundo pet e aprenda os segredos para cuidar melhor do seu cão ou gato.
Você já viu as imagens que foram postadas no Facebook da Meu Pet? Quem resiste a um banho com esse fofo? A foto foi uma das mais curtidas do último mês (facebook. com/revistameupet). O lindo casal conquistou a todos com seu beijo. Sem falar no serelepe cão brincando! O álbum Meu Pet é dedicado aos bichos de estimação de nossos leitores. Para ver o seu mascote neste álbum, envie fotos bacanas dele para o e-mail da redação: meupet@escala.com.br
Nosso site Gostou do que leu na Meu Pet? Então acesse o endereço de nosso site www.revistameupet.com.br, e encontre conteúdos exclusivos, fotos e muito mais!
@revistameupet Nossos seguidores têm a oportunidade de interagir, tirar dúvidas e comentar sobre a revista Meu Pet. Envie você também seu comentário.
Cheia de espinhos
iPad
Você pode ler e assinar a Meu Pet também no seu iPad. É só visitar a App Store, digitar Meu Pet e baixar sua revista.
Darcy é um ouriço pigmeu africano fêmea que conquistou milhares de fãs na internet. A mascote cheia de espinhos adora fazer poses para as lentes da sua dona, que sempre registra os melhores momentos da pet. Nas imagens, Darcy aparece em cliques inusitados e até junto com um cacto. O Istagram da pequena exótica já tem mais de 418 mil seguidores.
Revista Meu Pet @meupet Darcy @darcytheflyinghedgehog
9 www.escala.com.br
Horoscopet
Os astros e seu cão! AS INFLUÊNCIAS DO SOL, DA LUA E DOS PLANETAS NA VIDA DOS PETS
Escorpião
23 de outubro a 22 de novembro Os astros indicam que os mascotes de Escorpião ficarão um tanto quietos. Para ajudar nesse momento introspectivo, ofereça um ambiente calmo e tranquilo para que ele possa passar por essa fase sem aborrecimentos.
Assim como os humanos, os cachorros também adoram comemorar aniversário. Uma data tão especial não pode passar despercebida. Para surpreendê-lo, prepare uma festa com os petiscos prediletos do seu mascote, e não esqueça de chamar toda a cachorrada do bairro. Ele vai amar essa bagunça!
Câncer 21 de junho a 20 de julho Cachorros são sempre fiéis aos seus donos.
Que tal fortalecer ainda mais essa relação? Passeios diários e alguns minutos para brincadeiras deixarão o seu peludo e você muito mais próximos e parceiros. E o melhor de tudo é que os dois sairão ganhando.
Leão
Capricórnio 21 de dezembro a 19 de janeiro Neste mês os capricornianos estão em total
harmonia com a natureza. Ele não vai cansar de correr pela grama com o vento soprando no seu rosto. Para acompanhar esse novo estilo de vida, ofereça produtos e serviços sustentáveis.
Aquário
20 de janeiro a 18 de fevereiro O pet agitado deu espaço a um animal cabisbaixo? Os astros revelam que seu cão pode ter algum problema de saúde. Antes de ficar preocupado, leve-o ao veterinário para ver se tudo está bem. Exames preventivos e uma boa alimentação são sempre bem-vindos.
21 de julho a 21 de agosto Neste mês os ciumentos leoninos darão muito trabalho para seus tutores. Eles não vão deixar ninguém chegar perto do dono sem emitir um latido alto e amedrontador. Para acabar com esse terrível hábito, estabeleça limites por meio de treinos e comandos.
Peixes 19 de fevereiro a 20 de março Neste período os peludos ficarão com muito
Virgem 22 de agosto a 22 de setembro Os apaixonados virginianos estão cansados de
Áries 21 de março a 20 de abril Que tal antecipar as suas férias e levar o
ficar sozinhos. Que tal dar um empurrão para seu pet encontrar um companheiro? Parques, daycares e lugares abertos são ótimos para o peludo encontrar a cara-metade.
Libra 23 de setembro a 22 de outubro Supervaidosos, os cães librianos adoram ser
paparicados com novos mimos de beleza. Invista em hidratação, tosa e diferentes acessórios para deixar o seu peludo estiloso e ainda mais contente neste mês.
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agressivo são alguns dos sinais de rebeldia que os sagitarianos podem apresentar. Calma, nada que um bom treino e uma dose extra de paciência com o pet não resolvam.
apetite. Guloseimas, petiscos e agrados devem ser retirados da dieta do seu amigão. Para cessar a fome, ofereça alimentos saudáveis e porções de ração apenas duas vezes por dia, assim ele não vai comer toda hora.
peludo para uma viagem? Ele, certamente, vai adorar descobrir novos lugares, cheiros e pessoa. Sem contar nos grandes momentos que vocês dois irão passar juntos.
Touro 21 de abril a 20 de maio Para acalmar os ânimos do inferno astral, presenteie seu companheiro com uma sessão de massagem e banho relaxante. Certamente o estresse característico dessa época turbulenta vai desaparecer rapidamente do ânimo do pet.
Texto: Camila Rodrigues/ Ilustrações: Leonardo Conceição
Gêmeos
21 de maio a 20 de junho
Sagitário 23 de novembro a 20 de dezembro Destruição, xixi fora do lugar e comportamento
faça você mesmo
Lata para
ração
Montagem
COM UMA SIMPLES COLAGEM, VOCÊ CRIA UM LINDO POTE PARA ARMAZENAR A COMIDA DO PET
1º Passo
Com cuidado, comece a colar o tecido adesivo na lata e na tampa, contornando-as
2º Passo
Nas sobras dos cantos, faça cortes estratégicos para o tecido assentar sem enrugar
Execução: Revista Mãos que Criam/Texto: Samantha Melo/ Fotos: Fabrizio Pepe/Shutterstock
3º Passo
Coloque o carbono entre o tecido e o molde. Com o lápis, reforce o contorno das letras
Materiais Lata Tecidos adesivos Tesoura Régua Estilete Molde de letras Carbono
4º Passo
Recorte as letras e enfeite a lata como preferir 11
mundo pet INVENTOR DO GATO MIA
2 milhões de dólares
A famosa brincadeira gato mia é muito popular entre as crianças brasileiras. O jogo consiste em uma pessoa vendada procurar as outras e quando encostar em alguém, deve dizer “Gato mia”. O participante apanhado então deve “miar” para o outro vendado adivinhar quem é. Se acertar, quem miou vira o próximo pegador. De acordo com a médica veterinária Raquel Madi, do site CachorroGato, a ideia da diversão provavelmente surgiu por conta dos motivos que de fato fazem os felinos miarem, como serem pegos de supetão, agarrados e surpreendidos, ou quando passam por situações de estresse.
Coruja antissocial Esta é a Bertie, uma coruja de 3 anos que vive em Northumberland, Inglaterra, com seu dono, Peter Middleton. A diferença entre Bertie e outras aves da sua espécie é que,
Direito Animal Mascotes vão ao shopping Hoje é normal dividirmos os corredores dos shopping centers com animais de estimação, hábito que não tem legislação própria: cada estabelecimento faz sua regra. A maioria condiciona a presença do animal ao uso de coleiras, permanência em carrinhos, bolsas adequadas ou colo do dono. Mascotes de grande porte nem sempre são
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(cerca de R$ 4,5 milhões) foi o preço de um fi lhote de Mastiff Tibetano vendido na China em março de 2014, tornando-se o cão mais caro do mundo. De pelo dourado e com 1 ano de idade, o cachorro estava à venda numa feira de cães de luxo em Zhejiang, província chinesa.
segundo Peter, ela sofre de agorafobia – medo de multidões ou de estar em espaços abertos. “Ela não gosta mesmo de sair de casa, não está acostumada”, disse o dono ao Daily Mail. O animal, adotado depois de ser encontrado abandonado e com os pés
bem vistos em tais locais, mas, se a entrada for permitida, devem obrigatoriamente estar com guia e, dependendo da raça, com focinheira. Cães-guias têm livre acesso em qualquer parte dos shoppings, isso é lei. Contudo, na maioria dos centros de compras, as áreas de alimentação e elevadores não permitem nenhum bicho de estimação. A dica é: antes de sair com seu pet para as compras, procure saber se o local aceita animais e quais são as regras. Apesar de não existir uma lei específica,
infeccionados, gosta de ficar no ombro de Peter enquanto ele trabalha e toma banho diariamente numa bandeja especial. “As corujas são, por natureza, seres bastante sedentários. Bertie se contenta facilmente em ficar sentada e observar o mundo”, finalizou.
as boas maneiras são úteis e necessárias. Leve saquinho para coletar a sujeira, deixe a ração em casa e evite a entrada do seu companheiro nas lojas. A permissão para que animais frequentem estabelecimentos públicos depende muito da educação do proprietário, da consciência de cidadania e principalmente de bom senso. Rita de Cássia Furlan de Faria Pereira é advogada especializada em causas envolvendo animais de estimação. Mande sua dúvida para: meupet@escala.com.br
COMPANHIA CIRÚRGICA O fofo Terrier JJ é o grande companheiro de Kaelyn Krauczyk, de 7 anos – tendo ficado ao lado da menina até mesmo durante uma cirurgia. A pequena americana sofre com uma doença alérgica rara, a mastocitose, que causa náusea, pressão baixa e dificuldades para respirar. Recentemente, Kaelyn precisou passar por uma cirurgia no Duke University Hospital, nos EUA, e JJ, treinado para ajudar a garota nas crises, foi autorizado a participar do procedimento. Além de tranquilizar a criança, o cão também poderia alertar os médicos caso a anestesia utilizada causasse alguma alergia. De fato, o cachorro reagiu apenas em dois momentos: quando Kaelyn foi sedada e quando acordou.
Para evitar câncer de pele em gatos claros, nunca use protetor solar humano, apenas os específicos para os peludos, menos pegajosos Texto: Samantha Melo e Camila Rodrigues / Fotos: Shutterstock/ Divulgação/ Reprodução
Fonte: Martha Cannon, veterinária e consultora da Your Cat
TEM QUE LER Na história real Os gatos nunca mentem sobre o amor (editora Universo dos Livros), Lorcan é um garoto autista e tem mutismo seletivo. Mas com a ajuda de Jessi, sua felina de estimação, começa a expressar emoções, para alegria de sua mãe, Jayne Dillon, autora do livro. Por R$ 29,90 13
guia de filhotes
Husky Siberiano
O COMPANHEIRO GENIOSO Ao contrário do que muita gente pensa, os cachorros dessa raça são ótimos parceiros e adoram a companhia do dono
Embora o Husky Siberiano tenha sido reconhecido pela American Kennel Club (clube americano de identificação de cachorro) apenas em 1930, há registros da raça que remontam a quase dois mil anos atrás, da Sibéria, na Rússia. Eles foram criados pelo povo Chukchi para puxar trenós com pequenas cargas por longas distâncias, porque as temperaturas chegavam a -60º C, gerando escassez de comida e outros recursos.
Em 1909, alguns cães foram levados da Sibéria ao Alasca, onde se tornaram parte vital do cotidiano, e das corridas de cachorros, que eram muito populares na comunidade como entretenimento. Os Huskies Siberianos, apesar de serem menores e mais dóceis do que a maioria dos concorrentes caninos, se destacaram nas competições e ficaram conhecidos. Eles ainda foram mantidos como puxadores de trenó.
a
c i n c é T a Fich
(machos) s) a 56 cm a e m ê (f ,5 cm O: De 50 ento ltos TAMANH 28 kg quando adu esso, de comprim sp e té e A : lo dup PESO : O pelo é verante, PELAGEM ura macia caça perse lidade forte e d xt o te ã e c ona médio : É um o e de pers esde AMENTO TEMPER te faro, equilibrad são permitidas, d n lo le e e p xc e e res d com azuis odas as co o CORES: T o branco puríssim ser marrons e/ou m te m té e , a o d o lh to p a o pre dos e e trab Amendoa L: Sendo um cão d iosos OLHOS: c A CIA GER entos fluidos e gra APARÊN ovim m e io d é porte m
Vencedor da batalha
Husky x Fila Brasileiro A partir desta edição, você escolhe os assuntos que quer ler na revista. A próxima enquete será Lhasa Apso X Pequinês. Vote em nosso site (revistameupet.com.br) e Facebook (revistameupet). vistameupet). 14
Esses belos animais chegaram ao Canadá e aos Estados Unidos por volta de 1925. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos Huskies trabalharam em equipes do exército americano, conquistando a admiração do público, e aos poucos viraram também bichos de estimação. Por aqui, o Husky está entre as cinco raças mais registradas desde 1990, principalmente devido à sua personalidade agradável e parceira.
Fotos: Canil Real Hunter/ Shutterstock/Arquivo pessoal
Texto: Samantha Melo
Nana descansa tranquila na área da piscina da casa da dona Lorella Piersanti
Gostamos de corrida, mas odiamos nos exercitar em horários de muito sol
Louca por piscina A Husky Siberiano Nana, de 9 anos, é muito amada, mesmo que dê trabalho à dona Lorella Piersanti por conta do calor do Rio de Janeiro, onde elas moram –, o pelo da cadela precisa ser escovado sempre e ela toma banho a cada 15 dias. Escolhida por conta de sua beleza, a peluda convive bem com os outros dois cachorros da casa, um Beagle e um Akita. “Ela é superdócil e calma. Late pouquíssimo”, orgulha-se Lorella. O único “defeito” de Nana é que, por ser curiosa e ativa, é um tanto fujona. Porém, como vive em uma casa com um pátio grande, ela consegue extravasar a energia. A peluda tem um temperamento independente, mas gosta de deitar perto das pessoas da família. Peculiaridades também não faltam: “Ela vira a cabeça de lado como quem presta atenção, adora deitar em cadeiras e pula na piscina quando está muito calor.”
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guia de filhotes
Preciso de companhia humana ou canina, então não me deixe sozinho por muito tempo!
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Prós O Husky é apegado ao dono e aos familiares, gostando de sempre ficar por perto. Dócil, se dá bem com crianças, pois adora brincadeiras e tem uma energia inesgotável.
Contras Apenas comandos básicos são possíveis de ensinar. Isso porque ele é autossuficiente e só faz o que tem vontade. Não é ideal para cidades muito quentes por causa do pelo.
EDUCAÇÃO Muitos donos confundem a recusa em obedecer a comandos com falta de inteligência da parte do Husky. Pelo contrário: eles são bastante sagazes. Selecionam o que querem ou não fazer, porque têm tem espírito livre, disperso e autossuficiente. Para não ter problemas, é ideal que sejam ensinados desde filhotes. ALIMENTAÇÃO A dieta dos Huskies deve ser de alto valor proteico devido às exigências da musculatura e pelagem. O filhote pode comer três vezes ao dia e o adulto, duas vezes. Ana Paula recomenda oferecer a comida, deixar disponível um tempo e retirar depois, pois esses cachorros podem pegar o hábito de ficar beliscando, e não se alimentar direito.
CUIDADOS Recomenda-se a tosa higiênica se o cachorro não for de competição, além de escovação diária com rasqueadeira. “Quanto menos nós a pelagem tiver, mais saudável a pele do cão”, afirma Oliveira. Já o banho deve ser feito por profissionais. “Se o seu subpelo não for seco de forma adequada, pode acarretar alguns problemas incômodos como dermatites”, ressalta Ana Paula. SAÚDE Como todo cão de porte grande, o Husky pode sofrer de displasia coxofemoral. Além disso, eles costumam ter problemas visuais como catarata, glaucoma, atrofia de retina e conjuntivite. Mas, de forma geral, têm boa saúde. Porém “Se notar apatia, cansaço ou falta de apetite por mais de três dias, deve ser levado ao veterinário, pois essa não é a condição normal da raça”, alerta o criador Jefferson Oliveira. EXERCÍCIOS Criados para a tração de trenós, não é difícil imaginar que os Huskies Siberianos precisam de muitas atividades. “Todo exercício que você fizer com o Husky, ele vai adorar, mas o que ele gosta mesmo é de corridas”, aponta Ana Paula. Se não for possível, faça longos passeios com o pet duas vezes por dia. “Cerca de 45 minutos por dia é o mínimo recomendado para um macho adulto”, completa Oliveira.
Você sabia? Em 1925, a cidade chamada Nome, no Alasca, foi assolada por uma epidemia de difteria e as nevascas bloquearam as estradas, impossibilitando a chegada de medicamentos. A solução foi utilizar 20 trenós puxados por 150 cães, a maioria deles Husky. Em um processo de revezamento, eles cobriram mais de mil quilômetros em pouco mais de cinco dias. O episódio, que ficou conhecido como Great Race of Mercy (Corrida do Soro), foi liderado por Balto (metade Husky, metade lobo) e seu condutor Gunnar Kaasen. Um ano depois, uma estátua do animal foi erguida no Central Park, em Nova York (EUA).
Foto: Reprodução
COMPORTAMENTO Ele pode não ser o tipo de cão grudento que ama colo, mas o Husky Siberiano precisa de companhia, tanto dos donos comode outros animais. “Por isso surgem problemas de comportamento quando ficam longos períodos sozinhos, como uivar e arranhar portas e casinhas”, aponta Ana Paula Madeira, médica veterinária do Hospital Veterinário Pompéia. São ativos, além de “afetuosos, dóceis e companheiros”, define Jefferson Oliveira, criador e proprietário do Canil Husky Brasil.
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hora do rango Manequim canino
Segundo um relatório divulgado pela clínica veterinária britânica PSDA no final de 2013, os donos de cães devem atentar ao formato do corpo do animal para identificar doenças como desnutrição ou obesidade, além de problemas de locomoção. Siga as dicas para avaliar se o seu mascote tem o corpo ideal: Ao olhar para o cão de cima, deve haver um ligeiro estreitamento entre o final de sua caixa torácica e os quadris, dando-lhe uma cintura perceptível. De perfi l, a linha do ânus tem de se curvar a partir do final das costelas em direção à virilha do pet. Quando acariciar as costas do seu peludo, você deve ser capaz de sentir cada costela com facilidade, embora elas não possam ser visualmente proeminentes.
65,7%
Pequenos cães, muita comida Os filhotes precisam que sua alimentação seja cuidada com mais atenção. De acordo com Leonardo Boscoli Lara, doutor em zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG), o ideal é que o peso do mascote aumente cerca de 25% nos primeiros seis meses de vida, o que deve corresponder a quase metade do seu peso quando adulto. Por isso, níveis apropriados de comida são essenciais para o desenvolvimento de um cão saudável. Embora cada cachorro necessite de uma quantidade individual de alimento, não se deve errar na dose, nem para mais, nem para menos.
é o quanto se gasta com ração e petiscos em relação às outras necessidades dos mascotes, de acordo com pesquisa recém-divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
DIETA PARA DEPRIMIDOS A obesidade nos bichos de estimação pode ser causada também por razões emocionais, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Cornell, em Nova York (EUA),. Isso porque o tédio e o estresse são propulsores de compulsão alimentar, que faz com que consumam mais do que precisam. Enquanto os homens, na mesma situação, abusam de doces e alimentos de alto teor calórico quando estão deprimidos, os animais aumentam a quantidade de ração. O estudo ainda mostrou que o Labrador, Terrier Escocês e Cocker Spaniel estão entre as raças de cachorros mais propensas ao problema psicológico.
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FRUTAS, SIM! Ao contrário do que muitos tutores pensam, os cães domésticos, sim, podem comer frutas, desde que tomados os devidos cuidados. Isso porque o maior problema desse tipo de alimento são as sementes, talos ou cascas, que podem afetar sua saúde e, portanto, precisam ser eliminados. Contudo, o veterinário George Augusto de Macedo ressalta que nem todas as frutas devem ser consumidas pelos animais, pois podem gerar alergias alimentares. Confira a lista:
Permitidas Banana
Abacaxi
Manutenção do sistema imunológico
Ataca o sistema gástrico
Maçã
Laranja
Rica em vitaminas B, CeE
O aparelho gástrico é prejudicado
Pera
Carambola
Repleta em nutrientes do complexo B
Causa insuficiência renal
Morango
Melhora a função cerebral Texto: Samantha Melo e Camila Rodrigues/ Fotos: Shutterstock/ Divulgação/ Reprodução
Proibidas
Abacate
Possui a substância tóxica persina
O alimento caseiro pode ser congelado durante um tempo, mas há algumas exceções, como ovos dentro da casca, comida enlatada e comidas expostas diretamente ao ar frio
Eu preciso! PARA DENTUÇOS O Porta-Alfafa ou Feno, da Cia dos Coelhos, é um suporte em madeira não tratada quimicamente, colorido com tinta atóxica, com trava de sisal, feito para roedores. Na Pet Center Marginal. Por R$ 25,90
MOLHO PARA CÃO O Alpo Molho de Carne, lançamento da marca Nestlé Purina, pode ser servido ao natural, ou seja, como ração seca normal, ou ainda como uma espécie de molho, apenas adicionando-se água quente. No Meu Amigo Pet. Por R$ 10,12
SEM ABAIXAR A CABEÇA O balde de inox da Chalesco é uma excelente opção para os cachorros comerem sem ser necessário inclinar muito a cabeça para baixo, evitando assim problemas de postura comuns aos animais domésticos. No PetLove. Por R$ 29,90
Fonte: Sonali Rebelo, médica veterinária especialista em nutrição
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Receitas do mê
Almôndega
de espinafre
APRENDA A FAZER UMA RECEITA SABOROSA PARA VOCÊ E SEU PET SE DELICIAREM JUNTOS Receita do site Tendências Naturebas Pets
Ingredientes 500 g de carne de patinho ou acém moído, ou peito de frango moído, ou filé de peixe picado 350 g de arroz integral bem cozido 1 cenoura ralada 1 aipo picado ½ xícara (chá) de espinafre cozido e picado 2 col. (sopa) de salsinha 1 col. (sopa) de parmesão (opcional) 1 ovo grande 1 col. (chá) de cúrcuma (açafrão-da-terra) 1 col. (sopa) de farinha de linhaça dourada ou farelo de aveia ½ col. (chá) de casca de ovo em pó
Modo de preparo Preaqueça o forno a 180º C. Misture todos os ingredientes de forma homogênea. Molde pequenas almôndegas e coloque em assadeira untada ou forrada com papel-manteiga. Depois, asse por 15 minutos ou até o bolinho dourar.
De acordo com Sonali Rebelo, especialista em nutrição veterinária e autora do site Tendências Naturebas Pets, nesta receita, como base, há proteínas de origem animal e biodisponibilidade. O arroz integral é um carboidrato complexo, fonte de energia, fibras, vitaminas do complexo B e minerais como zinco e potássio. A cenoura, aipo e espinafre fornecem vitaminas do complexo B, vitaminas A, C e K e minerais como potássio, cálcio, magnésio e ferro. Já a cúrcuma é conhecida por ser um potente antioxidante e anti-inflamatório natural. 20
Foto: Shutterstock
NÍVEL NUTRICIONAL
Pergunte ao vet
CACHORRO ESFOMEADO
Por que os peludos comem comida do chão e não ficam doentes? Eles possuem mais proteção às bactérias do que os humanos? Caio Melo, São Paulo-SP
Os cães realmente possuem uma resistência bem maior que a dos humanos a infecções e bactérias, e muitas vezes comem comida do chão sem apresentar nenhuma alteração no seu organismo. Porém, isso tem um limite. Comida estragada pode fazer muito mal à saúde do pet, estando no chão ou não. Alguns alimentos mesmo frescos também podem causar sérios problemos no seu companheiro de quatro patas. Para que isso não aconteça, é extremamente importante que o seu mascote nunca se alimente de comidas que não sejam feitas especificamente para ele.
RAÇA CHORONA
Tenho uma cachorra da raça Lhasa Apso e ela costuma ter muita secreção nos olhos. Isso é normal? Como posso resolver esse problema?
Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Shutterstock/ Arquivo pessoal
Carolina Rodrigues, Guarulhos-SP
BANHO APÓS CASTRAÇÃO
Quanto tempo devemos esperar para dar banho em um cachorro recém-castrado?
A secreção ocular em cães da raça Lhasa Apso é muito comum. Esse problema pode ter diversas causas, como má formação do globo ocular (que não permite que a lágrima fique sem escorrer), o entupimento do ducto nasolacrimal, entrópio (quando a pálpebra se vira para dentro do olho) e cílios ectópicos, que nascem de uma forma errada. Outro fator que pode causar essa secreção é o excesso de pelugem próximo aos olhos, que contribui para o lacrimejamento. Na presença dessas alterações, leve seu pet a um oftalmologista veterinário para um tratamento.
Roseli Rodrigues Luz, São Paulo-SP
Como em quase toda cirurgia, é preciso esperar até a retirada dos pontos para poder dar banho no animal doméstico. No entanto, essa liberação sempre deve vir do médico veterinário que realizou a operação, já que esse período pode variar de acordo com vários fatores, como com o tipo de sutura – pontos cirúrgicos – e o processo de cicatrização de cada animal.
rinário ini, médico vete a, ist Ricardo Tubald ul Pa e ad Universid tal formado pela dista no Hospi pe to or e l ra de r cirurgião ge to re São Paulo e di to Veterinário de rtal CachorroGa po do do conteú
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Bicho natural LAXANTE NATURAL
Para acabar com o incômodo causado pela prisão de ventre do seu pet, você pode incluir abóbora na sua alimentação. Esse legume de coloração alaranjada contém uma grande quantidade de líquidos, além de ser uma ótima fonte de fibras que vai ajudar o organismo do bicho a acabar com esse terrível problema. Para que não haja exagero nas porções, ofereça apenas duas colheres de sopa de purê de abóbora por dia para o seu cão.
Recanto reaproveitado O grupo Colectivo Revark, da República Dominicana, traz uma ideia inovadora que une sustentabilidade e animais. O projeto Ghetto2Garden tem o intuito de acolher pets abandonados em abrigos construídos com materiais reaproveitados, como pneus, madeiras e galões de água. O mais impressionante é que, além da arquitetura sustentável, a manutenção do local utiliza energia eólica, gerador solar, sistema de coleta de chuva e reciclagem de resíduos orgânicos. O Colectivo é conhecido por realizar ações sustentáveis e sociais pela América Latina.
Perigo na floreira Encontrado em canteiros de flores, o bico-de-papagaio ou Euphorbia pulcherrima willd (nome científico) é uma planta altamente tóxica, principalmente para cães e gatos. Sua seiva de consistência leitosa causa problemas como inchaço da língua, coceira, irritação nos olhos, lacrimejamento, além de complicações gastrointestinais se for ingerida. Por isso, atenção redobrada: se você perceber que seu mascote mastigou essa planta, leve-o imediatamente a um médico veterinário para que ele realize os procedimentos necessários para a desintoxicação. 22
Eu preciso! CHEIRO MOTIVADOR O Floral de Ambiente Tristeza e Depressão, da Bio Florais, dá ânimo ao seu companheiro de quatro patas quando ele está para baixo. Na PetLove. Por R$ 22,90
BANHO CALMANTE O condicionador Pet Ansiedade, da Bio Florais, busca deixar o seu mascote relaxado emocionalmente durante o banho. Na PetLove. Por R$ 99,90 (5 litros)
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NAS BANCAS!
SOLUÇÃO PARA O CHEIRO RUIM Quem adora animais sabe que não há nada mais gostoso do que ficar junto do seu companheiro de quatro patas, não é mesmo? Mas muitas vezes esse carinho pode trazer surpresas desagradáveis, como perceber um mau cheiro na orelha do mascote. Para acabar com esse problema de odor ruim, você pode misturar uma parte de vinagre com cinco de água para realizar a limpeza específica do local. Use um pano limpo e macio para passar a solução na orelha do animal, tomando o cuidado de limpar apenas no lado externo.
Os mascotes reagem mais a tratamentos holísticos, pois não têm resistência inconsciente como os humanos Fonte: Martha Follain, especialista em terapias holísticas para animais
Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Shutterstock/ Fonte Solução para o cheio ruim: http://www. ehow.com.br/receitas-caseiras-mau-cheiro-nas-orelhas-cachorros-lista_80453/
Vet Zen Quais terapias complementares usar no tratamento das distensões? Uma distensão é um rompimento parcial ou completo de fibras musculares (sangramento), resultante de uma contração realizada pelo músculo, normalmente causada por esforços físicos. A homeopatia e a fitoterapia são superindicadas para o tratamento desse quadro. Podemos utilizar a Arnica Montana tanto numa terapia como na outra. Na homeopatia, o medicamento é utilizado de forma diluída e dinamizada (medicamento homeopático) e administrado por via oral. Na fitoterapia, realizam-se compressas com a tinturamãe no local da lesão muscular. anto um tratamento como outro têm alcançado resultados fantásticos. A grande ação da Arnica Montana é a sua capacidade de absorção do sangramento (hematoma), agindo para diminuir as dores, inflamações e até infecções. As vantagens desses dois tratamentos são várias, como o baixo custo, a ausência de efeitos colaterais e, principalmente, a facilidade de administração do medicamento. Marcos Eduardo Fernandes, veterinário homeopata, mestre em Saúde Pública pela USP, psicanalista, comunicador da Rádio Mundial e apresentador do Programa Open Pet. Mande sua dúvida para: meupet@escala.com.br 23 www.escala.com.br
comportamento
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o anido que g e d s e t n e r is tipos dife algo a você S Conheça se a quando quer dizer GUSTAVO GONÇALVE s IZ u U cachorro DRIGUES • FOTOS: L
TEXTO: C
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O AMILA R
Abandone a ideia de querer que o cachorro simplesmente pare de latir. A solução é socializá-lo corretamente e saber identificar o motivo do barulho e sanar o problema do animal
O
s cachorros são animais enérgicos que adoram interagir com outros pets e seus tutores. Muitas vezes, essa interação é feita por meio de um som muito característico: o latido. Esse comportamento sempre incômodo surge logo quando o animal é filhote. Isso porque ele começa a latir quando está longe de sua mãe, assim como os bebês que choram para sinalizar algum desconforto. “É um instinto natural. Os filhotes fazem esse barulho para chamar atenção. Por intermédio do som, a mãe saberá onde está sua cria”, explica Natasha Duarte, comportamentalista e adestradora da Luther, que fica em Porto Alegre (RS). Segundo Cristina Araújo, adestradora da empresa Tudo de Cão, de São Paulo (SP), o problema não está na vocalização como forma de alerta, mas nos latidos desnecessários oriundos da domesticação dos cães. “Quando o barulho se intensifica, aí podemos considerar como uma questão comportamental proveniente de falta de estímulos ou socialização”, enfatiza. IMPORTÂNCIA DO LATIDO Embora seja um hábito perturbador, o som é importante para o desenvolvimento da comunicação entre humano e o animal, além de fazer parte da identidade genética desses bichos, como no caso do
grupo dos Terriers – que latem para sinalizar que encontraram a caça ou algo que estavam procurando – ou dos animais resultantes de cruzas indiscriminadas, que por vezes adquirem características hereditárias indesejáveis. Mas o seu mascote vai ladrar independentemente da raça ou porte, e o motivo é que ele quer passar uma mensagem, positiva ou não. O segredo é identificar a verdadeira causa do barulho, para resolver o problema que o animal está tentando contar ao latir. INFLUÊNCIA NEGATIVA Para a comportamentalista Natasha, embora algumas raças tenham propensão a latir, a vocalização excessiva pode ser fruto de uma má (ou falta de) socialização enquanto o pet era pequeno. “Infelizmente, esse comportamento é diretamente influenciado pelos donos, que acabam condicionando os bichos a latir por motivos diferentes das suas características originais, além da constante falta de paciência e de treinos corretivos, que são essenciais”, frisa. Já para Vania de Fátima Plaza Nunes, médica veterinária especialista em bem-estar animal pelo E-learning Institute de Cambridge (UK), além da carência de estímulos, os tutores acabam recompensando seu companheiro de quatro patas erroneamente. “Muitas vezes, o ani-
mal é presenteado com petiscos ou carinho depois de latir excessivamente”, comenta. Com isso, o peludo vai assimilar que, toda vez que reproduzir aquela ação, ganhará um agrado de seu dono. Mas o contrário também tem desvantagens: “Privação de atenção ou carinho pode causar esse mesmo dano ao animal”, diz Vania. CÃO SOCIÁVEL LATE MENOS Assim como na maioria dos distúrbios comportamentais, a socialização é a chave para um ótimo desenvolvimento do seu companheiro de quatro patas. “Quando o cão não é socializado corretamente, pode apresentar diversos problemas: insegurança, medo, agressividade... Com essa falta de estímulos, os latidos são usados para manifestar todos os seus medos que não foram sanados durante o período de aprendizado”, complementa Vania. E mesmo com os encorajamentos, ainda assim alguns cuidados devem ser levados em conta durante a vida do seu peludo. “Não o deixe sem supervisão numa porta ou quintal que fique de frente para a rua. A quantidade de estímulos externos é muito grande e facilmente ele começará a latir ou tomar outra atitude como correr agitadamente”, ensina Cristina. De acordo com os especialistas, um cão com as suas necessidades sanadas não tem motivos para latir. 25
Os mascotes têm um instinto protetor aflorado, por isso latem quando identificam alguma ameaça
Os cachorros, quando estão longe de seus donos por muito tempo, ficam ansiosos e uivam
NÃO ME DEIXEM SOZINHO
Alguns pets não conseguem lidar de maneira saudável com a ausência dos tutores e desenvolvem problemas como a Síndrome de Ansiedade de Separação. Latido: Os principais sintomas são os uivos e a vocalização excessiva quando o mascote está sozinho. “Esse latido tende a ficar mais alto conforme o animal fica mais triste e ansioso”, comenta Natasha. Postura corporal: Além dos latidos, “o pet anda pela casa à procura do dono, com o rabo e as orelhas caídas como se estivesse triste”, completa Vania.
Cães também sentem frustração, principalmente quando estão tentando conseguir algo há algum tempo sem sucesso
ESTOU FRUSTRADO
A frustração pode ocorrer quando o cão não consegue o que deseja, aponta Cristina. “Pode ser numa sessão de treino em que haja nível de dificuldade ou quando ele quer pegar algo que não consegue.” Latido: Será que você reconhece esta descrição? “Latidos curtos, com um tom abaixo do normal e, muitas vezes, acompanhados de gemidos”, descreve a adestradora. Postura corporal: Junto disso, você poderá identificar que as orelhas do pet estão caídas, deitadas para trás ou coladas à cabeça, além da cauda entre as patas.
TEM INTRUSO NA ÁREA?
Toda vez que uma pessoa estranha caminha na frente do portão o seu peludo late? Saiba que essa é uma reação de alarme para proteger o seu território. Latido: Esse instinto protetor vem acompanhado de ganidos vibrantes e bem altos, com pausa entre uma sequência e outra (de 4 a 5 segundos). Postura corporal: Além dos latidos, seu corpo mantém-se “ereto e direcionado para a fonte do alarme. Já as orelhas ficam em alerta e a cauda, reta e vibrante”, descreve Cristina.
TRADUÇÃO SIMULTÂNEA Que tal saber tudo o que seu pet pensa? O sonho de muitos adoradores de animais pode virar realidade. Um grupo de pesquisadores escandinavos criou o projeto No More Woof (Sem Mais Latidos, em tradução literal), que busca arrecadar dinheiro para construir o maravilhoso gadget. O protótipo – com previsão para
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chegar ao mercado ainda em 2014 – pretende captar os diferentes tipos de latido dos cães e traduzir para seus donos. O dispositivo traduz sentimentos como “estou com fome”, “estou cansado”, “estou curioso, quem é esse?” e “quero fazer xixi” e os transmite por um alto-falante próximo à boca do cão. nomorewoof.com
Não queira ficar em casa muito tempo e não dar atenção ao animal sem ouvir alguns latidos insistentes
Peludos precisam de exercícios e eles cobram quando os donos não correspondem
Dois machos no mesmo território podem brigar, e o latido é uma forma de afronta
ESTOU MUITO BRAVO
A agressividade nos cães pode ser desencadeada por falta de estímulos, briga por território ou por alguma fêmea no cio. Latido: “Ele vai latir o mais alto que conseguir e repetidamente, como uma forma de ameaçar a sua vítima”, diz Vania. Postura corporal: Fique atento a alguns sinais, como “corpo rígido, pelos arrepiados pelas costas inteiras, cauda muito levantada, olhos semicerrados e/ou olhar fixo. Essas características podem preceder o ataque do animal”, alerta Natasha.
QUERO BRINCAR
Cachorro adora brincadeira, mas quando ele não consegue um companheiro, lá vem aquele barulho que todo tutor já está cansado de escutar. Latido: “É repetitivo e curto, utilizado para chamar atenção, como criança faz”, fala Cristina. Postura corporal: Para reafirmar sua mensagem, o cão expressa sua vontade por meio de sinais como abaixar as patas dianteiras, mantendo as traseiras altas e o rabo abanando. “Ele vai balançar a cabeça quando estiver latindo”, ilustra Vania.
ME DÁ ATENÇÃO
De acordo com a adestradora, quando querem algo, os pets experimentam diversas táticas para conseguir o desejado. “Os latidos normalmente acarretam resultados instantâneos com os seres humanos, que em pouco tempo acabam condicionando o seu cachorro a latir”, desvenda. Latido: Os ganidos têm intervalos longos, com média de 15 segundos de duração. Postura corporal: O corpo fica em posição reta, com a cauda alinhada para cima e sempre abanando, além de olhar fixo.
TERROR DA VIZINHANÇA Segundo Cristina Araújo, algumas raças são conhecidas pela insistência em latir – muitas vezes sem motivo! “Geralmente, cães de pequeno porte – os famosos cães de companhia – são motivados por insegurança ou ausência de treino a latir mais que os demais”, complementa. Descubra quais são os peludos mais barulhentos.
SCHNAUZER
POODLE YORKSHIRE
SPITZ ALE
MÃO
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animais exóticos
A a ave de rapin a iad pode ser cr l de a como anim s exige ma estimação, speciais cuidados e
Coruja E SUA BELEZA EXÓTICA N
as obras da britânica J. K. Rowling, Harry Potter tem uma coruja branca, Edwiges, que o acompanha desde pequeno e leva e traz mensagens para o bruxo. Embora no mundo real essas aves não possuam essa habilidade especial – uma coruja treinada é capaz apenas de carregar objetos –, sua beleza exótica as transforma em disputados mascotes de estimação. Porém, não é qualquer um que pode criar esses belos animais. “São bichos para pessoas mais experien28
tes, principalmente os verdadeiros apaixonados pela falcoaria”, ressalta o veterinário Alessandro Bijjeni, proprietário da Exotic Pets Clínica Veterinária, em São Paulo (SP). Existem fósseis de corujas pré-históricas com mais de 24 milhões de anos, ou seja, são animais que convivem com o homem desde sempre, já que podem ser encontradas em todos os continentes, com exceção da Antártida. Sua coloração pode ser desde branca até de cor escura, e o tamanho e peso variam de acordo
com a espécie: algumas medem 16 cm e pesam 60 gramas, outras medem 50 cm e pesar 1,5 kg. A expectativa de vida na natureza é de 8 a 15 anos, e em cativeiro, de 20 anos. Segundo o IBAMA, a coruja é classificada como animal silvestre, e não existe lista oficial com as espécies que podem ser criadas como pets. Por isso, ela precisa ser adquirida de um criador autorizado pelo instituto ou ser importada. Dessa forma, é essencial exigir nota fiscal, comprovante de origem e marcação.
Fotos: Shutterstock
TEXTO: BRUNA GONÇALVES
CRIAÇÃO IDEAL O recomendação é que o dono tenha um local espaçoso com poleiro adequado para o mascote passar o dia, área para tomar sol e banho, além de um viveiro escuro e protegido para dormir. “Para ter uma ave, é necessário dedicação. Isso porque ela deve voar diamente para se manter ativa e saudável. Por isso, o dono deve providenciar que ela aprenda técnicas de falcoaria”, explica o biólogo e ornitólogo Willian Menq. Então, nem tudo na história do Harry Potter é ficção: as corujas podem sim ficar soltas – desde que com supervisão –, uma vez que faz parte de seu comportamento permanecer boa parte do tempo empoleirada. “Teoricamente, não é preciso treinar as corujas. Mas o treino é importante para o desenvolvimento em vários aspectos, como caça e exercícios de voo”, completa Bijeni. APTIDÃO E TEMPERAMENTO As corujas podem ter contato com jovens e crianças desde que tenham um temperamento tranquilo, o que, de acordo com Bijjeni, varia muito entre as espécies
e conforme a criação do animal. Portanto, é essencial incentivar o temperamento dócil, com carinho e proximidade, além de treinamento. Entre as características dos mascotes, de fato, emitem diversos sons para se comunicar, sons esses que com o tempo os criadores conseguem entender. Possuem hábitos solitários e noturnos, por isso seus olhos são extremamente sensíveis e capazes de enxergar com pouca iluminação. A audição também é apurada. As penas são macias e seu bater de asas não causa ruídos. DE OLHO NA ALIMENTAÇÃO A coruja pertence ao grupo das aves de rapina – termo que designa as espécies carnívoras e com habilidades de caça. Na natureza, em geral, os exemplares brasileiros se alimentam de pequenos roedores, aves e invertebrados. Em cativeiro não deve ser diferente, mas com alguns cuidados a mais: “Um suplemento alimentar pode ser útil. Essas aves não necessitam apenas de carne, mas também de cálcio. Sem o nutriente, podem ficar fracas e ir a óbito”, alerta Menq.
Para ter uma coruja, ela não precisa, teoricamente, ser treinada, mas o treino ajuda a desenvolver a caça e os voos
Existem 212 espécies de corujas no mundo, 23 delas encontradas no Brasil, a maioria de ambiente florestal – a ave da foto é da raça mocho-galego. Nenhum animal brasileiro encontra-se atualmente na lista nacional de extinção
De fato, o problema de saúde que mais acomete esses animais é a deficiência nutricional. Por isso, é preciso oferecer alimentos frescos adequados e ter controle dos horários da alimentação. Mas sempre com o cuidado de não exagerar, para não criar sobrepeso. Por fim, não deixe de buscar orientação de um veterinário da área para não colocar em risco a saúde do bicho.
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EU TENHO UMA CORU
O empresário paulistano Fernando Luiz Braidotti tem uma coruja macho chamada Athos, de 1 ano e 7 meses. “Encontrei-a por meio de um amigo que é falcoeiro e trabalha com aves de rapina.” O mascote traz a identificação do criador na pata e habita um viveiro. Athos se alimenta de camundongos, codornas e pintinhos. “Os cuidados são os mesmos de uma
ave comum. Água limpa e limpeza do viveiro, além de fazer exercícios, como voos.” Braidotti leva a coruja para fazer exames de controle anuais. Ele ainda treina o animal com técnicas de falcoaria e conta que Athos é superdócil. De fato, o dono até o leva no parque. “Alguns se espantam quando digo que é meu pet, mas a maioria gosta muito e quer tirar fotos”, diz.
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Negócio animal
Um dia em meio aos
bichos do campo Bem perto da capital paulista, a Fazenda Angolana é uma opção bacana para fugir do caos e curtir a natureza TEXTO: SAMANTHA MELO
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riada originalmente para abrigar a produção de lã e exportar para a Europa, a Fazenda Angolana iniciou suas atividades em 1985. Hoje, porém, se apresenta com um conceito inteiramente diferente do inicial. O espaço, que fica em São Roque (SP), nos dias de hoje se propõe a oferecer lazer, diversão e entretenimento para a família por meio do contato com a natureza. “Identificamos em pesquisas de mercado que seria um negócio apropriado por conta da alta demanda também na Europa”, explica Monika Paraschin, gerente de marketing da Fazenda Angolana, que é uma propriedade de sua família. O local, considerado a maior granja de coelhos do Brasil, recentemente incluiu em seus serviços a comercialização de alguns animais silvestres. Saiba mais na entrevista completa: Por que escolheram a cidade de São Roque (SP) para construir a fazenda? A propriedade foi adquirida em função de vários motivos, como o clima, altitude, e também pela sua localização estratégica: São Roque é próxma de um grande centro e dos principais meios de escoamento desse tipo de produção da fazenda. 30
Como foi a evolução e adaptação do negócio? Todo o nosso crescimento foi estruturado porque entendemos que precisávamos oferecer algo a mais do que apenas um lugar de contato com o campo. Por isso, ampliamos os restaurantes, investimos na expansão da quantidade de animais e outras melhorias. Temos planos para expandir, mas tudo isso só será concretizado conforme nossa demanda aumentar. Quantos funcionários são necessários no espaço? Temos cerca de 50 colaboradores conosco, entre monitores, biólogos, veterinários e profissionais de outras áreas. Quais são as maiores vantagens do espaço? A Fazenda Angolana possui cerca de 200 espécies espalhadas por todo o empreendimento. Os bichos ficam em locais protegidos e monitorados por veterinários e especialistas. As áreas são
divididas de acordo com a espécie e raça dos animais, o que facilita o acesso e interação com os visitantes. A Fazenda também conta com um calendário de eventos e desenvolve atividades lúdicas para grupos agendados. Quais são os animais com que se pode ter contato na Fazenda? Entre os animais disponíveis é possível encontrar coelhos, porcos, cachorros, aves exóticas como pavões, cavalos, pássaros, ovelhas, cabras, bodes e vacas. Os bichos são o principal atrativo do local? O que mais se destaca é a visitação e interação com os animais, a ótima comida nos restaurantes e as brincadeiras que as crianças podem aproveitar nos espaços dedicados a elas. O local também se tornou uma ótima opção para famílias que estão à procura de sossego e diversão. Queremos que todos os visitantes encontrem um ambiente bem descontraído e propício ao lazer.
Queremos que todos que venham conhecer a Fazenda Angolana encontrem um ambiente tranquilo e descontraído, para fugir do caos
“Na Fazenda Angolana, a maioria dos animais fica solta, proporcionando uma verdadeira interação com os visitantes”, diz Monika Paraschin
O local abriga a maior granja de coelhos de diversos tamanhos e raças, além de animais exóticos como pavões e ovelhas
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Negócio animal É por isso que acreditam que a Fazenda tem dado certo? Todos que passam pela Fazenda Angolana têm a sensação de vivenciar uma experiência prazerosa com a natureza e com o meio ambiente. É essa interação que proporcionamos e que fazemos questão de preservar, esse convívio harmônico entre o ser humano e o seu meio. São valores que estão presentes em nosso dia a dia e que fazemos questão de compartilhar com nossos visitantes desde sempre. Qual é o perfil da maioria dos visitantes do local? Recebemos, tradicionalmente, grupos escolares, de terceira idade, famílias e até mesmo casais e pessoas desacompanhadas que estão à procura de uma opção diferenciada de entretenimento. Quais são as histórias mais engraçadas que já aconteceram por lá? Em uma das várias reportagens feitas aqui na fazenda, enquanto uma artista passava a mão em um filhote de minitouro, o pai do animal sentiu que o filho estava
ameaçado e deu uma chifrada no bumbum do cinegrafista. Outro fato corriqueiro é com nossa lhama: quando as pessoas chegam muito perto dela, normalmente ela cospe. Como os bichos da Fazenda são tratados? Todos os animais são devidamente tratados seguindo normas adequadas e toda a orientação profissional. Nossos bichos são cuidados por especialistas e funcionários capacitados para dar todo o suporte que os bichinhos precisam e merecem. Agora que a Fazenda Angolana comercializa animais, quais os cuidados tomados? São inúmeros os cuidados que procuramos tomar e cada espécie da Angolana tem sua característica. Mas os clientes e parceiros recebem o nosso suporte e orientação em relação aos procedimentos que esses mascotes demandam. Além disso, também vendemos produtos pets e acessórios como gaiolas, alambrados, rações, entre outros.
Serviço
A Fazenda Angolana fica na Estrada da Angolana, 257, em São Roque (SP). O valor da entrada é de R$ 5 por pessoa, a partir de 3 anos. Site: fazendaangolana.com.br Tel.: (11) 4711-1640 ou (11) 9 9878-2660
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Diversão no Clube
A Fazenda tem uma área de 100 mil m² com a natureza bem cuidada e belos animais
Também são realizados cursos e programação específica para grupos escolares monitorados
Lanchonete, loja de produtos ntil naturais, artesanato e parque infa fazem parte da estrutura da granja
PÔSTER
PÔSTER
Foto: Shutterstock
De ponta-cabeรงa tudo parece muito mais legal
Foto: Shutterstock
Estou descansando um pouco... Ser lindo me deixa exausto!
Mito oeu ? Verdad
Os felinos domésticos só ronronam quando estão muito felizes
Texto: Camila Rodrigues/ Ilustração: Débora Lopes Serralheiro
MITO
A especialista Mariana Brunner, médica veterinária do Hospital Santa Inês, de São Paulo (SP), desmistifica a ideia de que o ronronado só é produzido para demonstrar satisfação. “Embora a maioria dos ronrons tenha relação com situações positivas (carinhos e felicidade), os gatos podem emiti-los também quando estão doentes ou quando querem passar um aviso como pedir água ou denunciar um incômodo”, diz. Para diferenciar qual é qual, Mariana dá uma dica: o ronrom de alegria aparece quando o peludo está tranquilo e relaxado – ou jogado no colo do tutor! Junto com o ronronar, os bichanos costumam afofar quando estão satisfeitos, ato
também conhecido como “amassar pão”. “Isso porque eles imitam o movimento que faziam nas tetas das mães quando ainda estavam mamando”, conclui a especialista.
QUANDO É FELICIDADE
Todo gateiro adora quando o ronronar do mascote é de felicidade, claro. Para os peludos, essa é uma das formas de demonstrar carinho e afeição pelos seus tutores e, até mesmo, por outros animais. “Os gatos já são capazes de ronronar com poucos dias de vida. Eles emitem esse barulho
para estabelecer uma comunicação com a mãe durante a amamentação, para pedir carinho e estimular a saída de leite”, explica Mariana. Esse ruído, tão característico dos felinos de pequeno porte, é resultado da passagem de ar pela laringe quando a musculatura do órgão está contraída durante a respiração. “O animal pode sustentar esse barulho fofo por longos períodos e pode chegar até 30 hertz de frequência – o que corresponde ao giro da hélice de um ventilador pequeno”, complementa Mariana.
Privilégio dos gatos – Os grandes felinos, como leões, tigres e leopardos, não conseguem produzir o ronronar dos bigodudos. Eles só rugem.
Bom para saúde – Vários estudos mostram que o ronronar pode ajudar na respiração e no fortalecimento dos ossos do peludo.
Desvendando o pet – O autor do livro The Cat´s Mind, Bruce Fogle, descobriu que o ronronar do gatos está ligado à liberação de endorfina no cérebro, que causa uma reação de prazer nele.
Muito rápido – A laringe contrai e relaxa a cada 40 milésimos de segundo. Esse curtíssimo período de tempo é suficiente para o peludo emitir o seu ronrom característico.
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alimentação
l a m z a f e t i Le
s o t a g s o para
NTOS S NOVE ALIME O R T U O E E T S EE SAIBA POR QU ISCO DE INTOXICAÇÃO R M Ê T xto: Bruna Gonçalves Te
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É
difícil encontrar alguém que se contente em oferecer apenas ração ao gato. Os pet shops estão cheios de novidades e comercializam os mais variados petiscos. E há ainda quem não resista a dar guloseimas humanas ao felino. No entanto, uma alimentação adequada é muito importante para manter o animal saudável e até mesmo prevenir doenças. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de variar o cardápio. Há alimentos que podem causar mal-estar, vômito, diarreia, sobrepeso e até complicações mais graves, levando à morte. ORGANISMO FELINO Um exemplo clássico é o leite. Diferentemente da crença popular, gatos não devem tomar o líquido. “É importante salientar que o gato deve ser comparado o mínimo com o humano. Desde sua origem, eles são carnívoros. Ou seja, na dieta não deve existir algumas frutas e alimentos humanos. O sistema digestório deles é adaptado a uma alimentação monótona e de características nutricionais com alto teor de proteínas. Por isso, alimentos inadequados podem causar sérios problemas de saúde”, ressalta Alexandre Gonçalves Teixeira Daniel, professor de Medicina Veterinária da Universidade Metodista, de São Bernardo (SP).
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Além disso, o sistema digestivo do gato é sensível a longos períodos de jejum. “Por isso, recomendamos ter ração disponível à vontade, a não ser em casos de sobrepeso e diabetes. Dessa forma, o pet ingere em pequenas quantidades e várias vezes ao dia”, afirma Gisele Sprea, veterinária comportamentalista e professora da Universidade do Contestado, em Canoinhas (SC). Porém a quantidade de alimento deve ser calculada de acordo com a necessidade calórica do animal. Assim como ocorre nos demais mamíferos, a digestão no trato gastrointestinal dos felinos demora duas horas porque . “Eles tem menor reserva que os cães e o esvaziamento gástrico depende de fatores como volume estomacal, conteúdo energético, tamanho da refeição e tipo de dieta”, explica a veterinária Mayara Corrêa Peixoto, mestranda da UNESP de Jaboticabal (SP). Para desvendar os erros comuns da alimentação e evitar mal-estar ao seu amado bigodudo, conversamos com especialistas que vão esclarecer por que estes 10 alimentos oferecem riscos reais a esses mascotes.
CARNE E OSSOS Fornecer carne para gatos alimentados com ração pode acarretar em sobrecarregamento do fígado e dos rins. Por outro lado, animais que recebem somente dieta caseira são suscetíveis a deficiências nutricionais, comuns na espécie. A veterinária Mayara Corrêa Peixoto explica que a carne, caso seja oferecida ao pet, deve estar bem cozida. “E a quantidade deve ser pequena, pois qualquer alimento associado a uma dieta completa provoca desequilíbrio.”Ainda não é aconselhado dar peixe cru aos bichanos, pois certos tipos possuem uma substância que destrói a vitamina B, “provocando deficiência, além da possibilidade de transmitirem alguns parasitas”. Segundo Teixeira Daniel, ossos, especialmente de aves, também devem ser evitados. Isso porque eles lascam com facilidade, formando fragmentos pontiagudos que, ao transitarem pelo trato gastrointestinal, podem causar lesões, ulcerações e até mesmo rupturas de tecidos.
A ingestão de leite e derivados pelos gatos pode provocar diarreia ou constipação intestinal, excesso de produção de gases e vômitos
Fotos: Shutterstock
Mas e se o gato ingerir alimentos proibidos? Ninguém melhor que o dono para saber se o bichano apresenta algum comportamento estranho e identificar que algo não está bem. Por isso, se o gato comer algum desses alimentos inadequados, precisa ficar em observação. “Os riscos de intoxicação alimentar são bastante variáveis de acordo com a quantidade e os alimentos ingeridos. Por esse motivo, é impres-
cindível ficar atento à evolução dos sinais”, ressalta Gisele Sprea, veterinária comportamentalista de cães e gatos e professora da Universidade de Contestado, em Canoinhas (SC). Quando surgirem os primeiros sintomas, leve o mascote ao veterinário imediatamente e não o medique por conta própria. Só o especialista poderá diagnosticar e tratar corretamente o animal.
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alimentação
Cebola inimiga
A funcionária pública Ana Clara Lice Balardini, de São Bernardo (SP), é muito cuidadosa com a alimentação dos gatos. Mas há dois anos levou um susto quando o gato Robinho, de 4 anos, comeu cebola sem ninguém perceber. “Tinha caído um pedaço no chão e não vimos. Sabia que é um alimento que faz mal ao gato.” Pouco tempo depois, o pet começou a ficar quieto. Logo vieram os sintomas, como vômito e diarreia. Ana Clara levou Robinho imediatamente ao veterinário, que diagnosticou intoxicação alimentar. “Ele precisou receber soro e ficar em observação, além de tomar outros remédios para se recuperar”, conta a tutora. O gato Robinho conseguiu se esquivar dos olhos da dona Ana Clara e ingeriu um pedaço de cebola e passou mal
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DOCES E BALAS Os doces e as balas apresentam uma substância chamada cylitol, a qual pode promover aumento das taxas de insulina circulante no corpo do bichano e, consequentemente, reduz as taxas de açúcar no sangue, levando a alterações hepáticas. As aparentemente inocentes balinhas podem causar vômito, diarreia, prostração e até convulsões. Além disso, a longo prazo acarretam problemas dentários e obesidade. Por essas alterações e por não conterem componentes nutricionais essenciais para o animal, são contraindicados na dieta.
FRUTAS CÍTRICAS As sementes de algumas frutas, como pêssego, ameixa e maçã, contêm ácido cianídrico, que pode ocasionar intoxicação por cianeto. Esta, por sua vez, impede que os tecidos utilizem o oxigênio transportado no sangue, podendo provocar convulsões, aumento de frequência cardíaca e respiratória, coma e até a morte. “Frutas com grande quantidade de água em sua composição, como melão e melancia, podem ser oferecidas em pequenas quantidades sem sementes. Já ácidas, como laranja, devem ser evitadas para não haver irritação no trato gastrointestinal”, afirma Mayara.
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BEBIDA ALCOÓLICA Qualquer tipo de álcool é tóxico para os pets. A absorção do líquido é mais rápida e elevada nos animais se comparados aos humanos, causando alterações no fígado, pâncreas e rins. As consequências podem ser diversas, tais como vômito, diarreia, letargia, tremores, convulsões, coma e morte. Mayara explica: “A intoxicação depende da dose. Quanto maior a quantidade ingerida, piores serão os efeitos. Comparativamente, seria o mesmo que oferecer bebida alcoólica a uma criança.”
TOMATE O fruto, quando verde, possui uma substância chamada tomatina, presente em grandes concentrações na fruta e em plantas novas e agente de intoxicação nos felinos. No tomate maduro, a substância está quase totalmente metabolizada, mas também pode causar quadros de intoxicação. Os sintomas mais frequentes são distúrbios gastrointestinais, fraqueza muscular, tremores, distúrbios cardíacos e doenças que afetam o sistema nervoso central. Além disso, alguns animais apresentam alergia ao alimento, que se manifesta por coceiras e feridas na pele.
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LEITE E DERIVADOS Assim que são desmamados, tanto gatos como cães perdem a enzima lactase, que ajuda na digestão do leite, tornando-se, assim, intolerantes à lactose. Portanto, a ingestão desses alimentos pode provocar diarreia ou constipação intestinal, excesso de produção de gases e vômitos. É importante ressaltar que cada animal responde de uma forma diferente à ingestão de leite e derivados. Alguns podem até tolerar quantidades pequenas se administradas de forma esporádica. Porém, o fornecimento não é necessário quando oferecido um alimento completo e balanceado. “Independentemente da idade, os bichanos devem receber água fresca à vontade. Apenas em caso de deficiência na amamentação materna indicam-se leites industrializados formulados especialmente para a espécie”, destaca Gisele.
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UVA E UVA-PASSA Ambas apresentam um composto ainda não identificado que sobrecarrega os rins e pode provocar insuficiência renal aguda, levando ocasionalmente à morte. Por esse motivo, são alimentos que não devem ser fornecidos, ainda que nem todos os animais sejam suscetíveis igualmente e os graus de intoxicação variem individualmente.
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SAL DE COZINHA Uma simples colher de sal pode trazer problemas ao peludo se ele beber pouca água ou possuir doença cardíaca, renal ou hepática. Tremores, convulsão e até a morte podem acontecer devido à possibilidade de desequilíbrio eletrolítico nos animais. As rações comerciais já possuem na composição sódio na quantidade que os animais necessitam, por isso, exclua o sal da dieta. “Se houver ingestão excessiva acidentalmente, ofereça água à vontade, assim as chances de intoxicação em um animal saudável diminuem bastante”, ensina Mayara.
CHOCOLATE E CAFÉ O chocolate possui uma substância chamada teobromina (da mesma família da cafeína), por vezes tóxica aos animais de estimação, mesmo se oferecido em pequenas quantidades. Isso porque os pets têm dificuldade em eliminar a substância do organismo. Os sintomas associados são vômitos, diarreia, falta de ar, inquietude, incontinência urinária ou aumento de micção e tremores musculares, podendo levar à morte. Se o gato ingerir chocolate, pode ter de passar por uma lavagem gástrica. O mesmo acontece se ingerir café, chá e mate.
CEBOLA PERIGOSA O alimento apresenta um composto capaz de transformar a hemoglobina (células sanguíneas) em um tipo de proteína que é incapaz de ligar-se ao oxigênio, afetando diretamente seu transporte aos tecidos. A intoxicação pode ser aguda, causando dificuldade respiratória e morte; ou crônica, levando a anemia hemolítica, apatia, mucosas azuladas e dificuldade para respirar. “Os gatos são mais suscetíveis à intoxicação por cebola que os cães. Esse tipo de problema está frequentemente associado ao consumo de comidas enlatadas para bebês, alimento muitas vezes fornecido aos animais doentes devido à alta palatabilidade. Nesses casos, recomenda-se utilizar ração enlatada terapêutica formulada especialmente para felinos”, aponta Gisele.
Chocolate e café fazem mal aos gatos mesmo em pequenas quantidades, por conterem a substância teobromina 41
cuidados e higiene
Guia da
ADOÇÃO
Siga o nosso passo a passo e leve para casa um mascote feliz TEXTO: JULIANA ALMEIDA
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A
dotar é um ato de amor. A frase, que soa meio clichê, é mote de todas as ONGs de animais. Isso porque a adoção envolve um grau de compromisso grande, além de desprendimento com as questões de raça e pedigree comumente associadas aos peludos domésticos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem mais de 13 milhões de cachorros abandonados e 6 milhões de gatos na mesma situação, e a maioria acaba em abrigos que lutam com poucos recursos para criá-los até encontrarem um lar final digno para eles – o que não acontece em 90% dos casos. Animais esses que foram maltratados, atropelados, rejeitados – por adoecer, crescer demais ou gerar gastos a mais –, ou simplesmente nasceram já tendo de dividir espaço com dezenas de pets em instituições voluntárias ou nas ruas. O QUE VOCÊ DEVE SABER Ao acolher um mascote, você ganha um companheiro fiel para toda a vida, porque um animal adotado é um animal grato. Você provavelmente não saberá muito sobre o pet, mas não subestime a inteligência de um vira-lata, que pode, sim, ser ensinado e se adaptar à sua casa. Mas essa e outras questões devem ser consideradas antes, durante e depois do processo de adoção, para garantir um encontro feliz entre você e seu novo amigo.
NA HORA DA DECISÃO Decidir adotar um animal vai além de apenas querer ter um bichinho de estimação para brincar ou ajudar os peludos abandonados. É preciso lembrar, mesmo que pareça óbvio, que o mascote vai acompanhar o tutor por vários anos, e que os cuidados básicos devem ser respeitados, de acordo com a Lei da Posse Responsável de Animais – e a nossa consciência! Por isso, antes de adotar, é essencial absorver a informação de que o animal será um novo membro da família, e não uma mera aquisição. Gastos com alimentação, idas ao veterinário, vacinação, vermifugação e higiene devem ser previstos e adicionados ao orçamento do mês, de forma
que não atrapalhem as finanças. Além disso, é importante que todos os moradores da casa estejam envolvidos nessa causa. “O animal adotado na maioria das vezes sofreu maus-tratos, é arredio, então temos de ter muita paciência para introduzi-lo ao novo ambiente”, aponta a veterinária Fernanda Sansigolo, de São Paulo (SP). A principal dica é: não agir por impulso ou motivado só pela fofura dos animais. Pesquise muito e converse com sua família. Decidam juntos o porte do animal a ser adotado de acordo com o espaço disponível e distribuam as tarefas e cuidados que serão destinados ao pet. E, principalmente, separe em seu dia a dia bastante paciência e amor para recebê-lo.
Antes de adotar, é essencial absorver a informação de que o animal será um novo membro da família, e não uma mera aquisição
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cuidados e higiene
Sete eleitos A agrônoma Glaucia Moreira, de Salto (SP), sempre gostou de animais: encontrava-os na rua e carregava pra casa – até sapos e grilos. “Minha mãe tem fobia a gatos, então eu os escondia num quarto no fundo da casa e, no dia seguinte, levava para minha vizinha, que tinha muitos.” No momento, ela é dona de sete cães, o Labrador Buddy, a Shar Pei Rebeca, o Rottweiler Logan e os SRD Scooby, Zelda, Bella e Pretinha, todos adotados. Alguns têm história emocionante, como Scooby, que foi encontrado amarrado dentro de um saco de estopa na estrada, e Zelda, que, em meio a uma tempestade, se abrigou embaixo do carro de Glaucia. “As alegrias que eles me dão, não tem dinheiro no mundo que compre. Animais são abandonados porque crescem, destróem as coisas... Devemos lembrar que eles vivem em torno de 15 anos e precisam de cuidados, então, se você não tem condições, não adote”, pede.
Acima, Glaucia posa junto de Pretinha. Aqui, a Shar Pei Rebeca descansa 44
DECIDI ADOTAR, E AGORA? Se sua decisão foi tomada e você realmente quer e pode adotar um pet, chegou a hora de buscar uma ONG ou cuidador de confiança para a escolha do novo membro da família. “Para isso, temos de acompanhar o trabalho da instituição de perto, para ver os cuidados prestados aos animais. As ONGs invariavelmente têm um orçamento bastante limitado, mas conseguimos detectar facilmente quando o trato com os animais é feito de forma adequada e, claro, carinhosa”, enfatiza Fernanda. A internet também facilita muito a pesquisa de instituições. Muitas ONGs já têm seu próprio site, em que disponibilizam fotos dos animais e do espaço em que eles ficam. Notícias e depoimentos são sempre boas fontes de informação para averiguar se você se identifica com o local e seus conceitos. ONGS DE CONFIANÇA “Uma dica bacana é verificar no seu próprio bairro ou comunidade se existem entidades que recolhem das ruas animais de estimação que realmente necessitam de um lar, em sua grande maioria adultos”, aponta Gabriela Toledo, fundadora do Projeto Esperança Animal, que fica em São Paulo (SP). Outro ponto importante é saber que quando um mascote está numa instituição, não é só você que o escolhe, a ONG também participa do processo de seleção, avaliando junto com o futuro tutor o melhor tipo de animal para sua casa e família. Por isso, não tenha receio de conversar e questionar tudo que precisa saber, como temperamento do peludo, qualquer tipo de informação precedente, se ele tem manias e particularidades, além de problemas de saúde. Só assim é possível fazer uma adoção consciente, tranquila e feliz.
Onde adotar
Há centenas de ONGs animais espalhadas pelo Brasil, que além de recolherem os pets das ruas, realizam periodicamente mutirões de adoções. Algumas delas fazem um forte trabalho de conscientização na internet, por meio de sites e redes sociais. Confira a lista: Ampara Animal – SP www.amparanimal.org.br Adote um Gatinho – SP www.adoteumgatinho.org.br Clube dos Vira-Latas – SP www.clubedosviralatas.org.br Animais S.O.S – MG www.animaisos.org Cão Viver – MG www.caoviver.com.br Vira-lata é Dez – SP www.viralataedez.com.br Associação Protetora dos Animais de Canoas – RS www.aprocan.com Centro de Adoção Natureza em Forma – SP www.naturezaemforma.org.br
AMBIENTE IDEAL A residência também deve ser preparada para receber seu novo amigo, de forma que se crie uma atmosfera receptiva e que supra as necessidades do animal. “Indico separar um canto especial para o peludo na casa, com a caminha ou tapete, comedouros e local que sirva de banheiro. Um brinquedo ou outro também ajuda a deixar a área ainda mais confortável”, ensina Fernanda. Caso a morada seja um apartamento ou sobrado, é importante o uso de telas de proteção para os gatos. Já em casas grandes, se a intenção for limitar o acesso do cão a uma área determinada, aquelas portas
Fotos: Shutterstock/ Arquivo pessoal
baixas são ótima opção para o pet entender desde o primeiro dia que não pode entrar. E se a data de chegada do animal se aproxima, marque uma consulta com um veterinário de confiança, e verifique com ele a possibilidade de esterilizar a casa contra pulgas e carrapatos. O PROCESSO DE ADOÇÃO Obviamente, se você adotar um animal que se encontra sob os cuidados de um voluntário, não existem trâmites envolvidos, apenas a busca do companheiro. Porém, se a sua ideia é adotar um amigo por meio de ONG, é provável que tenha de passar por um processo para a adoção. O candidato deve se apresentar no local com RG, CPF e comprovante de residência atualizado. Em caso de adoção de gato, é necessário portar uma caixa de transporte adequada. No próximo
Quando um mascote está numa instituição, não é só você que o escolhe, a ONG também avalia se o candidato está mesmo apto a adotar passo o interessado é entrevistado pelos responsáveis pela instituição. Essa pré-seleção é feita para analisar o perfil dos aspirantes a tutor e evitar possíveis abandonos no futuro. “A maioria das ONGs aceita devolução em caso de não adaptação. Para evitar esse transtorno, as instituições idôneas fazem um processo longo, a fim de terem certeza de que a pessoa está disposta a cuidar do animal e possui condições de mantê-lo”, explica Isabella Vincoletto, médica veterinária da Vetnil. Sim, o método pode ser cansativo e menos prático
PREFERIDOS Pequenos Brancos Filhotes Peludos Machos
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do que você pensava, mas leve em conta que essas burocracias são pensadas para garantir o bem-estar do mascote órfão. Após a escolha do animal e autorização da ONG, solicite os certificados de possíveis vacinações e vermifugações para apresentar ao veterinário. “Depois de adotar um bicho de estimação, temos de levá-lo imediatamente a um veterinário para um exame clínico completo. Além de aplicar vacinas, é recomendado também usar produtos para prevenir pulgas e carrapato”, aconselha Fernanda.
REJEITADOS
Quando vamos adotar um animal, é comum já termos em mente algumas preferências. Mas acolher um bicho pressupõe fatores mais complexos do que apenas a fofura: é preciso pensar no bem-estar, na segurança e na adaptação do pet. Contudo, de acordo com o Centro de Zoonoses de São Paulo, há tipos de animais que são mais procurados para adoção. Confira a lista:
Grandes Escuros Adultos Pelo curto Fêmeas
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Histórias reais
Fiona, mascote de Flavia e Ethan, em seu momento de estrela: caminhando em direção ao altar junto com o casal de padrinhos Andrew Goldman e Robin Henry Goldman
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Mascotes acompanham
o “sim” dos donos
CASAMENTOS COM PARTICIPAÇÃO DE PELUDOS EMOCIONAM NOIVOS E CONVIDADOS, MAS DEMANDAM CUIDADOS EM PROL DO BEM-ESTAR ANIMAL
Texto: Caroline Martin
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m uma cerimônia que tradicionalmente conta com a participação de familiares e amigos para celebrar o amor e o início de uma nova família, muitos noivos fazem questão de incluir os seus pets entre os entes queridos. Foi o caso da designer de sapatos Flavia Kirsten Espírito Santo e do vice-presidente executivo de criação de TV Ethan Daniel Goldman. “Quando decidimos nos casar, logo pensei: ‘A Fiona não pode ficar de fora’”, conta Flavia sobre a Buldogue Francês que tanto adora. MUDANÇA E ADOÇÃO Flavia é brasileira, mas mora em Nova York, nos Estados Unidos, há cinco anos – quase o mesmo tempo de relacionamento com o marido norte-americano. Eles se conheceram numa festa de Halloween, em 2008. Depois do primeiro encontro, trocaram contato, engataram o namoro e em seis meses estavam morando juntos. A ideia de ter um cachorro surgiu logo depois. “Foi a minha oportunidade de realizar o grande sonho de ter um Buldogue Francês”, conta ela, feliz com o fato de Ethan também gostar de cachorros e ter aprovado a proposta.
VIAGEM E CERIMÔNIA Fiona já tinha 1 ano e meio quando o casal organizou aqui no Brasil a cerimônia de casamento, que aconteceu em maio de 2013. “Minha família e meus amigos estavam loucos para conhecê-la, pois ela já era a estrela de casa e eu ainda não a tinha levado para viajar.” Sem pensar duas vezes, Flavia partiu para a resolução da burocracia para trazê-la ao Brasil. “Tive de ir atrás da documentação necessária para o passaporte dela e me informar sobre todo o trâmite para Fiona nos acompanhar”, lembra. Além dos detalhes da viagem, havia ajustes mais divertidos a serem resolvidos, como a busca pelo traje especial que a ocasião pedia. “Como a intenção era fazê-la participar da cerimônia como daminha de honra, queria vesti-la apropriadamente. Coincidentemente, uma amiga comentou que a mãe dela produzia vestidinhos e tutus para cachorros. A festa e a diversão começaram aí”, brinca Flavia sobre os preparativos para o grande dia. Fiona não deixou a desejar: fez sucesso com o tutu e manteve a postura ao entrar no salão onde foi realizado o casamento, numa
mansão no bairro de Higienópolis, em São Paulo (SP). Acompanhada por um dos casais de padrinhos, ela encarou os convidados numa boa. No início, pareceu um pouco desambientada, mas logo que reconheceu os familiares da noiva, com os quais já havia se familiarizado, seguiu firme em direção ao altar. PETS NA HORA H O comportamento de Fiona foi exemplar, mas nem sempre é assim. “Mesmo os cães sociáveis podem surpreender em momentos como esse, ficando agitados ou com medo”, alerta Ana Rita Carvalho Pereira, médica veterinária do Hospital Veterinário Santa Inês.
Após a cerimônia, Ethan e Flavia posaram com Fiona
Todos queriam passar um tempinho com a Fiona. Para nós, foi uma delícia ter sua presença no casamento e ver todos aproveitando a companhia 47
Histórias reais Trajes a rigor Se você adoraria ver seu pet vestido à altura da ocasião, pode realizar o sonho. Segundo Ana Rita, os peludos não se incomodam com uso de roupas – “Alguns até gostam!”. É fundamental, contudo, buscar peças especialmente destinadas a animais e investir naquelas leves e frescas, que proporcionem liberdade de movimento. “Certos tecidos, como o algodão, são mais confortáveis e devem ser priorizados”, aconselha. Outra dica na hora de vestir o pet é fazer provas de roupa. “Manter o mascote com a vestimenta escolhida antes do evento por algumas horas do dia pode ser um bom teste. Avalie se o animal consegue se movimentar bem e se não está incomodado”, orienta Ana Rita.
Para evitar imprevistos, a especialista aconselha os noivos a fazerem uma avaliação prévia da personalidade do animal. A primeira dica é certificar-se de que ele lida bem com luzes e barulhos além dos corriqueiros. Também é importante lembrar que será preciso interagir com diversas pessoas – sendo que muitas são desconhecidas para o pet – e permanecer quieto na cerimônia. FESTA DE TODOS Já na hora da festa, depois do momento sério, dá para afrouxar as regras e deixar o peludo curtir o momento, socializando com os convidados. “O pet pode circular entre as pessoas durante a festa, mas é fundamental que seja acompanhado por um condutor e uma guia, para evitar que se perca ou fuja”, orienta a veterinária do Hospital Veterinário Santa Inês. 48
Contudo, em todos os momentos, seja na cerimônia ou na festa, o bem-estar do animal deve ser priorizado, conforme destaca Ana Rita: “É imprescindível ler a resposta do pet ao ambiente. Se ficar muito inquieto, demonstrar sinais de medo ou agressividade, talvez seja necessário conduzi-lo a um local mais tranquilo até se acalmar. Em alguns casos, pode ser recomendável levá-lo de volta para casa.” Cuidados básicos, como manter água fresca sempre disponível e deixá-lo em um espaço arejado, são indispensáveis. Alimentar o animal um pouco antes de ir para o evento também é válido. Flavia e Ethan seguiram exatamente essa conduta em prol do bem-estar de Fiona. Ela passou o tempo todo de coleira, sendo mimada – e até disputada – pelos convidados. “Havia um jardim bem espaçoso ao lado das mesas
Avalie bem a personalidade do pet
A Buldogue Francês Fiona foi uma espécie de daminha do casamento dos donos e se comportou de maneira exemplar
O cão é, por natureza, um animal bastante sociável, que reage bem à presença de muitas pessoas e a diversos estímulos visuais e sonoros. Mas, quando falamos em outros animais domésticos, a exemplo dos gatos, somam-se ao contexto outros fatores de atenção. Ana Rita explica que os felinos são mais contidos e menos acostumados com todas essas informações novas. “Eles são difíceis de socializar, além de serem mais ariscos. Dificilmente ficariam em uma cerimônia ou na festa parados no mesmo lugar. O risco de fuga é extremamente grande, por isso é contraindicado levar gatos para locais fora de casa quando não estão dentro de caixas de transporte e bem seguros.” Animais ditos como silvestres (coelho, hamster, tartaruga, passarinhos etc.) são ainda mais reservados e menos acostumados com a presença humana. Vale avaliar cada situação antes de tomar a decisão.
dispostas na festa, mas ela acabou passando a maior parte do tempo entre os meus amigos e familiares. Para nós, foi uma delícia ter sua presença e ver todos aproveitando a companhia”, derrete-se a dona com as boas recordações. PARTICIPAÇÃO ROEDORA Os noivinhos em cima do bolo já davam pista de que a festa teria uma presença ilustre: a porquinha-da-índia Lola, do casal Thais Negri Santi e Bruno Midea Paoliello. “Nossos amigos reparavam na homenagem que fizemos ao incluí-la no bolo e vinham perguntar ‘Ela vem?’. Estavam todos na expectativa, pois sabiam do apego que tínhamos por ela”, conta Thais. A jornalista e o gerente de processos já moravam juntos há cerca de um ano antes da cerimônia de casamento, realizada em
setembro de 2012, num sítio no Riacho Grande, em São Bernardo do Campo (SP). “Como moramos em apartamento, pensamos que um porquinho-da-índia seria o bicho de estimação ideal. Assim que passamos a morar juntos, compramos a Lola”, lembra Thais. A peluda surpreendeu o casal pelo companheirismo. “Ficamos impressionados com o comportamento dela, porque interagia muito com a gente. Se estávamos na sala vendo TV, fazia questão de vir no nosso colo e se esticava toda para ganhar carinho”, detalha orgulhosa Thais. 49
Histórias reais
Algumas medidas podem ajudar a envolver o seu mascote no grande dia sem que isso seja um problema para você e os convidados. Passeios em locais agitados para o pet interagir com várias pessoas são um bom treinamento para a hora da cerimônia e posterior comemoração. Acha que o seu querido companheiro lidaria bem com a situação atípica? Então, parta para o próximo passo: invista em alguns comandos básicos de adestramento, que vão servir para ele se comportar na festança. Ensinamentos simples, como “senta” e “fica”, podem ser muito úteis durante o tempo em que ele acompanhará o casamento. Treine-o também para não atacar a comida. Além disso, oriente os presentes a não darem nenhum tipo de alimento humano ao seu animal, para que ele não passe mal.
A porquinha-da-índia Lola abrilhou o casamento dos donos Thais e Bruno
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A recepção foi bem calorosa. Ao entrar com a Lola na festa, ouvimos aquele suspiro geral dos convidados. Todo mundo adorou O convívio e a rotina feliz em família fizeram o casal tomar a decisão de homenagear Lola não apenas nos bonecos que ilustravam o bolo de casamento, mas também participando efetivamente da festa. “Ao término da cerimônia, buscamos sua gaiola, que estava bem guardada num quarto reservado, e tiramos algumas fotos com ela ao lado do bolo”, conta a jornalista. “A recepção, como era de se esperar, foi bem calorosa. Ao entrar com ela na festa, ouvimos aquele suspiro geral vindo dos convidados. Todo mundo adorou.” Em meio à celebração, os noivos deram prioridade ao bem-estar de Lola. Eles atentaram ao tempo de permanência da mascote na festa, para evitar que ela se estressasse desnecessariamente com o barulho, e contiveram o assédio natural das crianças. “Deixamos os
pequenos verem a Lola de perto, tiramos algumas fotos e, em cerca de 15 minutos, a levamos de volta ao quarto.” A curta participação foi suficiente para render memórias boas até hoje. “Quando falamos do nosso casamento com os familiares e amigos, não tem quem não se lembre dela com carinho e conte algum momento marcante”, afirma nostálgica Thais. SURPRESA AOS NOIVOS Quando o mestre de cerimônia pediu a atenção dos presentes e anunciou a entrada de uma convidada especial, os noivos Élide Lins Porto, educadora física, e Rodrigo Pariz de Almeida, empresário, ficaram surpresos. “Já tínhamos cumprimentado boa parte dos convidados. Não imaginávamos quem seria”, lembra Élide.
Fotos Casamento Flavia e Ethan: Flavia Valsani Fotografia / Casamento Thais e Bruno: Ely Gouvea / Casamento Élide e Rodrigo: Record Produções
Preparação do pet
Belinha apareceu no casamento de Rodrigo e Élide sem que os noivos nem desconfiassem do esquema armado pelo pai da noiva
O casamento, realizado em abril de 2011, em um bufê em São Caetano do Sul (SP), reservava uma surpresa para os futuros marido e mulher. Quando os convidados abriram espaço, quem ganhou os holofotes foi Belinha, a filhote fofíssima que o casal havia adotado há cerca de dois meses. A comoção foi geral. “Ficamos emocionados ao vê-la entrando na festa, pois aquela cachorrinha já era um membro da família que estávamos formando”, revela Élide. Ela conta que, antes mesmo de casar, procurava por um pet para alegrar o dia a dia. “Em meio aos preparativos do casamento e à
arrumação do apartamento em que íamos morar, eu tentava convencer o Rodrigo todos os dias, pois ele nunca havia tido cachorro e queria postergar essa ideia. Foi quando visitou um amigo para entregar o nosso convite de casamento que conheceu a Belinha. Ela havia sido encontrada na rua, mas não poderia ficar com esse amigo que a resgatou.” Atendendo ao desejo da então noiva, Rodrigo cedeu. “Adotamos a Belinha e, em poucos dias, o Rodrigo estava superapegado a ela, como eu já imaginava. Nem parecia aquele que só queria ter cachorro depois de dois anos de casado”, brinca Élide.
Ficamos emocionados ao ver a Belinha entrando na festa, pois ela já era um membro da família que estávamos formando
IDEIA ILUMINADA O plano de levar Belinha à festa foi do pai da noiva. “A minha família acompanhou de perto a adoção dela e sabia o quanto estávamos curtindo sua presença nas nossas vidas. Como a casa dos meus pais é perto do bufê onde casamos, meu pai teve a ideia de fazer a surpresa”, detalha. A participação rápida foi o bastante para os noivos aproveitarem para abraçar, beijar e tirar fotos com a peluda antes de ela voltar para casa. “Foi, sem dúvida, um momento marcante.” 51
quem faz a diferença
Castração
gratuita VOLUNTÁRIAS REALIZAM MUTIRÕES DE ESTERILIZAÇÃO EM ANIMAIS ABANDONADOS OU DE DONOS QUE NÃO PODEM ARCAR COM OS CUSTOS Texto: Priscila Roque Foi diante da tristeza, após a morte de seu pai, que Luli Sarraf decidiu dedicar sua vida a uma causa animal. “Minha irmã perguntou o que de mais simples me fazia feliz, e eu odiava tudo. Foi quando a minha cachorra veio e abanou o rabo. Eu sorri e falei: ‘Os bichos!’ Essa vontade de viver por eles me deixou agradecida”, conta. Na época, Luli recolhia cães abandonados, mas queria ajudá-los mais. “Percebi que o inimigo deles é a desinformação das pessoas”, diz. Tendo como objetivo a educação, criou o projeto Celebridade Vira-Lata, em São Paulo (SP). Por meio da venda dos calendários que produz, ela arrecada dinheiro para mutirões de castração e promove palestras e exposições.
Luli descobriu que é mais benéfico investir dinheiro arrecadado em castrações A ideia inicial era propagar informações sobre a adoção por meio do produto. Porém, em 2010, quando teve êxito com as vendas e decidiu oferecer o dinheiro à Natureza em Forma, ouviu uma sugestão ainda melhor. “Eu queria dar o dinheiro ao Lito Fernandes [fundador da ONG], que é um bom protetor experiente. 52
Luli Sarraf, idealizadora do Celebridade Vira-Lata, frisa que cachorros de raça também devem ser castrados
Foto Princioal: Monica March/ Fotos Calendário: Emy Sato/ Outras fotos:: divulgação/Arquivo Pessoal
A iniciativa Castração Solidária, que atua em Osasco e Carapicuíba, faz entre 150 e 170 cirurgias por mês
Mas ele falou: ‘Não. Se você tem esse recurso, faz um mutirão de castração. Esse é um benefício direto e vitalício para o bicho. Os animais precisam de gente como você, que é mão na massa’”, recorda. “Ele não poderia ter sido mais iluminado ao me falar isso”, emenda a protetora. A desocupação do Pinheirinho, em 2012, foi uma de suas experiências mais marcantes. “As protetoras de São José dos Campos resgataram 300 animais. Eu não tinha dinheiro para todas as castrações, mas paguei 230 e o veterinário deu o resto”, orgulha-se a voluntária. “E pretendo aumentar o meu exército. Minha meta é atingir um milhão de castrações indiretas”, acrescenta. Porém, um dos maiores problemas encontrados por ela é o “machismo”, similar ao dos humanos, que influencia no número de esterilizações nos cachorros machos. “Estava conversando
com uma médica (de humanos), sobre a castração do cachorro dela e expliquei quais eram os benefícios do procedimento. Quando terminei, ela disse: ‘Ah, mas você não tem umas vira-latinhas para o meu cachorro se aliviar?’”, relata.
Adriana éia, Socorro e is pelo As irmãs Andr ve sá a são respon Duarte da Silv lidária So o çã ra st projeto Ca
Irmãs se unem e criam projeto na comunidade O mesmo acontece com Adriana Duarte da Silva e suas irmãs, Andréia e Socorro, que formam o Castração Solidária, um projeto que visa esterilizar gatos e cães de famílias carentes de Osasco e Carapicuíba (SP). “Tem gente que tem preconceito em castrar machos. Nós tentamos convencê-los, mas ainda é muito difícil”, comenta Adriana. Mensalmente, elas agendam um mutirão nos arredores do bairro. “Não mudamos de região porque precisamos ver que o trabalho está dando resultado, com menos animais nas ruas”, afirma.
A maioria dos Centros de Controle de Zoonoses disponibiliza castração gratuita. Informe-se na prefeitura de sua cidade
Com pouco mais de dois anos na ativa, o projeto já atendeu 2.030 animais. Os fundos vêm de doações dos próprios moradores e de voluntários, além da venda de adesivos e camisetas produzidos pela equipe. “Nunca deixamos de fazer uma campanha por falta de dinheiro. O pessoal sempre ajuda”, anima-se. A conscientização é feita, sobretudo, de porta em porta, enquanto acontece o cadastro dos animais da comunidade. 53
quem faz a diferença
Você sabia?
IDEIA DE SUCESSO
Comemorado na última terça-feira de fevereiro, o Dia Mundial da Esterilização tem como objetivo conscientiz ar a população sobre a importância da castração. Encabeçada pela Humane Society International, a campanha existe há 20 anos e conta com parceir os espalhados por 50 países , incluindo o Brasil. Mais de 600 organizações estão registradas no projeto.
O Calendário Celebridade Vira-lata existe desde 2010, e reverte toda a arrecadação com a venda para a realização de mutirões de castração de cães e gatos carentes de São Paulo (SP)
ARTISTAS SOLIDÁRIOS
“Agora, por exemplo estamos cuidando do caso de um senhor que tem 40 gatos. Ele vai doar o que puder e vamos cobrir o resto”, explica. A ampliação das iniciativas é um objetivo. “Em nosso site, há a opção para cadastro de voluntários. Duas semanas antes do mutirão, mando um e-mail para todos os inscritos. Se a pessoa não pode ajudar pessoalmente, é comum ela fazer um depósito. Dessa forma, conseguimos atingir os objetivos e também crescemos”, finaliza Adriana.
O projeto do calendário traz celebridades como a modelo e apresentadora Gianne Albertoni e o ator Bruno Gagliasso em poses semelhantes a dos animais
ALCANCE COMEMORADO
A iniciativa já beneficiou mais de 3.000 animais diretamente e mais de 5.000 com os apadrinhamentos. Por meio de programas de conscientização já foram alcançadas mais de 200.000 pessoas
Prefeituras agem para combater o índice de pets abandonados A maioria dos Centros de Controle de Zoonoses das capitais brasileiras disponibiliza castração gratuita, mediante apresentação de documentos e agendamento prévio. O orgão da prefeitura de São Paulo (SP), por exemplo, oferece as esterilizações desde 2001, e mais de 110 mil animais são operados por ano. Em Belo Horizonte (MG), o agendamento pode ser realizado presencialmente ou pelo telefone, e o CCZ tem uma média considerável de 20 mil operações por ano. Já no Rio de Janeiro (RJ) são mais de 50 castrações gratuitas por dia em cachorros e gatos a partir do quarto mês de vida. A única exigência é que a castração seja feita após o término das vacinas. 54
BENEFÍCIOS DA ESTERILIZAÇÃO PRECOCE Ao contrário do que se pensava, a castração dos animais domésticos não contribui apenas para o controle populacional nas grandes cidades e a diminuição da quantidade de pets abandonados. É consenso entre veterinários que a cirurgia de esterilização evita que os mascotes apresentem tumores de próstata e de mama. De fato, números do Hospital
Sena Madureira (SP) apontam que nas cadelas não castradas a incidência de câncer de mama é 25% maior. A castração precoce (antes do primeiro cio) reduz em até 100% o risco de tumores de mama em fêmeas. Criadores também atestam que a castração ajuda a moldar o comportamento dos machos em relação à agressividade e territórios.
Meu mascote matou um rato A TRAQUINAGEM DO PET PODE SE TRANSFORMAR EM UM PROBLEMÃO E CAUSAR ATÉ MESMO LEPTOSPIROSE
Pet Socorro Este espaço é para você, participe! Mande suas dúvidas para:
meupet@escala.com.br
Texto: Mário Marcondes
Em locais próximos de mata ou terrenos baldios, é comum observar a presença de roedores não domesticados. Isso pode representar um risco para seu pet, porque animais silvestres são muitas vezes fontes de doenças, como a leptospirose. Certos sintomas podem estar associados à enfermidade, como mucosas amareladas, urina com cor escura, diminuição da urina, apatia e falta de apetite.
E agora, o que fazer?
Fotos: Shutterstock/ Divulgação
A primeira coisa a fazer é lavar as regiões do animal que entraram em contato com o roedor (como as patas) com água corrente e sabão, diminuindo a contaminação local. Se houver alguma ferida por mordedura ou arranhadura, também deve ser lavada. Em seguida, leve o bicho de estimação ao veterinário e mostre a lesão, para que ele possa realizar curativos e, dependendo da extensão, prescrever antibiótico e fluidoterapia – um tratamento de suporte que corrige desequilíbrios no corpo. E atenção: a leptospirose é causada por uma bactéria que pode ser transmitida aos humanos, por isso, manipule o mascote apenas utilizando luvas.
O perigo de o animal matar um rato ou animal similar é entrar em contato com doenças graves protege de várias doenças, entre elas a leptospirose (transmitida pela urina do rato). Outra vacina que deve ser administrada é contra a raiva. Além disso, onde existe histórico de presença de ratos, é preciso fazer um reforço da vacina contra leptospirose seis meses após vacinar com a V8 ou V10. Outra providência é manter limpo o espaço em que o animal fica para afastar os roedores, recolher sempre o lixo e não deixar o alimento do mascote exposto.
Dica para prevenir
Como sempre relatamos aqui em nossa coluna, o mais importante sempre é a prevenção! Por isso, é essencial manter em dia a vacinação anual. Nesse caso, principalmente a vacina V8 ou V10, que
Mário Marcondes é médico veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira. m w.senamadureira.co ww
Sintoma nos olhos Meu cachorro está com os olhos muito amarelados. Qual pode ser o problema? Cintia Jatanabe, de Valinhos (SP)
Cintia, a coloração amarelada na mucosa dos olhos dos animais pode ser decorrente de uma lesão no fígado. Essa lesão pode ser secundária a muitas causas diferentes (algumas graves), entre elas a leptospirose, por conta da urina dos ratos. Por isso, é imprescindível levar o seu mascote rapidamente a um veterinário, que deve investigar o sintoma para excluir as possibilidades e chegar a um diagnóstico conclusivo. Fernanda Fragata é médica veterinária do Hospital Veterinário Sena Madureira
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saúde
o a r i e d É hora gista
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DEVEM Ê E SEU PET C O V E U Q O LISTA CERTO E M O ESPECIA O O MOMENTO C A LT U S N CO ESPERAR DA xo Texto: Bárbara O. Ro
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e um tempo pra cá, ele começou a trombar nos móveis, se sente inseguro ao perseguir os brinquedos e apresenta excesso de lágrima nos olhos. Identificou esses sinais no seu pet? Saiba que isso pode indicar que ele está desenvolvendo problemas oculares. Assim como os humanos, cães e gatos devem consultar oftalmologistas aos primeiros sintomas. As doenças oculares podem ser congênitas, por idade avançada ou por acidentes. Por isso, levar o animal ao especialista ajuda a manter tudo sob controle. A oftalmologia tem se tornado cada vez mais presente na vida dos pets porque os donos estão se conscientizando da importância de levá-los para um check-up, mesmo 58
sem sintomas. Segundo Jorge da Silva Pereira, oftalmologista veterinário do Centro de Estudo, Pesquisa e Oftalmologia Veterinária do Rio de Janeiro, a primeira visita deve ser feita quando o animal ainda é filhote, pois doenças oculares precisam ser diagnosticadas logo. Natalie Rodrigues, especialista em oftalmologia da Pet Center Marginal, explica a importância da consulta: “É comum doenças como o glaucoma só serem percebidas em estágios avançados, quando parte da visão já foi perdida.” MOMENTO CERTO É muito importante que o tutor fique atento aos primeiros sinais clínicos que podem indicar algum tipo de doença ocular: olhos aver-
melhados, excesso de secreção e lágrimas, além de irritação nos olhos, fechamento constante das pálpebras e evidências de cegueira (como esbarrar constantemente em objetos). Se o seu cão apresentar um ou mais sinais como esses indicados, leve-o ao especialista o mais rápido possível. Um clínico geral de confiança poderá indicar um bom oftalmologista, que deve ser procurado logo nos primeiros indícios a fim de se evitar uma piora no quadro. E não caia na tentação de tentar amenizar a situação sozinho. “Nunca limpe ou medique os olhos do mascote antes da consulta com o especialista. As alterações são muito importantes para que ele possa identificar o problema”, orienta Jorge Pereira.
Personagem: Natalie Rodrigues, médica veterinária oftalmologista do Pet Center Marginal (SP) e a cadela Preta, mascote do local/ Fotos: Luiz Gustavo Gonçalves/Shutterstock/ Divulgação
Já para Angélica Safatle, oftalmologista veterinária e proprietária da Clínica VetMasters (SP), se nunca apresentar indícios de problemas nos olhos, o mascote deve consultar sempre o oftalmologista veterinário a partir dos 7 anos. “Nessa idade, doenças oculares podem aparecer. Por isso, o especialista irá realizar todos os exames necessários e marcar uma nova consulta”, complementa.
(queda da produção da lágrima). Já os gatos são mais afetados por conjuntivites, descolamento de retina e uveíte (inflamação da úvea). E todos esses problemas só podem ser efetivamente verificados pelo estudioso da área.
Um dos exames que tem sido feito nos peludos em caso de dúvidas de diagnóstico é a ultrassonografia ocular, que é segura e não utiliza nenhum tipo de radiação.
DOENÇAS OCULARES Os cães são mais comumente acometidos por úlceras de córnea (geradas por traumas oculares), alterações palpebrais (eversão ou inversão da pálpebra), glaucoma (aumento da pressão intraocular), catarata (opacificação da lente interna do olho), conjutivites em geral (inflamação da membrana que envolve os olhos), descolamento da retina e ceratoconjuntivite seca
A PRIMEIRA CONSULTA Fique calmo, seu pet não terá de usar óculos. A oftalmologia veterinária vai muito além de corrigir problemas de visão, como é habitual para os humanos – mesmo porque os mascotes não possuem o nosso nível de definição dos objetos e paisagens. Na especialidade animal, o importante é evitar lesões que limitem a vida do bicho. O que muda de uma rotineira consulta ao veterinário para uma consulta oftalmológica são os tipos de exame feitos e o fato de que, por se tratar de uma região mais sensível, os olhos, podem deixar o
cão ou gato mais agitado. Os procedimentos aos quais o peludo é submetido na consulta, porém, não são muito diferentes daqueles feitos em humanos. Segundo Daniela Cremonini, oftalmologista veterinária da Pet Vision, de São Paulo (SP), primeiramente, o especialista conversará com o dono para saber quais são os motivos que o fizeram levar o animal ao consultório, bem como se existem alguns sinais ou histórico de doenças prévias relacionadas aos olhos do peludo.
1. EXAME DA LÁGRIMA
2. CONTRASTE NO OLHO
3. AJUDA DA ILUMINAÇÃO
Após um exame físico comum, o oftalmologista fará o teste lacrimal de Schirmer. O procedimento é feito por meio de uma tira de papel para determinar se o olho do animal está produzindo quantidade suficiente de lágrima para manter-se lubrificado ou quando há uma produção excessiva. O exame é essencial, porque é quase impossível verificar algum problema relacionado ao canal lacrimal só com observação comum e distante.
Para garantir uma visibilidade melhor do olho do animal nos exames que serão feitos a seguir, o profissional pingará uma gota de colírio de contraste, como fluoresceína, rosa bengala ou lissamina verde. O papel do produto é mudar a coloração da região de forma que seja possível analisar com mais nitidez o fluxo sanguíneo nos vasos da retina e coroideia, essenciais para resultados mais detalhados. Ao final dos exames, o corante é retirado.
Com os olhos devidamente “coloridos”, o oftalmologista usará um Transiluminador de Finoff para fazer um exame de biomicroscopia. O objeto luminoso aliado ao colírio, permite ver alterações de todas as camadas oculares, como as pálpebras, conjuntiva, córnea, o espaço entre a córnea e íris, cristalino, entre outros. Isso porque esse tipo de luz específica fornece uma imagem tridimensional, diferentemente do microscópio tradicional.
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Livre da Catarata
Bidu, o West Highland White Terrier do publicitário Marcel o Coe tinha 7 anos quando com lho, eçou a apresentar sinais como olhos opacos e esbranquiçados. Seu dono conta que, na época, o cão, que sempre foi brincalhão, ficou mais quieto, um pouco assust ado e logo estava trombando nos mó veis e paredes. O diagnóstico feit o pela oftalmologista Daniela Cre monini foi de catarata com necessida de de cirurgia corretiva. “Se esp erássemos mais tempo, ele poderia perder um dos olhos em meses”, rela ta Marcelo. No caso de Bidu, foi indicada a implantação de lent es. “Uma vez removida a catarata, as lentes intraoculares são implan tadas no lugar, para permitir nov amente a formação do foco e dev olver uma visão perfeita”, explica Da niela. A recuperação exigiu cuid ados e dedicação dos donos. Ho je, um ano depois, Bidu voltou a ser o cão que era antes. “Com a visão recuperada, ele tem uma qualida de de vida muito melhor”., conta Ma rcelo.
4. SEM SENSIBILIDADE
Para evitar o incômodo dos próximos procedimentos, o oftalmologista veterinário aplicará a seguir um colírio anestésico, que tirará a sensibilidade do olho do animal. Mas fique tranquilo porque nada do que é feito no exame causará dor ao seu mascote. Na verdade, essa providência é tomada para que seu peludo não sinta absolutamente nenhum desconforto, mesmo que se encoste algo no olho dele, evitando, assim, que ele queira fugir. 60
Olhos avermelhados, excesso de secreção e lágrimas e fechamento constante das pálpebras podem ser indícios de problemas Em seguida, será avaliado o aspecto da região por meio de um exame físico (se estão avermelhados, esbranquiçados, com secreção, pequenos ou grandes) e, depois, serão realizados testes de acordo com as necessidades do paciente. Entre os procedimentos comuns estão a medição da produção de lágrimas, da pressão intraocular e o exame de fundo de olho (veja nos quadros explicativos). PET NO CONSULTÓRIO Conforme Karina Pongracz, consultora comportamental e adestradora da Cão Cidadão, para que o cachorro fique mais à vontade, o dono pode tentar le-
5. PRESSÃO OCULAR
Pela foto já dá para entender a necessidade do colírio do passo anterior. Por meio de um exame denominado tonometria de aplanação, o especialista posiciona um aparelho chamado tonômetro na região central da córnea, enquanto contém as pálpebras do animal. Esse teste serve para medir a pressão intraocular (PIO) do cachorro ou gato, medida que costuma se alterar em algumas tipos de doenças oculares como glaucoma.
var petiscos para oferecer antes e após a consulta. “O importante é que o mascote perceba o consultório como um local onde ganhará recompensas por se deixar ser manipulado”, explica. Outra dica da consultora é verificar se o cão fica mais tranquilo sem a presença do dono. “Às vezes, o tutor pode causar ainda mais ansiedade no animal. Por isso, vale a pena experimentar se ele fica melhor e mais calmo só com o veterinário”, afirma Karina. “Se sim, há algumas regrinhas: o dono nunca deve se despedir, bater no vidro do consultório ou ficar às vistas do cão”, conclui.
6. FUNDO DO OLHO
Uma das últimas etapas de uma visita ao oftalmologista veterinário é o exame de fundo de olho, também denominado fundoscopia. O aparelho usado é chamado oftalmoscópio, que projeta um feixe de luz no interior do olho e, mediante a reflexão dessa luz na retina, permite observar suas estruturas. Para ampliar a visão da retina, é possível usar uma lente de 20 dioptrias e, se necessário, um colírio para dilatar a pupila ocular do cachorro.
A maleta de um oftalmologista veterinário deve conter testes de Shirmer (medição de lágrima) e de Fluoresceína (contraste), um Transiluminador de Finoff (imagem tridimencional), um Oftalmoscópio (luz refletora), uma lente de 20 dioptrias (aumento) e um tonômetro (pressão ocular)
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Entre os procedimentos mais realizados estão a medição da produção de lágrimas, medição da pressão intraocular e exame de fundo do olho
RAÇAS PREDISPOSTAS De acordo com Daniela Cremonini, raças como Poodle, Cocker Spaniel, Maltês e Lhasa Apso são mais predispostas a desenvolver catarata por motivos genéticos. Já os chamados braquicefálicos (com focinho achatado), como Buldogue, Shih-Tzu e Pequinês, são mais propensos a ter traumas oculares e problemas palpebrais.
MALTÊS
LHASA AP
SO
POODLE
COCKER
SPANIEL
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sinal de alerta
Meu pet tem
hipotermia
Fique atento às quedas bruscas de temperatura
Outormosas sint
Prostração Mucosas pálidas Pupilas dilatadas Tremores corpóreos
CAUSAS
Segundo Ana Paula Madeira, veterinária do Hospital Pompéia (SP), a hipotermia em cachorros ocorre quando há uma queda muito brusca na temperatura corpórea do animal – o normal é entre 38,3 e 39,3º C. O problema pode ser causado por deixar o mascote exposto ao frio e água gelada ou a partir de doenças infecciosas ou quadros clínicos terminais. A especialista alerta que o cuidado com os filhotes deve ser redobrado.
TRATAMENTO
Ao menor sinal de que seu companheiro está com a temperatura baixa, o tutor deve levá-lo ao veterinário. Segundo Ana Paula, a hipotermia não pode ser tratada isoladamente, pois é necessário saber o agente causador dessa complicação para tratá-la de forma correta. A veterinária salienta que, às vezes, esquentar o bicho com uma toalha seca ou com um secador – morno e não tão próximo da pelagem – pode fazer com que os sintomas sejam minimizados, no primeiro momento.
O QUE DIZ O ESPECIALISTA “Se o animal apresenta doenças graves – por vezes associadas à queda de temperatura corpórea –, o dono deve levá-lo periodicamente ao veterinário. Só assim será possível estabelecer uma prevenção efetiva. Já os pets que não sofrem desse problema, mas possuem livre acesso a piscinas, lagos, rios, locais desprotegidos e ambientes com baixa temperatura devem ser supervisionados como forma de precaução”, comenta Ana Paula.
Texto: Camila Rodrigues / Foto: Shutterstock
Dicas
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Quando seu gato apresentar temperatura corporal inferior a 36,7º C, é hipotermia.
Cachorros de pelagem curta, como Pug e Buldogue, são os mais propensos ao sintoma.
Os gatos possuem uma pelagem densa que os protege, mas as suas extremidades não estão protegidas das baixas temperaturas e podem até congelar.
Nenhum medicamento deve ser dado para o animal sem a orientação de um especialista, pois algumas substâncias podem aumentar drasticamente a sua temperatura.
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Etiqueta do carro
Renato Zanetti, da Dog Solution, ensina Oxy, uma Australian Cattle Dog, a esperar a autorização para entrar no veículo
2. Abra a porta do carro sem alarde e incentive o mascote a ficar parado no mesmo lugar.
3. Quando você disser “entra”, encoraje-o a ir para o local designado a ele dentro do veículo. Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Luiz Gustavo Gonçalves/ Divulgação
1. Caminhe com seu cachorro até ficar ao lado do automóvel e ordene o comando para ele sentar.
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Ano II - Edição 22 - maio/2014 Ethel Santaella DIRETORA EDITORIAL
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DIRETORA NÚCLEO SAÚDE, NUTRIÇÃO & BEM-ESTAR EDITORA-CHEFE: Samantha Melo CHEFE DE ARTE: Bruno Miramontes REPÓRTER: Camila Rodrigues ESTAGIÁRIA DE ARTE: Thaiane Cristine ASSISTENTE DE REDAÇÃO: Patrícia Giehl COLABORADORES: Bárbara Roxo, Fátima Chuecco, Nivia de Souza e Priscila Roque (reportagem); Karina Cobo e Gustavo Ferreira (revisão) FOTOS: Luiz Gustavo Gonçalves e Fabrizio Pepe TRATAMENTO CAPA E IMAGENS: Edson Minoru IMAGENS DE CAPA: Shutterstock
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